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Aprendizagem baseada na Resolução de Problemas Complexos -ARPC

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Academic year: 2021

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Prof. Marcos Kubrusly

Profa. Cláudia Mendes

Profa. Claudia Oliveira

Aprendizagem baseada na Resolução de

Problemas Complexos -ARPC

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APRENDIZAGEM ADVINDA DA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COMPLEXOS

Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas Complexos (ARPC) é um recurso que tem como base a metodologia do PBL. Essa metodologia tem como objetivos específicos, entre outros, permitir aos estudantes conhecer a complexidade de uma ação médica, a influência do contexto sobre a decisão médica, a importância do trabalho em equipe, os limites da intervenção médica e a necessária gestão da dúvida que, em certas ocasiões, se impõe em situações complexas. Contribui para aperfeiçoar a aprendizagem clínica e o raciocínio diagnóstico.

Cada sessão contemplará casos de uma especialidade: - Neurologia - Cardiologia - Nefrologia - Endocrinologia - Infectologia - Pneumologia

- Gastroenterologia, entre outras.

As histórias clínicas das sessões de ARPC apresentam características comuns. O caso clínico é real e é entregue uma semana antes aos estudantes. Além disso, os elementos clínicos e os exames complementares são fornecidos aos estudantes para que possam facilmente medir os problemas vividos pelo paciente e as dificuldades encontradas pelos médicos em causa.

Com o fim de estimular cada vez mais o raciocínio do diagnóstico diferencial, os exames complementares que definem o caso serão entregues na segunda sessão de ARPC. Vale ressaltar que esses exames finais podem também ser não conclusivos, ensinando, assim, ao aluno, a gestão da dúvida, que, às vezes, se impõe em situações complexas. Para enfatizar a importância do trabalho em equipe, a complexidade dos casos deve exemplificar a participação da equipe médica (hospitalar e extra-hospitalar) assim como da equipe multiprofissional.

Para cada caso clínico, também serão fornecidos aos estudantes os objetivos gerais de aprendizado. Como exemplo, um caso de febre a esclarecer pode ter como objetivos gerais:

a) Familiarizar-se com as possíveis fontes de infecção em paciente neutropênico; b) Ser capaz de diagnosticar e tratar infecção relacionada com cateter;

c) Compreender as técnicas para evitar infecção em pacientes imunossuprimidos, incluindo G-CSF e vacinação dos contatos familiares etc.

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Os coordenadores do módulo deverão entregar os casos e apresentá-los aos tutores, discutindo cada passo a ser contemplado, e fornecer os materiais de apoio necessários.

Ao início de cada caso subsequente, os tutores receberão as avaliações anônimas dos alunos, que serão discutidas com a coordenação como também revelarão as notas aos alunos, justificando-as e dando aconselhamentos para melhorias progressivas.

1ª SESSÃO TUTORIAL

Passo 1 - História e exame físico: Um aluno, selecionado pelo tutor ou escolhido dentro do grupo tutorial,

deve ler a história clínica com os antecedentes e explicar o que pensou de cada sintoma e sinal clínico. Os demais alunos poderão fazer acréscimos de dados depois que ele terminar. A seguir, esse aluno continuará explicando os achados do exame físico, o que encaixa ou não no que ele pensou, e o significado dos achados diferentes (exemplo: se tem telangiectasias, explicar o que é e as causas possíveis). Ao final, deve apresentar suas principais hipóteses diagnósticas e um diagnóstico anatômico, funcional e etiológico. (Isso pode ser feito também ao fim do passo 2, se o tutor entender que, dentro de seu grupo, este é o melhor momento, segundo a dinâmica de sua turma).

Passo 2 - Exames complementares: Outro aluno vai lendo e explicando cada exame, o significado, o

motivo da alteração encontrada, se a solicitação daquele exame foi bem justificada dentro do contexto do caso. Quando terminar, o tutor deve perguntar quais outros exames ele solicitaria para o diagnóstico, por que ele solicitaria e o que esperaria encontrar.

Após haver explorado o assunto, o tutor pode ir apresentando os resultados desses exames aos alunos. O tutor não deve entregar, de imediato, os resultados, sendo responsável pelo maior estímulo ao raciocínio do aluno. Ele pode ir antecipando verbalmente alguns resultados, estimulando mais e mais o aluno. Somente após esgotar a possibilidade de realizar outros exames, é que os resultados serão entregues.

O aluno lerá para todos os colegas esses resultados, bem como discorrerá sobre a evolução e o tratamento do paciente, e o tutor fará os comentários necessários.

Passo 3 - Fechamento com o diagnóstico diferencial do sinal ou do sintoma indicado nos objetivos.

Um aluno exporá o diagnóstico diferencial completo do sintoma que foi escolhido nos objetivos. (Não somente o diagnóstico diferencial pertinente ao caso). Por exemplo, diante de um paciente com dor lombar, o aluno deve descrever, preferencialmente, em forma de algoritmo (que vai facilitar a retenção do conhecimento), as causas que devem ser pensadas, e deve explicar a adequação ou não do caso clínico atual.

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CONCLUINDO A 1ª. SESSÃO TUTORIAL

Ao final da primeira sessão tutorial, o tutor deve rever com os alunos se todos os objetivos de aprendizagem da primeira sessão foram alcançados. Se faltar algum ponto a ser discutido, deve fazê-lo nessa oportunidade. (após o passo 3).

Ao final da primeira sessão, o tutor deve:

a) indicar os objetivos de aprendizagem da segunda sessão;

b) informar quais as drogas que o aluno deve estudar (devem ser revistos os mecanismos de ação, os principais eventos adversos e as interações medicamentosas bem como as apresentações do medicamento e as indicações de uso);

c) escolher o tema a ser apresentado por um aluno na segunda sessão e determinar o aluno que o apresentará. As dúvidas e as pendências não estudadas da primeira sessão devem ser esclarecidas e abordadas na segunda sessão.

2ª SESSÃO TUTORIAL

Passo 4 - Breve apresentação didática do tema selecionado na 1ª sessão pelo aluno escolhido.

Passo 5 - Revisão geral da doença apresentada pelo paciente: O tutor faz perguntas a todos sobre o

tema agendado para estudo e sobre as dúvidas remanescentes. Essas perguntas devem ser dirigidas a todos os alunos para maior participação. Nesse momento, um aluno deve falar sobre o tratamento que foi indicado para estudo.

Passo 6 - Treinamento da Prescrição Médica. Os alunos devem fazer a prescrição em conjunto com o

tutor. Eles recebem a prescrição em branco, e o tutor, uma sugestão de prescrição, que pode modificá-la, se achar indicado. Durante a prescrição, quando forem indicadas as drogas para revisão, o tutor pede que o aluno discorra acerca dos conhecimentos adquiridos sobre o medicamento, com ênfase no mecanismo de ação, nos eventos adversos e nos principais cuidados de administração.

Passo 7 - Avaliação teórica: Os alunos devem responder às questões que o tutor entregará. Eles têm 20

minutos para responder as questões, que incluirão temas abordados nas duas sessões tutoriais, além de uma questão especifica sobre as drogas estudadas..

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AVALIAÇÃO DA SESSÃO TUTORIAL

Em cada sessão tutorial, o aluno receberá uma nota, que será pontuada da seguinte forma: a) Assiduidade – valor 1,0 ponto para cada sessão.

b) Pontualidade – valor 0,5 pontos para cada sessão. c) Desempenho – valor 2,0 pontos para cada sessão. d) Avaliação teórica – valor 3,0 pontos (na 2ª sessão).

DESENHO DO MODELO TUTORIAL

CASO REAL (Complexo)

PRIMEIRA SESSÃO SEGUNDA SESSÃO

PASSO 1

Identificação dos problemas

PASSO 2 Plano de investigação diagnóstica PASSO 3 Hipóteses diagnósticas/ Diagnóstico diferencial PASSO 5 Revisão da patologia específica Plano terapêutico PASSO 5 Como prescrever? Conhecimento Farmacológico PASSO 4 Apresentação didática PASSO 7 Avaliação Teórica

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Referências

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