• Nenhum resultado encontrado

Existência e estabilidade de Soluções do tipo ondas solitárias para a equação Korteweg-de Vries (KdV)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Existência e estabilidade de Soluções do tipo ondas solitárias para a equação Korteweg-de Vries (KdV)"

Copied!
77
0
0

Texto

(1)Instituto de Matem´atica Universidade Federal de Alagoas. Existˆencia e Estabilidade de Soluc¸o˜ es do Tipo Ondas Solit´arias para a Equac¸a˜ o Korteweg-de Vries (KdV). autor: Isnaldo Isaac Barbosa orientador: Amauri da Silva Barros. Outubro, 2009.

(2) Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central Divisão de Tratamento Técnico Bibliotecária Responsável: Helena Cristina Pimentel do Vale. B238e. Barbosa, Isnaldo Isaac. Existência e estabilidade de soluções do tipo ondas solitárias para a equação Korteweg-DE Vries (KdV) / Isnaldo Isaac., 2009. 68 f. Orientador: Amauri da Silva Barros. Dissertação (mestrado em Matemática) – Universidade Federal de Alagoas. Instituto de Matemática. Maceió, 2009. Bibliografia: f. 67-68. 1. Equações diferenciais. 2. Ondas (Matemática). 3. Hipersuperfícies. 4. Curvatura média. 5. Curvatura de Ricci. 6. Alexandrov, teorema de. 7. Obata, teorema de. 8. Variedade riemanniana compacta. I. Título. CDU: 517.9.

(3)

(4) Agradecimentos. Primeiramente agradec¸o a Deus por ter me tirado do lamac¸al do pecado e posto nos seus caminhos. Agradec¸o a minha amada, Sirlene Vieira de Souza, que esteve sempre ao meu lado nos momentos felizes e nos momentos tristes. Agradec¸o tamb´em aos Professor Doutores Amauri Barros, Ad´an Corcho, Krerley Oliveira, Marcos Petr´ucio, Adela´ılson Peixoto e Adriano Aguiar pela grande contribuic¸a˜ o e incentivo que foi dada a` minha formac¸a˜ o acadˆemica e profissional. Quero agradec¸e ao Marcos Petr´ucio, aos Professores Mestres Paulo Lemos, Francisco Barros e Adroaldo Dorvill´e pelos excelentes cursos ministrados, em particular ao u´ ltimo, respons´avel por quatro disciplinas importantes na minha formac¸a˜ o. Agradec¸o aos amigos que ganhei durante o curso de Mestrado em Matem´atica pelas boas conversas, ambiente agrad´avel e cr´ıticas construtivas. Agradec¸o aos meus companheiro de todas as horas: Adriano Barbosa, Karla Katerine, Abr˜aao Rˆego, Joab Juc´a e Greg´orio Manoel, pela amizade e apoio. Gostaria de citar todos que contribiram para esta conquista mas isto consumiria muitas p´aginas.. i.

(5) Resumo. Neste trabalho demonstraremos um teorema de Boa Colocac¸a˜ o Local e em seguida de Boa Colocac¸a˜ o Global para a Equac¸a˜ o Korteweg-de Vries nos espac¸os de Sobolev fazendo uso das leis de conservac¸a˜ o desta equac¸a˜ o, das propriedades do grupo associada a mesma e de algumas estimativas obtidas por Kenig, Ponce e Vega em ([6]). Demonstraremos ainda a existˆencia e estabilida de soluc¸o˜ es tipo ondas solit´arias para a Equac¸a˜ o Korteweg-de Vries, para obter o resultado de estabilidade usamos o Lema de Compacidade Concentrada de P. Lions, nesta parte o resultado de boa colocac¸a˜ o global e´ utilizado de forma essencial, assim como as leis de conservac¸a˜ o para esta equac¸a˜ o, pois para utilizar esta t´ecnica resolvemos um problema variacional de minimizac¸a˜ o. A u´ ltima parte desta dissertac¸a˜ o esta baseada no trabalho de Jonh Albert ([20]).. iii.

(6) Abstract. In this paper we demonstrate a theorem of Well-Posedness Local and followed by Well-Posedness Global Equation Korteweg-de Vries in Sobolev spaces by making use of conservation laws of this equation, the properties of the group associated with it, and some estimates obtained by Kenig , Ponce and Vega in ([6]). We also demonstrated the existence and stability of solitary wave type solutions for Equation Korteweg-de Vries, to obtain the result of stability we use the lemma Concentrated compactness of P. Lions, in part the result of good global placement is used in a critical, and the conservation laws for this equation, because using this technique to solve a variational minimization problem. Latter part of this thesis is based on the work of John Albert ([20]).. v.

(7) ´ Sumario. Introduc¸a˜ o 1. 2. 3. 1. Preliminares 1.1 Resultados B´asicos . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 A Transformada de Fourier . . . . . . . . . . . 1.2.1 O Espac¸o de Schwartz . . . . . . . . . 1.2.2 Distribuic¸o˜ es Temperadas . . . . . . . 1.2.3 Operac¸a˜ o de Convoluc¸a˜ o . . . . . . . . 1.2.4 Derivadas Fracion´arias . . . . . . . . . 1.3 Os Espac¸os de Sobolev . . . . . . . . . . . . . 1.4 Espac¸os de Banach Mistos e suas Propriedades 1.5 Variac¸a˜ o de Gˆateaux e derivada de Fr´echet . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. Boa Colocac¸a˜ o Local e Global para a Equac¸a˜ o Korteweg-de Vries 2.1 Sistemas Integr´aveis e Leis de Conservac¸a˜ o . . . . . . . . . . . . . . 2.2 KdV Linear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.3 Estimativas Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.4 O problema de Cauchy para a equac¸a˜ o KdV em espac¸os de Sobolev com s > 3/4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.5 Boa Colocac¸a˜ o Global para a equac¸a˜ o KdV em espac¸os de Sobolev com s ≥ 1, s ∈ N . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . H s (R), . . . . . H s (R), . . . . .. Existˆencia e Estabilidade de soluc¸o˜ es tipo Ondas solit´arias para a Equac¸a˜ o KdV 3.1 Existˆencia de soluc¸o˜ es tipo Ondas solit´arias para a Equac¸a˜ o KdV . . . . . . . . 3.2 Lema de Compacidade Concentrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.3 Estabilidade de soluc¸o˜ es tipo Ondas Solit´arias para a Equac¸a˜ o KdV . . . . . .. Referˆencias Bibliogr´aficas. 5 5 7 8 11 12 13 13 15 18 23 23 26 27 31 43 45 45 48 50 70. vii.

(8) ˜ Introduc¸ao. Nossa proposta neste trabalho e´ estudar um resultado de boa colocac¸a˜ o global e as propriedades de existˆencia e estabilidade de soluc¸o˜ es tipo ondas solit´arias para a Equac¸a˜ o de Korteweg-de Vries (KdV) ut + uux + uxxx = 0. (1). para x, t ∈ R e u(x, t) ∈ R, ou seja, u : R × R −→ R. Associado a esta equac¸a˜ o temos o Problema de Valor Inicial (PVI)  ut + uux + uxxx = 0, u(x, 0) = u0 (x).. (2). A equac¸a˜ o (1) possui infinitas leis de conservac¸a˜ o, sendo duas delas muito u´ teis, a saber, o momento Z 1 u2 dx M (u) = 2 R e a energia 1 E(u) = 2. Z    1 3 2 (ux ) − u dx . 3 R. Estas duas quantidades s˜ao importantes tanto na demonstrac¸a˜ o da boa colocac¸a˜ o global, como na investigac¸a˜ o de estabilidade. Destacamos que cronologicamente, o primeiro tratamento matem´atico do problema da estabilidade de ondas solit´arias foi feito por Jeseph Valentin Boussinesq, em 1871, com relac¸a˜ o a` s ondas solit´arias associadas a` equac¸a˜ o  2  3u 2 uxx utt − ghuxx − gh +h = 0. (3) 2h 3 xx 1.

(9) Tal equac¸a˜ o, que viria a ser conhecida como equac¸a˜ o de Boussinesq cl´assica, modela a propagac¸a˜ o unidimensional de ondas de a´ gua ao longo de um canal com fundo plano e profundidade constante h, as quais tˆem um largo comprimento de onda e uma pequena amplitude em comparac¸a˜ o com h. Assim, a elevac¸a˜ o u da superf´ıcie de a´ gua, considerada como func¸a˜ o da coordenada x ao longo do canal e do tempo t, satisfaz aproximadamente a` equac¸a˜ o (3), onde g e´ a acelerac¸a˜ o gravitacional. Usando esta equac¸a˜ o, Boussinesq obteve uma representac¸a˜ o expl´ıcita de ondas solit´arias, u(x, t) = φ(x − ct), em termos de func¸o˜ es elementares, a saber, φ(z) = k1 (c)sech2 (k2 (c)z), onde k1 (c) = 3c/2, k2 (c) = c/2. O tipo de estabilidade que Boussinesq estudou foi aquele chamado de estabilidade orbital, o qual consiste essencialmente em ver que uma pequena pertubac¸a˜ o da onda solit´aria φ ir´a evoluir pelo fluxo gerado por (3) sem fortes mudanc¸as de forma e perto da onda φ, para todo tempo t. Atualmente, sabe-se que seus resultados formais continham algumas lacunas. A primeira prova rigorosa da estabilidade de ondas solit´arias assoaciada a` equac¸a˜ o de evoluc¸a˜ o n˜ao-lineares apareceu um s´eculo mais tarde, em 1972, apresentada por T. B. Benjamim, sobre as ondas solit´arias associadas a` equac¸a˜ o KdV (1). Tais ondas s˜ao dadas por φ(x − ct) = k1 (c)sech2 (k2 (c)(x − ct)) .. (4). Quanto a resultados de Boa Colocac¸a˜ o Local e Global, Kenig, Ponce e Vega, fazendo uso do Lema de Compacidade Concentrada de Lions nos espac¸os de Bourgain tem obtidos bons resultados, apresentaremos alguns resultados neste dissertac¸a˜ o. No primeiro cap´ıtulo desta dissertac¸a˜ o apresentamos os resultados que ser˜ao utilizados no decorrer deste trabalho. No cap´ıtulo seguinte apresentamos as ferramentas a serem usadas para se obter a boa colocac¸a˜ o local e em seguida global para a equac¸a˜ o KdV nos espac¸os de Sobolev. Iniciamos o u´ ltimo cap´ıtulo mostrando a existˆencia de soluc¸o˜ es tipo onda solit´aria para a equac¸a˜ o KdV, em seguida apresentamos o Lema de Compacidade Concentrada de Lions o qual n˜ao demonstramos. Por´em explicamos como usaremos o mesmo para obtermos o resultado de estabilidade. Por fim, encerramos este cap´ıtulo demonstrando que as soluc¸o˜ es tipo onda solit´aria formam um conjunto orbitalmente est´avel em H1 (R), obeservando que kuk2H1 (R) = kuk2L2 (R) + kuk2L2 (R) com respeito ao fluxo gerado pela equac¸a˜ o KdV (1). Para o bom entendimento do que pretendemos fazer, segue abaixo a definic¸a˜ o do que entendemos por Boa Colocac¸a˜ o. 2.

(10) Definic¸a˜ o 0.1 (Boa Colocac¸a˜ o) Dados X e Y dois espac¸os de Banach e T0 ∈ (0, +∞), dizemos que o problema de Cauchy  ∂t u(t) = F (t, u(t)) ∈ X, (5) u(0) = φ ∈ Y. onde F : [0, T0 ] × Y −→ X e´ uma func¸a˜ o cont´ınua, e´ localmente bem posto se (a) existe T ∈ (0, T0 ] e uma func¸a˜ o u ∈ C([0, T ]; Y ) tal que u(0) = φ e a equac¸a˜ o diferencial e´ satisfeita no sentido que. u(t + h) − u(t). lim − F (t, u(t)) = 0, ∀t ∈ [0, T ], h−→0 h X onde as derivadas em 0 e T s˜ao calculdas a` direita e a` esquerda; (b) o problema (5) tem, no m´aximo, uma soluc¸a˜ o em C([0, T ]; Y ); (c) a aplicac¸a˜ o φ 7−→ u e´ cont´ınua. Mais precisamente, sejam φn ∈ Y , n ∈ N, tal que −→ φn Y φ∞ , e sejam un ∈ C([0, Tn ]; Y ) as correspondentes soluc¸o˜ es. Seja T ∈ (0, T∞ ). Ent˜ao as soluc¸o˜ es un podemser estendidas ao intervalo [0, T ] para todo n suficientemente grande e lim sup kun (t) − u(t)kY = 0. n−→∞ t∈[0,T ]. Se qualquer uma dessas condic¸o˜ es n˜ao for satisfeita, o problema e´ dito mal-posto. Os principais resultados deste trabalho s˜ao: Teorema de Boa Colocac¸a˜ o Local Consideremos o PVI (2.16) e seja s > 3/4. Ent˜ao para cada u0 ∈ H s (R) existe T = T (||u0 ||Hs ) > 0 (com T (ρ) → ∞ para ρ → 0) e uma u´ nica soluc¸a˜ o u(t) de (2.16) satisfazendo u ∈ C([−T, T ] : H s (R)), ∂x u ∈ L4 ([−T, T ] : L∞ (R)),. s ∂u Dx ∂x ∞ 2 < ∞,. (6) (7) (8). Lx LT. kukL2x L∞ < ∞. T. (9). Al´em disso, para qualquer T 0 ∈ (0, T ) existe uma vizinhanc¸a V de u0 em H s (R) tal que a func¸a˜ o u e0 → u e(t) de V sobre a classe definida por (2.17)-(2.20) com T 0 no lugar de T e´ Lipschitz. 3.

(11) Teorema de Boa Colocac¸a˜ o Global Se s ∈ N, ent˜ao o PVI (2) e´ globalmente bem posto em Hs (R). Teorema de Estabilidade Orbital Para cada ε > 0, existe δ > 0 tal que se ku0 − φc kH1 (R) < δ, ent˜ao a soluc¸a˜ o u(x, t) do PVI (2) com u(x, 0) = u0 satisfaz inf ku(·, t) − φc (· + y)kH1 (R) < ε, ∀t ∈ R.. y∈R. 4.

(12) 1. Preliminares. Neste cap´ıtulo temos como objetivo apresentar a teoria necess´aria para o desenvolvimento dos cap´ıtulos posteriores deste trabalho.. 1.1. Resultados B´asicos. Nesta sec¸a˜ o escreveremos algumas desigualdades e teoremas que ser˜ao aplicados nos pr´oximos cap´ıtulos. Iniciamos fixando a notac¸a˜ o de alguns espac¸os de func¸o˜ es. O conjunto de todas as func¸o˜ es de U ⊂ Rn em R que s˜ao k vezes diferenci´aveis e sua ke´ sima derivada e´ cont´ınua ser´a denotado por C k (U ). O conjunto das func¸o˜ es de U ⊂ Rn em R que s˜ao infinitamente diferenci´aveis ser´a donotado por C ∞ (U ). Quando escrevermos C0k (U ) estaremos falando das func¸o˜ es que pertencem a C k (U ) por´em tendem a zero quando a vari´avel independente se aproxima da fronteira do conjunto. Analogamente, definimos C0∞ (U ). Agora definimos os espac¸os Lp (Rn ). Definic¸a˜ o 1.1 Seja 1 ≤ p ≤ ∞ e U ⊂ Rn . Denotaremos por Lp (U ) o conjunto de todas as func¸o˜ es f : U → C mensur´aveis, tais que. kf kLp (U ).  Z 1/p  p  |f (x)| dx < ∞, se 1 ≤ p < ∞, = U   sup |f (x)| < ∞, se p = ∞. x∈U. Nos espac¸os Lp (U ) temos as seguites desigualdades: 5. (1.1).

(13) Lema 1.1 Considere p, q ≥ 1 e. 1 1 + = 1. p q. (i) Desigualdade de H¨older: Sejam f ∈ Lp (R) e g ∈ Lq (R). Ent˜ao f g ∈ L1 (R) e kf gkL1 (R) ≤ kf kLp (R) kgkLq (R) .. (1.2). (ii) Desigualdade Integral de Minkowski:  p1 p  p1 Z Z Z Z p |f (x, y)| dx dy |f (x, y)| dy ≤ dx. X. Y. Y. X. (iii) Desigualdade de Young: Dados a, b > 0 tem-se que 1 1 ab ≤ ap + bq . p q. (1.3). Al´em disso, para todo ε > 0 tem-se que existe Cε > 0 tal que ab ≤ εap + Cε bq .. (1.4). Demonstrac¸a˜ o. Demonstraremos apenas as duas u´ ltima desigualdade, a primeira pode ser encontradas em diversos textos de an´alise funcional, por exemplo, em [11]. Demonstrac ¸ a˜ o do item (ii). A afirmac¸a˜ o e´ clara se p = ∞. Se p < ∞ fazemos F (x) = Z |f (x, y)| dy. Pelo teorema de dualidade e pela desigualdade de H¨older, segue que Y. kF kLp0 = x. sup. |f (x, y)| dy dx. g(x). kgk. p0 =1 Lx. . Z. Z. Y. X. Z Z =. |f (x, y)| g(x)dxdy. sup kgk. p0 =1 Lx. Y. X. Z ≤. sup kgk. p0 =1 Lx. Y. kf kLpx kgkLp0 dy x. Z = Y. kf kLpx dy.. Deste modo, |f (x, y)| dy X.  p1. p. Z Z. dx. Z Z ≤. Y. Y. 6. X.  p1 |f (x, y)| dx dy. p.

(14) Demonstrac¸a˜ o do item (i). Como a, b > 0, temos que a · b = exp(log(a · b)) = exp(log a + log b)   1 1 p q = exp log a + log b p q 1 1 ≤ exp (log ap ) + exp (log bq ) p q 1 p 1 = a + bq . p q. (pela convexidade de exp(x)). Isso demonstra a primeira afirmac¸a˜ o. Para mostrar a segunda afirmac¸a˜ o basta observar que para todo ξ > 0, usando a afirmac¸a˜ o j´a provada, temos que a · b = ξa ·. 1 q ξp b ≤ ap + b. ξ p qξ q. Agora, dado ε > 0 tomamos ξ > 0 satisfazendo ε = ξ p /p, ou seja, ξ = (pε)1/p , isso prova a 1 ε1−q segunda afirmac¸a˜ o onde Cε = q = q−1 . qξ qp  Apresentaremos agora o Teorema do Ponto Fixo de Banach, que ser´a utilizado para provar a boa colocac¸a˜ o local e global. Teorema 1.1 (Teorema Ponto Fixo de Banach.) Se M e´ um espac¸o m´etrico completo, toda contrac¸a˜ o f : M → M possui um u´ nico ponto fixo em M . Mais precisamente, se escolhermos um ponto qualquer x0 ∈ M e x1 = f (x0 ), x2 = f (x1 ), ..., xn+1 = f (xn ), ... a seq¨ueˆ ncia (xn ) converge em M e a = lim xn e´ o u´ nico ponto fixo de f . Demonstrac¸a˜ o. Por ser um resultado cl´assico n˜ao o demonstraresmo aqui, por´em podemos citar ([7]) como uma boa referˆencia para a demonstrac¸a˜ o deste resultado. . 1.2. A Transformada de Fourier. Nesta sec¸a˜ o estudaremos as principais propriedades da transformada de Fourier no espac¸o de Schwarz S(R) e em seguida apresentac¸a˜ o de forma sucinta as Distribuic¸o˜ es Temperadas 7.

(15) (definimos os conjunto das Distribuic¸o˜ es Temperadas como sendo o dual topol´ogico do espac¸o de Schwarz). Para finalizar, definiremos a convoluc¸a˜ o para func¸o˜ es n˜ao-peri´odicas e apresentamos, atrav´es da Transforma de Fourier, o que entedemos por derivadas Fracion´arias.. 1.2.1. O Espac¸o de Schwartz. Definic¸a˜ o 1.2 O Espac¸o de Schwartz, que denotaremos por S (R), e´ a colec¸a˜ o das func¸o˜ es f : R → C infinitamente diferenci´aveis em R tais que, para todos α, β ∈ Z+ , existe uma constante Cα,β com

(16) α (β)

(17)

(18) x f (x)

(19) ≤ Cα,β , ∀x ∈ R, (1.5) onde f (β) e´ a β-´esima derivada de f . Note que se f ∈ S(R) ent˜ao |x2 f (β) (x)| ≤ C2,β e portanto |f (β) (x)| ≤ C2,β /x2 . Com isso, podemos concluir que f (β) ∈ Lp (R) quaisquer que sejam p ∈ [1, +∞] e β ∈ N. Esta observac¸a˜ o prova que S(R) ⊂ Lp (R) com p ∈ [1, +∞], o teorema abaixo nos fornece uma propriedade do espac¸o de Schawartz bastante explorada neste trabalho, de forma impl´ıcita. Teorema 1.2 O espac¸o de Schwartz, e´ denso em Lp (R) com p ∈ [1, +∞]. ( n ) X Demonstrac¸a˜ o. Sabemos que o conjunto S = χAj das combinac¸o˜ es lineares de func¸o˜ es j=1. caracter´ısticas χAj de subconjuntos Aj ⊂ R mensur´aveis e limitados e´ denso em Lp (R). Ent˜ao, s´o resta mostrar que se A ⊂ R for limitado e mensur´avel , para cada ε > 0, existe φ ∈ S(R) tal que kφ − χA kLZp < ε. Com efeito, dado ε > 0, sejam K um compacto e O um aberto tais que K⊂A⊂Oe

(20) φ

(21) K = 1. Ent˜ao. χpO−K (x)dx < εp . Escolhamos φ ∈ C0∞ (R) com 0 ≤ φ ≤ 1, supp φ ⊂ O e. R. kφ −. χA kpLp (R). Z. p. Z. |φ − χA | dx =. = R. χpO−K (x)dx < εp .. R.  Proposic¸a˜ o 1.1 Se f ∈ S(R), ent˜ao a func¸a˜ o g(x) = xα f (β) (x) tamb´em est´a em S(R), quaisquer que sejam α, β ∈ Z+ . 0. 0. Demonstrac¸a˜ o. A func¸a˜ o g e´ infinitamente diferenci´avel e xα g (β ) (x), quaisquer que sejam α0 , β 0 ∈ Z+ , e´ uma soma finita de termos da forma xn f (m) (x), logo limitada.  8.

(22) Agora daremos a definic¸a˜ o da Transformada de Fourier em S(R). Definic¸a˜ o 1.3 A func¸a˜ o fb : R → C dada por fb(ξ) = (2π)−1/2. Z. f (x) e−iξx dx, com ξ ∈ R,. (1.6). R. e´ chamada transformada de Fourier da func¸a˜ o f : R → C. Teorema 1.3 Se f ∈ S (R), ent˜ao fb ∈ S (R). Demonstac¸a˜ o. Se α , β ∈ Z+ , obtemos  ξ α fˆ(β) (ξ) = (−i)β+α (iξ)α xβ f b(ξ)  α   d β+α β = (−i) x f b(ξ) dxα = gb (ξ) ,  dα onde g = (−i)β+α α xβ f . Ent˜ao, vemos que g ∈ S(R) ⊆ L1 (R), logo gb e´ limitada, isto e´ , dx ξ α fˆ(β) (ξ) e´ limitada, o que prova que fb ∈ S(R).  Assim, podemos saber quem e´ o espac¸o das transformadas de S(R): Teorema 1.4 A transformada de Fourier define uma bijec¸a˜ o linear de S(R) em si mesmo e sua inversa e´ dada por 1 f (x) = √ 2π ∨. Z. +∞. f (ξ) eiξx dξ, x ∈ R, f ∈ S(R).. (1.7). −∞. Agora podemos iniciar o estudo do tema central desta sec¸a˜ o, a saber, o comportamento da transformada de Fourier em S(R). Teorema 1.5 Seja f ∈ S (R). Ent˜ao f (α) ∈ S (R) para todo α ∈ N e  f (α) b(ξ) = (iξ)α fb(ξ), ξ ∈ R. 9. (1.8).

(23) Demonstrac¸a˜ o. J´a vimos que f (α) ∈ S (R) para todo α ∈ N. Agora note que integrando por partes obtem-se, −1/2. 0. Z. +∞. f 0 (x) e−iξx dx. (f )b(ξ) = (2π).  −∞ Z +∞ −1/2 −iξx −iξx x=∞ (−iξ)f (x) e dx f (x) e |x=−∞ − = (2π) −∞   Z +∞ −1/2 −iξx −iξx x=∞ f (x) e dx f (x) e |x=−∞ + iξ = (2π) −∞. = iξ fb(ξ) , ξ ∈ R, pois os termos de fronteira s˜ao nulos uma vez que f ∈ S (R). Agora, vamos utilizar induc¸a˜ o simples e integrac¸a˜ o por partes, para concluir a demonstrac¸a˜ o. Suponha que a sentenc¸a e´ v´alida para todo β ∈ N tal que β < α. Ent˜ao f. (α).  b(ξ) = (2π)−1/2. Z. +∞. f (α) (x) e−iξx dx. −∞.

(24) x=+∞ Z

(25) (α−1) −iξx

(26) f e +iξ

(27). −1/2. = (2π). x=−∞. = iξi. α−1 α−1. ξ. !. +∞. f (α−1) (x) e−iξx dx. −∞. fb(ξ). = iα ξ α fb(ξ) . o que completa a demonstrac¸a˜ o.  α. d dxα agindo em S (R) e´ transformado no operador de multiplicac¸a˜ o por (iξ)α . Por exemplo se α = 2 temos, O teorema acima tem extrema relevˆancia na teoria. O mesmo nos diz que o operador. . d2 f − 2 dx. ∧. (ξ) = ξ 2 fb(ξ) .. (1.9). Isso nos permite transformar equac¸o˜ es diferenciais ordin´arias em equac¸o˜ es alg´ebricas e nos pemitir´a, mais tarde, reduzir equac¸o˜ es diferenciais parciais a equac¸o˜ es diferenciais ordin´arias. Tendo em vista as observac¸o˜ es precedentes, e´ natural tentar identificar a imagem de S (R) sob a transformada de Fourier e descobrir se podemos invertˆe-la. 10.

(28) Proposic¸a˜ o 1.2 Se f ∈ S (R) ent˜ao fb e´ infinitamente diferenci´avel e vale  fˆ(β) (ξ) = (−i)β xβ f b(ξ) .. (1.10). Demonstrac¸a˜ o. Derivando sob o sinal de integrac¸a˜ o, mostramos que fb e´ infinitamente diferenci´avel e Z +∞ ∂ (β) −1/2 (β) ˆ f (ξ) = (2π) f (x) e−iξx dx ∂ξ −∞ Z +∞ (−ix)β f (x) e−iξx dx = (2π)−1/2 −∞  β β = (−i) x f b(ξ). . 1.2.2. Distribuic¸o˜ es Temperadas. Vamos agora introduzir um produto interno em S(R): se f, g ∈ S(R), Z +∞ (f |g) = f (x)g(x)dx.. (1.11). −∞. Podemos mostrar que (·|·) definido em (1.11) e´ de fato um produto interno em S(R) (veja a proposic¸a˜ o 1.1 do cap´ıtulo 6 de [1]). Se f ∈ S(R), definiremos 1/2 Z +∞ 2 1/2 |f (x)| dx . (1.12) kf kL2 (R) = (f |f ) = −∞. Pelo Teorema da Representac¸a˜ o de Riesz, todo funcional linear T : S(R) → R e´ da forma T (φ) = (f |φ), para algum f ∈ S. Definic¸a˜ o 1.4 O conjunto das distribuic¸o˜ es temperadas, denotado por S 0 (R), e´ o dual topol´ogico de S(R). Em outras palavras, T ∈ S 0 (R) se e s´o se T : S(R) → R e´ um funcional linear cont´ınuo. Notemos que para verificar que um funcional linear T : S(R) → R e´ cont´ınuo, basta provar que T ϕk → 0 para toda ϕk → 0. Vamos considerar o seguinte exemplo: os elementos de Lp (R) com 1 ≤ p ≤ ∞ definem distribuic¸o˜ es temperadas atrav´es da f´ormula Z Tf (ϕ) = f (x)ϕ(x)dx, f ∈ Lp (R), ϕ ∈ S(R). (1.13) R. 11.

(29) De fato, pela desigualdade de H¨older, temos, |Tf (ϕ)| ≤ kf kLp kϕkLq , p−1 + q −1 = 1. (1.14). e a afirmac¸a˜ o acima segue de (1.14).. 1.2.3. Operac¸a˜ o de Convoluc¸a˜ o. Definic¸a˜ o 1.5 Se f ∈ L1 (R) e g : R → C e´ limitada e seccionalmente cont´ınua em qualquer intervalo fechado, a convoluc¸a˜ o de f e g e´ a func¸a˜ o f ∗ g : R → C definida por Z +∞ f (y) g (x − y) dy, x ∈ R. (1.15) (f ∗ g) (x) = −∞. Uma observac¸a˜ o importante a fazer e´ que, a integral em (1.15) converge, pois como g e´ limitada, existe M > 0 tal que |g (x)| ≤ M, ∀x ∈ R, e portanto Z. +∞. |f (y) g (x − y)| ≤ M |f (y)| ⇒ −∞. |f (y) g (x − y)| dy ≤ M kf kL1 (R) < +∞.. O estudo da convoluc¸a˜ o para func¸o˜ es de L1 (R) e´ bem delicado. Se f e g s˜ao func¸o˜ es de L1 (R), n˜ao e´ verdade, em geral, que o produto f g pertenc¸a a L1 (R); portanto, para tais func¸o˜ es a integral em (1.15) pode n˜ao estar definida para todo x. Por esse motivo, vamos estudar a convoluc¸a˜ o no espac¸o de Schwarz, que e´ um bom espac¸o para a convoluc¸a˜ o. Mostraremos mais adiante que a convoluc¸a˜ o de fato define uma operac¸a˜ o em S. Proposic¸a˜ o 1.3 Sejam f, g, h ∈ S(R) e λ ∈ C. Ent˜ao: (a)f ∗ g ∈ S(R), (b) f ∗ g = g ∗ f , (c) (f ∗ g) ∗ h = f ∗ (g ∗ h), (d) (f + g) ∗ h = f ∗ h + g ∗ h, (e) (λf ) ∗ g = λ(f ∗ g) = f ∗ (λg). Demonstrac¸a˜ o. A demonstrac¸a˜ o dos itens acima segue usando alguns teoremas de an´alise.  Nota 1.1 Salientamos que a express˜ao (f ∗ g) ∗ h faz sentido uma vez que f ∗ g ∈ L1 (R) pelo lema anterior e h e´ limitada. 12.

(30) Teorema 1.6 Se f, g ∈ S(R), ent˜ao (f ∗ g)b(ξ) =. √ 2π fb(ξ)b g (ξ), ∀ξ ∈ R.. (1.16). Al´em disso vale a identidade de Parseval kf k2L2 (R) = kfˆk2L2 (R) .. (1.17). Demonstrac¸a˜ o. Ver ([18]).. 1.2.4. Derivadas Fracion´arias. A partir da Transformada de Fourier podemos generalizar a noc¸a˜ o de derivadas. Podemos ver a derivac¸a˜ o como um operador de S(R) em S(R), ou seja, D : S(R) → S(R) f 7→ f 0 . Assim, fica bem definido o que viria a ser a k-´esima derivada de uma func¸a˜ o; bastaria aplicar o operador D k-vezes a` func¸a˜ o em quest˜ao. Tendo em vista o operador acima, fixando s ∈ R, definimos o seguinte Operador de Riesz: Ds : S(R) → S(R) f.  ∨ 7→ Ds f := (iξ)s fb .. Pelo que j´a vimos, se s ∈ N esta noc¸a˜ o coincide com a derivada j´a conhecida.. 1.3. Os Espac¸os de Sobolev. Seja s ∈ R. Os espac¸os de Sobolev (do tipo L2 ) em R s˜ao os seguintes subconjuntos de S (R): o n s 0 2 s 2 2 ˆ f (ξ) ∈ L (R) . H (R) = f ∈ S (R) ; 1 + ξ 0. O espac¸o H s (R) , s ∈ R, e´ de Hilbert quando munido do produto interno 13.

(31) Z. 1 + ξ2. hf, gis :=. s. fˆ (ξ) gˆ (ξ)dξ.. R. A norma proveniente deste produto interno e´ Z

(32) 2 s

(33)

(34)

(35) 2 kf kHs (R) = 1 + ξ 2

(36) fˆ (ξ)

(37) dξ.. (1.18). R. Em particular, H 0 (R) = L2 (R). No caso de s ∈ N, temos que kf k2Hs (R). s X j 2 ∂x f 2 . = L (R). (1.19). j=0. Tamb´em utilizaremos os espac¸os de Sobolev homogˆeneos, definidos para s ∈ R por n o 0 H˙ s := H˙ s (R) = f ∈ S (R) ; Ds f ∈ L2 (R) , com. d sf kf kH˙ s = D. L2 (R). .. Note que se f ∈ H s (R), ent˜ao kf kH˙ s. d sf = D. L2 (R). Z. ∞. = −∞.  12

(38)

(39)

(40) ˆ

(41) 2 |ξ|

(42) f (ξ)

(43) dξ < ∞. s 2. Logo, conclu´ımos que H s (R) ⊆ H˙ s (R), para todo s ∈ R. Exibiremos agora algumas propriedades dos espac¸os definidos anteriormente. Proposic¸a˜ o 1.4 Propriedades dos espac¸os de Sobolev. 0. (i) Se s < s0 , ent˜ao Hs (Rn ) ⊆ Hs (Rn ); (ii) Se s1 ≤ s ≤ s2 , com s = θs1 + (1 − θ)s2 , 0 ≤ θ ≤ 1, ent˜ao 1−θ kf kHs (R) ≤ kf kθHs1 (R) kf kH s2 (R) .. 14. (1.20).

(44)  Definic¸a˜ o 1.6 Sejam X e Y espac¸os de Banach. Diremos que X est´a imerso compactamente em Y , e escreveremos X ,→ Y, quando: (i) kxkY ≤ C kxkX , ∀x ∈ X e alguma contante C. (ii) Cada sequˆencia limitada em X e´ pr´e-compacta em Y . Teorema 1.7 (Rellich-Kondrachov) Assuma que U contido em Rn e´ aberto e limitado com ∂U de classe C 1 . Suponha 1 ≤ p < n. Ent˜ao, H1 (U ) ,→ Lq (U ), para cada 1 ≤ q <. (1.21). 2n . n−2 . Teorema 1.8 (Desigualdade de Gagliardo-Niremberg) Sejam q, r ∈ [1, +∞) e j, m ∈ N ∪ {0}, tal que 0 ≤ j ≤ m. Ent˜ao k∂xj ukLp (R) ≤ C(j, m, q, r, θ)k∂xm ukLr (R) · kukLq (R) para todo θ ∈ [. j , 1] e p satisfazendo m 1 =j+θ p. .  1 1 − m + (1 − θ) r q. A demonstrac¸a˜ o pode ser vista em ([17]). . 1.4. Espac¸os de Banach Mistos e suas Propriedades. Para 1 ≤ p, q < ∞. Lpx LqT e´ o espac¸o de Banach Misto definido por o n p q Lx LT := f : R × [−T, T ] :−→ R; kf kLpx Lq < +∞ , T. 15.

(45) onde. Z. kf kpLq [−T,T ]. kf kLpx Lq = T. 1/p. Z. +∞. Z. T. = −∞. R.  pq ! p1 . |f (x, t)|q dt dx. (1.22). −T. Quando p = ∞ ou q = ∞ usaremos uma definic¸a˜ o similar, envolvendo a norma do supremo essencial. O espac¸o LpT Lqx e´ definido como acima, invertendo-se apenas a ordem de integrac¸a˜ o. Vale mencionar tamb´em que se escrevemos T = ∞ na norma acima significa. Z kf kLpx Lqt =. kf kpLq (R). 1/p. Z. +∞. Z. +∞. = −∞. R.  pq ! p1 . |f (x, t)|q dt dx. −∞. Um resultado que ser´a utilizado com muita frequˆencia e´ a desigualdade:. ∞ 2 Lema 1.2 Sejam f ∈ L2x L∞ ao f g ∈ L2x L2T e vale T e g ∈ Lx LT , ent˜. kf gkL2x L2 ≤ kf kL2x L∞ kgkL∞ 2 . x L T. T. 16. T. (1.23).

(46) Demonstrac¸a˜ o. Pela desigualdade de H¨older, (1.2) temos +∞. Z kf gkL2x L2. T. T. Z. = −∞. −T T. +∞ Z. Z. |f (x, t)|2 |g(x, t)|2 dtdx. = −∞. ! 21. T. ≤. sup. . |f (x, t)|2 |g(x, t)|2 dtdx. −T t∈[−T,T ]. −∞ +∞. Z =. sup. . |f (x, t)|2. Z. −∞ t∈[−T,T ]. ! 21. T. |g(x, t)|2 dtdx. −T. +∞. Z.  21. −T. +∞ Z. Z.  21 |(f g)(x, t)| dtdx 2. ≤. sup. . |f (x, t)|2 sup. Z. x. −∞ t∈[−T,T ]. −T. +∞. Z. sup. =. . |f (x, t)|2 dx sup. Z. sup {|f (x, t)|}. ! 21 |g(x, t)|2 dt. −T. dx. t∈[−T,T ]. −∞. T.  21. !2. +∞. = . Z. x. −∞ t∈[−T,T ]. .  ! 21 |g(x, t)|2 dt dx. T. Z. T. sup x.  12 ! |g(x, t)| dt 2. −T. = kf kL2x L∞ kgkL∞ 2 , x L T. T. o que prova o Lema.  Teorema 1.9 (Teorema das Trˆes Linhas) Seja F uma func¸a˜ o cont´ınua e limitada definida sobre S = {z = x + iy; 0 ≤ x ≤ 1} com F anal´ıtica no interior de S. Se para cada y ∈ R |F (iy)| ≤ M0 e |F (1 + iy)| ≤ M1 , ent˜ao para todo z = x + iy ∈ S |F (x + iy)| ≤ M01−x M1x . Este teorema apesar de seu aspecto simples tem como consequˆencia resultados fortes como por exemplo o teorema de Riesz-Thorin enuciado abaixo. 17.

(47) Teorema 1.10 (Riesz-Thorin) Sejam p0 6= p1 e q0 6= q1 . Seja T um operador linear limitado de Lp0 (X, A, µ) em Lq0 (Y, B, ν) com norma M0 e de Lp1 (X, A, µ) em Lq1 (Y, B, ν) com norma M1 . Ent˜ao T e´ limitado de Lpθ (X, A, µ) em Lqθ (Y, B, ν) com norma Mθ tal que Mθ ≤ M01−θ M1θ . Aqui, Mθ = sup f 6=0. kT f kqθ com kf kpθ 1−θ θ 1 1−θ θ 1 = + , = + , ∀θ ∈ (0, 1). pθ p0 p1 qθ q0 q1. Demonstrac¸a˜ o: A demonstrac¸a˜ o do mesmo pode ser encontrada em [10]. Lema 1.3 Sejam α ∈ (0, 1) e α1 , α2 ∈ [0, α] onde α = α1 + α2 . Sejam p, p1 , p2 , q, q1 , q2 ∈ 1 1 1 1 1 1 (1, ∞) tal que = + e = + . Ent˜ao p p1 p2 q q1 q2 kDxα (f g) − f Dxα g − gDxα f kLpx Lq ≤ c kDxα1 f kLpx1 Lq1 kDxα2 gkLpx2 Lq2 . T. T. T. (1.24). Al´em disso, para α1 = 0 o valor q1 = ∞ e´ permitido. Demonstrac¸a˜ o: A demonstrac¸a˜ o do mesmo e´ feita no apˆendice de [6].. 1.5. Variac¸a˜ o de Gˆateaux e derivada de Fr´echet. Nesta sec¸a˜ o vamos introduzir alguns conceitos b´asicos do c´alculo variacional. Podemos olhar o c´alculo variacional como o c´alculo diferencial no espac¸o de func¸o˜ es onde tentamos, sobre espac¸os apropriados, encontrar curvas que minimizem certos funcionais. Definic¸a˜ o 1.7 Sejam X um espac¸o de Banach e F : X −→ R um funcional. Se existe um funcional linear L em X tal que  1 F (u + sh) − F (x) − L(sh) = 0, s−→∞ s lim. (1.25). para todo h ∈ X tal que o limite existe, ent˜ao δu F (h) := L(h) e´ chamada de Variac¸a˜ o de Gˆateaux de F em u na direc¸a˜ o de h ∈ X. 18.

(48) Fixando u ∈ X, o subconjunto Λu = {h ∈ X; ∃ δu F (h)} de direc¸o˜ es cuja variac¸a˜ o de Gˆateux existe e´ chamado espac¸o das variac¸o˜ es admiss´ıveis de X. Note que Λu e´ um subespac¸o vetorial de X. Com efeito, dados α, β ∈ R e h1 , h2 ∈ Λu temos, pela linearidade de L, que: αL(h1 ) + βL(h2 ) = L(αh1 + βh2 ),. (1.26). ou seja, αh1 + βh2 ∈ Λu . A func¸a˜ o δu F : Λu −→ R tal que para cada h associe δu F (h) e´ chamada de Variac¸a˜ o de Gˆateaux de F e u no espac¸o de variac¸o˜ es admiss´ıveis de X. Definic¸a˜ o 1.8 Se Λu = X, δu F e´ chamada de derivada de Gˆateaux de F em u. Neste ponto, fazemos a observac¸a˜ o se s ∈ R (suficientemente pequeno), podemos pensar numa func¸a˜ o real s 7−→ F (u + sh) e logo, se existe a variac¸a˜ o de Gˆateaux de F em u na direc¸a˜ o h, devemos ter

(49)

(50) d δu F (h) = F (u + sh)

(51)

(52) . ds s=0 Agora, afim de esclarecer a noc¸a˜ o de derivada de Gˆateaux e tamb´em para uso futuro calcularemos a derivada de Gˆateaux de dois funcionais. Z 1 u2 dx. Pela observac¸a˜ o feita Exemplo 1.1 Seja M : S(R) −→ R definido por M (u) = 2 R acima, se a deriva de Gˆateaux existe na direc¸a˜ o u ent˜ao

(53)

(54) d δu M (h) = M (u + sh)

(55)

(56) ds s=0 

(57)  Z

(58) d 1 2 (u + sh) dx

(59)

(60) = ds 2 R 

(61)  Z Z s=0 Z

(62) d 1 2 2 2 = u (x)dx + 2su(x)h(x)dx + s h (x)dx

(63)

(64) ds 2 R R s=0 Z 

(65) R  Z 

(66)  Z 

(67)

(68)

(69)

(70) 1 d d 1 d 2 2

(71)

(72) = u (x)dx

(73) + s u(x)h(x)dx

(74) + s h(x)dx

(75)

(76) 2 ds ds 2 ds R R R s=0 s=0 s=0 Z = uhdx. R. Assim, vemos que a derivada de Gˆateaux de M em u e´ o funcional linear δu M (h) = hu, hiL2 (R) , onde u, h ∈ C0∞ (R), isso pelo Teorema de Representac¸a˜ o de Riesz. 19.

(77) Vamos agora para o pr´oximo exemplo. Z  Z 1 1 2 3 Exemplo 1.2 Defina E : S(R) −→ R por E(u) = ux dx − u dx . Vamos calcu2 3 R R lar a derivada de Gˆateaux de E.

(78)

(79) d E(u + sh)

(80)

(81) δu E(h) = ds s=0 Z 

(82) Z

(83) d 1 1 2 3 = [(u + sh)x ] dx − (u + sh) dx

(84)

(85) ds 2 3  ZR 

(86)  ZR 

(87) s=0  2 Z 

(88)

(89)

(90)

(91) s d d d 1 2 2 ux dx

(92)

(93) + s ux hx dx

(94)

(95) + hx dx

(96)

(97) = ds 2 R ds ds 2 R  Z  ZR  2Z 

(98) s=0 

(99) s=0 

(100) s=0

(101)

(102)

(103) s s d 1 d d − u3 dx

(104)

(105) − u2 hdx

(106)

(107) − uh2 dx

(108)

(109) ds 6 R ds 2 R ds 2 R s=0 s=0 

(110) s=0  3Z

(111) d s h3 dx

(112)

(113) − ds 6 R Z s=0 Z 1 u2 hdx = ux hx dx − 2 RZ ZR = − uxx hdx − u2 hdx R  ZR  1 2 = − uxx + u h dx 2 R 2 = h−uxx − u , hiL2 (R) . Portanto, δu E(h) = h−uxx − u2 , hiL2 (R) , ∀u, h ∈ C0∞ (R). Escolhemos estes dois funcionais pois os mesmos estm ligados diretamente com a equac¸a˜ o KdV, como veremos no final do pr´oximo cap´ıtulo. Daremos agora a definic¸a˜ o de derivada de Fr´echet. Definic¸a˜ o 1.9 Seja X um espac¸o de Banach e F : X −→ R. F e´ dita diferenci´avel no sentido de Fr´echet em u ∈ X, se existe um funcional linear limitado em X, denotado por DF (u), tal que  1  F (u + h) − F (u) − DF (h) = 0. khk−→0 khk lim. 20. (1.27).

(114) Se DF (u) = 0, ent˜ao u e´ chamado ponto cr´ıtico de F . Se X0 ⊂ X e´ um subespac¸o e DF (u) = 0 como funcional linear em X0 , ent˜ao u e´ chamado ponto cr´ıitico de F em X0 . Note que se F e´ diferenci´avel no sentido de Fr´echet em u ∈ X, ent˜ao existe a derivada de Gˆateaux de F em u. De fato, sendo F diferenci´avel no sentido de Fr´echet,  1  lim F (u + h) − F (u) − DF (h) = 0, khk−→0 khk ou seja,   1  1 lim F (u + sh) − F (u) − DF (sh) = lim F (u + sh) − F (u) − DF (sh) = 0. s−→0 s kshk−→0 kshk Assim DF (u) = δu F . Apresentaremos agora o Teorema de Multiplicador de Lagrange para espac¸os de dimenc¸a˜ o infinita. Teorema 1.11 (Multiplicador de Lagrange) Sejam f, h : X −→ Z dois funcionais continuamente diferenci´aveis no sentido de Fr´echet. Se o funcional f tem um extremo local restrito a h(u) = c que e´ um valor relugar no ponto u0 , ent˜ao existe um elemento z0∗ ∈ Z ∗ tal que o funcional Lagrangiano L(u) = f (u) + z0∗ h(u) e´ estacion´ario em x0 , ou seja, δu0 f + z0∗ δu0 h = 0. Este teorema ser´a fundamental na caracterizac¸a˜ o da o´ rbita da soluc¸a˜ o tipo onda solit´aria para a KdV. Usaremos o mesmo para os funcionais M e E, para obter o resultado de estabilidade das soluc¸o˜ es tipo ondas solit´arias.. 21.

(115)

(116) 2. ˜ Local e Boa Colocac¸ao ˜ Global para a Equac¸ao Korteweg-de Vries. Neste cap´ıtulo demonstraremos a Boa Colocac¸a˜ o Local e Global para a Equac¸a˜ o Korteweg-de Vries. Estes resultados, principalmente o de boa colocac¸a˜ o global, s˜ao essenciais para obtermos o resultado sobre estabilidade. Inicialmente estabeleceremos algumas leis de conservac¸a˜ o para a equac¸a˜ o KdV e em seguida encontraremos uma soluc¸a˜ o formal para a KdV usando a Transformada de Fourier. Feito isto, demonstraremos algumas estimativas para a KdV e em seguida provaremos um teorema de boa colocac¸a˜ o local. Encerramos este cap´ıtulo provando um teorema de boa colocac¸a˜ o global.. 2.1. Sistemas Integr´aveis e Leis de Conservac¸a˜ o. Nesta sec¸a˜ o veremos como muitas propriedades das soluc¸o˜ es da KdV podem ser obtidas apenas a partir do estudo da express˜ao da equac¸a˜ o, ou seja, de suas propriedades alg´ebricas. Lembremos da express˜ao da Equac¸a˜ o KdV em R × R.. ut + uux + uxxx ,. (2.1). Estamos interessados nas soluc¸o˜ es que tendem a zero quando a vari´avel independente tende ao infinio juntamente com todas as suas derivadas. Para comec¸armos a estudar tais propriedades, reescrevemos a equac¸a˜ o (2.1) na seguinte forma:   1 2 (2.2) ut = ∂x −uxx − u . 2 23.

(117) Integrando sobre a reta e lembrando que u → 0 (assim como todas as suas derivadas) quando x → ±∞, podemos escrever     Z Z Z d 1 2

(118)

(119) x=∞ 1 2 dx = −uxx − u

(120) = 0. u dx = ut dx = ∂x −uxx − u dt R 2 2 x=−∞ R R Ou seja, Z u dx = A1 , R. onde A1 e´ uma constante. Z T1 dx,. A express˜ao acima e´ uma grandeza conservada, ou seja, ao longo do fluxo pela KdV, R. onde T1 = u, n˜ao se altera. Fisicamente significa que a massa n˜ao se altera, portanto, temos uma express˜ao para a conservac¸a˜ o da massa. Podemos comec¸ar a procurar por outras grandezas conservadas, em particular associadas a outras entidades f´ısicas. Multiplicando a equac¸a˜ o (2.1) por u obtemos   uut + uuxxx + u2 ux = uut + (ux uxx + uuxxx ) − ux uxx + u2 ux = 0,. (2.3). que podemos reescrevˆe-la na forma     1 2 1 2 1 3 ∂t u + ∂x uuxx − ux + u = 0, 2 2 3 ou ainda,  ∂t. 1 2 u 2. .  = −∂x.  1 2 1 3 uuxx − ux + u . 2 3. (2.4). Integrando sobre a reta e lembrando que u → 0 (assim como todas as suas derivadas) quando x → ±∞, podemos escrever   Z Z 1 2 d 1 2 u dx = ∂t u dx dt R 2 2 R   Z 1 2 1 3 = − ∂x uuxx − ux + u dx 2 3 R 

(121) 1 1

(122) x=∞ = − uuxx − u2x + u3

(123) = 0, 2 3 x=−∞ ou seja, Z. u2 dx = A2 ,. R. 24.

(124) onde A2 e´ uma constante. Z. 2. Portanto, escrevendo T2 = u temos que. T2 dx e´ constante, e temos uma segunda lei de R. conservac¸a˜ o, esta associada a conservac¸a˜ o do momento. Com um pouco mais de trabalho podemos obter uma terceira lei de conservac¸a˜ o, desta vez associada a energia. Multiplicando a equac¸a˜ o (2.1) por 3u2 obtemos 3u2 ut + 3u2 uxxx + 3u3 ux = 0.. (2.5). Agora, derivando a equac¸a˜ o (2.1) em relac¸a˜ o a x e em seguida multiplicando por 6ux , temos 6ux utx + 6ux uxxxx + 6u3x + 6ux uuxx = 0.. (2.6). Subtraindo (2.5) de (2.6) obtemos 6ux uxt + 6(ux )3 + 6uux uxx + 6ux uxxxx − 3u2 ut − 3u3 ux − 3u2 uxxx = 6ux uxt − 3u2 ut + −3u3 ux + (6ux uxxxx + 6uxx uxxx ) + (6uxx uxxx ) + 6(ux )3 + 12uux uxx + −3u2 uxxx − 6uux uxx = 0, ou ainda, 2. 3. ∂t 3(ux ) − u. .   3 4 2 2 + ∂x − u + 6ux uxxx − 6uxx + 6uux − 3u uxx = 0. 4. Esta u´ ltima equac¸a˜ o pode ser reescrita como     1 3 1 4 2 2 2 ∂t (ux ) − u = −∂x − u + 2ux uxxx − 2uxx + 2uux − u uxx . 3 4. (2.7). 1 Assim obtemos T3 = (ux )2 − u3 que e´ nova lei de conservac¸a˜ o para a equac¸a˜ o KdV. 3 E´ importante notar que sempre que tivermos uma express˜ao da forma ∂T ∂X + =0 ∂t ∂x e condic¸o˜ es de contorno apropriadas, Z no caso X → 0 quando x → ±∞, teremos uma lei de conservac¸a˜ o, que pode ser escrita T dx = A, onde A e´ uma constante. R. 25.

(125) Dado que em um problema f´ısico t´ıpico as leis de conservac¸a˜ o aplicadas s˜ao exatamente aquelas associadas a massa e energia, poder-se-ia pensar, a primeira vista, que as trˆes leis enunciadas acima esgotam as leis de conservac¸a˜ o da KdV. No entanto, com muito esforc¸o, Miura, Gardner e Kruskal em 1968, ver [15], encontraram mais oito leis de conservac¸a˜ o independentes, totalizando onze. Para surpresa de muitos, provou-se em seguida que a KdV possui um n´umero infinito de leis de conservac¸a˜ o, e que al´em disto, esta caracter´ıstica e´ compartilhada por um grande n´umero de equac¸o˜ es diferenciais (aquelas que recebem o nome de sistemas integr´aveis). Maiores detalhes ver [8]. Durante nosso trabalho faremos uso de duas lei de conservac¸a˜ o especiais. Por isso, destacaremos as mesmas e passaremos a denot´a-las como funcionais. Z 1 u2 dx M (u) = 2 R e 1 E(u) = 2. 2.2. Z  R.  1 3 (ux ) − u dx. 3 2. KdV Linear. Consideremos o problema de Cauchy envolvendo a equac¸a˜ o Korteweg-de Vries (KdV) linear, isto e´ ,  ∂t u(x, t) + ∂x3 u(x, t) = 0, (2.8) u(x, 0) = u0 (x). Aplicando formalmente a Transformada de Fourier em relac¸a˜ o a x neste sistema obtemos as relac¸o˜ es  ∂t u b(ξ, t) + (iξ)3 u b(ξ, t) = 0, u b(ξ, 0) = u b0 (ξ). 3. Multiplicando a equac¸a˜ o ∂t u b(ξ, t) + (iξ)3 u b(ξ, t) = 0 pelo fator integrante e(iξ) t , temos a equac¸a˜ o 3 3 ∂t u b(ξ, t)e(iξ) t + (iξ)3 e(iξ) t u b(ξ, t) = 0. Observando que . ∂t u b(ξ, t)e. (iξ)3 t. . 3. 3. = ∂t u b(ξ, t)e(iξ) t + (iξ)3 e(iξ) t u b(ξ, t), 26.

(126) obtemos a relac¸a˜ o   3 ∂t u b(ξ, t)e(iξ) t = 0. Integrando em relac¸a˜ o a vari´avel t, temos a igualdade 3. u bt (ξ, t)e(iξ) t = u b0 (ξ), ou seja, 3. 3. u bt (ξ, t) = e−(iξ) t u b0 (ξ) = eiξ t u b0 (ξ). Agora, aplicando a Transformada inversa de Fourier obtemos uma descric¸a˜ o para a soluc¸a˜ o do sistema (2.8) que e´ da forma 3. 3. u(x, t) = (eiξ t u b0 (ξ))∨ (x) = ((eiξ t )∨ ∗ u0 )(x).. (2.9). Denotaremos por W (t) o operador de L2 (R) em L2 (R) dado por W (t)u0 (x) := (St ∗ u0 )(x), onde 3. St (x) = (eiξ t )∨ (x). Temos ent˜ao u(x, t) = W (t)u0 (x) = (St ∗ u0 )(x). Al´em disso, temos que W (t)u0 e´ dado por Z. ∞. W (t)u0 (x) = c −∞. 3. u b0 (ξ)eiξ t eiξx dξ,. onde c e´ uma constante real.. 2.3. Estimativas Lineares. Nesta sec¸a˜ o demonstraremos algumas desigualdades fundamentais para a prova do teorema de boa colocac¸a˜ o local. Teorema 2.1 27.

(127) (i) Se u0 ∈ L2 (R) ent˜ao. ∂. W (t)u0 ∂x. ≤ c||u0 ||L2 (R) .. (2.10). 2 L∞ x Lt. (ii) Se g ∈ L1x L2t ent˜ao para qualquer T > 0. Z t ∂. 0 0 0. W (t − t )g(x, t )dt. ∂x. 2 L∞ T Lx. 0. ≤ c||g||L1x L2T .. Z. 2. ∞. Demonstrac¸a˜ o. Consideremos u0 ∈ L (R) e W (t)u0 (x) = c −∞. (2.11). 3. u b0 (ξ)eiξ t eiξx dξ.. Derivando W (t)u0 (x) com relac¸a˜ o a vari´avel x e fazendo a mudanc¸a de vari´avel ξ 3 = η, temos que. ∂x W (t)u0 (x) = = = =.  Z ∞  iξ 3 t iξx ∂x c u b0 (ξ)e e dξ −∞ Z ∞ 3 c u b0 (ξ)eiξ t iξeiξx dξ Z−∞ ∞ 1/3 c u b0 (η 1/3 )eiηt η 1/3 eiη x η −2/3 dη Z−∞ ∞ 1/3 c ei(tη+xη ) u b0 (η 1/3 )η −1/3 dη. −∞. 28.

(128) Usando agora a Identidade de Parseval (na vari´avel t), temos Z ∞ 2 |∂x W (t)u0 (x)|2 dt k∂x W (t)u0 kL2t = −∞

(129) 2 Z ∞

(130) Z ∞

(131)

(132) 1/3 i(tη+xη ) 1/3 −1/3

(133) dt

(134) c e u b (η )η dη = 0

(135)

(136) −∞ −∞

(137) 2 Z ∞

(138) Z ∞ h i

(139)

(140) 1/3 2 −1/3 ixη 1/3 itη

(141)

(142) dt = c η e u b (η ) e dη 0

(143)

(144) −∞ −∞ Z ∞

(145)

(146) 2

(147) −1/3 ixη1/3

(148) = c2 e u b0 (η 1/3 )

(149)

(150) η Z−∞

(151) 2 ∞

(152)

(153)

(154)

(155)

(156) −1/3

(157) 2

(158) ixη 1/3

(159) 2

(160) 1/3

(161) 2

(162) η u b0 (η )

(163) dη = c

(164) e −∞ Z ∞

(165)

(166) 2 2 b0 (η 1/3 )

(167) dη |η|−2/3

(168) u = c Z−∞ ∞

(169)

(170) 2

(171) ξ 3

(172) −2/3 |b = c u0 (ξ)|2 ξ 2 dξ Z−∞ ∞ 2 |b u0 (ξ)|2 dξ = c −∞. = c kub0 k2L2 (R) 2. = c2 ku0 k2L2 (R) . Logo,. ∂. W (t)u0 ∂x. 2 L∞ x Lt. n o = sup k∂x W (t)u0 kL2t x∈R. n o = sup c ku0 kL2 (R) x∈R. = c ku0 kL2 (R) . O que demonstra (2.10). Para a prova de (ii) inicialmente afirmamos que. Z t. ∂ 0 0 0. W (t − t )g(x, t )dt 2 ≤ c||g||L1x L2t . ∂x 0 Lx. (2.12). De fato, a desigualdade (2.12) e´ consequˆencia imediata de (2.10), das propriedades do grupo e da desigualdade que veremos a seguir. 29.

(173) Da isometria do grupo em L2 (R), e da comutatividade do grupo com relac¸a˜ o a derivada, temos as relac¸o˜ es Z ∞ Z ∞. ∂ ∂. 0 0 0 0 0 0. = W (t − t )g(x, t )dt W (t)W (−t )g(x, t )dt ∂x ∂x 2 2 −∞ −∞ Lx Lx. Z ∞. ∂ = W (−t0 )g(x, t0 )dt0 W (t) ∂x 2 −∞ Lx Z ∞. ∂. = W (−t0 )g(x, t0 )dt0 ∂x 2 −∞. Lx. ≤ c||g||L1x L2t , o que demonstra (2.12). A desigualdade (2.12) implica na seguinte estimativa Z t. ∂. 0 0 0. W (t − t )g(x, t )dt ≤ c||g||L1x L2t . ∂x 0 L∞ L2x T. O que completa a demonstrac¸a˜ o de (2.11).  Teorema 2.2 Estimativas Lineares: (i) Se u0 ∈ H˙ 1/4 (R) ent˜ao 1/4 D u0 2 . kW (t)u0 kL4x L∞ ≤ c L (R) t. (2.13). (ii) Se u0 ∈ L2 (R) ent˜ao. 1/4 Dx W (t)u0 4 ∞ ≤ c ku0 k 2 . L (R) L L t. x. (2.14). (iii) Seja s > 3/4. Ent˜ao para qualquer u0 ∈ H s (R) e qualquer ρ > 3/4 ||W (t)u0 ||L2x L∞ ≤ c(1 + T )ρ ||u0 ||H s (R) . T. (2.15). Demonstrac¸a˜ o. Este resultados s˜ao de extrema importˆancia para nossos resultados de boa colocac¸a˜ o local e global. O primeiro resultado e´ demonstrado em [5]. A prova do segundo e do terceiro resultado est´a em [6], lema 2.4 e corol´ario 2.9, respectivamente.  30.

(174) 2.4. O problema de Cauchy para a equac¸a˜ o KdV em espac¸os de Sobolev H s(R), com s > 3/4.. A seguir desenvolveremos uma das partes principais do nosso trabalho que e´ a boa colocac¸a˜ o local no tempo para o PVI  ut + uux + uxxx = 0 (2.16) u(x, 0) = u0 (x). Mais precisamente, provaremos o seguinte teorema: Teorema 2.3 Consideremos o PVI (2.16) e seja s > 3/4. Ent˜ao para cada u0 ∈ H s (R) existe T = T (||u0 ||H s (R) ) > 0 (com T (ρ) → ∞ para ρ → 0) e uma u´ nica soluc¸a˜ o u(t) de (2.16) satisfazendo u ∈ C([−T, T ] : H s (R)), ux ∈ L4 ([−T, T ] : L∞ (R)),. s ∂u Dx ∂x ∞ 2 < ∞,. (2.17) (2.18). kukL2x L∞ < ∞.. (2.20). (2.19). Lx LT T. Al´em disso, para qualquer T 0 ∈ (0, T ) existe uma vizinhanc¸a V de u0 em H s (R) tal que a func¸a˜ o u e0 → u e(t) de V sobre a classe definida por (2.17)-(2.20) com T 0 no lugar de T e´ Lipschitz. Antes de demonstrarmos o Teorema 2.3 faremos uma motivac¸a˜ o para o funcional utilizado na prova deste teorema. Aplicando a transformada de Fourier com respeito a vari´avel x no sistema (2.16), obtemos  [ ∂t u b(ξ, t) + (iξ)3 u b(ξ, t) + u∂ x u(ξ, t) = 0 . (2.21) u b(ξ, 0) = ub0 (ξ). 3. Multiplicando a primeira equac¸a˜ o de (2.21) pelo fator integrante e(iξ) t , obtemos 3 3 3 u bt e(iξ) t + (iξ)3 u be(iξ) t + e(iξ) t fb(t) = 0,. onde f (x, t) = u(x, t)∂x u(x, t) e´ uma constante. Observando que d 3 3 3 (b ue(iξ) t ) = u bt e(iξ) t + (iξ)3 u be(iξ) t , dt 31.

(175) obtemos a relac¸a˜ o d 3 3 (b ue(iξ) t ) = −fb(t)e(iξ) t . dt Integrando em relac¸a˜ o a vari´avel t, temos a igualdade Z t 3 0 (iξ)3 t fb(t0 )e(iξ) t dt0 , e u b(t) = ub0 − 0. ou ainda, −(iξ)3 t. −e. u b(t) = ub0 e. −(iξ)3 t. t. Z. 3 0 fb(t0 )e(iξ) t dt0 .. 0. Portanto, aplicando a transformac¸a˜ o inversa obtemos a equac¸a˜ o . −(iξ)3 t ∨. −(iξ)3 t. Z. t. 3 0 fb(t0 )e(iξ) t dt0. ∨. ) − e 0 Z t ∨ 3 0 3 eiξ (t−t ) fb(t0 ) dt0 . = (ub0 eiξ t )∨ −. u(t) = (ub0 e. 0.  3 0 ∨ 3 Sabemos que W (t)u0 = (eiξ t ub0 )∨ e eiξ (t−t ) fb(t0 ) = W (t − t0 )f (t0 ) = W (uux )(t0 ) , ent˜ao temos a identidade   Z t ∂u 0 W (t − t ) u u(t) = W (t)u0 − (t0 )dt0 . (2.22) ∂x 0 Isto e´ , se u satisfaz o sistema (2.16) ent˜ao u satisfaz a equac¸a˜ o integral (2.22). Demonstrac¸a˜ o do Teorema 2.3. Consideremos um intervalo [−T, T ] e uma func¸a˜ o w : R × [−T, T ] → R,. em H s (R).. Com o objetivo de simplificar as notac¸o˜ es considere as normas λT1 (w) := max ||w(t)||H s (R) , t∈[−T,T ]. λT2 (w) :=. Z. T. −T. 4 !1/4 ∂w. (·, t) dt , ∂x. ∞ 32. (2.23). (2.24).

(176) λT3 (w). Z T s ∂ . := Dx w = sup ∂x L∞ 2 x −T x L T.

(177)

(178) 2 !1/2

(179) s ∂

(180)

(181) Dx w(x, t)

(182) dt ,

(183) ∂x

(184). (2.25). , para ρ > 3/4, λT4 (w) := (1 + T )−ρ ||w||L2x L∞ T. (2.26). ΛT (w) := max λTj (w).. (2.27). j=1,...,4. Vamos considerar tamb´em o espac¸o m´etrico completo XT := {w ∈ C([−T, T ] : H s (R)); ΛT (w) < ∞},. (2.28). com a m´etrica d(w1 , w2 ) := ΛT (w1 − w2 ). Vale destacar que a escolha do conjunto de normas acima e do espac¸o m´etrico XT e´ a essˆencia da demonstrac¸a˜ o do teorema. Tais escolhas decorrem de v´arias tentativas e observac¸o˜ es na busca de estimativas da norma H s (R). Vejamos inicialmente que XT 6= Ø. Para tanto, obsevemos que se u0 ∈ H s (R) ent˜ao usando as propriedades do grupo e as desigualdades (2.10), (2.14) e (2.15) temos que λT1 (W (t)u0 ) = =. max ||W (t)u0 ||H s (R). t∈[−T,T ]. max ||u0 ||H s (R) = ||u0 ||H s (R) ,. t∈[−T,T ]. λT2 (W (t)u0 ) = = ≤ ≤. 4 !1/4 ∂W (t)u0. dt (·, t) ∂x. −T ∞. W (t) ∂u0 (·, t). 4 ∞ ∂x L L. T x. W (t) ∂u0 (·, t). 4 ∞ ∂x Lt Lx. 1/4 ∂u0 . c Dx ∂x 2 Z. T. L (R). ≤ c||u0 ||L2 (R) ≤ c||u0 ||H s (R) , 33.

(185) . ∂ s. W (t)u λT3 (W (t)u0 ) = D 0 ∞ 2 x ∂x L L. x T s ∂. ≤ Dx ∂x W (t)u0 ∞ 2 Lx Lt. c||Dxs u0 ||L2 (R). ≤ ≤ c||u0 ||L2 (R) ≤ c||u0 ||H s (R) e λT4 (W (t)u0 ) = (1 + T )−ρ ||W (t)u0 ||L2x L∞ T ≤ (1 + T )−ρ c(1 + T )ρ ||u0 ||H s (R) = c||u0 ||H s (R) . Assim, se u0 ∈ H s (R) ent˜ao para qualquer T > 0, W (t)u0 ∈ XT com ΛT (W (t)u0 ) = max λTj (W (t)u0 ) dependendo de ||u0 ||H s (R) mas n˜ao de T e portanto XT 6= Ø. j=1,...,4. Nosso principal objetivo agora ser´a mostrar que existe T = T (ku0 kH s (R) ) > 0 (dependendo de ||u0 ||H s (R) de uma maneira apropriada) e a = a(ku0 kH s (R) ) > 0 tal que se v ∈ XTa ent˜ao u = φ(v) ∈ XTa e φ : XTa → XTa e´ uma contrac¸a˜ o. Uma vez provado isto segue-se, do Teorema do Ponto Fixo de Banach, que existe um u´ nico u ∈ XTa tal que φu0 (u) = u, isto e´ ,   Z t ∂u 0 (t0 )dt0 . W (t − t ) u u(t) = W (t)u0 − ∂x 0 Para isto, denotemos por u = φ(v) = φu0 (v) a soluc¸a˜ o do PVI linear n˜ao-homogˆeneo  ∂t u + ∂x3 u + v∂x v = 0 u(x, 0) = u0 (x),. (2.29). onde u0 ∈ H s (R) e XTa := {w ∈ XT ; ΛT (w) ≤ a}. Agora considermos a equac¸a˜ o integral de PVI (2.29), ou seja,   Z t ∂v 0 (t0 )dt0 . u(t) = W (t)u0 − W (t − t ) v ∂x 0. (2.30). A seguir, estabeleceremos uma sequˆencia de Lemas, a qual fornece estimativas que ser˜ao utilizadas mais adiante. 34.

(186) Lema 2.1 .  s. ∂v ∂v Dx v. + v ≤ c(1 + T )ρ (ΛT (v))2 .. ∂x L2x L2 ∂x L2x L2 T. (2.31). T. Demonstrac¸a˜ o. Usando as definic¸o˜ es das normas e propriedades do supremo obtemos as seguintes desigualdades. ∂v v ∂x 2 2 Lx L. !1/2. ∂v 2 v dx ∂x 2 −∞ LT !1/2  

(187)

(188) 2 Z T Z ∞

(189)

(190) ∂v dxdt |v|2 sup

(191)

(192)

(193)

(194) ∂x x −T −∞ ! !1/2 

(195)

(196) 2 Z T  Z ∞

(197) ∂v

(198) 2 sup

(199)

(200)

(201)

(202) sup |v| dx dt ∂x x [0,T ] −∞ −T !1/2 Z  

(203)

(204) 2 !1/2 Z ∞ T

(205) ∂v

(206) |v|2 dx sup

(207)

(208)

(209)

(210) dt sup ∂x x [0,T ] −∞ −T !1/2 Z !1/2 2 T . ∂v sup ||v||2H s (R) dt [0,T ] −T ∂x L∞ (R) !1/2 Z T 2 ∂v sup ||v||H s (R) dt [0,T ] −T ∂x L∞ (R) !1/4 Z 1/4 Z T 4 T ∂v dt 1dt sup ||v||H s (R) [0,T ] −T ∂x L∞ (R) −T Z. =. T. ≤. ≤. =. ≤. =. ≤. ∞. = cT 1/4 λT2 (v)λT1 (v) ≤ c(1 + T )ρ (ΛT (v))2 . ∂v Agora, usando o Lema (1.3) com f = v, g = , α, p, q, p2 e q2 apresentado nos preliminares, ∂x deduzimos a seguinte desigualdade   s. Dx v ∂v . ∂x L2x L2. T. Z. T. ≤ c −T. !1/2 !1/2.

(211) 2 Z T Z ∞

(212) ∂v 2

(213)

(214) ∂v s 2 v

(215) vDxs

(216) dxdt +c . ∂x ∞ ||Dx v||L2 (R) dt

(217) ∂x

(218) −T −∞ L (R) 35.

(219) Como Z. T. −T.   ∂v 2 v. ∂x ∞ L. !2 1/2   2 ∂v . v. ||Dxs v||2L2 (R) dt sup ||Dxs v||L2 (R) dt ≤  ∂x ∞ [−T,T ] −T (R) L (R) !1/2  Z T  ∂v 2  s. v = sup ||Dx v||L2 (R) ∂x ∞ dt [−T,T ] −T L (R) !1/4 Z  4 1/4 Z T  T ∂v  s. v. ≤ sup ||Dx v||L2 (R) 1dt ∂x ∞ dt [−T,T ] −T −T L (R) !1/4  4 Z T .  ∂v v. ≤ cT 1/4 sup ||Dxs v||L2 (R) ∂x ∞ dt [−T,T ] −T L (R) 1/4 T T = cT λ2 (v)λ1 (v) . !1/2. Z. T. Z. T. e Z. T. −T. Z. ∞. −∞. !1/2

(220)

(221)

(222) s ∂v

(223) 2

(224) vDx

(225) dxdt =

(226) ∂x

(227). Z. ∞. −∞. −T. !1/2

(228)

(229)

(230) s ∂v

(231) 2

(232) vDx

(233) dtdx

(234) ∂x

(235). s ∂v . = vDx ∂x 2 2 L L x T s ∂v ≤ kvkL2x L∞ Dx T ∂x . 2 L∞ x LT. ρ. −ρ. ≤ (1 + T ) (1 + T ). s ∂v kvkL2x L∞ Dx T ∂x L∞ 2 x L. T. = (1 +. T )ρ λT4 (v)λT3 (v). obtemos as seguintes sequˆencias de desigualdades  . s ∂v Dx v. ≤ cT 1/4 λT2 (v)λT1 (v) + c(1 + T )ρ λT4 (v)λT3 (v). ∂x L2x L2 T. ≤ c(1 + T )ρ (ΛT (v))2 , o que completa a demonstrac¸a˜ o da desigualdade (2.31).  Lema 2.2 λT1 (u). Z. T. ≤ ||u0 ||H s (R) + −T. 36.   ∂v 0 0 v. ∂x s (t )dt . H (R). (2.32).

(236) Demonstrac¸a˜ o. Usando as propriedades do grupo e a equac¸a˜ o (2.30) segue que. λT1 (u) = = = = = ≤ ≤ =. max ||u||H s (R).   Z t. ∂v 0 0 0. max W (t − t ) v (t )dt W (t)u − 0 s t∈[−T,T ] ∂x 0 H (R).   Z t. ∂v 0 0 0. max W (t)u − W (t) W (−t ) v (t )dt 0 s t∈[−T,T ] ∂x 0 H (R).     Z t. ∂v (t0 )dt0 max W (−t0 ) v W (t) u0 − s. t∈[−T,T ] ∂x 0 H (R).   Z t. ∂v max u0 − W (−t0 ) v (t0 )dt0 . s t∈[−T,T ] ∂x 0 H (R) # ". Z t  . ∂v (t0 )dt0 max ||u0 ||H s (R) + W (−t0 ) v s − t∈[−T,T ] ∂x 0 H (R) # "  Z T  ∂v 0 0. v max ||u0 ||H s (R) + ∂x s (t )dt t∈[−T,T ] −T H (R)  Z T  ∂v 0 0 v. ||u0 ||H s (R) + ∂x s (t )dt , −T H (R) t∈[−T,T ]. o que completa a demonstrac¸a˜ o de ( 2.32). . Lema 2.3. " λT2 (u) ≤ c ||u0 ||H s (R) +. Z. T. −T. 37. #   ∂v 0 0 v. ∂x s (t )dt . H (R). (2.33).

(237) Demonstrac¸a˜ o. Usando as propriedades do grupo, a equac¸a˜ o (2.30) e a inequac¸a˜ o (2.14) obtemos as seguintes desigualdades. λT2 (u) = =. =. =. ≤ ≤ ≤ = ≤ ≤. !1/4 4. ∂u 0 (·, t) ∞ dt ∂x −T L (R) !1/4 4.     Z t Z T. ∂ ∂v 0. W (t − t0 ) v (t0 )dt0 (·, t) ∞ dt ∂x W (t)u0 − ∂x 0 −T L (R) !1/4 4    Z T  Z t ∂. ∂v. W (−t0 ) v dt0 (t0 )dt0 (·, t) ∂x W (t)u0 − W (t). ∂x −T 0 L∞ (R) !1/4 4     Z T Z t ∂. ∂v 0 W (t) u0 − W (−t0 ) v (t0 )dt0 (·, t) ∂x ∞ dt ∂x −T 0 L (R) !1/4.     Z T Z t 4 ∂. ∂v 0 W (t) u0 − W (−t0 ) v (t0 )dt0 (·, t) ∂x ∞ dt ∂x −T 0 L (R).   Z t. ∂v W (−t0 ) v (t0 )dt0 c 2 u0 − ∂x 0 L (R).   Z t. ∂v W (−t0 ) v c (t0 )dt0 u0 − s ∂x 0 H (R).   Z t. ∂v W (−t0 ) v (t0 )dt0 c s u0 − ∂x 0 H (R) " # Z t.  . ∂v 0 0 0 c ||u0 ||H s (R) + W (−t ) v (t )dt − s ∂x 0 H (R) # "  Z T  ∂v 0 0. v c ||u0 ||H s (R) + ∂x s (t )dt . −T H (R) Z. T.  Lema 2.4 " λT3 (u) ≤ c ||u0 ||H s (R) +. Z. T. −T. 38. #   ∂v 0 0 v. ∂x s (t )dt . H (R). (2.34).

(238) Demonstrac¸a˜ o. Usando as propriedades do grupo e a desigualdade (2.10) temos que. ∂ s. λT3 (u) = D u x ∂x ∞ 2 L L.    x T  Z t s ∂. ∂v 0 0 0 . = Dx W (t − t ) v W (t)u0 − (t )dt ∂x ∂x 2 0 L∞ x LT.     Z t. s ∂ ∂v W (−t0 ) v (t0 )dt0 = ∞ 2 Dx ∂x W (t)u0 − W (t) ∂x 0 L L.  x T     Z t s ∂. ∂v = W (−t0 ) v (t0 )dt0 Dx ∂x W (t) u0 − ∞ 2 ∂x 0 Lx LT     Z t s. ∂v 0 0 0 ≤ D W (−t ) v u − (t )dt 0 x. 2 ∂x 0 L (R).   Z t. ∂v (t0 )dt0 ≤ c W (−t0 ) v s u0 − ∂x 0 H (R).   Z t. ∂v (t0 )dt0 = c W (−t0 ) v s u0 − ∂x 0 H (R) " # Z t.  . ∂v ≤ c ||u0 ||H s (R) + W (−t0 ) v (t0 )dt0 − s ∂x 0 H (R) # "  Z T  ∂v 0 0. v ≤ c ||u0 ||H s (R) + ∂x s (t )dt . −T H (R). . Lema 2.5. " λT4 (u) ≤ c ||u0 ||H s (R) +. Z. T. −T. 39. #   ∂v 0 0 v. ∂x s (t )dt . H (R). (2.35).

(239) Demonstrac¸a˜ o. Usando as propriedades do grupo e a desigualdade (2.15) temos que. λT4 (u) = (1 + T )−ρ ||u||L2x L∞ T.   Z t. ∂v 0 −ρ 0 0 W (t − t ) v = (1 + T ) W (t)u0 − (t )dt ∂x 0 L2x L∞. T   Z t. ∂v = (1 + T )−ρ W (−t0 ) v (t0 )dt0 W (t)u0 − W (t) 2 ∞ ∂x 0 Lx LT.     Z t. ∂v 0 0 0 = (1 + T )−ρ W (t) u − W (−t ) v (t )dt 0. 2 ∞ ∂x 0 Lx LT.   Z t. ∂v −ρ ρ 0 0 0 ≤ (1 + T ) c(1 + T ) u0 − W (−t ) v (t )dt ∂x 0 H s (R).   Z t. ∂v 0 0 0 (t )dt = c u − W (−t ) v 0 s. ∂x 0 H (R) # ". Z t  . ∂v (t0 )dt0 ≤ c ||u0 ||H s (R) + W (−t0 ) v s − ∂x 0 H (R) " #  Z T  ∂v 0 0. v ≤ c ||u0 ||H s (R) + ∂x s (t )dt . −T H (R) " #. Z t  . ∂v 0 0 0 ≤ (1 + T )−ρ kW (t)u0 kL2x L∞ + W (t − t ) v ∂x (t )dt 2 ∞ T 0 Lx L Z t  T . ∂v 0 0 0 (t )dt = (1 + T )−ρ kW (t)u0 kL2x L∞ + (1 + T )−ρ W (t − t ) v. 2 ∞ T ∂x 0 Lx L T.  40.

Referências

Documentos relacionados

da quem praticasse tais assaltos às igrejas e mosteiros ou outros bens da Igreja, 29 medida que foi igualmente ineficaz, como decorre das deliberações tomadas por D. João I, quan-

Para preparar a pimenta branca, as espigas são colhidas quando os frutos apresentam a coloração amarelada ou vermelha. As espigas são colocadas em sacos de plástico trançado sem

nesta nossa modesta obra O sonho e os sonhos analisa- mos o sono e sua importância para o corpo e sobretudo para a alma que, nas horas de repouso da matéria, liberta-se parcialmente

No entanto, maiores lucros com publicidade e um crescimento no uso da plataforma em smartphones e tablets não serão suficientes para o mercado se a maior rede social do mundo

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

esta espécie foi encontrada em borda de mata ciliar, savana graminosa, savana parque e área de transição mata ciliar e savana.. Observações: Esta espécie ocorre

3.3 o Município tem caminhão da coleta seletiva, sendo orientado a providenciar a contratação direta da associação para o recolhimento dos resíduos recicláveis,

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam