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Narrativas visuais: história em quadrinhos como estratégia de aquisição do signwriting - sistema de escrita de língua de sinais

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE DESENHO INDUSTRIAL

CURSO DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO

MILTON CESAR DE OLIVEIRA MACHADO

NARRATIVAS VISUAIS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO

ESTRATÉGIA DE AQUISIÇÃO DO SIGNWRITING – SISTEMA DE

ESCRITA DE LÍNGUA DE SINAIS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CURITIBA 2017

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MILTON CESAR DE OLIVEIRA MACHADO

NARRATIVAS VISUAIS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO

ESTRATÉGIA DE AQUISIÇÃO DO SIGNWRITING – SISTEMA DE

ESCRITA DE LÍNGUA DE SINAIS

Trabalho de Conclusão de Curso de graduação, apresentado à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso 2, como requisito parcial à obtenção do título Técnico em Design Gráfico, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial – DADIN – da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Orientador: Prof. Dr. Cayley Guimarães

CURITIBA 2017

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TERMO DE APROVAÇÃO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 056

NARRATIVAS VISUAIS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO ESTRATÉGIA DE AQUISIÇÃO DO SIGNWRITING – SISTEMA DE ESCRITA DE LÍNGUA DE SINAIS

por

Milton Cesar de Oliveira Machado – 1614380

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no dia 05 de dezembro de 2017 como requisito parcial para a obtenção do título de TECNÓLOGO EM DESIGN GRÁFICO, do Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico, do Departamento Acadêmico de Desenho Industrial, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. O aluno foi arguido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo, que após deliberação, consideraram o trabalho aprovado.

Banca Examinadora: Profa. Ana Cristina Munaro (MSc.) Avaliadora

DADIN – UTFPR

Profa. Rita de Cássia Maestri (Esp.) Convidada

DEPED – UTFPR

Prof. Cayley Guimarães (Dr.)

Orientador

DADIN – UTFPR

Prof. André de Souza Lucca (Dr.) Professor Responsável pelo TCC DADIN – UTFPR

“A Folha de Aprovação assinada encontra-se na Coordenação do Curso”. Diretoria de Graduação e Educação Profissional

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Dedico este trabalho aos meus pais e irmã, Aline.

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Agradeço primeiramente meus pais, por terem ido muito além de apenas me apoiar. Minha mãe, sempre capaz de transformar viagens que seriam longas e cansativas numa história incrível; sempre olhando para além da janela do carro e exercitando nossa criatividade ao tentar adivinhar o que se passava nas montanhas distantes... Histórias de fadas, bruxas, ogros e cavaleiros. Meu pai, que mesmo após um cansativo dia no trabalho, sentava ao chão para construir mundos de Lego comigo, e que, até hoje, é para mim o melhor arquiteto de castelos que conheço. Agradeço aos dois também, por nunca ter deixado faltar folhas brancas para que eu pudesse desenhar. Vocês são culpados por eu ter escolhido seguir neste caminho, mas está tudo bem!

Sou grato pela minha irmã, que mesmo passando pela fase da adolescência (que eu sei como é chato) me mandava, volte e meia, mensagens fofas que me faziam ter vontade de embarcar em ônibus por um abraço. Sinto que nos aproximamos muito nessa reta final e espero que ainda mais após finalizada esta etapa da minha vida.

Gostaria de agradecer minha avó e familiares pelo apoio que me deram durante estes anos de faculdade, e um agradecimento especial a tia Hellen e tio Cezinha, pela forma como me ajudaram em um momento que realmente precisava, este projeto não teria acontecido caso não tivessem acreditado em mim!

Obrigado também aos amigos maravilhosos que fiz aqui, em especial: Cami, Pedro, Elana, Filippe, Rique e Matheus. Obrigado pelos cafés que você passou, Matheus!

Amo muito cada um de vocês e sou extremamente grato por tê-los em minha vida.

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Queiramos ou não, temos de ser seletivos porque nossos olhos o são. (GOMBRICH, E.H., 1979)

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RESUMO

MACHADO, Milton, Narrativas visuais: história em quadrinhos como estratégia de aquisição do signwriting – sistema de escrita de língua de sinais. 2017. 58. Trabalho de Conclusão do Curso Tecnologia em Design Gráfico - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Curitiba, 2017.

As pessoas Surdas usam a Língua de Sinais (LS) para a comunicação e outras atividades humanas que envolvem o uso de uma língua. Isto inclui, entre outras possibilidades, a aprendizagem da modalidade escrita, cujo uso potencializa as formas de expressão e registro da língua, sobretudo no contexto educacional. A Libras é um sistema linguístico completo de modalidade visual-espacial e requer um sistema de escrita adequado, capaz de mapear as propriedades da LS e o desafio de tentar representar linearmente sua tridimensionalidade. Dentre as especificidades do processo de alfabetização/letramento dos Surdos, está o fato do ensino e aprendizagem de um sistema de escrita de sinais, com base na premissa que a constituição dos sentidos na escrita decorrerá de processos simbólicos visuais, nos quais a mediação da Língua de Sinais assume centralidade, de forma diferenciada dos encaminhamentos adotados nos sistemas de escrita de línguas orais que se pautam nas relações fonema-grafema. O SignWriting é um sistema de escrita adequado para a natureza visual e espacial das LS e tem sido utilizado como importante ferramenta no processo de aquisição de escrita de crianças Surdas. Diante desse cenário, esta pesquisa tem como objetivo apresentar uma proposta de narrativa visual no gênero História em Quadrinhos (HQ), de modo a introduzir o ensino de aspectos do SignWriting, de maneira mais natural e contextual. Os procedimentos metodológicos da pesquisa envolvem o estabelecimento do contexto e situação comunicacional, apresentação do sinal/enunciado em Libras, elementos composicionais do SignWriting e atividades de escrita de sinais. Como resultados, apresentados foram destacadas a importância da HQ como estratégia pedagógica adequada ao ensino da escrita de crianças e jovens surdos, o uso da LS na narrativa visual, a seleção de sinais icônicos nas primeiras lições de SignWriting e as atividades de prática do traçado da escrita em SignWriting adequadas à faixa etária. Palavras-chave: História em Quadrinhos. Língua de Sinais. SignWriting. Língua de Sinais Escrita. Narrativas visuais.

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ABSTRACT

MACHADO, Milton. Visual Narratives: comic strip as signwriting acquisition strategy - sign language writing system. 2017. 58. Final Year Research Project of Graphic Design Technology - Federal University Technology - Paraná. Curitiba, 2017.

Deaf people use Sign Language (LS) for communication and other human activities involving the use of a language. This includes, among other possibilities, the learning of the written modality, whose use enhances the forms of expression and registration of the language, especially in the educational context. Libras is a complete linguistic system of visual-spatial modality and requires a suitable writing system capable of mapping the properties of LS and the challenge of trying to represent linearly its three-dimensionality. Among the specificities of the literacy / literacy process of the Deaf people is the teaching and learning of a system of writing of signs, based on the premise that the constitution of the senses in writing will be based on visual symbolic processes, in which the mediation of Language of Signals assumes centrality, in a different way from the referrals adopted in the oral language writing systems that are based on phoneme-grapheme relations. SignWriting is a writing system suitable for the visual and spatial nature of LS and has been used as an important tool in the process of writing acquisition of deaf children. Given this scenario, this research aims to present a proposal of visual narrative in the genre History in Comics (HQ), in order to introduce the teaching of SignWriting aspects, in a more natural and contextual way. The methodological procedures of the research involve the establishment of the context and communicational situation, presentation of the signal / statement in Pounds, SignWriting compositional elements and sign writing activities. As results, we highlighted the importance of HQ as a pedagogical strategy appropriate to teaching the writing of deaf children and young people, the use of LS in the visual narrative, the selection of iconic signs in the first lessons of SignWriting and the practice activities of the written in SignWriting appropriate to the age group.

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FIGURA 1 – VALIDAÇÃO JUNTO AO GRUPO DE SURDOS DA CASA AMARELA.

16 FIGURA 2 – EXEMPLO DE SIGNWRITING: CONFIGURAÇÃO DE MÃO À DIREITA

E O SÍMBOLO CORRESPONDENTE À ESQUERDA. 23

FIGURA 3 – ILUSTRAÇÃO DA HISTÓRIA QUE APRESENTA UM PERSONAGEM

ROBÔ VINDO DO ESPAÇO 25

FIGURA 4 – ILUSTRAÇÃO DA HISTÓRIA QUE APRESENTA UM PERSONAGEM 26

FIGURA 5 - O SANTUÁRIO DAS BORBOLETAS 26

FIGURA 6 – O SIGNWRITING SOBREPOSTO À MÃO; ROBÔ SINALIZANDO

BORBOLETA 27

FIGURA 7 – O MONUMENTO, O SINAL E A ESCRITA DE BORBOLETA EM

LÍNGUA DE SINAIS 23

FIGURA 8 – A BORBOLETA AMARELA É BONITA – EM LIBRAS 28

FIGURA 9 – SKETCH ENVIADO PARA OS PROFESSORES 31

FIGURA 10 – PÁGINA ENVIADA PARA VALIDAÇÃO 32

FIGURA 11 – ALTERAÇÕES 33

FIGURA 12 – ALTERAÇÕES 33

FIGURA 13 – PRIMEIRA CONFIGURAÇÃO (SOL) 34

FIGURA 14 – SEGUNDA CONFIGURAÇÃO (SOL) 34

FIGURA 15 – DIFERENTES REPRESENTAÇÕES DE MOVIMENTO NOS

QUADRINHOS 35

FIGURA 16 – APLICAÇÃO DOS PARÂMETROS 36

FIGURA 17 – ESTÁTICO 37

FIGURA 18 – MOVIMENTO SIMPLES 37

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1 INTRODUÇÃO...11 1.1 Objetivo geral ...13 1.2 Objetivo específicos ...13 1.3 Justificativa...13 1.4 Metodologia de pesquisa...14 1.4.1 Classificação da pesquisa...14 1.4.2 Procedimentos...15

2 LÍNGUA DE SINAIS, ESCRITA E LEITURA ...17

2.1 Importancia de um sistema de escrita para lingua de s. ...19

2.2 Signwriting ...22

3 NARRATIVA VISUAL: A HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM LIBRAS ...24

3.1 Processo de criação do HQ...30

3.2 Como representar Lingua de Sinais em um quadrinho...34

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...39

REFERÊNCIAS ...41

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1 INTRODUÇÃO

As pessoas Surdas1 têm o direito ao acesso às possibilidades humanas: a comunicação simbólica, as interações sociais, a aprendizagem, entre outras, em Língua de Sinais (LS). A Língua Brasileira de Sinais (Libras), de modalidade visual-espacial, é a LS usada pelas comunidades Surdas urbanas, brasileiras, capaz de prover funcionalidades linguísticas complexas aos seus usuário (FERNANDES, 2012). Mais de 90% das crianças Surdas nascem em famílias de pais ouvintes, e não tem acesso à língua materna oral e, tampouco, à aquisição da Libras na infância, o que acarreta sérias consequências: no desenvolvimento linguístico, intelectual, cultural e na cidadania (SKLIAR, 1999). Um processo educacional bilíngue (BRASIL, 2008), que viabilizasse o acesso e aquisição da Libras, desde a educação infantil, possibilitaria um desenvolvimento qualitativo semelhante ao de qualquer criança da mesma faixa etária.

Adicionalmente, a criança Surda tem dificuldades em adquirir um sistema de escrita, mesmo da língua oral, considerando-se as metodologias existentes enfatizarem relações letra-som, para ela inacessíveis. O acesso a um sistema de escrita em LS representaria um ganho significativo nesse processo, pois envolveria aprender um processo de registro de uma língua visualmente, sem barreiras de ordem fisiológica para sua aprendizagem. Ao contrário do que se imagina, o registro da LS é possível na forma escrita, e não somente na forma de vídeo, como se costuma veicular. SignWriting, criado por Sutton, é o sistema de escrita mais usado para registro das Línguas de Sinais no mundo, e tem sido ensinado em experiências educacionais bilíngues (SUTTON, 2006). Os Sistemas de Escrita (i.e. uma sequência de caracteres usados para representar simbolicamente uma língua) servem de suporte e base para a sociedade moderna e são considerados um avanço para as LS, oferecendo possibilidades de registro de sua literatura, preservação cultural, armazenamento e recuperação da informação, ciência, criação e disseminação de conhecimento, comunicação e outras atividades que as visibilizam como línguas de cultura.

1 Neste texto, a grafia Surdo/os, Surda/as em letra maiúscula segue uma convenção no campo dos Estudos Surdos (Deaf Studies) em Educação que diferencia a surdez audiológica (letra minúscula) da experiência cultural de Ser Surdo como grupo cultural. Do mesmo modo, o uso da letra maiúscula será empregado sempre que se tratar da representação de produtos culturais das comunidades Surdas.

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As crianças Surdas, que teoricamente têm todas as possibilidades de se tornarem leitores e escritores, não possuem ainda estas competências devido às suas condições sociais, familiares e até mesmo escolares que restringem suas experiências a processos metodológicos e produtos culturais pensados e desenvolvidos para crianças que ouvem. Para que possam adquirir a modalidade escrita da língua, há a necessidade de um desenvolvimento natural da linguagem, da inteligência e uma imersão de quem aprende nas práticas sociais da língua escrita (SÁNCHEZ, 1991; HOFFMEISTER, 1999).

São ainda iniciais as experiências e metodologias envolvendo o ensino e a aprendizagem da escrita de sinais capazes de prover à criança Surda e seus interlocutores com um suporte educacional adequado (HOFFMEISTER, 1999; GUIMARÃES et al., 2013). Há um acervo restrito, com poucas publicações registradas em um sistema de escrita de LS, uma situação que priva a Comunidade Surda de um grande componente de valorização de sua Cultura (SUTTON, 2006), por meio da construção de sua identidade em uma comunidade linguística minoritária (SKLIAR, 1999). Não se deve mais esperar que a criança Surda tenha sucesso acadêmico no ensino e aprendizagem por meio da língua oral majoritária, que lhe é inacessível. Um chamado claro para a criação de ferramentas em LS (JOHNSON, LIDDELL & ERTING, 1989).

O desafio de prover ferramentas para o acesso de SE de sinais para as pessoas Surdas e seus interlocutores é urgente, e requer uma abordagem inovadora, sob risco de nos depararmos com uma comunidade inteira sem história escrita. Entendemos que a base da sociedade moderna é dependente da memória. Para Vygotsky (1974) a leitura deve conter uma miríade de significados para quem aprende, senão a palavra é apenas um vazio. Para o autor, a aprendizagem da escrita equivale à aquisição de uma nova linguagem em toda a sua função social e individual – um letramento que, mais do que o simples ato de ler e escrever, pressupõe um entendimento e um uso adequado de tais habilidades na sociedade e no contexto em que o texto está inserido (LODI, 2002).

Assim, nesse trabalho, propõe-se uma abordagem na qual o letramento é um processo em que a escrita de sinais ocorre em um contexto de uso, por meio de uma narrativa visual desenvolvida no gênero de História em Quadrinhos (HQ) que utiliza SignWriting como sistema de escrita da LS. Adicionalmente, apresenta um HQ em Libras como ferramenta de ensino e aprendizagem que dá autonomia ao Surdo,

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debatida e avaliada por professores e alunos de um curso de licenciatura em Letras/Libras.

1.1 Objetivo geral

Desenvolver uma narrativa visual em formato de HQ que evidencie a necessidade de desenvolvimento de uma nova forma de aquisição de Signwriting pelos Surdos. E o processo de desenvolvimento de uma narrativa visual como estratégia de aquisição.

1.2 Objetivos específicos

1. Investigar e descrever a necessidade de uma nova forma de aquisição de signwriting pelos Surdos.

2. Investigar os parâmetros visuais utilizado em quadrinhos para representação de movimento e experimentar as possibilidades desses parâmetros visuais nos movimentos LS dentro da narrativa escolhida; 3. Estudar as ferramentas disponíveis que aperfeiçoam e auxiliam como

plataforma para o desenvolvimento visual do projeto;

4. Compor visualmente a narrativa escolhida, aplicando os parâmetros visuais.

1.3 Justificativa

Atualmente o nosso sistema de ensino obriga surdos a se adaptarem a metodologias claramente destinadas a pessoas ouvintes. Esta prática prejudica o desempenho acadêmico dos surdos e a revisão deste sistema é imprescindível (JOHNSON, LIDDELL & ERTING, 1989).

Portanto este projeto de pesquisa visa investigar parâmetros visuais existentes no meio impresso a fim de explorar a viabilidade de criação de uma narrativa visual

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que enfatize a relação de imagem e palavra, contrariando a metodologia de ensino atual, que se baseia na relação de som e escrita.

1.4 Metodologia da Pesquisa

Este tópico aborda a metodologia utilizada nesta pesquisa empírica, segundo Learn (2014, p.1)

A pesquisa empírica, também chamada de pesquisa de campo, pode ser entendida como aquela em que é necessária comprovação prática de algo, seja através de experimentos ou observação de determinado contexto para coleta de dados em campo. Na relação com a teoria a pesquisa empírica serve para ancorar e comprovar no plano da experiência aquilo apresentado conceitualmente, ou, em outros casos, a observação e experimentação empíricas oferecem dados para sistematizar a teoria.

As práticas e experimentos utilizados estão detalhados nos capítulos seguintes. De acordo com Lakatos e Marconi (2001, p. 221) “a especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens pois responde, a um só tempo, às questões como, com quê, onde e quando.

1.4.1 Classificação da Pesquisa

Pode-se classificar uma pesquisa sobre várias formas e sobre vários pontos de vista. a) Quanto a sua natureza, ela pode ser básica ou aplicada que Almeida (2007, p. 2) define com: “Pesquisa básica: objetiva gerar conhecimentos novos para avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Pesquisa aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à solução de problemas específicos”.

b) Quanto ao objetivo, Gil (2002) apresenta três opções: exploratório, descritivo e explicativo. Que são definidas por Almeida (2007, p. 2) da seguinte forma:

- Pesquisa exploratória: objetiva proporcionar maior familiaridade com um problema; envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado e análise de exemplos; assume em geral a forma de pesquisas bibliográficas e estudos de caso. ƒ

- Pesquisa descritiva: objetiva descrever as características de certa população ou fenômeno, ou estabelecer relações entre variáveis; envolvem técnicas de coleta de dados padronizadas (questionário, observação); assume em geral a forma de levantamento. ƒ

- Pesquisa explicativa: objetiva identificar os fatores que determinam fenômenos, explica o porquê das coisas; assume em geral as formas de pesquisa experimental e pesquisa ex‐ post‐ facto.

c) Quanto ao tempo Miranda (2007) ressalta que a pesquisa pode ser transversal (dados coletados em um único momento) ou longitudinal (onde os dados são coletados em dois ou mais momentos, e tento um acompanhamento da evolução do fato).

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d) Quanto a abordagem do problema, esta pesquisa busca tornar o ensino da escrita para surdos, algo mais perto das limitações dos mesmos, assim possuindo caráter Qualitativo, pois Longaray (2003) destacam que este tipo de estudo pode descrever a complexidade de um problema, interpretar as diversas variáveis, compreendendo e catalogando e processos dinâmicos de determinados grupos sociais.

Com base no exposto, classifica-se está pesquisa como sendo: Empírica, abrangendo as seguintes classificações.

Classificação Definição

Quanto a sua Natureza Aplicada Quanto ao Objetivo Exploratória

Quanto ao Tempo Longitudinal

Quanto a Abordagem do Problema

Qualitativo

Quadro 1 – Classificação da Pesquisa

Identificadas às classificações desta pesquisa, cabe elencar os procedimentos realizados para conseguir chegar a um modelo aprovado, de identidade visual, para as histórias em quadrinhos, para surdos; melhor detalhado no capítulo 3 deste trabalho.

1.4.2 Procedimentos

Outra forma de classificar uma pesquisa é identificar os procedimentos utilizados para alcançar o resultado esperado.

Para Rosenfiel (2011, p. 1) a apresentação dos seus procedimentos, pense sobre os seguintes elementos e tente responder às perguntas seguintes: “(...) como será estruturado

o trabalho? (...) Com qual instrumento? (...) Qual é o público-alvo? (...) a partir de que técnicas se obterão os

dados? Como o instrumento será distribuído e aplicado?”

Para este estudo Empírico e Exploratório foram usados os seguintes procedimentos, conforme detalhado no cronograma que segue:

CRONOGRAMA E PROCEDIMENTOS DA PESQUISA

DATA PROCEDIMENTOS DA

PESQUISA

DETALHAMENTO DAS REALIZAÇÕES Integral Pesquisa Bibliográfica Buscou-se na literatura suporte para as

fundamentações. (Vide Bibliografia)

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Set./2017 Rita – no contexto visual da língua de libras. De Maio. a

Set./2017

Criação do Método Criado, por este autor, o método de identificação visual para surdos com base nos quadrinhos de Scott Mcloud conforme demonstrado nos itens e na Figura 15. De Maio. A

Set./2017

Criação da História Criado, por este autor, a história do robô que cai na terra. Vide roteiro no capítulo 3 deste

trabalho. Maio/2017 1ª - Validação dos

quadrinhos

Junto ao Grupo de surdos da Casa Amarela, representados por um total de sete participantes, realizou-se a apresentação

dos quadrinhos onde foram coletadas as impressões e as melhorias que deveriam ser

realizadas. (colocar o local que está representado na Monografia) – vide Figura

01 que segue a este quadro. Maio –

Julho/2017

Realização das arrumações Agosto/2017 2ª - Validação dos

quadrinhos

Setembro/2017 Qualificação Submetido à qualificação identificou-se a necessidade de melhorias

Novembro/2017 Melhorias As ilustrações para: esperar, amarelo, bonito e amigo, precisavam ser arrumadas pois o movimento estava incorreto, não muito claro ou possuía signwriting não condizente com a

ilustração.

Quadro 2 – Cronograma e procedimentos da Pesquisa.

Segue abaixo a foto da primeira validação junto ao grupo de surdos da Casa Amarela.

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2 LÍNGUA DE SINAIS, ESCRITA E LEITURA

A Falta de aquisição na tenra idade da Libras impede a criança Surda de aprender conceitos cotidianos (MAcNAMARA, 1982). Consequentemente, a criança não aprende a fazer perguntas para clarificar dúvidas, e assim não formam relações que possam alterar suas estruturas cognitivas: combinando, comparando, inferindo, deduzindo e extrapolando conhecimentos antigos e novos, em um processo mental que é mediado pelas experiências sociais e linguísticas. A língua é mais do que um meio de comunicação (SÁNCHEZ,1991). A língua inclui uma função reguladora do pensamento e é essencial para o desenvolvimento intelectual, Apois permite criar primeiros conceitos concretos, que depois servirão de bases para a criação de conceitos abstratos (VYGOTSKY, 1974).

A falta da aquisição da língua materna é uma barreira para o desenvolvimento intelectual que acarreta consequências severas: a inabilidade de realizar tarefas cotidianos de ações inteligentes; a inabilidade de aprender e planejar; a dependência única e exclusiva das situações concretas e visuais; dificuldades de socialização entre outras. As crianças Surdas crescem em uma realidade em que há pouco material escrito em língua de sinais (KYLE, 2005).

Johnson, Liddell e Erting (1989) argumentam que não basta apresentar à criança Surda conceitos na língua oral e esperar que elas possam criar conceitos na sua própria cultura. Este modelo monolíngue tem privado as crianças Surda de conquistas mais elevadas quando comparadas com suas colegas não-Surdas. Já Petito (1994) nos diz que a criança Surda possui em si e a seu dispor todos os dispositivos, sistemas, capacidades e mecanismos de aquisição de língua, sobretudo a de sinais. Mas, para que atingir o seu potencial elas devem ser imersas na LS como língua materna, para que tenham os benefícios do desenvolvimento intelectual. Temos Cummins (1984) que propõe uma teoria de interdependência – uma interação entre a língua de instrução e o tipo de competência que a criança desenvolveu em sua língua antes da educação formal. Os autores Nover e Andrews (1998) nos dizem que à criança Surda deve ser oferecida a possibilidade de criar seu próprio conhecimento, e o conhecimento em sua própria língua, o que inclui o uso de um sistema de escrita em língua de sinais. O processo de letramento é dependente da constituição de seu sentido na língua de sinais.

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Se a questão da alfabetização segue sendo objeto de pesquisa e reflexão no campo de aquisição da modalidade escrita da língua oral como segunda língua por aprendizes surdos (L2), fazemos ideia dos complexos desafios das reflexões envolvendo a aquisição, ensino e aprendizagem da escrita em língua de sinais (FERNANDES, 2006). Apesar da temática da aquisição da escrita ser recorrente e de diversas experiências serem desenvolvidas em decorrência das políticas de inclusão de Surdos em salas regulares, os níveis de aprendizado e desenvolvimento continuam aquém do esperado e inferior ao das crianças não-Surdas (ALLEN, 1986). Para a pessoa Surda, a premissa de um ambiente de letramento que potencialize o contato com os símbolos da escrita não se aplica.

Fernandes (2006) pontua que, ao se discutir práticas de letramento na educação de Surdos, temos como duplo desafio promover práticas que permitam a aquisição e desenvolvimento da língua de sinais, como língua materna, além da vivência de experiências que possibilitem a apropriação de um sistema de escrita pelas crianças Surdas pela via visual, e não oral-auditiva como ocorre com as demais crianças. Dito de outra forma, a incursão no mundo da escrita não se dará pela oralidade, mas por processos visuais de significação que têm na língua de sinais seu principal elemento fundador.

A inserção social da língua materna inicia o processo de desenvolvimento intelectual da criança e é, portanto, essencial que cada criança traga para o letramento a sua própria experiência nas vivências de letramento na infância. Para fazer uso de tais experiências, o educador deve entender a maneira em que a criança aprende não somente as matérias de uma determinada disciplina, mas deve buscar também saber como ela se apropria de seus componentes sociais, culturais e linguísticos (CAGLIARI, 1989).

O ambiente de aprendizagem deve fazer sentido e apresentar um contexto, de forma que sirva para a criação coletiva do texto cotidiano, que eventualmente se tornará simbólico. O letramento ocorre nas interações mediadas, e a compreensão e o entendimento estão no uso do texto – não são meras fragmentações das palavras, as quais, fora de contexto, não fazem sentido – o que nos trás as várias possibilidades de aprendizagem de leitura e escrita. Concordamos com Schneuwly (2002) quando nos diz da sedimentação no sentido dado por Vygotsky (1974): o comportamento humano é sedimentado em camadas sucessivas nas quais as novas são construídas com base nas anteriores. Isto pode ser construído com narrativas

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visuais. Então, antes das letras, o primeiro conhecimento é o da palavra: o texto e o contexto são pertinentes à cultura em que a criança se encontra. Procede-se então a uma ampliação de visão de mundo, e a habilidade da criança sentir, pensar e agir sobre este mundo.

Os Surdos se apropriam do conhecimento prioritariamente pela experiência visual. Assim, um ambiente de letramento deve oportunizar atividades de leitura, principalmente na fase inicial, contextualizadas em referências visuais, em que a Língua de Sinais tem destaque, na compreensão dos sentidos mobilizados pelo texto. A leitura de imagens conduzirá o processo de reflexão e de inferências sobre a leitura da palavra, por meio da mediação da língua de sinais como língua materna (FERNANDES, 2006)

As narrativas visuais são um caminho comum a ser trilhado, seja por crianças Surdas, ou não. Há, no entanto, diferenças decorrentes da forma de apropriação do sentido mediado pela palavra. A narrativa visual proposta em HQ não apresenta texto da língua oral – apresenta o personagem falando em língua de sinais, e o

SignWriting. O sistema de escrita se difere do desenho pela associação simbólica

que a criança Surda faz do sinal com a sua forma grafada. Assim, o desenho é algo no mundo sobre o qual se podem tecer comentários. Já quando as grafias representam possibilidades de significados linguísticos, a criança que escreve e lê desenvolve uma intencionalidade, um ponto crucial no letramento, segundo Ferreiro e Teberosky (2008). Estes autores nos dizem que a aquisição da leitura e da escrita são mais relacionadas à cultura, deixando claro que o processo de apropriação da língua escrita formal ocorre nas práticas sociais com o mundo de leitura e escrita, no mundo das história lidas, contadas – o que nos leva a propor uma metodologia de contexto de língua, conforme apresentado mais adiante.

2.1 IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE ESCRITA PARA A LÍNGUA DE SINAIS

Sistemas de escrita servem para várias funções: eles reproduzem a fala, pensamentos e conceitos abstratos. Eles são as ferramentas humanas de conhecimento, necessários para o desenvolvimento da ciência, disseminação da informação, permitem a expressão de conceitos abstratos, dos sonhos; eles estão enraizados na necessidade humana de se comunicar no tempo e no espaço; eles

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ajudam a organizar nossas vidas, registrar pensamentos, sentimentos, descobertas – a escrita preenche funções humanas e significados específicos que requerem ações analíticas deliberadas capazes de construir uma estrutura interna. Mais do que transmitir ideias, a escrita transmite nossa maneira de ver, sentir, interpretar e pensar o mundo (STUMPF, 2005).

Escrita e leitura são processos inter-relacionados – quem lê deve, inicialmente, reconhecer o código necessário para a escrita. Uma das habilidades da leitura é a de poder decodificar o sistema de escrita. A aquisição deste código é contingente no fato do leitor se considerar escritor, segundo Ferreiro e Teberosky (2008). Portanto, temos a necessidade de um sistema de escrita para as línguas de sinais que esteja em relação direta com o processo de pensamento da pessoa Surda. Tal visão do processo é usualmente associada à alfabetização, que é uma condição considerada necessária, mas não suficiente para o entendimento do texto, um passo que não se produz sem instruções explícitas, um processo que tem implicações positivas na aprendizagem da escrita. Porém, considera-se que não faz sentido uma alfabetização que não seja também letramento – que venha em forma de um conhecimento cultural compartilhado, uma das formas que a pessoa Surda tem de buscar a sua inclusão social e seus direitos básicos de cidadania (FERNANDES, 2006).

Há um equívoco ao se pensar que as línguas de sinais não possuem um sistema de escrita, e que pouco se pode ganhar com o seu uso pelas crianças Surdas que falam Libras. A Libras é um sistema linguístico completo de modalidade visual-espacial, e requer um sistema de escrita adequado, capaz de mapear as propriedades da língua de sinais e o desafio de tentar representar linearmente uma língua tridimensional. Portanto, pode-se pensar que a aquisição de um sistema de escrita e o letramento são processos interconectados: a alfabetização deve se desenvolver no contexto de uso e de significados de práticas sociais de leitura e escrita, ou seja, de atividades de letramento, em um processo e um comportamento social valorizado. O uso de um sistema de escrita adequado para as línguas de sinais é um processo que aumenta as habilidades linguísticas e cognitivas, promovendo assim uma valorização da identidade e da Cultura Surda.

Há alguns sistemas de escrita propostos para as línguas de sinais tais como Mimographie notation (BÉBIAN, 1825); Stokoe notation (STOKOE, 1960); D’Sign (JOUISON, 1995); Neve notation (NEVE, 1982); HamNoSys (HANKE, 2004);

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SignWriting (SUTTON, 2006); no Brasil temos a Escrita das Línguas de Sinais - Elis (BARROS, 2008), o Sistema de Escrita para Libras - SEL (LESSA-DE-OLIVEIRA, 2012) entre outros. Apesar dessas possibilidades de registro, por ser de uso universal, o SignWriting é o sistema sobre o qual focaremos nossos estudos.

No âmbito pedagógico, o debate situa-se nas especificidades do processo de alfabetização dos surdos, já que a escrita de sinais constituiria um elemento mediador na apropriação da escrita alfabética, posto que o aprendizado do português pelos estudantes surdos tem como premissa que a constituição dos sentidos na escrita decorrerá de processos simbólicos visuais, nos quais a mediação da língua de sinais assume centralidade. Esse pressuposto demanda um processo metodológico que difere dos encaminhamentos adotados no ensino de português como língua materna, os quais se pautam nas relações entre fonema-grafema pelos falantes nativos.

São significativos os estudos desenvolvidos em diferentes países sobre as especificidades do processo de letramento dos surdos (SÁNCHEZ, 1991; HOFFMEISTER, 1999; FERNANDES, 2012), os quais propõem desconsiderar o domínio das relações letra-som como pressuposto para o acesso à escrita. Para os pesquisadores, a questão é simples: admitir a língua de sinais como simbolismo mediador no aprendizado da escrita e adotar encaminhamentos metodológicos utilizadas no ensino de segundas línguas para estrangeiros possibilitará a inserção dos surdos em práticas de letramento, nos mesmos moldes dos demais estudantes. Ler sem estar “alfabetizado” corresponde à realidade de sujeitos que tem uma língua não-alfabética como língua materna e dominam a escrita de uma segunda língua alfabética, ainda que não se comuniquem oralmente por meio dela (FERNANDES, 2006).

Nesse sentido, o sistema de escrita visual direta SignWriting representa um elemento mediador entre a primeira língua, a Língua de Sinais, e a escrita alfabética do português como segunda língua, contribuindo para a complexificação das funções psicológicas superiores (memória, abstração, generalização, metalinguagem etc.) das crianças surdas, bem como potencializando seu letramento. Em que pesem os inúmeros aspectos positivos relativos à acessibilidade e inclusão que a sistematização e difusão de um sistema de escrita da língua de sinais para a comunidade surda brasileira oportunizaria, são ainda precárias as publicações e suportes informacionais registrados em SignWriting.

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Do ponto de vista dos suportes informacionais que veiculam o SignWriting, há total carência e precariedade de produtos. Justifica-se, desse modo, a criação de narrativa visual, do gênero história em quadrinhos que contempla sinais em Libras, para a aquisição da escrita da língua de sinais, por se tratar de um recurso inovador como processo intermediário na aquisição da escrita alfabética pelos surdos. A narrativa visual possibilita o estabelecimento de novas relações para a construção do conhecimento e novas formas de atividade mental, considerando-se o potencial dos meios eletrônicos de informação e comunicação, para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino e aprendizagem de estudantes surdos.

2.2 SIGNWRITING

O trabalho de Stokoe (1960) foi pioneiro em identificar alguns parâmetros das línguas de sinais, tais como configuração de mão, contato (locação), orientação da palma da mão, movimentos locais e globais e expressões não manuais. Por sua vez, Sutton (2006), em meados dos anos 70, propôs o SignWriting como um sistema de escrita para as línguas de sinais, que vem sido adotado no mundo inteiro. Esses elementos constitutivos do sinal, articulados com as mãos, olhos, partes do corpo, ocupam o espaço tridimensional, de forma simultânea. Assim, o grande desafio do registro escrito repousa na forma de representação de cada um desses elementos no espaço, já que não se apresentam de forma linear como os signos acústicos das línguas orais.

O SignWriting preserva as características tridimensionais das línguas de sinais ao contemplar várias representações para os diversos parâmetros da fonologia proposta por Stokoe (1960). A figura 1 nos mostra uma configuração de mão em três orientações diferentes. Alguns dos símbolos são icônicos, e permitem uma melhor associo ação com o sinal representado.

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Figura 2 – Exemplo de SignWriting: configuração de mão à direita e o símbolo correspondente à esquerda.

Fonte: Sutton (2006)

Conforme vimos na Figura 1, o SignWriting se adequa à representação das línguas orais, quaisquer que sejam elas. Mas, apesar dos diversos aspectos relacionados à acessibilidade e inclusão que uma sistematização e disseminação de um sistema de escritas em língua de sinais possa trazer para a pessoa Surda, há poucas publicações em escrita de sinal, e menos ainda textos, ferramentas e metodologias em SignWriting, sendo os mesmos considerados precários (STUMPF, 2005).

Stumpf (2005) nos mostra que o SignWriting é, para o surdo, visualmente fonético; permite operações metalinguísticas em relação à Libras; permite a transmissão direta do pensamento para a escrita; é mais espontâneo e coerente; fortalece a autoestima; ajuda a construir a identidade Surda; é limitado apenas pela sofisticação da pessoa que vai usar. O desafio de introduzir a escrita na escola é grande, pois há uma carência de material adequado; e a autora conclui que o uso de um sistema de escrita em língua de sinais é um marco importante na educação do Surdo.

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3 NARRATIVA VISUAL: A HISTÓRIA EM QUADRINHOS EM LIBRAS

As HQs fazem parte de nosso cotidiano, e têm sido usadas para divulgar e produzir cultura e conhecimento. Quando as HQs são usadas como ferramentas pedagógicas, elas deixam de ser apenas ilustrativa ou um meio de diversão, tornando-se uma maneira de melhorar a compreensão e de tornar o processo de ensino e aprendizagem mais prazeroso. Considera-se que uma HQ se caracteriza pelo uso de balões com texto, mas a maioria contém textos da língua oral (GOMES e GOMES, 2015). Porém, sendo a língua de sinais de modalidade visual espacial, ela se adequa ao gênero, uma vez que a sinalização pode ser representada visualmente – e esta é a base da ferramenta proposta: HQ em Libras para ensino de

SignWriting.

Pensando a Libras em seus aspectos de enunciação e discurso, a compreendemos como atividade social, histórica e cognitiva, com papel comunicacional, e escolhemos o gênero HQ para apresentar o sistema de escrita a ser aprendido (OLIVEIRA e BRANCO, 2015). Toppel, Camargo e Chicória (2015, p. 10581) apontam uma série de vantagens do uso de HQ para o ensino de Física, por exemplo: “[...] a facilidade de leitura, a forma de disposição quadrinizada, os desenhos ilustrativos e o enredo tornam as HQs uma leitura divertida e ao mesmo tempo um estímulo para o conhecimento”. O HQ em nossa proposta poderia ser classificada pelos autores como sendo Construtivista, uma vez que foi desenvolvida para levar conhecimento ao aprendiz. Este uso é fundamental para a autonomia da pessoa Surda, que pode aprender de maneira divertida, criando o seu conhecimento.

Guimarães, Guardezi e Fernandes (2014), apresentam um framework computacional em que o sinal é associado ao contexto lexical pela iconicidade, e o contexto semântico por meio de vídeos, em um contexto de aprendizagem. O sistema proposto aqui segue esta orientação pedagógica, em que o contexto é apresentado por meio de uma narrativa visual, que acompanha o personagem até uma situação real de sinalização na Língua de Sinais. É feita uma sobreposição dos símbolos relacionados do SignWriting no sinal. A narrativa visual é feita sob a forma de ilustração em HQ desenvolvida em Libras (BONGCO, 2000). Para efeitos deste artigo, iremos apresentar apenas recortes da narrativa, pontuando aspectos

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significativos para a compreensão dos objetivos do material proposto que apresenta como procedimentos: o estabelecimento do contexto e situação comunicacional, apresentação do sinal/enunciação em Libras, elementos composicionais do

SignWriting e atividades de escrita de sinais.

Em nosso material, a narrativa se inicia com um robô (ainda misterioso, pois não se sabe de onde ele veio, onde ele está, o que está fazendo; seria o robô uma ameaça? Teria sido enviado por conhecidos? Seria hostil? etc.). Todos estes elementos da narrativa compõem o que Sutton-Spence e Kaneko (2016) chamariam de Literatura Surda: uma literatura de efeito estético, em LS, possuidora de uma estética visual, que possa representar e valorizar aspectos da cultura visual. Na Figura 2, vemos que o robô vem do espaço (não se sabe se retornando, ou se enviado por outras civilizações) mas vemos que assim que pousa ele permanece imóvel.

Figura 3 – Ilustração da História que apresenta um personagem Robô vindo do espaço Fonte: Os Autores

Devido às circunstâncias externas (a queda de uma pinha), apresentado parcialmente na figura 3, o robô é ativado, e inicia a sua jornada.

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Figura 4 – Ilustração da História que apresenta um personagem Fonte: Os Autores

Note-se que até este momento, nenhum texto escrito foi utilizado. Os recursos são totalmente visuais não-verbais. O robô se reconfigura, e começa a caminhar (também ainda não se sabe se em busca de algo específico, ou se de forma aleatória), até que chega ao Santuário das Borboletas, mostrado na Figura 4 (permanece o mistério: o que vem a ser este santuário, quem o construiu, para que serve?). Este local parece dedicado à preservação das borboletas (mas ainda persiste o mistério sobre a importância deste local. O próprio monumento do local é uma representação estática do que seria o sinal em Libras para BORBOLETA2.

Figura 5 - O Santuário das Borboletas Fonte: Os Autores

Neste momento, ao ver a borboleta, o robô reconhece em suas mãos o sinal representado pelo monumento, sinaliza BORBOLETA em Libras e envia a mensagem para seus interlocutores (ainda não se sabe para quem o robô está sinalizando) conforme a figura 5.

2 Seguindo convenção de glosa adotada por Felipe (2007), os sinais em Libras serão grafados em caixa-alta.

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Figura 6 – O SignWriting sobreposto à mão; robô sinalizando BORBOLETA Fonte: Os Autores

A partir daí, o SignWriting é apresentado, conforme a figura 6, e pode-se então, de forma direcionada, reconhecer a escrita no próprio ato de sinalizar – considerando que o sinal selecionado tem a característica icônica que permite associar escrita e imagem sobrepostas. Vemos, na Figura 6, o sinal BORBOLETA e sua escrita em SignWriting. Em seguida é proposta a atividade de prática do traçado da configuração de mão na escrita, a partir desse contexto narrativo. Os dois diacríticos que acompanham a configuração de mão (^^ e +) representam o movimento das asas da borboleta e o tipo de toque, respectivamente no sistema SignWriting.

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Figura 7 – O Monumento, o sinal e a escrita de BORBOLETA em língua de sinais Fonte: Os Autores

À medida que a história vai se desenvolvendo, novos personagens vão surgindo, bem como novas situações comunicacionais com enunciados mais extensos, conforme podemos ver na Figura 6, em que o robô vê uma borboleta amarela no meio das outras borboletas azuis, e sinaliza A BORBOLETA AMARELA É BONITA para seus interlocutores. Novamente a metodologia apresenta o SignWriting equivalente, e convida a criança leitora/escritora a fazer sentido do código usado, aprendendo assim os fundamentos da escrita, praticando a escrita proposta.

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Figura 8 – A borboleta amarela é bonita – em Libras Fonte: Os Autores

Nos estudos realizados para a validação desse material, seguimos Dolz e Schneuwly (2004), a perspectiva multi/interdisciplinar foi efetivada pela participação de profissionais especialistas em Línguas de Sinais (professor surdo, linguista bilíngue), tecnólogo em desenho gráfico e pesquisador/professor na área da Ciência de Computação, cuja abordagem teórico-metodológica fosse consistente do ponto de vista da interlocução efetiva com a literatura na área, cumprindo o critério de relevância social e abordagem inovadora do objeto em estudo.Além disso, foram realizadas reuniões com psicólogas, pedagogas, professores e alunos Surdos, no âmbito de um curso de Letras Libras, a fim de que o material fosse qualitativamente analisado , considerando sua importância e aplicabilidade no ensino da Libras no contexto escolar de crianças surdas.

Como aspectos positivos da avaliação, foram destacadas a HQ como estratégia pedagógica adequada para o contexto de escolarização de crianças e jovens surdos, o fato de o personagem robô falar Língua de Sinais, e a estratégia do uso de sinais icônicos para a representação das primeiras lições de SignWriting, complementadas com enunciados contextualmente significativos na narrativa visual.

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As atividades de prática do traçado da escrita em SignWriting também foram consideradas fáceis e adequadas à faixa etária.

A partir dessa validação, as próximas etapas da pesquisa preveem a validação em diferentes grupos de controle (crianças Surdas, acadêmicos do Letras Libras, professores de Libras), analisando detalhadamente a aplicabilidade dos princípios teórico-metodológicos pressupostos na investigação

3.1 Processo de criação do HQ

A pesquisa é de caráter exploratório, com intenção de desenvolver uma narrativa fictícia, através de elementos fundamentais para a reprodução da lingua de sinais em uma mídia impressa. O roteiro foi desenvolvido a medida que a história se desenrolava, visto que o foco da pesquisa se encontrava nos desafios necessários para uma experiência inserida no que Sutton-Spence e Kaneko (2016) chamariam de literatura surda. O quadrinho conta a história de um robô enviado por humanos para explorar este planeta onde habitam criaturas que falam apenas língua de sinais. Além disso, em alguns pontos são encontradas estátuas de mãos que mais parecem santuários. Nesta exploração, o robô conhece uma criatura e os dois se tornam amigos, a ponto do robô desistir de voltar para a nave mãe quando é chamado.

Vários aspectos foram levados em consideração no processo de criação, pois tomamos a decisão de não utilizar balões de falas; não utilizar textos tornaram o processo muito mais voltado a semiótica gerada pelos gestos e enquadramentos que foram testados com o público em questão.

Para realização do projeto, dependente do ponto de vista e das limitações do observador, é necessária uma aproximação de enquadramento no formato visual. Portando, durante todo o processo contamos com o auxílio de professores e alunos surdos da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Uma vez que os sketches fossem desenvolvidos, eram enviados para aprovação, nesta etapa eram apontados os erros e possíveis mudanças de enquadramento e ou palavras utilizadas.

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Figura 9 – Sketch enviado para os professores Fonte: Os Autores

A medida que os Sketch eram aprovados e todas as modificações devidamente feitas, a arte era finalizada e enviada para validação com os surdos. Figura 10.

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Figura 10 – Página enviada para validação Fonte: Os Autores

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Figura 11 – Alterações Fonte: Os Autores

Figura 12 – Alterações Fonte: Os Autores

As Figura 11 e Figura 12 mostram mudanças feitas nos desenhos após os surdos apontarem dificuldades no entendimento dos mesmos. As mudanças eram resultantes desde mal entendimento do que acontecia na cena, como o robô se abrindo na Figura 10, até problemas decorrentes de um mal enquadramento, como na Figura 12, onde o movimento anterior tinha mais de uma interpretação de movimento.

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3.2 Como representar Lingua de Sinais em um quadrinho

Realizar uma história em quadrinhos onde a comunicação ocorre apenas através de L.S. é de fato um desafio às capacidades técnicas do meio impresso. Uma vez que não há possibilidade de inserir animações, torna-se moroso a representação de sinais onde há mudança de configuração de mão. Como por exemplo o sinal para a palavra “Sol”, demonstrado na Figura 13 e 14.

Figura 13 – Primeira Configuração (Sol) Fonte: Incluir Tecnologia (2012)

Figura 14 – Segunda Configuração (Sol) Fonte: Incluir Tecnologia (2012)

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Uma vez estabelecido que não seria utilizado flechas nem balões de texto, foram levantados conceitos de diferentes parâmetros visuais usados na de representação de movimento indicados por McCloud (1993).

Figura 15 – Diferentes representações de movimento nos quadrinhos Fonte: McCloud (1993)

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Seguindo as etapas de McCloud (1993) na organização de quadros, como mecanismo que potencializa a experiência de percepção visual, foram realizadas ilustrações para experimentação.

Figura 16 – Aplicação dos parâmetros Fonte: Os Autores

Nestes estudos, foi possível perceber três diferentes tipos de representar sinais de libras. O primeiro seria um L.S. estática, sem movimentos ou mudança de configuração de mão (Figura 17); A L.S. com movimento simples (Figura 87); e o movimento com mudança de configuração de mão (Figura 19), onde optamos pelo conceito que McCloud (1993) chamou de “imagens múltiplas” (Figura 15).

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Figura 17 – Estático Fonte: Os Autores

O tipo de sinal representado pela Figura 17 é o mais fácil de adaptar para o quadrinho, pois não há movimento. É importante deixar a mão e o rosto destacados no quadro para não gerar possibilidade alguma de dupla interpretação.

Figura 18 – Movimento simples Fonte: Os Autores

A Figura 18 mostra um sinal que possui apenas um movimento, neste caso, utilizando dos ensinamentos de de McLoud (1993), representamos o movimento com a mão no ponto final e com a trajetória destacada por linhas brancas.

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Figura 19 – Mudança de configuração de mão Fonte: Os Autores

Neste caso, foi utilizado o que McLoud chamaria de Imagens Mútiplas. A mão inicial possui tranparencia de 65% enquanto a posição final com 100%. A escolha deste método se deu pelo fato do leitor ter acesso a todos os movimentos que compões a ação.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A questão da alfabetização/letramento de Surdos em Língua de Sinais é uma temática que ainda se encontra em aberto no campo aplicado. É inegável a necessidade de um sistema de escrita para as Línguas de Sinais e o SignWriting é o sistema de escrita com maior difusão e uso, atualmente, no cenário nacional e internacional da educação de Surdos. Contudo, há uma carência de trabalhos que pesquisem abordagens metodológicas para o ensino e a aprendizagem pela pessoa Surda em contextos de letramento bilíngue, ou seja, que levem em consideração a Libras como língua materna.

Assim, esta pesquisa propõe a criação de um encaminhamento metodológico que se vale da narrativa visual, por meio da História em Quadrinhos como gênero para apresentar um sistema de escrita da Língua de Sinais às crianças Surdas. A Língua de Sinais é apresentada em um contexto (fictício, no exemplo), de forma visual, com o SignWriting contemplado na ilustração, sobrepondo-se e acompanhando o sinal/palavra/enunciado da língua, possibilitando associações simbólicas entre os parâmetros constitutivos da Libras sinalizada (configuração de mãos, movimento, orientação de mãos...) aos grafemas de sistema de escrita.

Neste novo universo proposto, por meio da criação de uma narrativa visual que integra a Literatura Surda, Surdos e demais membros da comunidade assumem a perspectiva de leitores/escritores, contribuindo para a criação coletiva de outros materiais que valorizem a Língua de Sinais como língua de Cultura.

A narrativa visual, suas formas de apresentar a história e o uso da língua de sinais, bem como a metodologia pedagógica proposta para o ensino do SignWriting, planejada e discutida com membros da comunidade surda, conhecedores do

SignWriting, foi abraçada e aprovada como ferramenta que faz avançar o estado da

arte no ensino e na aprendizagem da escrita de sinais.

Certamente, uma proposta como esta deve cumprir as exigências de rigor técnico-científico e passar por rigorosos testes de validação, por um longo período de tempo, que permitirão apreender reflexões e possíveis mudanças no produto final. A incorporação de testagem em participantes que não utilizam Libras como língua materna e, tampouco, conhecessem o SignWriting, permitirá ampliar o escopo de variáveis de análise quanto ao processo de aquisição da escrita de sinais que

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permitissem observar aspectos relativos à abstração e generalização da proposta. Estas e outras questões integram nossa problemática de pesquisa em trabalhos futuros.

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Referências

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