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Rev. bras. ortop. vol.52 número3

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Aplicac¸ão

do

PRWE

na

fratura

da

extremidade

distal

do

rádio:

comparac¸ão

e

correlac¸ão

com

desfechos

consagrados

Vinícius

Ferreira

Paranaíba

,

João

Baptista

Gomes

dos

Santos,

Jorge

Raduan

Neto,

Vinícius

Ynoe

Moraes,

João

Carlos

Belotti

e

Flávio

Faloppa

UniversidadeFederaldeSãoPaulo,EscolaPaulistadeMedicina,DepartamentodeOrtopediaeTraumatologia,SãoPaulo,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem3dejunhode2016 Aceitoem26dejulhode2016 On-lineem19dejaneirode2017

Palavras-chave: Fraturasdorádio Avaliac¸ãoderesultados Punho

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Esteestudotevecomoobjetivoavaliaracorrelac¸ãoentreoescorePRWEcomoutras medidasjáamplamenteusadas.

Métodos:Estudotransversalprospectivo,decentroúnico;68pacientesconsecutivosforam submetidosatratamentocirúrgico parafraturada extremidadedistaldorádio(fixac¸ão internacomplacavolarbloqueadaoufixac¸ãoexternatransarticular).Foramavaliados,de formaindependente,pormeiodaPatient-RatedWristEvaluation(PRWE),doDisabilitiesofthe Arm,ShoulderandHand(DASH),daescalavisualanalógica(EVA),daamplitudede movi-mento,daforc¸aedoscritériosradiográficos,noseguimentodeumano.Usaram-seoteste deMann-Whitneyparacomparac¸ãodevariáveiscontínuaseacorrelac¸ãodeSpearmanpara osdesfechosdeinteresse.

Resultados:PRWEcorrelacionou-sesignificativamentecomDASH(p<0,001)eEVA(p<0,001). Nãohouvecorrelac¸ãosignificativacomasdemaismedidasdedesfecho.

Conclusão:PRWEapresentacorrelac¸ãosignificativamoderadaapenascomDASHeEVA.As medidasdeamplitudedemovimento,forc¸aeoscritériosradiográficosnãosecorrelacionam comPRWE.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

PRWE

application

in

distal

radius

fracture:

comparison

and

correlation

with

established

outcomes

Keywords: Radiusfractures Outcomeassessment Wrist

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective:ThestudyaimedtoevaluatethecorrelationbetweenthePRWEscorewithother measurementsthatarealreadywidelyused.

TrabalhodesenvolvidonaUniversidadeFederaldeSãoPaulo,EscolaPaulistadeMedicina,DepartamentodeOrtopediaeTraumatologia, DisciplinadeCirurgiadaMãoeMembroSuperior,SãoPaulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:viniciusparanaiba@gmail.com(V.F.Paranaíba). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.07.019

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Methods: Thiswasaprospective,cross-sectional,single-centerstudy.Sixty-eight conse-cutivepatientsunderwentsurgicaltreatmentfordistalradiusfractures(internalfixation bylockedvolarplateortransarticularexternalfixation).Theywereevaluatedindependently byPRWE,DASH,VASrangeofmotion,strength,andradiographiccriteria,inoneyearof followup. TheMann-Whitneytestwasusedto comparecontinuousvariables andthe Spearmancorrelationtocorrelatetheoutcomesofinterest.

Results: PRWEcorrelatedsignificantlywithDASH(p<0.001)andVAS(p<0.001).Therewere nosignificantcorrelationswithotheroutcomemeasures.

Conclusion: PRWEpresentssignificantmoderatecorrelationonlywithDASHandVAS.Range ofmotion,strength,andradiographiccriteriadonotinterfereinthePRWEoutcome.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

As fraturas da extremidade distaldo rádio estão entre as mais frequentes nos adultos1 e várias modalidades de tratamento.2–5 Noentanto, não consensosobre o trata-mentoetampoucoquaismedidasdedesfechosãoasmais adequadas para pesquisa e prática clínica.6 Para avaliar a eficáciadequalquertratamento,éessencialquetenhamos fer-ramentasadequadasparamedirosresultados,poiscomisso garantem-seareprodutibilidadedosresultadosesuavalidade externa(generalizac¸ãodosresultados).7

Inicialmente,osdesfechosdotratamentodessasfraturas eramalicerc¸adosemaspectosobjetivos,taiscomoamplitude demovimento,forc¸ade preensãoemedidasradiográficas,8 porémessasavaliac¸õesnãolevamemconsiderac¸ãoo desem-penhonasatividadesdodia adiae,deforma maisampla, aavaliac¸ãosubjetiva dopaciente e suasexpectativas após otratamento.9Nesseinterim,esforc¸onamensurac¸ãode desfechoscentradosnosujeitodaintervenc¸ão,umamudanc¸a deparadigma:doSurgeon-centeredcareparaoPatient-centered care.10

Nesse panorama, nos últimos anos tem-se dado maior ênfaseàsmedidasautorreportadasdesintomasefunc¸ãoapós alesão,queavaliamaincapacidadepercebidapelopróprio paciente e levam em conta aspectos da vida do paciente quepodem serafetados emconsequênciada doenc¸a e do seutratamento.6,8ODisabilitiesoftheArm,ShoulderandHand (DASH)11eaPatient-RatedWristEvaluation(PRWE)12são ques-tionários estruturados bastante usados em pacientes com doenc¸asdopunho.ODASHfoivalidadohámaistempopara a língua portuguesa (Brasil)13 e é o mais usado nos estu-dosqueabordamdoenc¸asdopunho.14OPRWEfoitraduzido recentementeparaalínguaportuguesa15etem-semostrado ferramentadecrescenteimportância,principalmentenas fra-turasdaextremidadedistaldorádio.7

Hácarênciadeestudosque avaliamaspropriedades do PRWE empesquisa clínica. Nesse cenário, parece razoável compará-locomferramentascomumenteusadasemestudos queenvolvamfraturasdaextremidadedistaldorádio,como formadeverificarsuascapacidadespsicométricas,oque rati-ficariaseuusodisseminado.

O objetivo deste estudo é avaliar a correlac¸ão entre o escorePRWEeoutrosinstrumentosdemedidadedesfecho,

objetivosesubjetivos,paraotratamentocirúrgicodefraturas daextremidadedistaldorádio,apósumanodeseguimento pós-operatório.

Material

e

métodos

Pesquisaaprovadapelocomitêdeéticadenossainstituic¸ão, por inscric¸ão através da Plataforma Brasil, pelo CAAE: 30904214.0.0000.5505.Osmétodosdedisseminac¸ãodos resul-tados deste estudo seguiram as diretrizes da iniciativa Strengthening theReporting ofObservationalStudiesin Epidemi-ology(Strobe).16

Estudo transversal com amostra proveniente de um estudoprospectivo(ensaioclínicorandomizado),17 feitoem centroúnico,emservic¸oespecializadoemcirurgiademãoe membrosuperior.

Foramincluídospacientessubmetidosatratamento cirúr-gicoparafraturasdaextremidadedistaldorádiounilateral, complacavolarbloqueadaoufixadorexterno.Aavaliac¸ãodos desfechosfoifeitacomumanodeseguimento,apósaleitura eassinaturadoTermodeConsentimentoLivreeEsclarecido. Ospacientesforamavaliadosatravésdasseguintes medi-das:

• PRWE;15

• DASH;13

• Escalavisualanalógicadedor(EVA);18

• Amplitude de movimento do punho e antebrac¸o (fle-xão,extensão,pronac¸ão,supinac¸ão,desvioradialedesvio ulnar).Compararac¸ãodoladooperadocomolado contrala-teral;

• Forc¸a(preensãopalmar,forc¸adepinc¸adigital:polpa-polpa, pinc¸alateralepinc¸atrípode),feitastrêsaferic¸õeseusado o valormédio.Comparac¸ãodolado operadocom o lado contralateral;

• Medidasradiográficas(alturaradial,variânciaulnar, ângu-losdainclinac¸ãoradialeinclinac¸ãovolar,degrauelacuna entreosfragmentosarticulares).19,20Compararac¸ãodolado operadocomoladocontralateral.

(3)

reconhecidos pela história clínica ou que apresentavam déficitcognitivoouquerecusaramotermodeconsentimento. Todas as informac¸ões coletadas nesta pesquisa foram inicialmenteexpostasdeformadescritiva.21Aanálise infe-rencialempregadaconsistiunotestedeMann-Whitney22na comparac¸ãoescorePRWE,segundogêneroeladosdominante eoperado.Ocoeficientedecorrelac¸ãodeSpearman22foiusado naquantificac¸ãoda correlac¸ãoentreo PRWEeDASH,EVA, forc¸a,amplitudedemovimentoecritériosradiográficos.

Paraasconclusõesobtidasatravésdostestesestatísticos foiusadooníveldesignificânciaalfamenordoque5%.

Resultados

Ascaracterísticasgeraisdospacientesavaliados,bemcomo amédiaeosvaloresmínimoemáximodosescoresPRWEe DASH,estãodescritasnatabela1.

Aanáliseestatísticadescritiva entrePRWE,gênero,lado operadoeladodominanterevelouquehomensapresentaram escoresPRWEestatisticamentemenoresquandocomparados comasmulheres(p=0,005).Jáoladodominanteeolado ope-radonãoobtiveramcorrelac¸ãoestatísticaemrelac¸ãoaoescore PRWE(p>0,05).

Asmedidasda amplitudede movimentodopunho eas diferenc¸asentreoladocontralateraleoperadoestãodescritas natabela2.

Naavaliac¸ãodasmedidasdedoratravésdaEVA,49(72%) pacientesnãorelataramdor(EVA=0).Dos19(28%)que rela-taramdor,houveumamédiade2,4,varioude0,3a7,1.

Natabela3observam-seasmedidasradiográficasfeitasno ladoacometidoecontralateral,bemcomoadiferenc¸aentre eles.

Atabela4resumeosresultadosdoscálculosdocoeficiente decorrelac¸ãodeSpearman,paracorrelac¸ãoentrePRWEeas demaismedidasderesultadoavaliadas.

Essecoeficientevariade-1,00a+1,00.Quanto mais pró-ximode -1,00ou+1,00, maisevidente éacorrelac¸ão entre opardevariáveisenvolvidas.Assim,coeficientesdemódulo 0,00a0,19 apresentamcorrelac¸ãomuitofraca;entre0,20 e

0,39,correlac¸ãofraca;entre0,40e0,69,correlac¸ãomoderada; entre0,70e0,89,correlac¸ãoforte;eentre0,90e1,00,correlac¸ão muitoforte.21,22

Discussão

Oresultadofinaldeumtratamentonãodependeapenasdo tipo de intervenc¸ão, mas também da maneira como ele é medido.9,23Comodesenvolvimentodasmedidas autorrepor-tadasdedesfecho,ofocopassouaseroresultadocentradono pontodevistadopaciente,gerouinstrumentosválidospara a obtenc¸ãodeinformac¸ão quantitativasobre aexperiência cotidianade umpaciente comumadeterminadadoenc¸a.24 Estudosdirecionadosàspropriedadesdemedidasdesses ins-trumentossãoumfenômenorelativamenterecenteemuitos dossistemasdepontuac¸ãoderelevânciahistóricaaindanão passarampeloescrutíniodeavaliac¸õesrigorosas.14

EstudosponderamqueoDASHéinstrumentoadequado para avaliar pacientes com doenc¸as do membro superior, porém não éespecíficopara o punho.7,14,25 Por outrolado, segundoChangulanietal.,7oDASHtemumafracacorrelac¸ão comaintensidadedadornopunho,temumavalidademenor paraaavaliac¸ãoespecíficadopunho.ConstatamosquePRWE eDASHtêmcorrelac¸ãoestatisticamentesignificativae direta-menteproporcional.

A maioria dospacientes não apresentou queixa de dor naavaliac¸ãofeitapelaEVA e,aomesmotempo,obtivemos umescoremédiodoPRWEde8,2.Considerandoquemetade do escorePRWE correspondeà dor, como esperado, o ins-trumentousadocomafinalidadededarumvalorobjetivoà dor sentida pelopaciente apresentou correlac¸ãoestatística significativa,evidenciouqueoPRWEéumaferramentaeficaz paraavaliac¸ãodador.

A médiadas medidas de amplitude do lado contralate-ral foi maiorquando comparadacom o lado operado eas diferenc¸asentreoladofraturadoeoladocontralateral,para qualquermovimentoavaliado,nãoapresentaramcorrelac¸ão significativa com o escorePRWE. Kasapinova et al.26 tam-bém não encontraram correlac¸ão significativa entre essas

Tabela1–Distribuic¸ãodascaracterísticasgeraisdospacientes

Gênero Masculino 26 38,2%

Feminino 42 61,8%

Métododefixac¸ão Fixac¸ãoexterna 36 52,9%

Placavolarbloqueada 32 47,1%

Idade(anos) média 52,0

mínimo-máximo 19-87

Ladodominante direito 63 92,6%

esquerdo 5 7,4%

Ladooperado direito 33 48,5%

esquerdo 35 51,5%

Ladooperadofoiodominante 36 52,9%

Ladooperadonãofoiodominante 32 47,1%

PRWE média 8,2

mínimo-máximo 0-80

DASH média 3,0

mínimo-máximo 0,0-27,5

(4)

Tabela2–Medidasdeamplitudedemovimentoeforc¸adosladosoperadoecontralateral

Ladooperado(n=68) Ladocontralateral(n=68) Diferenc¸aa(n=68)

Flexão(graus)

média 70,8 78,8 8,0

mínimo-máximo 45-90 45-95 -25-35

Extensão(graus)

média 61,4 68,2 6,8

mínimo-máximo 30-80 45-90 -20-60

Pronac¸ão(graus)

média 83,2 86,6 3,4

mínimo-máximo 50-100 55-100 -5-20

Supinac¸ão(graus)

média 90,1 93,3 3,2

mínimo-máximo 66-125 80-130 -15-25

Desvioradial(graus)

média 21,9 24,6 2,7

mínimo-máximo 10-40 12-45 -15-20

Desvioulnar(graus)

média 39,7 42,8 3,0

mínimo-máximo 10-60 20-70 -15,0-25

Preensãopalmar(Kgf)

média 24,8 28,2 3,4

mínimo-máximo 6,7-60,2 13,3-50,9 -13,2-20,2

Pinc¸apolpapolpa(Kgf)

média 3,5 4,0 0,4

mínimo-máximo 0,9-7,5 1,6-8,0 -2,8-4,1

Pinc¸alateral(Kgf)

média 5,8 5,6 -0,2

mínimo-máximo 1,8-11,4 2,5-11,0 -4,3-3,4

Pinc¸atripode(Kgf)

média 4,5 4,8 0,3

mínimo-máximo 1,4-8,2 2,0-8,7 -3,0-2,7

a Medidadoladocontralateral-medidadoladooperado.

Tabela3–Medidasradiográficasdosladosoperadoecontralateral

Ladooperado(n=68) Ladocontralateral(n=68) Diferenc¸aa(n=68)

Alturaradial(mm)

média 10,1 11,3 1,2

mínimo-máximo 0-16 4-16 -4-9

Inclinac¸ãoradial(graus)

média 19,9 21,2 1,3

mínimo-máximo 12-28 14-28 -6-10

Variânciaulnar(mm)

média -0,4 0,8 1,1

mínimo-máximo -8-4 -4-5 -2-8

Inclinac¸ãovolar(graus)

média 6,9 13,3 6,4

mínimo-máximo -8-20 2-24 -6-24

Degrauarticular(mm)

média 0,2 0 -0,2

mínimo-máximo 0-3 0-0 -3-0

Lacunaarticular(mm)

média 0,3 0 -0,3

mínimo-máximo 0-5 0-0 -5-0

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Tabela4–Coeficientedecorrelac¸ãodeSpearmanentre PRWEedemaisdesfechos

Paresdemedidas correlacionadas

Coeficientede correlac¸ãodeSpearman

p

PRWEeDASH 0,609 <0,001a

PRWEeEVA 0,495 <0,001a

PRWEeflexão 0,075 0,545

PRWEeextensão 0,111 0,366

PRWEepronac¸ão 0,033 0,788

PRWEesupinac¸ão 0,066 0,595

PRWEedesvioradial 0,011 0,932

PRWEedesvioulnar 0,023 0,851

PRWEepreensãopalmar 0,095 0,440

PRWEep.polpa-polpa 0,144 0,240

PRWEep.lateral 0,124 0,315

PRWEep.trípode 0,096 0,438

PRWEealturaradial −0,041 0,738

PRWEeinclinac¸ãoradial −0,042 0,733

PRWEevariânciaulnar −0,106 0,389

PRWEeinclinac¸ãovolar −0,161 0,189

PRWEedegrauarticular −0,095 0,443

PRWEegaparticular 0,063 0,610

DASH:DisabilitiesoftheArm,ShoulderandHand;EVA,escalavisual analógicadedor;PRWE,Patient-RatedWristEvaluation.

a Correlac¸õesestatisticamentesignificativas(p<0,05).

medidas,porémemseuestudohouvecorrelac¸ãosignificativa entreamplitudedemovimentoeforc¸adepreensãodopunho. Levandoemconsiderac¸ãoasmedidasdeforc¸a,olado con-tralateralfoimaiorquandocomparadocomoladooperado.A únicaexcec¸ãoencontradafoiparaamedidadeforc¸adepinc¸a lateral,emqueamédiadoladooperadofoiumpoucomaior quandocomparadacomolado contralateral.Asdiferenc¸as de forc¸a entre o lado fraturado e o lado contralateral não apresentaramcorrelac¸ãosignificativacomoescorePRWEem nossoestudo,diferentementedeKarnezisetal.,27quereferem queaforc¸adepreensãopareceserumindicadorsensívelpara oretornodafunc¸ãodopunho.Emseuestudoadiferenc¸aentre olado contralateraleo fraturado,comcorrec¸ão devalores paraaladonãodominante,foiumpreditorsignificantepara oPRWE.

Emrelac¸ãoaosparâmetrosradiográficos,osvaloresmédios doladocontralateral tambémforam maioresquando com-parados com o lado operado, porém as diferenc¸as dessas medidas não apresentaram correlac¸ão significativa com o escorePRWE.Kasapinovaetal.26 tambémnãoencontraram correlac¸ãosignificativaentreosparâmetrosradiográficoseo PRWEeconcluíramqueotratamentoeareabilitac¸ãoda fra-turadaextremidadedistaldorádionãodevemseravaliados apenascomoseguimentoradiográfico.

Constatamos ainda, através da análise inferencial, que mulheresapresentaramumescorePRWEsignificativamente maiordo queos homens. Alateralidade domembro, bem comoasuadominância,nãointerferiunoresultadodoescore PRWE.Nenhumoutroestudonaliteraturafeztalanálise.

A aplicac¸ão das medidas autorreportadas de desfecho, quandofeitadeformalongitudinal,permitequeoprofissional desaúdeavalieaevoluc¸ãodotratamento,bemcomofacilita acomparac¸ãoentregruposemensaiosclínicos.28Goldhahn etal.25 recomendamouso demúltiplos instrumentos, que

tenhamossintomaseafunc¸ãocomodomíniosseparadospara aclassificac¸ãofinaldopacientecomfraturadorádiodistal,já queaindanãoexisteinstrumentocompletoparaessefim.Para aspesquisasclínicasdevemserusadosinstrumentoscoma aplicac¸ão maisextensaecommaiornúmerodedetalhese paraapráticamédicadodiaadia,osinstrumentosrápidos, comooPRWE,facilitamacoletadosdados.25Revisões siste-máticassobreoassuntosemprediscutemaheterogeneidade dasmedidasdosresultadoscomoumabarreiraparamelhor conclusãodarevisãooudequalquermetanálise.29

É importante inferir que a grande maioria dos pacien-tes atendidos emnossoservic¸oeavaliados nesteestudoé usuáriadosistemapúblicodesaúdebrasileiroeapresentara dificuldadesaoresponderosquestionáriosautorreportados. Outropontoimportanteaserconsideradoéapossível “von-tadede nãomelhorar”observadaemalguns pacientesque desejam ganhos secundários (aposentadoria, indenizac¸ões, seguros,direitosprevidenciáriosetc.),oquepodeinfluenciar nasinformac¸õescoletadas.30Acreditamosqueparaaumentar aforc¸aestatísticadoestudosejanecessáriofazerumestudo prospectivolongitudinal,comummaiornúmerodepacientes avaliados,inclusivetratamentosportécnicasnãocirúrgicase tambématravésdeoutrosmétodoscirúrgicos.

Conclusão

OPRWEapresentacorrelac¸ãoestatísticamoderadacomDASH ecomEVA.Emrelac¸ãoaogênero,osexofemininoapresenta valoresdePRWEmaioresdoqueomasculino.Asmedidasde amplitudedemovimento,forc¸aeoscritériosradiográficosnão interferemnoresultadodoPRWE,bemcomooladooperado ouadominânciadomembro.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

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Imagem

Tabela 1 – Distribuic¸ão das características gerais dos pacientes
Tabela 2 – Medidas de amplitude de movimento e forc¸a dos lados operado e contralateral
Tabela 4 – Coeficiente de correlac¸ão de Spearman entre PRWE e demais desfechos

Referências

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