Perspectivas na Produção e
Perspectivas na Produção e
Processamento de Petróleo e Gás
Processamento de Petróleo e Gás
Natural no Brasil
Natural no Brasil
Luiz Augusto Horta Nogueira
AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
Importância do Petróleo e Gás Natural no
Brasil
Em 2001:
• 30% da demanda energética
• 90% do consumo para transportes
• 1500 mil barris/dia de produção nacional
• US$ 7 bilhões de produtos importados
• 5,4% do PIB (2000, ex-impostos)
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Brasil - Petróleo e Gás Natural (2000)
Produção Produção 1,27 milhão b/d 36,5 milhões m3/d Importação Líquida Importação Líquida (M-X) (M-X) Petróleo - 379 mil b/d Derivados -192 mil bep/d GN - 6,1 milhões m3/d (2,2 bilhões m³/a) Consumo Total Consumo Total Derivados - 1,8 milhão bep/d GN* - 27 milhões m³/d
* Inclui vendas internas (gás natural nacional e
importado) e consumo da Petrobras,
Capacidade de Capacidade de Refino Refino 1,8 milhão b/d* UPGNs - 28 milhões m³/d
* Capacidade de refino efetiva
Reservas Provadas Reservas Provadas (R/P 19 anos) Petróleo - 8,5 bilhões b GN - 221 bilhões m3 (1,4 bilhão bep)
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Histórico: Bofete, Lobato, Lobato, CNP, Petrobrás...
Surpresas e anedotas: Bacia Potiguar, Juruá e Garoupa
Prospectividade das bacias sedimentares no Brasil:
Probabilidade
Reservas
Petróleo produzido - 5 bilhões de barris
Reservas provadas e prováveis - 15,5 bilhões de barris (ANP, 2001) Reservas por descobrir - 14 a 177 bilhões de barris (USGS,2000)
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Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Bacias Sedimentares Brasileiras (2000)
• 29 bacias sedimentares - 6,4 milhões km2 de bacias sedimentares - 4,8 milhões km2 - onshore - 1,6 milhão km2 - offshore • 8.000 km de costa atlântica • Reservas provadas de petróleo e gás natural - 9,9 bilhões bep • Reservas totais de petróleo e gás natural - 15,3 bilhões bep Bacia Madre de Deus Bacia do Tacutu Bacia do Alto Tapajós Bacia do Parecis Bacia do Pantanal Bacia do Bananal Bacia do São Francisco Bacia do Marajó Bacia do Barreirinhas Bacia do Paranaíb a Bacia do
Araripe Bacia do Pernambuco -Paraíba Bacia de
Irecê
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Reservas por descobrir no Brasil (USGSestimate 2000)
SANTOS BASIN (DEEP WATER) OIL (MMBBLS) 9,500 GAS (BCFG) 17,700 NGL (MMBNGL) 1,000 CAMPOS BASIN (DEEP WATER) OIL (MMBBLS) 4,500 GAS (BCFG) 4,000 NGL (MMBNGL) 100
ESPIRITO SANTO BASIN (DEEP WATER) OIL (MMBBLS) 3,000 GAS (BCFG) 34,200 NGL (MMBNGL) 1,500 SERGIPE ALAGOAS BASIN (DEEP WATER) OIL (MMBBLS) 1,400 GAS (BCFG) 8,200 NGL (MMBNGL) 400
FOZ DO AMAZONAS BASIN (DEEP WATER) OIL (MMBBLS) 0 GAS (BCFG) 30,000 NGL (MMBNGL) 300
TOTAL ONSHORE BASINS OIL (MMBBLS) 61 GAS (BCFG) 200 NGL (MMBNGL) 6
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Reservas provadas quadruplicaram em 17anos
Petróleo Gás
1983
Albacora
Marlim & Albacora Leste Marlim Sul
Barracuda & Caratinga
Espadarte, Marimbá e Voador
Roncador 2000 0 2 4 6 8 10 Bilhões bep
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Evolução da produção nacional depetróleo
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2001
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 19 40 19 55 19 75 Mil bep/d Lobato Fase primeiras descobert as Candeias Aratu D. João A. Grande Fase terrestre Carmópoli s Fase marinha rasa Guaricem a Albacora Garoupa Ubarana Fase marinha profunda Marlim Roncador Barracuda 19 45 19 50 19 60 19 65 19 70 19 80 19 85 19 90 19 95 20 05 20 00
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2001 72,4% 5,6% 8,1% 5,1% 3,2% 5,6%
Campos Recôncavo Solimões Potiguar Sergipe-Alagoas Outros
5,5% 52,7% 21,4% 20,4% Offshore ( > 1000 m) Offshore ( 400 -1000 m) Offshore ( < 400 m) Onshore Produção Total (óleo, condensado e gás natural): 1,46 milhão bep/d
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Produção nacional por lâmina d’água e porPerspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Produção, Consumo Total e Reservas deGás Natural
Bilhões m³
82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2001
* Inclui vendas internas de gás nacional e importado (1,1 milhão m³/d em 1999) e consumo da Petrobras. Milhões m³/d Produção Consumo* Reservas 0 5 10 15 20 25 30 35 99 00 40 0 50 100 150 200 250 300 36,4 milhões de m3/d
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Destino do Gás Natural de ProduçãoNacional 0 5 10 15 20 25 30 35 40 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 Ano m ilh õ e s d e m 3 /d
Vendas Consumo Petrobras Reinjeção Flare LGN
Fonte: Anuário Estatístico ANP,
18% 20% 22% 6% 33% 36,4 milhões de m3/d
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Aproveitamento do Gás Natural DomésticoO gás natural “não aproveitado” no Brasil entre 1970 e 2000
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 Ano Esforços no sentido de aproveitar o GN durante as décadas de 1970 e 1980 Necessidade de um esforço suplementar para aproximar
país dos padrões internacionais
* O gás não aproveitado inclui as parcelas queimada e
reinjetada
Fonte: Anuário Estatístico, 2000
38 %
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Produção realizada e prevista a médioprazo: petróleo 0 100 200 300 400 500 600 700 800 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 106 bbl Total Offshore Fonte: SDP/ANP,2002 1.854 mil barris/dia
Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
Produção realizada e prevista a médioprazo: gás natural 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 109 m3 Total Offshore Fonte: SDP/ANP,2002 54 milhões m3/dia
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
Demanda prevista de combustíveis
Consumo atual de Derivados de Petróleo
Consumo Nacional Total de Derivados (2000): 1,8 milhão bep/d Fonte: BEN, 2000 15% 13% 7% 7% 6% 5%1% 46% Transportes Industrial Não-Energético Residencial Transformação Outros Setor Energético Comercial
16,1% 14,3% 8,6% 10,8% 15,7% 34,5%
Óleo Diesel Gasolina
Outros Óleo Combustível
Demanda prevista de combustíveis
Projeção do Comitê da Matriz Energética, CNPE Fonte: CT3, 2001 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 (t E P /m il U S $ -9 9 o u t E P /m il h a b
*) UFE/PIB UFE per capita*
0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 2000 2005 2010 2020 MW Gás Natural Carvão Vapor Óleo Combustível Oleo Diesel Estimativas para Intensidade Energética até 2020. Projeção da Capacidade Instaladas em Termelétricas do Serviço Público ()
Demanda prevista de combustíveis
Projeção da demanda total e por fonte primária, CNPE Fonte: CT3, 2001 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 mil barris/dia
Petróleo e Derivados Gás Natural Carvão Mineral e Derivados Urânio e Derivados Hidráulica e Eletricidade Lenha e Carvão Vegetal Produtos de Cana-de-Açúcar Outras Fontes Primárias Demanda total
Premissas Básicas 2000 – 2020 1,1 (% a.a.) População 4,9 (% a.a.) PIB 1.945 mil barris/dia
Demanda prevista de combustíveis
Consumo futuro de Derivados de Petróleo, Álcool e GN Fonte: CT3,2001 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 2000 2005 2010 2015 2020 mil barris/dia
Gasolina Álcool Etílico
GLP Óleo diesel
Óleo combustível QAV
Demanda prevista de combustíveis
Premissas e Resultados básicos dasProjeções da IEA
Fonte: IEA
1997 2010 2020
Demanda* total (milhões b/d) 74,5 95,8 114,7
Participação OPEP (%) 40,0 46,0 54,0
Preço internacional (US$-90/b) 16,0 16,5 22,5
Intensidade Petrolífera (barril/mil US$-90) 1,0 0,9 0,8
Consumo per capita de petróleo
(b/habitante) 4,7 5,3 5,7
* Inclui bunkers e variação de estoques
Premissas Básicas 2000 – 2020 1,1 (% a.a.) População 2,5 (% a.a.) PIB
Demanda prevista de combustíveis
Projeções do Mercado Brasileiro - 2000 a 2020, IEA 0, 3 0, 6 0, 9 1, 2 1, 5 1, 8 2, 1 2, 4 2, 7 3, 0 3, 3
Demanda prevista de combustíveis
Mercado de Derivados de Petróleo- 1998 e 2020, IEA
1.7 milhão bep/d
3,0 milhões bep/d
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
A questão do refino
Dos anos 80 até o presente:
- capacidade de refino estacionada - melhora a conversão das refinarias
0% 20% 40% 60% 80% 100% 1980 1990 2000 Nafta e outros Óleo Combustível Óleo Diesel Querosene Gasolina GLP
28
A questão do refino
Refinarias e Unidades de Processamento de Gás Natural, 2000
UPGNs (em operação) UPGNs (em construção)
Outras unidades de refino
Capitais Refinarias
Fonte: Anuário Estatístico ANP, 2001 URUCU (2) REMAN RLAM RPI (Ipiranga) REFAP REPAR RPBC RPDM (Manguinhos) RECAP SIX LUBNOR REDUC REGAP REVAP REPLAN LUBNORGUAMARÉ (2) PILAR CATU CANDEIAS LAGOA PARDA CABIÚNAS (3) REDUC (2) RPBC ATALAIA CARMÓPOLIS 16 em operação: 1 em ampliação: 28,4 1,8 M m3/dia 17 UPGNs 1) REMAN (AM) 2) LUBNOR (CE) 3) RLAM (BA) 4) REGAP (MG) 5) REDUC (RJ) 6) RPDM (RJ) 7) REVAP (SP) 8) RECAP (SP) 9) REPLAN (SP) 10) RPBC (SP) 11) REPAR (PR) 12) SIX (PR) 13) REFAP (RS) 14) RPI (RS) Refino mil barris/dia Capacidade de Processamento 45,9 6,3 306,3 151,0 242,2 14,0 226,4 53,5 352,2 169,8 188,7 3,9 188,7 12,6 1.961,4
A questão do refino
Produção Nacional e Importação de Petróleo e Derivados
Fonte: BEN e Anuário Estatístico ANP, 2000
- Dependência crescente de produtos importados - Necessidade ampliar refino, eventualmente no NE
0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 1.600 1.800 2.000 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 Ano Mil bep/d 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Derivados Importados Produção Nacional Petróleo Importado Dependência Externa
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
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No caminho da sustentabilidade
Para os combustíveis fósseis, a relação
reserva/produção, considerados os valores atuais das reservas provadas, é ~18 anos, mas os recursos são finitos...
Deve ser encaminhada uma transição para fontes renováveis, especialmente
biocombustíveis, considerando:
- substituição (ex: álcool hidratado)
- complementaridade (ex: mesclas, motores flexíveis)
Os procedimentos ambientalmente corretos devem ser priorizados (ex: redução da
Principais Drivers para o Futuro da Indústria do
Petróleo e Gás Natural
Crescimento do consumo de energia em países em desenvolvimento Avanços tecnológicos Globalização Aumento da competiçãopor recursos nos mercados financeiros Restrições ambientais Aumento da importância do gás natural Reorganização industrial das empresas de energia
Fonte: ADL e ANP
Novas tecnologias de geração, transformação e consumo de energia Tendências da Indústria do Petróleo e Gás Natural
Sumário
• Introdução
• Perspectivas na oferta de hidrocarbonetos
• Demanda prevista de combustíveis
• A questão do refino
• No caminho da sustentabilidade
• Conclusões e comentários finais
Conclusões (1/2)
- as perspectivas de incrementar a oferta de petróleo e gás natural, a partir de reservas conhecidas, são favoráveis.
- o esforço exploratório em curso pode resultar na abertura de novas fronteiras de produção, com avaliações
preliminares de que se amplie bastante as reservas atuais. - os derivados de petróleo devem continuar essenciais
para atender as demandas, em particular no setor de transporte, e com boas perspectivas para gás natural contribuir na geração de energia elétrica.
Conclusões (2/2)
- o cotejo das projeções de demanda e oferta indica que o Brasil estará se aproximando da auto-suficiência nos
próximos anos.
- a crescente dependência de derivados importados, coloca em evidência a necessidade de se expandir a capacidade de refino.
- a complementaridade entre as formas renováveis de energia (biocombustíveis) e os combustíveis fósseis
convencionais devem ser estimuladas,para promover uma transição à sustentabilidade.