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aula 25 agosto parte 2

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(1)

G

EOTECNIA

Aplicada ao

P

LANEJAMENTO

Urbano Ambiental

(2)

Geotecnia Aplicada

Aspectos legais e

institucionais da

gestão de risco

(3)

VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007

“O risco, objeto social, define-se como

a

percepção do perigo

, da catástrofe possível.

Ele existe apenas em relação a um indivíduo e a

um grupo social ou profissional, uma

comunidade, uma sociedade que o

apreende

por meio de

representações mentais

e com

ele convive por meio de

práticas específicas

(4)

O que despertou a “percepção” do risco?

• Constituição Federal de 1988

- novas atribuições e

reordenamentos da gestão nos níveis estaduais e

municipais

• Importantes contribuições do meio técnico-científico

para o melhor entendimento do ambiente físico e

das interferências antrópicas na revisão e elaboração

das

Constituições Estaduais, Leis Orgânicas

(5)

O que despertou a “percepção” do risco?

• A emergência ou explicitação da

“crise urbana

• A ocorrência de

grandes e/ou frequentes acidentes

e

sua inclusão no conjunto de problemas da “crise

urbana”

• A associação dos acidentes à

precariedade

(de

planejamento urbanístico, de infra-estrutura básica,

de serviços públicos) e à

exclusão social e espacial

(6)

O que despertou a “percepção” do risco?

Experiências pioneiras e localizadas de gestão de risco urbano

associado a escorregamentos

IPT-IG

- Plano Preventivo de Defesa Civil para Cubatão, Baixada

Santista e Litoral Norte (MACEDO et al., 1999)

GEO-RIO

– Cartografia de risco / Alerta Rio/ Obras (AMARAL,

1996)

Recife –

“ação integrada contra riscos geológicos em morros

urbanos” (GUSMÃO FILHO, 1995; ALHEIROS, 1998)

Belo Horizonte

– Plano Estrutural de Áreas de Risco (CARVALHO,

1996; URBEL)

(7)

O que despertou a “percepção” do risco?

Experiências pioneiras e localizadas de gestão de risco

urbano associado a escorregamentos:

• Grupo de Morros –

Administração Regional dos

Morros de Santos

(NOGUEIRA, 2002)

• Mapeamento de riscos das

favelas em SP

(CERRI &

CARVALHO , 1990)

• Plano Integrado de Engenharia Ambiental em

Juiz de

Fora, MG

(MATTES et al., 1986)

(8)

O que despertou a “percepção” do risco?

Inclusão da temática nos eventos técnicos-científicos

• Primeiro Simpósio Latino Americano sobre Risco Geológico Urbano (São Paulo, 1990);

• Conferência sobre Defesa Civil, enfocando principalmente as grandes cidades, durante a ECO-URBs 92

• Seminário sobre problemas geológicos e geotécnicos da Região Metropolitana de São Paulo, em 1992;

• Mesa redonda com o tema 'Redução de acidentes naturais', no 39.º Congresso da SBG (Salvador, 1996);

• Primeira Jornada de Preparação das Comunidades Paulistas em relação aos Desastres Naturais, pelo IEA-USP, em 1994.

• Inclusão de tema 'catástrofes' na 46.º Reunião Anual da SBPC em 1994 (na 50. º Reunião Anual, em Natal, RN, em 1998, também ocorreu um simpósio sobre desastres);

• Encontros de Geologia Urbana (Guarulhos, 1994; Santos, 1996 e São Paulo, maio de 2000); • Presença da temática de riscos geológicos nos Congressos Brasileiros de Geologia de

Engenharia (Poços de Caldas, 1993; Rio de Janeiro, 1996 e São Pedro, 1999) e nas

Conferências Brasileiras sobre Estabilidade de Encostas, 1 e 2 (Rio de Janeiro, 1992 e 1997); • Seminário sobre “prevenção e controle dos efeitos dos temporais” no Rio de Janeiro, em

1997;

• Produção de dissertações e teses acadêmicas, que se referem aos riscos geológicos, especialmente escorregamentos.

(9)

O que despertou a “percepção” do risco?

Década Internacional de Redução de Desastres Naturais – DIRDN

1. Conhecimento (identificação e análise) dos riscos

2.Planejamento e implementação de intervenções para redução

dos riscos identificados

3. Monitoramento permanente e prevenção de acidentes,

especialmente nos períodos chuvosos

4. Informação pública e capacitação para prevenção e

autodefesa

(10)

O Estatuto da Cidade

Lei Federal n. º 10.257, de 10 de julho de 2001

“I - Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à

terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura

urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;

IV. Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do

crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente;

VI. Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar (...) a poluição e a degradação ambiental.

XIV. Regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de

urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; (...)

(11)

Ministério das Cidades- 2003

Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários

Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários.

(12)

Ação de apoio a programas municipais de

redução e erradicação de riscos- MCidades

• Planos municipais de redução de riscos

(PMRR)

• Projetos de obras de contenção de encosta

(13)

Ações de resposta a desastres

• SINDEC – SEDEC – CEDEC – REDEC – COMDEC-

NUDEC

• Lei 12340/2010 –

atualizou o modelo de Defesa

Civil definido no Decreto 7.257 de 2005, com ênfase

na agilização das transferências de recursos em ações

de socorro, assistência às vítimas, restabelecimento

de serviços essenciais e reconstrução nas áreas

atingidas. Trata ainda do Fundo Especial para as

Calamidades Públicas

(14)

Riscos e mudanças climáticas

Relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima, 2007), entre outras tendências e alterações já observadas, considera

muito provável

a ocorrência de

eventos de precipitação

extrema

.

A freqüência (ou a proporção do total de chuva das precipitações fortes) aumenta na maior parte do planeta (e certamente no Sudeste do Brasil e Zona da Mata nordestina), elevando o risco de inundações, alagamentos, escorregamentos e erosão.

Este é um elemento novo importantíssimo para a administração das

cidades grandes e médias que sofrem grandes impactos com chuvas mais intensas, com fortes reflexos no trânsito e nas vilas, favelas, grotas,

ocupações precárias em encostas e margens de córregos.

A recomendação do IPCC e, aqui, da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Rede-Clima, criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (INPE, notícias, 2008), aos formuladores de política, é a

detecção de pontos de vulnerabilidade e de práticas

de adaptação a esta nova realidade climática.

(15)

Tempestades em SP e no RJ vão até

triplicar nos próximos 60 anos

A ocorrência de tempestades em São Paulo e no Rio de Janeiro não vai parar de crescer. A constatação é de um estudo do INPE (Instituto

Nacional de Pesquisas Espaciais), em parceria com o MIT (Massachusetts Institute of Technology)) e o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), que mostra que o aumento da temperatura das águas do oceano Atlântico devido ao aumento do aquecimento global é a causa direta dessa

previsão.

O levantamento concluiu que as tempestades na região Sudeste serão duas vezes maiores dentro de 60 anos, se comparado ao volume atual. Nas regiões litorâneas, a ocorrência de fortes chuvas será três vezes mais intensa.

A previsão leva em conta o ritmo de aquecimento do Oceano Atlântico nos últimos 60 anos. As águas ficaram 0,6ºC mais quentes. No mesmo período, a temperatura do planeta subiu 0,8ºC. Com a perspectiva que esse ritmo seja mantido, podemos esperar cada vez mais chuvas daqui para frente.

(16)
(17)

2011

• Seminário Internacional sobre Gestão

Integrada de Riscos e Desastres (março/11)

• ISDR - Estratégia Internacional para Redução

de Desastres/ ONU

• Unidade Urbana – Água e Saneamento –

Gestão de Riscos de Desastres do Banco

Mundial

(18)

2011

PPA 2012-2015 – inclusão do Programa Gestão

de Riscos e Respostas a Desastres

• Mapeamento da suscetibilidade (CPRM/Serviço Geológico do Brasil/MME) • Mapeamento de riscos em áreas ocupadas (SEDEC/MIN)

• Elaboração de cartas geotécnicas de aptidão à urbanização (SNPU/Mcidades) • Melhoria do Sistema Nacional de Defesa Civil (SEDEC/MIN)

• Obras emergenciais para redução de riscos (SEDEC/MIN)

• Intervenções estruturais para prevenção de riscos em encostas (SNPU/MCidades) • Intervenções urbanas em margens de rios e canais (SNSA/ MCidades)

• Sistema Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (SEMADEN-INPE/ MCT)

(19)
(20)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Art. 1

o

Institui a

Política Nacional de Proteção e Defesa

Civil – PNPDEC

, dispõe sobre o Sistema Nacional

de Defesa Civil – SINPDEC e o Conselho Nacional

de Proteção e Defesa Civil – CONPDEC, autoriza a

criação

de

sistema

de

informações

e

monitoramento de desastres

e dá outras

providências

(21)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Art. 3

o

A PNPDEC abrange as ações de prevenção,

mitigação, preparação, resposta e recuperação

voltadas à proteção e defesa civil.

Parágrafo Único. A PNPDEC deve integrar-se às políticas de ordenamento territorial, desenvolvimento urbano, saúde, meio ambiente, mudanças climáticas, gestão de recursos hídricos, geologia, infraestrutura, educação, ciência e tecnologia e às demais políticas setoriais, tendo em vista a promoção do desenvolvimento sustentável

(22)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Diretrizes:

• atuação articulada União, estados e municípios;

• abordagem sistêmica;

• prioridade às ações preventivas;

• adoção da bacia hidrográfica como unidade de

análise;

• planejamento com base em pesquisas e estudos;

• participação da sociedade civil.

(23)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Art. 5

o

Objetivos:

I - reduzir os riscos de desastres;

II - prestar socorro e assistência às populações atingidas por desastres; III - recuperar as áreas afetadas por desastres;

IV – incorporar a redução do risco de desastre e as ações de proteção civil entre os elementos da gestão territorial e do planejamento das políticas setoriais

V - promover a continuidade das ações de proteção e defesa civil;

VI – estimular o desenvolvimento de cidades resilientes e os processos sustentáveis de urbanização

VII – promover a identificação e avaliação das ameaças, suscetibilidade e vulnerabilidades a desastres,

VIII - monitorar os eventos; IX - produzir alertas;

(24)

LEI 12.608

de 10/04/2012

.

X – estimular o ordenamento da ocupação do solo urbano e rural, tendo em vista sua conservação e a proteção da vegetação nativa, dos recursos hídricos e da vida humana

XI – combater a ocupação de áreas ambientalmente vulneráveis e de risco e promover a realocação da população residente nessas

áreas

XII – estimular iniciativas que resultem na destinação de moradia em local seguro

XIII - desenvolver consciência nacional acerca dos riscos de desastre;

XIV - orientar as comunidades a adotar comportamentos adequados de prevenção e de resposta em situação de desastre e promover a autoproteção; e

XV - integrar informações em sistema capaz de subsidiar os órgãos do SINPDEC na previsão e no controle dos efeitos negativos de eventos adversos sobre a população, os bens e serviços e o meio ambiente.

(25)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de

1o de dezembro de 2010.

Art. 1

o

- A Lei n

o

12.340, de 1

o

de dezembro de 2010, passa a

vigorar acrescida dos seguintes artigos:

"Art. 3

o

-A. O Governo Federal instituirá cadastro nacional de

municípios com áreas propícias à ocorrência de

escorregamentos de grande impacto ou processos geológicos

correlatos

, conforme regulamento.

§ 1

o

A inscrição no cadastro previsto no caput se dará por

iniciativa do município ou mediante indicação dos demais

entes federados, observados os critérios e procedimentos

previstos em regulamento.

(26)

Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, IBGE (2010):

2.696 municípios - 51,3% do total - declararam ter sofrido alagamentos ou inundações por conta da ação das chuvas entre 2003 e 2008.

(27)

Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, IBGE (2010):

O principal fator que influenciou os

alagamentos foram a obstrução de bueiros (45,1% dos municípios), ocupação intensa e desordenada do solo (43,1%), obras e

projetos inadequados (31,7% e 30,7%, respectivamente), lançamento inadequado de lixo (30,7%), interferência física no

sistema de drenagem (18,6%), lençol freático alto (15,8%), entre outros. 47,8% dos municípios não realizaram serviços de limpeza e desobstrução de galerias em suas redes de drenagem entre 2003 e 2008

O número de municípios com alguma via pavimentada aumentou 20,6% no Brasil (82,4% na região Norte) entre 2000 e 2008, ao passo que o percentual de cidades com sistema de drenagem subterrânea caiu de 85,2% para 76,4%. Em contrapartida, entre 2000 e 2008 subiu de 80,4% para 94% o percentual de municípios com drenagem superficial.

(28)

Pesquisa Nacional de

Saneamento Básico (IBGE, 2010):

Cerca de 1.400 municípios (27,3%) relatam alguma

situação de risco relacionado à erosão, escorregamentos e solapamentos de margens de córregos

(29)

Municípios com registro de mortes por escorregamentos entre 1988 a 2010. Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas – IPT.

(30)

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000

Número de óbitos por ano entre 1988 e março de 2011.

(31)

Rio de Janeiro

1670

São Paulo

400

Minas Gerais

304

Bahia

203

Santa Catarina

201

Pernambuco

179

Alagoas

73

Espirito Santo

49

Total

3079

Número de óbitos por estado entre 1988 e março de 2011.

Fonte: IPT. Banco de Dados Mortes por Escorregamentos no Brasil

Trinta municípios de seis estados brasileiros apresentam registro de dez óbitos ou mais associados a escorregamentos entre 1988 e 2011, totalizando 76% das mortes levantadas pelo Banco de Dados do IPT

(32)

§ 2

o

Os municípios incluídos no cadastro deverão:

I - elaborar mapeamento contendo as áreas propícias à ocorrência de

escorregamentos de grande impacto ou processos geológicos correlatos;

II - elaborar plano de contingência e instituir núcleos de defesa civil, de

acordo com os procedimentos estabelecidos pelo órgão coordenador do Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC;

III - elaborar plano de implantação de obras e serviços para a redução de riscos;

IV - criar mecanismos de controle e fiscalização para evitar a edificação em áreas propícias à ocorrência de escorregamentos de grande impacto ou processos geológicos correlatos; e

V - elaborar carta geotécnica de aptidão à urbanização, estabelecendo

diretrizes urbanísticas voltadas para a segurança dos novos parcelamentos do solo urbano.

(33)

Não há

prevenção sem

previsão

MAPEAMENTO DOS

RISCOS

método adequado

escala adequada

(34)

- cartas geotécnicas de suscetibilidades,

- cartas geotécnicas de aptidão à urbanização - cartas geotécnicas de risco geológico

• cartas geotécnicas com diferentes especificações quanto à escala de mapeamento, aos dados básicos de entrada para sua elaboração, à forma de representação e, principalmente, aos objetivos de sua aplicação no contexto do planejamento urbano e da gestão do risco .

CARTOGRAFIA GEOTÉCNICA APLICADA AO PLANEJAMENTO URBANO

(35)

SUSCETIBILIDADE

potencialidade/ predisposição de

processos geológicos

(escorregamentos, inundações/enchentes/alagamentos,

corridas, erosões, assoreamento, subsidências e

colapsos, processos costeiros, sismos induzidos, etc.)

causarem

transformações

do

meio

físico,

independentemente de suas conseqüências para as

atividades humanas.

(36)

• capacidade dos terrenos para suportar os

diferentes usos e práticas da engenharia e do

urbanismo.

• Sua análise parte do mapeamento, caracterização e

integração de atributos do meio físico que condicionam

o comportamento deste frente às solicitações existentes

ou a serem impostas (implantação de infra-estrutura e

de serviços urbanos, programas habitacionais,

reparcelamento do solo, consolidações geotécnicas,

regularização fundiária, EXPANSÃO URBANA, etc.).

(37)

• situação de perigo, perda ou dano, ao homem e suas

propriedades em função da possibilidade de ocorrência de

processo geológico, induzido ou não.

RISCO GEOLÓGICO

R

= P (ƒA) * C (ƒ V)*g

-1

(38)

Cartas de geologia de engenharia/

cartas geotécnicas

• Cartas

geotécnicas

de

suscetibilidade

• potencialidade de ocorrência de processos naturais e induzidos em áreas de interesse ao uso do solo, expressando a suscetibilidade segundo

classes de probabilidade de ocorrência

• Cartas geotécnicas de risco

• prepondera a avaliação de dano potencial, expresso segundo diferentes graus de risco, resultantes da conjugação da probabilidade de ocorrência de manifestações geológicas naturais ou induzidas e das conseqüências sociais e econômicas.

• Cartas geotécnicas de aptidão

à urbanização

• Têm como objetivo prever o desempenho da interação entre o meio físico e a sua ocupação e os conflitos resultantes, assim como

estabelecer orientações técnicas, preventivas e corretivas de problemas identificados, para minimizar custos e riscos nos empreendimentos do uso do solo

(39)

§ 3

o

A União e os Estados, no âmbito de suas competências,

apoiarão os Municípios na efetivação das medidas previstas

no § 2

o

.

§ 4

o

Sem prejuízo das ações de monitoramento desenvolvidas

pelos Estados e Municípios, o Governo Federal publicará,

periodicamente,

informações sobre a evolução das ocupações

em áreas propícias à ocorrência de escorregamentos de

grande impacto ou processos geológicos correlatos nos

municípios constantes do cadastro.

§ 5

o

As informações de que trata o § 4

o

serão encaminhadas,

para

conhecimento e providências

, aos

Poderes Executivo e

Legislativo

dos respectivos Estados e Municípios e ao

Ministério Público

.

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(40)

Art. 3o-B. Verificada a existência de ocupações em áreas propícias à ocorrência de

escorregamentos de grande impacto ou processos geológicos correlatos, o município adotará as providências para redução do risco, dentre as quais, a

execução de plano de contingência e de obras de segurança e, quando necessário, a remoção de edificações e o reassentamento dos ocupantes em local seguro. § 1o A efetivação da remoção somente se dará mediante a prévia observância dos

seguintes procedimentos:

I - realização de vistoria no local e elaboração de laudo técnico que demonstre os riscos da ocupação para a integridade física dos ocupantes ou de terceiros; e

II - notificação da remoção aos ocupantes acompanhada de cópia do laudo técnico e, quando for o caso, de informações sobre as alternativas oferecidas pelo Poder Público para assegurar seu direito à moradia.

§ 2o Na hipótese de remoção de edificações deverão ser adotadas medidas que

impeçam a reocupação da área.

§ 3o Aqueles que tiverem suas moradias removidas deverão ser abrigados, quando

necessário, e cadastrados pelo município para garantia de atendimento

habitacional em caráter definitivo, de acordo com os critérios dos programas

públicos de habitação de interesse social."

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(41)

Art. 2o O art. 12 da Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar

com a seguinte redação:

"Art. 12. ...

§ 1o O projeto aprovado deverá ser executado no prazo constante do

cronograma de execução, sob pena de caducidade da aprovação.

§ 2o Nos municípios inseridos no cadastro nacional de que trata o art. 3o-A da

Lei no 12.340, de 2010, a aprovação do projeto de que trata o caput ficará vinculada ao atendimento dos requisitos constantes da carta geotécnica de aptidão à urbanização prevista no inciso V do § 2o do referido

dispositivo." (NR)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(42)

Art. 3

o

A Lei no 6.766, de 1979, passa a vigorar acrescida do

seguinte artigo:

"Art. 20-A. No

registro do parcelamento do solo urbano

, deverão

ser identificados os lotes de interesse social produzidos nos

termos dos §§ 7

o

e 8

o

do art. 2

o

.

Parágrafo único. Na matrícula dos lotes de interesse social,

deverá ser averbada sua destinação a programas e projetos

habitacionais de interesse social ou à comercialização direta

para beneficiário final de baixa renda." (NR)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(43)

Art. 4

o

O art. 2

o

da Lei n

o

10.257, de 10 de julho de 2001, passa a

vigorar com a seguinte redação:

"Art. 2o ...

...

.

VI - ...

...

.

h) a exposição da população a riscos de desastres naturais;

..." (NR)

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(44)

Art. 5

o

A Lei n

o

10.257, de 2001, passa a vigorar acrescida dos

seguintes artigos:

"Art. 42-A. Os municípios que possuam áreas de expansão

urbana deverão elaborar Plano de Expansão Urbana no qual

constarão, no mínimo:

I -

demarcação da área

de expansão urbana;

II - delimitação dos trechos com

restrições à urbanização

e dos

trechos sujeitos a

controle especial

em função de ameaça de

desastres naturais;

III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão

utilizadas para infraestrutura, sistema viário, equipamentos e

instalações públicas, urbanas e sociais;

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(45)

IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda;

V - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros

instrumentos de política urbana, quando o uso habitacional for permitido; VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção

ambiental e do patrimônio histórico e cultural; e

VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do Poder Público.

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

(46)

§ 1o Consideram-se áreas de expansão urbana aquelas destinadas pelo Plano

Diretor ou lei municipal ao crescimento ordenado das cidades, vilas e demais núcleos urbanos, bem como aquelas que forem incluídas no perímetro urbano a partir da publicação desta Medida Provisória.

§ 2o O Plano de Expansão Urbana deverá atender às diretrizes do Plano

Diretor, quando houver.

§ 3o A aprovação de projetos de parcelamento do solo urbano em áreas de

expansão urbana ficará condicionada à existência do Plano de Expansão Urbana.

§ 4o Quando o Plano Diretor contemplar as exigências estabelecidas no caput,

o Município ficará dispensado da elaboração do Plano de Expansão Urbana."

LEI 12.608

de 10/04/2012

Altera a Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979; a Lei no 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Lei no 12.340, de 1o de

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