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Motivos que levam a aderência e à resistência da prática regular de exercício físico em academia

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DHE – DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES E EDUCAÇÃO

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

VANESSA RAQUEL DAHLEM

MOTIVOS QUE LEVAM À ADERÊNCIA E À DESISTÊNCIA DA PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIO FÍSICO EM ACADEMIA

Ijuí - RS 2013

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VANESSA RAQUEL DAHLEM

MOTIVOS QUE LEVAM À ADERÊNCIA E À DESISTÊNCIA DA PRÁTICA REGULAR DE EXERCÍCIO FÍSICO EM ACADEMIA

Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Curso de Educação Física da UNIJUÍ – Universidade regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física.

Orientadora: Profª Ms. Stela Maris Stefanello Stefanello

Ijuí – RS 2013

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RESUMO

O objetivo do presente estudo foi investigar os principais motivos de aderência e desistência da prática de exercícios físicos em uma academia na cidade de Crissiumal, RS, através de um estudo de caso descritivo. A população da pesquisa correspondeu a 230 sujeitos – 106 homens e 124 mulheres – que se matricularam no período de fevereiro de 2012 a outubro de 2013, dos quais se obteve a amostra de 6 clientes aderentes (5 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 50 anos de idade) e 6 clientes desistentes (5 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, com faixa etária de 18 a 41 anos). Constatou-se que entre os principais motivos para a aderência foram: objetivos claros em relação à prática, profissionais competentes, condicionamento físico, prevenção da saúde, qualidade de vida, estética, determinação, motivação pessoal, gosto pelos exercícios, alívio nas tensões e a melhora da saúde. Por outro lado, os principais motivos que levaram os sujeitos a desistirem da prática regular estavam atrelados principalmente à falta de tempo e à falta de motivação. Os diversos fatores encontrados devem ser avaliados pelos profissionais e empresários da área para melhor atender e consolidar a aderência à prática de exercício físico em academias.

Palavras – chave: Exercícios físicos, academia, prática regular, aderência,

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Motivos de aderência à prática de exercícios físicos em academias identificados nos estudos...10

TABELA 2 -Motivos de desistência da prática de exercícios físicos em academias de ginástica identificados nos seguintes estudos...12

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LISTA DE ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO...36 QUESTIONÁRIO DOS SUJEITOS ADERENTES...37 QUESTIONÁRIO DOS SUJEITOS DESISTENTES...38

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...6

CAPÍTULO I – REFERENCIAL TEÓRICO...8

1.1 A ADERÊNCIA E A DESISTÊNCIA DA PRÁTICA DO EXERCÍCIO FÍSICO...8

1.2 SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA...13

1.3 O EXERCÍCIO FÍSICO NAS ACADEMIAS...14

1.4 OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO...17

CAPÍTULO II – METODOLOGIA DA PESQUISA...21

2.1 TIPODE PESQUISA...21

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA...21

2.3 PROCEDIMENTOS...22

2.4 COLETA DE DADOS...22

2.5 ANÁLISE DOS DADOS...23

CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...25

3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS ADERENTES...25

3.2 IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS DESISTENTES...29

CONSIDERAÇÕES FINAIS...31

REFERÊNCIAS...32

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INTRODUÇÃO

A prática de exercícios físicos em academias tem adquirido cada vez mais adeptos, porém a alta rotatividade de clientes é algo que preocupa professores e empresários da área. Por isso a intenção da presente pesquisa foi de identificar os motivos que levam os clientes à aderência ou à desistência da prática de exercício físico em uma academia.

Sobre este aspecto, entende-se aderência como sendo “a manutenção da prática de exercícios físicos por longos períodos de tempo, como parte da rotina dos indivíduos” (SABA, 2001, p.39). Sendo esta de fundamental importância para que os resultados desejados se concretizem, Saba (2001) cita que o indivíduo precisa realizar a atividade algumas vezes na semana, pois se não for atingido um mínimo de atividade a condição do praticante sazonal se assemelha à condição corporal do sedentário.

Com preocupação em conhecer e refletir sobre os motivos que levam à adesão e à desistência da prática regular de exercício físico, foi escolhida aleatoriamente, para um estudo mais aprofundado, uma academia na cidade de Crissiumal, RS, a qual será denominada de Academia “A”, para esta pesquisa.

Trata-se de um estudo de caso descritivo, o qual buscou identificar os principais motivos que levam à adesão e à desistência da prática regular de exercício físico em academia de ginástica e musculação. Sendo esta pesquisa de fundamental relevância para que administradores, empresários e profissionais inseridos no ramo de academia tenham uma visão abrangente sobre o tema.

A escolha do presente tema deu-se através de minha experiência enquanto futura profissional da Educação Física. Atuando como instrutora em academia pude perceber o quadro de alta rotatividade, o que desencadeou meu interesse em compreender os motivos que influenciam na adesão e na desistência da prática regular de exercícios físicos em academia.

Para uma melhor compreensão dos assuntos tratados na pesquisa, no primeiro capítulo há uma breve revisão da literatura que descreve sobre a aderência e a desistência da prática regular, trazendo estudos já publicados. Aqui também é abordado o tema “saúde e qualidade de vida”, os exercícios físicos em academias e seus benefícios.

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No segundo capítulo é apresentada a metodologia utilizada para a realização do estudo, características da amostra, procedimentos e análise. No terceiro e último capítulo constam os dados obtidos e a discussão dos resultados.

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CAPÍTULO I - REFERENCIAL TEÓRICO

A prática de exercícios físicos em academias tem adquirido cada vez mais adeptos, porém a alta rotatividade de clientes é algo que preocupa professores e empresários da área. Por isso a intenção do presente estudo foi identificar os motivos que levam à aderência e à desistência da prática de exercício físico em academia.

Sobre este aspecto, entende-se aderência como sendo “a manutenção da prática de exercícios físicos por longos períodos de tempo, como parte da rotina dos indivíduos” (SABA, 2001, p.39). Sendo esta de fundamental importância para que os resultados desejados se concretizem. Saba (2001) cita que o indivíduo precisa realizar a atividade algumas vezes na semana, pois se não for atingido um mínimo de atividade a condição do praticante sazonal se assemelha à condição corporal do sedentário.

A presente pesquisa trata de um estudo de caso descritivo o qual buscou identificar os principais motivos que levam a adesão e a desistência da prática regular de exercício físico em academia de ginástica e musculação (THOMAS; NELSON, 2002). Para tanto, acredita-se que este tipo de pesquisa é de fundamental importância para que administradores, empresários e profissionais inseridos no ramo de academia tenham uma visão abrangente sobre o tema.

1.1 A ADERÊNCIA E A DESISTÊNCIA DA PRÁTICA DO EXERCÍCIO FÍSICO

A prática de exercícios físicos em academias vem crescendo, devido ao interesse em um número cada vez maior de pessoas, de ambos os sexos e diversas idades. Alves (2010) cita a mídia como uma grande colaboradora para essa crescente procura, pois as revistas, a televisão, enfim, os diversos meios de comunicação, promovem a cultura de um corpo perfeito e os benefícios que podemos encontrar na prática de atividades físicas regulares. Contudo, ainda existe um grande número de pessoas sedentárias e, segundo Weinberg e Gould (2001), o problema enfrentado pelos profissionais de saúde e de atividade física é de como conseguir que estas pessoas comecem a praticar exercícios.

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A motivação para o início da prática de exercícios vem de diferentes razões e um bom ponto de partida para incentivar as pessoas a iniciarem um programa de atividade física seria enfatizar seus diversos benefícios.

Com o desenvolvimento tecnológico, as pessoas passaram a viver com um menor esforço físico, ocasionando em uma conduta mais sedentária, facilitada pelos elementos que surgiram para atenuar o desgaste humano. Com isso, se foi diminuindo a atividade muscular e os estímulos orgânicos apenas para o indispensável, resultando em sérios prejuízos para a saúde física, mental e espiritual (SABA, 2001). Desta maneira, a atividade física torna-se um complemento indispensável para uma boa saúde geral. E é no intuito de auxiliar na melhora da saúde e qualidade de vida que as academias foram inseridas.

Embora a motivação inicial para o ingresso em academias seja a necessidade de buscar uma vida mais saudável, há uma gama crescente de indivíduos que abandonam a rotina da prática de exercícios. Péres (2010) em seu estudo apontou a “falta de tempo” como sendo o principal fator que motiva a desistência, o que corrobora com os estudos de Lopes e Chiapeta (2010). Estes, por sua vez, também identificaram a “falta de tempo” como principal fator de desistência, provavelmente relacionado a jornadas excessivas de trabalho, obrigações familiares e dificuldades para administrar seu tempo.

As pessoas frequentemente citam as restrições de tempo para não se exercitar, mas tais restrições são mais percebidas do que reais e normalmente revelam as prioridades de uma pessoa (WEINBERG e GOULD, 2001).

A partir dos estudos de Liz (2011), Alves (2010), Amorim (2010), Péres (2010), Balbinotti e Capozzoli (2008), Rocha (2008) e Araújo et al.(2007), verificou-se quais eram os principais motivos da aderência de praticantes de exercícios físicos em academias, os quais são apresentados na tabela 01. Os motivos “estética” e “saúde” foram os mais citados para a aderência, seguidos de “controle do stress”, “condicionamento físico”, “bem-estar”, “qualidade de vida”, “prazer pelo exercício” e “socialização”.

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Tabela 1 - Motivos de aderência à prática de exercícios físicos em academias identificados nos estudos

Autor Estado Faixa

etária

Motivos

LIZ, Carla Maria de. (2011) SC 18 –65 Saúde (45,6%) / Estética (23,4%) / Fortalecimento muscular (9,1%) / Bem-estar (7,9%) /Condicionamento

(6,0%).

Alves, E. E. (2010) RS 15 – 60 Condicionamento físico (72,2%) / Preparar o corpo para o envelhecimento sadio (51,8%) / Combater o stress (39,8%) / Aconselhamento médico (17,5%) Amorim, Diogo Perito. (2010) RS 18 – 30 Estética/Prazer/Saúde (33%) / Sociabilidade 23,4%) /

Controle do stress (23,1%) / Competitividade (18,07%)

Péres, Ramon Luis (2010)

Balbinotti, Marcos A. A.; CapozzolI, Carla J. (2008)

SC

RS

18<

18 –65

Saúde (28,5%) / Estética (22,9%) / Bem-estar e tranquilidade (21,36%) / Condicionamento Físico

(29,13%)

Controle do stress (18,63%) / Saúde (14,1%) / Sociabilidade (18,62%) / Competitividade (15,72) / Estética (14,95%) / Prazer (15,15%)

Rocha, Kenia Ferreira (2008) MG 18 – 50 Estética (53,6%) / Condicionamento Físico para qualidade de vida (23,6%) / Lazer (18,8%) / Indicação Médica (10%)

Araújo et al. (2007) MG 18 – 36 Estética (50,6%) / Condicionamento Físico (31,3%) / Saúde (14,4%) / Profilático (2,4%) / Lazer (1,3%)

(Fonte: LIZ, 2011; ALVES, 2010; AMORIM, 2010; PÉRES, 2010; BALBINOTTI E CAPOZZOLI, 2008; ROCHA, 2008; ARAÚJO et al. 2007).

Segundo Weinberg e Gould (2001, p.84), “a maneira como a pessoa explica ou atribui seu desempenho afeta suas expectativas e reações emocionais, que, por sua vez, influenciam a futura motivação para a realização.” Estes estudiosos explicam que os instrutores podem influenciar positivamente no sucesso de um programa de treinamento, dando feedback e elogios, ajudando a estabelecer metas flexíveis e demonstrando preocupação por segurança e conforto psicológico ao praticante. Contudo, ainda que com grande incentivo, os indivíduos procuram justificar sua não-aderência à prática regular, isto porque mudar hábitos ao longo da vida não é simples, levando em conta que geralmente fatores que dificultam o hábito estão envolvidos.

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A orientação de Toscano (2001) é de que as queixas, ansiedades e objetivos do aluno devem ser atentamente escutados e cuidadosamente discutidos com o profissional de educação física, fazendo valer o componente pedagógico da sua formação, tentando estabelecer um bom relacionamento, favorecendo, assim, um maior grau de aderência às prescrições. Muitas vezes, o desafio maior desse profissional está em ouvir respeitosamente todas as expectativas do programa de condicionamento físico idealizado pelo aluno e convencê-lo a fazer justamente o contrário.

Outro fator que parece influenciar no processo de adesão é o histórico pessoal de cada indivíduo. As experiências passadas, de certa forma, projetam expectativas na formulação dos resultados, ou seja, acontecimentos anteriores ou presentes são fatores realmente determinantes na concepção de motivação e aderência aos programas de exercícios físicos (MORALES, 2002).

Guiselini (2004, p. 3) explica que

“Muitos adultos, que não tiveram sucesso nas aulas de Educação Física durante a infância por estarem “gordinhos” ou lentos, ou com dificuldades motoras, ou por não gostarem de futebol de salão ou de determinada modalidade esportiva, ou mesmo porque o exercício físico foi usado como um castigo, ficam com uma imagem muito negativa do exercício; imagem esta difícil de ser apagada por serem experiências muito dolorosas.”

Os principais motivos de desistência dos praticantes de exercícios físicos em academias, coletados em estudos realizados entre 2007 e 2011, estão apresentados na tabela 02. Os principais fatores mencionados no estudo foram: “falta de tempo”, “preguiça”, “comodismo”, a “distância do local da prática”, “problemas financeiros” e “incompatibilidade de horários”.

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Tabela 2 - Motivos de desistência da prática de exercícios físicos em academias de ginástica identificados nos seguintes estudos

Autor Estado Faixa

etária

Motivos

Santos,

Paula e Fioco (2012)

Péres, Ramon Luis (2010)

Lopes e Chiapeta (2010) MG SC MG 15 – 80 18< 11-60

Nenhuma dificuldade (72,86%) / Falta de tempo (17,14%) / Incompatibilidade de horários (7,14%) / Preguiça (2,86%) Falta de tempo (30,5%) / falta de automotivação (19,5%) / problemas financeiros (11,0%)

Falta de tempo (66,13%) / Comodismo (17,31%) / Distância (12,79%)

(Fonte: SANTOS, PAULA E FIOCO, 2012; PÉRES, RAMON LUIS, 2010; LOPES E CHIAPETA, 2010).

Saba (2008) nos traz vários fatores responsáveis pela aderência aos exercícios físicos oferecidos nas academias: a figura do professor, a estrutura oferecida para a prática, o ambiente, a higiene, as pessoas que a frequentam, a localização, entre outros. Todos eles, porém, dependem que a pessoa incorpore o exercício físico como um estilo de vida, ligando-se a ele de forma permanente, ou pelo menos duradoura, criando condições para que a prática da atividade proposta seja continuada de forma prazerosa e produtiva (SABA, 2008).

A aderência é um conjunto de determinantes pessoais, ambientais e característicos do exercício físico que propiciam uma manutenção da prática por longos períodos de tempo, elevando a qualidade de vida do praticante e garantindo-lhe mais saúde e satisfação (SABA, 2001).

Em seu livro Aderência à Prática do Exercício Físico em Academias, Saba (2001) explica o quanto é importante uma boa orientação para praticar exercícios, pois além de poder executá-los de maneira correta, o indivíduo estará constantemente motivado, percebendo os resultados gerados pelo exercício, diminuindo o risco de lesões, e reduzindo, neste caso, o índice de desistência. É do mesmo autor a afirmativa de que “o comprometimento é um elemento que orienta e incentiva a maior parte das atividades humanas”. Isto quer dizer que, quando um indivíduo “abraça uma idéia”, liga-se a ela de uma maneira mais permanente, mais duradoura, criando assim condições para que a prática proposta seja continuada de

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forma prazerosa e produtiva. E este comprometimento com a prática de exercícios físicos é chamado de aderência.

Complementando a ideia de aderência, Saba (2008) divide o processo de adoção do hábito da prática regular de exercícios físicos em quatro fases: a pré-contemplação, a pré-contemplação, a preparação e, por fim, a ação e manutenção.

Na fase de pré-contemplação encontram-se os indivíduos sedentários, que ainda não têm nenhuma intenção de mudar o estilo de vida, não cogitando a ideia de realizar exercícios físicos. Já na fase contemplativa, sendo uma fase puramente psicológica, o indivíduo já almeja uma condição corporal melhor, porém não acontece a mudança de hábitos.

Após o indivíduo decidir dar início à prática de exercícios físicos, entra para a fase de preparação, inserindo em seu cotidiano pequenos traços positivos de mudança em direção à prática de exercícios. Essa vontade pela mudança na rotina se transforma em empenho, levando à fase de ação, onde o indivíduo pratica efetivamente o exercício físico mesmo que ainda possa ser esporadicamente.

Para que o indivíduo entre na fase de manutenção, que é a adesão à prática regular de exercícios físicos, é necessário uma estimulação contínua, levando em conta que o estímulo mais decisivo para a manutenção é o prazer que se tem durante a prática. Para tanto, conhecer os principais motivos de aderência e de desistência é de fundamental importância para os profissionais atuantes na área, pois somente assim poderão compreender melhor seus clientes, entender seus desejos e dificuldades em relação à prática. Administrando estes fatores, os profissionais de educação física poderão direcionar melhor o seu foco de trabalho para assim reduzir a evasão das academias.

1.2 SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA

A importância de se ter saúde e qualidade de vida nos dias atuais tem sido frequentemente reforçada pela mídia e por órgãos governamentais. Juntamente a estes conceitos, o exercício físico é amplamente defendido e incentivado.

O tema qualidade de vida vem sendo objeto de intensa reflexão na sociedade moderna. O ser humano busca mais do que a sobrevivência ou o aumento da expectativa de vida, busca a melhoria da qualidade de vida durante todas as fases

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da sua existência (SANTOS, 2009). “A população está cada vez mais se preocupando com a melhoria da qualidade de vida e essa conscientização, a respeito da importância do exercício físico, vem proporcionando um grande aumento de público nas academias de ginástica” Siqueira (2009, p.3).

A expressão “ter saúde” é muitas vezes é mal interpretada, sendo esta vista somente como “a ausência de doenças ou enfermidades”. A saúde se refere também a aspectos do comportamento humano, voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social (WHO, 1948). Ter saúde e qualidade de vida é ter uma vida ativa, saudável, prazerosa e harmoniosa.

Para Guiselini (2004), equilíbrio, prazer e saúde são de suma importância para que as pessoas vivam bem. A saúde e qualidade de vida dependem principalmente do gerenciamento dos hábitos diários. É aí que se insere a prática regular de exercícios físicos como um papel importante na prevenção, promoção e recuperação da saúde. Mas para conseguirmos resultados positivos precisamos mudar nosso estilo de vida.

Através de programas que desenvolvem a aptidão física, os exercícios fortalecem o coração, prevenindo o aparecimento de doenças cardíacas, hipertensão e aumento do peso corporal. Eles fortalecem também os músculos, evitando a perda de massa muscular, a incidência de problemas posturais, aumento de gordura corporal, melhoram a aparência física e a autoestima. Além disso, um programa de exercícios bem elaborado também promove aumento da flexibilidade das articulações, reduzindo a ocorrência de doenças musculoesqueléticas (artrite, dores na coluna, alterações posturais) e aperfeiçoam a realização das tarefas do dia a dia (GUISELINI, 2004).

É nesse contexto que as academias de ginástica e musculação estão inseridas, a fim de beneficiar a população levando saúde e qualidade de vida através da orientação da prática regular de exercícios físicos. Segundo Saba (2001), as academias se transformaram em uma opção para a população urbana obter melhorias em seu bem-estar geral.

1.3 O EXERCÍCIO FÍSICO NAS ACADEMIAS

A crescente busca pela saúde, qualidade de vida e/ou por um corpo exuberante, vem fazendo com que aumente a busca pelo exercício físico em

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academias. Junte-se a esses fatores o trabalho de uma mídia direcionada ao esporte e aos corpos esculpidos. Nahas (2006, 146) afirma que “vivemos a era da geração saúde, com as academias de ginástica cheias de corpos sarados e aparentemente saudáveis”.

A cada dia surgem novas academias, as quais oferecem diversas opções de atividades, investindo cada vez mais em marketing, através de atividades inovadoras que algumas vezes se tornam apenas um modismo de verão. Contudo, cada vez mais pessoas aderem a esta sistemática, optando por aquelas atividades que mais lhes convêm e estimulam (LOPES; CHIAPETA, 2010).

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular em 2011 aponta que, em 10 anos, o número de academias aumentou vinte e uma vezes. Em 2000, o Brasil possuía 797 academias e, de acordo com informações coletadas no último levantamento feito pelo Conselho Federal de Educação Física em 2010, atualmente existem mais de 16 mil estabelecimentos em todo o País. (CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 2012). Contudo, Saba (2003) chama a atenção para um grande percentual de desistência, pois metade das pessoas que iniciam programas de atividade física abandona a sua prática após um período de seis meses a um ano. Isso demonstra que começar a praticar exercícios não é o mais difícil, os alunos precisam ser estimulados a continuar, independente do motivo que os levou a se matricular em uma academia de ginástica e musculação. A alta rotatividade de alunos é um problema por elas enfrentado porque muitos de seus frequentadores abandonam a prática antes mesmo de alcançar os resultados almejados.

Saba (2001, p. 49) diz que “hoje, a preocupação de um indivíduo com as condições de seu corpo, quanto à integridade, sanidade e desenvolvimento adequados, certamente é de uma intensidade muito maior do que a observada em qualquer época da história humana”. Porém, há uma série de fatores que não contribuem para que essa conscientização se efetive plenamente, sendo que eles estão intimamente ligados à vida pós-moderna.

Existem muitos fatores responsáveis pela aderência à atividade física oferecida nas academias: a figura do professor, a estrutura oferecida para a prática, o ambiente, a higiene, as pessoas que a frequentam, a localização, entre outros. Porém, todos esses fatores dependem da pessoa incorporar em seu estilo de vida o exercício físico, ligando-se a ele de forma permanente, ou pelo menos duradoura,

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criando condições para que a prática da atividade proposta seja continuada de forma prazerosa e produtiva (SABA, 2003).

Para a permanência do aluno, a orientação de Araújo (2011) é mostrar os benefícios e a importância da manutenção da prática de exercícios regulares, a qual deve ser realizada frequentemente, para que assim possa levar cada vez mais uma vida saudável e prazerosa.

Para Araújo (2011, p. 7), a academia não deve ser almejada apenas como um lugar para realizar atividade física, manter a beleza e estética, ou como meio de promover a saúde física, mas deve ser vista também como um espaço para beneficiar corpo e mente. Onde para que isso ocorra é necessário que haja um envolvimento social entre as pessoas que frequentam a academia. Nesta mesma linha de raciocínio Saba (2001) ressalta o quanto é importante a prática orientada do exercício físico, especialmente no que se refere à motivação constante do indivíduo. Este, por sua vez, poderá perceber de maneira mais eficaz quais os resultados gerados pelo exercício, além de praticar de maneira correta. Dessa forma, o risco de lesões será mínimo, diminuindo o índice de desistência.

Estudos realizados em diversas cidades brasileiras, entre os anos de 2007 a 2011, identificaram “estética” e “saúde” como principais motivos de aderência à prática de exercícios físicos em academia, seguidos de “controle do stress”, “condicionamento físico”, “bem-estar”, “qualidade de vida”, “prazer pelo exercício” e “socialização” (LIZ, 2011; ALVES, 2010; AMORIM, 2010; PÉRES, 2010; BALBINOTTI E CAPOZZOLI, 2008; ROCHA, 2008; ARAÚJO et al, 2007). Alguns desses estudos indicam que a procura por ganhos estéticos se sobressaem ao da busca pela saúde (AMORIM, 2010; ROCHA, K.F. 2008; ARAÚJO et al, 2007). Esta parece ser a realidade das academias brasileiras, a aparência física sendo mais valorizada do que a saúde, o que muitas vezes dificulta uma boa orientação profissional, por haver divergências entre o objetivo do professor e do aluno.

Saba (2001, p.50) defende que “a busca sequiosa por um ideal estético [...] pode ser responsável pela elevada rotatividade de clientes e pela não disseminação da ideia da prática de exercício físico como um estilo de vida saudável, para toda a vida.”

A busca pelo ideal estético, segundo Amorim (2010), é resultado da sociedade em que vivemos, na qual a mídia possui grande influencia e a busca de um corpo definido e magro parece ser o sonho de consumo da maioria das pessoas.

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O grande desafio que se impõe aos profissionais envolvidos no ramo de academia é fazer do exercício físico parte constante do cotidiano dessas pessoas. Para que isso aconteça, se faz necessário conhecer o tipo de motivação inicial que leva essas pessoas para academia, para que o professor da academia possa entendê-lo e mantê-lo sempre motivado, aproximando o frequentador de seu objetivo com a prática do exercício (SABA, 2003).

1.4 OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO

Os benefícios da prática regular de exercícios físicos, doravante questionados, têm hoje o apoio e a comprovação através de várias pesquisas. Autores defendem que a prática regular queima calorias, age na prevenção e controle de problemas de saúde como doenças cardíacas, câncer, diabetes, hipertensão arterial, asma, artrite, osteoporose e lombalgia, além de funcionar como instrumento positivo no controle do stress (NIEMAN, 1999; SABA, 2003; WEINBERG E GOULD, 2001).

Outros benefícios da atividade física, acrescentados por Saba (2001), estão a nível biológico e psicológico do praticante. No nível biológico, são apontadas melhorias na capacidade cardiorrespiratória, aumento na expectativa de vida, entre outras. No nível psicológico, os aspectos positivos relacionam-se ao aprimoramento dos níveis de autoestima, da autoimagem, diminuição dos níveis de stress, entre outros.

Como se pode ver na tabela abaixo, Nieman (1999) resume os vários benefícios do exercício físico para a melhoria da saúde com uma graduação para indicar a segurança que os cientistas têm em relação ao exercício.

Os Benefícios da Atividade Física Regular para a Saúde

Benefício da atividade física Grau de certeza

Aptidão do corpo

Melhoria da aptidão cardíaca e pulmonar **** Melhoria da força/ massa muscular ****

Doenças cardiovasculares

Prevenção da doença coronariana **** Regressão da arteriosclerose ** Tratamento de doenças cardíacas *** Prevenção do derrame **

Câncer

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Prevenção do câncer de mama ** Prevenção do câncer uterino ** Prevenção do câncer de próstata ** Prevenção de outros cânceres * Tratamento do câncer *

Diabetes

Prevenção da diabetes melito não insuloino-dependente **** Tratamento do diabetes melito não insulino-dependente *** Tratamento do diabetes melito insulino-dependente * Melhoria da qualidade de vida do diabético ***

Osteoporose

Auxílio na melhoria da densidade óssea **** Prevenção da osteoporose *** Tratamento da osteoporose **

Artrite

Prevenção da artrite * Tratamento/cura da artrite * Melhoria da qualidade de vida/aptidão física ****

Lombalgia

Prevenção da lombalgia ** Tratamento da lombalgia **

Asma

Prevenção/tratamento da asma * Melhoria da qualidade de vida ***

Infecção e imunidade

Prevenção do resfriado comum ** Melhoria da imunidade global ** Progressão mais lenta de HIV para AIDS * Melhoria da qualidade de vida do infectado pelo HIV ***

Tabagismo

Maior sucesso no seu abandono **

Colesterol/lipoproteínas do sangue

Colesterol total do sangue mais baixo * LDL- colesterol mais baixo * Triglicerídeos mais baixos *** Aumento do HDL-colesterol ***

Hipertensão arterial

Prevenção da hipertensão arterial **** Tratamento da hipertensão arterial ****

Sono

Melhoria da qualidade do sono ***

Controle do peso

Prevenção do ganho de peso **** Tratamento da obesidade ** Manutenção do peso perdido ***

Bem-estar psicológico

Melhoria do humor **** Atenuação dos efeitos do estresse mental *** Alívio/prevenção da depressão ****

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Redução da ansiedade **** Aumento da auto-estima **** **** Um grande consenso, com poucos ou nenhum dado conflitante

*** A maioria dos dados são de suporte, mas mais pesquisas são necessárias para elucidação. ** Alguns dados são de suporte, mas mais pesquisas são necessárias.

* Poucos ou nenhum dados de suporte.

Fonte: (NIEMAN, 1999, p.303-305)

Nahas (2003) afirma que exercícios físicos regulares, principalmente os de caráter aeróbico, têm um importante papel na prevenção e no tratamento de doenças cardiovasculares degenerativas, além de possuir um efeito direto e independente que ajuda no controle do colesterol, da pressão arterial. Também contribuem significativamente em casos de obesidade ou fatores de riscos.

A falta de exercícios físicos e de nutrição adequada, agravados pelo tabagismo e o stress, são fatores associados a várias enfermidades, como os problemas cardíacos, a obesidade, as dores nas costas, o câncer, alguns tipos de infecções e os riscos das doenças sexualmente transmissíveis (GUISELINI, 2004).

Saba (2003) defende que a prática regular de exercícios físicos também traz benefícios no estado emocional do praticante, na medida em que propicia a percepção de uma melhor aparência física e o aumento da disposição para a realização de suas tarefas diárias. O mesmo autor ainda complementa:

De fato, há uma ligação direta da qualidade de vida com o exercício regular, uma vez que este contribui positivamente no funcionamento ótimo do corpo, melhorando a saúde, aumentando a disposição e ajudando no controle do estresse. A prática habitual de exercícios envolve, ainda, a possibilidade de inclusão social, interferindo no humor do praticante. (SABA, 2003, p.37)

Para Farinatti (2008) a prática de atividades físicas proporciona benefícios para toda a vida. Entre eles, o autor destaca: melhora do bem-estar e da saúde geral física e psicológica, ajuda na preservação de uma vida independente, redução do risco de desenvolvimento de certas doenças não transmissíveis (doença arterial coronariana, hipertensão etc), auxílio no controle de condições específicas (stress e obesidade) e doenças (diabetes e hipercolesterolemias), minimização das consequências de certas incapacidades. Além disso, outros benefícios podem ser

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percebidos em relação à ajuda na administração de condições dolorosas e na modificação de perspectivas estereotipadas da velhice.

Nieman (1999) explica que “o objetivo final da promoção da atividade física é a saúde”. O mesmo autor ainda define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental, social e espiritual, e não apenas a ausência de doenças ou enfermidades.

O exercício físico é amplamente aceito pela sociedade além de ser também recomendado por médicos, fisiologistas e professores de Educação Física como forma de desenvolvimento da aptidão física relacionada à promoção da saúde e bem-estar (GUISELINI, 2004).

O paradoxo existente, segundo Klain (2010), é que apesar das evidências científicas sobre o importante papel da atividade física para a promoção da saúde e da sua aceitação por grande parte da população, a maioria das pessoas não é ativa em níveis que possam trazer tais benefícios, pois estes não se mantêm se a prática regular do exercício físico for interrompida. Por isso, é de extrema importância que se tenha um estilo de vida ativo por toda a vida (NAHAS, 2003).

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CAPÍTULO II - METODOLOGIA DA PESQUISA

No presente capítulo apresentamos como a pesquisa foi estruturada, material e métodos utilizados para que a mesma pudesse atingir o objetivo norteador do estudo e ter validade teórica.

2.1 TIPO DE PESQUISA

Este texto se trata de um estudo com metodologia descritiva exploratória, através do qual se buscou resolver alguns problemas e melhorar práticas por meio da observação, análise e descrição. Thomas e Nelson (2002, p. 280) afirmam que o valor deste método se baseia na premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas melhoradas através da observação, análise e descrição, sendo estas objetivas e completas.

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população da pesquisa corresponde a 230 sujeitos, 106 homens e 124 mulheres que se matricularam no período de fevereiro de 2012 a outubro de 2013, seguindo alguns critérios:

 Ter idade entre 18 a 60 anos;

 Aluno ou ex-aluno da academia pesquisada;

 Ter aderido ou desistido da prática regular de exercícios físicos oferecidos pela academia, no período de fevereiro de 2012 a outubro de 2013.

Entre o total da população da pesquisa, 75 sujeitos representam a população de alunos que aderiram à prática regular do exercício físico e 155 sujeitos são de alunos desistentes.

O levantamento de dados foi realizado entre outubro e novembro de 2013, em que foram contatados 16 sujeitos, dos quais 12 participaram da amostra da pesquisa. A amostra foi composta de 6 clientes aderentes, entre estes 5 mulheres e 1 homem, e 6 clientes desistentes, sendo 5 mulheres e 1 homem.

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2.3 PROCEDIMENTOS

Inicialmente foi realizado um levantamento das fichas de cadastros de clientes na academia “A” no município de Crissiumal, RS, no período de fevereiro de 2012 a outubro de 2013, através da qual foram selecionados clientes aderentes e não aderentes à prática de exercícios físicos na academia. Os alunos aderentes somaram um total de 75 sujeitos sendo que destes 6 sujeitos compuseram a amostra de aderentes. Já os ex-alunos desistentes somaram 155 sujeitos, dos quais 6 participaram da presente pesquisa.

Após o levantamento, foi feito o contato inicial com os ex-clientes por telefone para marcar um encontro e poder conversar pessoalmente, explicando a pesquisa, sua importância e colaboração neste estudo. Posteriormente foi apresentado o termo de livre consentimento e esclarecimento sobre os cuidados éticos tidos em relação ao seu envolvimento neste estudo. Somente então foi entregue o questionário a ser respondido e, posteriormente, devolvido à pesquisadora.

A abordagem dos clientes aderentes foi feita na academia “A”, onde foi igualmente explicada a pesquisa e apresentado o termo de livre consentimento e esclarecimento. Após esta intervenção, os clientes foram encaminhados a uma sala reservada na academia onde responderam ao questionário.

2.4 COLETA DE DADOS

Para a coleta de dados utilizou-se dois questionários com questões fechadas e abertas, um deles aplicado aos ex-clientes desistentes e outro aos clientes aderentes. Segundo Marconi e Lakatos (1982, p.74) o questionário é “um instrumento de coleta de dados, construído por uma série ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador”.

Thomas e Nelson (2002) explicam que os questionários são utilizados com o intuito de obter informações pedindo aos sujeitos que respondam às questões, não sendo necessário, então, observar seus comportamentos, o que facilita a coleta de dados. Por outro lado, os questionários trazem uma limitação, pois os resultados dependem simplesmente do que as pessoas dizem que fazem ou do que dizem acreditar, gostar ou desgostar.

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O questionário para ex-clientes desistentes foi composto de 8 (oito) perguntas abertas e fechadas relacionadas aos motivos ligados à desistência da prática regular de exercícios físicos na academia pesquisada. O questionário aplicado aos clientes aderentes foi composto de 15 (quinze) perguntas abertas e fechadas, sendo estas relacionadas aos motivos ligados à adesão da prática regular de exercícios físicos na academia pesquisada.

Os indivíduos que participaram da pesquisa não identificaram seus nomes, tendo assim a vantagem do anonimato. Os sujeitos desistentes foram contatados via telefone e assim convidados a participar da pesquisa. Os sujeitos aderentes foram abordados na academia e então convidados a participar da pesquisa. Para estes, o questionário foi respondido na academia em uma sala reservada.

Um teste piloto foi realizado em novembro de 2013, onde foram aplicados os dois questionários para verificar se estes viriam de encontro com a proposta da pesquisa, bem como seu entendimento fosse simples e direto. O teste em questão foi aplicado no dia primeiro de novembro de 2013, sendo que o questionário para aderentes foi aplicado na academia estudada, em uma sala reservada. O questionário para desistentes foi respondido na residência do participante da pesquisa e posteriormente devolvido à pesquisadora.

Participaram do teste duas pessoas do sexo feminino que, após breve contato de explicação sobre a pesquisa e a importância de sua participação na mesma, se dispuseram voluntariamente a participar da mesma. Uma das participantes tinha 21 anos de idade e era estudante, a outra tinha 41 anos de idade e era servidora pública, sendo a primeira desistente, e a segunda, aderente, com mais de seis meses de prática.

Os dois questionários foram completamente preenchidos. Uma dificuldade foi apresentada pela cliente aderente, a qual diz não ter ficado claro sobre a quantidade de itens a serem demarcados em algumas questões da pesquisa.

2.5 ANÁLISES DOS DADOS

Os dados foram interpretados mediante análise qualitativa e descritiva, através da qual o pesquisador é quem interpreta a realidade, tirando considerações a partir das respostas fornecidas pelos sujeitos que participaram da pesquisa.

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As respostas possibilitaram a análise dos motivos que levaram os sujeitos a aderir ou desistir da prática regular de exercícios físicos na academia. Para facilitar este processo, os sujeitos foram identificados por ordem alfabética. As discussões e resultados obtidos com a presente pesquisa serão apresentados no próximo capítulo.

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CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para a realização da presente pesquisa, foram coletados, inicialmente, os dados de identificação dos sujeitos do estudo, bem como os fatores que os mesmos expuseram em relação à adesão ou desistência da prática de exercício físico. Após essa etapa, contando com um embasamento teórico pertinente, foi possível desenvolver a discussão dos resultados alcançados através da pesquisa, realizada na Academia “A”, no município de Crissiumal, RS.

3.1 IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS ADERENTES

Foram seis os sujeitos participantes da pesquisa, tomados como aderentes ao exercício físico, sendo que destes, 5 sujeitos são do sexo feminino e 1 sujeito é do sexo masculino, com faixa etária de 20 a 50 anos de idade, com ocupações variadas, tendo como prevalência empregados de empresas privadas e servidores públicos. Nenhum dos sujeitos afirmou ter sido anteriormente matriculado em outra academia.

Quando questionados sobre o principal fator que os levou a procurar por uma academia, a maioria dos sujeitos afirmou ser a busca por qualidade de vida. Fatores como bem-estar, estética, saúde e aptidão física também foram apontadas, mas em uma escala menor ; o que vai de encontro com a pesquisa de Santos e Knijik (2006), que apontaram lazer/qualidade de vida como principais fatores, seguidos de orientação e prescrição médica.

Na pesquisa de Balbinotti e Capozzoli (2008), o fator motivacional mais citado foi a dimensão saúde. Seja por necessidade ou prevenção, a prática de exercícios físicos atualmente vem tomando um caráter que visa, cada vez mais, melhores condições de saúde, resultando numa melhor qualidade de vida para seus praticantes, tanto nos aspectos fisiológicos como psicológicos (WEINBERG E GOULD, 2001).

Em outra estância, os estudos de Laurenzano e Loch (2012) destacam os fatores estéticos como mais relevantes quanto à procura por academias, quando a preocupação está voltada à perda de peso, seguida de manutenção/melhora da forma física, hipertrofia e definição muscular. Essa estimativa corrobora com estudos

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de Amorim (2010) e Araújo et al (2007), que encontraram a estética como principal fator para a procura das pessoas por academias.

Também pesquisando os motivos que levam as pessoas a aderirem a prática de atividade física, Alves (2010) encontrou a melhora do condicionamento físico e, em seguida, a melhora da aparência estética, o preparo para um envelhecimento sadio, o gosto pela prática de exercícios e a busca por uma boa forma de combater o stress, como fatores mais prevalecentes.

A modalidade praticada pelos sujeitos é a musculação. Dos seis sujeitos participantes da pesquisa, dois frequentavam a academia há mais de 3 meses, dois frequentavam há mais de 6 meses e os outros dois, de 1 a 3 anos. Todos os sujeitos possuem frequência semanal de aula significativamente alta, pois três afirmaram frequentar a academia por 5 vezes na semana e dois deles disseram frequentar 4 vezes na semana. Um dos indivíduos afirmou freqüentar a academia por 6 vezes na semana, ou seja, diariamente.

Sugerindo que a frequência de aula semanal possa ter ligação com a aderência ao programa, os indivíduos que possuem uma frequência semanal alta demonstram estar mais comprometidos com o treinamento. Saba (2001) cita o comprometimento como um elemento que orienta e incentiva a maior parte das atividades humanas. “O fato de uma pessoa “abraçar uma ideia”, ligando-se a ela de

forma permanente, ou, ao menos, duradoura, cria condições para que a prática da atividade proposta seja continuada de forma prazerosa e produtiva” (SABA, 2001, p.61).

Rojas (2003) relata que os alunos que frequentavam academias por mais de 3 dias semanais, demonstravam perfil facilitador à aderência aos programas de treinamento.

Quanto aos fatores que fizeram os sujeitos escolherem a academia em questão, foi destacada a competência dos profissionais, logo após o bom atendimento e o ambiente agradável. O nível de satisfação dos sujeitos em relação aos serviços prestados pela academia apresentou-se alto, pois todos os sujeitos afirmaram estar muito satisfeitos. Dessa forma, ficou claro que a qualidade do corpo técnico e o ambiente são fatores determinantes na escolha do local da prática.

No estudo de Braga e Dalke (2009) destacou-se a qualificação profissional como determinante na procura e escolha de academias. Já Rojas (2003) constatou

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em seu estudo que os indivíduos procuram as academias influenciadas pela infraestrutura, sendo este elemento preponderante na escolha.

Em Peres (2010) encontramos os seguintes fatores de inserção às academias: preservação da saúde, perda de peso, localização, estética corporal, preferência por exercícios físicos e estrutura da academia.

Além dos benefícios fisiológicos, a localização e a estrutura da academia são fatores decisivos na escolha do local da prática com motivo de prática. O que também vai de encontro com Morales (2002), em que o fator mais citado foi a localização, seguido de característica da estrutura física e qualidade do corpo técnico.

Sobre os motivos que influenciam na permanência dos sujeitos na academia, os principais apontamentos foram para o atendimento acompanhado de professores qualificados e a ascensão dos objetivos. Como se vê, houve novamente um apontamento para a qualidade do corpo técnico da academia, que deve estar preparado para atender aos anseios do cliente para que este possa aderir e se manter na prática regular.

Os sujeitos da pesquisa afirmaram que a prática regular de exercícios físicos proporcionou a eles, em sua maioria, a melhoria do condicionamento físico, o bem-estar e a tranquilidade. Os fatores perda de gordura, prazer e alegria, diminuição da ansiedade e alívio das tensões também foram pontuados, porém em escala menor. Corroborando com Morales (2002) que apontou para o bem-estar e a tranquilidade como sendo os mais citados, seguidos da melhoria do condicionamento, da aparência, da estética corporal e o alívio de tensões.

Saba (2001) também encontrou o bem-estar físico como principal fator mencionado pelos praticantes, apontando para o fato de que o conhecimento dos praticantes sobre os benefícios da prática regular pode influenciar neste quesito.

“Havendo um elo emocional forte entre uma pessoa e a atividade a que se propõe, é estabelecido um círculo virtuoso de prática, satisfação e resultado, que garante a continuidade da atividade, de forma cada vez mais positiva, em uma crescente evolução rumo aos objetivos pretendidos.” (SABA, 2001, p.61)

A mídia provavelmente tenha um papel importante no conhecimento da população em geral sobre os benefícios da prática regular de exercícios, sendo que

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a maioria tem acesso ao rádios e à televisão, pois estas são as formas mais acessíveis para levar informação à população.

Quando questionados sobre a maneira com que os sujeitos encontram motivação para continuar no programa de exercícios físicos regular, a maioria dos sujeitos afirmou ter preocupação em buscar alcançar seus objetivos, na automotivação e no prazer de praticar exercícios. Morales (2002) colabora com essa afirmativa ao mencionar o prazer de praticar exercícios e a satisfação dos objetivos como principais motivos de se manter na prática regular.

Peres (2010) também encontrou resultados parecidos, indicando os motivos mais importantes para a permanência em programas de exercício físico a melhora da saúde, os objetivos alcançados, prazer, corpo ideal e automotivação.

Tomando o questionário em mãos (anexo 2), verificou-se que na questão sobre os motivos que levaram os sujeitos a praticar exercícios na academia pesquisada, os fatores mais afirmados foram: “sempre gostei de exercícios físicos”, “prevenção da saúde” e “estética corporal”. Outros fatores como estrutura física da academia e perda de peso também foram apontados, porém em menor proporção. Foram apontados também o gosto pela atividade e a preocupação com a saúde da população investigada.

No final questionário, os sujeitos citaram dois fatores que eles consideram mais importantes para permanecer num programa de exercício. Nessa questão o sujeito A afirmou que ter os objetivos claros em relação à prática e profissionais competentes é fundamental, o sujeito B afirmou ser o condicionamento físico e a prevenção da saúde os fatores que o mantiveram na prática, já o sujeito C pontuou qualidade de vida e estética, o sujeito D afirmou ser o objetivo e a determinação, o sujeito E alegou ser a motivação pessoal e o gosto em fazer exercícios e o sujeito F apontou o alívio nas tensões e o melhoramento da saúde.

Pela exposição dos diversos fatores apontados pelos integrantes da pesquisa, pode-se perceber que os fatores mais importantes para a permanência num programa de exercícios estão relacionados a aspectos pessoais e estruturais de cada indivíduo. Esses fatores estão ligados a necessidades individuais no aspecto físico, psicológico e social de cada um.

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3.2 IDENTIFICAÇÃO DOS SUJEITOS DESISTENTES

Entre os sujeitos desistentes da prática de exercícios em academia a faixa etária é de 18 a 41 anos sendo em sua maioria mulheres. No total seis sujeitos participaram do questionário (anexo 3), dois quais são 5 mulheres e 1 homem. Destes sujeitos, dois são empregados de empresa privada, um é empresário, um é bancário, um é estudante e o outro não identificou-se.

As modalidades praticadas pelos sujeitos foram a musculação e circuit

training, sendo que em sua maioria eram praticantes da musculação. A maioria

destes costumava frequentar a academia no período da noite, com frequência semanal de 3 vezes por semana. Demonstrando que os indivíduos desistentes atendiam à recomendação mínima semanal de atividade física de “3 vezes na semana”.

Quando questionados sobre qual fator os levou a desistir da academia o mais apontado foi a falta de tempo e de motivação própria. Outros fatores como problemas financeiros, orientação médica e o clima também foram apontados, porém em menor número.

Resultados semelhantes foram encontrados em vários estudos, tendo a falta de tempo como fator determinante para a desistência da prática, seguido de outros fatores como a falta de automotivação, problemas financeiros, o clima, a improbabilidade de atingir os objetivos e a distância do local da prática (PERES, 2010; SANTOS e KNIJNIK, 2006; MORALES, 2002; LAURENZANO e LOCH, 2012; LOPES e CHIAPETA, 2010).

Santos e Knijnik (2006) destacam que a falta de tempo normalmente está relacionada à jornada excessiva de trabalho, tempo para obrigações familiares e dificuldades na administração do tempo. As pessoas frequentemente citam restrições de tempo para não se exercitar, mas tais restrições são mais percebidas do que reais e frequentemente revelam as prioridades de uma pessoa”. (WEINBERG e GOULD, 2001, p.398)

Na questão sobre o que a prática regular de exercícios físicos proporcionou aos sujeitos, o principal apontamento foi a melhoria do condicionamento físico e a melhora da estética corporal , seguido de bem-estar e tranquilidade , alívio das tensões, resistência ao cansaço e autoconfiança. Os indivíduos afirmaram ter havido

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benefícios em relação à prática, porém o reconhecimento de tais benefícios não foi o suficiente para a adesão à mesma.

Os dois fatores que favoreceram a desistência destes sujeitos foram: falta de tempo e estudos (sujeito G); falta de vontade e preguiça (sujeito H); dores e orientação médica (sujeito I); falta de tempo e mudança na rotina de trabalho (sujeito J); falta de vontade de fazer exercícios e tensão diária (sujeito K) e motivação e falta de tempo (sujeito L).

Segundo Weinberg e Gould (2001, p.84) “a maneira como a pessoa explica ou atribui seu desempenho afeta suas expectativas e reações emocionais, que, por sua vez, influenciam a futura motivação para a realização.” Os estudiosos acima citados explicam que os instrutores podem influenciar positivamente no sucesso de um programa de treinamento, dando feedback e elogios, ajudando a estabelecer metas flexíveis e demonstrando preocupação por segurança e conforto psicológico ao praticante, para que os benefícios sejam alcançados e mantidos através da adesão.

Pode-se perceber que o papel do Profissional de Educação Física é muito importante neste contexto, pois segundo Martins (2008), ele deve estar capacitado a montar um treino eficaz, que seja, ao mesmo tempo que é compacto, eficiente e atrativo, proporcione bons resultados e prazer durante a prática de exercícios físicos, impedindo, assim, que aluno abandone o programa.

Com base nos apontamentos expostos até então, se consegue perceber que os fatores de aderência à prática de exercícios estavam relacionados às expectativas e aos motivos iniciais que levaram os indivíduos a procurar a atividade, sendo que os objetivos que levaram os sujeitos a procurar por uma academia foram: qualidade de vida, bem estar, estética, saúde e aptidão física. Já os motivos que levaram os sujeitos a desistirem da atividade proposta estava ligado principalmente à falta de tempo e à falta de motivação para a prática. Diante de tais resultados, é necessário que os profissionais de educação física busquem cada vez mais conhecer e identificar cada aluno individualmente, levando em conta as expectativas de cada aluno/cliente, proporcionando, assim, uma maior eficiência no trabalho oferecido nas academias.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista os objetivos iniciais desta pesquisa, conseguimos encontrar os principais motivos que levaram alguns sujeitos a aderir ou a desistir da prática de exercício físico em uma academia.

Em suma, os principais motivos elencados como fatores que levaram a aderência foram: objetivos claros em relação à prática, profissionais competentes, condicionamento físico, prevenção da saúde, qualidade de vida, estética, determinação, motivação pessoal, gosto pelos exercícios, alívio nas tensões e melhora da saúde. Tais resultados refletem o conhecimento e a preocupação dos sujeitos em relação ao estilo de vida de cada um.

Em outra estância, os principais motivos que levaram os sujeitos a desistirem da prática regular estavam atrelados principalmente à falta de tempo e à falta de motivação. Os fatores que favoreceram a desistência, citados pelos sujeitos foram: falta de tempo, falta de motivação, falta de vontade, preguiça, dores e orientação médica.

Um ponto interessante do estudo foi a diferença de frequência semanal de aula dos indivíduos aderentes e dos desistentes. Enquanto que os alunos/clientes aderentes tiveram frequência semanal de aula de 5 vezes na semana, os sujeitos desistentes tiveram frequência semanal de 3 vezes na semana. Apontando para que o comprometimento com a prática possa estar relacionado com a frequência semanal de aula, vemos que os indivíduos que praticam mais de 3 vezes na semana podem ter mais chances de aderir à atividade de forma permanente.

Tendo em vista os resultados obtidos, percebe-se a necessidade de novos estudos nesta área, buscando conhecer os reais motivos que levam os indivíduos a aderir à prática regular de exercícios em academias e não somente o seu egresso temporário. Pois a melhora da qualidade de vida dos sujeitos depende da sua prática ser regular, do exercício físico estar inserido no cotidiano destes indivíduos.

Sugere-se também que sejam idealizados estudos mais aprofundados sobre a ligação da frequência semanal de aula com o grau de aderência a programas de exercícios físicos, a fim de verificar a interdependência entre os mesmos. Os diversos fatores encontrados devem ser avaliados pelos profissionais e empresários da área para melhor atender e consolidar a aderência à prática de exercício físico em academias.

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Referências

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