Marca Instituição
Ensino
Prof.: M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota
METALURGIA
DA
METALURGIA DA SOLDAGEM
2
•
Ciclo Térmico
•
Repartição Térmica
•
Diluição
•
Epitaxia
•
Segregação
•
Fissuração a frio
•
Energia da soldagem
•
Soldagem dos aços inoxidáveis
Metalurgia da Soldagem
3
•
Nucleação e crescimento de grão
– Líquido – átomos não se dispõe de maneira ordenada – Resfriamento – formação de núcleos de solidificação – Núcleos dão origem aos grãos (sistema cristalino) – Direção aleatória (gera contornos de grãos)
Metalurgia da Soldagem
•
Solidificação da zona fundida - Epitaxia
4
– Prolongamento dos grãos da zona de ligação
– Continuidade metálica ao nível da estrutura cristalina – Influenciada pela orientação dos grãos do metal de base
A – Metal fundido B – Zona de ligação
C - Zona afetada termicamente
Granulação grosseira, estrutura orientada conforme as isotermas
Metalurgia da Soldagem
Solidificação da zona fundida - Segregação
5
– Impurezas como P, Nb, S, N
Metalurgia da Soldagem - Diagrama de Fase Fe - Fe
3C
Transformação de austenita em ferrita
6
Transformação de austenita em ferrita e cementita
Transformação de austenita em cementita
Metalurgia da Soldagem
8
727 °C
Curvas de Transformação em Resfriamento Continuo (TRC)
ou Contínuos Cooling Transformation (CCT)
Linha fina = Transformação Isotérmica
Linha grossa = Transformação em Resfriamento Contínuo
Metalurgia da Soldagem - Ciclo Térmico
9
tp – tempo de permanência tr – tempo de restriamento
Metalurgia da Soldagem
Ciclos térmicos em diversas distâncias da solda
10
Destaque das temperaturas máximas de cada ciclo
térmico variando com as distâncias
CICLOS TÉRMICOS
REPARTIÇÃO TÉRMICA
Zona Fundida Zona de Ligação Zona Afetada pelo Calor Metal de Base
Temperatura
Macroestrutura esquemática da seção transversal de uma Junta soldada e sua relação com as temperaturas de pico:
CORDÃO DE SOLDA
Perfil de micro dureza Vickers em três aços soldados.
Metalurgia da Soldagem
15
Em (a) potência específica dos processos de soldagem TIG e MIG(1) e oxigás (2); em (b) a relação com a extensão da zona afetada pelo calor.Controle de Deformações – Exercícios complementares
Metalurgia da Soldagem
EXEMPLOS DE RENDIMENTOS TÉRMICOS
PROCESSO TIG ER MIG MAG AS AT PL
RENDIMENTO 0,55 0,78 0,72 0,78 0,95 0,80 0,66
E = Energia de soldagem absorvida (joule/mm) f = eficiência de transmissão de calor(%)
V = tensão (V) I = corrente (A)
v = velocidade de avanço (mm/segundo)
Energia de Soldagem
Heat Input (kJ/in.) = Power kJ/s X Arc Time (s)
Weld Bead Length (in.)
v
VxI
f
Metalurgia da Soldagem – Energia de Soldagem
727 °C
Curvas Temperatura-Transformação-Tempo (TTT)
Menor Energia de Soldagem
Curva X maior velocidade de resfriamento
Maior Energia de Soldagem
curva Z menor velocidade de resfriamento
Metalurgia da Soldagem – Energia de Soldagem
Influência da energia de soldagem na curva de resfriamento e da composição química em um diagrama TRC – ZF (JWS, 1983)
O soldador muda a energia de soldagem com mais facilidade
através da velocidade de avanço da poça de fusão,v.
ENERGIA DE SOLDAGEM
VÁRIAS FORMAS DE MOVIMENTO DE ELETRODO
v
VxI
f
Curvas de repartição térmica. H1 e H2 energia de soldagem
EXERCÍCIO
1ª) Determinar a Energia de Soldagem para soldar uma chapa
de aço carbono com espessura de 55mm com o eletrodo
AWS E 7018, Diâmetro do eletrodo, = 3/16” catálogo
Corrente= 250 A e Tensão= 30V
Velocidade de soldagem, v = 3mm/s
Processo de soldagem: Eletrodo revestido,
rendimento,f = 75%
AÇÃO SIMULTÂNEA DE QUATRO FATORES:
• Hidrogênio dissolvido no metal fundido;
• Tensões de soldagem;
• Presença de microestrutura frágil;
• Temperatura abaixo de 150
oC.
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
(OU FISSURAÇÃO A FRIO)
Metalurgia da Soldagem
•
FISSURAÇÃO PELO HIDROGÊNIO
(Fissuração a frio)
Trinca a Frio por Hidrogênio
25
Soldagem de aços temperáveis:
Em função da composição química do aço e da velocidade de
resfriamento, determinada pelo ciclo térmico, a soldagem
pode provocar a têmpera tanto na zona termicamente afetada como na zona fundida.
Como nos tratamentos térmicos, a têmpera provoca um aumento de resistência e fragilidade das soldas. Em alguns casos é
proposital, como na soldagem dos aços temperados e
revendidos - por exemplo: o aço ASTM A-517 grade P. Para isso o ciclo térmico é ajustado para que sejam atingidas as
dados para latão 7030 UNS C26000
Quanto menor o tamanho de
grão, maior a quantidade de
contornos de grão, que dificultam
o movimento de discordâncias.
0e
k
são constantes do material
d = diâmetro médio dos grãos é a
principal variável metalúrgica
Relação de Hall-Petch
d
k
o LE 2 1.
FISSURAÇÃO DA ZTA POR HIDROGÊNIO
• A dureza na ZTA depende da taxa de
resfriamento e quanto maior a taxa de
resfriamento mais facilmente a estrutura
pode trincar
• Quanto maior a espessura da junta,
maior a velocidade de resfriamento
• Tipo de junta também afeta a taxa de
resfriamento pelo número de caminhos
ao longo dos quais o calor pode fluir:
– junta de topo - dois caminhos
– junta de ângulo (têe) – três caminhos
junta de topo
Metalurgia da Soldagem
•
CARBONO EQUIVALENTE
– Avaliar a soldabilidade dos aços ao carbono e dos aços baixa liga. – Composição química – certificado de fabricação ou especificação do
material
– CE < 0,40% – soldagem por qualquer processo a arco, sem pré aquecimento
– CE entre 0,40 e 0,45% - abaixo de 30 mm de espessura soldagem sem pré aquecimento com eletrodos de baixo hidrogênio ou
processos com atmosfera gasosa
– CE > 0,45% - os parâmetros de soldagem passam a ter muita importância podendo ser necessário pré aquecimento e pós aquecimento. Atentar às questões de ordem metalúrgica.
29
15
)
(
5
)
(
6
)
(
Mn
Si
Cr
Mo
V
Ni
Cu
C
CE
Almoxarifado 20-30ºC Embalagem aberta Embalagem fechada 150ºC 300/350ºC 2h Forno de ressecagem Forno de conservação Estufa do soldador 100ºC 4h
Medidor de dureza portátil brinell (poldi)
(vasos de pressão, navios, juntas soldadas)
31
a- Haste do durômetrob- Esfera de aço temperado de diâmetro igual a 10mm (penetrador)
c- Mola para pressão da esfera d- Barra padrão de dureza conhecida DUREZA VICHERS PRECISÃO = 0,001mm VICKERS MODELO HVS 1000 Cargas 0,1 gf a 1kg Prof. Mota
Junta soldada suscetível a trinca por hidrogênio 340 HB (exige pré-aquecimento e pós-aquecimento)
Fragilidade Trinca
DUREZA PORTÁTIL BRINELL Precisão 0,1mm
32
Aços Inoxidáveis
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará Departamento de Indústria
Curso Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial
Prof.: M.Sc. Antonio Fernando de Carvalho Mota
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DA ACESITA
O que é Aço – O que é Aço Inox.
AÇO = FERRO + CARBONO
AÇO INOX. = FERRO + CARBONO + CROMO (11%
MIN.)
BÁSICO AÇO INOX. = FERRO + CARBONO + CROMO + NÍQUEL
MAIS MALEÁVEL
L
l
Principais Atributos do Aço Inox.
Alta durabilidade
Alta resistência à corrosão
Resistência mecânico adequada
Higiênico, fácil de limpar
(baixa rugosidade)
Não contamina os alientos
via bactérias ou “pick-up”
Visual marcante e moderno
Facilidade de conformação e
união
Acabamentos superficiais variados
– lixados, polidos e decorados
35 Aços Inoxidáveis
AÇOS INOXIDÁVEIS
Oxigênio
Óxido de cromo:
CAMADA PASSIVADORA
Óxido de cromo:
CAMADA PASSIVADORA
Fe
Fe
Cr
C
MÍNIMO: 12%
36 Aços Inoxidáveis
O
O
O
O
+
HIDRÓXIDO DE
FERRO
(FERRUGEM)
HIDRÓXIDO DE
FERRO
(FERRUGEM)
Baixa resistência mecânica
Baixa resistência mecânica
O
O
H
H
H
H
Porosa
Porosa
AÇO
Fe
Fe
Fe
Fe
Fe
C
C
A CAMADA PASSIVADORA
37
Aços Inoxidáveis
+
ÓXIDO DE CROMO
ÓXIDO DE CROMO
Boa resistência mecânica
Boa resistência mecânica
AÇO INOXIDÁVEL
Cr
Fe
Fe
Fe
Fe
C
C
CAMADA PASSIVADORA
CAMADA PASSIVADORA
Não-porosa
Não-porosa
Auto-regenerativa
Auto-regenerativa
Boa aderência
Boa aderência
A CAMADA PASSIVADORA
O
O
O
O
38
Aços Inoxidáveis
EFEITO DO % DE CROMO SOBRE A RESISTÊNCIA
À CORROSÃO
C
O
R
R
O
SÃ
O
(
m
m
/a
n
o
)
% CROMO
0,005
0
0,010
0
0,015
0
0,020
0
0,025
0
0
2
4
6
8
10
12
14
corrosão
AÇO INOXIDÁVEL AÇO INOXIDÁVELConforme o gráfico a seguir, o mesmo fenômeno ocorre a temperaturas levadas, mas o teor de cromo deve ser maior para que o aço adquira resistência ao calor.
Aços Inoxidáveis
CORROSÃO LOCALIZADA
CORROSÃO EM FRESTAS
CORROSÃO EM FRESTAS
CORROSÃO SOB TENSÃO FRATURANTE
Esse tipo de corrosão ocorre quando o metal ou liga está
submetido, simultaneamente, a um estado de tensão e a
um meio corrosivo específico.
O trincamento que ocorre, em decorrência da tensão
existente é frequentemente transgranular, isto é, se
desenvolve rompendo todo o grão, sem a preferência de
propagação segundo os contornos de grão
Diagrama de constituição da liga Fe-Cr
Aços Inoxidáveis
Qual a ação do Cromo?
Ferrita
Efeito do teor do cromo , sobre campo austenítico
Aços Inoxidáveis
45
Martensítico
Fe – Cr – C Ferrítico
Semi-ferrítico (ferrita+martensita
)
Aços Inoxidáveis
Aços Inoxidáveis Martensíticos (TCC)
•
São essencialmente ligas binárias de ferro e cromo
com 12% a 17% Cr;
•
São magnéticos e temperáveis;
•
Apresentam maior resistência mecânica e maior
dureza;
•
Possuem baixa resistência à corrosão comparada
aos ferríticos e austeníticos.
48
Obs.: A Norma NBR-6214 padroniza os tipos de tratamentos térmicos dos aços inoxidáveis austeníticos, martensíticos e ferríticos.
cutelaria
Austenísticos
Fe – Cr – Ni- C Duplex (austenita + ferrita)
PH (endurecíveis por precipitação)
Aços Inoxidáveis
49 Aço Inoxidável Austenitico AISI 304
50
QUAL A AÇÃO DO NÍQUEL?
Classificação AISI (American Iron and Steel Institute )
Toma-se por base :
- A microestrutura do aço;
-
A composição química do aço.
51
CLASSIFICAÇÃO AISI
DOS
AÇOS INOXIDÁVEIS
CLASSIFICAÇÃO AISI
DOS
AÇOS INOXIDÁVEIS
AÇOS INOXIDÁVEIS
QUANTO AO TIPO
São classificados segundo a microoestrtura
Martensíticos (Fe, Cr)
endurecidos por TT
Ferríticos (Fe, Cr)
não endurecíveis por TT
Austeníticos (Fe, Cr, Ni)
não endurecíveis por TT
Noções sobre Classificação AISI para aços inoxidáveis
Classificação AISI para aços inoxidáveis:
X YY a
1º 2º 3º
1° Digito
–
Indica micro-estrutura do aço, podendo ser:
2 ou 3 – aços inoxidáveis austeníticos;4 - aços inoxidáveis ferríticos ou martensíticos.
2° Dígito – Os dois dígitos que seguem ao primeiro
particularizam uma faixa de composição química.
Sem significado lógico.
3° Dígito – Diferenciam aços de composição semelhante.
Um dos elementos químicos tem faixa de composição
química alterada.
METAIS DE BASE
Forma de Classificação AISI para aços inoxidáveis:
X YY a
1º 2º 3º
Inspeção de Soldagem
Exemplo:
304→ % C ≤ 0,08
304 L → % C ≤ 0,03 (demais elementos idênticos ao 304)
55
SÉRIE 400
AISI C Mn Cr Others 430 0,08 max. 1,0 16,0-18,0 0,6 Mo max 430F 0,12 max. 1,25 16,0-18,0 0,15 Se min. 446 0,20 max. 1,5 23,0-27,0 0,25 N max.AISI Ferritic Steels, Body-Centered Cibic, Magnetic , Not heat tratable Nominal composition, %
56 AISI C Mn Cr Ni Others 403 0,15 max. 1,0 11,5-13 410 0,15 max. 1,0 11,5-13 416 0,15 max. 1,2 12-14 0,15 S min. 420 0,15 min. 1,0 12-14 431 0,20 max. 1,0 15-17 1,2-2,5 440A 0,60-0,75 1,0 16-18 0,75 Mo max. 440B 0,75-0,95 1,0 16-18 0,75 Mo max. 440C 0,95-1,20 1,0 16-18 0,75 Mo max.
Cont. SÉRIE 400
Qual a diferença entre o 410 e o 420?
410 → C ≤ 0,15 Resp.: O 410 tem menor teor de carbono 420 → C ≥ 0,15
AISI Martensitic Steels Body-Centered Cibic, Magnetic Heat treatable Nominal composition, %
Turbina à Gás Motor a Jato
Artigos de Cutelaria
Martensíticos Ex. AISI 420: estes aços são especificados quando a
aplicação requer elevadas resistência à tração, à fluência e à fadiga, combinadas com requisitos moderados de resistência à corrosão e utilizações em até 650 °C
.
58
AÇOS INOXIDÁVEIS FERRÍTICOS 409 EM SUBSTITUIÇÃO DO 430
(FRAGILIDADE APÓS A SOLDAGEM. O ELEVADO CRESCIMENTO DO
TAMANHO DE GRÃO, A FORMAÇÃO PARCIAL DE MARTENSITA E A
PRECIPITAÇÃO DE CARBONITRETOS DE CROMO)
Utilizado no escapamento
SILENCIOSOS com aço AISI 430 (Ferrítico) – na soldagem é parcialmente Austenítico a altas temperaturas e precipita Martensita quando resfriado rapidamente.
SOLUÇÃO: Substituir pelo aço AISI 409, cuja adição de Titânio ou Nióbio elimina a formação de Austenita a altas temperatura devido a
60
CHAPAS DE AÇOS INOXIDÁVEIS FABRICADAS PELA
ACESITA- CIA AÇOS ESPECIAIS ITABIRA
0BS.: Em escapamento de automóveis o aço AISI 430 foi substituído pelo aço AISI 409 para evitar formação de Martensita.
O aço AISI 420 foi substituído pelo AISI 410 porque forma menos carbonetos. A ACESITA não fabrica os aços AISI 310 e AISI 347
61
Os Aços Inoxidáveis também
Quando aços austenísticos (como 304 ou 316) são aquecidos na
faixa de 450 a 850 C, ou resfriados lentamente nesta faixa
⁰
⁰
ocorre uma descromização, precipitação de carbonetos de cromo
Cr
23C
6, ao longo dos contornos de grão.
Este fenômeno é denominado SENSITIZAÇÃO responsável pela
CORROSÃO INTERGRANULAR
.
62
Micrografia de um aço inox. com corrosão intergranular
63
Sem Sensibilização Com Sensibilização AISI 304L
COMO EVITAR A CORROSÃO
INTERGRANULAR?
Aços Inoxidáveis
COMO EVITAR A CORROSÃO
INTERGRANULAR?
65
Resp.: 1- Uso de aços de extra-baixo teor de carbono
(C<0,03%), como o AISI304L e o AISI316L.
Resp.2- Estabilização do carbono do aço por adição de
elementos carburígenos (nióbio, titânio)
Resp.3- Dissolução dos carbonetos através de
aquecimento a temperatura na faixa de 1000 a 1100
C , seguido de um resfriamento rápido (hipertêmpera)
⁰
para evitar a re-precipitação dos carbonetos durante o
arrefecimento.
Aço 304L, exposto a 450°C (96h), não sensitizado. Aumento 1000x
É um tratamento de necessidade absoluta, onde os tubos são
submetidos a temperaturas em torno de 1050 ºC, provocando a
dissolução dos carbonetos de cromo precipitados durante as
soldagens.
Após essa etapa, os tubos são resfriados bruscamente
assegurando neste processo, uma estrutura adequada à
corrosão.
Aços Inoxidáveis- solubilização
66
67
SOLDAGEM DOS AÇOS INOXIDÁVEIS
ELEMENTOS ALFÁGENOS COMO O CROMO:
Mo, Si, Nb, Ti e V
ELEMENTOS GAMÁGENOS COMO O NÍQUEL:
Mn e N
DIAGRAMA DE SCHAEFFLER
:
A partir do Diagrama de Schaeffler, podemos ter uma previsão da
microestrutura da solda e da ocorrência de problemas, a partir do
cálculo do Níquel equivalente (Nieq) e do Cromo equivalente (Creq).
71
METALURGIA DA SOLDAGEM
Fissuração a quente
Durante a soldagem
72
REGIÕES PROBLEMÁTICAS TÍPICAS NA SOLDAGEM DE AÇOS
INOXIDÁVEIS
:(1)Trinca a Quente ou por perda de ductilidade acima de 1250°C;
(2)Formação de fases intermetálicas após aquecimento entre cerca de 450 e 900°C; (3)Crescimento de grão na ZTA;
(4)Fragilização e Trinca a Frio por formação de martensita.
(1) Trinca a Quente ou por perda de ductilidade acima de 1250°C;
(2) Formação de fases intermetálicas após aquecimento entre cerca de 450 e 900°C;
(3) Crescimento de grão na ZTA;
(4) Fragilização e Trinca a Frio por formação de martensita.
(5) Na região de coexistência de ferrita e austenita, uma pequena área triangular que não é atingida por nenhum dos problemas indicados
5
(5)
73
SOLUÇÃO PARA EVITAR A TRINCA A QUENTE (EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICOS)
Conhecendo a composição química do Metal de Base, antes de soldar, determinar pelo Diagrama de Schaeffler a microestrura do cordão de solda. Caso a microestrutura não seja totalmente Austenita e a percentagem de
Ferrita esteja entre 4 e 10% não ocorrerá trinca a quente.
A percentagem de Ferrita pode ser obtida também por leituras magnéticas (Número de Ferrita) (FN, sigla em inglês por Ferrite Number).
Analisador de Medidor de Ferrite Diverse FM300 Medição do conteúdo de ferrita de depósitos de solda
Uma versão da sonda refrigerada a ar possibilita a medição de ferrita em amostras quentes.
74 Medição do teor de ferrita com o FERITSCOPE FMP30 da empresa FISCHER
Diagrama de De Long ou Diagrama de Shaeffler modificado
N IQ U E L E Q U IV A L E N T E CROMO EQUIVALENTE 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0% 2% 4% 6% 7,6% 9,2% 10,7 % 12,3 % 13,8 % 10 12 16 18 14 2 6 8 4 0 NÚMERO DE FERRITA (WRC) LINHA A + M SCHA EFFLER AUSTENITA AUSTENITA MAIS FERRITA ( ) PERCENTAGEM DE FERRITA (MAGNÉTICA) N IQ U E L E Q U IV A L E N T E CROMO EQUIVALENTE 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 0% 2% 4% 6% 7,6% 9,2% 10,7 % 12,3 % 13,8 % 10 12 16 18 14 2 6 8 4 0 NÚMERO DE FERRITA (WRC) 0% 2% 4% 6% 7,6% 9,2% 10,7 % 12,3 % 13,8 % 10 12 16 18 14 2 6 8 4 0 NÚMERO DE FERRITA (WRC) LINHA A + M SCHA EFFLER AUSTENITA AUSTENITA MAIS FERRITA ( ) PERCENTAGEM DE FERRITA (MAGNÉTICA)76
DILUIÇÃO
Diluição é a participação do metal de base na constituição da zona
fundida.
A – área da seção transversal da Zona Fundida = MB + MA
B – área de participação do metal de base na seção transversal da
Zona Fundida = MB
d – Coeficiente de Diluição
Coeficiente de Diluição, d = Metal Base = MB Zona Fundida MB + MA
Solda autogêna (sem metal de adição) d = 100%
Brasagem (sem fusão do metal de base) d = 0%
Ex,:Temos como Metal de Base aço inoxidável Ferrítico ABNT 430 (0,003%C, 0,9%Mn, 0,4%Si e 17,0%Cr), e
Metal de Adição eletrodo AWS E309 (0,06%C, 0,7%Mn, 0,7%Si, 22,1%Cr e 12,5%Ni),
com uma diluição de 30%.
Solução: Metal base: Nieq = 1,4, Creq = 17,9 e Metal adição: Nieq = 14,7, Creq = 23,2,
Jogando-se esses valores no diagrama podemos notar que na zona fundida teremos 15% de Ferrita.
78 78
SOLDAGEM DOS AÇOS INOXIDÁVEIS
(CONSULTORIA)
TIG
ARAME TUBULAR ELETRODO REVESTIDO
ESTRATEGIA ECONÔMICA:
Substituição do TIG e do MIG
pelo
ELETRODO REVESTIDO
e ARAME TUBULAR.
Com o uso de elementos
carburígenos foi possível
substituir o argônio pelo
Gás carbónico (CO
2)
79
METALURGIA DA SOLDAGEM
Fissuração a quente (durante a solidificação)
Durante a soldagem
80
REGIÕES PROBLEMÁTICAS TÍPICAS NA SOLDAGEM DE AÇOS INOXIDÁVEIS:
(1)Trinca a Quente ou por perda de ductilidade acima de 1250°C;
(2)Formação de fases intermetálicas após aquecimento entre cerca de 450 e 900°C; (3)Crescimento de grão na ZTA;
(4)Fragilização e Trinca a Frio por formação de martensita.
(1) Trinca a Quente ou por perda de ductilidade acima de 1250°C;
(2) Formação de fases intermetálicas após aquecimento entre cerca de 450 e 900°C;
(3) Crescimento de grão na ZTA;
(4) Fragilização e Trinca a Frio por formação de martensita.
(5) Na região de coexistência de ferrita e austenita, uma pequena área triangular que não é atingida por nenhum dos problemas indicados
5
(5)
Ex,:Temos como Metal de Base aço inoxidável Ferrítico ABNT 430
(0,003%C, 0,9%Mn, 0,4%Si e 17,0%Cr), e
Metal de Adição eletrodo AWS E309 (0,06%C, 0,7%Mn, 0,7%Si,
22,1%Cr e 12,5%Ni),
com uma diluição de 30%.
Solução: Metal base: Nieq = 1,4, Creq = 17,9 e
Metal adição: Nieq = 14,7, Creq = 23,2,
Jogando-se esses valores no diagrama podemos notar que na zona
fundida teremos 15% de Ferrita.
Processo Faixa de diluição (%)
Eletrodo revestido 10 a 30 TIG com adição 2 a 20 Plasma com adição 20 a 40
BENS DE CAPITAL – CONSULTORIA TÉCNICA
VASOS DE PRESSÃO:
Usina Nuclear – Vaso de contenção Refinaria
84
ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL
1985 - A primeira usina nuclear brasileira, Angra 1, opera com um
reator do tipo PWR (reator a água leve pressurizada) cap. 657 MW,
desenvolvido pela empresa americana Westinghouse. Acordo do tipo
“turn key” (chaves na mão). O custo até 31/12/ 2007 foi de R$ 1,468
bilhão.
Tecnologia de soldagem de aços inoxidáveis para evitar a corrosão
intergranular – uso de aços com extra baixo teor de carbono – AISI
304L e AISI 316L.
85
ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL
Angra 2 foi fruto de um acordo nuclear Brasil-Alemanha, e sua
construção e operação ocorreram conjuntamente à transferência de tecnologia para o país, o que levou também o Brasil a
um desenvolvimento tecnológico próprio, do qual resultou o domínio sobre todas as etapas de fabricação do combustível nuclear. Angra 2 opera com um reator alemão Siemens/KWU (atual AREVA NP) e sua potência nominal é de 1350 MW.
O custo até 31/12/2007 foi de R$ 5,108 bilhões.
Tecnologia de soldagem de aços inoxidáveis para evitar a corrosão
PRECIPITAÇÃO DA FASE
→
FRAGILIZAÇÃO
A Ferrita
em altas temperaturas de trabalho, acima de 600ºC, se
transforma em Fase Sigma (frágil) - phase transformations, sigma
phase,
A transformação da Fase
em Austenita ocorre acima de 1230ºC
86
Aço AISI 304 laminado Tratamento: 6.000h à 600ºC Ataque: água régia diluída Aumento: 1000x
Aço AISI 347 – zona fundida Tratamento: 6.000h à 600ºC Ataque: água régia diluída Aumento: 1000x
Vaso de contenção de Angra 2 Solda: Metal de Base AISI 304 Metal de Adição AISI 347
AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX:
São ligas bifásicas baseadas no sistema Fe-Cr-Ni, com cromo
20% - 30% e níquel 5%- 8%.
Possuem, aproximadamente, a mesma proporção das fases ferrita
e austenita e são caracterizados pelo seu baixo teor de carbono
(<0,03%) e por adições de molibdênio, nitrogênio, tungstênio e
cobre.
Elevada resistência mecânica em relação aos austeníticos e
ferríticos (aproximadamente o dobro),
Maiores tenacidade e ductilidade (em relação aos ferríticos)
Maior resistência a corrosão por cloretos.
Aplicações:
Graças a sua elevada resistência mecânica, os aços inox duplex podem
ser utilizados em menores espessuras.
Sua desvantagem é que não pode ser utilizado em temperaturas acima de
300 °C, sob pena de perder algumas de suas características mecânicas, sobretudo a tenacidade.
É bastante utilizado nas indústrias de gás, petróleo, petroquímica, polpa
e papel, principalmente na presença de meios contendo aquosos contendo cloretos.
O FUTURO EM PONTES É
AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX
A Celtic Gateway Footbridge
TROCADOR DE CALOR EM DUPLEX
Tecnologia desenvolvida pela Cia. Belga Welders N.V. “Segredo guardado a sete chaves”
AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX
excelente resistência à corrosão em meios
agressivos devido à sua habilidade em se passivar;
apresentam resistência mecânica superior aos aços
inoxidáveis austeníticos e ferríticos;
Aplicações:
• indústria petroquímica (em unidades de
dessalinização, dessulfuração e equipamentos para
destilação);
• papel e celulose (em digestores, plantas de sulfito
e sulfato e sistemas de branqueamento).
AÇOS INOXIDÁVEIS DUPLEX
Microestrutura
DUPLEX X FERRÍTICO E AUSTENÍTICO
Aço Inox
Limite de
escoamento
MPa
Limite de
resistência
MPa
Alongamento
(%)
Austenítico
≈ 250
≈ 550
> 50
Ferrítico
≈ 350
≈ 550
25 - 30
Duplex
500 – 550
700 -800
≈ 40
Microestrutura de um aço inoxidável duplex: a Ferrita é a fase escura e a Austenita é a fase clara.
CONSULTÓRIA TÉCNICA:
http://www.salsoldas.com.br
Juntas soldada em tubulação de material super
duplex, será necessário fazer alívio de tensão nas
juntas ?
Resp.: Não se faz alívio de tensões em material
super-duplex devido a formação da Fase Sigma na
zona da junta soldada ocasionando a fragilidade da
mesma.
OUTROS TIPOS DE AÇOS INOX
DUPLEX
PH
•Microestrutura bifásica austenite+ferrite
•Melhor resistência corrosão que os austeníticos
•Tensão cedência pode atingir valores duplos dos austeníticos
•Endurecimento por precipitação
•Teores variáveis de Ni e Mo
•Precipitados de Cu, Al, Ti e Nb
•Elevadas resist. mecânica e tenacidade, mantidas a altas
temperaturas
(17-4 PH) ASTM A 182 grau F55
AÇOS INOX. PH
Os aços inoxidáveis do tipo 15-5PH da
Villares Metals foram homologados pela
Embraer no final de janeiro. Os aços
com a designação "PH" são usados na
fabricação de componentes da
estrutura dos aviões e têm elevadas
propriedades mecânicas e boa
resistência à corrosão.
A Villares Metals informou que estão
em processos de certificação junto à
Embraer os aços do tipo 13-8MoPH,
17-4PH e 300M, o último utilizado para
o trem de pouso de aeronaves.
95
Foto Embraer Trem de Pouso Principal
de um EMB170 /190
AÇOS INOXIDÁVEIS ENDURECÍVEIS POR PRECIPITAÇÃO - PH
Alta resistência à corrosão;
Elevada resistência mecânica;
Aplicações:
• empregados na indústria aeronáutica, em molas
especiais e outros componentes de responsabilidade.
TEMPERATURAS LIMITES DE
UTILIZAÇÃO
MATERIAL Partes pressurizadas Partes não pressurizadas
Aço inox. 304 e 316 600ºC 800ºC
Aço inox. 304L e 316L 400ºC 800ªC
Aço inox. 310 600ºC 1.100ºC
97
Acima de 600ºC ocorre a formação de “Fase Sigma” , resultando em
severa fragilização do material. Essa mudança na estrutura metalúrgica
ocorre principalmente nos aços 316 e 310.
98
PESQUISA E
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INOVAÇÃO TECNOLOGICA AÇOS INOXIDÁVEIS COLORIDOS
Beleza estética
Variedade de acabamentos e cores
Alta resistência a corrosão e a radiação ultravioleta
Resistência ao vandalismo, facilidade de limpeza e baixo custo de manutenção
TECNOLOGIA DOS AÇOS
INOXIDÁVEIS COLORIDOS
A coloração obtida na superfície do aço inox resulta de um
filme de óxidos transparentes que provoca a sensação de
cor devido a fenômenos de interferência da luz.
Os vários comprimentos de ondas presentes na luz visível sofrem interferência em diferentes intensidades, possibilitando a
predominância de determinados comprimentos de onda, que serão responsáveis pela sensação de cor.
101
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
E
CONSULTÓRIA
MERCADO DE TRABALHOAÇO INOX, FERRÍTICO AISI 444
A Acesita S.A. desenvolveu um novo Aço Inoxidável
Ferrítico denominado 444, o qual combina elevada
resistência à corrosão,superior ao aço 304, e todas as
vantagens dos Aços Inoxidáveis Ferríticos em relação
aos Aços Inoxidáveis Austeniticos, como, por exemplo,
a imunidade à corrosão sob tensão, além de uma maior
competividade e estabilidade em termos de preços.
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