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Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade de São José da Tapera - Alagoas (1960-1995)

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO / SEDE CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA. Maria Érica Vieira Nobre. Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera/Alagoas (1960-1995).. Delmiro Gouveia – AL 2019.

(2) MARIA ÉRICA VIEIRA NOBRE. Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera/Alagoas (1960-1995).. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de História da. Universidade. Federal. de. Alagoas/Campus do Sertão, sob a forma a Artigo Científico, como requisito obrigatório para obtenção de. grau. de. Graduada. em. Licenciatura em História. Orientadora:. Profº.. Ma.. Angélica Bezerra Gomes. Delmiro Gouveia – AL 2019. Sara.

(3) Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca do Campus Sertão Sede Delmiro Gouveia Bibliotecária responsável: Renata Oliveira de Souza – CRB-4/2209 N754d. Nobre, Maria Érica Vieira Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera – Alagoas (1960-1995) / Maria Érica Vieira Nobre. – 2019. 49 f. : il. Orientação: Profa. Ma. Sara Angélica Bezerra Gomes. Monografia (Licenciatura em História) – Universidade Federal de Alagoas. Curso de História. Delmiro Gouveia, 2019. 1. História - Brasil. 2. História – Alagoas. 3. São José da Tapera -. Alagoas. 4. História social. 5. História oral. 6. Parto domiciliar. 7. Lima, Joana Maria de. I. Título. CDU: 981(813.5):614.253.5.

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(5) RESUMO: É notável que antes da existência de hospitais públicos ou privados com maternidades nas várias cidades do estado de Alagoas, os trabalhos de parto eram realizados pelas parteiras. Na cidade de São José da Tapera, isso não foi diferente, pois, antes da criação do hospital Unidade Mista Ênio Ricardo Gomes em 30 de dezembro de 1974, muitos partos foram realizados pela parteira Joana Maria de Lima, na década de 1960. Esse tipo de trabalho de parto domiciliar realizado por essa parteira, entretanto, aos poucos foi sendo deixado de lado no final do século XX, quando houve uma reviravolta nas políticas públicas de saúde que passaram a regularizar os trabalhos de partos nos hospitais. Esse trabalho, portanto, buscou analisar como se dava os trabalhos de parto domiciliar em São José da Tapera/Alagoas, e como esses trabalhos deixaram de existir. Para isso, fizemos uso de algumas discussões da história social inglesa, bem como de algumas discussões sobre o uso da biografia na pesquisa histórica. Também fizemos uso de algumas discussões sobre o uso da fonte oral e da memória na pesquisa histórica, pois utilizamos algumas fontes orais nesse trabalho. Palavras-Chaves: Joana Maria de Lima; Parteira; Partos; Hospitais.. SUMMARY: it is noteworthy that before the existence of public or private hospitals with maternity wards in various cities in the State of Alagoas, the labors were performed by midwives. In the city of São José da Tapera this was no different, because, before the creation of the hospital mixed unit Ernie Ricardo Gomes on 30 December 1974, the births were performed by the midwife Joan Maria de Lima, in the Decade of 1960. This type of work of home childbirth performed by this midwife, however, gradually being left out at the end of the 20th century, When there was a turnaround in public health policies that regulate the work of births in hospitals. This work, therefore, sought to analyze how was the work of delivery/home in São José da Tapera/Alagoas, and how these jobs no longer exist. For this, we made use of some discussions of English social history, as well as some discussion about the use of Biography in historical research. We also made use of some discussions on the use of oral and source memory in historical research, because we use some oral sources in this work. Keywords: Joana Maria de Lima; Midwife; Deliveries; Hospitals..

(6) INTRODUÇÃO. O presente trabalho partiu da necessidade de conhecer a história de uma mulher, a parteira Joana Maria de Lima, que contribuiu para a construção da cidade de São José da Tapera, localizada no Sertão do estado de Alagoas. A princípio, não existe na literatura científica algo que trate da história da parteira Joana Maria de Lima, por isso decidi estudar a trajetória dessa mulher, para buscar informações a respeito da sua vida. É de suma importância para a história demonstrar as contribuições que certas pessoas realizaram durante suas vidas. As biografias de algumas pessoas tornam-se importantes para a sociedade nas quais pertencem, pois ajudam a pensar muitas questões sobre o contexto social, político, cultural e econômico de determinado tempo e lugar. O fato pelo qual busquei conhecer a história da parteira Joana Maria de Lima, partiu da necessidade de apresentar a importância dessa mulher para a cidade de São José da Tapera/Alagoas, pois seus trabalhos de parto domiciliares contribuíram para o nascimento de muitas crianças, assim como para pensar como se deu a própria construção dessa cidade e de políticas públicas voltadas para a saúde no Brasil. Assim, nesse artigo utilizamos alguns trabalhos que tratam da história do parto no Brasil, para realizarmos uma análise sobre como se deu o trabalho de parto na cidade de São José da Tapera/Alagoas até a construção do hospital Unidade Mista Ênio Ricardo Gomes. Desse modo, escolhemos analisar o período de 1960, quando tem maior destaque os trabalhos de parto domicilia realizados pela parteira Joana Maria de Lima, na cidade de São José da Tapera, até o ano de 1995, quando começa a funcionar as atividades do hospital Unidade Mista Ênio Ricardo Gomes nessa cidade, as quais causaram mudanças nos trabalhos de parto.. As parteiras construíram ao longo do tempo o seu próprio espaço e inseriram na cultura de nosso país a arte de partejar, que na visão de Barroso: 5.

(7) “estas mulheres criam e recriam espaço culturalmente construído através dos tempos, e, para conhecer e desvelar o contexto no qual se desenvolvem essas experiências, a história oral se apresenta como uma valiosa ferramenta metodológica. Barroso (2009, p. 3)”.. Assim, a fonte oral foi de grande importância para esse trabalho, uma vez que trouxe informações relevantes para pensar o tema. As fontes orais não foram simples relatos dos fatos, mas foram uma forma de conhecer questões relacionadas a vida da parteira Joana Maria de Lima, as quais não foram ou foram pouco documentadas em documentos escritos. A história oral torna possível retratar temas que demostram o comportamento de um sujeito em um determinado processo histórico. Ela produz histórias de um tempo e a sua utilização como fonte de pesquisa tornando-se importante para a história. A memória, por sua vez, também foi um fator importante para o desenvolvimento desse trabalho que estuda a história, a biografia de uma pessoa como a parteira Joana Maria de Lima. A partir da memória sobre essa parteira, conseguida por meio dos relatos das fontes orais, conseguimos perceber em qual período os trabalhos de parto domiciliar realizados por Joana Maria de Lima foram mais requisitados pelas mulheres da cidade de São José da Tapera, assim como conseguimos perceber a formação de costumes, de uma prática cultural nessa cidade, construída devido ao trabalho dessa parteira No entendimento de Luvizotto “A tradição coordena a ação que organiza temporal e espacialmente as relações dentro da comunidade e é um elemento intrínseco e inseparável da mesma” (2010, p. 65). Uma prática cultural, portanto, é algo repetitivo e deve estar ligado a sociedade, e exerce uma forte influência no futuro e consequentemente nas ações humanas. E, ainda segundo Luvizotto, “tradição social é algo dinâmico e não está extasiado no tempo, servindo como uma orientação do nosso passado e que serve para a organização no tempo futuro”. (2010, p.65). Compreende-se, portanto, que uma prática cultural move uma ação organizacional no tempo e. 6.

(8) espaço diante da comunidade, tornando algo inseparável da história dessa comunidade. Na interpretação do historiador da história social inglesa: “O próprio costume é a interface, pois podemos considera-la como práxis e igualmente como lei” E. P. Thompsom (1998, p. 90). Assim, seguindo a linha de interpretação de Thompsom, o costume na maioria das vezes não vai de encontro com teoria, e sim torna-se algo homogêneo. “A tradição sobrevive de citações que podem ser sônicas e/ou visuais e que consistem em traços de referências de elementos que transportam para o passado”. Luvizotto (2010, p. 65). Assim, o presente trabalho tem como finalidade, além de abordar a trajetória da parteira Joana Maria de Lima e como se configurou o trabalho de parto na cidade de São José da Tapera/Alagoas, tratar também como o trabalho dessa parteira contribuiu para a formação de uma prática cultural nessa cidade. Portanto, para esse estudo optou-se por realizar entrevistas com pessoas que conheceram a parteira Joana Maria de Lima, que foram: Maria Lima Santos, 67 anos, professora, aposentada, Aranildo de Vasconcelos Elisiário, 54 anos, ex seminarista, policial aposentado da reserva militar e Maria Pastora de Jesus, 72 anos, empresária. A partir da análise dessas entrevistas e da análise de textos que abordam a questão do trabalho de parto no Brasil, do uso metodológico da fonte oral, da biografia, da memória e da prática cultural, esse artigo foi organizado da seguinte forma: No primeiro momento discutimos o trabalho de parto na cidade de São José da Tapera/alagoas: uma necessidade ou uma prática? Mais adiante abordamos o trabalho da parteira Joana Maria de Lima na cidade de São José da tapera/ alagoas, no período de 1960; em seguida se fez necessário entrelaçar conteúdos que dão sustentação a ideia do artigo, por exemplo: os partos e consequentemente as mudanças no trabalho de parto na cidade de São José da Tapera/alagoas, no período de 1995 e por fim as considerações finais.. 7.

(9) O TRABALHO DE PARTO NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DA TAPERA/ALAGOAS: UMA NECESSIDADE OU UMA PRÁTICA?. Durante o século XX, o parto também entendido aqui como o parto domiciliar, era uma prática bastante comum na zona rural e urbana da cidade de São José da Tapera/Alagoas, e parecia ser valorizada pelas mulheres, pois era uma prática que não tinham intervenção cirúrgica. Mas, conforme Carvalho (1994, p.04) pouco a pouco essa prática foi sendo deixada de lado pelas mulheres. No final do século XX, diante do processo de modernização da medicina, da criação de hospitais e unidades básicas de atendimento às gestantes, percebeu-se que a demanda de partos na cidade de São José da Tapera começou a diminuir, e com isso o trabalho das parteiras foi sendo colocado apenas como uma opção, principalmente o trabalho da parteira Joana Maria de Lima, o qual perdeu espaço nessa cidade. Os partos nessa cidade ocorreu de maneira natural por anos, ou seja, em casa e sem intervenção cirúrgica. Na década de 1960, por exemplo, já que não existia hospital na cidade de São José da Tapera e/ou assistência pública aos partos, além disso boa parte das mulheres não tinham condições financeiras para se deslocar até a capital de Alagoas, Maceió, ou para cidades próximas nas quais existiam hospitais para receber o atendimento necessário durante o trabalho de parto, é o que se propõe analisar de acordo com as entrevistas. O parto, desse modo, se dava devido as várias necessidades na qual se encontrava as mulheres grávidas. Mas ao longo do tempo, o parto foi deixado de lado, diante das mudanças no campo da medicina e aberturas de hospitais públicos na cidade de São José da Tapera. Mas, o trabalho das parteiras foi de grande importância para a cidade de São José da Tapera até o final do século XX. De acordo com a entrevista realizada com Maria Lima Santos, professora aposentada, residente na cidade de São José da Tapera, ocorrida em 06 de Fevereiro de 2019 “a parteira tinha. 8.

(10) preferência para atender nas regiões onde se tinha pessoas carentes da falta de atendimento médico”.1 Em relação a escolha pelo parto, segundo Maria Lima Santos: “se dava pelo fato das pessoas não terem condições suficientes para se descolar até a cidade para se ter o adequando acompanhamento da gravidez, quando se tinha dificuldades no nascimento, ou seja, a gravidez era de risco, a parteira orientava a mulher ir até a cidade de Pão de Açúcar-AL para se ter atendimento médico.”2. Nota-se que com a assiduidade dos partos, essa prática tornou-se também cultural na cidade de São José da Tapera, é possível identificar várias nuances em relação ao conceito de cultura. a) histórico – uma herança social, ou tradição, que é passada para. futuras gerações; b) comportamental – comportamentos humanos aprendidos que formam um estilo de vida; c) normativo – ideais, valores ou regras para se viver; d) funcional – maneira como os humanos resolvem seus problemas de adaptação ao ambiente ou para viverem juntos; e) mental – complexo de ideias, ou hábitos aprendidos, que inibem os impulsos e distingue as pessoas dos animais; f) simbólico – significados arbitrariamente definidos que são compartilhados por uma sociedade (MOREIRA, 2013, p. 15).. De acordo com a citação, verifica-se as inúmeras perceptivas do termo cultura, que juntas engloba conjuntos e padrões que são compartilhados entre as pessoas de geração em geração. Portanto, atenta-se que cultura é um tipo de costume que já está inserido na sociedade, e a partir do momento em que nascemos vamos aprendendo. Devido a isso os costumes são mantidos e reforçados pelos próprios conjuntos sociais. O costume é tão interligado com a vida humana que segundo Thompson: “O costume é local, lex loci, e pode eximir uma localidade do império do direito consuetudinário, como acontece, por exemplo, como o Boroug-Englihs, que permite que o filho mais moço tenha direito a herança. Não é alegado em relação à pessoa, mas em relação ao domínio senhorial (1998, p. 86).. 1 SANTOS, 2 Op.. Maria Lima. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre.. cit.. 9.

(11) Permite-se observar diante da reflexão de Thompson, que o costume é inseparável das práticas culturais humanas e reflete diretamente na vida das pessoas, que não deixa de seguir um determinado costumes no qual foram repassados de geração em geração, como veremos a seguir ao abordarmos a trajetória da parteira Joana Maria de Lima.. O trabalho da parteira Joana Maria de Lima na cidade de São José da Tapera/ Alagoas, no período de 1960.. FOTO 1 - Joana Maria de Lima, o Cordão Umbilical Entre a Vida e. o. Mundo.. Disponível. em. http://vidasanonimas.tnh1.com.br/author/gloria-damasceno/page/4/. Acessado em 25/01/2019.3. Através das entrevistas elaboradas para este trabalho é possível notar que Joana Maria de Lima exerceu um importante papel social para a comunidade de São José da Tapera, durante a década de 1960. Essa parteira ganhou notoriedade nessa cidade porque segundo a entrevistada: Maria Lima Santos “ela buscava ajudar os mais necessitados, os quais na maioria das vezes se. 3. DAMASCENO, Gabriela. Joana Maria de Lima, o Cordão Umbilical Entre a Vida e o Mundo. 2015. 1 Fotografia. 2592 × 1456.. 10.

(12) encontravam em condições precárias e sem condições financeiras de se deslocarem para uma cidade em que existisse hospital.”4. Historicamente, as parteiras são conhecidas como pessoas que possuem um saber empírico, milenar, geralmente passado entre gerações, que assistem domiciliarmente as mulheres durante a gestação, parto e puerpério, prestando também os primeiros cuidados aos recém-nascidos. A formação de grande parte das parteiras é realizada na prática, resultado da falta de assistência às mulheres, da vontade de ajudar, da curiosidade e da necessidade de trabalhar. Estas mulheres. transcendem. a. realização. de. partos,. tornando-se. conselheiras, conciliadoras, que contribuem para a sobrevivência de suas comunidades (GUERRA; et al, 2003, p. 5215) .5. Assim fazia a parteira Joana Maria de Lima, conhecida também como Dona Joaninha pelos taperenses. Ela, visivelmente ajudava muito as mulheres nos trabalhos de parto da cidade de São José da Tapera. Entretanto, não nasceu nessa cidade, mas na cidade de Custódia/ Pernambuco, nascida em 03 de Agosto 1925, sua vinda para São José da Tapera - AL, ocorreu em 1960, pois buscava obter melhor condições de vida para ela e sua família.6 Porém o que recebia em relação aos partos que eram feitos por ela, era consideravelmente pouco. “A remuneração da parteira Joana Maria de Lima se dava através de alimentos, roupas e calçados das pessoas que ela fazia o parto, pois, as mulheres que ela atendia não possuíam muitos recursos econômicos. Mãe de quatro filhos, casou-se com José Cardoso de Lima, mas chegou na cidade sem o esposo, pois faleceu antes de se mudarem para São José da Tapera, sertão alagoano”.7 Considerada muito religiosa pelos entrevistados Maria Lima Santos, 67 anos, professora, aposentada, Aranildo de Vasconcelos Elisiário, 54 anos, ex 4. SANTOS, Maria Lima. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre. A importância do cuidado prestado às mulheres pelas parteiras tradicionais durante o parto domiciliar. Recife: Rev enferm UFPE on line. 7(8):5214-9, 2003 – ISSN SSN: 1981-8963. 6 ELISIÁRIO, Aranildo de Vasconcelos, ex seminarista, aposentado da reserva militar. Questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre. 7 Givaldo Bezerra de Oliveira, Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. 5. 11.

(13) seminarista, policial aposentado da reserva militar e Maria Pastora de Jesus, 72 anos, empresária. Joana Maria de Lima fez uma promessa para Nossa Senhora do Bom Parto. 8Dessa promessa, surgiu a construção da capela em homenagem a Nossa Senhora do Bom Parto na cidade de São José da Tapera. Esta promessa surgiu em decorrência de um parto difícil que Joana Maria de Lima teve de fazer. Nesse parto a criança estava “atravessada” 9 Termo utilizado para explicar que a criança não estava em posição normal para nascer. Após esse parto e com a construção da capela Nossa Senhora do Bom Parto, teve início os novenários em ação de graças a promessa realizada por Joana Maria de Lima. As novenas eram realizadas nas datas dos festejos de Nossa Senhora do Bom Parto, e nessa novenas Joana Maria de Lima conseguia arrecadar comidas e roupas, e com o passar do tempo criou-se uma data no calendário municipal de São José da Tapera para que se pudesse comemorar a novena de “Dona Joaninha”, na qual ocorriam nos dias 16; 17 e 18 de Dezembro, na Rua Padre Soares Pinto, no Bairro Cambão.10. Nessas novenas reuniam-se muita gente e acontecia a missa em ação de graças. Após essas novenas havia bandas de forró que eram cedidas pela prefeitura da cidade, e também aconteciam leilões de animais também. Toda a renda arrecadada nesses leilões eram doados para a sua capela Nossa Senhora do Bom Parto, a qual contribuiu para a formação da cidade de São José da Tapera/Alagoas, pois essa cidade pertenceu até ano de 195611 a cidade de Pão de Açúcar/Alagoas.12 De acordo com a entrevista que a mim foi concedida por Maria Lima Santos, a parteira Joana Maria da Lima, “Dona Joaninha Residia na zona rural da Cidade de São José da Tapera”,. 13porém,. não se sabe ao certo o motivo de sua vinda. 8. SANTOS, Maria Lima. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre. Cit. 10 ELISIÁRIO, Aranildo de Vasconcelos, ex seminarista, aposentado da reserva militar. Questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre. 11 Histórico de São José da Tapera-AL, disponível em < http://www.cultura.al.gov.br/municipios/historico-dos-municipios/historico-do-municipio-de-saojose-da-tapera >. 12 Op. Cit.. 13 Op. Cit. 9 Op.. 12.

(14) para a zona urbana dessa cidade. De acordo com o que foi relatado em entrevistas para esse trabalho, essa parteira veio para a zona urbana de São José da Tapera porque “seu esposo bebia muito e a causa de sua morte se deu em decorrência do alcoolismo.14. Os trabalhos de partos Muitos dos trabalhos de parto, mais conhecido como parto domiciliar, eram realizados pela parteira Joana Maria de Lima em São José da Tapera. As mulheres que optavam por esse trabalho a chamavam para ir até a suas casas, onde eram feitos os partos. Segundo Maria Pastora de Jesus: “Essa parteira se deslocava a cavalo ou em carroça de burro, não tendo horários específico, e assim que as mulheres entravam em trabalho de parto ela já se prontificava a ir não importando a hora”.15 Perguntado sobre a quantidade de partos efetuados pela parteira Joana Maria de Lima, os entrevistados: Maria Lima Santos, 67 anos, professora, aposentada, Aranildo de Vasconcelos Elisiário, 54 anos, ex seminarista, policial aposentado da reserva militar e Maria Pastora de Jesus, 72 anos, empresária, não tinham uma noção do quantitativo que ela fez, tendo somente lembranças de alguns partos. Portanto, não se tem o quantitativo exato de partos realizados por Joana Maria de Lima, independentemente de serem efetuados na zona urbana ou rural, entrelaçando temas importantes que sustentam a ideia do artigo, como por exemplo O parto domiciliar tanto em zona rural ou em áreas urbanas como já foi informado anteriormente, acontecia de maneira naturalmente, as pessoas já tinham o costume do parto domiciliar, pois a falta de hospitais e consequentemente a falta do acompanhamento médico fazia com o que essa prática se torna-se algo essencial para a cidade e regiões próximas. Subentende-se que as mulheres que não podiam se deslocar para cidades longe, consequentemente procurava a parteira Dona Joaninha para que pudesse fazer o parto domiciliar e se tinha também o devido acompanhamento por ela. 14 15. SANTOS, Maria Lima. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre. JESUS, Maria Pastora. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre.. 13.

(15) Entretanto, segundo uma entrevistada: “quando o parto era difícil a parteira sugeria que fosse até a cidade de Pão de Açúcar,-Alagoas, para que pudesse ter o acompanhamento médico e fizesse o parto com segurança, tanto para a mãe como também para a criança”.16 Entende-se que a parteira Joana Maria de Lima parecia saber de suas limitações e não colocaria a vida das mulheres e nem das crianças em risco. E com a construção do hospital público da Unidade Mista Ênio Ricardo Gomes, na cidade de São José da Tapera, no qual foi construído em 1974, subentende que os partos domiciliares diminuíram. Além disso, com o passar do tempo, foram surgindo complicações de saúde para a parteira Joana Maria de Lima, e como foi dito em entrevista com Maria Pastora de Jesus17, Dona Joaninha veio a ter Diabetes o que levaria mais tarde a alguns problemas mais graves de saúde e que impossibilitaria de fazer seus trabalhos como parteira. 18 Uma das consequências da diabetes foi a amputação de uma das suas pernas, ficando de cadeiras de rodas, sendo esse uns dos motivos de não poder mais fazer partos domiciliares. Segundo Aranildo de Vasconcelos Elisiário, Dona Joaninha chegou a falecer com 91 anos de idade, em 3 de novembro de 2015, em decorrência de sua diabetes e também pela sua idade avançada, seus trabalhos como parteira foram sessados com 70 anos de idade.. 19A. capela na qual fundou, encontra-se. um acervo com fotos dela, objetos pessoais entre outras memórias. A capela de Nossa Senhora do Bom Parto tornou-se ponto histórico importante da cidade de São José da Tapera, ficando conhecida também como Memorial de Dona Joaninha, na qual foi criada em 1960. E em meados de 2017, a população taperense se reuniu e decidiu fazer a reforma dessa capela. Através de doações em dinheiro e materiais de construção, conseguiram a ampliação de seu espaço e construir um primeiro andar, e alguns pedreiros se dispuseram a trabalharem voluntariamente.20. 16 SANTOS, 17 JESUS,. Maria Lima. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre. Maria Pastora de. Entrevista concedida a Maria Érica Vieira Nobre. 18. Op. Cit.. ELISIÁRIO, Aranildo, questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre 20 Op. Cit.. 19. 14.

(16) AS MUDANÇAS NO TRABALHO DE PARTO NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DA TAPERA/ALAGOAS, NO PERÍODO DE 1995. O desenvolvimento da medicina e a prática do parto hospitalar Para entender as mudanças no trabalho de parto na cidade de São José da Tapera/Alagoas, torna-se importante analisar as modificações que ocorreram no decorrer do tempo em se tratando de modernização da medicina, criação de hospitais públicos, entre outros motivos que contribuíram para a diminuição dos partos nessa cidade. Cecagno e Almeida explicam que: “as mudanças pelas quais a maternidade vem passando desde meados do século XX contribuíram para a difusão de novos padrões de comportamento e consumo, como, por exemplo, avanço dos métodos contraceptivos e mais recentemente aos conceptivos, que proporcionaram a livre escolha pela realização da maternidade com mais segurança”(2004, p. 410).. Observa-se com os avanços da medicina, que as mulheres passaram também a ter a escolha de engravidar ou não, trazendo consigo o planejamento familiar. Essa ideologia vai de encontro com a antiga ideia de que caberia a mulher seus direitos e deveres quanto a criação de seus filhos, limitando-a somente a maternidade como uma função social primordial. De acordo com Cegano e Almeida (2004, p 410) as mulheres da década de 1990 tiveram consideráveis desafios diante da sociedade, interferindo de forma direta em suas vidas “as mudanças nos padrões de maternidade tiveram como essência às contradições do processo de industrialização e o ingresso das mulheres no mercado de trabalho, marcado por significativas desigualdades sociais, culturais e sexuais”. (2004, p. 410).. Na década de 1990, acontecia no Brasil o avanço tecnológico em todas as áreas de trabalho, na área da saúde não seria diferente, conforme Cecagno e Almeida:. 15.

(17) [...]o avanço tecnológico chegou em meados do século XX e atingiu especialmente as principais capitais do país, privando o interior por vários anos. Associado a esse fator tem-se a instalação dos hospitais em poucas cidades, apenas nas de maior porte. Isso dificultava a assistência à maternidade por profissionais médicos, o que dava lugar ao papel das parteiras. (2004, p. 410).. As discussões de Cecagno e Almeida ressaltam ainda mais o que foi exposto anteriormente, em relação a diminuição dos partos domiciliares com a chegada de hospitais públicos em cidades de pequeno porte, onde se tinha pouca assistência para com as mulheres grávidas (2004, p.405). Junto a modernização da medicina acontecia também a institucionalização do parto, o qual de acordo com Nagahama e Santiago: A proteção da saúde materno-infantil tornou-se alvo de políticas governamentais que foram consolidadas nos programas de governo na década de 1920 com a reforma sanitária de Carlos Chagas, seguida de numerosas modificações em nível ministerial e, consequentemente, no planejamento e na organização da assistência materno-infantil. (2005, p.652 apud Tyrrell & Carvalho, 1995).. O estado passou a ter autonomia sobre os programas que dariam assistência as mulheres grávidas, programas esses que foram renomeados e modificados com frequência para atender as gestantes. Os programas visavam integrar os planos e as atividades de proteção à maternidade, à infância e à adolescência, públicos e privados, com os programas de saúde pública em geral. Segundo Nagahama e Santiago (2005, p. 652). Já no ano de 1953, por exemplo, foi criado o Ministério da Saúde que coordenou, em nível nacional, a assistência materno-infantil, com o objetivo de defender a criança e seus direitos e deveres perante a sociedade. Com a modernização da medicina e com as mudanças voltadas para as políticas públicas de saúde em 1950 no Brasil, o parto na cidade de São José da Tapera, no final da década de 1990, deixou de ser requisitado, pois as parteiras perderam a credibilidade diante das gestantes. Com a institucionalização, modernização da medicina e criações de hospitais públicos em cidades de pequeno porte, a exemplo da cidade de São 16.

(18) José da Tapera/Alagoas, o ofício das parteiras ficou quase que extintos nesta década. A medicina vai tomando a frente do gerenciamento da saúde feminina e da reprodução. Aos poucos, vão surgindo as especializações e as práticas relativas ao manejo do corpo feminino. No final do século XIX, surgem, no RJ, as primeiras maternidades. As parteiras diplomadas são convidadas a trabalhar sob o controle absoluto dos médicos. Acker JIBV, Annoni F, Carreno I, Hahn GV. (2006, p 649).. Portanto, percebe-se que diante da criação ou ampliação de hospitais públicos com maternidades no Brasil, no final do século XX, o trabalho das parteiras. foram. diminuindo. progressivamente,. e. com. a. criação. da. institucionalização do parto, a mulher por sua vez deixa de ser o sujeito e se torna o objeto, pois de acordo com Acker JIBV, Annoni F, Carreno I, Hahn GV “o nascimento de um novo ser torna-se um processo desumano, artificial e complexo, pois ocorre distante do ambiente familiar”. (2006, p 649). Nota-se que após o processo de estabelecimento de hospital público com maternidades em São José da Tapera, tem-se uma outra visão do parto domiciliar, pois, o parto domiciliar deixa de ser algo rotineiro e que com o passar do tempo vai se tornando algo escasso.. O fim do parto domiciliar no município de São José da Tapera/Alagoas Em consequência das inúmeras mudanças ocorridas no final do século XX, os trabalhos das parteiras ficaram prejudicados, pois passaram a ser menos requisitados com a modernização da medicina e a institucionalização dos partos em hospitais. Nas cidades e regiões onde a parteira Joana Maria de Lima desempenhava seu papel não foi diferente. Como informado anteriormente, na cidade de São José da Tapera/Alagoas, as mulheres gestantes no final do século XX passaram a ter o acompanhamento médico especializados e faziam o prénatal no hospital construído nessa cidade. Diante das dificuldades de sua saúde e também as fortes mudanças ao longo do tempo em relação aos partos, a parteira Joana Maria de Lima passa a ser menos requisitada para efetuar os partos domiciliares em São José da Tapera, e segundo as entrevistadas para esse 17.

(19) trabalho, em meados de 1995 quase não se falava em partos feitos por essa parteira. Além disso, por não haver nenhum documento regulamentando o trabalho das parteiras, principalmente da parteira Joana Maria de Lima, esse ofício tornou-se ainda menos requisitado. E, conforme as entrevistas citadas acima, Joana Maria de Lima não fez nenhum tipo de curso para que pudesse aprender algo sobre o parto, e aparentemente o que sabia era como um dom, não tem relatos que ela tenha feito algum curso em relação as parteiras. Entretanto, a parteira Joana Maria de Lima desempenhou um trabalho importante para as mulheres gestantes de São José da Tapera, pois muitas crianças nasceram devido ao seu trabalho. E conforme as entrevistadas supracitadas, o ofício dessa parteira é lembrado até hoje por mulheres que ela atendeu. O trabalho dessa parteira, além de ter sido realizado devido a uma necessidade diante da ausência de políticas públicas para a saúde, na cidade de São José da Tapera, tornou-se também uma prática cultural, pois se fixou nos costumes dessa cidade. Realizar parto domiciliar se tornou um costume também e foi a partir dos trabalhos de parto da parteira Joana Maria de Lima, que essa cidade construiu uma cultura religiosa, o qual foi também responsável pela construção de São José da Tapera. Um costume é algo que perdura no tempo, formando uma cultura. Conforme Thompson, “o termo “costume” foi empregado para denotar boa parte do que hoje está implicado na palavra “cultura”. O costume era a “segunda natureza” do homem (1998, p. 14). São pouca as pessoas que tem algo a narrar sobre a história da parteira Joana Maria de Lima. Poucas também tiveram o privilégio de ter os cuidados do parto domiciliar realizado por essa parteira. O pouco que conseguimos sobre a vida dessa parteira foi retirado das entrevistas realizadas para esse trabalho, as lembranças de pessoas com as quais Joana Maria de Lima conviveu. Joana Maria de Lima teve grande importância para as mulheres gestantes que não tinham condições de se deslocarem da zona rural para se ter atendimento médico e o parto em hospitais, mulheres simples, carentes e que 18.

(20) contavam com o trabalho de parto domiciliar, os quais pareciam ser realizados com humildade e simplicidade. De acordo com os relatos expostos nesse texto, a parteira Joana Maria de Lima atendia com satisfação as pessoas da zona rural que viviam em condições de privação, podendo ir até mesmo de cavalo para dar socorro as mulheres. As memórias tem o poder de contar-nos uma trajetória de vida, pois trazem lembranças que marcaram a vida de uma comunidade, pois nas entrevistas realizadas para esse trabalho, percebe-se que Joana Maria de Lima foi uma mulher que sempre se doava para fazer trabalhos de parto independentemente de quaisquer circunstâncias. Por isso sua trajetória de vida é tão relevante para pensar a história do parto domiciliar em Alagoas, como também a própria construção da cidade de São José da Tapera. Assim, seu trabalho tornou-se expressivo para com a sociedade, sendo algo até rotineiro em determinado período.. Considerações finais O presente trabalho buscou analisar como ocorriam as práticas de parto domiciliar na cidade de São José da Tapera/Alagoas, na década de 1960-1995, a partir da história da vida da parteira Joana Maria de Lima, a qual desempenhou um papel importante nesse processo. A fonte oral e os questionamentos acerca da vida e dos trabalhos de parto domiciliar, realizados por Joana Maria de Lima, tornaram-se peças fundamentais para a concretização desse trabalho, pois permitiram mesmo que de forma breve, analisar como se configuravam esses trabalhos de parto antes da construção de hospitais públicos na cidade de São José da tapera. A fonte oral permitiu perceber também que a própria construção dessa cidade não está dissociada da história de vida e dos trabalhos realizados por Joana Maria de Lima. Além disso, a partir das entrevistas citadas no decorrer do texto, percebese que os trabalhos de parto, realizados pela parteira Joana Maria de Lima, na cidade de São José da Tapera, aparentemente não foi um fenômeno decorrente 20.

(21) da modernização da medicina e consequente construção de hospitais públicos nessa cidade. Os trabalhos de parto dessa parteira parecem ter perdido valor porque não foram aprendidos dentro de instituições acadêmicas. As poucas entrevistas citadas nesse trabalho, puderam de certa forma contribuir para pensar essas questões que envolvem não apenas a trajetória de vida de Joana Maria de Lima, mas também a história de várias mulheres, a história da construção das políticas públicas para saúde no Brasil e a própria história da cidade de São José da Tapera. Assim, esperamos que esse artigo contribua de alguma forma para novas questões sobre a história do parto domiciliar no estado de Alagoas.. 20.

(22) ANEXOS. FOTO 2- Banner exposto no Acervo Memorial de Joana Maria de Lima, disponível na Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. FOTO 3 – Pertences de Joana Maria de Lima. Acervo Memorial de Joana Maria de Lima, disponível na Capela de Nossa Senhora do. 21.

(23) Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. FOTO 4 – Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, fundada em 1960. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 22.

(24) FOTO 5 – Oratório pertencente a Joana Maria de Lima. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 23.

(25) FOTO 6 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 24.

(26) FOTO 7 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 25.

(27) FOTO 8 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 26.

(28) FOTO 9 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 27.

(29) FOTO 10 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 28.

(30) FOTO 11 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 29.

(31) FOTO 12 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 30.

(32) FOTO 13 – Givaldo Bezerra de Oliveira. Poeta. Literatura de Cordel em Homenagem a parteira Joana Maria de Lima. 30 de Julho 2009. Disponível no acervo da Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, na Cidade de São José da Tapera-AL, foto retirada no dia 14 de Abril de 2019, por Maria Érica Vieira Nobre.. 31.

(33) UNIVERIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO CURSO DE HISTÓRIA GEPHISC. 1– IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA . 1 – Projeto de Pesquisa.. Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera/Alagoas (1960- 1995).. . 2 – Responsável pelo projeto:. Discente: Maria Érica Vieira Nobre . 3 - Pesquisador do projeto:. Maria Érica Vieira Nobre. 2 - DADOS PESSOAIS DO ENTREVISTADO: Nome: Aranildo de Vasconcelos Elisiário Data de Nascimento:. /. /. 54 anos Endereço: Rua Getúlio Vargas. 32.

(34) Telefone: (82) 99915-7437 3 - DATA E LOCAL DA ENTREVISTA: 09 de Dezembro de 2018, ás 11h. e 30m. Casa do Entrevistado, Rua Getúlio Vargas, São José da Tapera – Alagoas.. FOTO 14 – Questionário concedia por Aranildo de Vasconcelos Elisiário, ex seminarista, aposentado da reserva militar. Questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre.. 33.

(35) FOTO 15 – Questionário concedia por Aranildo de Vasconcelos Elisiário, ex seminarista, aposentado da reserva militar. Questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre.. 34.

(36) FOTO 16 – Questionário concedia por Aranildo de Vasconcelos Elisiário, ex seminarista, aposentado da reserva militar. Questionário concedido a Maria Érica Vieira Nobre.. 35.

(37) UNIVERIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO CURSO DE HISTÓRIA GEPHISC. 1– IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA . 1 – Projeto de Pesquisa.. Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera/Alagoas (1960- 1995).. . 2 – Responsável pelo projeto:. Discente: Maria Érica Vieira Nobre . 3 - Pesquisador do projeto:. Maria Érica Vieira Nobre. 2 - DADOS PESSOAIS DO ENTREVISTADO: Nome: Maria Lima Santos Data de Nascimento: CPF. 12 /03/1952 RG. Órgão de expedição/Estado. Endereço:. 36.

(38) Telefone: (82) 98200-2716 3 - DATA E LOCAL DA ENTREVISTA: 06 de Fevereiro de 2019, ás 17h. e 00m. Casa do Entrevistado, São José da Tapera – Alagoas.. 37.

(39) ENTREVISTA CONSEDIDA POR MARIA LIMA SANTOS, EM 06 DE FEVEREIRO DE 2019. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Quem foi joana Maria de lima?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): Minhas gravidez geralmente ela acompanhava, só esse que nasceu em casa que ela me enviou para Pão de açúcar. Ela morava aqui, nasceu em Pernambuco, mas ela morou aqui e construiu a igreja aqui.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Ela fez algum da senhora em casa? ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): os outros ela fez em casa.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): teve algum problema?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): não, não.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora sabe dizer se teve algum que ela fez se o bebe ou mãe veio a falecer?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): nunca! É por isso que hoje tem a igreja de nossa senhora do bom parto que ali foi uma promessa que ela fez, ela dizia sempre a nós que ali foi uma promessa, ói me arrepiou todinha, que ali foi uma promessa que ela fez porque ela estava fazendo um parto e o parto era muito complicado aí ela pediu a nossa senhora pra ela nunca deixar nenhuma filha dela morrer nas mãos dela. Que ela fazia uma capelinha em respeito a nossa senhora do bom parto. 38.

(40) ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): eu sei até quem foi a mulher, era uma mulher do Sitio Medeiros, assim a criança estava atravessada e a mulher estava em entre a vida e a morte. Aí ela fez a promessa a nossa senhora do bom parto, pra ela fazer uma capelinha, pra ela não deixar nenhuma filha dela morrer na mão dela. Nunca morreu.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela já fez muitos partos? A senhora tem noção de quantos?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): nem noção, porque quando eu vim morar aqui, já conheci ela fazendo parto, ela veio no tempo do denoque. Ela veio na construção do açude do denoque. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela era nova?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): era, ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora também era nova? lembra a idade da senhora?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): não, eu não lembro não. Quando eu vim pra cá ela já morava aqui e família dela depois vieram morar aqui. Ela veio casada de novo.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora sabe o ano que ela faleceu?. 39.

(41) ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): não, mas eu vou procurar uma lembrancinha e te aviso, deixe seu número que eu mando mensagem. Mas eu acompanhei uma boa parte da vida dela, inclusive eu fazia campanhas, item uma menina que não era nem afilhada dela, mas era muito apegada a ela. Sueli de Maria de Eugenio, ai ela mandava um dinheiro de lá que ela mora em Cubatão, ai mandava o dinheiro de lá, eu fazia a ferinha dela e ia levar.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): teve algum parto que ela cobrou? Ou ela fazia por caridade ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): ela cobrava não, ela fazia por caridade, assim, quando era no tempo das novenas que ela fazia a festa de nossa senhora do bom parto, ela saia na casa dos compadres, eu mesma foi uma que andei muito tirando leilão para novenas. Eu solteira andava muito com ela e as outras pessoas. Ela pedia leilão para as novenas, mas cobrar pelos partos, ela não cobrava não. Na capelinha que elas fez tem as coisinhas dela. Ficou tipo um museu lá com as coisinhas dela.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela morreu com quantos anos?. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): ela tinha mais de 90. ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): ela fazia mais parto no sitio, gostava de atender as mulheres do sitio, ela atendia também na rua, mas no sitio ela gostava mais porque o pessoal era muito necessitado de carinho, e ela não media distancia, ia a cavalo, a pé. Acho que ela nunca negou um pedido para fazer o parto de alguém.. 40.

(42) ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Agradeço pela atenção e pela entrevista a mim prestada. Muito obrigada ENTREVISTADO (Maria Lima Santos): eu fico muito feliz em saber que mesmo nessa idade ainda sou útil a você e a outros que a mim chegam, qualquer coisa estou a disposição. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Muito obrigada.. 41.

(43) UNIVERIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO CURSO DE HISTÓRIA GEPHISC. 1– IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA . 1 – Projeto de Pesquisa.. Do trabalho de parto à construção do hospital: as atividades da parteira Joana Maria de Lima, na cidade São José da Tapera/Alagoas (1960- 1995).. . 2 – Responsável pelo projeto:. Discente: Maria Érica Vieira Nobre . 3 - Pesquisador do projeto:. Maria Érica Vieira Nobre. 2 - DADOS PESSOAIS DO ENTREVISTADO: Nome: Maria Pastora de Jesus Data de Nascimento:. /. /. 72 anos. 42.

(44) Endereço: Rua do Cambão Telefone: 3 - DATA E LOCAL DA ENTREVISTA: 22 de Julho de 2018, ás 16h. e 25m. Casa do Entrevistado, Rua do Cambão São José da Tapera – Alagoas. ENTREVISTA CONSEDIDA POR MARIA PASTORA DE JESUS, EM 22 DE JULHO DE 2018. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Quem foi joana Maria de lima e onde a senhora a conheceu?. ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): conheci ela aqui, eu morava no sitio, quando vim pra cá começamos a se conhecer.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora sabe de onde ela era? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): sei não, eu sei que chamavam ela como joaninha do denock, eu sei que ela tem uma irmã que mora em Palmeira dos índios, ai não sei se ela era de lá. Essa irmã dela de vez em quando aparecia.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela fez muitos partos aqui e na região?. ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): fez.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): qual foi a importância do trabalho dela para a Cidade? 43.

(45) ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): assim quando eu cheguei aqui ela já não fazia mais parto, os meus mesmo ela nunca pegou, porque quando ela ficava sabendo eu já estava no hospital ai ela nunca pegou, ai quando eu vim morar aqui ela contava que ia de cavalo, pegou várias crianças, mas eu nunca cheguei a ver, pois quando vim morar aqui nem ela fazia mais parto nem eu também não tive mais. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): por trás do trabalho dela existia alguma questão de religiosidade? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): assim, quando eu vim morar aqui ela tinha pedido esse chão a Ênio Ricardo, que na época era ao prefeito da Cidade. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): quem ajudou a construir a igreja foi a comunidade daqui? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): foi, ela falava que tinha sido os compadres e as comadres dela que ela tinha ajudado. Essa igrejinha ela fez tudo as custa da bondade do povo, era uma pessoa querida.. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela cobrava os partos que fazia? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): não minha fia, ela criou os filhos, netos e até os bisnetos com as doações que chegavam para ela e para igreja. No tempo das novenas o povo saia pedindo nos sítios, vinha muita galinha, feijão e muita criação. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela contou para a senhora em média quantos partos ela tinha feito ou a senhora sabe dizer? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): não, não sei não.. 44.

(46) ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora sabe quantos ela tinha quando parou de fazer partos? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): acho que uns 70 anos, 75. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela contou para a senhora se em algum parto que fez a criança ou mãe chegou a falecer? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): ela dizia que ninguém nunca morreu nas mãos dela. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a senhora conheceu o esposo dela? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): não, quando ela chegou aqui ela chegou sem ele, ele devia já ter morrido que ela era viúva. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): ela ajudou muita gente? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): sim, ela não sentia raiva nem ódio de ninguém, era uma pessoa muito boa. Ela era muito corajosa, criou os filhos, os netos e os bisnetos. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): a idade que ela faleceu a senhora sabe? ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): eu sei que ela tinha mais 90 quando ela morreu. Antes dela morrer ela já tinha cortado a perna quando ela fiou internada lá em Palmeiras, por conta da diabete que ela tinha. Primeiro ela cortou o dedo, mas voltaram p casa com ela e logo depois tiveram que voltar novamente por conta do pé muito inchado, ai cortou o pé, e em menos de um ano cortaram a perna.. ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): eu sei que ela morreu com seus noventa e um. Não sei a idade certa. ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Obrigada pela atenção e pela entrevista a mim concedida. ENTREVISTADO (Maria Pastora de Jesus): Por nada, bem o que eu sabia sobre ela foi o que lhe contei. Se precisar de mais alguma coisa e eu souber pode vim.. 45.

(47) ENTREVISTADOR (Maria Érica Vieira Nobre): Muito obrigada. 46.

(48) REFERÊNCIAS. A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO PRESTADO ÀS MULHERES PELA PARTEIRAS TRADICIONAIS DURANTE O PARTO DOMICILIAR. Recife, PE. Rev enferm UFPE on line, 2013 – ISSN: 1981-8963. Disponível em https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/11795/1 4169 . Acessado em 05/06/2018.. ACKER, Justina Inês Brunetto Verruck et al. As parteiras e o cuidado com o nascimento. Rev. bras. enferm. 2006, vol.59, n.5, pp.647-651. ISSN 0034- 7167. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672006000500010 Acessado em 25/02/2018.. BARROSO, I. C. Os Saberes de Parteiras Tradicionais e o Ofício de Partejar em Domicílio Nas Áreas Rurais. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP. Amapá, AP, n 2, p. 3-3, 2009. Disponível https://periodicos.unifap.br/index.php/pracs/article/download/34/59.. em Acessado. em 15/02/2018.. CEGANO, Susana , ALMEIDA, Francisca Dias de Oliveira. Parto Domiciliar Assistido por Parteiras em Meados do Século XX Numa Ótica Cultural. Pelotas,. 47.

(49) RS.. 15. de. Fevereiro. de. 2004.. 13(3):409-13.. Disponível. em. <. http://www.scielo.br/pdf/tce/v13n3/a10v13n03.pdf >. Acessado em 26/11/2018.. GOFF, Jacques Le. História e Memória. 1 ed. Campinas, SP. Editora da UNICAMP,. 1990.. Disponível. em. https://www.ufrb.edu.br/ppgcom/images/Hist%C3%B3ria-e-em%C3%B3ria.pdf. Acessado em 25/06/2018. LUVIZOTTO, C. K. As tradições gaúchas e sua racionalização na modernidade tardia. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010. 140 p. ISBN. 978-85-7983-088-4.. Disponível. em. http://books.scielo.org/id/cq8kr/pdf/luvizotto-9788579830884.pdf . Acessado em 19/02/2018.. MOREIRA, Márcio Jorge. Comportamento e Práticas Culturais. Brasília, DF. Instituto. Walden4.. 2013.. Disponível. em. https://www.walden4.com.br/livrosw4/pdf/iw4_moreira_2013_1ed_oq.pdf. Acessado em 25/02/2018.. THOMPSON, Edward Palmer. Costumes em Comum: Estudos sobre a cultura popular tradicional. 1 ed. São Paulo, SP. Companhia das Letras, 1998.. 48.

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