A Sistematização da Assistência de
Enfermagem (SAE) é o modelo
metodológico que direciona e subsidia a assistência de enfermagem prestada
fundamentada em conhecimentos
técnico-científicos na prática assistencial, favorecendo o cuidado.
Lei 7498/86 e decreto 94406/87 –
regulamenta o exercício profissional
da enfermagem;
Resolução 358/09 – Dispõe sobre a
obrigatoriedade da aplicação da SAE
em todas as unidades onde existe o
cuidado de enfermagem .
RESOLUÇÃO COFEN-358/2009
Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências.
Fornece a base do pensamento crítico em Enfermagem
Ocasiona objetividade, pensamento direcionado a um objetivo
Pretende fazer julgamentos (inferências) com base em evidências (fatos), ao invés de suposições/conjecturas
É baseado em princípios da ciência e do método científico
Requer estratégias que maximizam o potencial humano (poder individual) e compensem os problemas causados pela natureza humana
Competências do aprendizado da SAE:
Referenciais teóricos da Enfermagem
Evolução histórica da SAE
Segundo Ferreira,1975, sistematizar é tornar coerente
com determinada linha de pensamento.
A teoria de enfermagem é o alicerce para a
implantação da SAE e o processo de Enfermagem a ferramenta para sua construção.
As teorias garantem um caráter cientifico à prática da
Florence Nightingale -Teoria Ambientalista do Cuidado Virgínia Henderson -Teoria dos Componentes do Cuidado Dorothea E. Orem -Teoria do Autocuidado
Dorothy E. Johnson -Teoria do Sistema Comportamental no
Imogene M. King -Teoria dos Sistemas e Metas de
Cuidado
Martha E. Rogers -Teoria da Ciência Humanista do
Cuidado
Callista Roy -Teoria dos Processos Adaptativos no
Cuidado
Jean Watson -Teoria da Ciência Filosófica do Cuidado Rosemarie Rizzo Parse -Teoria do Significado, da
Ritmicidade e da Co-Transcendência do Cuidado
Carlos Roberto Fernandes -Teoria da Ciência do
Cuidado
Nébia Maria de Figueiredo -Teoria do Corpo da
Enfermeira como Instrumento do Cuidado de Enfermagem
Nascimento e morte:
12 de maio de 1820 a 13 de agosto de 1910 • Em 1883, a Rainha Vitória concedeu-lhe a Cruz Vermelha Reale em 1907 ela se tornou a primeira mulher a receber a Ordem do Mérito.
O ensino de enfermagem deveria ser feito por
enfermeiras profissionais, e não por qualquer pessoa não envolvida com a enfermagem
Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o
período de treinamento, residência com ambiente confortável e agradável, próximo ao local
Conceito básico mais característico nos trabalhos de
Florence é o ambiente
Enfatizou o ambiente físico preponderantemente em
relação ao meio psicológico e social
Em 1850: Florence testemunhou a sujeira, a peste e a
morte, no ambiente das enormes barracas que serviam de hospital e no próprio hospital militar da época
AMBIENTE FÍSICO
• A higiene constitui uma noção inclusa, relacionada
com todos os aspectos do ambiente físico em que se encontra o paciente.
AMBIENTE PSICOLÓGICO:
• Um ambiente negativo poderia causar estresse físico,
daí afetando o emocional do paciente
• Recomenda-se que ofereça ao paciente uma
variedade de atividades para manter sua mente estimulada, enfatizando a necessidade de
AMBIENTE SOCIAL:
• É visto como essencial na prevenção de doenças e
refere-se especialmente à coleta de dados, na qual a enfermeira deve empregar todo seu poder de
OBSERVAÇÃO
• Significa que a doença assume características
diferentes para cada paciente e a enfermeira deve estar atenta às mesmas.
A Teoria de Enfermagem de Orem é
formada por três constructos teóricos que são relacionados entre si: a Teoria do
Autocuidado , a Teoria do Déficit de Autocuidado e a Teoria dos Sistemas de Enfermagem
A Teoria do Déficit de Autocuidado segundo FOSTER & JANSSENS, é o substancial da Teoria de OREM, pois é
nela que se mostra quando a enfermagem é necessária.
• O déficit de autocuidado ocorre quando as habilidades de autocuidado do indivíduo são insuficientes para
satisfazer as suas demandas terapêuticas de auto cuidado.
• Nesse caso, o enfermeiro atua como provedor/ mediador de autocuidado.
Teoria de Adaptação
Busca reconhecer a resposta do
individuo frente às adversidades.
O enfermeiro atua como mediador
entre a objetividade técnica e a subjetividade humana, a fim de elaborar estratégias para as ações do cuidar.
Teoria publicada em 1981
( teoria do alcance de objetivo/meta) Considera três sistemas
interatuantes:
O sistema pessoal
O sistema interpessoal O sistema social
(1926 a 1981)
Nasceu em 11 de agosto de 1926, natural de Belém do Pará.
Graduada pela Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo, em 1948.
Licenciada em história natural pela Faculdade de
Filosofia, Ciências e letras da Universidade do Paraná, Curitiba em1953.
Pós-graduada em pedagogia e didática aplicada à Enfermagem na
Doutora em Enfermagem, na Escola de Enfermagem
Ana Néri da Universidade Federal do Rio de Janeiro com a tese intitulada "A observação sistematizada na
identificação dos problemas de enfermagem em seus aspectos físicos", apresentada à cadeira de
Fundamentos de Enfermagem, Rio de Janeiro, em 31 de outubro de 1968.
1960 - Wanda Horta introduz a expressão diagnósticos
de enfermagem no Brasil
Wanda de Aguiar Horta embasada na teoria da
Motivação Humana de Abraham Maslow desenvolve a Teoria das Necessidades Humanas Básicas.
Horta introduz uma nova visão da enfermagem brasileira
• Teoria dos Seres Humanos Unitários
• É baseada na sua concepção de homem.
O seu modelo teórico foi baseado em um conjunto de pressupostos que descrevem os processos vitais do homem, que se caracteriza por:
Seja unitário Ser aberto
Ser unidirecional
Seus padrões e organização Sentimentos
É um método sistematizado para avaliar o estado de
saúde do cliente, diagnosticar suas necessidades de
cuidados,formular um plano de cuidados,implementá-lo e avaliá-lo quanto à sua efetividade.” (NANDA, 2001)
Fornece estrutura para a tomada de decisão durante a
assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” (Jesus, 2002)
O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I .Coleta de dados de Enfermagem (Histórico de enfermagem)
II. Diagnóstico de Enfermagem III. Planejamento de Enfermagem IV. Implementação
Primeira
etapa Segunda Etapa Terceira Etapa Quarta Etapa Quinta Etapa
Investigação Diagnóstico de
enfermagem Planejamento Implementação da assistência avaliação
Histórico de Enfermagem Diagnostico de Enfermagem Planejamento de Enfermagem Implementação Avaliação de Enfermagem COFEN
• Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo
deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.
• § 1º - os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a
instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros.
• § 2º - quando realizado em instituições prestadoras de serviços
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de
Na investigação você realiza a coleta de dados e
examina informações sobre a situação de saúde; Buscando evidências de funcionamento anormal ou fatores de risco que possam estar contribuindo para os problemas de saúde.
I - Coleta de dados de Enfermagem ou Histórico de
Enfermagem: Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença.
Podem ser obtidos de maneira direta ou indireta.
Dados diretos: coletados a partir de informações do
próprio cliente/paciente
Dados indiretos:obtidos a partir de outras fontes como
por exemplo familiares e / ou acompanhantes.
Os dados ainda podem ser de natureza subjetiva e
“Os diagnósticos de enfermagem são julgamentos
clínicos sobre as respostas do individuo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais e proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais a enfermeira é responsável”
“ O uso dos diagnósticos de enfermagem proporciona ao enfermeiro uma linguagem comum para a identificação dos problemas do cliente e os auxilia na escolha das prescrições de enfermagem, bem como a avaliação de tal prescrição”
Titulo : Nome do diagnóstico
Ex: integridade tissular prejudicada
Fatores relacionados : é a origem do problemas, de
ordem fisiológica, psicológica, sociocultural, ambiental, espiritual.
Ex: Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilização física e circulação alterada.
Características definidoras: são as provas de que existe
um problemas . São sinais e sintomas e, ainda as manifestações indicativas de um distúrbio.
Ex: Integridade tissular prejudicada relacionada a imobilização física e circulação alterada evidenciada por ferida com área de solapamento, 8 cm, na região trocantérica.
CARACTERISTICAS
DEFINIDORAS FATORES RELACIONADOS
Incontinência Urgência Nictúria Hesitação Freqüência Retenção Disúria
Infecção no trata urinário Obstrução anatômica
Múltiplas causas Dano sensomotor
COFEN 358-2009
III - Planejamento de Enfermagem - determinação dos
resultados que se espera alcançar; e das ações ou
intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença,
Vantagens:
Promove a comunicação entre os cuidadores Direciona o cuidado e a documentação
Cria um registro que pode ser usado mais tarde em
avaliações , em pesquisas e situações legais.
Fornece a documentação das necessidades de
atendimento de saúde com a finalidade de reembolso do seguro.
Resolução COFEN 358-2009
IV - Implementação - realização das ações ou
intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.
Resolução 358 COFEN - Art.4º .
É de incumbência privativa do enfermeiro a liderança na
execução e avaliação do Processo de Enfermagem, bem como o diagnóstico de enfermagem,a prescrição das
ações e as intervenções de enfermagem.
“A delegação da prescrição de cuidados a outros
profissionais compromete a definição do papel do enfermeiro.”(TANNURE, 2010)
Prescrição Dependente : é aquela concluída segundo
solicitação médica, mas que requer julgamento ou tomada de decisão da enfermagem
Prescrição Independente: é aquela que pode resolver os
problemas do cliente sem consulta ou colaboração médica.
Prescrição Interdependente: é aquela realizada com a
Nursing Intervention Classification
Padronização da Classificação das Intervenções de
Enfermagem
Definição de intervenção de enfermagem :
“Qualquer tratamento que tenha por base o julgamento clínico e conhecimento que a enfermeira execute para melhorar os resultados do paciente.”
Acompanhamento da equipe de enfermagem: O que fazem
( tanto as ações individuais quanto colaborativas)
Resolução COFEN 358 – 2009
V - Avaliação de Enfermagem - processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem.
A avaliação de estrutura está relacionada com a
adequação dos recursos físicos e materiais, bem como os modelos organizacionais
A avaliação do processo centraliza o foco nas atividades
do enfermeiro que são observadas e julgadas
A evolução baseada em mudanças comportamentais é
Anotações nos prontuários
Anotações em formulários próprios
Observação direta da resposta do cliente a terapia
proposta
Relato do cliente
“Um resultado se define como...
...a criação de diversos instrumentos de avaliação, desenvolvidos para mensurar os resultados dos sistemas de oferecimento de cuidados de saúde...”
Associação NANDA-NIC-NOC Através de raciocínio clínico:
ESTABELECER UM DIAGNÓSTICO – NANDA
IDENTIFICAR RESULTADO E MENSURAR – NOC
PLANEJAR INTERVENÇÃO/ATIVIDADES A SEREM
DESENVOLVIDAS E IMPLEMENTAR- NIC
MENSURAR RESULTADO – NOC
TANNURE, M. C. ; PINHEIRO, A.M. . Sistematização da
Assistência de Enfermagem Guia Prático segunda edição. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. v. 1. 298 p.
MASLOW. Abraham H. Motii- 2-d. New York. Harper & Row
Publishers, 1970.
Horta WA. Processo de enfermagem. São Paulo: EPU; 1979.
Resolução 359.Cofen
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