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Carta Mensal Iporanga janeiro de O fundo Iporanga Macro FIC FIM apresentou rendimento mensal de 0,39% (37% do CDI) em janeiro.

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Academic year: 2021

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O fundo Iporanga Macro FIC FIM apresentou rendimento mensal de 0,39% (37% do CDI) em janeiro.

Brasil

O mês de janeiro apresentou menos conflitos políticos devido ao recesso do Congresso. No entanto, a nova fase da Lava-Jato (Operação Triplo X) voltou a colocar as investigações cada vez mais perto do ex-presidente Lula, o que pode ser um duro golpe para os planos do PT em 2018.

No front econômico, o destaque foi o comportamento do Banco Central do Brasil e do seu presidente. Após sinalizar que quebraria o ciclo de manutenção da taxa de juros, Alexandre Tombini soltou uma nota oficial de esclarecimento – um dia antes da reunião do COPOM – afirmando que o comitê iria contemplar as novas projeções do FMI para a economia brasileira. O recado foi de que um novo aperto monetário estava descartado. Não obstante, o COPOM anunciou (em decisão dividida) que iria manter a taxa de juros em 14,25% a.a. Boatos deram conta que Tombini resolveu mudar seu discurso após uma reunião com Dilma Rousseff, enquanto outras fontes afirmaram que a mudança se deu após reuniões no Bank of International Settlements (BIS). Independentemente das causas, a mudança da autoridade monetária foi mal vista pelo mercado, não pela manutenção dos juros, mas pela forma da comunicação.

Os primeiros passos de Nelson Barbosa têm sido monitorados com atenção. O ministro se esforçou em afirmar que iria proceder com o ajuste fiscal, mesmo que de magnitude menor que o proposto por seu antecessor. Os anúncios na tentativa de impulsionar o crédito, no entanto, atestaram a inclinação do governo por ressuscitar pilares da “nova matriz econômica”, cujo mentor foi o prórpio ministro.

Os resultados consolidados para 2015 das notas publicadas pelo BCB não apresentaram surpresas. A Nota do Setor Externo mostrou uma melhora substancial da conta corrente (suportada pela desvalorização do real), mas com viés negativo já que o resultado foi causado por queda nas importações, e não pelo aumento das exportações. No entanto, esse ajuste externo não será capaz de deter a queda do PIB. A piora no sentimento

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de risco (causadora da desvalorização cambial) indica que não há condições favoráveis para aumentos nos investimentos privados e nas despesas das famílias, limitando o crescimento da absorção doméstica, composta pela soma da formação bruta de capital fixo com os gastos das famílias e do governo.

O cenário de crédito manteve o compasso de desaceleração nas concessões (principalmente para pessoas físicas) e um aumento na inadimplência total (pulando de 2,8% para 3,4% em um ano, com maior pressão vindo de pessoas jurídicas). Preocupante foi o nível de comprometimento de renda das famílias, que está em 22,4% – próximo ao pico da série atingido entre 2011 e 2012.

A Nota de Política Fiscal apontou um déficit primário de 1,88% do PIB (déficit de 0,57% em 2014) e uma relação dívida bruta/PIB de 66,2% (em 2014 fechou em 57,2%). Um cenário conservador de estabilidade das receitas do governo indica um esforço fiscal no patamar de R$ 200 bilhões para atingirmos o superávit proposto de 0,5% do PIB em 2016 (cenário pouco provável) e uma relação dívida bruta/PIB passando de 90% em 2018.

A inflação de 2015, medida pelo IPCA, fechou em 10,67%. Os maiores impactos no índice foram provenientes da energia elétrica (aumento de preços de 51%) e gasolina (aumento de 20,1%). O preço de serviços acumulou variação de 8,09% e os preços administrados subiram 18,08% em 2015. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) mostrou uma taxa de desocupação de 6,9% em dezembro, 0,6 p.p. abaixo do índice de novembro, porém 2 p.p. acima do observado em dezembro de 2014. A mesma dinâmica foi verificada na média do rendimento real, que subiu 1,4% no mês, mas teve queda de 5,8% na comparação anual. O CAGED terminou o ano com o pior resultado da série iniciada em 1992, com fechamento de mais de 1,5 milhões de postos de trabalho.

Estados Unidos

Após o início da normalização da política monetária do FOMC, a Ata da reunião de dezembro trouxe um viés dovish e a primeira reunião do ano terminou com a manutenção dos juros no intervalo entre 0,25% e 0,50% a.a. O índice S&P500 apresentou seu pior início

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do ano da história, ocasionado em grande parte por dúvidas em relação à economia chinesa e à contínua queda dos preços do petróleo.

Os dados do mercado de trabalho vieram fortes com o Nonfarm Payrolls marcando adições de 292 mil postos de trabalho. O índice de inflação cheio para dezembro voltou a entrar em zona deflacionária, mas o colegiado acredita que 2016 apresentará pressões inflacionárias advindas da dissipação do efeito da queda do preço do petróleo e aumento dos gastos em saúde.

Pelo lado da atividade, os dados têm sido decepcionantes. As quedas das vendas no varejo e nos pedidos de bens duráveis de dezembro põem em dúvida a saúde do setor manufatureiro e vão em linha com a prévia do PIB do 4T15, com um módico crescimento anualizado de 0,7%. Já a prévia de janeiro da atividade do setor de serviços (responsável por quase 80% do PIB americano) marcou uma mínima desde fevereiro de 2014, ficando em 53,7.

Europa

A reunião de política monetária do BCE de janeiro terminou sem mudanças nas taxas de juros ou no programa de injeção de liquidez. O presidente do BCE, Mario Draghi, manteve-se fiel ao seu discurso de que fará o necessário para ajudar a retomada econômica da Europa, vislumbrando mudanças para a reunião de março.

Marcado inicialmente para final de 2017, o referendo sobre a vontade da população britânica a respeito da permanência do Reino Unido na União Europeia deverá ser votado em meados de 2016. Um “Brexit” apresenta impactos importantes nos acordos comerciais do país com o bloco europeu. Em sua reunião de janeiro, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa de juros em 0,50% a.a. e indicou o uso de políticas macroprudenciais para ajudar a recuperação da economia.

China

O início do ano ligou o sinal de alerta no mercado: os índices de atividade manufatureira continuaram no território contracionista (NBS marcou 49,7 e o Caixin 48,2) e

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a velocidade da desvalorização do yuan levantou dúvidas sobre o intervencionismo chinês no câmbio. O governo se manifestou dando ênfase para estabilidade de sua cesta de moedas (CFETS RMB Index) e ao aperfeiçoamento do mecanismo de paridade entre a moeda chinesa e o dólar americano.

O PIB cresceu 6,8% em 2015, justamente o crescimento esperado pelo mercado (a falta de quebras do PIB chinês e o dado muito em linha com o mercado suscitaram dúvidas sobre sua qualidade). O resultado da balança comercial de dezembro foi beneficiado pela desvalorização do yuan e mostrou uma recuperação das exportações, com queda de 1,4% na comparação anual em dólares e aumento de 2,3% em yuan.

O anúncio do Plano de Cinco Anos (2016-2020), programado para março, será importante para colocar luz sobre como o governo pretende continuar implantando as políticas voltadas à mudança do modelo de crescimento econômico via investimentos públicos para um modelo via consumo interno.

Japão

O mês de janeiro foi agitado no Japão e iniciou com a renúncia de Akira Amari, um dos formuladores do Abenomics, do cargo de Ministro da Economia. Para o seu lugar foi nomeado Nobutero Ishibara, do mesmo partido do ex-ministro.

O Banco do Japão (BoJ) tomou uma decisão surpreendente em sua reunião de política monetária de janeiro e implementou um “QQE with negative rates”: taxa de juros em -0,1% e continuidade dos programas de injeção de liquidez.

Em termos econômicos o Japão continua em sua luta contra a inflação baixa. O índice nacional cheio marcou em dezembro variação anual de 0,2% (desaceleração expressiva vista a variação de 2,4% em dezembro de 2014). Os gastos médios das famílias é um índice que pode indicar um aquecimento do consumo, porém os dados têm sido muito fracos e, invariavelmente, abaixo das expectativas dos agentes (das doze leituras desde início de 2015 dez apresentaram queda anual dos gastos).

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Posições Câmbio

Fechamos a posição comprada em USDBRL. Abrimos posição comprada em EURGBP e vendida em USDJPY.

Juros

Abrimos as posições: (i) aplicada no DI Abr16 apostando em uma manutenção de juros e taticamente tomada em DI Jan21, (ii) pequena posição aplicada no cupom cambial curto, entendendo que a curva deve permanecer comportada.

Bolsa

Mantivemos a nossa posição comprada em seguradoras e empresas de celulose, e vendida em consumo discricionário, shoppings e geradoras de energia elétrica. Na parte micro de bolsa, diminuímos nossa posição comprada em International Meal Company e vendida em Banco do Brasil. Fechamos a posição comprada em S&P 500.

Referências

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