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Associação Comercial, Industrial e de Serviços ACI

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Associação Comercial, Industrial e de Serviços – ACI

CORRUPÇÃO, COMPLIANCE e DIREITO PENAL:

Prevenção e Repressão

Novo Hamburgo – RS 25 de junho de 2015

Douglas Fischer douglas@mpf.mp.br

(2)

Questões centrais

1) Compreensão e métodos de compliance;

2) Atuação preventiva na esfera privada

(pessoas jurídicas e pessoas físicas) para – aqui - tentar evitar atos de corrupção;

3) Direito Penal como forma de prevenção geral positiva nas condutas dos

potenciais infratores.

(3)

Alerta inicial: opinião de um “operador do Direito”.

Sem intenção alguma de apontar erros ou condutas.

Mas indicar caminhos ...

O solução do problema da corrupção passa não apenas pela repressão. Melhor

mesmo seria apenas prevenir

(se possível).

(4)

O que seria compliance ?

Primeiro espectro.

Seria uma espécie de “regras de condutas éticas” para melhoramento dos

relacionamentos de empresas.

(5)

Segundo espectro (visão Direito Penal):

Está relacionado diretamente a determinados crimes.

Prevê condutas para controle de

determinados atos considerados crimes.

Tradicionalmente: Direito Penal.→

Repressão.

(6)

Mas a questão central da visão de compliance é atuação preventiva.

PREVENÇÃO !!!

Pode parecer paradoxo mas é, na

verdade, uma nova linha de conduta e atuação.

Quer-se evitar as condutas criminosas.

(7)

Entretanto, pela criação de deveres de

várias partes envolvidas há uma criação de elos que, uma vez desrespeitadas as

regras fundamentais de conduta, facilitam a responsabilização penal (não se pode dizer: eu não sabia, etc).

A responsabilidade penal é sempre

SUBJETIVA

(8)

Devidamente adaptada ao tema, lembro de Marcílio Marques Moreira, Presidente à época do Conselho Consultivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial , em artigo

intitulado “Existe uma ética de mercado

?”: “O lucro da empresa não pode, portanto, ser gerado por sonegação ou falcatruas,

nem à custa dos concorrentes. A

concorrência desleal, além do dano ao erário público, desfigura o mais eficaz instrumento de mercado – a competição

empresarial”

( Revista do Instituto Brasileiro de Ética

Concorrencial nº 10, ano 5, agosto de 2008).

(9)

Regra fundamental da Constituição Federal que importa ao caso:

“livre concorrência” (art. 170, IV)

No caso específico de que falamos, as regras de compliance podem auxiliar (e

muito) exatamente na prevenção de condutas que possam gerar a

concorrência desleal.

(10)

Efeito espiral (ou “ressaca”, como dizem espanhóis):

num mercado de forte concorrência, o primeiro agente que viola as “regras do jogo” pressiona os demais a cometerem

novos fatos (similares ou não, mas

interligados aos primeiros), gerando uma

verdadeira reação em cadeia.

(11)

Especificamente

Na corrupção: dois polos 1) Corruptor

2) Corrupto

O que estamos vendo no caso da Lavajato

? Havia uma organização de alguns grupos.

Além dos crimes → Ingerência direta na

“competição de mercado”

(12)

Algumas regras do ordenamento jurídico brasileiro que demonstram a importância

e as consequências da compliance:

LEI 9.613 (LEI DE LAVAGEM, com alterações da Lei n. 12683/2012) Art. 9º Sujeitam-se às obrigações

referidas nos arts. 10 e 11 as pessoas físicas e jurídicas que tenham, em

caráter permanente ou eventual, como atividade principal ou acessória,

cumulativamente ou não: (Redação dada

pela Lei nº 12.683, de 2012)

(13)

I - a captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de terceiros, em

moeda nacional ou estrangeira;

II – a compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo financeiro ou

instrumento cambial;

III - a custódia, emissão, distribuição, liquidação, negociação, intermediação

ou administração de títulos ou valores

mobiliários.

(14)

Parágrafo único. Sujeitam-se às mesmas obrigações:

I - as bolsas de valores e bolsas de mercadorias ou futuros;

I – as bolsas de valores, as bolsas de

mercadorias ou futuros e os sistemas de negociação do mercado de balcão

organizado;

(15)

II - as seguradoras, as corretoras de seguros e as entidades de previdência complementar ou de

capitalização;

III - as administradoras de cartões de

credenciamento ou cartões de crédito, bem como as administradoras de consórcios para

aquisição de bens ou serviços;

IV - as administradoras ou empresas que se utilizem de cartão ou qualquer outro meio eletrônico, magnético ou equivalente, que

permita a transferência de fundos;

(16)

V - as empresas de arrendamento mercantil (leasing) e as de fomento comercial

(factoring);

VI - as sociedades que efetuem distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis, imóveis,

mercadorias, serviços, ou, ainda, concedam descontos na sua aquisição, mediante sorteio

ou método assemelhado;

VII - as filiais ou representações de entes

estrangeiros que exerçam no Brasil qualquer das atividades listadas neste artigo, ainda que

de forma eventual;

(17)

VIII - as demais entidades cujo

funcionamento dependa de autorização de órgão regulador dos mercados

financeiro, de câmbio, de capitais e de seguros;

IX - as pessoas físicas ou jurídicas,

nacionais ou estrangeiras, que operem no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionárias ou por qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça qualquer

das atividades referidas neste artigo;

(18)

X - as pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis;

(Redação dada pela Lei nº 12.683, de

2012)

XI - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais

preciosos, objetos de arte e

antigüidades.

(19)

XII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto

valor, intermedeiem a sua comercialização ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie;

(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

XIII - as juntas comerciais e os registros

públicos;

(20)

XIV - as pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente,

serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,

aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações:

(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

a) de compra e venda de imóveis, estabelecimentos comerciais ou

industriais ou participações

societárias de qualquer natureza;

(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

(21)

b) de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos;

(Incluída pela Lei nº 12.683, de

2012)

c) de abertura ou gestão de contas

bancárias, de poupança, investimento ou de valores mobiliários;

(Incluída pela Lei nº

12.683, de 2012)

d) de criação, exploração ou gestão de sociedades de qualquer natureza,

fundações, fundos fiduciários ou estruturas análogas;

(Incluída pela Lei nº

12.683, de 2012)

(22)

e) financeiras, societárias ou imobiliárias; e

(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

f) de alienação ou aquisição de direitos sobre contratos relacionados a

atividades desportivas ou artísticas profissionais;

(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

(23)

XV - pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação,

comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de

transferência de atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos

similares;

(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

XVI - as empresas de transporte e guarda de valores; (Incluído pela Lei nº 12.683,

de 2012)

(24)

XVII - as pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor

de origem rural ou animal ou

intermedeiem a sua comercialização; e

(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

XVIII - as dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo, por

meio de sua matriz no Brasil,

relativamente a residentes no País.

(Incluído pela Lei nº 12.683, de 2012)

(25)

Art. 10. As pessoas referidas no art. 9º:

I - identificarão seus clientes e manterão cadastro atualizado, nos termos de instruções emanadas das autoridades

competentes; […]

III - deverão adotar políticas,

procedimentos e controles internos, compatíveis com seu porte e volume de

operações, que lhes permitam atender ao disposto neste artigo e no art. 11, na

forma disciplinada pelos órgãos

competentes;

(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

(26)

Art. 11. As pessoas referidas no art. 9º:

I - dispensarão especial atenção às operações que, nos termos de instruções emanadas das autoridades

competentes, possam constituir-se em sérios indícios dos crimes previstos nesta Lei, ou com eles relacionar-

se;

II - deverão comunicar ao Coaf, abstendo-se de dar ciência de tal ato a qualquer pessoa, inclusive àquela à qual se refira a informação, no prazo de 24 (vinte e quatro)

horas, a proposta ou realização:

(Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

(27)

Art. 12. Às pessoas referidas no art. 9º, bem como aos administradores das

pessoas jurídicas, que deixem de cumprir as obrigações previstas nos

arts. 10 e 11 serão aplicadas, cumulativamente ou não, pelas

autoridades competentes, as seguintes sanções:

I - advertência;

(28)

II - multa pecuniária variável não superior:

a) ao dobro do valor da operação; (Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

b) ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido pela realização da operação; ou (Incluída pela

Lei nº 12.683, de 2012)

c) ao valor de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);

(Incluída pela Lei nº 12.683, de 2012)

III - inabilitação temporária, pelo prazo de até dez anos, para o exercício do cargo de administrador das pessoas

jurídicas referidas no art. 9º;

IV - cassação ou suspensão da autorização para o exercício de atividade, operação ou funcionamento.

(29)

OBRIGADO PELA ATENÇÃO.

À DISPOSIÇÃO PARA PERGUNTAS.

douglas@mpf.mp.br

Referências

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