Doenças
Hematológicas
Prof. Dr. Fábio Daumas Nunes
Patologia
Sangue
• Tecido fluido: porção celular em meio líquido (plasma)
– Porção celular: 45% do volume
– Plasma: 55% restantes
– Responde por 7% do peso corporal
• 5 litros em média
• Cada litro:
– 5x10¹² de eritrócitos
– 9x10
9de leucócitos
– 3x10¹¹ de trombócitos (plaquetas)
– Plasma
Plasma Porção celular HemáciasPatologia
Bucal
Hematopoiese
Diferenciação das células do sangue
65% 2-4% -1% 6% 24 a 32%
Patologia
Bucal
Hematopoese
• Processo de formação das células do sangue
– Origem
– Multiplicação
– Maturação
Das células precursoras na medula óssea
Locais de Hematopoiese
Feto 0 – 2 meses: saco vitelino 2 – 7 meses: fígado, baço 5 – 9 meses: medula óssea Crianças e adolescentes Medula óssea (praticamente todos os ossos)Adultos Vértebras, costelas, esterno, crânio, sacro e pelve, ossos longos
Hoffbrand, 3rd Ed.
Patologia
Neoplasias
• Leucemias -
neoplasias malignas de células hematológicas compopulação neoplásica principalmente no sangue periférico
.
• Linfomas -
neoplasias malignas de células linfóides.– S/ componente principal no sangue periférico – linfoma.
– C/ componente principal no sangue periférico – linfoma/leucemia
• Leucemia
– Agudas
– Cronicas
• Linfoma
• Alto grau de malignidade
• Grau intermediário
• Baixo grau de malignidade
Patologia
Leucemia
• Grupo de neoplasias originárias da transformação maligna
de uma das células tronco de medula óssea:
– Disseminação para a corrente sanguínea.
• Dividem-se em:
Aguda: observa-se desde o início a presença de células muito
indiferenciadas jovens (BLASTOS) no sangue circulante.
Crônica: a proliferação é muito evidente, porém no sangue e na
medula óssea são encontradas células maduras, havendo raros blastos na circulação.
Mielóide: células neoplásicas da linhagem mielóide
Linfóide (Linfocítica): células neoplásicas da linhagem linfóide
Patologia
CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE
CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE
CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/
MEGACARIOCÍTICO CFU-G/M CFU- Eo CFU- BA PRÉ-B NK/ PRÉ - T
PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO ERITRÓCITO ERITRÓCITO ERITRÓCITO CFU-MEGA CFU-MEGA CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/
MEGACARIOCÍTICO CFU-G/M CFU- Eo CFU- BA PRÉ-B NK/ PRÉ - T
PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK
Patologia
Bucal
CÉLULA MÃE PLURIPOTENTE
CÉLULA PROGENITORA MIELÓIDE
CÉLULA PROGENITORA LINFÓIDE
CFU-G MONÓCITO MONOBLASTO MIELOBLASTO LEUCÓTICO PMN CFU-M EOSINOFILOBLASTO BASOFILOBLASTO EOSINÓFILOS BASÓFILO BFU- E CFU- E ERITRÓCITO CFU-MEGA MEGACARIOBLASTO MEGACARIÓCITO ERITROCÍTICO/
MEGACARIOCÍTICO CFU-G/M CFU- Eo CFU- BA PRÉ-B NK/
PRÉ - T PLASMÓCITO LINFÓCITO LINFÓCITO T CÉLULA NK
Patologia
Bucal
Leucemia
• Etiologia:
– Agentes Químicos (Benzeno)
– Agentes Físicos (radioatividade, Raio-X) – Agentes biológicos (HTLV-1)
– Genética:
• Síndrome de Down
• Síndrome de Bloom – causada por mutação no gene
BLM(15q26.1), que codifica a proteína DNA helicase, essencial para a manutenção cromossômica.
• Síndrome de Klinefelter – XXY; extra X por não disjunção durante a meiose.
Patologia
Leucemia
Estimativas para 2010 - Inca
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 homens.
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 mulheres.
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 homens.
Estimativas para 2010 - Inca
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 mulheres.
Patologia
Leucemia
Estimativas para 2010 - Inca
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 homens.
Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100.000 mulheres.
6º
7º
Patologia
Leucemia
• Características Clínicas:
– À medida que células leucêmicas acumulam-se na
medula óssea, ocorre a parada da produção das células
normais:
•
↓ hemácias: fadiga (anemia)
•
↓ leucócitos: febre
•
↓ plaquetas: sangramento cutâneo-mucoso
– Podem infiltrar outros tecidos: fígado, baço, linfonodos,
meninges, boca.
– Constitui o câncer mais comum na infância (incidência
anual entre 3,25 e 3,86/100.000).
Patologia
Leucemia
• Características clínicas:
– Leucemia Mielóide Aguda (LMA): adultos e crianças
• M1 a M7 Æ de acordo com a morfologia e citoquímica principais.
– Leucemia Mielóide Crônica (LMC): 3
ae 4
adécadas.
• Cromossomo Filadelfia: t(9;22) Æ BCR-ABL
– Leucemia Linfóide Crônica (LLC): adultos mais velhos
• Evolução lenta e insidiosa
– Leucemia Linfóide Aguda (LLA): crianças
Patologia
Leucemia
http://www.uv.es/medicina‐oral/
Patologia
Leucemia
http://www.uv.es/medicina‐oral/
Patologia
Leucemia
http://www.uv.es/medicina‐oral/
Patologia
Leucemia
TdT
deoxynucleotidil transferase terminal
Lisozima MPO
mieloperoxidase
Patologia
Leucemia
Diagnóstico:
• As manifestações clínicas da leucemia aguda são secundárias à proliferação excessiva de células imaturas (blastos) da medula óssea. • Fadiga, palpitação e anemia Æ redução da produção dos eritrócitos
pela medula óssea.
• Infecções, que podem levar a óbito, são causadas pela redução na produção dos leucócitos normais (responsáveis pela defesa do organismo).
• Aumento do risco de sangramentos por redução da produção de plaquetas (trombocitopenia).
Patologia
Leucemia
Diagnóstico:
• Outras manifestações clínicas podem ocorrer: dor nos ossos e articulações. São causadas pela infiltração de células leucêmicas nos ossos.
• Dores de cabeça, náusea, vômitos, visão dupla e desorientação podem indicar infiltração do SNC.
• A suspeita do diagnóstico é reforçada pelo exame físico. – Palidez, febre, sudorese;
– Hepatoesplenomegalia
– Sangramentos (trombocitopenia): epistaxe, sangramentos gengivais, hemorragias conjuntivais, petéquias e equimoses
Patologia
Leucemia
http://www.uv.es/medicina‐oral/
Patologia
Leucemia
Tratamento
– Medidas de suporte: hidratação oral, transfusão de hemácias e/ou plaquetas, antibioticoterapia, isolamento ou semi-isolamento.
– Tratamento específico: visa eliminar ou controlar a proliferação das células leucêmicas:
• Quimioterapia (uni ou poli-quimioterapia); • Varia de acordo com o tipo de leucemia. • Leucemia mielóide crônica
• Tratamento alvo específico - Mesilato de Imatinib (Glivec®) inibe o cromossomo Filadélfia – t(9,22)(q34;q11)
Fusão gênica BCR-ABL
– Transplante de medula óssea.
Patologia
Leucemia
Prognóstico
– Depende:
tipo de leucemia, idade do paciente,
alterações citogenéticas presentes.
– Leucemia linfoblástica aguda (em crianças) – 80% cura após QT. Sobrevida em adultos mais baixa.
– Leucemia mielóide aguda (abaixo dos 60) – 40% em 5 anos. Acima cai para 10%.
– Leucemia mielóide crônica – 80% em 5 anos
– Leucemia linfocítica cronica – Incurável mas depende do estágio da doença. Doença limitada 10 anos, avançada 2.
Patologia
Linfoma
• Hodgkin –
comumente jovens. Aumento de LN das axilas, pescoço,virilha e torax. Perda de peso, febre, suor noturno e coceira. Presença de células de Reed-Sternberg. 1. Clássico a. Esclerose Nodular – 60 a 80% b. Celularidade mista – 15 a 30% c. Depleção de linfócitos – 1% d. Predominância de linfócitos – 6% e. Sem classificação
2. Nodular predominantemente linfocítico - 4 a 5%
9 Incidência de linfomas de Hodgkin para o Brasil em 2009 será de aproximadamente 1.600 para o sexo masculino e 1.270 para o sexo feminino.
9 Nos EUA correspondem a 40% dos linfomas.
• Não-Hodgkin –
grupo de linfomas (+ de 20 subtipos) que não sãoHodgkin.
Patologia
Doença de Hodgkin
• Doença
proliferativa maligna dos tecidos
linfóides (originada nos gânglios linfáticos)
• Pode-se distinguir a doença de Hodgkin dos
outros linfomas em parte através do exame de
amostras sob microscopia. O tecido obtido da
DH apresenta células denominadas
REED-STERNBERG (células em
olhos de coruja
),
em homenagem aos médicos que descreveram
estas alterações:
– Dorothy Reed Mendenhall (1874-1964) – Carl Sternberg (1872-1935)
Patologia
Doença de Hodgkin
• Tipo de linfoma descrito inicialmente em 1832 por Thomas Hodgkin:
–“On Some Morbid Appearances of the Absorbent Glands and Spleen“
• Clinicamente: adenomegalias (cervical muito freqüente: 47%), quadro febril crônico e emagrecimento progressivo. Envolvimento ordenado e progressivo de um grupo de linfonodos para outro:
• Raramente é extranodal (raro em boca) • Se ocorrer: pior prognóstico
• Foi o primeiro tipo de câncer curado pela radiação e a taxa de cura está em torno de 93%, o que o torna um dos tipos de câncer com maior sucesso de tratamento.
Patologia
Doença de Hodgkin
http://pathology.class.kmu.edu.tw • Células de Reed-Sternberg • 50% com EBV • CD45 - ; CD30 +; CD15 -http://pathology.class.kmu.edu.twPatologia
Bucal
Linfoma Hodgkin ‐ estadiamento
Estagio I – um grupo de linfonodos regionais ou órgão local.
Estagio II – dois ou mais grupos de linfonodos em um lado do
diafragma.
Estagio III – dois ou mais grupos de linfonodos nos dois lados do diafragma. Envolvimento do baço. Estagio IV – Envolvimento da medula óssea, fígado ou pulmão A – sem sintomas
B – Febre, perda de peso, suor noturno
E – envolvimento extra-linfático S - baço
Patologia
Doença de Hodgkin
Tratamento
– Baseado em quimioterapia e radioterapia:
• Curativa
• Paliativa
– Regimes de quimioterapia: MOPP
(1º esquema de tratamento, 1970), ABVD (americano), C-MOPPABV
(bons resultados em doença disseminada), BEACOPP
(europeu -
usado em doença agressiva).
– Transplante de medula óssea
• Para casos refratários
• Casos de DH recidivada
Conforme o estadiamento da doença
Patologia
Doença de Hodgkin
Prognóstico
Pior prognóstico quando:
• Maior quantidade de massa tumoral no estadiamento
• Idade >60 anos
• Sexo Masculino
• Tipo histológico
• Presença de anemia
• Leucocitose (>15x10
9/L)
•
↑ marcadores de tumorais
– Desidrogenase láctica – β2-microglobulinaPatologia
Bucal
Linfoma Não Hodgkin
• Neoplasias malignas originadas nos linfonodos (gânglios)
e tendem a crescer como massas sólidas (diferindo das
leucemias).
•
LNH: incluem mais de 20
tipos
diferentes.
O
número
de
casos
praticamente
duplicou
nos últimos 20 anos,
especialmente
em
pessoas acima dos 60
anos
e
com
razões
desconhecidas.
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
– Adenomegalia superficial e/ou
profunda
(gânglios mediastinais,paraórticos, abdominais)
– Hepato e esplenomegalia
– Crescimentos
tumorais
em
outros órgãos e tecidos (linfoma
extranodal):
ossos,
pele,
glândulas (incluindo salivares),
SNC, trato gastrointestinal.
Doença dos gânglios linfáticos
:
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
• Características Clínicas:
– Enfraquecimento geral
– Febre / Sudorese noturna (em graus variados)
– Emagrecimento
– Palidez
– Conforme ocorre o crescimento tumoral: compressão de
vasos e nervos
(quadro neurológico de intensidade variável – dores, perturbações sensitivas, déficit motor)– Hemorragias
(raras, mas ocorre se houver infiltração da medulaóssea pelo tumor – linfoma leucemizado)
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
• Características clínicas na boca:
– Extranodal
– Vestíbulo, gengiva, palato duro
(eritematosa) e intra-ósseo
– Mais comum em adultos
– sexo masculino mais acometido
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
• Fatores de Risco:
–Sistema imunológico comprometido: por uso de drogas
imunossupressoras, por fatores genéticos, infecção pelo HIV;
–Pacientes portadores dos vírus Epstein-Baar (EBV) e HTLV-1;
–Exposição química: pesticidas, solventes, fertilizantes,
herbicidas;
–Exposição a altas doses de radiação.
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
FOUSP
Patologia
Inicial
FOUSP
Patologia
Após 7 dias
Após 15 dias
FOUSP
Patologia
FOUSP
Patologia
LCA
CD45RO
Patologia
FOUSP Masculino 42 anos Melanoderma 1 ano evolução
Patologia
Bucal
CD20
CD45RO CD3
CD79A
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
Tratamento
– Depende do tipo, grau e estadiamento;
– Geralmente quimioterapia (mono ou poliquimioterapia);
• Tumores realmente localizados (EC I) : radioterapia nodal
• EC III e IV (disseminados) : Quimioterapia
• QT intensiva quando se quer atingir a cura e QT paliativa nos casos de doença disseminada / pacientes que não suportam protocolos agressivos
– Anticorpos monoclonais (Rituximab)
• Terapia alvo específico (anti-CD20)
– Transplante de medula (casos agressivos ou recaída) • autólogo
– Sem cirurgia
Patologia
Linfoma Não Hodgkin
Tratamento
Baixo Grau:
• Sem tratamento (incurável)
• Sobrevida: 8 a 10 anos Æ60 – 80%(dependendo do estadiamento)
Grau Intermediário:
• 30 a 50% de insucesso
Alto Grau:
• Mortalidade de 60% em 5 anos • Localizado: radioterapia
• Disseminado: quimioterapia + radioterapia
Patologia
Linfoma de Burkitt
• Linfoma não Hodgkin originado de linfócitos B com alta
proliferação;
• Descrito por Denis Burkitt (cirurgião missionário) em 1956
enquanto na África equatorial
– Descrição de crianças africanas que tinham tumoração nos ossos da face, especialmente na mandíbula.
• Três tipos:
– Endêmico, clássico ou africano – Esporádico ou não africano
– Associado com imunodeficiência
Patologia
Linfoma de Burkitt
• Aspectos clínicos:
– Geralmente acomete crianças
– Maxila mais afetada que a mandíbula • Tipo africano afeta mais os maxilares
• Tipo esporádico afeta mais a região abdominal – Tumefação facial e proptose
– Mobilidade dos dentes
– Associação com EBV
– Mau prognóstico – acometimento maior do SNC ou do mediastino
Patologia
Linfoma de Burkitt
http://www.wrongdiagnosis.com
Patologia
http://www.impact-malaria.com/Linfoma de Burkitt
Aspecto monótono de linfócitos de tamanho médio e alta atividade proliferativa/ apoptótica. Céu estrelado característico são macrófagos contento restos de células apoptóticas.
Aspecto monótono de linfócitos de tamanho médio e alta atividade proliferativa/ apoptótica. Céu estrelado característico são macrófagos contento restos de células apoptóticas.
http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Burkitt_lymphoma,_H&E.jpg
células apoptóticas.
Patologia
Linfoma de Burkitt
Tratamento
– Poliquimioterapia
– Remissão de 38% após 3 anos
– Resposta ao tratamento agressivo
– Síndrome da Lise Tumoral
– Transplante de medula (???)
– Controverso
Patologia
Doença de Hodgkin Linfoma não Hodgkin Estágio/grau Inicia localizado, regredindo lentamente de uma região nodal para outra. Estágio é importante. Usualmente é sistêmico desde o início. O grau (mais do que o estágio) influencia o prognóstico. Massa tumoral Células neoplásicas correspondem a
<1%. Maioria é de células inflamatórias. Quase toda massa tumoral é composta de células neoplásicas. Deficiência imunológica Quase sempre imunidade celular (infecções por microbactérias, fungo, virus). Usualmente humoral (infecções por bactérias)
TGI Raro Comum
Envolvimento da
medula óssea Influencia o prognóstico.
Em muitos casos não é importante.
Envolvimento
extranodal Cerca de 10% Aproximadamente 40%
Tratamento Sempre deve ser tratado. Casos localizados podem receber apenas radioterapia. Linfomas indolentes podem permanecer anos sem tratamento. Tratamento com enfoque sistêmico (QT). RT como adjuvante.
Diferenças entre a DH e o LNH
(Chiattone, in Lopes, 2006)Patologia
Mieloma Múltiplo/Plasmocitoma
• Origem: Plasmócito
• 1% das malignidades (15% mandíbula)
• Lesão osteolítica de causa desconhecida (plasmocitoma)
• Doença de homens velhos (idade média: 70 anos)
• 2x mais comum em homens e negros
• DOR nos ossos, fadiga, febre, fraturas patológicas
• Translocação do gene da cadeia pesada de Ig (14q32) e
um oncogene (ex. 11q13).
Patologia
Mieloma Múltiplo
• Lesões radiolúcidas múltiplas bem definidas:
– Crânio
• Insuficiência renal:
– Proteinúria de Bence-Jones (excesso de cadeia leve de proteínas das células tumorais) Æ exame de urina
• Depósito de amilóide:
– Língua (aumento de volume e firmeza)
• Histológico:
– Plasmócitos neoplásicos invadindo o tecido adjacente (monoclonalidade – Ig)
Diagnóstico:
• Exame radiográfico, histológico e bioquímico
• Eletroforese das proteínas do soro e da urina • Proteína M • Cadeias pesadas de Ig • IgA, G, M, D ou E • Cadeias leves • Kappa, Lambda
Patologia
Bucal
Mieloma Múltiplo
http://www.uv.es/medicina‐oral
Patologia
Mieloma Múltiplo
FOUSP
Patologia
Mieloma Múltiplo
FOUSP
Patologia
Mieloma Múltiplo
kappa +
Plasma
Patologia
cell + lambdaMieloma Múltiplo
• Amilóide
Vermelho Congo
Amilóide
Cadeia leve da imunoglobulina associada com componentes do sangue
Patologia
Mieloma Múltiplo
FOUSP
Patologia
Mieloma
Múltiplo
FOUSP
Patologia
Mieloma
Múltiplo
FOUSPPatologia
Mieloma Múltiplo
Tratamento
• Quimioterapia
– Mono ou poliquimioterapia – Melfalan e Prednisona – Talidomida (anti-angiogênico)• Transplante de Medula Óssea
– Indicação: doença avançada, resistência ao tratamento.
– Autólogo tem sido utilizado em indivíduos >60anos de idade com bons resultados
– Alogênico: única modalidade curativa para o MM, porém com alta mortalidade relacionada ao procedimento (EMBT Handbook, 2008)
– Idade <45anos: quimioterapia seguida de transplante alogênico tem sido
realizada
Patologia
Granuloma Letal Mediano
• Termo clínico que engloba um amplo espectro de doenças;
• Caracterizado por ulceração progressiva e destruição da via
aérea superior;
• Acomete o nariz, seios paranasais, cavidade bucal e tecidos
moles da face.
• Incluia as seguintes doenças:
– Linfoma de células T/NK - consenso – Granulomatose de Wegener
– Poliangeíte microscópica
Patologia
Granuloma Letal Mediano
Aspectos clínicos:
– Ampla faixa etária, predominantemente em adultos, com pico de incidência na 6a década e no sexo masculino
– Incidência maior nos asiáticos, sul-americanos e centro-americanos – Sintoma inicial: rinite ou sinusite seguidos de:
– Epistaxe
– Inchaço facial
– Envolvimento de tecidos duro e mole
– Dor e deformidade facial
– Raramente: febre, calafrios, perda de peso
– Tardiamente: caquexia, hemorragia, meningite (precedem o óbito)
Patologia
FOUSP
48 anos
4 meses evol.
Patologia
Granuloma Letal Mediano
Aspectos histopatológicos
• Linfoma
NK:
infiltrado
inflamatório
mono
e
polimorfonuclear com células malignas atípicas. Células
infiltram e destroem a parede dos vasos. EBV na quase
totalidade dos casos.
– A pesquisa do EBV é importante para o diagnóstico (Miyoshi et al, 2006)