• Nenhum resultado encontrado

ANO XXIX ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 02/2018

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ANO XXIX ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 02/2018"

Copied!
31
0
0

Texto

(1)

ANO XXIX - 2018 - 2ª SEMANA DE JANEIRO DE 2018

BOLETIM INFORMARE Nº 02/2018

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

ESTOQUES - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO - CONSIDERAÇÕES GERAIS ... Pág. 63 TAXAS DE CÂMBIO PARA ATUALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS E OBRIGAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA ... Pág. 72

IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

DIRF - DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - NORMAS PARA APRESENTAÇÃO – 2018 ... Pág. 73

TRIBUTOS FEDERAIS

ACRÉSCIMOS LEGAIS PARA RECOLHIMENTOS FORA DE PRAZO - EM JANEIRO DE 2018 ... Pág. 86 REFIS/PAES – RECOLHIMENTO DAS PARCELAS NO MÊS DE JANEIRO DE 2018 - ACRÉSCIMO DA TJLP ... Pág. 87 TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS A COMPENSAR - ACRÉSCIMO DE JUROS PARA COMPENSAÇÃO

(2)

IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA

ESTOQUES - CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO Considerações Gerais

Sumário

1. Introdução;

2. Periodicidade de Escrituração do Livro Registro de Inventário; 2.1 – Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Lucro Real;

2.2 - Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Lucro Presumido; 2.3 - Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Simples Nacional; 2.3.1 – Microempreendedor Individual – MEI;

2.4 - Escrituração Fiscal Digital – EFD-ICMS/IPI; 3. Composição do Custo de Aquisição;

4. Avaliação de Estoque Com Base em Sistema de Custo Integrado e Coordenado; 5. Avaliação de Matérias-Primas e Mercadorias;

5.1 - Custo Médio Ponderado;

5.2 - Peps - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair; 5.3 - Preço de Venda, Subtraída a Margem de Lucro; 5.4 - Quadro Comparativo Das Avaliações Apresentadas; 6. Registro Permanente de Estoques;

7. Empresa Que Não Mantém Registro Permanente de Estoques; 7.1. Custo Das Mercadorias Vendidas – CMV;

7.2 - Resultado Com Mercadorias – RCM; 7.3 - Caso Prático;

8. Avaliação Dos Produtos em Processo e Acabados; 8.1 - Custeio Por Absorção;

8.2 - Custo Padrão;

8.3 - Arbitramento do Valor do Estoque de Produtos Acabados e em Elaboração; 8.4 - Quebras e Perdas de Estoque;

8.5 - Sucatas e Subprodutos; 9. Estoque de Produtos Rurais; 10. Compras Com Preço a Fixar;

11. Ajuste a Valor Presente Sobre o Estoque;

1. INTRODUÇÃO

Para elaboração de balanços e apuração de resultados são necessários o levantamento e a avaliação dos estoques de mercadorias para revenda, matérias-primas, materiais de embalagem, produtos acabados e produtos em elaboração da pessoa jurídica.

De acordo com o item II do artigo 183 da Lei das S/A, "os direitos que tiverem por objeto mercadoria e produtos do comércio da companhia, assim como matéria-prima, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, serão avaliados pelo custo de aquisição ou produção, deduzido da provisão para ajustá-lo ao valor de mercado quando este for inferior".

A Resolução CFC nº 1.170/2009 prevê que os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

A Resolução CFC nº 1.170/2009 traz a seguinte definição sobre valor justo e valor realizável líquido:

a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda;

b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.

A apuração e determinação dos custos dos estoques é um dos aspectos mais complexos da área contábil, não só pelo fato de ser um ativo significativo, mas pelo reflexo que produz na apuração dos resultados.

Nos itens a seguir trataremos sobre os critérios de avaliação de estoques com base no Regulamento do Imposto de Renda e alterações posteriores e outras fontes citadas no texto.

Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site.

(3)

2. PERIODICIDADE DE ESCRITURAÇÃO DO LIVRO REGISTRO DE INVENTÁRIO

O custo das mercadorias vendidas e os bens de produção serão determinados com base em registro permanente de estoques ou no valor do estoque existente, de acordo com o livro Registro de Inventário, escriturado no fim de cada trimestre ou ao término do ano-calendário, conforme o caso.

2.1 – Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Lucro Real

As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real deverão efetuar o levantamento e a avaliação dos seus estoques ao final de cada período de apuração dos resultados. Assim, a empresa fica obrigada a escriturar o livro Registro de Inventário ao final de cada trimestre, se apurar o lucro real trimestralmente ou somente em 31 de dezembro, no caso de pagamento do Imposto de Renda mensal sobre base de cálculo estimada.

No caso de levantamento de balanço de suspensão ou redução, para fins de determinação do resultado, a pessoa jurídica deverá promover, ao final de cada período de apuração, levantamento e avaliação de seus estoques, segundo a legislação específica, dispensada a escrituração do livro "Registro de Inventário" (§ 2º do art. 49 da IN RFB nº 1.700/2017).

No entanto, se a pessoa jurídica possuir registro permanente de estoques, integrado e coordenado com a contabilidade, somente estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do ano-calendário ou no encerramento do período de apuração, nos casos de incorporação, fusão, cisão ou encerramento de atividade (§ 3º do art. 49 da IN RFB nº 1.700/2017).

2.2 - Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Lucro Presumido

As empresas tributadas com base no lucro presumido devem proceder ao levantamento e à avaliação dos estoques em 31 de dezembro, uma vez que estão obrigadas a escriturar, nessa data, o livro Registro de Inventário (inciso II, do art. 527 do RIR/99 e inc. II do art. 225 da IN RFB nº 1.700/2017).

2.3 - Pessoas Jurídicas Optantes Pelo Simples Nacional

De acordo com o inciso II do art. 61 da Resolução CGSN nº 94/2011, a ME ou EPP optante pelo SIMPLES NACIONAL deverá adotar para os registros e controles das operações e prestações por ela realizadas o Livro Registro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada ano-calendário, quando contribuinte do ICMS.

2.3.1 – Microempreendedor Individual – MEI

O MEI fica dispensado da escrituração dos livros fiscais e contábeis, da Declaração Eletrônica de Serviços e da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), ressalvada a possibilidade de emissão facultativa disponibilizada pelo ente federado (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 2º, inciso I e § 6º; art. 26, § 2º, § 1º do art. 97 da Resolução CGSN nº 94/2011).

2.4 - Escrituração Fiscal Digital – EFD-ICMS/IPI

O Convênio ICMS nº 143/2006, e posteriormente o Ajuste Sinief nº 2/2009, dispõem sobre a instituição da Escrituração Fiscal Digital – EFD do ICMS/IPI, em meio digital, que será de uso obrigatório para os contribuintes do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS ou do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

De acordo com a legislação vigente, a escrituração da EFD-ICMS/IPI prevista na forma do Convênio ICMS nº 143/2006, Ajuste Sinief nº 2/2009 e alterações posteriores, substitui a escrituração e impressão dos seguintes livros:

a) Livro Registro de Entradas; b) Livro Registro de Saídas; c) Livro Registro de Inventário; d) Livro Registro de Apuração do IPI; e) Livro Registro de Apuração do ICMS;

(4)

f) documento Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP. g) Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque.

Ressaltamos que a escrituração do Livro de Registro de Controle da Produção e do Estoque será obrigatória na EFD a partir de (Ajuste Sinief nº 2/2009 e Ajuste Sinief nº 25/2016):

1. 1º de janeiro de 2017, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$300.000.000,00;

2. 1º de janeiro de 2018, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$78.000.000,00;

3. 1º de janeiro de 2019, para: os demais estabelecimentos industriais; os estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos 462 a 469 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e os estabelecimentos equiparados a industrial.

3. COMPOSIÇÃO DO CUSTO DE AQUISIÇÃO

O custo de mercadorias para revenda, assim como o das matérias-primas e outros bens de produção, compreende, além do valor pago ao fornecedor, o valor correspondente ao transporte (fretes), seguro e dos tributos devidos na aquisição ou na importação, excluídos os impostos recuperáveis através de crédito na escrita fiscal.

As mercadorias ou bens importados têm seu custo avaliado por todos os valores dispendidos até a data da entrada no estabelecimento importador, tais como taxas bancárias, gastos com desembaraço aduaneiro, honorários de despachante, etc.

4. AVALIAÇÃO DE ESTOQUE COM BASE EM SISTEMA DE CUSTO INTEGRADO E COORDENADO

A empresa que mantiver sistema de contabilidade de custos integrado com o restante da escrituração poderá utilizar os custos apurados contabilmente para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados, de acordo com os critérios examinados neste trabalho, para fins de apuração da base de cálculo do Imposto de Renda.

Considera-se sistema de contabilidade de custo integrado e coordenado com o restante da escrituração aquele (§ 2º do art. 294 do RIR/1999):

a) apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos gerais de fabricação);

b) que permite determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas e outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados;

c) apoiado em livros auxiliares, ou fichas, ou formulários contínuos, ou mapas de apropriação ou rateio, tidos em boa guarda e de registros coincidentes com aqueles constantes da escrituração principal;

d) que permite avaliar os estoques existentes na data de encerramento do exercício segundo os custos efetivamente incorridos.

5. AVALIAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS E MERCADORIAS

Como regra geral, a pessoa jurídica deverá promover ao final de cada exercício o levantamento e avaliação dos estoques, adotando-se os seguintes critérios, conforme o caso:

a) pelo custo médio ponderado;

b) pelo custo dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente (Peps - primeiro a entrar, primeiro a sair); c) pelo preço de venda, subtraída à margem de lucro;

(5)

d) pelo custo da última mercadoria que entrou - Ueps - último a entrar, primeiro a sair.

Observe-se que não é permitida, pela legislação do Imposto de Renda, a avaliação dos estoques pelo método Ueps - último a entrar, primeiro a sair.

5.1 - Custo Médio Ponderado

Este sistema consiste em avaliar o estoque pelo custo médio de aquisição, apurado em cada entrada de mercadorias ou matéria-prima, ponderado pelas quantidades adicionadas e pelas anteriormente existentes. Demonstramos, na ficha de estoque abaixo, o método de avaliação pelo custo médio:

Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDO

Quant. Custo Histórico R$ Total R$ Quant. Custo Médio R$ Total R$ Quant. Custo Médio R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 18.06 Venda - - - 10 52,50 525,00 30 52,50 1.575,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 50 71,50 3.575,00 30.06 Venda - - - 30 71,50 2.145,00 20 71,50 1.430,00 Totais 60 - 4.100,00 40 - 2.670,00 20 71,50 1.430,00

De acordo com o Parecer Normativo CST nº 06/1979, o Fisco admite que as saídas sejam registradas unicamente no final do mês, desde que avaliadas ao preço médio, sem considerar a baixa para fins de cálculo daquele custo médio.

Assim, com base nos dados da ficha de estoque anterior, teremos:

Data Histórico ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 40 52,50 2.100,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 - - - 60 68,34 4.100,00 30.06 Vendas no Mês - - - 40 68,34 2.733,60 20 68,34 1.366,40 Totais 60 4.100,00 40 2.733,60 20 68,34 1.366,40

5.2 - Peps - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair

Por este método, as saídas do estoque são avaliadas pelos respectivos custos de aquisição, pela ordem de entrada, resultando que o estoque ficará sempre avaliado aos custos das aquisições mais recentes (últimas compras).

Neste caso, a ficha de estoque mostraria os seguintes valores:

08 Histó-rico ENTRADAS SAÍDAS SALDOS

Quant. Custo Unitário

R$

Total R$ Quant. Custo Unitário

R$

Total R$ Quant. Custo Unitário R$ Total R$ 05.06 Compra 20 50,00 1.000,00 - - - 20 50,00 1.000,00 12.06 Compra 20 55,00 1.100,00 - - - 20 20 50,00 55,00 1.000,00 1.100,00 40 2.100,00 18.06 Venda 10 50,00 500,00 10 20 50,00 55,00 500,00 1.100,00 30 1.600,00 28.06 Compra 20 100,00 2.000,00 10 20 20 50,00 55,00 100,00 500,00 1.100,00 2.000,00 50 3.600,00 30.06 Venda 10 20 50,00 55,00 500,00 1.100,00 20 100,00 2.000,00 30 1.600,00

(6)

5.3 - Preço de Venda, Subtraída a Margem de Lucro

Pode-se, ainda efetuar a avaliação dos estoques de mercadorias com base no preço de venda, subtraída a margem de lucro, embora entendamos não ser o melhor critério, mas é também aceito pela legislação fiscal. Tendo em vista que a margem de lucro corresponde à diferença entre o preço de venda e o custo de aquisição ou produção dos bens, não pode o contribuinte atribuir uma margem de lucro qualquer para avaliação dos estoques, uma vez que tal procedimento pode implicar numa superavaliação ou subavaliação dos valores e, conseqüentemente, na majoração dos resultados, ficando sujeito a possíveis questionamentos fiscais.

5.4 - Quadro Comparativo Das Avaliações Apresentadas

De conformidade com os critérios de avaliação de estoque apresentados e uma receita líquida de vendas de R$ 10.000,00, podemos fazer as seguintes comparações:

CUSTO MÉDIO SAÍDAS REGISTRADAS DIARIAMENTE SAÍDAS REGISTRADAS NO FINAL DO MÊS PEPS RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 10.000,00 10.000,00 10.000,00 (-) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 2.670,00 2.733,60 2.100,00 (=) LUCRO BRUTO 7.330,00 7.266,40 7.900,00 ESTOQUE FINAL 1.430,00 1.366,40 2.000,00

6. REGISTRO PERMANENTE DE ESTOQUES

No caso de controle permanente de estoques, deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) o registro permanente de estoques pode ser feito em livros, fichas ou em formulários contínuos emitidos por processamento de dados, sendo que os modelos são de livre escolha da empresa e cujos saldos serão transpostos para o livro Registro de Inventário;

b) os registros deverão ser feitos em ordem cronológica, sendo aberta uma ficha para cada espécie de bem a controlar;

c) o custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas na produção deverá corresponder ao total dos valores lançados durante o período na coluna "saídas";

d) ocorrendo devoluções, tanto de compras como de vendas efetuadas, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

d.1) no caso de devolução de compras, serão registradas na ficha de estoque na coluna "entradas" de forma negativa (entre parênteses), pelo mesmo valor lançado por ocasião da aquisição;

d.2) no caso de devolução de vendas, serão registrados na ficha de estoque na coluna "saídas", também de forma negativa, pelo mesmo valor da saída correspondente;

d.3) o lançamento da devolução implica em ajuste do custo médio, uma vez que este fato altera o saldo físico e monetário do estoque;

d.4) os gastos relativos às devoluções de compras ou vendas, tais como fretes, seguro, etc., serão tratados como despesas operacionais, não sendo agregados ao custo;

e) a empresa que possuir registro permanente de estoques só estará obrigada a ajustar os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, ao final do exercício.

7. EMPRESA QUE NÃO MANTÉM REGISTRO PERMANENTE DE ESTOQUES

A pessoa jurídica que não possuir registro permanente de estoques deverá promover, ao final de cada exercício, o levantamento físico dos seus estoques, sendo que os estoques encontrados serão avaliados pelo preço praticado

(7)

nas compras mais recentes, constantes das Notas Fiscais de aquisição, excluídos os impostos quando recuperáveis (IPI/ICMS, Pis e Cofins quando for recuperável).

7.1 - Custo Das Mercadorias Vendidas – CMV

A apuração do custo das mercadorias vendidas está diretamente relacionada aos estoques da empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques por vendas realizadas no período.

Quando o controle de estoques é feito mediante contagem física, o custo das mercadorias vendidas ou das matérias-primas utilizadas no processo de produção é obtido através da seguinte operação:

CMV = EI + C - EF (custo das mercadorias vendidas = estoque inicial mais compras do período, menos estoque final)

Onde:

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoque Inicial

C = Compras

EF = Estoque Final (inventário final) 7.2 - Resultado Com Mercadorias – RCM

O resultado com mercadorias surge do confronto entre as vendas efetuadas e o custo das mercadorias vendidas. Se o valor das vendas for maior do que o CMV, pode-se dizer que houve um lucro bruto.

Se o valor das vendas for menor do que o CMV, pode-se dizer que houve um prejuízo com mercadorias. O resultado com mercadorias pode ser apurado através da equação:

RCM = V – CMV Onde:

RCM = Resultado com Mercadorias V = Vendas

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas 7.3 - Caso Prático

Consideraremos os seguintes dados para calcular o resultado com mercadorias no período de 01.04.2017 a 30.06.2017.

Observação:

- não foi considerado crédito de Pis e Cofins na entrada. - não foi lançado valor a título de ajuste a valor presente. - os valores de Pis e Cofins na saída são hipotéticos.

Estoque em 01.04.2017 R$ 1.600,00 Compras para revenda R$ 1.300,00 Vendas de mercadorias R$ 3.840,00 Compras devolvidas R$ 300,00

PIS/Cofins R$ 930,00

Fretes R$ 250,00

(8)

Estoque inventariado (30.06.2017) R$ 1.270,00

ICMS sobre compras e vendas - alíquota de 18%. Assim temos:

Compras totais R$ 1.300,00 (-) ICMS sobre compras R$ 180,00

(-) compras devolvidas R$ 300,00 (+) fretes R$ 250,00 (=) Compras Líquidas R$ 1.070,00

Nota:

a) ICMS sobre compras: 18% de R$ 1.300,00 = R$ 234,00 b) ICMS compras devolvidas: 18% de R$ 300,00 = R$ 54,00 c) Valor líquido da conta ICMS sobre compras R$ 180,00

Vendas totais R$ 3.840,00 (-) ICMS sobre vendas R$ 673,20 (-) Vendas canceladas R$ 100,00 (-) PIS/Cofins R$ 930,00 (=) Vendas Líquidas R$ 2.136,80

Nota:

a) ICMS sobre vendas: 18% de R$ 3.840,00 = R$ 691,20 b) ICMS sobre devoluções: 18% de R$ 100,00 = R$ 18,00 c) Valor líquido da conta de ICMS sobre vendas R$ 673,20 Substituindo nas fórmulas teremos:

CMV = EI + C – EF CMV = 1.600,00 + 1.070,00 - 1.270,00 CMV = 1.400,00 RCM = V – CMV RCM = 2.136,80 - 1.400,00 RCM = 736,80

8. AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS EM PROCESSO E ACABADOS 8.1 - Custeio Por Absorção

O custo dos estoques dos produtos em processo e acabados deve incluir todos os custos diretos como matéria-prima, mão-de-obra e outros, e os indiretos como gastos gerais de fabricação, necessários para colocação do produto em condições de venda.

No custeio por absorção, os custos de produção incorridos, diretos ou indiretos, são atribuídos ao produto final, observando-se que:

a) os custos relativos a matéria-prima e materiais diretos serão apropriados com base nos custos apurados da forma mencionado no item 5;

b) os custos relativos a mão-de-obra correspondem aos salários e encargos do pessoal que trabalha diretamente na fabricação do produto;

(9)

c) os gastos gerais de fabricação correspondem aos demais custos incorridos na produção, tais como: energia, seguros, depreciação, almoxarifado, supervisão, etc.

8.2 - Custo Padrão

Esse método de custeio, geralmente utilizado por grandes empresas, com operações de grande volume ou com linhas de montagem que envolvem muitas peças, consiste em que o custo de cada produto é predeterminado, antes da produção, com base nas especificações dos produtos, componentes do custo e condições de produção. Dessa forma, os estoques são apurados com base em custos unitários padrão e comparado com os custos de reais apurados, registrando-se as diferenças em contas de variação.

A legislação fiscal aceita que a empresa apure custos com base em padrões preestabelecidos (custo padrão ou "standard"), como instrumento de controle de gestão, desde que observado o seguinte (Parecer Normativo CST nº 06/1979):

a) que o padrão preestabelecido incorpore todos os elementos constitutivos do custeio por absorção;

b) as variações de custos (negativas e positivas) sejam distribuídas aos produtos de modo que a avaliação final dos estoques não discrepe da que seria obtida com o emprego do custo real;

c) as variações de custos sejam identificadas em nível de item final de estoque, de forma a permitir a verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos sobre a valoração dos inventários.

8.3 - Arbitramento do Valor do Estoque de Produtos Acabados e em Elaboração

Caso a escrituração do contribuinte não atenda os requisitos mencionados no tópico anterior, ou seja, não haja integração e coordenação da contabilidade de custos com o resto da escrituração, os estoques deverão ser avaliados (art. 296 do RIR/1999):

a) Produtos em elaboração:

a.1) por uma vez e meia (150%) o maior custo das matérias-primas adquiridas no período-base (sem ICMS/IPI quando recuperáveis);

a.2) 80% (oitenta por cento) do valor dos produtos acabados, determinado segundo o critério do item II; b) Produtos acabados:

- 70% (setenta por cento) do maior preço de venda do período-base, sem inclusão do IPI, mas com ICMS incluso (Parecer Normativo CST nº 14/1981).

A utilização desse critério apresenta grandes distorções na apuração do resultado, uma vez que a percentagem de 70% é bastante elevada e, nesse caso, supervaloriza o estoque de materiais em processamento e de produtos acabados no encerramento do período-base. Essa supervalorização, em algumas situações, poderá fazer com que o custo dos produtos vendidos apresente-se negativo. É comum o custo dos produtos vendidos apresentar valor negativo quando existir grande quantidade de estoque de produtos acabados em decorrência de vendas reduzidas. Neste caso, o custo dos produtos vendidos deverá ser considerado igual a zero.

c) Avaliação de Estoque por Arbitramento - Produtos Acabados - Maior Preço de Venda

No caso de avaliação do estoque de produtos acabados pelo critério do arbitramento, a determinação do maior preço de venda, em algumas situações, tem causado algumas dúvidas para valorização do estoque.

Note-se que o inciso II do artigo 296 do RIR/1999 faz referência à expressão "maior preço de venda no período de apuração". Pode ocorrer, por exemplo, que determinado produto não tenha sido vendido no período de apuração. Neste caso, embora a legislação do Imposto de Renda seja omissa, entendemos que poderá ser utilizado como parâmetro o maior preço de venda praticado no período de apuração imediatamente anterior.

A situação adquire maior grau de complexidade no caso de produto novo que ainda não foi vendido. Em princípio, poderíamos afirmar que o produto novo seria avaliado a custo zero, uma vez que não existe parâmetro para aplicarmos a regra do arbitramento. Entretanto, entendemos que, no caso vertente, deve existir um procedimento

(10)

lógico, buscando-se, inclusive, o preço do referido produto no mercado. Aliás, a nosso ver, esse referencial estaria correto.

A questão apresenta-se, ainda, mais complexa, quando se tratar de produto novo e inédito, ou seja, sem referencial no mercado. Neste caso, a nosso ver, a valorização desse produto poderia ser feita com base nos custos das matérias-primas utilizadas na sua fabricação. De qualquer modo, e diante da omissão da legislação do Imposto de Renda, recomendamos que seja formulada consulta ao Fisco.

Os critérios impostos pela legislação são arbitrários, visando penalizar as empresas que não mantêm uma contabilidade adequada de custos, não sendo, no entanto, aceitáveis para fins contábeis, pelas distorções que provocam no resultado da empresa.

8.4 - Quebras e Perdas de Estoque

É normal no processo produtivo ocorrer quebras e perdas de estoque como é o caso de aparas e rebarbas de matéria-prima, evaporação de produtos químicos, etc. Nesse caso, os valores relativos a quebras e perdas serão agregados ao custo normal de produção, sempre que normais e relativas ao processo produtivo, e serão lançados como despesas ao resultado do período, se forem esporádicas e anormais.

8.5 - Sucatas e Subprodutos

As sucatas e os subprodutos são as sobras, pedaços, resíduos, aparas e outros materiais derivados da atividade industrial que têm como característica nascerem do processo da produção. A diferença entre um e outro reside no fato de que a sucata não tem um mercado garantido de comercialização e os preços bastante incertos enquanto os subprodutos têm condições de demanda e de preços bons.

Contabilmente, os custos incorridos nos bens sucateados devem ser agregados aos custos de fabricação dos produtos bons aproveitados. No caso de sucatas que não sejam relativas ao processo de produção, os seus custos devem ser retirados do custo de produção e lançados como perdas no resultado do período. Os estoques de sucata a serem comercializados existirão fisicamente, devendo ser controlado pela empresa, no entanto não terá valor contábil. Por ocasião da comercialização da sucata, o valor da receita será reconhecido nesse momento no resultado no subgrupo "outras receitas operacionais".

No tocante aos subprodutos, por possuírem mercado estável e preço de venda previsível, tais itens devem ser avaliados ao valor líquido de realização e considerado como redução do custo de produção do período em que surgiram.

Por valor líquido de realização de um subproduto deve ser entendido como o valor bruto menos os impostos incidentes sobre essa venda, menos as despesas de comercialização como comissões, taxas de entrega, etc. Quando a empresa comercializar os subprodutos, terá um valor efetivo de venda e atribuirá como redutor dessas receitas o valor dos estoques dos subprodutos e a diferença líquida será registrada como outras receitas/despesas operacionais, conforme o caso.

9. ESTOQUE DE PRODUTOS RURAIS

Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil (§ 4º do art. 183 da Lei das S/A).

A legislação do Imposto de Renda também prevê no art. 297 do RIR/1999 que os estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos poderão ser avaliados aos preços correntes de mercado, conforme as práticas usuais em cada tipo de atividade.

Por preço corrente de mercado entende-se que seria o valor pelo qual tais estoques podem ser vendidos a terceiros na época do balanço. Nesse caso, a diferença apurada entre o valor de mercado e o valor contábil é acrescida ou diminuída do valor dos estoques, tendo como contrapartida uma conta de resultado.

A definição de valor de mercado pode ser encontrada em revistas especializadas, bolsa de mercadorias, etc. A pauta de valores fiscais serve de parâmetro para avaliação ao preço de mercado.

A IN RFB nº 1.700/2017, no seu art. 262, determina que o ganho e a perda decorrentes da atualização do valor dos estoques de produtos agrícolas, animais e extrativos destinados à venda, tanto em virtude do registro no estoque de crias nascidas no período de apuração, como pela avaliação do estoque a valor justo, obedecerão ao disposto nos arts. 97, 98, 102 e 103 da IN RFB nº 1.700/2017.

(11)

A Resolução CFC nº 1.186/2009 e alterações posteriores dispõe sobre o tratamento contábil, e as respectivas divulgações, relacionados aos ativos biológicos e aos produtos agrícolas.

10. COMPRAS COM PREÇO A FIXAR

De acordo com o Manual "Normas e Práticas Contábeis no Brasil - Fipecafi", os estoques relativos a compras com preço a fixar, geralmente produtos agrícolas, são contabilizados pelo custo estimado, até que seja fixado o preço efetivo, quando é efetuado o ajuste nas contas Estoques e/ou Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos, referente à parcela já baixada do estoque.

11. AJUSTE A VALOR PRESENTE SOBRE O ESTOQUE

Os valores decorrentes do ajuste a valor presente sobre o estoque, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, relativos a cada operação, somente serão considerados na determinação do lucro real no mesmo período de apuração em que a receita ou resultado da operação deva ser oferecido à tributação. Em relação aos aspectos fiscais do ajuste a valor presente sobre os estoques, a pessoa jurídica terá que observar as normas previstas nos arts. 90 a 95 da IN RFB nº 1.700/2017.

Fundamentos Legais: Os citados no texto.

TAXAS DE CÂMBIO PARA ATUALIZAÇÃO DOS CRÉDITOS E OBRIGAÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA

Atualização em 31.12.2017 Sumário

1. Atualização; 2. Contabilização;

1. ATUALIZAÇÃO

As cotações das principais moedas para fins de atualização dos créditos e obrigações contratados em moeda estrangeira a ser reconhecida contabilmente no dia 31.12.2017, de acordo com a cotação verificada no último dia útil de Dezembro/2017, junto ao Banco Central do Brasil, são as seguintes:

Moeda Cotação Compra R$ Cotação Venda R$ Dólar dos Estados Unidos 3,3074 3,3080

Euro 3,9672 3,9693

Franco Suíço 3,3877 3,3897

Iene Japonês 0,0294 0,0294

Libra Esterlina 4,4693 4,4714

Ressalte-se que:

a) na atualização de direitos de crédito devem ser utilizadas as taxas para compra; b) na atualização de obrigações devem ser utilizadas as taxas para venda.

2. CONTABILIZAÇÃO

a) Atualização dos direitos no Ativo:

D - CLIENTES/OUTROS DIREITOS (Ativo Circulante) C - VARIAÇÃO CAMBIAL ATIVA (Resultado)

b) Atualização de obrigações no Passivo: D - VARIAÇÃO CAMBIAL PASSIVA (Resultado)

(12)

IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE

DIRF - DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE Normas Para Apresentação – 2018

Sumário

1. Introdução;

2. Obrigatoriedade da Apresentação; 2.1 - Retenção do Imposto de Renda;

2.1.1 - DIRF Dos Serviços Notariais e de Registro;

2.1.2 – Jogos Olímpicos de 2016 e Dos Jogos Paraolímpicos de 2016; 2.2 - Retenção Das Contribuições Sociais;

3. Programa a Ser Utilizado; 4. Forma de Apresentação;

5. Informações Centralizadas na Matriz; 6. Prazo De Entrega;

7. Instruções Para O Preenchimento;

7.1 - Beneficiários Que Devem Constar na DIRF; 7.2 - Rendimentos Depositados Judicialmente; 7.3 - Beneficiários Pessoa Física – Informações;

7.3.1 - Normas Quanto às Informações Relativas Aos Rendimentos; 7.4 - Beneficiários Pessoa Jurídica – Informações;

7.4.1 - Normas Quanto às Informações Relativas Aos Rendimentos; 8. Imposto Retido a Maior – Tratamento;

9. Beneficiários Residentes e Domiciliados no Exterior; 10. Fusão, Incorporação ou Cisão;

11. Retificação da DIRF;

12. Processamento da Declaração; 13. Penalidades;

14. Guarda Das Informações;

1. INTRODUÇÃO

Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.757, de 10 de novembro de 2017 (DOU de 13.11.2017), e a Instrução Normativa RFB nº 1.775, de 27 de dezembro de 2017 (DOU de 29.12.2017), foram aprovadas as normas disciplinadoras da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte relativa ao ano-calendário de 2017 e a situações especiais ocorridas em 2018 (DIRF 2018), e o Programa Gerador da DIRF 2018 (PGD DIRF 2018), às quais abordaremos neste trabalho.

Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site.

2. OBRIGATORIEDADE DA APRESENTAÇÃO 2.1 - Retenção do Imposto de Renda

Estão obrigadas a apresentar a Dirf 2018 as seguintes pessoas jurídicas e físicas:

a) as pessoas físicas e as seguintes pessoas jurídicas, que pagaram ou creditaram rendimentos em relação aos quais tenha havido retenção do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IRRF), ainda que em um único mês do ano-calendário, por si ou como representantes de terceiros:

a.1) estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes ou isentas;

a.2) pessoas jurídicas de direito público, inclusive os fundos públicos de que trata o art. 71 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964;

a.3) filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior; a.4) empresas individuais;

a.5) caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores; a.6) titulares de serviços notariais e de registro;

(13)

a.8) instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos; e a.9) órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário; e

b) as seguintes pessoas jurídicas e físicas, ainda que não tenha havido retenção do imposto:

b.1) os órgãos e entidades da administração pública federal enumerados no subitem 2.2 que efetuaram pagamento às entidades imunes ou isentas de que tratam os incisos III e IV do art. 4º da Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012, pelo fornecimento de bens e serviços;

b.2) os candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes; e

b.3) as pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País que efetuaram pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, de valores referentes a:

b.3.1) aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos; b.3.2) royalties, serviços técnicos e de assistência técnica;

b.3.3) juros e comissões em geral; b.3.4) juros sobre o capital próprio; b.3.5) aluguel e arrendamento;

b.3.6) aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo; b.3.7) carteiras de valores mobiliários e mercados de renda fixa ou renda variável; b.3.8) fretes internacionais;

b.3.9) previdência complementar; b.3.10) remuneração de direitos;

b.3.11) obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas; b.3.12) lucros e dividendos distribuídos;

b.3.13) cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;

b.3.14) rendimentos de que trata o art. 1º do Decreto nº 6.761, de 5 de fevereiro de 2009, que tiveram a alíquota do imposto sobre a renda reduzida a 0% (zero por cento); e

b.3.15) demais rendimentos considerados como rendas e proventos de qualquer natureza, na forma prevista na legislação específica.

Notas:

1) Os rendimentos a que se refere a letra “b.3.14” do subitem 2.1 são relativos a:

a) despesas com pesquisas de mercado e com aluguéis e arrendamentos de estandes e locais para exposições, feiras e conclaves semelhantes, no exterior, inclusive promoção e propaganda no âmbito desses eventos, para produtos e serviços brasileiros e para promoção de destinos turísticos brasileiros, conforme o disposto no inciso III do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997;

b) contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior, por órgãos do Poder Executivo Federal, conforme o disposto no inciso III do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997;

c) comissões pagas por exportadores a seus agentes no exterior, nos termos do inciso II do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997;

(14)

d) despesas de armazenagem, movimentação e transporte de carga e de emissão de documentos realizadas no exterior, nos termos do inciso XII do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997;

e) operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridade entre moedas e de preços de mercadorias (hedge), conforme o disposto no inciso IV do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997;

f) juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes a essas cambiais, nos termos do inciso X do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997;

g) juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações, conforme o disposto no inciso XI do caput do art. 1º da Lei nº 9.481, de 1997; e

h) outros rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior, com alíquota do imposto sobre a renda reduzida a 0% (zero por cento).

2) O disposto nas letras “b.3”, “b.3.1” a “b.3.15” aplica-se inclusive aos casos de isenção ou alíquota de 0% (zero por cento).

3) Sem prejuízo do disposto no subitem 2.1 e na nota nº 2 acima, também ficam obrigadas à apresentação da Dirf 2018 as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a Dirf 2018, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas, nos termos do § 3º do art. 3º da Lei nº 10.485, de 3 de julho de 2002, e dos arts. 30, 33 e 34 da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003.

4) Na hipótese de pagamentos efetuados pelos órgãos da administração direta, autarquias e fundações dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, de que trata o art. 33 da Lei nº 10.833, de 2003, as retenções, os recolhimentos e o cumprimento das obrigações acessórias deverão ser efetuados com observância do disposto na Instrução Normativa SRF nº 475, de 6 de dezembro de 2004.

2.1.1 - DIRF Dos Serviços Notariais e de Registro

As Dirf 2018 dos serviços notariais e de registros deverão ser apresentadas:

a) no caso de serviços mantidos diretamente pelo Estado, pela fonte pagadora, mediante o seu número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); e

b) nos demais casos, pelas pessoas físicas de que trata o art. 3º da Lei nº 8.935, de 18 de novembro de 1994, mediante os respectivos números de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

2.1.2 – Jogos Olímpicos de 2016 e Dos Jogos Paraolímpicos de 2016

Estarão, também, obrigadas a apresentar a Dirf 2018 as seguintes pessoas jurídicas de que trata a Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, ainda que os rendimentos pagos no ano-calendário de 2017 não tenham sofrido retenção do imposto:

a) o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016 (RIO 2016);

b) as entidades nacionais e regionais de administração do desporto olímpico; e

c) as seguintes pessoas jurídicas, estabelecidas no Brasil, em caso de contratação de pessoas físicas, com ou sem vínculo empregatício, conforme previsto no inciso II do caput do art. 3º da Lei nº 12.780, de 2013:

c.1) o Comité International Olympique (CIO); c.2) as empresas vinculadas ao CIO; c.3) o Court of Arbitration for Sport (CAS); c.4) a World Anti-Doping Agency (WADA); c.5) os Comitês Olímpicos Nacionais;

(15)

c.6) as federações desportivas internacionais;

c.7) as empresas de mídia e transmissores credenciados;

c.8) os patrocinadores dos Jogos Olímpicos de 2016 e dos Jogos Paraolímpicos de 2016; c.9) os prestadores de serviços do CIO; e

c.10) os prestadores de serviços do RIO 2016. 2.2 - Retenção Das Contribuições Sociais

Sem prejuízo do disposto nas letras “b.3”, “b.3.1” a “b.3.15” do subitem 2.1, deverão ser prestadas informações relativas à retenção do IRRF e das contribuições incidentes sobre os pagamentos efetuados a pessoas jurídicas pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços, nos termos do art. 64 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, e do art. 34 da Lei nº 10.833, de 2003, nas Dirf 2018 apresentadas por:

a) órgãos da administração pública federal direta;

b) autarquias e fundações da administração pública federal; c) empresas públicas;

d) sociedades de economia mista; e

e) demais entidades de cujo capital social com direito a voto, a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria, e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar a sua execução orçamentária e financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

Deverão, também, ser informados nas Dirf apresentadas pelos órgãos e entidades enumerados acima, referentes a fatos ocorridos a partir do ano-calendário de 2017, os valores pagos às entidades imunes ou isentas pelo fornecimento de bens e serviços, na forma prevista nos incisos III e IV do art. 4º e no § 3º do art. 37 da Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 2012.

3. PROGRAMA A SER UTILIZADO

O PGD Dirf 2018, de uso obrigatório pelas fontes pagadoras, pessoas físicas e jurídicas, para preenchimento da Dirf 2018 ou importação de dados, utilizável em equipamentos da linha PC ou compatíveis, será aprovado por ato do Secretário da Receita Federal do Brasil e disponibilizado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) em seu sítio na Internet, no endereço http://rfb.gov.br, observado o seguinte:

a) o programa deverá ser utilizado para apresentação das declarações relativas ao ano-calendário de 2017 e das relativas ao ano-calendário de 2018 nos casos de:

a.1) extinção de pessoa jurídica em decorrência de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total; a.2) pessoas físicas que saírem definitivamente do País; e

a.3) encerramento de espólio.

b) a utilização do PGD Dirf 2018 gerará arquivo contendo a declaração validada em condições de transmissão à RFB;

c) cada arquivo gerado conterá somente 1 (uma) declaração;

d) o arquivo de texto importado pelo PGD Dirf 2018 que vier a sofrer qualquer tipo de alteração deverá ser novamente submetido ao PGD Dirf 2018.

4. FORMA DE APRESENTAÇÃO

A Dirf 2018 deverá ser apresentada por meio do programa Receitanet, disponível no sítio da RFB na Internet, observado o seguinte:

(16)

a) a transmissão da Dirf 2018 será realizada independentemente da quantidade de registros e do tamanho do arquivo;

b) durante a transmissão dos dados a Dirf 2018 será submetida a validações que poderão impedir sua apresentação;

c) o recibo de entrega será gravado somente nos casos de validação sem erros;

d) para transmissão da Dirf 2018 das pessoas jurídicas, exceto para as optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), relativa a fatos geradores ocorridos a partir do ano-calendário de 2009, é obrigatória a assinatura digital da declaração mediante utilização de certificado digital válido, conforme o disposto no art. 1º da Instrução Normativa RFB nº 969, de 21 de outubro de 2009, inclusive no caso de pessoas jurídicas de direito público;

e) a transmissão da Dirf 2018 com assinatura digital mediante certificado digital válido possibilitará à pessoa jurídica acompanhar o processamento da declaração por intermédio do Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), disponível no sítio da RFB na Internet;

f) a Dirf 2018 será considerada relativa ao ano-calendário anterior, quando apresentada depois de 31 de dezembro do ano subsequente àquele no qual o rendimento tiver sido pago ou creditado.

5. INFORMAÇÕES CENTRALIZADAS NA MATRIZ

O arquivo transmitido pelo estabelecimento matriz deverá conter as informações consolidadas de todos os estabelecimentos da pessoa jurídica.

6. PRAZO DE ENTREGA

A Dirf 2018, relativa ao ano-calendário de 2017, deverá ser apresentada até às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, de 28 de fevereiro de 2018, observado o seguinte:

a) no caso de extinção decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total ocorrida no ano-calendário de 2018, a pessoa jurídica extinta deverá apresentar a Dirf 2018 relativa ao ano-calendário de 2018 até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, exceto se o evento ocorrer no mês de janeiro de 2018, caso em que a Dirf 2018 poderá ser apresentada até o último dia útil do mês de março de 2018;

b) na hipótese de saída definitiva do Brasil ou de encerramento de espólio ocorrido no ano-calendário de 2018, a Dirf 2018 de fonte pagadora pessoa física relativa a esse ano-calendário deverá ser apresentada:

b.1) no caso de saída definitiva:

b.1.1) até a data da saída em caráter permanente; ou

b.1.2) no prazo de até 30 (trinta) dias, contado da data em que a pessoa física declarante completar 12 (doze) meses consecutivos de ausência, no caso de saída em caráter temporário; e

b.2) no caso de encerramento de espólio, no mesmo prazo previsto na letra “a” acima para apresentação da Dirf 2018 relativa ao ano-calendário de 2018.

7. INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO

Os valores referentes a rendimentos tributáveis, isentos ou com alíquota de 0% (zero por cento), de declaração obrigatória, e os relativos a deduções do imposto sobre a renda ou de contribuições retidos na fonte deverão ser informados em reais e com centavos.

O declarante deverá informar na Dirf 2018 os rendimentos tributáveis ou isentos de declaração obrigatória, pagos ou creditados no País, e os rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliados no exterior em seu próprio nome ou na qualidade de representante de terceiros, especificados nas tabelas de códigos de receitas constantes do Anexo I da IN RFB nº 1.757/2017, inclusive nos casos de isenção e de alíquota de 0% (zero por cento), com o respectivo imposto sobre a renda ou contribuições retidos na fonte. 7.1 - Beneficiários Que Devem Constar na DIRF

(17)

As pessoas obrigadas a apresentar a Dirf 2018, deverão informar todos os beneficiários de rendimentos:

a) que tenham sofrido retenção do imposto sobre a renda ou de contribuições, ainda que em um único mês do ano-calendário;

b) do trabalho assalariado, quando o valor pago durante o ano-calendário for igual ou superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos) (vide nota nº 3);

c) do trabalho sem vínculo empregatício, de aluguéis e de royalties, acima de R$ 6.000,00 (seis mil reais), pagos durante o ano-calendário, ainda que não tenham sofrido retenção do imposto sobre a renda;

d) de previdência complementar e de planos de seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência, Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), pagos durante o ano-calendário, ainda que não tenham sofrido retenção do imposto sobre a renda;

e) auferidos por residentes ou domiciliados no exterior, inclusive nos casos de isenção e de alíquota de 0% (zero por cento), observado o disposto nas notas nº 6 e 7 do subitem 7.1;

f) de pensão, pagos com isenção do IRRF, quando o beneficiário for portador de fibrose cística (mucoviscidose), tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação ou síndrome da imunodeficiência adquirida, exceto a decorrente de moléstia profissional, regularmente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios (vide nota nº 1);

g) de aposentadoria ou reforma, pagos com isenção do IRRF, desde que motivada por acidente em serviço, ou quando o beneficiário for portador de doença relacionada na letra “f” acima, regularmente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios (vide nota nº 1);

h) de dividendos e lucros, pagos a partir de 1996, e de valores pagos a titular ou sócio de microempresa ou empresa de pequeno porte, exceto pró-labore e aluguéis, quando o valor total anual pago for igual ou superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);

i) de dividendos e lucros pagos ao sócio, ostensivo ou participante, pessoa física ou jurídica, de Sociedade em Conta de Participação;

j) remetidos por pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País para cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais, observado o disposto nas notas nº 6 e 7 do subitem 7.1;

k) isentos referidos no caput e no § 3º do art. 11 da Lei nº 12.780, de 2013, pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos pelo CIO, por empresas vinculadas ao CIO, pelos Comitês Olímpicos Nacionais, pelas federações desportivas internacionais, pela WADA, pelo CAS, por empresas de mídia, transmissores credenciados e pelo RIO 2016, observado o disposto na nota nº 7 do subitem 7.1;

l) pagos às entidades imunes ou isentas pelo fornecimento de bens e serviços, na forma prevista nos incisos III e IV do art. 4º e no § 3º do art. 37 da Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 2012; e

m) pagos em cumprimento de decisão da Justiça Federal, ainda que esteja dispensada a retenção do imposto nas hipóteses em que o beneficiário declarar à instituição financeira responsável pelo pagamento que os rendimentos recebidos são isentos ou não tributáveis ou em que a pessoa jurídica beneficiária esteja inscrita no Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, observado o disposto na Instrução Normativa SRF nº 491, de 12 de janeiro de 2005.

Notas:

1) Em relação as letras “f” e “h” do subitem 7.1 deverá ser observado o seguinte:

a) se, no ano-calendário a que se referir a Dirf 2018, a totalidade dos rendimentos corresponder, exclusivamente, a pagamentos de pensão, aposentadoria ou reforma isentos por moléstia grave, deverão ser informados, obrigatoriamente, os beneficiários dos rendimentos cujo total anual tenha sido igual ou superior a R$ 28.559,70

(18)

(vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos), incluindo-se o 13º (décimo terceiro) salário;

b) se, no mesmo ano-calendário, tiverem sido pagos ao portador de moléstia grave, além dos rendimentos isentos, rendimentos que sofreram tributação do IRRF, seja em decorrência da data do laudo comprobatório da moléstia, seja em função da natureza do rendimento pago, deverá ser informado na Dirf 2018 o beneficiário com todos os rendimentos pagos ou creditados pela fonte pagadora, independentemente do valor mínimo anual; e

c) o IRRF deverá deixar de ser retido a partir da data constante no laudo que atesta a moléstia grave.

2) Em relação aos beneficiários incluídos na Dirf 2018, observados os limites estabelecidos neste artigo, deverá ser informada a totalidade dos rendimentos pagos, inclusive aqueles que não tenham sofrido retenção.

3) Em relação aos rendimentos de que trata a letra “b” do subitem 7.1, se o empregado for beneficiário de plano privado de assistência à saúde, na modalidade coletivo empresarial, contratado pela fonte pagadora, deverão ser informados os totais anuais correspondentes à participação financeira do empregado no pagamento do plano de saúde, discriminando as parcelas correspondentes ao beneficiário titular e as correspondentes a cada dependente.

4) Fica dispensada a informação de rendimentos correspondentes a juros pagos ou creditados, individualizadamente, a titular, sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as contas do patrimônio líquido da pessoa jurídica, relativos ao código de receita 5706, cujo IRRF, no ano-calendário, tenha sido igual ou inferior a R$ 10,00 (dez reais).

5) Fica dispensada a informação de beneficiário de prêmios em dinheiro a que se refere o art. 14 da Lei nº 4.506, de 30 de novembro de 1964, cujo valor seja inferior ao limite da 1ª (primeira) faixa da tabela progressiva mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (IRPF), conforme estabelecido no art. 1º da Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007.

6) Fica dispensada a inclusão dos rendimentos a que se referem as letras “e” e “j” do subitem 7.1 cujo valor total anual tenha sido inferior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos) e do respectivo IRRF.

7) Os limites de que trata o subitem 7.1 não se aplicam aos rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos pelas entidades referidas no subitem 2.1.2.

7.2 - Rendimentos Depositados Judicialmente

Deverão ser informados na Dirf 2018 os rendimentos tributáveis em relação aos quais tenha havido depósito judicial do imposto sobre a renda ou de contribuições ou que, mediante concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, nos termos do art. 151 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), não tenha havido retenção na fonte dos referidos tributos.

Os rendimentos sujeitos a ajuste na declaração de ajuste anual, pagos a beneficiário pessoa física, deverão ser informados discriminadamente.

7.3 - Beneficiários Pessoa Física – Informações

A Dirf 2018 deverá conter as seguintes informações referentes aos beneficiários pessoas físicas domiciliadas no País:

a) nome;

b) número de inscrição no CPF;

c) relativamente aos rendimentos tributáveis:

c.1) os valores dos rendimentos pagos durante o ano-calendário, discriminados por mês de pagamento e por código de receita, que tenham sofrido retenção do IRRF, e os valores que não tenham sofrido retenção, desde que nas condições e limites constantes nas letras “b”, “c” e “h” do subitem 7.1, na letra “a” da nota nº 1 do subitem 7.1 e nas notas nºs 4 e 5 do subitem 7.1;

(19)

c.2) os valores das deduções, que deverão ser informados separadamente conforme se refiram a previdência oficial, previdência complementar, inclusive entidades fechadas de natureza pública e Fundo de Aposentadoria Programada Individual (Fapi), dependentes ou pensão alimentícia;

c.3) o respectivo valor do IRRF; e

c.4) no caso de pagamento de rendimentos de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, a Dirf 2018 deverá conter, ainda, a informação da quantidade de meses, correspondente ao valor pago, utilizada para a apuração do IRRF, e o valor pago ao advogado;

d) relativamente às informações de pagamentos a plano privado de assistência à saúde, modalidade coletivo empresarial, contratado pela fonte pagadora em benefício de seus empregados:

d.1) número de inscrição no CNPJ da operadora do plano privado de assistência à saúde;

d.2) nome e número de inscrição no CPF do beneficiário titular e dos respectivos dependentes, ou, no caso de dependente menor de 18 (dezoito) anos em 31 de dezembro do ano-calendário a que se refere a Dirf 2018, seu nome e data de seu nascimento;

d.3) total anual correspondente à participação do empregado no pagamento do plano de saúde, com discriminação das parcelas correspondentes ao beneficiário titular e a cada dependente;

d.4) total anual correspondente ao reembolso recebido, com discriminação das parcelas correspondentes ao beneficiário titular e a cada dependente;

e) relativamente aos rendimentos pagos que não tenham sofrido retenção do IRRF ou tenham sofrido retenção sem o correspondente recolhimento, em virtude de depósito judicial do imposto ou concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, nos termos do art. 151 do CTN:

e.1) os valores dos rendimentos pagos durante o ano-calendário, discriminados por mês de pagamento e por código de receita, mesmo que a retenção do IRRF não tenha sido efetuada;

e.2) os respectivos valores das deduções, discriminados conforme a letra “c.2” acima; e.3) o valor do IRRF que tenha deixado de ser retido; e

e.4) o valor do IRRF que tenha sido depositado judicialmente;

f) relativamente à compensação de IRRF com imposto retido no próprio ano-calendário ou em anos anteriores, em cumprimento de decisão judicial, deverá ser informado:

f.1) no campo “Imposto Retido” do quadro “Rendimentos Tributáveis”, nos meses da compensação, o valor da retenção mensal diminuído do valor compensado;

f.2) nos campos “Imposto do Ano Calendário” e “Imposto de Anos Anteriores” do quadro “Compensação por Decisão Judicial”, nos meses da compensação, o valor compensado do IRRF correspondente ao ano-calendário ou a anos anteriores; e

f.3) no campo referente ao mês cujo valor do imposto retido foi utilizado para compensação, o valor efetivamente retido diminuído do valor compensado;

g) relativamente aos rendimentos isentos e não tributáveis:

g.1) a parcela isenta de aposentadoria para maiores de 65 (sessenta e cinco) anos, inclusive a correspondente ao 13º (décimo terceiro) salário;

g.2) o valor de diárias e ajuda de custo;

g.3) os valores dos rendimentos pagos e das deduções com previdência oficial e pensão alimentícia, que deverão ser informados separadamente, conforme seja pensão, aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou acidente em serviço;

g.4) os valores de lucros e dividendos pagos ou creditados a partir de 1996, observado o limite estabelecido na letra “h” do subitem 7.1;

(20)

g.5) os valores dos rendimentos pagos ou creditados a titular ou sócio de microempresa ou empresa de pequeno porte, exceto pró-labore e aluguéis, observado o limite estabelecido na letra “h” do subitem 7.1;

g.6) f) os valores das indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive das decorrentes de Plano de Demissão Voluntária (PDV), desde que o total anual pago desses rendimentos seja igual ou superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos);

g.7) os valores do abono pecuniário;

g.8) os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, destinados a cobertura de gastos pessoais no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;

g.9) os valores das bolsas de estudo pagos ou creditados aos médicos-residentes, nos termos da Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981;

g.10) para os beneficiários que se aposentarem a partir de 1º de janeiro de 2013, os valores pagos ou creditados por entidade de previdência complementar (fonte pagadora) desobrigados da retenção do imposto na fonte relativamente à complementação de aposentadoria recebida de entidade de previdência complementar, inclusive a relativa ao abono anual pago a título de 13º (décimo terceiro) salário, no limite que corresponda aos valores das contribuições efetuadas exclusivamente pelo beneficiário no período de 1º de janeiro de 1989 a 31 de dezembro de 1995, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.343, de 5 de abril de 2013; e

g.11) outros rendimentos do trabalho, isentos ou não tributáveis, desde que o total anual pago desses rendimentos seja igual ou superior a R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e cinquenta e nove reais e setenta centavos). 7.3.1 - Normas Quanto às Informações Relativas Aos Rendimentos

Deverá ser informada a soma dos valores pagos em cada mês, independentemente de tratar-se de pagamento integral em parcela única, de antecipações ou de saldo de rendimentos, e o respectivo imposto retido, observado o seguinte:

a) no caso de trabalho assalariado, as deduções correspondem aos valores relativos a: a.1) dependentes;

a.2) contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;

a.3) contribuições para entidades de previdência complementar domiciliadas no Brasil e para o Fapi, cujos ônus tenham sido do beneficiário, destinadas a assegurar benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social e das contribuições para as entidades fechadas de previdência complementar de natureza pública; e

a.4) pensão alimentícia paga em cumprimento de decisão judicial, de acordo homologado judicialmente ou de escritura pública relativa a separação ou divórcio consensual, inclusive a prestação de alimentos provisionais. b) a remuneração correspondente a férias, deduzida dos abonos legais, os quais deverão ser informados como rendimentos isentos, deverá ser somada às informações do mês em que tenha sido efetivamente paga, procedendo-se da mesma forma em relação à respectiva retenção do IRRF e às deduções;

c) relativamente ao 13º (décimo terceiro) salário, deverão ser informados o valor total pago durante o ano-calendário, os valores das deduções utilizadas para reduzir a base de cálculo dessa gratificação e o respectivo IRRF;

d) deverá ser informado como rendimento tributável:

d.1) 10% (dez por cento) do rendimento decorrente do transporte de carga e de serviços com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados;

d.2) 60% (sessenta por cento) do rendimento decorrente do transporte de passageiros;

d.3) o valor pago a título de aluguel, diminuído dos seguintes encargos, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador, e o recolhimento tenha sido efetuado pelo locatário:

(21)

d.3.1) impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que tenha produzido o rendimento; d.3.2) aluguel pago pela locação de imóvel sublocado;

d.3.3) despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento; e d.3.4) despesas de condomínio;

d.4) a parte dos proventos de aposentadoria, pensão, transferência para reserva remunerada ou reforma que exceda o limite da 1ª (primeira) faixa da tabela progressiva mensal vigente à época do pagamento em cada mês, pagos, a partir do mês em que o beneficiário tenha completado 65 (sessenta e cinco) anos, pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, por qualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência complementar; e

d.5) 25% (vinte e cinco por cento) dos rendimentos do trabalho assalariado percebidos, em moeda estrangeira, por residente no Brasil, no caso de ausentes no exterior a serviço do País, em autarquias ou repartições do Governo Brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais pela cotação do dólar dos Estados Unidos da América fixada para compra pelo Banco Central do Brasil (BCB), para o último dia útil da 1ª (primeira) quinzena do mês anterior ao do pagamento do rendimento, e divulgada pela RFB.

f) na hipótese prevista na letra “d.5” acima, as deduções deverão ser convertidas em dólares dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado para a data do pagamento, pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas e, em seguida, em reais, pela cotação do dólar dos Estados Unidos da América, fixada para venda pelo BCB, para o último dia útil da 1ª (primeira) quinzena do mês anterior ao do pagamento, e divulgada pela RFB;

g) no caso de pagamento de valores em cumprimento de decisão judicial de que trata o art. 16-A da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, além do IRRF, a Dirf 2018 deverá conter informação sobre o valor da retenção da contribuição para o Plano de Seguridade do Servidor Público (PSS);

h) no caso de pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR), deverão ser informados o valor total pago durante o ano-calendário, os valores das deduções utilizadas para reduzir a base de cálculo dessa participação e o respectivo IRRF.

7.4 - Beneficiários Pessoa Jurídica – Informações

A Dirf 2018 deverá conter as seguintes informações, relativas aos beneficiários pessoas jurídicas domiciliadas no País:

a) nome empresarial;

b) número de inscrição no CNPJ;

c) valores dos rendimentos tributáveis pagos ou creditados no ano-calendário, discriminados por mês de pagamento ou crédito e por código de receita, que:

c.1) tenham sofrido retenção do imposto sobre a renda ou de contribuições, na fonte, ainda que o correspondente recolhimento não tenha sido efetuado, inclusive em virtude de decisão judicial; e

c.2) não tenham sofrido retenção do imposto sobre a renda ou de contribuições, na fonte, em virtude de decisão judicial; e

d) respectivo valor do imposto sobre a renda ou de contribuições retidos na fonte. 7.4.1 - Normas Quanto às Informações Relativas Aos Rendimentos

Os rendimentos e o respectivo IRRF deverão ser informados na Dirf 2018:

a) da pessoa jurídica que tenha pagado a outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões e corretagens relativas a:

(22)

a.2) operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas;

a.3) distribuição de valores mobiliários emitidos, no caso de pessoa jurídica que atue como agente da companhia emissora;

a.4) operações de câmbio;

a.5) vendas de passagens, excursões ou viagens; a.6) administração de cartões de crédito;

a.7) prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeições convênio; e a.8) prestação de serviços de administração de convênios; e

b) do anunciante que tenha pagado a agências de propaganda importâncias relativas à prestação de serviços de propaganda e publicidade.

c) o Microempreendedor Individual (MEI), de que trata a Lei Complementar nº 123, de 2006, que tenha efetuado pagamentos sujeitos ao IRRF exclusivamente em decorrência do disposto na letra “a.6” acima ficará dispensado de apresentar a Dirf 2018, desde que sua receita bruta no ano-calendário anterior não tenha excedido R$ 60.000,00 (sessenta mil reais);

d) as pessoas jurídicas que tenham recebido as importâncias de que trata o art. 16 deverão fornecer às pessoas jurídicas que as tenham pagado, até 31 de janeiro do ano subsequente àquele a que se referir a Dirf 2018, documento comprobatório com indicação do valor das importâncias recebidas e do respectivo imposto sobre a renda recolhido, relativos ao ano-calendário anterior;

e) na hipótese prevista na letra “a.9” do subitem 2.1, a Dirf 2018 a ser apresentada pela instituição administradora ou intermediadora deverá conter as informações segregadas por fundos ou clubes de investimentos e discriminar cada beneficiário, os respectivos rendimentos pagos ou creditados e o IRRF;

f) o rendimento tributável de aplicações financeiras informado na Dirf 2018 deverá corresponder ao valor que tenha servido de base de cálculo do IRRF.

8. IMPOSTO RETIDO A MAIOR – TRATAMENTO

O declarante que tiver retido valor do imposto ou de contribuições a maior de seus beneficiários em determinado mês e tenha compensado a parcela excedente nos meses subsequentes, de acordo com a legislação em vigor, deverá informar:

a) no mês da referida retenção, o valor retido; e

b) nos meses da compensação, o valor devido do imposto ou das contribuições, na fonte, diminuído do valor compensado.

O declarante que tiver retido imposto ou contribuições a maior e que tenha devolvido a parcela excedente aos beneficiários deverá informar, no mês em que tenha ocorrido a retenção a maior, o valor retido diminuído da diferença devolvida.

9. BENEFICIÁRIOS RESIDENTES E DOMICILIADOS NO EXTERIOR

Na hipótese prevista nas letras “b.3”, “b.3.1” a “b.3.15” do subitem 2.1, a Dirf 2018 deverá conter as seguintes informações sobre os beneficiários residentes e domiciliados no exterior:

a) Número de Identificação Fiscal (NIF) fornecido pelo órgão de administração tributária no exterior; b) indicador de pessoa física ou jurídica;

c) número de inscrição no CPF ou no CNPJ, quando houver;

Referências

Documentos relacionados

Foram realizadas séries de ensaios de cisalhamento direto nas interfaces solo- solo e solo-geossintético dos materiais utilizados no aterro reforçado da Variante da Ingá,

Desta forma solicitamos o comparecimento junto à Coordenadoria de Atendimento ao Servidor – CAS/DAP/UFAL, no horário das 8h às 18h para tal fim no prazo de 5 (cinco)

§2º Às escolas privadas mantenedoras do ensino nos níveis FUNDAMENTAL I e II, MÉDIO, SUPERIOR, TÉCNICOS PROFISSIONALIZANTES, e as dedicadas ao ensino de IDIOMAS

A) Nas movimentações políticas partidárias. QUESTÃO 12 – Assinale a alternativa correta quanto aos princípios que devem ser ministrados como base no ensino. A) Padronização de

Apesar das nebulosas planet´arias representarem est´agios posteriores `a fase de estre- las AGB, estando evolutivamente conectadas com as estrelas OH/IR e carbonadas, uma

O Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8, de 2 de setembro de 2014 (DOU de 3.9.2014) declara que a retenção do imposto sobre a renda na fonte, incidente sobre as

Para a utilização dos métodos da API do Portal de Transparência, é necessário enviar o Token e a URL da API do Portal SGO LITE no cabeçalho da requisição. Método: Cabeçalho

o professor Fábio pereira Fagundes, da escola de engenharia e ciências exatas e do mestrado profissional em engenharia de petróleo e Gás, e o professor Glauber José turolla