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Anais X Seminário de Iniciação Científica Curso de Ciências Contábeis da FSG. Controladoria em Micro e Pequenas Empresas

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V.6, N.1 (2016) – ISSN 2237-8472

Controladoria em Micro e Pequenas Empresas

Ânderson Rocha Sguissardi1 Itacir Alves da Silva2

Resumo: A deficiência de aspectos contemplados pela controladoria, como planejamento, controle, gestão

financeira e informações gerenciais geralmente está por trás da falência das Micro e Pequenas Empresas. Sendo assim, esse estudo tem por objetivo analisar os aspectos que devem ser observados na controladoria com foco no processo de tomada de decisão em MPEs, bem como avaliar as vantagens e deficiências na implantação da controladoria nas MPEs. Para tanto, optou-se em realizar uma pesquisa bibliográfica. A controladoria torna-se aplicável às pequenas empresas, pois possui ferramentas de gestão que suprem as necessidades para sua continuidade e eficácia. A controladoria fornece dados importantes para fundamentar a tomada de decisão, maximizando o crescimento e desempenho da empresa.

Palavras-chave: Controladoria. Micro e Pequena Empresa. Tomada de Decisão.

1 INTRODUÇÃO

As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) são de extrema relevância para a economia de todos os países, no Brasil não poderia ser diferente, elas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e mais da metade dos empregos formais do setor privado. Segundo SEBRAE (2014), o número de mortalidade das MPEs após o segundo ano do início de suas atividades é significativo. Sendo que de cada 100 empresas que iniciam suas atividades, 27 deixam de existir no segundo ano. Isso se deve à deficiência de planejamento, controle, gestão financeira e informações gerenciais por parte de seus gestores para fundamentar a tomada de decisão.

Para Padoveze (2012), a controladoria é responsável pela implantação, desenvolvimento, aplicação e coordenação da Ciência Contábil dentro das empresas. Segundo Figueiredo e Caggiano (2008), “a missão da controladoria é zelar pela continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global”.

Tendo em vista o exposto, a presente pesquisa tem por objetivo analisar os aspectos que devem ser observados na controladoria com foco no processo de tomada de decisão em MPEs, bem como avaliar as vantagens e deficiências na implantação da controladoria nas MPEs.

1 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha.

2 Mestre em Administração. Contador. Especialista em Gestão Empresarial. Professor nos Cursos de Graduação e Pós-graduação na FSG. Endereço eletrônico: itacir.silva@fsg.br.

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Esta pesquisa apresenta uma abordagem teórica do tema escolhido, partindo de uma análise com fontes selecionadas para fundamentar cientificamente a investigação. Para melhor compreensão a mesma foi subdividida nos seguintes subcapítulos: “controladoria”, “a controladoria nas micro e pequenas empresas”, “elementos necessários para tomada de decisão”, “vantagens e deficiências na implantação da controladoria”.

Para a realização dessa pesquisa, optou-se pelo levantamento bibliográfico. A controladoria torna-se aplicável às pequenas empresas, pois possui ferramentas de gestão que suprem as necessidades para sua continuidade e eficácia. A controladoria fornece dados importantes para fundamentar a tomada de decisão, maximizando o crescimento e desempenho da empresa.

2 CONTROLADORIA EMPRESARIAL

2.1 Controladoria

A controladoria surgiu nas organizações devido ao aumento de competitividade no mundo dos negócios, fomentando uma melhor prática de controle financeiro-econômico e gerenciamento de informações, auxiliando os gestores na tomada de decisão.

Segundo Mosimann et al apud Padoveze (2012), a controladoria é basicamente composta de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica, e pode ser entendida sob dois enfoques: como órgão administrativo, com missão, funções e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema da empresa, e como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências.

A controladoria vista como órgão administrativo, tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório. Auxiliando os gestores na busca e assegurando a eficácia gerencial.

Para Catelli (2001), a controladoria,

É responsável pelo estabelecimento das bases teóricas e conceituais necessárias para a modelagem, construção e manutenção de sistemas de informações e modelo de gestão econômica, que supram adequadamente as necessidades informativas dos gestores e os induzam durante o processo de gestão, quando requerido, a tomarem decisões ótimas.

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A controladoria é considerada uma ciência evoluída da contabilidade, pois se utiliza de todos os registros contábeis para a obtenção de novas informações para o processo de tomada de decisão (PADOVEZE, 2012).

Mosimann (1993) apud Padoveze (2012) conceitua a controladoria como um conjunto de princípios, procedimentos e métodos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística e principalmente da Contabilidade, que se ocupa da gestão econômica das empresas, com o fim de orientá-las para a eficiência.

É responsabilidade da controladoria controlar, informar e influenciar para assegurar a eficácia empresarial (PADOVEZE, 2012). Para Luz (2014), a controladoria tem como missão fornecer aos gestores um sistema de informações que os auxiliem na tomada de decisão com a escolha da melhor alternativa apresentada entre todas as áreas da contabilidade.

De acordo com Catelli (2007) apud Cardozo (2013),

A controladoria tem as missões de viabilizar e otimizar a aplicação dos conceitos de gestão econômica dentro da empresa e otimizar resultados da empresa. A diferença entre o resultado que a empresa teria sem uma controladoria estruturada para atender aos preceitos da gestão econômica e o resultado que a empresa teria com uma controladoria estruturada nos moldes da gestão econômica corresponde ao valor agregado por ela e para a empresa.

Os principais objetivos da controladoria, tendo em vista a sua missão, são promover a eficácia da organização, viabilizar a gestão econômica e fazer a integração das áreas da organização (CATELLI, 2001). Atingir esses objetivos significa “a obtenção de resultados econômicos de acordo com as metas e condições estabelecidas, decorrentes de decisões tomadas sob a ótica de gestão econômica num enfoque de abordagem sistêmica” (CATELLI, 2001).

Já para Oliveira, Perez Júnior e Silva (2007), os principais objetivos da controladoria são “o estudo e a prática das funções de planejamento, controle, registro e a divulgação dos fenômenos da administração econômica e financeira das empresas em geral”.

Catelli (2001) destaca que as funções na controladoria estão ligadas a um conjunto de objetivos e quando desempenhadas viabilizam o processo de gestão. As funções são: subsidiar o processo de gestão, apoiar a avaliação de desempenho, apoiar a avaliação de resultado, gerir os sistemas de informações e atender aos gestores do mercado.

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Para Kanitz (1977) apud Oliveira, Perez Junior e Silva (2007), as funções da controladoria são: informação, motivação, coordenação, avaliação, planejamento e acompanhamento. Informação abrange os sistemas contábil-financeiro-gerenciais. A motivação diz respeito aos efeitos dos sistemas de controle sobre o comportamento. A coordenação tem por finalidade centralizar informações com vista na aceitação dos planos, o controller toma conhecimento de eventuais inconsistências dentro da empresa e assessora a direção, sugerindo soluções. Já a avaliação analisa fatos, informações e relatórios, avaliando os resultados por área de responsabilidade, processos, atividades, etc. O planejamento auxilia a direção da empresa na determinação e mensuração dos planos e objetivos. E por fim, o acompanhamento avalia e controla a evolução e o desempenho dos planos traçados a fim de corrigir falhas ou de revisar tais planos.

O gestor encarregado pelo departamento de controladoria é denominado

controller e tem como função gerir um sistema de informação eficiente e zelar pela

continuidade da empresa. Seu dever é manter o gestor responsável pela organização informado sobre a melhor decisão a ser tomada (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 2008). Os mesmos autores citados classificam o controller como o chefe da contabilidade, pois é o responsável por supervisionar e manter os arquivos financeiros formais da empresa.

Os conhecimentos que o controller deve dominar para atender ao exigente mercado de trabalho são: contabilidade e finanças, sistema de informações gerenciais, tecnologia de informação, aspectos legais de negócios e visão empresarial, métodos quantitativos e processos informatizados da produção de bens e serviços. Além disso, ele deve possuir algumas habilidades como práticas de negócios internacionais, controles orçamentários, planejamento estratégico, bem como ser aberto a relacionamentos e de fácil comunicação para vender suas ideias (OLIVEIRA; PEREZ JUNIOR; SILVA, 2007). De acordo com Souza (2009), o comando das empresas está a cargo de seus gestores, mas cabe ao controller “a responsabilidade de influenciar na tomada de decisão, objetivando atender a missão para qual ela está voltada”.

2.2 A controladoria nas Micro e Pequenas Empresas

As Micro e Pequenas Empresas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e mais da metade dos empregos formais no setor privado. Para o SEBRAE (2014), o número de mortalidade das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) após o segundo

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ano do início de suas atividades é significativo. Sendo que de cada 100 empresas que iniciam suas atividades, 27 deixam de existir no segundo ano.

Souza (2009) cita uma pesquisa realizada pelo SEBRAE de São Paulo que demonstra os principais motivos para o fechamento das pequenas empresas entres eles estão: o comportamento do empreendedor pouco desenvolvido; falta de conhecimento; pouca habilidade para a condução dos negócios; falta de planejamento antes da abertura da organização; problemas de gestão após o início de suas atividades; falta de melhor política governamental, burocracia e tributação elevadas; baixo crescimento da economia e relacionamentos entre sócios; saúde física e sucessão empresarial (SOUZA, 2009).

Monteiro e Barbosa (2011) verificaram em sua pesquisa que metade das empresas analisadas tem suporte da contabilidade apenas na geração de guias e nas obrigações tributárias. E apenas 17,5% das empresas recebem informações gerenciais que as auxiliam na tomada de decisão.

As MPEs necessitam de um suporte especial por parte de seus contadores, pois encontram muitas dificuldades no dia a dia, as quais acabam interferindo no seu crescimento e por vezes na sua continuidade no mercado. A controladoria é uma importante ferramenta para as MPEs, pois atua como um órgão de gestão fornecendo aos gestores informações essenciais para a tomada de decisão. Para que as MPEs consigam gerir de forma adequada seus recursos limitados, é necessário que tenham uma administração eficiente e eficaz, com o objetivo de obter o melhor retorno possível e possam se manter no mercado.

No estudo de Fernandez (2009) nota-se que a controladoria pode ser aplicada e implementada em empresas de pequeno porte, porém deve-se adequar às particularidades e aos processos de funcionamento, com o objetivo de tornar mais fácil a identificação dos princípios e ferramentas aplicáveis nas MPEs.

A controladoria através de seus métodos consegue implantar um sistema de gestão adequado para que essas empresas possam buscar a eficácia gerencial. Para Souza (2009):

a controladoria como uma função de staff, além das grandes corporações, poderá ser utilizada junto as micro, pequenas e médias empresas em forma de controladoria terceirizada, contratada com períodos determinados, com horas contratadas, podendo ser por semanas, meses, trimestres, entre outras.

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Para Souza (2009), o profissional responsável pela controladoria nas MPEs é denominado personal controller e

[...] será o elemento que irá propor aos dirigentes empresariais o planejamento da organização, respeitará a subordinação junto ao principal empreendedor, auxiliará na implementação de um sistema de informações, acompanhando as variações ocorridas na gestão econômica, entre outras atividades, não sendo responsável por setores ou áreas, mas influenciando na tomada de decisão sobre os mesmos.

A controladoria utilizada no processo de gestão nas MPEs poderá desenvolver um planejamento estratégico, organizar e controlar suas atividades e desenvolver um sistema que leve as empresas a alcançar seus objetivos.

2.2 Elementos necessários para a tomada de decisão

A tomada de decisão consiste na escolha de uma ou mais opções entre diversas alternativas existentes. Essas alternativas precisam ser bem avaliadas, pois as opções implicam em restrições, incertezas e consequências. Os gestores devem estar cientes de que todas as decisões que são tomadas influenciam no futuro da empresa (CARMO, 2014). Por falta de preparo dos gestores responsáveis pelas MPEs, as tomadas de decisões são baseadas em preocupações de curto prazo, comprometendo assim o futuro da empresa.

De acordo com Braz (2011), “através da controladoria no processo de gestão a empresa de pequeno porte poderá desenvolver um planejamento estratégico, controlar suas atividades e obter eficácia nas atividades que são desenvolvidas na organização, além de eficácia gerencial”.

Para Figueiredo e Caggiano (2008), entre as funções gerenciais, a mais básica é o planejamento, sendo que ele deve ser realizado antes mesmo da abertura da empresa, facilitando a tomada de decisão.

Segundo Braz (2011), o planejamento estratégico é de extrema importância para as empresas de pequeno porte, pois possibilita criar cenários e simular situações futuras, além de permitir que os gestores possam planejar a continuidade da empresa no longo prazo.

Um Sistema de Informação Gerencial (SIG) visa à obtenção de informações para auxiliar na tomada de decisão. Souza (2009) relata que o SIG “deve primar por um

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conjunto lógico de atos e fatos, que atendam a uma finalidade maior, o produto e a disponibilização da informação para seus usuários, gestores, proprietários”.

Para Padoveze (2012), um sistema de informação deve ser classificado para fornecer informações de apoio operacional e informações de apoio à gestão. Nas MPEs as informações de apoio às operações estão relacionadas às atividades operacionais da empresa, tais como: área de compras, vendas, estoque, custos, despesas etc.. Já as informações de apoio à gestão são utilizadas pelos sócios, gestores e empreendedores, visando a análise e tomada de decisão sobre as atividades operacionais que estão diretamente relacionadas com a estratégia organizacional. O SIG utilizado como ferramenta de gestão preocupa-se com os aspectos econômico-financeiros da pequena organização (SOUZA, 2009).

Segundo Souza (2009), para que o SIG auxilie na tomada de decisão das pequenas empresas, deverá ser elaborado de forma simplificada. No SIG as informações necessárias são referentes ao planejamento de compras, planos de marketing, controle de caixa, controle de banco conta movimento, controle de aplicação financeira, controle de contas a receber, controle de estoques, controle de imobilizado, controle de fornecedores, controle de contas a pagar, controle de gastos provisionados, controle de receitas e controle de despesas avaliação de resultado (SOUZA, 2009).

Peleias (1999) apud Padoveze (2012) define controle interno como:

um conjunto de normas, procedimentos, instrumentos e ações adotados de forma sistemática pelas empresas, que devem estar em constante evolução, assegurando o atingimento dos resultados conforme objetivos preestabelecidos, protegendo o patrimônio e garantindo transparência às operações. Esse conjunto deve garantir a eficiência operacional e permitir a melhoria dos processos empresariais e seus resultados.

O controle interno visa encontrar e prevenir desvios, erros e irregularidades que possam afetar negativamente o desempenho da entidade, ocasionar impactos em sua lucratividade ou estrutura financeira e resultar em reflexos significativos em suas demonstrações contábeis para o usuário interno ou externo, relatórios gerenciais e demais análises e demonstrativos operacionais e financeiros (OLIVEIRA; PEREZ JUNIOR; SILVA, 2007).

O controle pode ser utilizado em inúmeras situações. O controle “é exercido sobre uma determinada área, atividade, podendo trazer resultados satisfatórios para quem

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exerce, mas pode não ser bem aceito por quem está sendo controlado” (SOUZA, 2009). O mesmo autor citado relata que o controle deve ser visto como uma ferramenta que auxilia a gestão empresarial e não como um elemento fiscalizador.

Braz (2011) conclui que o controle interno é muito importante para as pequenas organizações, pois pode identificar os erros que estão ocorrendo na empresa e desta forma corrigi-los com intuito de melhorar seus processos organizacionais. Através dessa ferramenta, os gestores das empresas conseguem visualizar se os resultados obtidos estão de acordo com o que foi planejado, os auxiliando na tomada de decisão.

2.3 Vantagens e deficiências na implantação da controladoria

A controladoria oferece vantagens e desvantagens para MPEs. Com a utilização da controladoria como uma ferramenta de gestão, as MPEs obterão vantagens entre as suas concorrentes, pois os gestores terão maiores informações para controlar o desempenho e até a ampliação da organização. Por outro lado, a maioria das MPEs não possuem condições financeiras para contratar os serviços da controladoria (COSTA, 2013).

Costa (2013), conclui que a controladoria nas MPEs produz mudanças nos ambientes da empresa, facilita a identificação dos elementos patrimoniais para o desempenho empresarial e motiva o cumprimento de sua missão. Para Fernandes (2009), a controladoria assessora os gestores com informações pertinentes à tomada de decisão e acompanhamento da situação real da empresa visando à eficácia empresarial.

Por mais que o SIG forneça dados reais para a tomada de decisão, sua implantação nas MPEs requer investimentos em computadores de qualidade para coletar e armazenar dados, sistema adequado para análise dos dados e uma rede de internet com velocidade rápida. Com isso, inviabilizando sua implantação na maioria das pequenas empresas por falta de recursos financeiros.

Segundo Monteiro e Barbosa (2011), a controladoria empresarial auxilia as MPEs na busca de obtenção de melhores resultados nos negócios. Fernandes (2009) conclui que a controladoria no apoio à avaliação de resultados fornece à alta administração e aos gestores: a elaboração dos relatórios de análise do resultado econômico do mix de produtos da empresa; a elaboração e apresentação da margem de contribuição gerada pelos produtos e avaliação do resultado por unidade de vendas e por profissional de

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vendas; avaliação contínua dos resultados da empresa e redução das perdas e dos desperdícios da fábrica.

3 METODOLOGIA

A pesquisa foi elaborada na modalidade exploratória. De acordo com Gil (2008), a pesquisa de caráter exploratório tem como principal meta o aprimoramento das ideias e o desenvolvimento da intuição, expandindo assim o conhecimento sobre o problema.

O procedimento adotado foi o bibliográfico, cuja finalidade é reforçar a análise da pesquisa ou das informações adquiridas pelo pesquisador, possibilitando assim novas conclusões (GIL, 2004).

Quanto à abordagem, o estudo foi qualitativo. Conforme Creswell (2007), a técnica de pesquisa qualitativa é aquela em que o pesquisador coleta dados emergentes abertos tendo como objetivo principal ampliar os temas a partir dos dados.

A pesquisa teve como objeto de estudo artigos científicos e livros que abordam o tema controladoria retirados do Google Acadêmico e Biblioteca da Faculdade da Serra Gaúcha e da Universidade de Caxias do Sul.

A coleta de dados se deu através de pesquisa bibliográfica. Segundo Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica consiste no levantamento de toda a bibliografia já publicada sobre o assunto que está sendo pesquisado. A sua finalidade é fazer com que o pesquisador tenha contato direto com todo o material escrito sobre o assunto, auxiliando-o na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como observou-se as MPEs são a maioria das empresas no Brasil e, consequentemente, representam o maior número de empregos efetivos. Porém grande parte dessas empresas não permanece no mercado principalmente pela falta de planejamento por parte dos gestores.

Tendo em vista a literatura pesquisada, conclui-se que os principais aspectos a serem observados para tomada de decisão em MPEs são: planejamento, SIG e controle interno. Quanto às vantagens proporcionadas pela controladoria nas MPEs, pode-se citar o suporte aos gestores através de informações pertinentes que norteiam a tomada de

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decisão, bem como o acompanhamento da situação real da empresa visando à eficácia empresarial. Todavia grande parte das MPEs não possuem condições financeiras para contratar os serviços da controladoria, uma vez que sua implantação demanda investimento elevado.

Apesar do exposto, a controladoria se torna viável em uma pequena empresa, desde que seus princípios sejam empregados a partir do planejamento para abertura da empresa. A aplicação da controladoria oferece benefícios no presente e no futuro das MPEs, permitindo que as pequenas empresas se tornem grandes organizações. Além disso, aconselha-se que a controladoria nessas empresas seja implantada preferencialmente através da contratação de um serviço de consultoria. Salienta-se que essa contratação pode ser realizada de maneira periódica por alguns meses, semestre, etc.

O ideal seria que além do levantamento teórico a presente pesquisa também houvesse contemplado na prática em uma pequena empresa, porém não houve aceitação de nenhuma empresa para análise da controladoria. São escassas as pesquisas que analisaram empresas que implantaram a controladoria. Sugere-se que o tema seja aprofundado através de pesquisas que contemplem uma análise prática de implantação da controladoria em pequenas empresas.

6 REFERÊNCIAS

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