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Rochas Sedimentares

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Academic year: 2021

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ROCHAS SEDIMENTARES

Rocha sedimentar é um tipo de rocha constituída de sedimentos, que são as inúmeras partículas de rocha, lama, matéria orgânica, podendo até mesmo possuir em sua composição restos corpóreos de vegetais e animais.

Quando toda esta matéria é transportada e acumulada em um determinado local, sofrendo ação da temperatura (frio ou calor), ocorre o fenômeno da diagênese ou litificação, ou seja, a transformação de sedimento em rocha. Os locais mais comuns para a ocorrência do processo são os lagos, baías, lagunas, estuários, deltas e fundo de oceanos.

Não é por acaso que esta espécie de rocha é prolífica na preservação de fósseis animais e vegetais, exatamente pelo fato de tais corpos muitas vezes estarem envolvidos entre a matéria constitutiva de toda rocha sedimentar. Constituem tais rochas ainda uma fina camada da crosta terrestre, representando cerca de 75% das rochas expostas à superfície.

O tipo mais comum de rocha sedimentar é a do processo descrito acima, que receberá o nome de clástica ou mecânica. Há outro tipo sedimentar cuja matéria que o forma é predominantemente orgânica, com destaque para litificação de restos orgânicos, como os do carvão. O processo é virtualmente o mesmo das rochas sedimentares clásticas, porém este grupo recebe o nome de rocha sedimentar orgânica.

Um terceiro tipo importante de rocha sedimentar é produto da precipitação de elementos químicos como o carbonato de cálcio ou halita (sal de cozinha), onde os sais são dissolvidos na água de lagos, lagunas, mares rasos, precipitando-se através da evaporação da água. Estas são as rochas sedimentares químicas.

Além desta classificação que dá prioridade ao processo de formação, temos outra, que leva em conta o material que compôem as rochas. Tais classificações diversas servem bastante para ter uma ideia global tanto da formação como dos “ingredientes” das rochas estudadas, percorrendo diferentes aspectos. Seguindo tal orientação, teremos então:

Rochas sedimentares detríticas – predominantemente constituídas pelos detritos de outras rochas, resultante do processo conhecido como “meteorização” de outras rochas já existentes. As sedimentares detríticas apresentam-se de duas formas,

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podendo ser a) não consolidadas, como depósito de balastros, areias, siltes e argilas, e b) consolidadas, formadas pela consolidação destes mesmos sedimentos detríticos por diagênese.

Rochas sedimentares quimiogênicas – originárias do processo de precipitação de minerais em solução. Neste grupo temos o calcário, o gesso e o sal-gema.

Rochas sedimentares biogênicas – são rochas constituídas de sedimentos de origem biológica, resultado dos restos físicos de seres vivos ou resultantes de sua atividade. Exemplos de rochas sedimentares biogênicas são o calcário e o carvão. A importância econômica das rochas sedimentares deve ser destacada levando-se em conta a sua grande utilização principalmente na área da construção civil. Isso sem mencionar que tais rochas são as fontes de petróleo e hidrocarbonetos, de importância capital para a economia atual. Ainda é necessário destacar a já mencionada importância de tais rochas nos estudos de paleontologia, pois são fontes riquíssimas de fósseis de antigos animais e plantas.

ROCHAS MAGMÁTICAS

Rochas magmáticas, também conhecidas como ígneas, são aquelas originárias no interior da Terra, produto da solidificação do magma pastoso. O magma é composto de uma substância fluida, de fundição parcial ou total, formada por uma fusão completa de silicatos, silícios e elementos voláteis, como por exemplo , vapor d´água, cloretos,hidrogênio, flúor e outros. Tal tipo de rocha é muito resistente, e também das mais antigas, matéria prima do embasamento rochoso dos continentes. Entre as mais abundantes rochas magmáticas temos o granito e o diabásio. Parte dessas rochas formam-se toda vez que ocorrem erupções vulcânicas que expelem lava pela superfície, renovando assim a quantidade das mesmas no ambiente.

Este tipo de rocha pode se solidificar tanto quando atinge a superfície ou quando ainda está no interior da Terra. Por esse mesmo motivo, podemos classificá-las em rochas intrusivas ou extrusivas.

Basalto - Rocha ígnea extrusiva

As rochas extrusivas ou vulcânicas formam-se a partir da expulsão do magma devido às erupções vulcânicas, tendo um rápido resfriamento ao atingir a superfície, passando do estado líquido ou gasoso num pequeno intervalo de tempo. Por causa desse mesmo processo, sua estrutura será vítrea, como consequência do pequeno

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intervalo de tempo que impossibilita a cristalização dos minerais. Exemplos de rochas magmáticas extrusivas são o basalto e a obsidiana.

Granito

As rochas intrusivas ou plutônicas são resultado de um lento resfriamento do magma, originárias de regiões profundas no subsolo, dando origem a cristais. Exemplos de rochas magmáticas são o granito e o diorito.

Recebem a denominação de pegmatitos as rochas originadas de um magma que tenha grandes quantidades de gases e elementos voláteis. Em tais condições o magma surge numa forma bem fluida possibilitando a formação de cristais cuja dimensão chega a ser considerável.

Podemos ainda classificar as rochas magmáticas ácidas, básicas ou neutras. Tal diferenciação relaciona-se diretamente com o teor de silício que a rocha apresenta na sua composição. A rocha será ácida quando esta possuir teores de silício acima de 65%, ocorrendo assim a formação de silicato e de cristais de quartzo. As rochas neutras serão formadas quando o teor de silício vai de 52 a 65%. Finalmente, nas rochas básicas teremos um teor de silício que varia entre 45 e 52%, sem ocorrer a formação de quartzo.

Certos autores consideram as rochas filonianas ou abissais como uma espécie intermediária entre as magmáticas vulcânicas e plutônicas. Tais rochas não chegam a atingir a superfície e frequentemente preenchem as fissuras existentes na crosta terrestre ao consolidarem-se. Temos como exemplos deste tipo intermediário os aplitos, os pegmatitos e os lamprófiros.

ROCHAS METAMÓRFICAS

Rocha metamórfica é um tipo de rocha derivado da metamorfose (transformação) de rochas magmáticas ou sedimentares que sofrem modificação em sua composição atômica, devido à influência das diferentes condições do ambiente em que estão inseridas em comparação aos locais onde foram originalmente formadas. Dessa maneira, origina-se uma nova rocha, com novas propriedades e outra composição mineral.

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Na maioria dos casos as rochas metamórficas formam-se a partir de outras rochas, que são submetidas a pressões intensas ou elevadas temperaturas. Tal processo ocorre naturalmente devido ao movimento intenso e constante do núcleo terrestre, provocando o movimento períódico da crosta do planeta (a cobertura de terra e rochas que compôem a região externa do planeta). O movimento da crosta, por sua vez, dá início a um rearranjo nas rochas localizadas na parte superior, sendo, que quando as rochas magmáticas e as sedimentares são empurradas a níveis inferiores, dando origem assim ao processo de formação da rocha metamórfica.

O metamorfismo, nome dado ao fenômeno descrito acima, é passível de desenvolvimento em diversos ambientes da crosta, variando na extensão, profundidade e o grau de modificação das rochas. Os fatores determinantes para a ocorrência do metamorfismo são:

 tipos de rochas metamórficas a serem formadas;

 localização e extensão na crosta terrestre;

 parâmetros físicos envolvidos;

 mecanismo determinante para a conjunção destes parâmetros; São três os cenários de ocorrência do fenômeno metamórfico, a saber:

a) o metamorfismo regional ou dinamotermal – ocorre em grande extensões bem como em grandes profundidades na crosta. Suas transformações estão relacionadas à ação combinada da temperatura, pressão litosférica e pressão dirigida sendo aplicadas durante milhões de anos. As rochas são fortemente dobradas e falhadas, sofrem recristalização, apresentando estrutura foliada. São exemplos: ardósias, xistos, gnaisses e anfibolitos.

b) metamorfismo de contato ou termal – resultado apenas da ação da temperatura, através do calor cedido por intrusão magmática que corta uma sequência de rochas sedimentares encaixantes, metamórficas ou magmáticas. Através destes cortes e do constante contato entre as superfícies teremos como resultado o fenômeno metamórfico. As rochas deste grupo são conhecidas por “hornfels”.

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c) metamorfismo dinâmico ou cataclástico – neste caso, o fator determinante e exclusivo é o atrito. É desenvolvido através de longas faixas e estreita adjacência de falhas, onde pressões de grande intensidade causam movimentações e rupturas na crosta.

Foram reconhecidos, porém, outros tipos de metamorfismo, que podem às vezes confundir-se com os três tipos já citados, apresentando, porém, características diferenciais que permitem distingui-los, tornando-os ocorrências à parte. Estes são: a) metamorfismo de soterramento – característica de bacias sedimentares em subsidência. Resultado de espessas camadas de rochas sedimentares e vulcânicas a grandes profundidades, podendo chegar a 300oC.

b) metamorfismo hidrotermal – resultado da infiltração de águas quentes através das fraturas e grânulos da rocha. Os minerais são cristalizados a temperaturas de 100 a 370oC

c) metamorfismo de fundo oceânico – característico dos rifts das cadeias meso-oceânicas, com a crosta recém formada e quente que interage com a água fria do mar.

d) metamorfismo de impacto – ocorre em regiões limitadas da crosta, em locais de impacto de grandes meteoritos. A energia de impacto é dissipada na forma de ondas de choque, que deslocam as rochas, formando a cratera de impacto e de calor, vaporizando o meteorito e fundindo as rochas.

Referências

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