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Análise dos gastos em saúde pelos municípios da região da AMUPLAM nos anos de 2011, 2012 e 2013

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

ELOÍSA RAQUEL RENZ BUENO

ANÁLISE DOS GASTOS EM SAÚDE PELOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DA AMUPLAM NOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013

(Trabalho de Conclusão de Curso)

IJUÍ (RS) 2014

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ELOÍSA RAQUEL RENZ BUENO

ANÁLISE DOS GASTOS EM SAÚDE PELOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DA AMUPLAM NOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado no Curso de Ciências Contábeis da UNIJUI, como requisito parcial para obtenção de Grau de Bacharel em Ciências Contábeis.

PROF. ORIENTADOR: IRANI PAULO BASSO

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AGRADECIMENTOS

Quero, em primeiro lugar, agradecer a Deus por me dar força e persistência, para enfrentar esta caminhada acadêmica.

Aos meus familiares, meu pai Rubem, minha mãe Elaine, meu irmão Ricardo, minha vó Ida e meu namorado Alisson, pelo apoio, incentivo, compreensão e paciência durante toda esta trajetória.

Aos professores do curso, pelos conhecimentos transmitidos, em especial ao meu orientador, professor Irani Paulo Basso, pela atenção a mim dispensada.

Aos colegas e amigos que conquistei nesta trajetória, saibam que sempre vou lembrar de todos com muito carinho.

Enfim, minha gratidão a todas as pessoas que fazem parte da minha vida, especialmente àquelas que colaboraram para que este sonho se tornasse realidade.

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RESUMO

O presente estudo foi desenvolvido na área da Contabilidade Pública, que é um ramo específico da contabilidade que estuda o patrimônio dos entes públicos. Seu objetivo é descobrir através de uma análise o quanto foi investido em saúde nos municípios que pertencem à Amuplam – Associação dos Municípios do Planalto Médio durante três anos, 2011, 2012 e 2013. São onze municípios que fazem parte da Amuplam, sendo eles, Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Panambi, Pejuçara e Nova Ramada. O estudo foi desenvolvido a fim de analisar quanto de recursos próprios cada município investiu em saúde, quanto de recursos estaduais e também federais. Cada um dos municípios possui uma realidade, um número de habitantes e por isso investe de formas diferentes o dinheiro público, mas deve aplicar no mínimo 15% dos recursos próprios em saúde. A pesquisa é aplicada quanto à sua natureza, descritiva e explicativa com relação aos seus objetivos, qualitativa e quantativa do ponto de vista da forma de abordagem do problema, e bibliográfica, documental e de estudo de caso quanto aos procedimentos técnicos. A coleta de dados ocorreu mediante análise documental que usou observação espontânea e sistemática.

Palavras-chave: Contabilidade pública. Recursos próprios. Recursos da União. Recursos do Estado. Despesas aplicadas.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Receita corrente líquida dos municípios da AMUPLAM – em R$1,00... 35 Quadro 2 Despesa executada total em saúde por cada município da AMUPLAM –

em R$1,00... 35 Quadro 3 Receita corrente líquida do município de Ajuricaba... 36 Quadro 4 Despesas executadas total em saúde no município de Ajuricaba... 36 Quadro 5 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Ajuricaba no ano de 2011... 37 Quadro 6 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Ajuricaba no ano de 2012... 37 Quadro 7 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Ajuricaba no ano de 2013... 37 Quadro 8 Receita corrente líquida do município de Augusto Pestana... 39 Quadro 9 Despesas executadas total em saúde no município de Augusto Pestana.... 39 Quadro 10 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Augusto Pestana no ano de 2011... 40 Quadro 11 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Augusto Pestana no ano de 2012... 40 Quadro 12 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Augusto Pestana no ano de 2013... 40 Quadro 13 Receita corrente líquida do município de Bozano... 42 Quadro 14 Despesas executadas total em saúde no município de Bozano... 42 Quadro 15 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Bozano no ano de 2011... 43 Quadro 16 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Bozano no ano de 2012... 43 Quadro 17 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Bozano no ano de 2013... 43 Quadro 18 Receita corrente líquida do município de Catuípe... 45 Quadro 19 Despesas executadas total em saúde no município de Catuípe... 45 Quadro 20 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Catuípe no ano de 2011... 46 Quadro 21 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Catuípe no ano de 2012... 46 Quadro 22 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Catuípe no ano de 2013... 46 Quadro 23 Receita corrente líquida do município de Condor... 48 Quadro 24 Despesas executadas total em saúde no município de Condor... 48 Quadro 25 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Condor no ano de 2011... 49 Quadro 26 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Condor no ano de 2012... 49 Quadro 27 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Condor no ano de 2013... 50 Quadro 28 Receita corrente líquida do município de Coronel Barros... 51 Quadro 29 Despesas executadas total em saúde no município de Coronel Barros... 52 Quadro 30 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

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Quadro 31 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Coronel Barros no ano de 2012... 53 Quadro 32 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Coronel Barros no ano de 2013... 53 Quadro 33 Receita corrente líquida do município de Ijuí... 54 Quadro 34 Despesas executadas total em saúde no município de Ijuí... 55 Quadro 35 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Ijuí

no ano de 2011... 55 Quadro 36 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Ijuí

no ano de 2012... 56 Quadro 37 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Ijuí

no ano de 2013... 56 Quadro 38 Receita corrente líquida do município de Jóia... 57 Quadro 39 Despesas executadas total em saúde no município de Jóia... 58 Quadro 40 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Jóia

no ano de 2011... 58 Quadro 41 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Jóia

no ano de 2012... 59 Quadro 42 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de Jóia

no ano de 2013... 59 Quadro 43 Receita corrente líquida do município de Panambi... 60 Quadro 44 Despesas executadas total em saúde no município de Panambi ... 61 Quadro 45 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Panambi no ano de 2011... 61 Quadro 46 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Panambi no ano de 2012... 62 Quadro 47 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Panambi no ano de 2013... 62 Quadro 48 Receita corrente líquida do município de Pejuçara... 63 Quadro 49 Despesas executadas total em saúde no município de Pejuçara... 64 Quadro 50 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Pejuçara no ano de 2011... 64 Quadro 51 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Pejuçara no ano de 2012... 65 Quadro 52 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Pejuçara no ano de 2013... 65 Quadro 53 Receita corrente líquida do município de Nova Ramada... 66 Quadro 54 Despesas executadas total em saúde no município de Nova Ramada... 67 Quadro 55 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Nova Ramada no ano de 2011... 67 Quadro 56 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Nova Ramada no ano de 2012... 68 Quadro 57 Despesa executada em saúde, por fonte de recurso, no município de

Nova Ramada no ano de 2013... 68 Quadro 58 Despesas com saúde por fonte de recurso nos municípios da Amuplam

em 2011 – em R$1,00... 69 Quadro 59 Despesas com saúde por fonte de recurso nos municípios da Amuplam

em 2012 – em R$1,00... 70 Quadro 60 Despesas com saúde por fonte de recurso nos municípios da Amuplam

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Quadro 61 Porcentagem aplicada de recursos próprios em relação à receita corrente líquida... 72 Quadro 62 Valor aplicado em média por habitante em relação ao valor total gasto

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Despesas executadas total em saúde no município de Ajuricaba... 37 Gráfico 2 Valor investido por habitante em saúde no município de Ajuricaba... 39 Gráfico 3 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Ajuricaba... 39 Gráfico 4 Despesas executadas total em saúde no município de Augusto Pestana.... 40 Gráfico 5 Valor investido por habitante em saúde no município de Augusto

Pestana... 42 Gráfico 6 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Augusto Pestana... 42 Gráfico 7 Despesas executadas total em saúde no município de Bozano... 43 Gráfico 8 Valor investido por habitante em saúde no município de Bozano... 45 Gráfico 9 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Bozano... 45 Gráfico 10 Despesas executadas total em saúde no município de

Catuípe... 46 Gráfico 11 Valor investido por habitante em saúde no município de Catuípe... 48 Gráfico 12 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Catuípe... 48 Gráfico 13 Despesas executadas total em saúde no município de Condor... 50 Gráfico 14 Valor investido por habitante em saúde no município de Condor... 51 Gráfico 15 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Condor... 52 Gráfico 16 Despesas executadas total em saúde no município de Coronel

Barros... 53 Gráfico 17 Valor investido por habitante em saúde no município de Coronel

Barros... 54 Gráfico 18 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Coronel Barros... 55 Gráfico 19 Despesas executadas total em saúde no município de Ijuí... 56 Gráfico 20 Valor investido por habitante em saúde no município de Ijuí... 57 Gráfico 21 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Ijuí... 58 Gráfico 22 Despesas executadas total em saúde no município de Jóia... 59 Gráfico 23 Valor investido por habitante em saúde no município de Jóia... 60 Gráfico 24 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Jóia... 61 Gráfico 25 Despesas executadas total em saúde no município de Panambi... 62 Gráfico 26 Valor investido por habitante em saúde no município de Panambi... 63 Gráfico 27 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Panambi... 64 Gráfico 28 Despesas executadas total em saúde no município de Pejuçara... 65 Gráfico 29 Valor investido por habitante em saúde no município de Pejuçara... 66 Gráfico 30 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de

Pejuçara... 67 Gráfico 31 Despesas executadas total em saúde no município de Nova Ramada... 68 Gráfico 32 Valor investido por habitante em saúde no município de Nova

(9)

Gráfico 33 Percentual aplicado em saúde com recursos próprios município de Nova

Ramada... 70

Gráfico 34 Despesas com saúde por fonte de recurso 2011... 71

Gráfico 35 Despesas com saúde por fonte de recurso 2012... 72

Gráfico 36 Despesas com saúde por fonte de recurso 2013... 73

Gráfico 37 Porcentagem aplicada de recursos próprios em relação à receita corrente líquida dos municípios da AMUPLAM no ano de 2011... 74

Gráfico 38 Porcentagem aplicada de recursos próprios em relação à receita corrente líquida dos municípios da AMUPLAM no ano de 2012... 75

Gráfico 39 Porcentagem aplicada de recursos próprios em relação à receita corrente líquida dos municípios da AMUPLAM no ano de 2013... 75

Gráfico 40 Valor aplicado em média por habitante em relação ao valor gasto com saúde no ano de 2011... 76

Gráfico 41 Valor aplicado em média por habitante em relação ao valor gasto com saúde no ano de 2012... 77

Gráfico 42 Valor aplicado em média por habitante em relação ao valor gasto com saúde no ano de 2013... 78

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LISTA DE SIGLAS

AMUPLAM – Associação dos Municípios do Planalto Médio CFC – Conselho Federal de Contabilidade

TCC – Trabalho de Conclusão de Curso

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística RCL – Receita Corrente Líquida

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO... 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO... 15

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA... 15

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE... 15

1.2.1 Município de Ajuricaba... 15

1.2.2 Município de Augusto Pestana... 15

1.2.3 Município de Bozano... 15

1.2.4 Município de Catuípe... 15

1.2.5 Município de Condor... 16

1.2.6 Município de Coronel Barros... 16

1.2.7 Município de Ijuí... 16

1.2.8 Município de Jóia... 16

1.2.9 Município de Nova Ramada... 16

1.2.10 Município de Panambi... 16 1.2.11 Município de Pejuçara... 16 1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA... 16 1.4 OBJETIVOS... 17 1.4.1 Objetivo geral... 17 1.4.2 Objetivos específicos... 18 1.5 JUSTIFICATIVA... 18 2 REFERENCIAL TEÓRICO... 20

2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE... 20

2.1.1 Conceituação, objeto, finalidades, campos de aplicação e técnicas básicas... 20

2.2 CONTABILIDADE E ORÇAMENTO PÚBLICO... 21

2.2.1 Demonstrações contábeis do setor público... 22

2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO... 23

2.3.1 Receitas públicas... 24

2.3.2 Despesas públicas... 25

2.4 BALANÇO FINANCEIRO – BALANÇO PATRIMONIAL... 26

2.5 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS... 26 2.6 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO

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SETOR PÚBLICO... 27

2.7 ANÁLISE DE BALANÇOS... 28

2.7.1 Técnicas de análise de balanços... 28

2.7.1.1 Análise vertical de balanços... 29

2.7.1.2 Análise horizontal de balanços... 29

2.7.1.3 Análise por índices econômicos e financeiros... 30

3 METODOLOGIA DO ESTUDO... 31

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO... 31

3.1.1 Quanto à natureza... 31

3.1.2 Quanto aos objetivos... 31

3.1.3 Quanto a forma de abordagem do problema... 32

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos... 32

3.2 PLANO DE COLETA DE DADOS... 33

3.2.1 Instrumento de coleta de dados... 33

3.3 PLANO DE ANÁLISE DE INTERPRETAÇÃO DE DADOS... 34

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS... 35

4.1 ANÁLISE COMPARATIVA DAS DESP. APLIC. EM SAÚDE PELOS MUNIC. INTEG. DA AMUPLAM NOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013... 35

4.1.1 Análise do desempenho do município de Ajuricaba... 36

4.1.2 Análise do desempenho do município de Augusto Pestana... 40

4.1.3 Análise do desempenho do município de Bozano... 43

4.1.4 Análise do desempenho do município de Catuípe... 46

4.1.5 Análise do desempenho do município de Condor... 49

4.1.6 Análise do desempenho do município de Coronel Barros... 52

4.1.7 Análise do desempenho do município de Ijuí... 55

4.1.8 Análise do desempenho do município de Jóia... 58

4.1.9 Análise do desempenho do município de Panambi... 61

4.1.10 Análise do desempenho do município de Pejuçara... 64

4.1.11 Análise do desempenho do município de Nova Ramada... 67

4.1.12 Análise comparativa do desempenho dos municípios da Amuplam... 70

4.1.13 Análise e conclusões gerais... 78

CONCLUSÃO... 80

(13)

INTRODUÇÃO

A contabilidade no mundo atual evoluiu, não apenas para as empresas privadas, mas também para os governos, estados e municípios. Os entes públicos têm sua própria ramificação da contabilidade, voltada à gestão pública, tendo por base leis e normas específicas para o processamento contábil das ações praticadas e a apresentação de relatórios de usos internos e de prestação de contas ao nível externo, seja para os tomadores de contas, seja para a sociedade como um todo. Analisar e interpretar as receitas e as despesas de um ente público, seja município e de outra esfera da administração pública e transformá-las em aliadas de uma gestão, é o grande desafio que se apresenta ao setor contábil dos entes públicos.

O orçamento público, de interesse interno nos entes públicos e sendo hoje de interesse de toda a população, deve ser exposto de forma transparente e acessível para ela, e é necessário que todos tenham conhecimento das metodologias adotadas em sua elaboração para que possam participar da elaboração, seja de forma direta, seja de forma representtiva. Ter condições de acompanhar e avaliar as atividades desenvolvidas pelo Poder Público e assim acompanhar o fluxo dos recursos do município, do estado e da união, são desafios dos gestores públicos e da população.

O estudo a seguir tem como foco uma análise horizontal e vertical das despesas empenhadas nos municípios integrantes da Associação dos Municípios do Planalto Médio (Amuplam) do Rio Grande do Sul, com ênfase para as despesas voltadas para a saúde. Os municípios integrantes da Amuplam são: Ajuricaba, Augusto Pestana, Bozano, Catuípe, Condor, Coronel Barros, Ijuí, Jóia, Nova Ramada, Panambi e Pejuçara.

O objetivo de tal estudo é evidenciar a proporção dos recursos aplicados em saúde e secundariamente, diagnosticar se as despesas empenhadas na função saúde nos municípios integrantes da Amuplam estão sendo executadas de forma a cumprir o que estabelece a legislação brasileira. A partir disto, fazer um comparativo evolutivo dos gastos em saúde no período 2011 a 2013 nos próprios municípios e de forma comparativa entre os mesmos. Para tanto, utilizou-se a técnica de análise de balanços em valores reltivos vertical e horizontal, evidenciando as porcentagens das receitas e das despesas em relação à soma total de ambas, para assim saber a base do quanto foi empenhado deste valor em cada ano e a sua evolução.

O presente trabalho de conclusão de curso contempla, em seu primeiro capítulo, a Contextualização do Estudo, enfocando a área de estudo, a problematização do tema, os objetivos do estudo e a justificativa da autora para a realização do estudo na área escolhida.

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No capítulo dois é apresentado o produto da Revisão Bibliográfica, efetuada como substrato de revisão e aprofundamento de conhecimentos como base teórica para a autora melhor desenvolver a parte prática do trabalho de conclusão de curso. No terceiro capítulo são expostos os procedimentos metodológicos que balizam a realização do trabalho. Por último, no quarto capítulo é apresentada a parte prática do trabalho, constituído dos dados da pesquisa realizada sobre a aplicação de recursos na função Saúde em cada um dos municípios que integram a Amuplam nos anos de 2011, 2012 e 2013. Completa essa parte do trabalho de conclusão de curso a análise e conclusões dos dados pesquisados.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO

O estudo se refere a uma análise vertical e horizontal das despesas aplicadas em saúde pelos Municípios que integram a Associação dos Municípios do Planalto Médio (AMUPLAM), no período 2011 a 2013, objetivando constatar esta realidade, pois de um lado percebe-se pronunciamentos de gestores municipais dos vultuosos recursos aplicados nesse setor e de outra parte, percebe-se também, que a população, via de regra, tem apresentado reclamações de que não possuem acesso a esse serviço público na qualidade e quantidade necessária.

1.1 ÁREA DE CONHECIMENTO CONTEMPLADA

A contabilidade possui muitas ramificações e a aplicação prática em que um contabilista pode atuar profissionalmente, e nesse contexto, o tema de estudo selecionado é a ramificação ligada à contabilidade e orçamento público, mediante as ferramentas proporcionadas pela técnica contábil da análise de balanços, no caso, aplicada ao setor público, pois contempla municípios que integram uma determinada região do estado do Rio Grande do Sul, aqui denominada AMUPLAM.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE

A entidade em estudo é constituída de 11 municípios que integram a Associação dos Municípios do Planalto Médio (AMUPLAM), a seguir brevemente caracterizados, mediante dados obtidos junto ao IBGE - Censo 2010:

1.2.1 Município de Ajuricaba – com uma área de 323,24 km², população de 7.255 habitantes, com 56% no meio urbano, ou seja, 4.063 habitantes e 44%, no meio rural. 1.2.2 Município de Augusto Pestana – com uma área de 331,44 km² e uma população de

7.096, sendo 51% no meio urbano, 3.619 habitantes, e no meio rural 49%.

1.2.3 Município de Bozano – com uma área de 201,04 km², uma população de 2.200, com 28% no meio urbano, 616 habitantes e 72%, no meio rural.

1.2.4 Município de Catuípe – com uma área de 583,3 km² e uma população de 9.323, sendo 64% no meio urbano, ou seja, 5.966 habitantes e 36% no meio rural.

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1.2.5 Município de Condor – com uma área de 465,2 km², população de 6.552 habitantes, com 61% no meio urbano, ou seja, 3.997 habitantes e 39% no meio rural.

1.2.6 Município de Coronel Barros – com uma área de 162,9 km² e uma população de 2.459, sendo 44% no meio urbano, ou seja, 1.082 habitantes e 56%, no meio rural. 1.2.7 Município de Ijuí – com uma área de 689,31 km² e uma população de 78.915, sendo

90% do meio urbano, ou seja, 64.395 habitantes e 10% do meio rural.

1.2.8 Município de Jóia – com uma área de 1.235,85 km², população de 8.331 habitantes, com 25% no meio urbano, ou seja, 2.083 habitantes e 75%, no meio rural.

1.2.9 Município de Nova Ramada – com uma área de 254,8 km² e uma população de 2.437, com 27% no meio urbano, ou seja, 658 habitantes e 73% no meio rural.

1.2.10 Município de Panambi – com uma área de 490,9 km², população de 38.058 habitantes, com 90% no meio urbano, ou seja, 34.252 habitantes e o restante, 10%, no meio rural. 1.2.11 Município de Pejuçara – com uma área de 414,2 km² e uma população de 3.973, com

67% no meio urbano, ou seja, 2.662 habitantes e 33% no meio rural.

Portanto, o estudo será realizado em todos os municípios da AMUPLAM já citados, tendo como foco os valores absolutos e relativos aplicados nas despesas com saúde por cada município nos três últimos anos.

1.3 PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA

O patrimônio público, em todas as demais entidades, é composto por bens, direitos e obrigações, e que em atividade, produz variações que são verificadas pela Contabilidade e são por ela sistematizadas em seus instrumentos de registros, gerando relatórios com preciosas informações gerenciais para seus gestores e cidadãos. Neste segmento, a ramificação contábil é voltada pra a contabilidade e orçamento público que, de acordo com o artigo 83 da Lei nº 4.320/64, tem por objetivo evidenciar “[...] perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados”.

Os municípios são movidos por atribuições legais e constitucionais, dentre elas a Lei 4.320/64, a Lei Complementar 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal, e a Constituição Federal de 1988. Estes dispositivos são a garantia do acesso da população a serviços básicos de saúde, moradia e educação, por exemplo, entre outros, e assim cabendo aos gestores planejar as ações e orçar as despesas para que isso se torne possível.

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Sendo assim, a percepção sobre as despesas orçadas e executadas em um município e a forma como são distribuídas, nem sempre são analisadas pelos agentes políticos e nem pela população ao longo dos anos, e nem comparadas à realidade de municípios vizinhos, geralmente movidos pela competição político-partidária. Quando discutidos, uma das áreas mais polêmicas de investimentos nas prefeituras, é a área da saúde, numa constante controversa entre gestor e população atendida.

Neste sentido, uma análise mais aprofundada da situação dos recursos aplicados em saúde nos municípios, pode revelar situações esclarecedoras das políticas a ela adotada pelos municípios. Assim, de forma comparativa, pode-se buscar indicadores que podem auxiliar as decisões dos gestores municipais e esclarecer a população sobre a real situação que envolve os recursos que cada município tem aplicado ao longo dos últimos anos em saúde e sua proporção em cada habitante do respectivo município.

Segundo Mauss (2012, p.205), uma análise vertical “[...] possibilita traçar uma tendência de gestão ao longo dos anos e viabiliza uma conclusão mais segura e embasada em relação a sua situação futura.” E uma análise horizontal, para Matarazzo (2003, p.245), “Baseia-se na evolução de cada conta de uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/ou em relação a uma demostração financeira básica, geralmente a mais antiga da série [...].”

Neste contexto, a pergunta a que o trabalho de conclusão de curso da proponente procurará dar resposta, pode ser assim formulada: Como cada um dos municípios que integram a AMUPLAM tem considerado a área da saúde na elaboração e execução de seus respectivos orçamentos, comparativamente ao volume de recursos e ao número de habitantes?

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos buscam delinear o que se quer atingir com a realização do trabalho e dividem-se em geral e específicos.

1.4.1 Objetivo geral

Analisar as despesas orçadas e executadas para a área de saúde em cada município que integra a AMUPLAM, na perspectiva de qualificar as políticas individual de cada município e coletiva na associação, em relação a essa que é considerada uma das mais importantes demandas de serviços públicos por parte da população.

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1.4.2 Objetivos específicos

Revisar na base teórica, os conceitos e demais fundamentos técnicos de contabilidade e orçamento público, bem como das técnicas de análise vertical e horizontal de balanços aplicáveis ao setor público.

Conhecer o processo que envolve a elaboração e execução orçamentária dos município se sua consistência com o que prevê a legislação pertinente.

Organizar os dados e realizar os cálculos inerentes aos estudos a serem realizados individualmente em cada município e de forma comparativa na associação de municípios que os mesmos integram.

Analisar os resultados obtidos e apresentar conclusões e ou recomendações, caso necessário.

1.5 JUSTIFICATIVA

Na condição de concluinte do Curso de Ciências Contábeis na Unijuí e futuro profissional da área contábil, busco ampliar meus conhecimentos e os horizontes profissionais na área escolhida, tendo em vista que atualmente atuo no setor público municipal e exatamente na área da saúde que é o foco principal do presente estudo.

Estudar a análise das despesas de um ente público é uma interessante busca de um conhecimento muito útil e necessário tanto para gestores como para a população em geral, baseado em pesquisas e outros estudos já realizados, de forma a contribuir como informativo de uma realidade vivenciada pelos municípios.

Para cada município e para a associaçãoem que os mesmos pertencem, este estudo pode mostrar, através dos dados e das análises, como se comportaram os gastos em saúde, individual e coletivamente e ainda de forma comparativa com a população do respectivo município, como instrumento que podem contribuir aos entes políticos na condução de seus respectivos planos de ação para essa que é uma importante área de serviços públicos demandas pela população, constatadas por frequentes reportagens que circulam nos meios de comunicação social local, regional e mesmo nacional.

Na dimensão da Universidade, este estudo ficará à disposição de acadêmicos e demais pesquisadores quem tiverem interesse nessa área de conhecimento.

Na condição de concluinte do curso, futuro profissional da Contabilidade e também uma cidadã consciente, além de ampliar os horizontes profissionais também aumentarei o

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conhecimento sobre o dinheiro público e a forma como é planejado e investido na nossa região para promover o bem estar da população, nessa que é uma das áreas mais sensíveis no País, ou seja, a saúde.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico contém a base teórica sobre Contabilidade, Orçamento Público, Receita e Despesa Pública, a técnica contábil da Análisede balanços, entre outros aspectos, que servirão de embasamento à autora para a realização da parte prática do projeto, consubstanciada no trabalho de conclusão de curso.

2.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA CONTABILIDADE

A contabilidade pode ser, inicialmente, caracterizada como a ciência que estuda os fatos de natureza patrimonial que ocorrem em uma entidade qualquer.

Contabilidade é a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial. (FRANCO, 1983, apud BASSO, 2005, p.22).

Entende-se também, na modernidade, que a Contabilidade utiliza-se de metodologias e técnicas próprias e capazes de produzir, com oportunidade e fidedignidade, relatórios que sirvam à administração no processo de tomadas de decisão e de controle de seus atos, demonstrando, por fim, os efeitos produzidos por esses atos de gestão no patrimônio da entidade. (BIEGER, SEIBERT, COSTA, 2009, p.73)

Assim, a contabilidade como uma ciência, tem evoluído ao longo dos anos para estar de acordo com os avanços que ocorrem na área da informática, na área ambiental, social, mas mantém sua essência ao observar, controlar e estudar o patrimônio das entidades.

2.1.1 Conceituação, objeto, finalidades, campos de aplicação e técnicas básicas

A contabilidade pode ser conceituada como:

[...] conjunto ordenado de conhecimentos, leis, princípios e método de evidenciação próprios, é a ciência que estuda, controla e observa o patrimônio das entidades nos seus aspectos quantitativo (monetário) e qualitativo (físico) e que, como conjunto de normas, preceitos e regras gerais, se constitui na técnica de coletar, catalogar e registrar fatos que nele ocorrem, bem como de acumular, resumir e revelar informações de suas variações e situação, especialmente de natureza econômico-financeira. (BASSO, 2005, p.22).

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O objeto de estudo da Contabilidade, segundo Basso (2005, p.23), “[...] é o patrimônio, geralmente constituído por um conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma determinada entidade”.

Gerar informações, seja de ordem física, econômica ou financeira, sobre o patrimônio, é a principal finalidade da Contabilidade.

Os campos de aplicação da Contabilidade são muito amplos, devido ao fato de que seja uma empresa pública, privada, com ou sem fins lucrativos e, independente do seu tamanho, todas necessitam do controle sobre o seu patrimônio que esta ciência propicia. Portanto alguns campos de aplicação possuem ramos específicos da contabilidade, como: contabilidade comercial, industrial, pública, rural, de cooperativas, hospitalar, de fundações, entre outras.

As técnicas básicas da Contabilidade utilizadas para a sua operacionalização são: a da escrituração, a das demonstrações contábeis, a da auditoria e a da análise de balanços. A escrituração contábil contempla os registros dos fatos contábeis nos livros Diário e Razão. Os Demonstrativos Contábeis são os relatos econômicos e financeiros gerados pela escrituração, em geral constituídos pelo balancete de verificação, balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração dos fluxos de caixa, demonstração das mutações do patrimônio líquido e de outros demonstrativos contábeis opcionais como a demonstração das origens e aplicações de recursos e o balanço social, dentre outros demonstrativos contábeis-gerenciais utilizados no dia a dia da gestão das organizações.

A Auditoria consiste em um exame detalhado dos procedimentos e práticas contábeis para certificar sua lisura, legalidade, correção e fidedignidade. E por fim, a análise de balanços, que será utilizada nesta pesquisa, onde são extraídos dados e informações para que sejam interpretados e possa ser projetada a situação patrimonial das entidades em estudo.

2.2 CONTABILIDADE E ORÇAMENTO PÚBLICO

As entidades públicas requerem uma contabilidade própria voltada a elas, para ampará-las nos aspectos legais e gerenciais e para isso surgiu a Contabilidade Pública.

A Contabilidade Pública é o conhecimento especializado da Ciência Contábil que aplica no processo gerador de informações os conceitos, princípios e normas contábeis na gestão patrimonial de uma entidade governamental, de sorte a oferecer à sociedade informações amplas e acessíveis sobre a gestão da coisa pública. (LIMA e CASTRO, 2007, p.1).

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A contabilidade pública possui uma importância muito significativa no que se refere a direcionar os gestores a aplicar os recursos de forma transparente e também, tem a função de informar a sociedade em geral se esta aplicação foi realizada corretamente.

2.2.1 Demonstrações contábeis do setor público

A Contabilidade Pública, segundo Lima, Castro (2007, p.2), “[...] é aplicada às pessoas jurídicas de Direito Público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), suas respectivas autarquias e fundações criadas ou mantidas pelo Poder Público”.

Ainda, de acordo com Lima, Castro (2007, p.3), “A Contabilidade Pública se presta a coletar, registrar e controlar os atos e fatos que afetam o patrimônio líquido, com destaque para os atos e fatos de natureza orçamentária”.

A base normativa e legal da Contabilidade Pública no Brasil, tem por base a Lei Complementar nº 4.320/1964, que estatui as normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados do Distrito Federal e dos Municípios e que conforme a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 165, § 9º, será regulamentada por lei complementar e será a responsável por estabelecer normas para a administração pública.

A Lei Complementar nº 101/2000, foi que estabeleceu as normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. Algumas Portarias e Instruções Normativas expedidas pela Secretaria do Tesouro Nacional também regem a parte aplicada da Contabilidade Pública.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Estado brasileiro é composto pelas seguintes esferas de Poder: Legislativo, Executivo e Judiciário e pelos níveis de Governo: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O Poder Legislativo é encarregado de elaborar as leis, o Poder Executivo é o responsável por aplicar as leis e o Poder Judiciário fiscaliza se as mesmas estão sendo cumpridas.

A União representa a Federação, os Estados possuem governo e administração próprios, o Distrito Federal refere-se ao ponto central da Federação e os Municípios no que diz respeito à sua localidade possuem prefeitos e vereadores para legislar e executar seus interesses.

As demonstrações contábeis que constam na Lei nº 4.320/64, no artigo 101, são o Balanço Orçamentário, o Balanço Financeiro, o Balanço Patrimonial e a Demonstração das Variações Patrimoniais. Estas demonstrações contábeis do setor público estão sendo revistas

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pelas novas Normas de Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, numa perspectiva de suas adaptações às mudanças da legislação aplicada e da internacionalização das normas brasileiras de contabilidade, porém, ainda vigem os demonstrativos contábeis preconizados pela Lei Complementar 4.320/64.

Estes demonstrativos além das quatro demonstrações já citadas são: a demonstração dos fluxos de caixa, a demonstração do resultado econômico, a demonstração das mutações do patrimônio líquido e as notas explicativas.

2.3 ORÇAMENTO PÚBLICO – BALANÇO ORÇAMENTÁRIO

O orçamento público é um instrumento que tem por objetivo ajudar os gestores a analisar em quais áreas serão necessários maiores investimentos.

O governo tem a responsabilidade de prestar o melhor nível possível de bem-estar para a sociedade. Diante deste desafio utiliza-se de técnicas de planejamento e programação de ações que são condensadas no chamado sistema de planejamento integrado. Este sistema busca analisar a realidade atual por meio de diagnósticos para assim identificar as ações ou alterações na situação presente a serem desenvolvidas, visando atingir a situação desejada. (BASSO, MANTOVANI, 2003, p.47).

O processo orçamentário, também conhecido como ciclo orçamentário, pode ser definido como um processo de caráter contínuo e simultâneo, pelo qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação de dispêndios do setor público nos aspectos físicos e financeiros. O ciclo orçamentário corresponde, então, ao período de tempo no qual se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção e elaboração, passando pela apreciação e aprovação pelo Legislativo e ainda a sua execução e avaliação. (PEREIRA, BASSO, 2009, p.62).

Para que o orçamento público seja de fato eficiente existem três instrumentos que auxiliam este ciclo: o Plano Plurianual de Ação Governamental – PPA, a Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO, e, a Lei Orçamentária Anual – LOA; instrumentos estes instituídos como obrigatórios pela Constituição Federal de 1988, pelas Constituições Estaduais e pelas Leis Orgânicas Municipais.

Segundo Souza (2002, p.67), “[...] o Plano Plurianual é o documento que apresenta o plano de governo e deve conter os objetivos e metas físicas a serem alcançadas nos quatro anos seguintes a sua elaboração, que se dá no primeiro ano do mandato”.

A Lei das Diretrizes Orçamentárias – LDO – tem por principal função o estabelecimento dos parâmetros necessários à alocação dos recursos no orçamento anual, de forma a garantir, dentro do possível, a realização das metas e objetivos

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contemplados nos programas do Plano Plurianual. Assim, é papel da LDO ajustar as ações de governo, previstas no PPA, às reais possibilidades de caixa do município. (PEREIRA, BASSO, 2009, p.64).

A Lei Orçamentária Anual (Fiscal) deve conter a previsão de arrecadação de todas as receitas e a fixação de todas as despesas de todos os órgãos da administração direta (União, Estados e municípios), administração indireta (autarquias, fundações, etc.) e poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). (SOUZA, 2002, p.67).

Segundo outra lei que rege a Contabilidade Pública e o Orçamento Público, a Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar nº 101/2000, que conjuntamente com a Lei Complementar 4.320/64, diz que deve existir uma organização dos sistemas contábeis que interagem entre si: Orçamentário, Financeiro e Patrimonial. Em relação a isto, a forma de refletir os atos e fatos das entidades públicas em cada sistema são o balanço orçamentário, o balanço financeiro, o balanço patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais.

Em relação ao balanço orçamentário entende-se que conforme definido pelo Art. 102 da Lei nº 4.320/64, ele tem como objetivo demonstrar as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas. Confrontando-as é possível avaliar o planejamento e o desempenho da arrecadação em um determinado período de tempo.

O Balanço Orçamentário reflete de forma sintética o que foi o Orçamento Anual e sua execução com posição em 31 de dezembro, quando é encerrado cada exercício, demonstrando também o resultado orçamentário, que poderá evidenciar superávit orçamentário, quando a receita for maior que a despesa, ou déficit orçamentário, quando a despesa for maior que a receita. (SOUZA, 2002, p.69).

Assim, o relatório que demonstra o confronto das receitas orçadas e arrecadadas, com as despesas fixadas e incorridas num determinado período caracteriza-se como balanço orçamentário.

2.3.1 Receitas públicas

As receitas públicas podem ser consideradas toda e qualquer entrada de recurso sem devolução, referentes ao Poder Público que se referem à alocação e também objetiva atender às despesas públicas.

A receita pública distingue-se em receita orçamentária e receita extra-orçamentária. A receita extra-orçamentária é representada no balanço patrimonial como passivo financeiro, ou seja, são recursos de terceiros que transitam pelos cofres públicos. Já a receita orçamentária é aquela que pertence de fato à entidade e se classifica economicamente em Receitas Correntes e Receitas de Capital. (SLOMSKI, 2003, p.309).

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De acordo com o Art. 11, § 1º, da Lei nº 4.320/64, “São Receitas Correntes as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado [...]”. E de acordo com os §§ 2º e 3º da mesma Lei, “São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituições de dívidas, da conversão, em espécie, de bens e direitos [...]”.

2.3.2 Despesas públicas

As despesas públicas são entendidas como a garantia de atender necessidades referentes aos serviços prestados ao público, de forma a proporcionar bem-estar à sociedade.

Define-se despesa pública como o conjunto de dispêndios da entidade governamental para o funcionamento dos serviços públicos. Nesse sentido, como parte do orçamento, a despesa compreende as autorizações para gastos com as várias atribuições e funções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas correspondem à distribuição e ao emprego das receitas para o custeio de diferentes setores da entidade governamental e para os investimentos. (LIMA e CASTRO, 2007, p.59).

Já Slomski (2003), assim se manifesta sobre a despesa pública:

Por despesa pública entende-se todo o consumo de recursos orçamentários e extra-orçamentários. São recursos orçamentários todos aqueles fixados pela Lei de Orçamento Anual (LOA) e são recursos extra-orçamentários aqueles provenientes da geração de passivos financeiros, classificados como receita extra-orçamentária, constituindo-se em despesa extra-orçamentária quando de seu recolhimento e/ou pagamento a quem de direito. (SLOMSKI, 2003, p.318).

Segundo Lima e Castro (2007, p.60), a despesa corrente responde “[...] pela manutenção das atividades de cada entidade governamental, como despesas de pessoal, com contratos de limpeza e vigilância, água, luz, telefone, entre outros”.

Kohama (2000), nos ensina que, as

Despesas de Capital são os gastos realizados pela entidade pública, cujo propósito é criar novos bens de capital ou mesmo adquirir bens de capital já em uso, como é o caso dos investimentos e inversões financeiras, respectivamente, que em geral, constituirão, em última análise, incorporações ao patrimônio público de forma efetiva ou por meio de mutação patrimonial. (KOHAMA, 2000, p.53).

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Portanto, as despesas públicas são os gastos fixados por lei e destinados para a execução dos serviços públicos e aumento do patrimônio público, bem como para pagamento de dívidas e afins.

2.4 BALANÇO FINANCEIRO – BALANÇO PATRIMONIAL

De acordo com a Lei nº 4.320/64, em seu artigo 103, diz que, “O Balanço Financeiro demonstrará a Receita e a Despesa Orçamentária, bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-orçamentária [...]”.

O balanço Financeiro [...] tem como objetivo principal demonstrar o movimento financeiro (de caixa e bancos) que ocorreu no exercício, pois ele evidencia a movimentação que houve de arrecadação de receitas orçamentária e extra-orçamentária juntamente com os saldos de caixa e bancos do exercício anterior e os pagamentos de despesas orçamentária e extra-orçamentária juntamente com os saldos de caixa e bancos para o exercício seguinte”.(SOUZA, 2002, p.70).

Também previsto na Lei nº 4.320/64, no Art. 105, diz que, “O Balanço Patrimonial demonstrará: o Ativo Financeiro, o Ativo Permanente, o Passivo Financeiro, o Passivo Permanente, o Saldo Patrimonial e As Contas de Compensação”.

No Balanço Patrimonial está demonstrado o Saldo Patrimonial – Patrimônio Líquido do ente público – que é o resultado da diminuição entre o total do Ativo Real e o total do Passivo Real, denominado de Ativo Real Líquido quando for positivo ou Passivo Real a Descoberto quando for negativo. (SOUZA, 2002, p.72).

Outra informação fornecida pelo balanço patrimonial é o resultado financeiro proveniente da diminuição do Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando se ocorre um superávit ou um déficit.

2.5 DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS

Segundo Kohama (2000, p.21), “Os registros pelos quais é demonstrada a movimentação escriturada, relativos ao sistema patrimonial, ocorrerão por meio de dois instrumentos, o balanço patrimonial e o quadro da demonstração das variações patrimoniais”.

De acordo o Art. 104 da Lei 4.320/64, “A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da execução orçamentária e indicará o resultado patrimonial do exercício”.

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De acordo com Souza (2002, p.73), “A importância da Demonstração das Variações Patrimoniais reside em que este demonstrativo apresenta as alterações ocorridas no patrimônio do ente público decorrente da execução orçamentária e extra-orçamentária”.

Assim, a demonstração das variações patrimoniais pode ser considerada parte muito siginificativa na gestão pública, pois permite evidenciar alterações no patrimônio que auxiliam muito nas decisões tomadas pelos gestores.

2.6 NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO

As normas brasileiras de contabilidade abrangem toda as áreas, inclusive o setor público. É através delas que ocorrem as mudanças, tanto na forma como elas serão transmitidas aos usuários, sejam eles gestores ou a sociedade em geral, como nas demonstrações que são usadas para fornecer as informações.

As Normas constituem um corpo de doutrina contábil, que serve de orientação técnica ao exercício profissional, em qualquer de seus aspectos de assessoramento, compreendendo consultoria, chefia e direção dos serviços contábeis, atividades didáticas e de magistério de contabilidade; ao contabilista profissional liberal, empregado ou funcionário público, através da busca, quantificação, registro, relato e análise de dados contábeis [...]. (MAUSS, 2012, p.10).

Ao ocorrer a corvengência para as Normas Internacionais de Contabilidade, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) considerando a Portaria nº 184/2008, realizou uma edição com algumas Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica aplicadas ao Setor Público.

A edição se realizou nas Normas Brasileiras de Contabilidade aplicada ao Setor Público designadas NBC T 16.1 a 16.11. Sendo elas sobre: a conceituação, objeto e campo de aplicação; patrimônio e sistemas contábeis; planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil; transações no setor público; registro contábil; demonstrações contábeis; consolidação das demonstrações contábeis; controle interno; depreciação, amortização e exaustão; avaliação e mensuração de ativos e passivos; e custos aplicados ao setor público.

Entre as principais mudanças destacam-se: a criação de um plano de contas único, novas demonstrações contábeis e adoção do regime de competência para a Contabilidade Patrimonial, que passa a registrar os fatos administrativos na ocorrência do fato gerador, não importando o momento do recebimento ou pagamento.

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2.7 ANÁLISE DE BALANÇOS

Todos os tipos de relatórios contábeis são atualmente para os gestores a forma mais correta de analisar os dados das organizações e assim desenvolver uma gestão eficiente. Assim a análise de balanços de uma série de exercícios (anos) contribui nas tomadas de decisão embasadas no passado e presente, e no planejamento para o futuro da situação econômico-financeira das organizações.

A análise de balanços (ou a análise dos demonstrativos contábeis) consiste na comparação de valores isolados ou de grupo de valores constantes dos demonstrativos contábeis, com a finalidade de obter informações sobre a situação econômico-financeira da empresa ou sobre o ritmo de seus negócios. (REIS, 2003, p.108).

A análise das Demonstrações Contábeis começa onde termina o processo de registros contábeis, pois se preocupa com a elaboração das Demonstrações Financeiras, que por sua vez apresentam dados brutos e que precisam ser transformados em informações, permitindo assim avaliar a situação financeira da entidade. (CAPPELLARI e TRETER, 2007, p.38).

Portanto, a análise de balanços pode ser considerada uma ferramenta muito importante para ser utilizada em tomadas de decisões em qualquer entidade, pois permite avaliar o patrimônio e analisar o que pode ser melhorado.

2.7.1 Técnicas de análise de balanços

O que define a análise de balanços é a comparação de valores ao longo do tempo e entre os setores analisados, para que isso seja possível existe: a análise vertical, a análise horizontal e a análise de indicadores. Os objetivos destas são:

[...] a análise vertical para dispor da evolução no tempo de cada conta em percentual e valores absolutos; a análise horizontal para descobrir a posição em valores absolutos e percentual da conta analisada em relação ao total de seu grupo; e a análise de indicadores para obter números índices de correlação entre contas contábeis. (MAUSS, 2012, p.204).

Segundo Assaf Neto (2002, p.54), “O raciocínio básico da análise de balanços desenvolve-se por meio de técnicas oriundas de diferentes áreas do saber (contabilidade, matemática e estatística, principalmente)”.

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2.7.1.1 Análise vertical de balanços

Uma das formas de análise, a análise vertical, é uma técnica que visa demonstratar de forma relativa a participação de cada conta que compõe a demonstração tem em relação a determinado total, como por exemplo em relação ao ativo, passivo ou receita/despesa total na demonstração dos resultados.

Segundo Reis (2003, p.110), “O método da análise vertical procura obter o valor percentual de cada verba, ou de cada grupo de verbas, em relação ao valor global do demonstrativo, ou, ainda, de cada verba em relação ao total do seu respectivo grupo”.

Então, como entendimento sobre a análise vertical, pode-se dizer que:

[...] uma análise apurando percentual da conta em cada ano analisado possibilita traçar uma tendência de gestão ao longo dos anos e viabiliza uma conclusão mais segura e embasada em relação a sua situação futura. E quando esses percentuais forem comparados com os de outras organizações compatíveis se saberá como está a situação de gestão da organização em relação ao mercado. (MAUSS, 2012, p.205).

Assim, a análise vertical demonstra quanto cada conta representa em relação a sua demonstração total e é importante ao ser comparada com outras contas e aos anos seguintes que compõem os períodos comparativos de análise

2.7.1.2 Análise horizontal de balanços

A análise horizontal por sua vez, compara os valores de uma mesma conta ou um grupo delas em diferentes anos analisados.

O método de análise horizontal, segundo Reis (2003, p.110), “[...] compara, em forma percentual, o valor de determinada verba ou de determinado grupo de verbas em relação ao(s) ano(s) anterior(es)”. O objetivo da análise horizontal, segundo Matarazzo (2003, p.250), é “[...] mostrar a evolução de cada conta das demonstrações financeiras e, pela comparação entre si, permitir tirar conclusões sobre a evolução da empresa”.

Portanto, a análise horizontal relata a evolução de um período para outro de cada conta e ou grupo de contas analisada.

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2.7.1.3 Análise por índices econômicos e financeiros

Esta análise surge da comparação entre os valores absolutos ou relativos ao longo de alguns exercícios (anos) consecutivos, de modo a verificar o que alterou de um ano para o outro.

Segundo Assaf Neto (2002, p.55), os indicadores econômicos “[...] procuram relacionar elementos afins das demonstrações contábeis de forma a melhor extrair conclusões sobre a situação da empresa”.

Assim, a análise por índices, é uma das formas de analisar demonstrações contábeis através de indicadores que evidenciam proporções entre diferentes valores que compõem as demonstrações contábeis, evidenciando, portanto, proporções de situações financeiras e ou econômicas, proporcionando condições que consta se a situação é boa ou ruim, diante de critérios que estabelecem essas condições.

Como já explicitado, o trabalho prático da tarefa de conclusão de curso, não utilizará a técnica de análise de balanços por índices e sim apenas as ténicas de análise em valores relativos vertical e horizontal.

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3 METODOLOGIA DO ESTUDO

Neste capítulo são demonstrados os procedimentos metodológicos que orientaram a autora na realização da fundamentação teórica e na realização das atividades práticas do trabalho de conclusão de curso. Com base na bibliografia especializada no assunto, foram fundamentados os vários focos orientativos da condução dos procedimentos de trabalho, tanto da pesquisa como do estudo prático, para a compreensão e enquadramento dos diferentes aspectos que orientaram os trabalhos a serem implementados pela proponente do trabalho.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DO ESTUDO

Segundo Gil (2010), uma pesquisa é desenvolvida por fases, o que envolve um longo processo, e que, mediante os conhecimentos disponíveis e a utilização de métodos e técnicas de investigação científica adequados, apresenta as condições ideais para se atingir os resultados desejados.

3.1.1 Quanto a natureza

A pesquisa aplicada pode ser descrita como:

A pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao contrário da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador e situada sobretudo no nível da especulação [...]. (VERGARA, 1998, p.45).

Nesse estudo, quanto a natureza, foi utilizada a pesquisa aplicada, pois viabilizou, através da análise das despesas aplicadas em saúde, um conhecimento que pode ser aplicado na compreensão da situação objetiva de cada município em particular e comparativamente aos demais, procurando subsidiariamente, apresentar sugestões de solução a problemas eventualmente constatados.

3.1.2 Quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos este estudo se classifica como uma pesquisa descritiva porque, conforme Gil (2010, p. 27), “As pesquisas descritivas têm como objetivo a descrição das

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características de determinada população. Podem ser elaboradas também com a finalidade de identificar possíveis relações entre variáveis”.

É também explicativa, porque segundo Gil (2010, p.28),“[...] as pesquisas explicativas [...] são as que mais aprofundam o conhecimento da realidade, pois têm como finalidade explicar a razão, o porquê das coisas”.

Assim, esta pesquisa pode ser definida como descritiva e explicativa.

3.1.3 Quanto a forma de abordagem do problema

O estudo pode ser classificado como quantitativo e qualitativo. Neste caso são os dois tipos porque, uma pesquisa quantitativa, conforme Silva, Menezes (2005, p.20),“[...] consideram que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las”.

Quanto à pesquisa qualitativa,

Considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa [...]. (SILVA, MENEZES, 2005, p.20).

Portanto, este estudo é quantitativo e qualitativo, por transmitir através de números as informações e também interpretar a subjetividade que não pode ser traduzida em números.

3.1.4 Quanto aos procedimentos técnicos

Quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa é classificada em bibliográfica, documental e estudo de multicasos.

A pesquisa bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. Tradicionalmente, esta modalidade de pesquisa inclui material impresso, como livros, revistas, jornais, teses, dissertações e anais de eventos científicos. Todavia, em virtude da disseminação de novos formatos de informação, estas pesquisas passaram a incluir outros tipos de fontes, como discos, fitas magnéticas, CDs, bem como o material disponibilizado pela Internet. (GIL, 2010, p.29).

Em relação à pesquisa documental, Marconi e Lakatos (1996, p.57), afirmam que, “A característica da pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos, escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias.”

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O estudo de caso, segundo Gil (2010, p.37), “Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados”.

Assim, o estudo em questão é classificado quantos aos procedimentos técnicos, como pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso.

A pesquisa bibliográfica foi utilizada na parte relativa à revisão de conhecimentos técnicos, tendo por base livros de autores que estudaram e publicaram conhecimentos da área objeto de realização do trabalho de conclusão de curso eleita, bem como de artigos e a legislação disponível em revistas, internet e outros meios de publicação.

No estudo, são exemplos da característica documental, as demonstrações contábeis, relatórios e documentos disponíveis nas prefeituras analisadas.

O Estudo se utilizou ainda do método de estudo de multicasos, pois foram investigados e trabalhados dados disponíveis de cada município que integra a AMUPLAM, cada um individualmente e todos de modo coletivo.

3.2 COLETA DE DADOS

A coleta de dados do estudo ocorreu conforme extração de dados na Internet – páginas das Prefeituras, demonstrações contábeis que os municípios publicam, bem como demais informações que foram extraídas da Associação dos Municípios do Planalto Médio (AMUPLAM).

3.2.1 Instrumento de coleta de dados

Os instrumentos para coletar dados envolvem a observação, a entrevista e o questionário.

Enquanto técnica de pesquisa, a observação pode assumir pelo menos três modalidades: espontânea, sistemática e participante. Na observação espontânea, o pesquisador, permanecendo alheio à comunidade, grupo ou situação que pretende estudar, observa os fatos que aí ocorrem. A observação sistemática é adequada para estudos de caso descritivos. A observação participante consiste na participação real do pesquisador na vida da comunidade, da organização ou do grupo em que é realizada a pesquisa. (GIL, 2010, p.121).

A entrevista e o questionário não foram utilizados nesta pesquisa, portanto ela foi uma pesquisa que usou observação espontânea e sistemática.

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3.3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

Baseando-se nos dados coletados para a realização do estudo foi necessário efetuar a análise de dados e a interpretação do que foi pesquisado.

Segundo Assaf Neto (2007)apudMAUSS (2012, p.203), a análise das demonstrações financeiras, “Fundamentalmente é desenvolvida por meio de comparações de indicadores passados (análise temporal ou histórica), com indicadores de organizações que atuam no mesmo setor (análise setorial).”

Assim, este estudo, fundamentado em uma pesquisa bibliográfica, documental e estudo de caso, é constituído de uma análise situacional de cada Município, comparando gastos aplicadas em saúde nos municípios ao longo de três anos e, foram elaborados indicadores econômicos e financeiros, que foram analisados e interpretados e posteriormente serão apresentados a AMUPLAM.

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4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Nesta etapa do trabalho de conclusão de curso é sintetizado o produto da atividade prática que consistiu na pesquisa sobre receitas e despesas aplicadas em saúde pelos municípios que integram a Amuplam nos anos de 2011, 2012 e 2013, objetivando analisar este que é considerado um dos principais serviços públicos demandados pela população nos últimos tempos. Assim, através de quadros contendo os dados e valores de cada município coletados junto ao Portal Eletrônico do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, procurou-se evidenciar a real situação em cada município, tomando-se os valores absolutos originais sem considerar os efeitos inflacionários do período. As análises apenas têm a intenção de interpretar os números e valores sem nenhuma eventual conotação político-partidária que envolvem as administrações dos respectivos municípios.

4.1 ANÁLISE COMPARATIVA DAS DESPESAS APLICADAS EM SAÚDE PELOS MUNICÍPIOS INTEGRANTES DA AMUPLAM NOS ANOS DE 2011, 2012 E 2013

A Contabilidade Pública, como afirmado nas etapas anteriores deste trabalho de conclusão de curso, é um conhecimento especializado da Ciência Contábil aplicado ao setor público, que através de princípios e normas, serve para registrar, controlar e informar aos gestores públicos sobre a situação patrimonial de entidades públicas, a fim de organizar seu patrimônio e oferecer à sociedade informações transparentes sobre as coisas públicas.

Neste capítulo são sintetizadas as análises realizadas sobre os dados relativos às receitas realizadas e das despesas empenhadas na área da Saúde pelos municípios que integram a Amuplam – Associação dos Municípios do Planalto Médio do Rio Grande do Sul, visando respostas à problemática levantada por ocasião da elaboração do capítulo da Contextualização do Estudo e na concecussão dos objetivos estabelecidos para a realização do presente trabalho de conclusão de curso pela Acadêmica proponente do presente estudo.

O Quadro 1, apresenta a Receita Corrente Líquida de cada um dos municípios que integram a AMUPLAM, no período de 2011 a 2013.

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Quadro 1 – Receita corrente líquida dos municípios da AMUPLAM – em R$1,00

RECEITA CORRENTE LÍQUIDA DOS MUNICÍPIOS DA AMUPLAM - EM R$1,00

MUNICÍPIOS 2011 2012 2013 1. AJURICABA 14.391.041,38 15.418.889,37 16.679.911,10 2.AUGUSTO PESTANA 14.530.719,16 15.146.025,72 17.376.660,57 3.BOZANO 7.666.046,86 7.990.978,10 8.672.329,89 4.CATUIPE 15.194.147,19 16.513.644,80 19.256.068,81 5.CONDOR 15.977.844,26 17.266.093,36 17.963.436,97 6.CORONEL BARROS 9.611.961,63 11.021.077,31 11.722.105,22 7.IJUÍ 100.681.544,48 114.216.308,22 134.503.856,52 8.JOIA 19.931.895,85 22.437.776,08 21.835.183,49 9.PANAMBI 69.286.142,35 78.461.629,57 89.192.083,92 10.PEJUÇARA 12.779.866,43 14.912.883,69 15.055.210,28 11.NOVA RAMADA 9.000.997,86 9.799.956,82 10.694.079,60 TOTAL ACUMULADO 289.052.207,45 323.185.263,04 362.950.926,37

Fonte – Relatórios do TCE-RS

O Quadro 2 apresenta a Despesa executada total em saúde por cada um dos municípios que integram a AMUPLAM anos de 2011, 2012 e 2013.

Quadro 2 – Despesa executada total em saúde por cada município da AMUPLAM – em R$1,00

DESPESA EXECUTADA TOTAL EM SAÚDE MUNICÍPIOS DA AMUPLAM - EM R$1,00

MUNICÍPIOS 2011 2012 2013 1. AJURICABA 3.481.984,55 3.946.681,10 4.548.266,78 2.AUGUSTO PESTANA 3.195.596,50 3.789.508,80 4.491.766,49 3.BOZANO 1.848.180,64 2.208.195,15 2.200.875,58 4.CATUIPE 3.710.872,17 4.931.095,99 5.349.705,21 5.CONDOR 3.621.629,37 3.945.210,54 4.787.853,66 6.CORONEL BARROS 1.837.947,21 2.218.809,77 2.308.720,62 7.IJUÍ 27.999.034,72 35.365.170,33 41.860.689,75 8.JOIA 4.391.579,03 4.997.190,46 4.343.336,06 9.PANAMBI 25.284.106,76 30.867.088,55 32.695.041,29 10.PEJUÇARA 2.492.742,09 2.673.429,14 3.581.589,51 11.NOVA RAMADA 1.963.556,50 2.601.511,35 2.749.278,95 TOTAL ACUMULADO 79.827.229,54 97.543.891,18 108.917.123,90

Fonte – Relatórios do TCE-RS

4.1.1 Análise do desempenho do município de Ajuricaba

O quadro 3, apresenta a Receita Corrente Líquida - RCL do município de Ajuricaba nos três anos analisados.

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Quadro 3 – Receita corrente líquida do município de Ajuricaba

RECEITA CORRENTE DOS MUNICÍPIOS DA AMUPLAM - EM R$1,00

MUNICÍPIO RCL 2011 A.H. RCL 2012 A.H. RCL 2013 A.H.

AJURICABA 14.391.041,38 100,00 15.418.889,37 107,14 16.679.911,10 115,90

Fonte – Relatórios do TCE-RS

A receita corrente líquida realizada pelo município de Ajuricaba atingiu no ano de 2011 um montante de R$ 14.391.041,38, aumentando em 2012 para R$ 15.418.889,37, e novamente em 2013 para R$ 16.679.911,10, representando um crescimento de 7,14% de 2011 para 2012 e de 15,90% de 2011 para 2013.

Quadro 4 – Despesa executada total em saúde no município de Ajuricaba

DESPESA EXECUTADA TOTAL EM SAÚDE MUNICÍPIOS DA AMUPLAM - EM R$1,00

Munic. 2011 A. H. % S/Rcl 2012 A. H. % S/Rcl 2013 A. H. % S/Rcl Ajuricaba 3.481.984,55 100,00 24,20 3.946.681,10 113,35 25,60 4.548.266,78 130,62 27,27

Fonte – Relatórios do TCE-RS

Gráfico 1 – Despesa executada total em saúde no município de Ajuricaba

Fonte – Elaborado pela autora com base no quadro 4

Ao comparar os anos de 2011 e 2012 em relação às despesas totais aplicadas em saúde, o município de Ajuricaba gastou no primeiro ano o equivalente à R$ 3.481.984,55, aumentando 13,35% sobre este valor no ano de 2012. No terceiro ano analisado, 2013, representou um novo aumento que atingiu 30,62% a mais em relação ao primeiro ano considerado base em nossos estudos.

0,00 1.000.000,00 2.000.000,00 3.000.000,00 4.000.000,00 5.000.000,00 2011 2012 2013 AJURICABA 2011 2012 2013

Referências

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