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DIREITO ADMINISTRATIVO

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Academic year: 2022

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Márcio André Lopes Cavalcante

DIREITO ADMINISTRATIVO

SERVIDORES PÚBLICOS

Acumulação de cargo de tradutor de LIBRAS com de professor

Importante!!!

É possível a acumulação de um cargo público de professor com outro de intérprete e tradutor da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

STJ. 2ª Turma. REsp 1.569.547-RN, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

SERVIDORES PÚBLICOS

Inexistência de obrigatoriedade de a Administração Pública atender a requisição de servidores formulada pela DPU

(obs: somente interessa para concursos federais)

O art. 4º da Lei nº 9.020/95 estabeleceu o seguinte:

Art. 4º O Defensor Público-Geral da União poderá requisitar servidores de órgãos e entidades da Administração Federal, assegurados ao requisitado todos os direitos e vantagens a que faz jus no órgão de origem, inclusive promoção.

Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e cessará até noventa dias após a constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da Defensoria Pública da União.

Esta obrigatoriedade trazida pelo dispositivo acima já se encerrou.

A Administração Pública Federal não está mais obrigada a atender toda e qualquer requisição de servidor público efetuada pelo Defensor Público-Geral da União na forma do art. 4º da Lei nº 9.020/95.

STJ. 1ª Seção. MS 17.500-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 9/12/2015 (Info 575).

DIREITO CIVIL

BEM DE FAMÍLIA

Bem adquirido com produto de crime é penhorável mesmo que tenha havido extinção da punibilidade pelo cumprimento do sursis processual

Na execução civil movida pela vítima, não é oponível a impenhorabilidade do bem de família adquirido com o produto do crime, ainda que a punibilidade do acusado tenha sido extinta em razão do cumprimento das condições estipuladas para a suspensão condicional do processo.

Aplica-se, no caso, a exceção prevista na primeira parte do inciso VI do art. 3º da Lei nº

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8.009/90 ("por ter sido adquirido com produto de crime").

A Lei nº 8.009/90 permite a penhora do bem de família adquirido com produto de crime sem que para isso precise existir condenação na esfera criminal.

STJ. 4ª Turma. REsp 1.091.236-RJ, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

RESPONSABILIDADE CIVIL

Hipótese de inexistência de responsabilidade civil da mãe de menor de idade causador de acidente

A responsabilidade dos pais por filho menor (responsabilidade por ato ou fato de terceiro) é objetiva, nos termos do art. 932, I, do CC, devendo-se comprovar apenas a culpa na prática do ato ilícito daquele pelo qual são os pais responsáveis legalmente (ou seja, é necessário provar apenas a culpa do filho).

Contudo, há uma exceção: os pais só respondem pelo filho incapaz que esteja sob sua autoridade e em sua companhia; assim, os pais, ou responsável, que não exercem autoridade de fato sobre o filho, embora ainda detenham o poder familiar, não respondem por ele.

Desse modo, a mãe que, à época de acidente provocado por seu filho menor de idade, residia permanentemente em local distinto daquele no qual morava o menor - sobre quem apenas o pai exercia autoridade de fato - não pode ser responsabilizada pela reparação civil advinda do ato ilícito, mesmo considerando que ela não deixou de deter o poder familiar sobre o filho.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.232.011-SC, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 17/12/2015 (Info 575).

PROMESSA DE COMPRA E VENDA

Validade da cláusula contratual que transfere o pagamento do laudêmio ao promitente-comprador

É válida cláusula inserta em contrato de promessa de compra e venda de imóvel situado em terreno de marinha que estipule ser da responsabilidade do promitente-adquirente o pagamento do laudêmio devido à União, embora a referida cláusula não seja oponível ao ente público.

STJ. 4ª Turma. REsp 888.666-SE, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

PARTILHA

Partilha de quotas de sociedade de advogados em caso de separação/divórcio

Na separação judicial, sujeitam-se à partilha as quotas de sociedade de advogados adquiridas por um dos cônjuges, sob o regime da comunhão universal de bens, na constância do casamento.

STJ. 3ª Turma. REsp 1.531.288-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 24/11/2015 (Info 575).

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DIREITO EMPRESARIAL

SOCIEDADES EMPRESÁRIAS

Prazo decadencial para desconstituir deliberação societária excludente de sócio minoritário.

Formação de quórum deliberativo necessário à exclusão de sócio minoritário de sociedade limitada.

É de 3 anos o prazo decadencial para que o sócio minoritário de sociedade limitada de administração coletiva exerça o direito à anulação da deliberação societária que o tenha excluído da sociedade, ainda que o contrato social preveja a regência supletiva pelas normas da sociedade anônima. Esse prazo está previsto no art. 48 do Código Civil.

Para a fixação do quórum deliberativo assemblear necessário à aprovação da exclusão de sócio minoritário de sociedade limitada, não se pode computar a participação deste no capital social, devendo a apuração da deliberação se lastrear em 100% do capital restante, ou seja, tão somente no capital social daqueles legitimados a votar.

STJ. 4ª Turma. REsp 1.459.190-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Embargos de declaração com efeitos infringentes não podem ser recebidos como pedido de reconsideração

Importante!!!

Atualize seu livro de 2014 (p. 800)

Os embargos de declaração, ainda que contenham nítido pedido de efeitos infringentes, não devem ser recebidos como mero "pedido de reconsideração".

Tal proceder é incabível por três razões principais:

a) não atende a nenhuma previsão legal, tampouco aos requisitos de aplicação do princípio da fungibilidade recursal considerando que pedido de reconsideração nem é previsto na lei nem pode ser considerado recurso;

b) traz surpresa e insegurança jurídica ao jurisdicionado, pois, apesar de interposto tempestivamente o recurso cabível, ficará à mercê da subjetividade do magistrado;

c) acarreta ao embargante grave sanção sem respaldo legal, qual seja, a não interrupção de prazo para posteriores recursos, aniquilando o direito da parte embargante, o que supera a penalidade objetiva positivada no § 2º do art. 1.022 do CPC 2015.

STJ. Corte Especial. REsp 1.522.347-ES, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 16/9/2015 (Info 575).

EXECUÇÃO FISCAL

Encargo do art. 1º do DL 1.025/69 incide mesmo em execuções fiscais propostas contra pessoas jurídicas de direito público

O encargo previsto no art. 1º do DL 1.025/69 incide nas execuções fiscais promovidas pela União contra pessoas jurídicas de direito público.

Incide o encargo do art. 1º do DL 1.025/69 nas execuções fiscais promovidas pela União, independentemente do polo passivo da demanda ser ocupado por particular ou por ente público.

STJ. 2ª Turma. REsp 1.540.855-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 17/12/2015 (Info 575).

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PROCESSO COLETIVO

Não é possível a repropositura de ação coletiva de direitos individuais homogêneos julgada improcedente, ainda que por falta de provas

Importante!!!

Após o trânsito em julgado de decisão que julga improcedente ação coletiva proposta em defesa de direitos individuais homogêneos, independentemente do motivo que tenha fundamentado a rejeição do pedido, não é possível a propositura de nova demanda com o mesmo objeto por outro legitimado coletivo, ainda que em outro Estado da federação.

STJ. 2ª Seção. REsp 1.302.596-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min.

Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 9/12/2015 (Info 575).

AÇÃO EXIBITÓRIA

Impossibilidade de utilização de ação exibitória como substitutiva de habeas data

Não é cabível ação de exibição de documentos que tenha por objeto a obtenção de informações detidas pela Administração Pública que não foram materializadas em documentos (eletrônicos ou não), ainda que se alegue demora na prestação dessas informações pela via administrativa.

STJ. 2ª Turma. REsp 1.415.741-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 3/12/2015 (Info 575).

DIREITO PENAL

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

Reiteração criminosa no crime de descaminho e princípio da insignificância

Importante!!!

A reiteração criminosa inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância nos crimes de descaminho, ressalvada a possibilidade de, no caso concreto, as instâncias ordinárias verificarem que a medida é socialmente recomendável.

Assim, pode-se afirmar que:

Em regra, não se aplica o princípio da insignificância para o agente que praticou descaminho se ficar demonstrada a sua reiteração criminosa (criminoso habitual).

Exceção: o julgador poderá aplicar o referido princípio se, analisando as peculiaridades do caso concreto, entender que a medida é socialmente recomendável.

STJ. 3ª Seção. EREsp 1.217.514-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 9/12/2015 (Info 575).

HOMICÍDIO

Incidência da qualificadora do motivo torpe em relação ao mandante de homicídio mercenário

Importante!!!

O reconhecimento da qualificadora da "paga ou promessa de recompensa" (inciso I do § 2º do art. 121) em relação ao executor do crime de homicídio mercenário não qualifica automaticamente o delito em relação ao mandante, nada obstante este possa incidir no referido dispositivo caso o motivo que o tenha levado a empreitar o óbito alheio seja torpe.

STJ. 6ª Turma. REsp 1.209.852-PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

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DIREITO PROCESSUAL PENAL

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Encontro fortuito de diálogos envolvendo autoridade com foro privativo e demora na remessa das interceptações para o Tribunal competente para investigar o titular do cargo

Durante interceptação telefônica deferida em primeiro grau de jurisdição, a captação fortuita de diálogos mantidos por autoridade com prerrogativa de foro não impõe, por si só, a remessa imediata dos autos ao Tribunal competente para processar e julgar a referida autoridade, sem que antes se avalie a idoneidade e a suficiência dos dados colhidos para se firmar o convencimento acerca do possível envolvimento do detentor de prerrogativa de foro com a prática de crime.

STJ. 6ª Turma. HC 307.152-GO, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 19/11/2015 (Info 575).

DIREITO TRIBUTÁRIO

IMPOSTO DE RENDA

Portador de cegueira monocular e isenção de imposto de renda

Os proventos de aposentadoria ou reforma percebidos por portador de cegueira monocular também são isentos de imposto sobre a renda.

STJ. 1ª Turma. REsp 1.553.931-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Conversão da aposentadoria por tempo de serviço em aposentadoria por invalidez e recebimento do adicional de grande invalidez

Exemplo 1. Pedro aposentou-se por tempo de serviço/contribuição em 2012. Fica em casa sem trabalhar. Em 2015, durante um passeio de carro, sofre acidente e perde as duas pernas; ele poderá requerer o aumento de 25% do valor recebido a título de aposentadoria, aplicando-se o art. 45 da Lei nº 8.213/91 por analogia?

NÃO. O segurado já aposentado por tempo de serviço e/ou por contribuição que foi posteriormente acometido de invalidez que exija assistência permanente de outra pessoa não tem direito ao acréscimo de 25% sobre o valor do benefício a que o aposentado por invalidez faz jus em razão de necessitar dessa assistência (art. 45, caput, da Lei nº 8.213/91). Isso porque o mencionado dispositivo legal restringiu sua incidência ao benefício de aposentadoria por invalidez, não podendo, assim, ser estendido a outras espécies de benefícios previdenciários (STJ.

1ª Turma. REsp 1.533.402-SC, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 1º/9/2015. Info 569).

Exemplo 2. João aposentou-se por tempo de serviço/contribuição em 2012. Um ano depois, ele é convidado para voltar a trabalhar. Como está aposentado por tempo de serviço, não há nenhum impedimento quanto a isso. Em 2015, ele sofre um acidente no trabalho e perde as duas pernas;

ele poderá requerer que sua aposentadoria por tempo de serviço seja convertida em aposentadoria por invalidez, acrescida do aumento de 25% do art. 45?

SIM. O segurado aposentado por tempo de serviço que sofreu, após retornar à atividade laboral, acidente de trabalho que lhe causou absoluta incapacidade, gerando a necessidade da assistência permanente de outra pessoa, tem direito à transformação da aposentadoria por tempo de serviço em aposentadoria por invalidez e, com a conversão, ao recebimento do adicional de 25% descrito no art. 45 da Lei n. 8.213/1991 a partir da data de seu requerimento administrativo.

STJ. 2ª Turma. REsp 1.475.512-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/12/2015 (Info 575).

Referências

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