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Influência de materiais de cobertura e de alturas de cama, nos índices de conforto térmico e no desempenho de frangos de corte, em Dourados - MS

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INFLUÊNCIA DE MATERIAIS DE COBERTURA E DE ALTURAS DE

CAMA, NOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO E NO

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE, EM DOURADOS – MS.

YARA BRITO CHAIM JARDIM ROSA

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia – Área de Concentração em Energia na Agricultura.

BOTUCATU - SP (agosto de 2001)

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INFLUÊNCIA DE MATERIAIS DE COBERTURA E DE ALTURAS DE

CAMA, NOS ÍNDICES DE CONFORTO TÉRMICO E NO

DESEMPENHO DE FRANGOS DE CORTE, EM DOURADOS – MS.

YARA BRITO CHAIM JARDIM ROSA

Orientador: Prof. Dr. Jorge de Lucas Junior

Tese apresentada à Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP – Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Agronomia – Área de Concentração em Energia na Agricultura.

BOTUCATU - SP (agosto de 2001)

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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

SERVIÇO TÉCNICO DE BIBLIOTECA E DOCUMENTAÇÃO - FCA UNESP - LAGEADO - BOTUCATU (SP)

Rosa, Yara Brito Chaim Jardim,

R788i Influência de materiais de cobertura e de alturas de cama, nos índices de conforto térmico e no desempenho de

frangos de corte, em Dourados – MS / Yara Brito Chaim Jardim Rosa. -- Botucatu : [s.n.], 2001

xxii, 148 f. : il. color.

Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas

Orientador: Jorge de Lucas Junior Inclui bibliografia

1. Conforto térmico 2. Cama de frango 3. Frango de corte 3. Frango de corte – Desempenho 4. Ave doméstica - Instalações – Dourados (MS) I. Lucas Junior, Jorge de II. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Fi- lho (Campus de Botucatu). Faculdade de Ciências Agronômi- cas III. Título

Palavras-chave: Conforto térmico; Cama de frango; Frango de cor- te; Índice de temperatura do globo e umidade; Carga térmica de radiação

(4)

BIOGRAFIA DO AUTOR

Yara Brito Chaim Jardim Rosa, nascida em 22 de janeiro de 1957 no município de Espírito Santo do Pinhal – SP, graduou-se em Engenharia Agronômica pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia Manoel Carlos Gonçalves, de Espírito Santo do Pinhal, em 1978. Em março de 1980 integrou-se ao quadro docente da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, onde ministra a nível de graduação as disciplinas de Topografia II, Jardinocultura e Construções Rurais.

Obteve o título de Mestre em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa em 1984, na área de concentração de Construções Rurais e Ambiência.

Além das atividades de ensino e pesquisa, foi coordenadora do Curso de Agronomia da UFMS nos biênios 1992-1994 e 1994-1996.

(5)

Ao meu marido Edgard, aos nossos filhos Cedrick e Derek

e em memória do nosso amigo Paulo Rodolfo Leopoldo, DEDICO

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AGRADECIMENTOS

À Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” pela oportunidade concedida,

Aos professores Sérgio Hugo Benez e Edgard Jardim Rosa Junior, pelo empenho na gestão do convênio UNESP/UFMS,

Ao professor orientador Jorge de Lucas Junior, pelos exemplos de profissionalismo, de mestre e de amigo,

Aos professores que ministraram disciplinas no convênio UNESP/UFMS, pela dedicação,

Aos professores e funcionários do Departamento de Ciências Agrárias da UFMS, e em especial aos professores Manoel Carlos Gonçalves e Edson Talarico Rodrigues pela colaboração nos procedimentos estatísticos utilizados e à professora Nausira Noriko Namiuchi pelo auxílio na execução dos trabalhos de campo e laboratoriais,

Aos diretores e funcionários do Núcleo Experimental de Ciências Agrárias da UFMS, e em particular aos funcionários Deuzelino, Floriano, Galiano, Jesus, Laudelino, Luiz, Milton, Nilton, Osmar e Samuel pela condução dos aviários experimentais e coleta de dados e à laboratorista Elda Barrios de Azambuja Silva pela execução das análises laboratoriais,

À Avipal S/A - Avicultura e Agropecuária pelo fornecimento dos pintos e das rações utilizados,

À Comissão Examinadora pelas correções e sugestões, E aos colegas de curso, pelo bom convívio.

(7)

SUMÁRIO

Página LISTA DE QUADROS... X

LISTA DE FIGURAS... XVIII

1 RESUMO... 1

2 SUMMARY... 3

3 INTRODUÇÃO... 5

4 REVISÃO DE LITERATURA... 8

4.1 Fatores que influenciam a produtividade de frangos de corte... 8

4.1.1 Temperatura do ar... 9

4.1.1.1 Estresse por frio... 10

4.1.1.2 Estresse por calor... 11

4.1.2 Umidade relativa do ar... 14

4.1.3 Volume e qualidade do ar... 15

4.1.4 Influência das características construtivas das edificações e da sua vizinhança no conforto ambiental... 17

4.1.4.1 Material de cobertura... 18

4.1.4.2 Orientação, tamanho e pé-direito da cobertura... 19

4.1.4.3 Utilização de isolantes térmicos para coberturas... 22

4.1.5 Vizinhança da cobertura... 23

4.1.6 Cama de frango... 24

(8)

5 MATERIAL E MÉTODOS... 30

5.1 Aviários experimentais... 31

5.2 Cama de frango... 32

5.2.1 Manejo da cama de frango... 33

5.3 Animais, densidade e manejo... 34

5.3.1 Animais... 34

5.3.2 Manejo das aves... 35

5.3.2.1 Alimentação... 35

5.3.2.2 Aquecimento... 36

5.3.2.3 Luminosidade... 36

5.3.3 Manejo do galpão... 36

5.3.3.1 Manejo das cortinas... 36

5.3.3.2 Manejo do sistema de ventilação... 37

5.3.3.3 Manejo do sistema de nebulização... 37

5.4 Dados registrados... 38

5.4.1 Perfil da temperatura de bulbo seco... 39

5.4.2 Umidade relativa do ar... 39

5.4.3 Temperatura das superfícies internas e externas do material de cobertura.... 40

5.4.4 Temperatura de globo negro... 40

5.4.5 Velocidade do vento... 41

5.4.6 Temperatura retal... 41

5.4.7 Temperatura da superfície e do interior da cama de frango... 42

(9)

5.6 Índices avaliados... 43

5.7 Análise estatística... 45

6 RESULTADOS E DISCUSSÕES... 47

6.1 Variáveis meteorológicas... 47

6.2 Variáveis relacionadas com os horários das observações... 48

6.2.1 Temperatura das superfícies externa (Tse) e interna (Tsi) dos materiais de cobertura... 48

6.2.2 Temperatura de bulbo seco (Tbs)... 52

6.2.3 Temperatura de globo negro (Tgn)... 62

6.2.4 Velocidade do vento (v)... 66

6.2.5 Umidade relativa do ar (UR)... 69

6.2.6 Índice de temperatura do globo e umidade (ITGU)... 74

6.2.7 Carga térmica de radiação (CTR)... 79

6.2.8 Temperatura retal (Tr)... 85

6.3 Variáveis relacionadas com o tempo de vida das aves... 88

6.3.1 Variáveis relacionadas com a cama de frango... 88

6.3.1.1 Teores de matéria seca (MS) e de umidade (UM) da cama de frango... 93 6.3.1.2 Temperatura da superfície (Tsc) e do interior (Tic) da cama de frango... 95

6.3.1.3 Potencial de emissão de amônia da cama de frango (NH3)... 98

6.3.1.4 Teores de proteína bruta da cama de frango (PB)... 103

(10)

6.3.2.1 Peso corporal (PC), consumo de ração (CR), conversão alimentar

(CA) e mortalidade (MT)... 105

6.3.3 Relações entre o desempenho das aves, os índices de conforto ambiental e a qualidade da cama de frango... 110

6.3.3.1 Fase de aquecimento (1 a 14 dias)... 112

6.3.3.2 Fase de crescimento (15 a 35 dias)... 114

6.3.3.3 Fase de terminação (36 a 42 dias)... 116

7 CONCLUSÕES... 121

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 123

APÊNDICE... 140

(11)

LISTA DE QUADROS

QUADRO Página 1 Esquema de coleta da temperatura retal das aves em função dos dias da semana,

dos horários de observação e das quantidades de cama (kg MSave-1)... 42 2 Resumo das análises de variância das temperaturas das superfícies externa (Tse) e

interna (Tsi) dos materiais de cobertura, observadas durante as épocas quente e fria..

49

3 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para as temperaturas externa (Tse) e interna (Tsi) dos materiais utilizados como cobertura nas épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 50 4 Valores médios das temperaturas externa (Tse) e interna (Tsi) dos materiais

utilizados como cobertura, observados nas épocas quente e fria... 52 5 Resumo das análises de variância da temperatura de bulbo seco (Tbs), da

temperatura de globo negro (Tgn), da velocidade do vento (v), da umidade relativa do ar (UR), do índice de temperatura do globo e umidade (ITGU) e da carga térmica de radiação (CTR) observados a 0,30 m de altura no exterior e no interior dos galpões, durante as épocas quente e fria... 54 6 Resumo da análise de variância da temperatura de bulbo seco observadas em três

diferentes alturas no centro geométrico dos galpões (cgg) e a 0,30 m de altura nos boxes com as quantidades de cama (kg MSave-1) estudadas, durante as épocas quente e fria... 55

(12)

7 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para a temperatura de bulbo seco (Tbs), observada no exterior (sol), no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes (boxes) com as quantidades de cama, durante as épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 56 8 Valores médios da temperatura de bulbo seco (Tbs), da temperatura de globo negro

(Tgn), da velocidade do vento (v), da umidade relativa do ar (UR), do índice de temperatura do globo e umidade (ITGU) e da carga térmica de radiação (CTR), observados a 0,30 m de altura no exterior e no interior dos galpões, durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 60 9 Valores médios da temperatura de bulbo seco observados em três alturas, no centro

geométrico dos galpões e a 0,30 m de altura nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 61 10 Resumo da análise de variância da temperatura do globo negro observada a 0,30 m

de altura, no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria... 63 11 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para a temperatura de

globo negro (Tgn), observada a 0,30 m de altura, no exterior (sol), no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes (boxes) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 64

(13)

12 Valores médios da temperatura de globo negro observados a 0,30 m de altura, no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria... 66 13 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para a velocidade do

vento (v), observada a 0,30 m de altura, no exterior (sol) e no centro geométrico dos galpões (cgg), nas épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h). 67 14 Resumo das análises de variância da umidade relativa do ar, observada em duas

alturas no centro geométrico dos galpões (cgg) e a 0,30 m de altura nos boxes com as quantidade de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria... 70 15 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para a umidade relativa

do ar (UR), observada no exterior (sol) e no centro geométrico dos galpões (cgg), bem como nos boxes (boxes) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 71 16 Valores médios da umidade relativa do ar, observada em duas alturas, no centro

geométrico dos galpões (cgg) e a 0,30 m de altura, nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 75 17 Resumo da análise de variância do índice de temperatura do globo e umidade

(ITGU), observado a 0,30 m de altura no centro geométrico dos galpões (cgg), bem como nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria... 77

(14)

18 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para o índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), observado a 0,30 m de altura, no exterior (sol), no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas nas épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 78 19 Valores médios do índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), observados a

0,30 m de altura no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas(kg MSave-1), durante as épocas quente e fria... 80 20 Resumo da análise de variância da carga térmica de radiação (CTR), observada a

0,30 m de altura, no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas(kg MSave-1) durante as épocas quente e fria... 81 21 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2) para a carga térmica de

radiação observada a 0,30 m de altura no exterior (sol), no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, nas épocas quente e fria, em função dos horários das observações (h)... 82 22 Valores médios da carga térmica de radiação observados a 0,30 m de altura, no

centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes com as quantidades de cama estudadas (kg MSave-1), durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 84 23 Resumo da análise de variância da temperatura retal das aves (TR) observada

(15)

24 Equações de regressão e coeficientes de determinação (R2), para temperatura retal das aves (TR), observada nas épocas quente e fria, em função dos horários das observações... 86 25 Valores médios da temperatura retal das aves (TR) observados nos três galpões,

durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 87 26 Resumo das análises de variância dos teores de matéria seca (MS), de umidade

(UM), de proteína bruta (PB), do potencial de emissão de amônia (NH3) e dos

valores da temperatura da superfície (Tsc) e do interior (Tic) da cama de frango, observados durante as épocas quente e fria... 89 27 Valores médios dos teores de matéria seca (MS), de umidade (UM), de proteína

bruta (PB), do potencial de emissão de amônia (NH3) e da temperatura da superfície

(Tsc) e do interior (Tic) da cama de frango, observados durante as épocas quente e fria, em função dos ciclos de criação... 90 28 Valores médios dos teores de matéria seca (MS), de umidade (UM), de proteína

bruta (PB), do potencial de emissão de amônia (NH3) e da temperatura da superfície

(Tsc) e do interior (Tic) da cama de frango, observados nos dois ciclos de criação da época quente, para os três materiais de cobertura, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 91 29 Valores médios dos teores de matéria seca (MS), de umidade (UM), de proteína

bruta (PB), do potencial de emissão de amônia (NH3) e da temperatura da superfície

(Tsc) e do interior (Tic) da cama de frango, observados nos dois ciclos de criação da época fria, para os três materiais de cobertura, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 92

(16)

30 Fatores de forma para o globo negro localizado a 0,30 m de altura, no centro geométrico dos galpões, para a situação de zênite... 97 31 Resumo das análises de variância do peso corporal (PC), do consumo de ração

(CR), da conversão alimentar (CA) e da mortalidade (MT) observados durante as épocas quente e fria... 106 32 Valores médios de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR), de conversão

alimentar (CA) e de mortalidade (MT) observados nos dois ciclos de criação durante as épocas quente e fria... 107 33 Valores médios de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR), de conversão

alimentar (CA) e de mortalidade (MT) observados nos dois ciclos de criação da época quente, para os três materiais de cobertura, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 108 34 Valores médios de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR), de conversão

alimentar (CA) e de mortalidade (MT) observados nos dois ciclos de criação da época fria, para os três materiais de cobertura, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 109 35 Médias semanais de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR) expressos em

kg e valores médios semanais de conversão alimentar (CA) expressos em kg/kg, observadas durante período experimental, em função das fases de desenvolvimento das aves... 110

(17)

36 Médias semanais do índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), da carga térmica de radiação (CTR) expressa em Wm-2, observados no centro geométrico dos galpões, da mortalidade (MT) em percentagem e da temperatura retal (TR) expressa em ºC, observadas durante o período experimental, em função das fases de desenvolvimento das aves... 111 37 Valores médios nacionais de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR),

expressos em kg, e de conversão alimentar (CA), expressos em kg/kg, para a linhagem “Ross”... 112 38 Valores de mortalidade observados nos três galpões, durante o período experimental 117 39 Valores da umidade relativa do ar (UR), da temperatura de bulbo seco (Tbs), do

índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), da carga térmica de radiação (CTR) e da temperatura retal (TR) observados na fase de terminação do primeiro ciclo de criação da época quente, em função dos horários das observações e amplitude diurna (A.D.) das variáveis... 119 40 Valores da umidade relativa do ar (UR), da temperatura de bulbo seco (Tbs), do

índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), da carga térmica de radiação (CTR) e da temperatura retal (TR) observados na fase de terminação do primeiro ciclo de criação da época fria, em função dos horários das observações e amplitude diurna (A.D.) das variáveis... 120 1A Valores semanais da temperatura máxima (Tmax), da temperatura mínima (Tmin),

da temperatura média (Tm), da umidade relativa (UR) do ar e da precipitação pluviométrica (Pp) registrados durante o período experimental... 141

(18)

2A Valores médios de mortalidade (MT), de peso corporal (PC), de consumo de ração (CR), de conversão alimentar (CA) das aves e dos teores de umidade (UM), de proteína bruta (PB) e do potencial de emissão de amônia (NH3) da cama de frango,

observados nos três galpões, no final dos dois ciclos de criação da época quente, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 142 3A Valores médios de mortalidade (MT), de peso corporal (PC), de consumo de ração

(CR), de conversão alimentar (CA) das aves e dos teores de umidade (UM), de proteína bruta (PB) e do potencial de emissão de amônia (NH3) e de da cama de

frango, observados nos três galpões, no final dos dois ciclos de criação da época fria, em função das quantidades de cama (MSave-1)... 143

(19)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA Página 1 Componentes da CTR, em percentagem, incidentes sobre um animal à sombra... 17 2 Variação das temperaturas das superfícies externa (Tse) e interna (Tsi) dos materiais

usados como cobertura, durante as épocas quente (e.q) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 51 3 Variação da temperatura de bulbo seco (Tbs) observada a 0,30 m de altura, no

exterior dos galpões (sol), no centro geométrico dos galpões (cgg) e nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, durantes as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 57 4 Variação da temperatura de bulbo seco (Tbs) observada em três alturas, no centro

geométrico dos galpões, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 59 5 Variação da temperatura de globo negro (Tgn) observada a 0,30 m de altura, no

exterior (sol), no interior (cgg) dos galpões e nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 65 6 Variação da velocidade do vento observada a 0,30 m de altura, no exterior (sol) e no

interior (cgg) dos galpões, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 68 7 Variação da umidade relativa do ar (UR) observada a 0,30 m de altura, no exterior

(sol) e no interior (cgg) dos galpões, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 72

(20)

8 Variação da umidade relativa do ar (UR) observada em duas alturas, no centro geométrico dos galpões e a 0,30 m de altura nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 73 9 Valores médios de ITGU observados a 0,30 m de altura, no exterior (sol) e no

interior (cgg) dos galpões, bem como nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 78 10 Variação da carga térmica de radiação (CTR), observada a 0,30 m de altura no

exterior (sol), no interior (cgg) dos galpões e nos boxes (box) com as quantidades de cama estudadas, durante as épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função dos horários das observações... 83 11 Variação da temperatura retal (TR) observada durante as épocas quente (e.q.) e fria

(e.f.), em função dos horários das observações... 87 12 Variação dos teores de matéria seca (MS) da cama de frango observados durante os

ciclos de criação das épocas quente (e.q.) e fria (e.f.) em função das idades das aves. 93 13 Variação dos teores de umidade (UM) da cama de frango observados durante os

ciclos de criação das épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função da idade das aves... 94 14 Variação da temperatura da superfície da cama de frango (Tsc) observada nos dois

ciclos de criação das épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função da idade das aves... 95 15 Variação da temperatura do interior da cama de frango (Tic) observada nos dois

(21)

16 Variação do potencial de amônia (NH3) observados durante os dois ciclos de

criação das épocas quente (e.q.) e fria (e.f.), em função da idade das aves... 98 17 Valores médios do potencial de emissão de amônia (NH3) observado nos galpões

cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época quente, em função da idade das aves... 99 18 Valores médios do potencial de emissão de amônia (NH3) observados nos galpões

cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época fria, em função da idade das aves... 100 19 Valores médios da temperatura do interior da cama de frango (Tic) observados nos

galpões cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época quente, em função da idade das aves.... 101 20 Valores médios da umidade da cama de frango (UM) observados nos galpões

cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época quente, em função da idade das aves... 101 21 Valores médios da temperatura do interior da cama de frango (Tic) observados nos

galpões cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época fria, em função da idade das aves... 102

(22)

22 Valores médios da umidade da cama de frango (UM) observados nos galpões cobertos com telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época fria, em função da idade das aves... 103 23 Variação da proteína bruta (PB) observada nos dois ciclos de criação das épocas

quente (e.q.) e fria (e.f.), em função da idade das aves... 104 24 Valores percentuais de mortalidade (MT) observados nos galpões cobertos com

telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época quente, em função da idade das aves... 117 25 Valores percentuais de mortalidade (MT) observados nos galpões cobertos com

telha de cimento amianto comum (AMC), com telha de cimento amianto com pintura branca (AMB) e com telha de alumínio (ALU), durante o primeiro ciclo de criação da época fria, em função da idade das aves... 118 1A Estrutura de concreto pré-moldada utilizada nos aviários experimentais... 144 2A Vista externa dos galpões experimentais... 144 3A Detalhe da estrutura de madeira que separava os boxes experimentais e das paredes

dos oitões... 145 4A Detalhe da estrutura de madeira que separava os boxes experimentais... 145 5A Vista externa dos galpões experimentais com as cortinas abaixadas... 146 6A Detalhe externo dos galpões experimentais com as cortinas abaixadas... 146 7A Detalhe da construção dos boxes experimentais... 147

(23)

8A Detalhe interno dos galpões experimentais com o sistema de aquecimento artificial acionado... 147 9A Detalhe do sistema de abastecimento de água e vista do globo negro localizado no

exterior dos galpões... 148

(24)

1 RESUMO

Avaliaram-se os efeitos de dois ciclos de criação, de três materiais de cobertura (cimento amianto, cimento amianto com pintura branca na face externa e alumínio) e de quatro quantidades de cama de frango (0,4; 0,5; 0,6 e0,7 kg MSave-1), sobre os índices de conforto térmico, a qualidade da cama de frango e o desempenho de frangos machos da linhagem “Ross”, durante as épocas quente e fria, em Dourados-MS. O experimento foi analisado como inteiramente casualizado, em parcelas sub-subdivididas. Para a avaliação dos índices de conforto ambiental foram consideradas como parcelas os dois ciclos de criação, como subparcelas os materiais de cobertura e como sub-subparcelas os horários das observações, com seis repetições. Para avaliar o desempenho animal e a qualidade da cama de frango foram consideradas como parcelas os ciclos de criação, como subparcelas os três materiais de cobertura e como sub-subparcelas as quatro quantidades de cama, com seis repetições. Durante o período experimental foram estudados diariamente, das 6:00 às 18:00 horas, com intervalos de 2 horas, no exterior e no interior dos galpões, o índice de temperatura do globo e umidade, a carga térmica de radiação, a temperatura de bulbo seco, a temperatura

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de globo negro, a temperatura do material de cobertura, a umidade relativa do ar e a velocidade do vento. No mesmo período e nos mesmos horários foi registrada a temperatura retal da aves. Semanalmente, em cada quantidade de cama, foram avaliados o peso corporal, o consumo de ração, a conversão alimentar e a mortalidade das aves, bem como os teores de matéria seca, de umidade, de proteína bruta e o potencial para emissão de amônia do material utilizado como cama de frango. Pelos resultados obtidos verificou-se que não houve efeito dos três materiais de cobertura sobre os valores de ITGU e de CTR observados, nos dois ciclos de criação das épocas quente e fria. Os maiores teores de proteína bruta, no final dos ciclos de criação foram observados nas camas com 0,4 kg MSave-1 e os menores potenciais para emissão de amônia foram registrados no galpão coberto com telha de alumínio. Não houve efeito dos três materiais de cobertura e nem das diferentes quantidades de cama sobre o peso corporal dos animais, sobre o consumo de ração, sobre a conversão alimentar e sobre a mortalidade das aves.Verificou-se também que os valores de CTR que propiciaram aumento do peso corporal com redução na conversão alimentar foram : fase de aquecimento - entre 463 a 478 Wm-2; fase de crescimento - entre 422 a 482 Wm-2; fase de terminação - entre 445 a 470 Wm-2. Observou-se que durante a fase de aquecimento, valores de CTR inferiores a 442 Wm-2 caracterizaram o estresse por frio em frangos machos da linhagem “Ross”.

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EFFECT OF COVERING MATERIALS AND OF CHICKEN MANURE HEIGHTS ON ENVIRONMENTAL COMFORT INDEX AND ON PERFORMANCE OF “ROSS” LINE IN DOURADOS-MS. Botucatu, 2001. 148p.

(Tese em Energia na Agricultura) – Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista.

Author: YARA BRITO CHAIM JARDIM ROSA Adviser: JORGE DE LUCAS JUNIOR

SUMMARY

The effect of two cycles of raising, three covering materials (asbestos cement tile, asbestos cement tile with white painting on external side and aluminum tile) and four quantities of chicken manure (0.4; 0.5; 0.6 and 0.7 kg.DM.avian-1) was evaluated on environmental comfort index, chicken manure quality and on performance of “Ross” line males during hot and cold seasons in Dourados – MS. The experiment was analyzed as completely randomized in split plots. For evaluation of environmental comfort index, it was considered two cycles of raising as plots, covering materials as subplots and hours of observation as sub-subplots, with six replications. To evaluate broiler performance and chicken manure quality, it was considered cycle of raising as plots, three covering materials as subplots and four quantities of dried matter.avian-1 as sub-subplots, with six replications. During experimental period black globe – humidity index (BGHI), radiant heat load (RHL), dried bulb temperature, black globe temperature, covering material temperature, humidity index and wind velocity were studied daily from 6:00 A.M. to 6:00 P.M. at two hour intervals, inside and outside aviaries. Concomitantly, rectum temperature of broilers was recorder. Weekly, in each quantity of dried matter (DM). avian-1, body weight, ration consumption, feed

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conversion and mortality of broilers were evaluated, as well dried matter, dampness, ammonia and gross protein contents of used materials as chicken manure. By obtained results, there was not effect of three covering materials on BGHI and RHL observed values in two cycles of raising in hot and cold seasons. The highest contents of gross protein at the end of raising cycles were observed in manure with 0.4 kg DM.avian-1 and the lowest ammonia contents were registered in aviary with aluminum tile. There was not effect of three covering materials neither of different quantities of dried matter (DM).avian-1 on body weight of broilers, ration consumption, feed conversion and on mortality of broilers. It was verified that RHL values which promoted the increase of body weight with decrease of feed conversion were: heating phase – from 463 to 478 Wm2; growing phase – from 422 to 482 Wm2; ending phase – from 445 to 470 Wm2. It was observed that, during heating phase, RHL values inferior to 442 Wm2 characterized the stress by cold in “Ross” line males.

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Keywords: Black globe-humidity index (BGHI), radiant heat load (RHL), chicken manure, covering materials, environmental comfort index

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3 INTRODUÇÃO

Segundo Tinoco (1998), a avicultura é a atividade agropecuária brasileira que possui o maior e mais avançado acervo tecnológico no que se refere à genética, nutrição, manejo e sanidade. Benício (2000), salientou que devido a carne de frango ser considerada um alimento saudável, sem restrições culturais e de menor preço em relação às concorrentes, o setor quadruplicou a produção e duplicou o consumo “per capita” do produto nos últimos dez anos.

Benício (2000), afirmou também que o consumo de grãos corresponde a 70% dos custos do frango vivo. Esse fato faz com que as integradoras procurem se instalar em regiões produtoras de milho e soja visando o barateamento do transporte e a certeza de oferta constante do produto, mesmo que em detrimento da zona de termoneutralidade dos animais.

Na região de Dourados - MS, tradicional produtora de soja, milho e arroz existem mais de 450 aviários responsáveis pela produção e abate de aproximadamente 30 milhões de aves por ano. Embora a maioria dos avicultores adotem a prática da aspersão

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aliada à ventilação, os valores de temperatura e umidade relativa do ar registrados nas instalações, durante a maior parte do ano, são incompatíveis com a produção de animais altamente especializados.

Uma parte considerável do lucro da avicultura sul mato-grossense é decorrente da comercialização da cama de frango. A utilização mais comum desse subproduto é na alimentação de bovinos em confinamento. Como para a alimentação desses ruminantes o produto ideal é aquele que possui as maiores quantidades de dejetos em menores quantidades de matéria seca, os avicultores têm utilizado camas que variam de 0,04 a 0,06m de altura, em regime de reutilização (com até 4 ciclos de criação) e aplicação de uma camada profilática de 0,01m de cama nova entre um lote e o outro.

Pela sua grande disponibilidade, a casca de arroz é o material mais utilizado como cama de frango na região e mesmo com baixa capacidade de absorção apresenta empastamento devido ao uso continuado da nebulização e à prática da reutilização.

O empastamento da cama aumenta a umidade relativa do ambiente, comprometendo a perda de calor das aves por meio da evaporação por via respiratória e favorece a decomposição microbiana do ácido úrico, ambos prejudiciais à produção avícola (Baião,1995).

O material mais utilizado como cobertura das instalações avícolas, na região, é a telha de cimento amianto que embora competitiva economicamente, apresenta segundo Sevegnani (1997), eficiência térmica inferior às telhas cerâmicas, além de outros inconvenientes tais como escurecimento da superfície exposta à radiação solar, perda de resistência mecânica e risco à saúde fato este que acarretou a proibição de sua utilização, a partir de 2001, no Mato Grosso do Sul.

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Considerando-se que cada vez mais o confinamento de bovinos busca fontes de proteína de baixo custo e que a avicultura se intensifica na região de Dourados este estudo foi desenvolvido para avaliar os efeitos de dois ciclos de criação, de três materiais de cobertura e de quatro quantidades de cama de frango, sobre os índices de conforto térmico, a qualidade da cama de frango e o desempenho de frangos machos da linhagem “Ross”, durante as épocas quente e fria, em Dourados-MS, visando estabelecer a altura mínima de cama que pudesse satisfazer as necessidades da bovinocultura e o desempenho das aves, bem como um material de cobertura capaz de reduzir a carga térmica de radiação incidente sobre os animais confinados.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 Fatores que influenciam a produtividade de frangos de corte

Em seu ambiente natural as aves se deslocavam a procura de ambientes compatíveis ao seu estágio de desenvolvimento, mas em confinamentos, este tipo de comportamento não é possível (Baião, 1995). Os principais fatores que permitem as aves produzirem em condições de conforto são, segundo Nääs (1995), a temperatura, a umidade, o volume e a qualidade do ar dentro das instalações, sendo a primeira, bastante dependente das características construtivas das edificações e da sua vizinhança conforme citação de Bond et al.,1961.

As oscilações da temperatura dentro de uma edificação estão diretamente relacionadas às trocas de calor sensível e latente que ocorrem entre os corpos, decorrentes do aquecimento das superfícies expostas à radiação solar e da produção de calor metabólico resultante das reações bioquímicas que ocorrem no interior dos seres vivos , sendo

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a mais importante a oxidação do carbono, introduzido no organismo na forma de alimento, pelo oxigênio, obtido do ar por meio da respiração (Nääs,1995, e Vianello,1995).

A umidade relativa do ar dentro das instalações é alterada toda vez que o animal utiliza-se da ofegância respiratória para eliminar calor na forma latente ou quando a cama perde o poder de absorção e começa a adicionar água ao ambiente. A ofegância respiratória elimina maiores teores de CO2 e de umidade para o ar. Maiores teores

de umidade dentro dos aviários propiciam a decomposição do ácido úrico em amônia e gás carbônico e prejudicam a qualidade do ar (Hardoim,1995).

Temperaturas altas, aliadas a elevadas taxas de umidade relativa do ar e a elevados teores de amônia e CO2 são fatores restritivos à produtividade avícola

(Baião,1995).

4.1.1 Temperatura do ar

Segundo Lana et al. (2000), dentre os fatores ambientais, a temperatura do ar é a que mais influencia o desempenho de frangos de corte. Aliada a altos valores de umidade relativa do ar e a uma ventilação deficitária, interfere no consumo de ração afetando diretamente o ganho de peso e a conversão alimentar destes animais. Segundo Hahn e Osburn (1969), estes fatores são limitantes ao desenvolvimento, à produção e à reprodução de animais com altos níveis de produtividade.

Apenas uma parte dos alimentos ingeridos pelos animais se transforma em leite, carne, gordura ou ovos. O restante deve ser dissipado para o ambiente. Se as condições termohigrométricas ambientais não são favoráveis, a dissipação de calor se fará

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mediante o acionamento de mecanismos orgânicos de controle, em detrimento da produção (Kelly et al., 1950, e Kelly et al., 1954).

Quando não há necessidade de consumo de energia para dissipar calor ou compensar o frio, o animal se encontra em condições de conforto e consequentemente, em produtividade máxima; entretanto, quando o ambiente provoca alterações dos processos metabólicos se caracteriza o estresse por calor ou por frio (Harrison, 1995, e Tinôco, 1998).

A exata combinação dos fatores ambientais que torna um ambiente confortável é, segundo Buffington et al. (1981), de difícil determinação mesmo que para uma única espécie animal, uma vez que existem grandes diferenças entre os indivíduos, no que diz respeito à idade, ao estágio de produção ou de reprodução, ao sexo, à dieta, estes entre outros fatores.

Para pintinhos de um a sete dias a zona de conforto segundo Macari (1996), se encontra entre 31 e 33 ºC; já para aves no final do ciclo produtivo, entre 35 e 42 dias, o ambiente é tido como confortável quando apresenta temperaturas mínimas que variem de 15 a 18 ºC e máximas que variem de 22 a 25 ºC, com umidade relativa do ar entre 50 e 70 %, valores que segundo Tinôco (1998), dificilmente são obtidos em condições de clima brasileiro onde o estresse por calor é mais preocupante que o por frio.

4.1.1.1 Estresse por frio

O estresse por frio se caracteriza quando a temperatura ambiente não se encontra próxima das exigências térmicas do conforto das aves e grande parte da energia

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ingerida por meio da ração e que poderia ser utilizada para produção, é desviada para a manutenção do sistema termorregulador (Abreu, 1999).

Franco e Fruhauff (1997), relataram que condições de estabilidade térmica dentro da zona de conforto , nas primeiras semanas de vida das aves, diminuem o efeito das variações térmicas do ambiente sobre o aparelho respiratório dos pintos, uma vez que o ar com baixa temperatura deverá ser aquecido nas vias respiratórias, para que a troca gasosa nos pulmões seja eficiente. Assim, a temperatura ambiente no início da vida dos pintos deve estar entre 32 a 35 ºC, uma vez que o seu sistema termorregulador ainda não está funcionando (Milligan e Winn,1964).

Outro fato relevante, segundo Abreu (1999), é o aumento do consumo de alimentos pelas aves em condições de baixas temperaturas, sem que isso reflita melhoria da taxa de crescimento, uma vez que parte da energia ingerida é utilizada especificamente para produção de calor. Segundo o autor, fatores genéticos, nutricionais e ambientais, principalmente no inverno quando ocorre aumento do consumo de ração, devido ao aquecimento ineficiente, são causas de síndrome ascítica e de morte súbita.

4.1.1.2 Estresse por calor

O estresse por calor é caracterizado pelo aumento da taxa metabólica devido a hipertermia. Nestas condições o problema, segundo Harrison (1995), é equiparar a perda de calor corporal com a carga térmica adicional fornecida pelo ambiente. Segundo o autor, o estresse por calor pode ser definido como qualquer temperatura alta em que a energia

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metabólica é desviada dos processos de produção, para que as aves possam igualar a perda de calor corporal com a carga térmica do ambiente.

Em condições de estresse por calor as aves aumentam a temperatura superficial decorrente da vasodilatação periférica na tentativa de troca de calor sensível com o ambiente, uma vez que a temperatura corporal é alta. A vasodilatação periférica pode ocasionar choque calórico, muitas vezes letal, além de diminuir o fluxo sanguíneo para as vísceras, interferindo na absorção de nutrientes e, consequentemente, no ganho de peso (Harrison, 1995).

Quando a temperatura ambiental aproxima-se da corporal o animal começa a perder calor na forma latente, mediante a ofegância respiratória, uma vez que são desprovidos de glândulas sudoríparas (Czarick, 1989 e Oliveira Neto et al., 2000). O aumento da taxa respiratória é o meio mais eficiente de manter a temperatura corporal em condições de estresse por calor segundo Oliveira Neto et al. (2000), embora o aumento da taxa respiratória induza ao desequilíbrio ácido básico no sangue causando a alcalose respiratória que pode acarretar a morte das aves em oito horas (Nääs, 1995).

Além de aumentarem a frequência respiratória, aves submetidas a temperaturas ambientais acima da zona de termoneutralidade reduzem o consumo de ração e aumentam o consumo de água na tentativa de manter a temperatura corporal dentro de limites fisiológicos acarretando menor ganho de peso e conversão alimentar ( Baziz et al., 1996, Tinôco, 1998 e Lana et al., 2000). A menor ingestão de alimento visa reduzir a produção de calor mediante a subtração do calor da digestão, absorção e assimilação dos alimentos da carga de calor corpórea (Harrison, 1995).

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Em estudos realizados com frangos de corte, Lana et al. (2000), verificaram que temperaturas ambientais inferiores a 29 ºC não influenciaram na temperatura corporal de aves adultas e que, a partir de 32 ºC, o efeito da temperatura ambiente sobre a temperatura corporal aumentou consideravelmente. Os mesmos autores relataram que temperaturas menores que 35 ºC com umidade relativa do ar inferior a 55 % não atuaram sobre a temperatura corporal e que a eficiência alimentar em altas temperaturas só diminuiu quando a temperatura e a umidade relativa do ar foram elevadas.

Oliveira Neto et al. (1998), estudando os efeitos da temperatura ambiente de 32 ºC sobre o desempenho e características de carcaça de frangos de corte com idade entre 22 a 42 dias sem restrição alimentar, constataram um aumento de 43,8 % no consumo de água, redução de 22,9 % no consumo de ração e de 33,14 % no ganho de peso em relação às aves mantidas na termoneutralidade (23 ºC). Os autores ainda constataram que embora o consumo de ração fosse menor em aves mantidas em estresse por calor (32 ºC), a conversão alimentar destes animais também foi pior, indicando alterações metabólicas na eficiência de utilização dos alimentos devido a alta temperatura, resultados estes que se contrapõem aos observados por Perrault e Leeson (1992) e Lana et al. (2000), que registraram quedas iguais, tanto no ganho de peso como no consumo de alimento que não influenciaram a conversão alimentar.

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4.1.2 Umidade relativa do ar

A umidade relativa do ar é outro fator que altera a dinâmica ambiental da instalação. Aliada a altas temperaturas e a uma ventilação deficiente é uma das causas da queda de desempenho dos animais.

Com temperaturas elevadas há o aumento da taxa respiratória uma vez que as aves não apresentam glândulas sudoríparas. O aumento da frequência respiratória além de ocasionar a alcalose respiratória induz, segundo Harrison (1995), à maior ingestão de água, o que torna as fezes mais líquidas, adicionando mais umidade ao ar e dificultando a perda de calor via evaporativa.

Daghir (1995) verificou aumento no consumo de água associado a um decréscimo no consumo de alimento, devido a maior atividade respiratória das aves.

Milligan e Winn (1964) citados por Lopes e Hardoim (1993), estudando a interação temperatura e umidade concluíram que frangos mantidos em temperaturas entre 35º e 37 ºC , são sensíveis a alta umidade relativa do ar. Para temperaturas de 24 ºC, o aumento da umidade relativa proporciona decréscimo no desempenho desses animais enquanto que, para temperaturas inferiores a 15,5 ºC não se registrou influência da umidade relativa nos parâmetros de avaliação das aves.

Harrison (1995), salientou que 75 % da água eliminada pelas aves é proveniente do trato digestivo e da respiração e 25 % da urina. O autor relatou que a quantidade de água eliminada pelas aves depende da idade, do peso corporal, do estado fisiológico, da composição da ração, da linhagem e da temperatura ambiente.

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4.1.3 Volume e qualidade do ar

Em condições de calor, quando os valores de altas temperaturas e de umidade relativa do ar são constantes, a movimentação do ar é um fator indispensável à melhoria das condições ambientais, e ela ocorre principalmente de dois modos. No primeiro , ao aumentar a velocidade do ar, para temperaturas ambiente abaixo da corporal, a dissipação de calor por convecção é aumentada enquanto, para qualquer temperatura ambiente, a dissipação de calor na forma evaporativa é favorecida; no segundo a renovação do ar ao redor dos animais é promovida por outro ar mais frio e menos úmido, favorecendo a dissipação de calor do animal para o ambiente e possibilitando a circulação do ar ambiente com maior índice de oxigênio e menores índices de gás carbônico e amônia (Ferreira et al., 1997).

Targa (1993), afirmou ser a ventilação natural nos climas quentes, a melhor forma de proporcionar conforto térmico e higiene ao ambiente e Tinôco (1998) salientou que as variações térmicas em um aviário se devem à insolação, ao calor gerado pelas aves, às trocas térmicas entre o ambiente e sua vizinhança e às trocas térmicas de aquecimento e resfriamento propiciadas pela ventilação.

Drury (1966), citado por Hellickson e Walker (1983), conduzindo experimentos com frangos de corte com 3 a 8 semanas de idade, em ambientes com umidade controlada e temperatura variando ciclicamente durante o dia entre 21 e 36 ºC, observou um aumento de ganho de peso quando a velocidade do ar passou de 0,1 para 2,7 ms-1.

Bampi (1994) observou que o volume de ar colocado a disposição das aves deve ser tanto maior quanto mais elevada a temperatura do ambiente e quanto maior a idade desses animais uma vez que, segundo Hardoim (1995), os excrementos das aves por

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meio da secagem e da decomposição aeróbia e anaeróbia liberam para o ar, além do calor e umidade, poeiras e gases tóxicos como amônia e gás sulfídrico.

Aves expostas constantemente a concentrações de 20 ppm de amônia apresentam problemas respiratórios predispondo-as à doença de Newcastle. Concentrações entre 60 e 70 ppm predispõem as aves às doenças respiratórias e reduzem em 15 % a produtividade de frangos de corte. Níveis de 100 ppm provocam redução na taxa e na profundidade de respiração que são atribuídas ao desequilíbrio ácido-base e reduzem em 15 % a produção de ovos. A redução da frequência respiratória provoca decréscimo na taxa de evaporação, comprometendo a perda de calor (Hardoim, 1995 e Harrison, 1995).

O gás sulfídrico, encontrado geralmente em concentrações inferiores a 10 ppm, é proveniente da decomposição anaeróbia dos dejetos, podendo chegar a 1000 ppm quando os mesmos são manejados. Provoca, segundo Hardoim (1995), irritação das mucosas e lesões no trato respiratório, problemas locomotores e falta de coordenação. Em concentrações acima de 400 ppm causam espasmos , coma e morte abrupta.

Dentro das instalações, a poeira é proveniente da troca de pele, pelos e penas dos animais, do revolvimento do solo e da cama, das secagem dos dejetos e pelo espalhamento da ração com a ventilação. Externamente, a poeira é decorrente da erosão eólica do solo, das queimadas ou da poluição industrial. A poeira externa irá interferir na radiação solar direta e difusa incidente sobre a construção devido ao espalhamento, alterando a carga térmica de radiação incidente sobre a cobertura e alterando a temperatura do ar no interior das edificações (Givens, 1965 e Harrison, 1995).

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4.1.4 Influência das características construtivas das edificações e da sua vizinhança no conforto ambiental

O primeiro artifício, objetivando o conforto térmico em climas quentes, é o sombreamento natural ou artificial que visa principalmente, proteger os animais dos raios solares diretos. O sombreamento pode reduzir de 30 a 50 % a carga térmica de radiação, CTR, incidente sobre o animal (Bond et al., 1976, e Campos,1986).

Kelly et al. (1950) verificaram que um animal, mesmo à sombra, ainda se encontra sujeito à radiação do céu, do horizonte, do solo sombreado, do solo aquecido e do próprio material de cobertura. Na Figura 1, segundo Bond et al.(1954), estão representados os principais componentes da CTR incidente sobre um animal à sombra.

Figura 1 Componentes da CTR, em percentagem, incidentes sobre um animal à sombra.

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A cobertura segundo Bond et al. (1954), reduz a carga térmica de radiação proveniente do Sol e do céu e substitui uma área de solo aquecido por uma área de solo sombreado, mas adiciona uma nova fonte de energia: o material de cobertura. A redução da CTR depende do desempenho do material de cobertura utilizado para promover o sombreamento (Bond et al.,1961).

Segundo Morgan (1990), a radiação solar que representa cerca de 75 % da CTR transferida para o interior do galpão está diretamente relacionada ao material de cobertura, à orientação da construção, à projeção do telhado, à insolação e à vegetação circundante.

4.1.4.1 Material de Cobertura

Estudando o comportamento de três materiais de cobertura no conforto de homeotérmicos em condições de verão, para Viçosa - MG, e de verão e inverno para Dourados - MS, Rosa (1984), Rosa et al. (1992a), Rosa et al.(1992b), Rosa et al. (1992c) e Rosa et al. (1996), verificaram que a telha de cerâmica apresentou os melhores índices de conforto térmico em relação aos demais materiais utilizados, tanto em galpões abertos (Viçosa) como em galpões abertos e fechados com cortina de plástico trançado (Dourados).

Hardoim e Lopes (1993), fazendo o mesmo tipo de estudo em Lavras- MG, verificaram que a palha apresentou o melhor desempenho em relação à temperatura máxima do ar. Entretanto, Esmay (1979) comentou que a palha embora seja um dos melhores materiais para o sombreamento artificial, pelo seu poder de isolamento e boas características

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de superfície para perda de calor por convecção, apresenta desvantagens tais como, pouca durabilidade e alta susceptibilidade ao ataque de pragas e ao fogo.

O uso de pintura sobre o material de cobertura foi estudado por Bond et al. (1954). Eles observaram que a combinação de cores que propiciou melhores resultados,

para climas quentes, foi a branca na superfície superior do material de cobertura e a negra na superfície inferior desse material. A superfície branca possui alta refletividade, o que proporciona menor temperatura para a superfície do material. Embora a superfície negra possua efeitos indesejáveis, tais como maior temperatura da superfície, maior emissividade e absortividade, tem a vantagem de possuir baixa refletividade. Os efeitos da emissão de energia são, segundo os autores, menos prejudiciais aos animais que os efeitos da energia refletida pelo material de cobertura.

A pintura na face externa da cobertura com tinta branca é altamente reflexiva, contribuindo para reduzir a CTR no interior da edificação, em especial na inexistência de forro (Czarick, 1989).

A ventilação, a nebulização, a temperatura da água de bebida são procedimentos importantes para evitar perdas na produção, mas só serão eficientes se o material de cobertura for pintado com cal (Nääs,1998).

4.1.4.2 Orientação, tamanho e pé -direito da cobertura

Segundo Bond et al. (1967), os animais se abrigam dos raios solares diretos no centro de uma área sombreada, deslocando-se em função do deslocamento dela.

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Os fatores ambientais não são estáticos; assim segundo Kelly et al. (1954), nenhuma cobertura pode ser continuamente boa, para todas as condições. Em função das condições ambientais para uma localidade, uma cobertura deve ser projetada para uma determinada hora do dia ou para uma determinada época do ano, quando a irradiância solar global é alta, ou quando as temperaturas médias do ar são elevadas e os animais necessitam de maior proteção.

Em locais quentes da Califórnia, as coberturas possuem, comumente, seu maior eixo na direção Norte-Sul, para assegurar que o solo debaixo delas esteja sempre seco da umidade proveniente da urina e das fezes. O sentido Leste-Oeste, quando comparado com o sentido Norte-Sul, proporciona maior área sombreada situada ao Norte da cobertura, para o hemisfério Norte, possibilitando a exposição de maior número de animais ao céu frio. Entretanto, a temperatura do solo sob cobertura com orientação Leste-Oeste é menor porque o solo se encontra sombreado a maior parte do dia (Kelly et al.,1954).

Neubauer (1972b), estudando vários protótipos de construção verificou que o índice de resfriamento foi melhorado quando esses protótipos foram pintados de branco e orientados corretamente em relação à trajetória aparente do sol.

Estudando o microclima gerado dentro de oito protótipos, na região de Campinas-SP, sendo alguns com diferentes formas geométricas, todos apresentando 1 metro cúbico de volume interno de ar, Leal (1981) concluiu que os protótipos com formas geométricas paralelepipedoidais com telhado de duas águas, de telhas de barro e orientados no sentido Leste-Oeste foram os que possibilitaram um melhor conforto térmico em relação aos demais protótipos testados.

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Segundo Nääs (1995), uma boa instalação é aquela que possibilita a circulação do ar, remoção da umidade e dispersão do excesso de calor gerado pelos animais e isso depende dos materiais de construção, da orientação, da geometria e da forma de ocupação das construções.

Quanto ao efeito tamanho da cobertura, Kelly et al. (1954) verificaram que um aumento no seu tamanho implica em maior exposição do animal ao solo sombreado do que ao solo aquecido. Em função disso, o animal estará recebendo menos radiação do solo; entretanto, ao mesmo tempo, ele estará exposto a menores porções de céu frio. Como resultado, o animal terá sua porção superior aquecida e a inferior resfriada, e a carga térmica de radiação incidente sobre ele apresentará pouca variação com o aumento do tamanho da cobertura.

Kelly et al. (1954) verificaram que à medida que se aumenta o pé-direito de uma cobertura, não se altera o tamanho da sombra, mas a área sombreada se move mais rapidamente.

Em locais onde a ocorrência de céu descoberto, altas temperaturas, baixa precipitação e baixa umidade são constantes, coberturas com pé-direito variando de 3,00 a 4,00 metros são recomendadas, pois possibilitam maior exposição dos animais ao céu, que geralmente, é mais frio que a superfície animal (Kelly et al., 1954). Sob tais condições, Garret et al. (1967) verificaram que os valores da carga térmica de radiação incidente sobre os

animais foram menores em coberturas com 4,00 metros de pé-direito que sob aquelas com 2,00 metros.

Segundo Givens (1965), em locais onde o céu se apresenta total ou parcialmente encoberto, coberturas com pé-direito superior a 2,00 metros não são

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recomendadas, pois expõem o animal a maior carga térmica de radiação. Segundo o autor, esse acréscimo se deve, provavelmente, à reflexão da radiação solar pelas nuvens.

4.1.4.3 Utilização de isolantes térmicos para coberturas

A quantidade de energia refletida, absorvida e emitida para o ambiente pelo material de cobertura depende das suas propriedades físicas. A energia absorvida pode ser transmitida à superfície oposta por meio da condução e neste caso, o uso de isolantes térmicos, que segundo Costa (1982) e Nääs (1989) se constitui no meio mais eficiente e econômico para melhorar as condições térmicas ambientais.

Costa (1982), salientou que a associação das coberturas tradicionais com materiais isolantes, reflexivos e/ou de grande inércia térmica, o uso de forros variados sob elas ou a pintura com pigmentos isolantes e/ou reflexivos sobre as telhas promovem melhorias ao ambiente interno das instalações avícolas.

Campos (1986), verificou que a presença de forro de taquara sob coberturas de cimento-amianto e de telhas de barro tipo francesa reduziu os valores da CTR e do índice de temperatura do globo e umidade (ITGU) observados sob a primeira e não alterou significativamente os valores obtidos sob a segunda.

Moraes et al. (1999) estudando diferentes associações de telhas de cimento- amianto, em modelos reduzidos de galpões avícolas, verificaram que o tratamento que proporcionou os melhores valores de ITGU foi a aspersão de água sobre a cobertura e o

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mais eficiente em reduzir a CTR, foi o de forro de polietileno na altura do pé-direito do modelo utilizado.

Oliveira et al. (2000), estudando o efeito do isolamento térmico de telhados sobre o desempenho de frangos de corte alojados em diferentes densidades, verificaram que as aves criadas em ambiente com isolamento térmico apresentaram maior ganho de peso, melhor conversão alimentar, redução de 4,06% na taxa de mortalidade e aumento de 4,7 % na produção por área, embora não tenha havido interação significativa entre o isolamento térmico e as densidades estudadas nos índices de desempenho animal supra citados.

4.1.5 Vizinhança da Cobertura

Observações indicam que a CTR incidente sobre um animal pode ser reduzida por meio da redução da temperatura de qualquer um dos componentes da vizinhança do animal, ou pela variação na proporção dos mesmos, de tal forma que, o aumento de um elemento propicie a redução de temperatura dele e de outro (Kelly et al.,1954).

Segundo Bond et al. (1954), a cobertura do solo, isoladamente, pode afetar a CTR incidente sobre um animal devido à diferença de temperatura e refletividade dos diferentes tipos de materiais. Um animal sob uma cobertura de alumínio recebeu 44,1 Wm-2 a menos de CTR quando a cobertura esteve sobre um solo de pastagem verde que quando a mesma cobertura esteve sobre um solo sem cobertura vegetal.

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A existência de paredes, cercas ou de qualquer outro tipo de construção próximas às coberturas aumenta a CTR incidente sobre os animais, devido à radiação solar refletida e emitida por essas construções (Bond et al.,1969).

A possibilidade de existência de árvores ou de qualquer outro tipo de sombreamento na face Leste ou Oeste de construções abertas é importante, segundo Neubauer (1972a), para evitar a incidência de irradiância solar direta dentro das coberturas.

Quando as construções são providas de cortinas, estas quando fechadas bloqueiam as trocas de calor do animal com o solo aquecido, com o horizonte e com o céu. A maioria dos aviários são providos de cortinas de polietileno na coloração amarela. O mercado já dispõe de cortinas na cor azul que visam acalmar os animais. Cortinas de coloração mais clara apresentam maior refletividade o que é benéfico em regiões onde a irradiância solar global é alta.

4.1.6 Cama de frango

Considera-se como cama de frango o material de origem vegetal, que possa ser usado para forrar o piso do aviário, com uma espessura variando de 0,05 a 0,10 m de altura, o qual receberá restos de ração, excreções, penas e descamações da pele. Seu uso tem a finalidade de proporcionar conforto às aves, permitindo a expressão de todo o seu potencial genético e diminuindo o índice de lesões no peito, joelho e coxim plantar. O material além de ser adequado para atender estas especificações pode, após a criação das aves, constituir uma fonte de alimentos para bovinos (Angelo et al.,1997).

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Uma boa cama de frango deve apresentar padrões de qualidade como tamanho das partículas, umidade e compactação. Smith (1956), recomendou uso de materiais com partículas inferiores a 9,3 mm e Martland (1985), salientou que camas úmidas induzem a severas ulcerações no coxim plantar e na região do externo devido a sua compactação a qual contribui ainda para o desenvolvimento de vesículas nestas regiões, que diminuem a velocidade de crescimento dos frangos.

Ávila et al. (1992b), comentou que o uso da casca de arroz como cama de frango apresenta restrições devido à baixa capacidade de absorção e composição de partículas pequenas que podem ser ingeridas em demasia com risco de intoxicação além de que algumas variedades com aristas podem causar problemas para os olhos dos pintos.

Mouchrek et al. (1987), estudando vários tipos de cama (cepilho de madeira, casca de arroz, sabugo de milho, capim-napier, capim-braquiária), observaram efeito significativo dos diferentes materiais analisados apenas sobre a conversão alimentar no desempenho de frangos de corte. Por outro lado, Dias et al.(1987) e Mouchrek et al.(1992 a,b) não encontraram efeitos significativos dos diferentes tipos de cama estudados sobre o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar.

Mizubuti et al. (1994) concluíram que diferentes tipos de camas (casca de arroz, capim-colonião e capim-elefante- variedade napier) afetaram o consumo de ração no período de 29 a 45 dias assim como no período total de desenvolvimento das aves (1 a 45 dias) e as menores médias foram observadas nas aves criadas sobre a cama de capim-napier.

Angelo et al. (1997), constataram que o feno de braquiária pode substituir a maravalha e a casca de arroz como cama de frango. Os mesmos autores salientaram que os fenos de napier e coast-cross, embora não determinem prejuízos de

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desempenho e taxas de mortalidade, exigem manejo constante e podem causar lesões de joelho e coxim plantar.

Oliveira et al. (2000), estudando o efeito da utilização de isolante térmico de telhados sobre frangos criados sobre cama de maravalha, verificaram que a temperatura da cama pela manhã foi mais baixa em locais providos de isolante embora à tarde as temperaturas fossem semelhantes nos dois ambientes.

4.2 Índices de Conforto Térmico

Vários índices têm sido estabelecidos para predizer o conforto ou desconforto ambiental, em relação aos animais. De modo geral, os dois elementos ambientais mais considerados são a temperatura do bulbo seco e a umidade relativa do ar, que deram origem ao índice de temperatura e umidade (ITU), desenvolvido por Thom (1958), e que retrata os efeitos combinados da temperatura e umidade do ar no conforto e desempenho animal e é dado pela equação:

ITU = Tbs + 0,36 Tpo - 330,08 eq. 1

em que:

Tbs = temperatura do bulbo seco, K

Tpo = temperatura do ponto de orvalho, K

Bond et al. (1967) relataram que, em condições de clima tropical e subtropical, o animal pode estar exposto a uma carga térmica de radiação maior do que a sua produção de calor metabólico, resultando, portanto, em alto nível de desconforto. Como o

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índice de temperatura e umidade não reflete a carga térmica de radiação, não pode ser efetivamente empregado para predizer o desconforto nessas condições.

Segundo Buffington et al. (1981), o índice mais preciso para predizer o conforto térmico, em regiões tropicais, é o índice de temperatura do globo e umidade (ITGU), pois incorpora a umidade, o escoamento do ar, a temperatura de bulbo seco e a radiação, em um único valor. O ITGU foi desenvolvido pela inclusão da temperatura do globo negro, na equação do ITU, em lugar da temperatura do bulbo seco, resultando a equação:

ITGU = Tgn + 0,36 Tpo - 330,08 eq. 2

em que,

Tgn = temperatura de globo negro, K

Tpo = temperatura do ponto de orvalho, K

Um outro índice conhecido como Carga Térmica de Radiação (CTR), que quantifica a radiação ambiente incidente sobre o animal segundo Kelly et al. (1950), é calculado com base na temperatura radiante do meio (TRM) e é obtido por meio das equações 3 e 4, respectivamente.

CTR = s (TRM)4 eq. 3 em que,

CTR = carga térmica de radiação,Wm-2

s = constante de Stepham Boltzmann, Wm-2K-4 TRM = temperatura radiante de meio, K

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A TRM, temperatura de uma circunvizinhança, considerada uniformemente negra para eliminar o efeito da reflexão pode ser calculada por meio da equação 4 (Esmay, 1979).

TRM = 100 [ 2,51 v 0,5 (Tgn + Tbs) + ( Tgn/100)4]0,25 eq. 4

em que,

v = velocidade do vento , ms-1 Tgn = temperatura de globo negro, K

Tpo = temperatura do ponto de orvalho, K

Rosa (1984) estudando o efeito de três materiais de cobertura (cimento amianto, alumínio e barro) em condições de verão para Viçosa, MG, verificou que para até 9,5 horas de insolação os três materiais apresentaram valores semelhantes de ITGU, mas que para 11,7 horas de insolação, a cobertura mais efetiva em promover o conforto ambiental foi a telha de barro. O mesmo autor salientou que para todas as condições de insolação o material mais eficiente em reduzir a CTR foi o barro, seguido do alumínio e do cimento amianto.

Rosa et al. (1992c), estudando o efeito de três materiais de cobertura e de cinco condições de insolação durante o período de verão e de inverno para Dourados, MS, verificaram que os menores valores de ITGU foram registrados sob a cobertura de barro, seguida do cimento amianto e do alumínio.

Rosa et al.(1992a) verificaram que durante a época fria para Dourados-MS, os menores valores de CTR foram observados sob a cobertura de barro seguidos dos observados sob a cobertura de cimento amianto e finalmente pelos do alumínio. Este resultado, segundo os autores, se deve ao fato das temperaturas da superfície inferior do

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primeiro material serem, em todas as situações, menores que as do segundo e estas serem menores que os do terceiro.

Durante a época quente para Dourados - MS, Rosa et al. (1992b), concluíram que para condições de 0 a 75 % de insolação o material mais efetivo em reduzir a CTR foi o barro, seguido do cimento amianto e este pelo alumínio. Para condições de céu descoberto, com 100 % de insolação, o material mais efetivo em reduzir a CTR foi o cimento amianto, seguido do alumínio e este da telha de barro.

Rosa et al. (1996), estudando o comportamento de três materiais de cobertura em galpões fechados com cortinas de plástico trançada, durante as quatro estações do ano, verificaram que para todas as condições de insolação, o material mais efetivo em promover o conforto ambiental foi a telha de barro tipo francesa, uma vez que a mesma apresentou os menores valores de ITGU durante a primavera e o verão, e as menores amplitudes térmicas durante o outono e inverno, em relação ao alumínio e ao cimento-amianto.

Savastano Junior et al. (1997) estudando o desempenho térmico de diferentes tipos de cobertura em aviários comerciais para frangos de corte, no estado de São Paulo, durante os períodos de verão e de outono, verificaram que a telha de cimento amianto com pintura branca a base de cal, apresentou valores de ITGU estatisticamente menores que a telha de cimento amianto sem pintura e que a telha “onduline” também sem pintura.

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5 MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido nos aviários experimentais do Núcleo Experimental de Ciências Agrárias (NCA/UFMS) – Câmpus de Dourados, nos períodos de 23 de novembro de 1998 a 16 de março de 1999 e de 17 de maio a 7 de setembro de 1999, épocas consideradas quente e fria , respectivamente, para a região.

O NCA localiza-se no município de Dourados- MS nas coordenadas de 22º10’ S e 54º56’ W, com altitude aproximada de 458 m. A precipitação média anual da região é de 1400 mm, com predominância de verões chuvosos e invernos secos, apresentando temperatura média da época quente de 24,0 ºC e a da época fria de 19,0 ºC segundo dados registrados pela estação meteorológica da EMBRAPA-CPAO.

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