• Nenhum resultado encontrado

CONIC-SEMESP

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "CONIC-SEMESP"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

TÍTULO: ATENDIMENTO PSICOLÓGICO AO PACIENTE COM TRANSTORNO MENTAL NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE.

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: Psicologia SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU - USJT INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): LUCAS JOSÉ DA SILVA, MARIA CAMILA MESSINA QUAIOTTI, RAFAEL FRANCISCO DA CRUZ, SUELLEN DE SOUZA LOPES

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): ANGELICA CASTILHO ALONSO ORIENTADOR(ES):

(2)

I Resumo

O atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no serviço público de saúde não acontece apenas pelo atendimento do psicólogo, e sim através de uma equipe multidisciplinar que compõe o serviço público de saúde. Foi realizada uma revisão da literatura das produções científicas publicadas nas bases de dados acessadas pela biblioteca virtual, objetivando-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de estudo, autoria e gênero, estruturas discursivas dos resumos, tipos de pesquisa estatística e tipo de análise de dados. Utilizou-se para realização desta pesquisa o levantamento de artigos de revisão de literatura, publicadas nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pepsic, onde foram selecionados 10 artigos, dentro dos 84 identificados. Na análise dos artigos houve uma predominância de 90% em relação ao sexo feminino; em relação à autoria, evidenciou-se que 50% dos artigos são de autoria múltipla. Dos dados levantados, 80% foram utilizados como instrumento de avaliação: questionários e entrevistas e 60% de análise qualitativa; 80% dos estudos foram transversais e 60% das análises foram qualitativas. Observou-se que dos 10 artigos selecionados, 80% foram registrados como estudos transversais e, por ser um dado estatístico alto, notou-se a necessidade de produção de estudos experimentais para possíveis intervenções de melhoria no serviço público de saúde.

Palavras Chaves: transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, sistema único de saúde, psicoterapia, assistência ao paciente.

(3)

II 1. Introdução

As práticas de atuação no Sistema Único de Saúde visam fortalecer o compromisso com os direitos de cidadania e controle social, com caráter participativo e a criação de um sistema de saúde em rede, que supere o isolamento dos serviços em níveis de atenção, alteração do entendimento de saúde como ausência de doença, para a ampliação e fortalecimento da concepção de saúde como produção social, econômica e cultural, com desafios de realizar um trabalho integrado entre os serviços prestados pelos profissionais, promovendo bem-estar e melhor escuta ao paciente, acolhendo suas singularidades por meio de um trabalho interdisciplinar e considerar um profissional capacitado para o exercício de sua profissão.

A atuação do psicólogo depende, impreterivelmente, do sucesso em relação à saúde do paciente, proporcionando um olhar para os aspectos psicológicos relacionados, direta ou indiretamente, ao seu quadro. É importante também que o psicólogo integre os demais profissionais para sua área de especialidade, a fim de somar esforços de maneira sincronizada e integral, contribuindo para a realização de práticas mais integradas que levem a ações verdadeiramente transformadoras. Com a ideia da formação do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorrida em 1986, a sua implantação aconteceu dois anos mais tarde, garantida pela Constituição, estabelecendo a saúde como um direito social, universal, a ser oferecido pelo Estado. Foi, então, criado o SUS, cuja função era de organizar as ações e serviços de saúde de modo descentralizado e com direção única, em cada esfera de governo, além das diretrizes de atendimento integral e participação da comunidade. Dessa forma, a saúde passa a ser vista como direito ao cidadão. (PIRES; BRAGA, 2009).

Com o advento da reforma psiquiátrica, houve a tentativa de definir estratégias que visassem o fortalecimento da rede de assistência pública no Brasil. Nesta tentativa começou a implantação do SUS e fez avançar, em grande extensão territorial, uma série de experiências na área de saúde mental, fundamentadas na práxis do tratamento e reabilitação psicossocial. Em decorrência desse fato, os profissionais se depararam com uma grande demanda em saúde mental, surgindo a necessidade de realizar intervenções com foco não só na doença, mas na melhoria

(4)

III da qualidade de vida desses indivíduos e seus familiares. Assim é que as contribuições da psicologia para a saúde pública tornaram-se apropriadas tanto em âmbito preventivo como curativo. (VIZZOTO ET AL, 2011).

Os psicólogos ainda apresentam crenças e práticas enraizadas no atendimento clínico de modelo curativo, com isso existem alguns impasses que permeiam a atuação do psicólogo no SUS. Um deles é o acadêmico, a formação nos cursos de graduação privilegia a clínica privada e o atendimento individualizado, contrastando com o modelo psicossocial de integralidade e humanização preconizada pelo SUS. Tendo em vista um assunto bastante questionado na sociedade, porém pouco discutido como forma de expansão e melhorias, podemos ampliar o conhecimento com possibilidades de ser utilizado como base para futuras pesquisas acadêmicas. (VIZZOTO ET AL, 2011).

O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, segundo informações do Conselho Nacional de Saúde, descrito pelo Ministério da Saúde. Toda a população brasileira tem o direito à saúde universal e gratuita, financiada com recursos provenientes dos orçamentos do país. (FLEURY; OURVENEY, 2012).

Atualmente, a população brasileira encontra-se insatisfeita com o SUS, e, por meio desses índices cabe uma reflexão sobre o que os psicólogos podem contribuir para a melhoria do atendimento humanizado e exercício da profissão dentro do SUS, onde as queixas estão sempre ligadas ao acesso difícil, vinculadas à demora do atendimento, até o descaso dos profissionais. Partimos do pressuposto de que o SUS em si não é um problema, ao contrário, é uma grande solução para o nosso país. Em uma perspectiva da qual o indivíduo é de singularidade e totalidade, o ser humano não deve ser comparado com uma máquina ou categorizado por um transtorno, pois é um ser multidimensional (bio-psico-social-cultural-espiritual) onde suas diversas dimensões interagem sinergicamente, sendo um ser que se constrói a relação com o outro e com o meio, e a qualidade desta interação irá influenciar diretamente o seu desenvolvimento enquanto pessoa. Considerando todo o cenário, indagamos como os projetos terapêuticos estão sendo construídos pelas equipes dos serviços de saúde mental.

(5)

IV 2. Objetivo

Esta pesquisa visa colaborar com a produção científica direcionada ao trabalho do psicólogo no atendimento ao paciente com transtorno mental na rede de saúde pública.

2.1 Objetivos Específicos

Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: autoria (única, coautoria, múltipla), sexo (masculino, feminino, indefinido), tipo de pesquisa, tipo de análise de dados e instrumentos de avaliação.

3. Metodologia

3.1 Tipo de Estudo e local

Trata-se de um estudo de revisão de literatura, realizado na Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.

3.2 Procedimentos

Este estudo consiste em uma pesquisa do tipo descritiva de estratégia documental para produção cientifica, realizada com artigos científicos sobre atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde, a partir das bases de dados Lilacs e Scielo e Pepsic.

Não foram utilizados limitadores temporais. Dessa forma, todo o conteúdo das bases consultadas contendo as palavras utilizadas para a busca foi contemplado.

4. Desenvolvimento

Para levantamento dos dados, no presente estudo, foram utilizados os descritores “transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, psicoterapia e assistência aos pacientes”, limitados ao idioma português. Foram incluídos estudos com seres humanos, contendo textos completos e tema compatível com o pesquisado.

(6)

V Inicialmente foram encontrados 84 estudos, a primeira seleção foi retirar os títulos não condizentes e em duplicidade da base de dados, na qual sobraram 49 artigos.

Destes, após a leitura do resumo foram excluídos 19 artigos, que não abordaram o tema compatível ao pesquisado.

Restaram 30 artigos, que foram lidos na íntegra e excluídos aqueles que não atendiam ao objetivo. Ao final do levantamento, totalizou-se 10 artigos científicos.

Figura 1. Organograma da seleção de artigos sobre o atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.

Descritores:

transtorno mental, serviços de atendimento, atendimento psicológico, serviço público de saúde, sistema único de saúde, psicoterapia,

assistência ao paciente.

Lilacs: 28

Scielo: 31

Pepsic: 25

Critérios de inclusão:  Estudos que abordassem o atendimento psicológico e suas práticas dentro do contexto SUS.  Estudos que abordassem psicoterapias em indivíduos com transtorno mental, atendidos pelo SUS.

Critérios de exclusão:  Artigos duplicados  Outros tipos de psicopatologia (transtornos de desenvolvimento)  Patologias não

associadas aos critérios • Estudos nos quais não

se aplica, ou se faz presente a prática ou implementação da psicologia no serviço de atendimento público/SUS. Após a leitura do título

foram excluídos: 35 artigos

Após a leitura do resumo foram excluídos:

19 artigos

Leitura na íntegra: 30 artigos

Foram selecionados para pesquisa:

(7)

VI 5. Resultados

Na tabela 1 nota-se a prevalência do sexo feminino, tanto na coautoria quanto em múltiplos autores.

Tabela 1. Tipos de autoria e gêneros sobre atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no Serviço Público de Saúde.

Variáveis Feminino Masculino Indefinido Autoria única 0 (0%) 0 (0%) 0 (0%) Coautoria 4 (40%) 1 (10%) 0 (0%) Múltiplos autores 5 (50%) 0 (0%) 0 (0%)

Total 9 (90%) 1 (10%) 0 (0%)

Quanto ao tipo de estudo, prevaleceu o estudo transversal com 80%.

Figura 2. Tipo de estudo referente ao atendimento psicológico ao

(8)

VII Referente à análise de dados, nota-se uma prevalência de uma análise qualitativa e não houve incidência de análise quantitativa.

Figura 3. Tipo de análise de dados sobre o atendimento psicológico ao

paciente com transtorno mental no Sistema Público de Saúde.

6. Considerações finais

Podemos concluir que mediante aos resultados apresentados na análise de produção científica, referente ao atendimento psicológico ao paciente com transtorno mental no serviço público de saúde, existem poucas publicações que levantam a temática no Brasil. Por meio das variáveis, evidenciamos que houve uma predominância em publicações de múltipla autoria, sexo feminino, estudos transversais e de análise qualitativa, onde a produção de artigos referentes ao tema mostrou-se rica em informações, porém sem nenhum aprofundamento, o que nos mostra uma vertente ainda a ser explorada, e um campo de pesquisas com diversas possibilidades na produção de conhecimento na área de estudo experimental.

A insatisfação com o atendimento psicológico no sistema publico de saúde se dá pela falta de investimentos financeiros em estruturas e organizações de saúde mental, de subsídios acadêmicos para o aperfeiçoamento dos profissionais da área, bem como intervenções de motivação, inclusão e um atendimento adequado ao paciente, respeitando a sua subjetividade, suas limitações e dando o suporte com

(9)

VIII o auxílio de equipe multidisciplinar não somente para o paciente, como também para a família, que em diversos casos não sabe como tratar um paciente com transtorno mental para que o sofrimento do mesmo seja amenizado.

7. Fontes consultadas

Fleury, Sonia, & Ouverney, Assis. (2012). O sistema único de saúde brasileiro: Desafios da gestão em rede. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa,

11(2-3), 74-83. Recuperado em 30 de agosto de 2018, de

http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-44642012000200007&lng=pt&tlng=pt.

Pires, Ana Cláudia Tolentino, Braga, Tânia Moron Saes. (2009). O psicólogo na saúde pública: formação e inserção profissional. Temas em Psicologia, vol. 17, no.1,

Ribeirão Preto. Recuperado em 22 de novembro de 2017 de

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100013

Vizzotto, Marília Martins, Coga, Shirley M., Bonfim, Tania Elena, & Heleno, Maria Geralda Viana. (2011). Avaliação do trabalho do psicólogo em unidades de saúde pública. Psicólogo informação, 15 (15), 111-127. Recuperado em 30 de agosto de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092011000100008&lng=pt&tlng=pt

Referências

Documentos relacionados

Por último, temos o vídeo que está sendo exibido dentro do celular, que é segurado e comentado por alguém, e compartilhado e comentado no perfil de BolsoWoman no Twitter. No

Podia também escolher o sari, mas, pela minha experiência anterior (ao tentar fazer as amarrações, os nós), seria correr risco de me despir sem querer. Achei

New and total nests surveyed of Solenopsis saevissima in the dry and wet seasons found in collections during one year (May 2011 to May 2012) on the campus of the Federal University

Forrozeiro pernambucano de uma nova geração que faz releituras de Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva. Sua música é marcada pela inovação. O artista costuma em

Na busca da importância que a educação cooperativa tem na construção de valores de cooperação e cidadania, a pesquisa buscou em primeiro lugar identificar e assim analisar qual

Ao observarmos a evolução do tratamento na região frontal, notamos que a paciente apenas volta a demonstrar rugas de maior severidade nesta região após 10 meses da aplicação

Ao analisar o contexto histórico do Brasil, percebe-se que sempre houve casos de violência doméstica, mas pouco ou quase nada era falado e discutido, isso se dá

A pernada do nado peito requer uma boa flexibilidade tíbio-társica, já que para um bom posicionamento dos pés, no momento da flexão máxima das pernas e no decorres da extensão,