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Síndrome de Down e Educação Física: um estudo de caso

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SÍNDROME DE DOWN E EDUCAÇÃO FÍSICA: UM ESTUDO DE CASOI DOWN SYNDROME AND PHYSICAL EDUCATION: A CASE STUDY

Vinícius Tonhon VieiraII Carolina Barbosa da SilvaIII

Resumo: A Síndrome de Down (SD), caracterizada por um distúrbio genético que resulta em

um cromossomo extra no par 21, é considerada uma deficiência intelectual e teve suas primeiras descrições no ano de 1866, pelo médico britânico John Langdon Down. Desde muito tempo atrás até o cenário atual, o sistema educacional do país vem sofrendo com mudanças importantes em relação a inserção de crianças com alguma deficiência no ensino regular. Sendo assim, o objetivo geral deste estudo foi verificar se a estudante com SD está sendo incluída nas aulas de Educação Física (EF) regular. Como objetivos específicos, identificar as dificuldades que o professor possui em incluir a estudante com SD nas aulas de EF, averiguar a relação da estudante com SD e os demais colegas nas aulas de EF, conhecer a metodologia utilizada pelo professor de EF para incluir a estudante com SD nas suas aulas e constatar a participação da professora auxiliar nas aulas de EF. O estudo foi caracterizado como descritivo, tendo seu desenho metodológico em forma de estudo de caso, com abordagem qualitativa. Para coleta dos dados, foram utilizadas 03 entrevistas semiestruturadas e a análise dos dados foi feita através da transcrição das respostas das entrevistas, com análise através das categorias selecionadas por similaridade. Pôde-se concluir que a estudante está incluída junto com os demais colegas nas aulas regulares de EF, que mantém boa relação com os colegas, que o professor possui mínimas dificuldades para incluí-la nas aulas de EF e que utiliza metodologia convencional para os planos de aula. Por fim, a atuação da professora auxiliar foi mínima nas aulas práticas. Sugere-se a continuidade das investigações sobre a temática de inclusão de estudantes com SD nas aulas de EF.

Palavras-chave: Síndrome de Down. Educação Física. Inclusão.

I Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do curso de Graduação em Educação Física da

Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 2020.

II Acadêmico do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina – Unisul. E-mail:

vinicius_tb98@hotmail.com.

III Mestre em Educação – Universidade do Sul de Santa Catarina. Professora Carolina Barbosa da Silva. Titular

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Abstract: Down syndrome (DS), characterized by a genetic disorder that results in an extra

chromosome in pair 21, is considered an intellectual disability and had its first descriptions in 1866, by the British physician John Langdon Down. From a long time ago to the current scenario, the country's educational system has been suffering from important changes in relation to the inclusion of children with disabilities in regular education. Thus, the general objective of this study was to verify whether the student with DS is being included in regular Physical Education (PE). As specific objectives, to identify the difficulties that the teacher has in including the student with DS in PE classes, to investigate the relationship of the student with DS and the other colleagues in PE classes, to know the methodology used by the PE teacher to include the student with SD in their classes and verify the participation of the auxiliary teacher in PE classes. The study was characterized as descriptive, with its methodological design in the form of a case study, with a qualitative approach. For data collection, 04 semi-structured interviews were used and the analysis of the data was done through the transcription of the answers of the interviews, with analysis through the categories selected by similarity. It was concluded that the student is included together with the other colleagues in regular PE classes, that she maintains a good relationship with colleagues, that the teacher has minimal difficulties to include her in PE classes and that she uses conventional methodology for plans of class. Finally, the performance of the auxiliary teacher was minimal in practical classes. It is suggested to continue investigations on the theme of inclusion of students with DS in PE classes.

Keywords: Down syndrome. Physical Education. Inclusion.

1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios até o cenário atual, o sistema educacional do país vem sofrendo com mudanças importantes em relação a inserção de crianças com alguma deficiência no ensino regular, seja ela de caráter físico, motor ou intelectual. Estas crianças, na maioria das vezes, carecem de necessidades educativas especiais, necessidades estas que despendem do suporte tanto do professor quanto da instituição que ela frequenta, para que o aluno realmente seja incluso de maneira sólida e integral (SOLERA; SOUZA 2016).

Caminhando sobre esta ótica, prosseguindo mais afundo acerca dos tratamentos dados às pessoas com deficiências em séculos passados, era comum nos depararmos com

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deficientes sendo menosprezados, acuados, e até excluídos da sociedade, uma vez que suas especificidades eram vistas como “doenças” ou até mesmo “castigos enviados pelos deuses” (JANJACOMO; PAULINO, 2019).

Com o passar do tempo, as sociedades foram evoluindo e seguindo seu processo natural de amadurecimento, fazendo com que surgissem os primeiros documentos relacionados a direitos humanos, políticos e educacionais, nos quais serviam como horizonte a ser seguido. De acordo com disposto nos artigos 6º e 205 da Constituição Federal do Brasil de 1988, todo e qualquer indivíduo tem direito a educação básica, assim como é dever do Estado e da família possibilitar que a criança seja inserida nesse contexto. De natureza igual, a sociedade em sua totalidade, à qual a criança se encontra, possui um papel fundamental na integração e promoção, fazendo com que o indivíduo possa se desenvolver por completo, formando-o cidadão e preparando-o para o mercado de trabalho (BRASIL, 1988).

Especificando mais a temática, em 20 de dezembro de 1996 foi instituída a Lei n. 9.394 norteando as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República. O artigo 58 da lei salienta acerca da educação especial, expondo que este modelo de ensino deve ser preferencialmente ofertado no ensino regular e que contemple estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades (BRASIL, 1996; 2013).

Nesta linha, a Deficiência Intelectual (DI) é um fator que pode, de maneira negativa, agravar o processo de aprendizagem da criança ou adolescente enquanto estudante, devido as peculiaridades ocasionadas por ela. O sistema neurológico da pessoa com esta deficiência acaba sendo, quase que sempre, o mais afetado dentre os demais, fazendo com que sua resposta a algo que vos é ensinado não seja executada de maneira satisfatória e eficiente. Seguindo por este caminho, não é somente nesta circunstância que a criança sofrerá com tal deficiência, mas também no que diz respeito à realização das atividades educacionais e lúdicas propostas pelo professor, à ambientação em novos lugares, com novas pessoas, e a questões de relacionamentos com outras pessoas (JANJACOMO; PAULINO, 2019; MASCARENHAS, 2018).

A Síndrome de Down (SD) é considerada uma DI e teve suas primeiras descrições no ano de 1866 pelo médico britânico John Langdon Down, levando este nome justamente por conta das descobertas de John, como forma de homenagem por seu feito (JANJACOMO; PAULINO, 2019). Bissoto (2005) pontua que a síndrome se caracteriza por uma divisão cromossômica diferente da convencional, esta diferença é notada quando observamos o material genético do indivíduo e constata-se que no cromossomo 21 não acontece uma

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duplicação e sim uma triplicação. Ainda, não se sabe concretamente o motivo desta mutação acontecer, o que se sabe, é que ela pode se desenvolver não apenas de uma forma, e sim de três.

Cerca de 96% dos nascidos com a condição, apresentam o desenho genético mais comum que é a Trissomia Livre ou Simples, ocasionada devido a não separação ou disjunção absoluta de um cromossomo, resultando em um extra exatamente no par 21 e assim totalizar 47 ao invés de 46, esta alteração irá ocorrer em todas as demais células subsequentes. O segundo tipo mais frequente é chamado de Translocação Gênica, este se dá quando o cromossomo 21 extra, ou parte dele, se aloca em um outro. Geralmente, esta alocação acontece no décimo quarto e suas probabilidades de acontecerem são entre 3 a 3,5% dos casos. O terceiro e último tipo, também o menos recorrente (0,5 à 1%), é semelhante com a Trissomia Simples e é chamado Mosaico, tendo como diferença que as primeiras células do feto possuem os 46 pares de cromossomos como a maioria das pessoas, sendo que em algum momento das divisões celulares ocorre a não disjunção, concebendo os 47 dali em diante (BISSOTO, 2005).

A respeito das características das pessoas com SD, além das alterações genéticas, também surgem mudanças de aspeto físico evidenciadas já nos primeiros anos de vida da criança, as mais perceptíveis são: orelhas geralmente localizadas mais abaixo do que na maioria das pessoas; a língua é mais ampla; olhos posicionados na diagonal mais esticados para cima; evolução motora comprometida; menor estatura; frouxidão muscular; vê-se apenas uma linha nas palmas da mão, diferente do convencional nas pessoas; e deficiência intelectual leve ou moderada (JANJACOMO; PAULINO, 2019).

Janjacomo e Paulino (2019) ainda abordam a problemática das dificuldades encontradas por professores lecionarem uma aula na qual estejam presentes estudantes com e sem deficiência, destacando os obstáculos de se criar ou adaptar uma metodologia que abranja a todos, sem distinção ao grau intelectual dos alunos. É fundamental o papel da escola na função de identificar situações que possam vir a desfavorecer o processo de ensino-aprendizagem dele(a), e as combata propondo meios diferentes dos convencionais, sendo ela pertencente do setor público ou privado (MASCARENHAS, 2018).

O presente artigo visou acrescentar novas perspectivas junto aos já publicados acerca da inclusão de estudantes com SD nas aulas regulares de Educação Física (EF), pois ao transcorrer da vida acadêmica, das experiências vivenciadas nos estágios obrigatórios e não-obrigatórios e do contato com a população tematizada no trabalho, percebeu-se a ausência de participação e motivação por parte de estudantes pertencentes a esta população. O estudo é

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voltado tanto para docentes quanto para pessoas que compõe o corpo diretivo de uma instituição de ensino. Para a construção deste trabalho, o autor buscou fundamentar-se sobre outras publicações relacionadas a temática abordada.

Baseado no exposto acima, o objetivo geral deste estudo é verificar se a estudante com SD está sendo incluída nas de EF regulares. Quanto aos específicos: identificar as dificuldades que o professor possui em incluir a estudante com SD nas aulas de EF; averiguar a relação da estudante com SD e os demais colegas nas aulas de EF; conhecer a metodologia utilizada pelo professor de EF para incluir a estudante com SD nas suas aulas; constatar a participação da professora auxiliar nas aulas de EF.

2 METODOLOGIA

O estudo foi caracterizado como descritivo, tendo seu desenho metodológico em forma de estudo de caso, com abordagem qualitativa e seu corte temporal é transversal. De acordo com Gil (2008), podemos caracterizar o estudo de caso como uma modalidade de pesquisa em que se busca rigorosamente expressar os mínimos detalhes de um ou alguns objetos. Este método irá investigar aspectos gerais, mas, principalmente específicos de sua amostra, fazendo-o destacar-se diante de outros delineamentos de pesquisa.

Partindo do pressuposto acima, a amostra deste estudo é constituída por uma estudante com 15 anos de idade, do ensino fundamental II, de uma escola privada do município de Tubarão/SC. Esta estudante possui SD do tipo Mosaico (Mosaicismo) e sempre frequentou escola(s) de caráter privado, no tipo de ensino regular, assim como em turmas regulares. A amostra será identificada pelo nome fictício de Maria para assegurar sigilo de identidade.

Os instrumentos utilizados neste trabalho foram três entrevistas semiestruturadas elaboradas pelo próprio autor, norteadas por quatro principais categorias, que são: I. Participação e motivação da estudante com SD nas aulas de EF; II. Relacionamento com os colegas de turma durante as aulas de EF; III. Metodologia das aulas de EF; e por fim, IV. A atuação da professora auxiliar nas aulas de EF. Cada uma das entrevistas foi criada de maneira específica e individual, uma destinada ao professor de Educação Física, outra à professora auxiliar, e uma última à mãe da adolescente com SD, a fim de obter dados detalhados e uma situação mais próxima possível da prática em si.

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Os rumos deste estudo se deram a partir do primeiro contato entre pesquisador e participantes, servindo para agendar devidamente um bom dia e horário para a realização da entrevista, de maneira que as duas partes estivessem adequadamente disponíveis para sua realização. Por conta do Decreto Municipal nº 4979 de 16 de março de 2020, a entrevista foi realizada a distância, uma vez que as autoridades de saúde do município recomendaram o distanciamento social como forma de enfrentamento a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Foram realizadas videoconferências amparadas por aplicativo de mensagens (WhatsApp). Como este meio de comunicação é em tempo real, os áudios foram gravados na íntegra para depois serem transcritos, chegando então na última etapa da metodologia, que é a análise dos dados.

Para a realização da análise dos dados, primeiramente o autor desempenhou a transcrição integral de tudo que foi dito pelos participantes do estudo nas entrevistas, através de gravação dos áudios delas. Desta forma, foram catalogadas algumas frases baseadas na similaridade dos conteúdos, e, assim como foi previamente definido, para a análise dos dados foi seguido as mesmas categorias de perguntas. A análise foi desempenhada com a interpretação individual das respostas das entrevistas, seguindo a categorização previamente estabelecida.

3 TESENDO ALGUMAS OBSERVAÇÕES

A apresentação dos resultados deste estudo é sustentada pelas respostas provenientes das entrevistas realizadas com os participantes, estas, foram criadas a fim de esclarecer as categorias pertinentes previamente elaboradas pelo autor. Serão apresentados primeiro os resultados referentes as respostas do professor de Maria, posteriormente os de sua mãe, e por último da professora auxiliar, respeitando sempre esta sequência.

3.1 PARTICIPAÇÃO E MOTIVAÇÃO

Desta forma, após a análise dos dados obtidos com as respostas dos entrevistados neste estudo, foi possível perceber que Maria, na visão do professor, participa ativamente das aulas, assim como está bastante motivada para a realização delas. Estes fatos foram possíveis de serem identificados pois, o professor de EF relatou que ela possui alta frequência de participação nas aulas, praticamente de maneira igual aos demais colegas. O professor busca

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ainda contextualizar, dizendo que esta participação se torna mais fácil quando os conteúdos ministrados por ele nas aulas envolvem atividades da preferência dela, de modo contrário, se tornam mais difíceis quando as atividades a geram algum tipo de desconforto/incômodo. Além disto, o acompanhamento prévio, em anos anteriores com Maria, o incentivo por parte dele, e o acolhimento dos colegas de turma potencializam o processo de inclusão, bem como os aspectos socioafetivos e de autoestima, fazendo com que ela se motive ainda mais a participar das aulas de EF.

Um estudo realizado por Teixeira, Bergmann e Copetti (2019) no município de Fronteira/RS, buscou investigar a participação de estudantes com SD nas aulas de EF. Foi possível observar que metade da amostra (2 estudantes) participava das aulas de EF com os outros colegas, sendo estes pertencentes a instituições de ensino privado, a outra metade pertencente a escola pública, não realizava as aulas de EF. Vindo de encontro com o presente estudo, foi relatado pelos autores que os estudantes participantes das aulas já participavam desde os primeiros anos escolares, também sempre frequentaram o ensino regular, assim como em turmas regulares (TEIXEIRA; BERGMANN; COPETTI, 2019).

Elucidando um pouco mais acerca dos métodos para inclusão, de acordo com Schwartzman (2003), propor múltiplos estímulos para a criança com SD é uma das melhores estratégias para seu desenvolvimento, levando sempre em consideração sua evolução, o tempo em que se finaliza uma etapa de aprendizagem e inicia-se outra, outro aspecto, é o período para adquirir um novo saber, geralmente nas crianças com SD, é muito específico. Outra importante dimensão que abrange o desenvolvimento de crianças com SD, é a sua interação com os meios sociais, deste modo, Vygotsky (2015, apud SOUZA, 2019) discorre sobre o quão importante são os laços e relações desempenhas por uma criança já nos primeiros anos de vida, levando em conta o contexto social no qual ela está inserida, fazendo com que seus ganhos sejam potencializados quando comparados a uma criança sem ou com menos interações.

Prosseguindo as observações, enfatizando um pouco mais a questão da importância de Maria participar das aulas de EF, no ponto de vista da mãe, foi possível constatar que ela considera muito importante que Maria participe normalmente das aulas de EF junto com os demais colegas. Neste caminho, para que esta participação seja realmente relevante, o professor assume um papel de extrema importância para que isto aconteça, buscando sempre alternativas que gerem constantes estímulos, fazendo com que depois de um período, estes estímulos promovam novas aprendizagens a Maria.

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Com base em estudos realizados sobre a prática de atividade física regular, evidencia-se que ela pode render inúmeros benefícios para uma pessoa, neste sentido, foi possível verificar através das respostas da mãe, que sua filha quando inserida neste contexto apresenta bons resultados, tanto em aspectos físicos e motores, quanto em aspectos cognitivos. Valências físicas são aprimoradas e o relacionamento com os colegas se torna mais fácil, este último como o professor já havia mencionado, serve como ferramenta de incentivo gerando motivação para Maria.

Corroborando com este fato, o estudo de Monteiro et al (2020) buscou avaliar a influência da atividade física adaptada no desenvolvimento psicossocial de crianças com SD, para isso, os autores utilizaram uma metodologia com corte longitudinal, realizando num primeiro momento entrevistas com os pais dos alunos, posteriormente projeto de intervenção e após estas duas etapas foram realizadas novamente outras entrevistas. Em linhas gerais, os resultados obtidos vão de encontro com alguns achados do presente estudo, focalizando para a melhora no comportamento das crianças após o projeto de intervenção, ganhos também no que diz respeito a sociabilidade junto a família, da mesma forma com os colegas de turma, demonstrando visível melhora no relacionamento delas com os demais (MONTEIRO et al., 2020).

Seguindo sobre esta ótica chegamos ao terceiro e último relato, que foi o da professora auxiliar de Maria. Através da análise dos dados coletados junto a auxiliar, pôde-se evidenciar que a professora auxiliar não somente considera de suma importância que Maria participe das aulas de EF, como também argumenta que participar da aula é um direito dela. A auxiliar acrescenta que a disciplina de EF é fundamental para que Maria desenvolva-se integralmente, principalmente quando é realizada de maneira coletiva, junto com crianças que não possuem SD. Na questão da motivação, de acordo com a professora, Maria não demonstra vontade de participar das aulas, seja pelo tipo de conteúdo da aula em questão, por experiências ruins vivenciadas no passado, ou até mesmo por preguiça.

Contrastando com os resultados obtidos da professora auxiliar de Maria, o estudo de Falkenbach et al. (2007) buscou investigar a temática inclusão/integração de crianças com necessidades especiais a partir do discurso de professores de EF da rede de ensino regular da cidade de Porto Alegre, alguns professores opinaram que o melhor a se fazer nestas situações é que estudantes que possuem algum tipo de deficiência sejam encaminhados para escolas de educação especial (FALKENBACH et al., 2007)

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Seguindo com as análises das respostas dos entrevistados, saímos da categoria I e entramos na categoria II, que buscou elucidar um pouco mais acerca da convivência de Maria junto com seus colegas de turma. Após a observação das arguições apresentadas pelo professor, foi possível perceber que Maria possui um ótimo relacionamento com os colegas de turma, reforçando o fato de que por Maria estar inserida desde os primeiros anos escolares a mesma turma, esta convivência facilitar um bom relacionamento entre ambos atualmente. De acordo com outros relatos do professor, no que diz respeito a episódios de intimidação contra Maria, ele nunca presenciou ocorrências de bullying contra mesma.

Em contrapartida do que foi exposto pelo professor no que diz respeito a relação de Maria com os colegas durante as aulas, Alves e Duarte (2012) objetivaram em seu estudo, observar a realidade do processo inclusivo de uma criança com SD nas aulas de EF escolar. Dentre os resultados encontrados, o aluno com SD demonstrava pouco contato com seus colegas de turma, estes, ocorriam somente nas atividades propostas pela professora (ALVES; DUARTE, 2012).

De acordo com as declarações da mãe de Maria, percebeu-se que ela considera indispensável que Maria esteja junto com os demais colegas de turma nas aulas, assim como consegue visualizar uma boa relação entre ambos, argumentando que por Maria possuir SD, este relacionamento se torna mais afetivo/carinhoso. A mãe quando questionada sobre o vínculo de Maria com outras crianças com SD, conta que o tratamento dado por ela com pessoas com e sem SD é igual, como se Maria não enxergasse diferença alguma entre estas pessoas, outro ponto que foi possível ser observado, de maneira negativa, é que segundo a mãe, Maria já sofreu pequenos episódios de preconceito, em sua presença ou por comentários de terceiros, tanto dentro quanto fora da escola.

Indo ao encontro destes resultados, Teixeira, Bergmann e Copetti (2019) se propuseram em seu estudo, colher relatos de mães acerca do bullying sofrido por seus filhos com SD inseridos no contexto educacional regular. Os achados destes autores se assemelham aos do presente estudo, na ocasião, as mães relataram que seus filhos já sofreram episódios de bullying na escola por parte dos colegas, promovendo nas crianças o desinteresse em retornar naquela escola e até mesmo depressão (TEIXEIRA; BERGMANN; COPETTI, 2019).

Partindo para o último relato referente a esta categoria de perguntas, após a análise das respostas da professora auxiliar quanto ao relacionamento de Maria junto aos demais colegas nas aulas de EF, foi possível de identificar que ela pouco pôde contribuir com as experiências de nas aulas de EF, uma vez que Maria, segundo ela, não necessita de auxílio

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nas aulas de EF, salientando também que o professor de EF consegue conduzir bem as aulas sem sua presença, sendo assim, a auxiliar fica liberada para outras tarefas.

3.3 METEDOLOGIA DAS AULAS DE EF

A penúltima categoria das entrevistas realizadas, buscar abordar as estruturas das aulas regulares ministradas pelo professor de EF para turma na qual Maria está inserida. Posteriormente as observações das respostas do professor, pôde-se concluir que o professor evita priorizar Maria na elaboração de seu planejamento, fazendo com que ela participe das atividades convencionais junto dos demais colegas, contudo, adaptações para algumas limitações específicas da deficiência de Maria são necessárias, considerando também o fator de respeitar o tempo de aprendizagem de crianças com SD, que na maioria das vezes é reduzido em comparação com umas criança sem SD. Um último relato acerca de sua metodologia, o professor enfatiza sua busca em diversificar os conteúdos ministrados, proporcionado a Maria uma degustação de diversos jogos, modalidade e atividades, por fim, foi possível comprovar que as dificuldades encontradas pelo docente eram mais relacionadas ao início da carreira, ao longo do tempo, o processo ficou mais fácil.

Diferentemente dos achados no atual estudo, uma pesquisa realizada no município de Santo Antônio de Jesus-BA, buscou analisar a atuação dos professores de Educação Física em relação às crianças com crianças com SD em 5 instituições públicas, participaram do estudo cinco profissionais de EF, dos quais 4 (de 5) alegaram não terem preparo para trabalhar com as crianças com SD, desta forma, o autor pôde concluir que as crianças tem aulas com profissionais despreparados (MASCARENHAS, 2018).

Os métodos aqui aplicados não permitiram a investigação das narrativas da mãe e da professora auxiliar de Maria a respeito desta categoria, tendo em vista que após a análise de suas respectivas respostas, pôde-se constatar a ausência das duas participantes no ato da aula de EF, fazendo com que os dados a serem analisados destas duas amostras fossem insuficientes para gerar algum resultado.

3.4 ATUAÇÃO DA PROFESSORA AUXILIAR NAS AULAS DE EF

Chegando na última categoria das perguntas, posterior a apreciação das respostas do professor, evidenciou-se que no ponto de vista do professor, a atuação da professora auxiliar no ato de suas aulas se torna indiferente, uma vez que é natural para ele conduzir as

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aulas com Maria sozinho, além disto, a professora auxiliar pode usar este tempo para outras tarefas.

O segundo relato, expõe com as análises das respostas da mãe de Maria, que apesar da ausência dela tanto em outras disciplinas quanto nas aulas de EF, foi possível compreender que ela considera importante a atuação da professora num contexto geral. No estudo de Froehlich (2018), que objetivou investigar as barreiras à inclusão e participação para a aprendizagem de uma aluna com Síndrome de Down, os resultados encontrados investigando responsável pela criança com SD, apontaram para a necessidade um professor auxiliar para a criança (FROEHLICH, 2018).

Contemplando a última exposição, após observação das arguições da professora auxiliar sobre sua atuação, conclui-se sua atuação na aula em si é bem reduzida. Aguiar, Feitosa e Paiva (2016) explica que a atuação do professor auxiliar em sala de aula, para com o estudante com SD é fundamental.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando as alegações apresentados pelo professor, mãe e professora auxiliar, foi possível concluir que a estudante com SD encontra-se inserida no ensino regular, geralmente sente-se motivada a participar das aulas de EF, com exceções em alguns momentos, e também que se situa incluída no meio social.

Também, de acordo com os relatos supracitados, a estudante com SD mantém uma boa relação com seus colegas durante as aulas de EF, principalmente pelo fato de frequentar desde os primeiros anos escolares a mesma turma, fazendo com que seus colegas a acolham bem, demonstrando respeito e incentivo.

Quanto as dificuldades encontradas pelo professor para elaborar suas aulas com a presença da estudante com SD, conclui-se que são mínimas, destacando apenas o cuidado que precisa possuir com algumas limitações específicas desta população, assim como seu tempo de aprendizagem. Como estratégias para inclusão, conclui-se que o foco não é priorizar o planejamento pensando exclusivamente na estudante com SD, e sim no todo, buscando incluí-la respeitando suas especificidades.

Acerca da atuação da professora auxiliar, deduziu-se que seu desempenho nas aulas de EF é mínimo, uma vez que a estudante com SD possui autonomia e o professor consegue conduzir suas aulas sem a presença dela.

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Por fim, destaca-se que as conclusões acerca do presente estudo devem ser consideradas levando em conta as circunstâncias do mesmo, não devendo ser extrapoladas para outros cenários. Desta forma, após achados neste artigo, sugere-se a continuidade das investigações sobre a temática de inclusão de estudantes com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – Entrevista semiestruturada para coleta de dados (professor)

CATEGORIA I: PARTICIPAÇÃO E MOTIVAÇÃO DA ESTUDANTE COM SD NAS AULAS DE EF

1 – A estudante participa das aulas? Qual é a frequência dessa participação?

2 – Como é a participação de Maria nas aulas? Você avalia essa participação como ativa?

3 – No seu ponto de vista, ela se sente motivada em participar da aula? Por quê?

4 – A participação de Maria nas aulas é de forma autônoma ou não? Por quê?

5 – Você percebe variações de comportamento de Maria nas aulas? Teria alguma explicação para isso?

CATEGORIA II: RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TURMA DURANTE AS AULAS DE EF

6 – Em suas aulas, ela participa junto com os demais colegas? Por quê?

7 – Você percebe algum incômodo da parte de Maria quanto a isso?

8 – E por parte dos colegas, eles demonstram algum tipo de incômodo com a presença/participação de Maria?

9 – Você já presenciou algum episódio de bullying contra ela? Se sim, qual?

10 – Os colegas de Maria demonstram algum incômodo quando você dá algum suporte específico para ela?

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CATEGORIA III: METODOLOGIA DAS AULAS DE EF

11 – Quanto as atividades implementadas por você na aula, no geral, você precisa adaptá-las para ela?

12 – Quais os tipos mais comuns de adaptações?

13 – Você propõe atividades específicas para ela fazendo com que os outros também participem? E o contrário?

14 – Você dispõe a ela algum tratamento especial/diferenciado? Se sim, por que sim? Se não, por que não?

15 – Para finalizar este tópico, você se sente confortável ou apto para ministrar aulas para esta população?

CATEGORIA IV: A ATUAÇÃO DA PROFESSORA AUXILIAR NAS AULAS DE EF

16 – A professora auxiliar atua junto com você em suas aulas? Por quê?

17 – Pelo o que você percebe, a professora auxiliar considera importante que a aluna participe das aulas de EF?

18 – No seu ponto de vista, a professora auxiliar demonstra alguma insatisfação quando chega a hora da sua aula?

19 – Se alguma vez na sua aula a professora auxiliar estava ausente, você notou alguma mudança de comportamento da aluna?

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APÊNDICE B – Entrevista para coleta de dados (mãe)

CATEGORIA I: PARTICIPAÇÃO E MOTIVAÇÃO DA ESTUDANTE COM SD NAS AULAS DE EF

1 – Você considera importante que sua filha participe das aulas regulares de EF? Por quê?

2 – No geral, você considera que a participação nas aulas regulares traz benefícios para sua filha? Por que e quais?

3 – Em seu ponto de vista, ela gosta de participar das aulas/fazer exercícios físicos ou participa/faz mais por obrigação?

4 – Como fica o comportamento de Maria quando realiza exercícios físicos por um longo período? E quando não realiza? É indiferente?

5 – Em relação as habilidades motoras, ela participar das aulas/realizar exercícios físicos, você observa algum tipo de melhora/ganho?

CATEGORIA II: RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TURMA DURANTE AS AULAS DE EF

6 – Você é a favorável ou contrária que sua filha participe das aulas juntos com os demais colegas? Por quê?

7 – Na sua percepção, é natural para ela realizar as aulas de forma individual ou coletiva? Por quê?

8 – No seu ponto de vista, os colegas lidam com ela como lidam com os demais? Por quê?

9 – Na rotina escolar de sua filha, você observa se ela tem contato com outras crianças com algum tipo de deficiência? Se sim, ela possui uma boa relação com estas?

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CATEGORIA III: METODOLOGIA DAS AULAS DE EF

11 – Você é de acordo com as metodologias propostas pelo professor de EF quanto as aulas? Por quê?

12 – Alguma das metodologias já utilizadas por ele em aula obteve um melhor resultado no processo de ensino-aprendizagem em seu ponto de vista?

13 – Alguma das metodologias já utilizadas por ele em provocou a exclusão de Maria em aula?

14 – Na sua opinião, ela necessita de algum tratamento especial do professor em relação ao demais colegas ou não? Por quê?

15 – Ela já pediu para realizar com você, fora da escola, alguma atividade feita nas aulas de EF?

CATEGORIA IV: A ATUAÇÃO DA PROFESSORA AUXILIAR NAS AULAS DE EF

16 – Você é a favor que professores auxiliares estejam presentes nas salas de aula? Por quê?

17 – Atualmente, a professora que auxilia sua filha está apta a lidar com as especificidades de uma criança com SD? Por quê?

18 – Você nota que sua filha se sente mais confortável em participar das aulas de EF na presença da professora auxiliar ou não? Por quê?

19 – No seu ponto de vista, sua filha desempenha melhor o que é proposto com a presença da professora auxiliar? Ou não? Ou é indiferente?

20 – Em algum momento da vida escolar de sua filha, ela já demonstrou negação para uma professora auxiliar? Se sim, quando?

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APÊNDICE C – Entrevista para coleta de dados (professora auxiliar)

CATEGORIA I: PARTICIPAÇÃO E MOTIVAÇÃO DA ESTUDANTE COM SD NAS AULAS DE EF

1 – Você considera importante a participação de sua aluna nas aulas regulares de EF? Por quê?

2 – A motivação de Maria em praticar as aulas de EF é igual, inferior ou superior à de outras disciplinas? Como você percebe isso?

3 – No seu ponto de vista, ela está efetivamente sendo incluída nas aulas de EF? Por quê?

4 – Em algum momento em particular, a aluna já mencionou com você alguma insatisfação ao participar de uma das aulas de EF? Quais?

5 – Você considera ideal que alunos com deficiência participem de maneira individual ou coletiva das aulas de EF? Por quê?

CATEGORIA II: RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE TURMA DURANTE AS AULAS DE EF

6 – Você nota diferença no tratamento do professor entre ela e os demais alunos? Quais?

7 – Você considera que ela e os demais alunos mantêm uma boa relação? Por quê?

8 – Você considera que sua presença na sala de aula interfira na relação da aluna com o restante da turma? Por quê?

9 – Em algum momento você já vivenciou rejeição pelos colegas da aluna devido ao tratamento especial que ela obtém de você? Por quê?

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CATEGORIA III: METODOLOGIA DAS AULAS DE EF

11 – Você acha adequado a maneira com qual o professor de EF conduz suas aulas na presença de alunos com SD? Por quê?

12 – Você sente dificuldade em participar das aulas de EF junto a ela?

13 – Você acha necessário sua participação junto a ela nas aulas de EF ou somente nas outras disciplinas? Por quê?

14 – O professor de EF sente-se confortável em ministrar a aula com você presente? Alguma vez ele pediu para você se retirar?

15 – Os conteúdos ministrados pelo professor em aula são condizentes com a capacidade motora e intelectual da estudante com SD? Por quê?

CATEGORIA IV: A ATUAÇÃO DA PROFESSORA AUXILIAR NAS AULAS DE EF

16 – Você considera sua participação nas aulas de EF importante? Por quê?

17 – Você percebe uma segurança maior por parte da aluna nas aulas de EF quando você está presente? Como você percebe isso?

18 – Você já precisou intervir em alguma aula por conta da aluna, notando que o professor não conseguia conduzi-la? Quando?

19 – Você enfrente dificuldades para dar suporte a alunos com SD nas aulas de EF? Quais?

20 – Como você avaliaria sua atuação perante o suporte dado a aluna com SD nas aulas de EF?

Referências

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