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Aula 00 Lei nº 7.998, de Legislação Específica Prof. Jessica Campos. 1 de 94 Prof. Jessica Campos Aula 00

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(1)

Aula 00 – Lei nº 7.998, de 1990

Legislação Específica

(2)

Sumário

LEI Nº 7.998, DE 1990 ... 4

LEGISLAÇÃO ... 29

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ... 39

LISTA DE QUESTÕES ... 80

GABARITO ... 92

(3)

Esta aula tem o objetivo de apresentar o seguinte tópico:

Lei nº 7.998, de 1990 (Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências).

(4)

Lei nº 7.998, de 1990

A Lei nº 7.998/90 regula o seguro-desemprego e o abono salarial. Ademais, também é responsável por instituir o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Nesse contexto, observe o que dispõe o art. 1º da lei em estudo:

Art. 1º Esta Lei regula o Programa do Seguro-Desemprego e o abono de que tratam o inciso II do art. 7º, o inciso IV do art. 201 e o art. 239, da Constituição Federal, bem como institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

COMPLEMENTANDO:

Veja os dispositivos constitucionais relacionados ao tema:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:

[...]

II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;

Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

[...]

III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego, outras ações da previdência social e o abono de que trata o § 3º deste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 1º Dos recursos mencionados no caput, no mínimo 28% (vinte e oito por cento) serão destinados para o financiamento de programas de desenvolvimento econômico, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que preservem o seu valor. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

§ 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados, mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando vedada a distribuição da arrecadação de que trata o "caput" deste artigo, para depósito nas contas individuais dos participantes.

(5)

§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta Constituição.

§ 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por lei.

§ 5º Os programas de desenvolvimento econômico financiados na forma do § 1º e seus resultados serão anualmente avaliados e divulgados em meio de comunicação social eletrônico e apresentados em reunião da comissão mista permanente de que trata o § 1º do art. 166. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

O art. 2º define as finalidades do seguro-desemprego, sendo elas:

▪ Prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa SEM JUSTA CAUSA, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; (art. 2º, inciso I, da Lei nº 7.998/90)

▪ Auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. (art. 2º, inciso II, da Lei nº 7.998/90)

Note que a primeira finalidade inclui a assistência financeira ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

Nesse contexto, o art. 2º-C dispõe que o trabalhador nessa condição, assim identificado mediante ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será resgatado e terá direito a TRÊS parcelas de seguro-desemprego correspondentes a um salário-mínimo cada.

Ademais, os procedimentos para o recebimento do benefício em questão serão definidos pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT), por meio de proposta do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego.

Porém, não será permitido que o mesmo trabalhador receba o benefício, em condições semelhantes, nos DOZE meses seguintes ao recebimento da última parcela.

Vale mencionar ainda que o trabalhador que tenha sido encontrado nessa condição, além do recebimento do seguro-desemprego, será encaminhado para qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho por meio do Sistema Nacional de Emprego (SINE).

(6)

No que tange à segunda finalidade apresentada pelo artigo 2º, o art. 2º-A instituiu a bolsa de qualificação profissional, a qual será custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). De maneira que será concedida ao trabalhador que estiver com o contrato de trabalho SUSPENSO em razão da participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, de acordo com convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim.

Para tanto, o art. 3º-A dispõe que os pré-requisitos para a habilitação, a periodicidade, os valores, o cálculo do número de parcelas e os demais procedimentos operacionais de pagamento serão os mesmos adotados em relação ao seguro-desemprego, salvo quanto à dispensa sem justa causa.

Em caso de rescisão do contrato de trabalho, o pagamento da bolsa de qualificação profissional será SUSPENSO.

Além disso, o benefício estará sujeito ao CANCELAMENTO nas seguintes situações:

▪ Fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho; (art. 8º-A, inciso I, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (art. 8º-A, inciso II, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional; (art. 8º-A, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por morte do beneficiário. (art. 8º-A, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

Não confunda!!

Hipótese de suspensão da bolsa de qualificação profissional (art. 7º-A, da Lei nº 7.998/90)

Hipóteses de cancelamento da bolsa de qualificação profissional (art. 8º-A, da Lei nº 7.998/90) Rescisão do contrato de trabalho Fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho

Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação

Por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional

Por morte do beneficiário

Para complementar, observe o que dispõe o art. 8º-B, da Lei nº 7.998/90:

Art. 8º-B. Na hipótese prevista no § 5º do art. 476-A da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, as parcelas da bolsa de qualificação profissional que o empregado tiver recebido serão descontadas das parcelas do benefício do Seguro-Desemprego a que fizer jus, sendo-lhe garantido, no mínimo, o recebimento de uma parcela do Seguro-Desemprego. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

(7)

COMPLEMENTANDO:

Veja o art. 476-A, parágrafo 5º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): Art. 476-A [...]

§ 5º Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos três meses subseqüentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mínimo, cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Resolva as questões:

O programa do seguro-desemprego tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa com justa causa.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Questão incorreta.

O programa do seguro-desemprego tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa SEM justa causa, inclusive a indireta.

Vale ressaltar que referido programa também tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; bem como auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.

Veja o art. 2º, inciso I, da Lei nº 7.998/90:

Art. 2º O programa do seguro-desemprego tem por finalidade: (Redação dada pela Lei nº 8.900, de 30.06.94)

I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; (Redação dada pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

(8)

O programa do seguro-desemprego tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Isso mesmo!

Além de prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em razão de dispensa sem justa causa, o programa do seguro-desemprego também tem por finalidade prover assistência financeira temporária ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo.

Para complementar, leia o art. 2º, da Lei nº 7.998/90:

Art. 2º O programa do seguro-desemprego tem por finalidade: (Redação dada pela Lei nº 8.900, de 30.06.94)

I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; (Redação dada pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Resposta: CERTO

O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de duas parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Incorreto!

O trabalhador que for encontrado na situação descrita pelo item terá direito à percepção de TRÊS parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário-mínimo cada.

(9)

Art. 2º-C O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada, conforme o disposto no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

Resposta: ERRADO

O pagamento da bolsa de qualificação profissional será suspenso se ocorrer a morte do beneficiário. ( ) CERTO

( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item está incorreto.

A rescisão do contrato de trabalho é a hipótese que provoca a SUSPENSÃO do pagamento da bolsa de qualificação profissional.

A morte do beneficiário, por outro lado, acarreta o CANCELAMENTO do benefício em questão. Observe o que dispõe o art. 7º-A, da Lei nº 7.998/90:

Art. 7º-A. O pagamento da bolsa de qualificação profissional será suspenso se ocorrer a rescisão do contrato de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Resposta: ERRADO

O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: I - Fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho.

II - Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação.

III - Por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional. IV - Pela rescisão do contrato de trabalho.

V - Por morte do beneficiário. Estão corretas:

A) Apenas I e III. B) I, II, III e V. C) Apenas IV. D) Apenas I, II e III.

(10)

RESOLUÇÃO:

Enunciado: O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: I - Fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho. CORRETO

Conforme o art. 8º-A, inciso I, da Lei nº 7.998/90, o fim da suspensão contratual e o retorno ao trabalho acarretam o cancelamento da bolsa de qualificação profissional. Observe:

Art. 8º-A. O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

I - fim da suspensão contratual e retorno ao trabalho; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

II - Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação. CORRETO

Trata-se de hipótese que provoca o cancelamento do benefício da bolsa de qualificação profissional, prevista no art. 8º-A, inciso II, da Lei nº 7.998/90. Observe:

Art. 8º-A. O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

[...]

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

III - Por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional. CORRETO O item III também está correto, de acordo com o art. 8º-A, inciso III, da Lei nº 7.998/90. Veja:

Art. 8º-A. O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

[...]

III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida da bolsa de qualificação profissional; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

IV - Pela rescisão do contrato de trabalho. ERRADO

O item IV está incorreto, porque apresenta uma hipótese que provoca a SUSPENSÃO do benefício. Veja o art. 7º-A, da Lei nº 7.998/90:

Art. 7º-A. O pagamento da bolsa de qualificação profissional será suspenso se ocorrer a rescisão do contrato de trabalho. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

V - Por morte do beneficiário. CORRETO

Segundo o disposto no art. 8º-A, inciso IV, da Lei nº 7.998/90, o item V está correto. Veja:

Art. 8º-A. O benefício da bolsa de qualificação profissional será cancelado nas seguintes situações: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

(11)

IV - por morte do beneficiário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001) Resposta: B) I, II, III e V.

No caso do trabalhador dispensado SEM JUSTA CAUSA, o seguro-desemprego será concedido, desde que comprove:

▪ Ter recebido salários de PESSOA JURÍDICA ou de PESSOA FÍSICA A ELA EQUIPARADA, relativos a: - Pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação; (art. 3º, inciso I, alínea a, da Lei nº 7.998/90)

- Pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e (art. 3º, inciso I, alínea b, da Lei nº 7.998/90)

- cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações; (art. 3º, inciso I, alínea c, da Lei nº 7.998/90)

Observação: No cálculo dos períodos mencionados acima, será desconsiderado o período de suspensão

contratual previsto no art. 476-A, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (art. 8º-C, da Lei nº 7.998/90).

COMPLEMENTANDO:

Veja o que dispõe o art. 476-A, caput, da CLT:

Art. 476-A. O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, com duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

NÃO estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, EXCETUADO o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973; (art. 3º, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

NÃO estar em gozo do auxílio-desemprego; (art. 3º, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

NÃO possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família; (art. 3º, inciso V, da Lei nº 7.998/90)

Observação: De acordo com o art. 3º, parágrafo 4º, da Lei nº 7.998/90, o registro como

Microempreendedor Individual - MEI não comprovará renda própria suficiente à manutenção da família, exceto se demonstrado na declaração anual simplificada da microempresa individual.

(12)

▪ Matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica. (art. 3º, inciso VI, da Lei nº 7.998/90)

Pois bem.

Nos termos do art. 4º, o “benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat)”.

De maneira que o período máximo será definido em razão da relação entre o número de parcelas mensais do benefício em estudo e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (TRINTA E SEIS) meses que antecederam a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, NÃO sendo permitido o cômputo de vínculos empregatícios já utilizados em períodos aquisitivos anteriores.

Observe a relação definida pelo art. 4º, parágrafo 2º, da Lei nº 7.998/90: ▪ Para a primeira solicitação:

a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência;

▪ Para a segunda solicitação:

a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 9 (nove) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período de referência;

b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência;

▪ A partir da terceira solicitação:

a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 6 (seis) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período de referência;

(13)

b) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou

c) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência.

Observação1: período igual ou superior a 15 (QUINZE) dias de trabalho são considerados como mês

integral.

Observação2: Se o cálculo da parcela resultar em valor decimal, o valor será arredondado para a unidade

inteira imediatamente superior.

Atenção!! O art. 4º, parágrafo 5º, permite que o período máximo seja prolongado, de forma excepcional,

por até 02 (DOIS) meses, para grupos específicos de segurados, a critério do CODEFAT, contanto que o gasto adicional representado por esse prolongamento não ultrapasse, em cada semestre, 10% (DEZ POR CENTO) do montante da reserva mínima de liquidez de que trata o parágrafo 2º do art. 9º da Lei nº 8.019, de 1990.

COMPLEMENTANDO:

Veja o dispositivo mencionado: Art. 9º [...]

§ 2º A reserva estabelecida no § 1º deste artigo não poderá ser inferior ao montante equivalente a 3 (três) meses de pagamentos do benefício do seguro-desemprego e do abono salarial de que trata o art. 9º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, computados por meio da média móvel dos desembolsos efetuados nos 12 (doze) meses anteriores, atualizados mensalmente pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por outro índice que vier a substituí-lo. (Redação dada pela Lei nº 13.932, de 2019)

O seguro-desemprego é

DIREITO PESSOAL E

INTRANSFERÍVEL

do trabalhador, podendo ser

requerido a partir do

SÉTIMO

dia subsequente à

rescisão do contrato de trabalho (art. 6º, da Lei nº

7.998/90).

(14)

No entanto, o benefício poderá ser suspenso ou cancelado a depender da situação. Observe:

1. Situações que provocam a SUSPENSÃO do benefício:

▪ Admissão do trabalhador em novo emprego (art. 7º, inciso I, da Lei nº 7.998/90);

▪ Início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente, o auxílio suplementar e o abono de permanência em serviço (art. 7º, inciso II, da Lei nº 7.998/90);

▪ Início de percepção de auxílio-desemprego; (art. 7º, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

▪ Recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar de ações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat. (art. 7º, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

2. Situações que provocam o CANCELAMENTO do benefício:

▪ Pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; (art. 8º, inciso I, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (art. 8º, inciso II, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou (art. 8º, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

▪ Por morte do segurado. (art. 8º, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

Atenção!!! Nas três primeiras hipóteses de cancelamento, o direito do trabalhador ao seguro-desemprego

será SUSPENSO por 02 (DOIS) anos. De modo que o período será DOBRADO em caso de REINCIDÊNCIA. Veja o art. 8º, parágrafo 1º, da Lei nº 7.998/90:

Art. 8º [...]

§ 1º Nos casos previstos nos incisos I a III deste artigo, será suspenso por um período de 2 (dois) anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

(15)

Não Confunda!!

Hipóteses de suspensão (art. 7º, da Lei nº 7.998/90) Hipóteses de cancelamento (art. 8º, da Lei nº 7.998/90)

Admissão do trabalhador em novo emprego Pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior

Início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente, o auxílio suplementar e o abono de permanência em serviço

Por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação

Início de percepção de auxílio-desemprego Por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego

Recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar de ações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat

Por morte do segurado

Antes de prosseguir, resolva as questões:

Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação. ( ) CERTO

( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item está incorreto.

No caso da primeira solicitação, é necessário que o trabalhador tenha recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa.

Veja o art. 3º, inciso I, da Lei nº 7.998/90:

Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

(16)

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a: (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

Resposta: ERRADO

O fato de o trabalhador possuir renda própria suficiente à sua manutenção e de sua família não interfere no recebimento do seguro-desemprego.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Nada disso!

Para fazer jus ao recebimento do seguro-desemprego, o trabalhador deve comprovar que NÃO possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.

A regra encontra previsão no art. 3º, inciso V, da Lei nº 7.998/90. Observe:

Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

[...]

V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. Resposta: ERRADO

Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, inclusive o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973.

( ) CERTO ( ) ERRADO

(17)

RESOLUÇÃO:

O item está incorreto.

Cuidado!! O correto seria: Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa

causa que comprove não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, EXCETUADO o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973.

Observe o art. 3º, inciso III, da Lei nº 7.998/90:

Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

[...]

III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;

Resposta: ERRADO

Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove não estar em gozo do auxílio-desemprego.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A afirmação está correta.

De acordo com o art. 3º, inciso IV, da Lei nº 7.998/90, o item está correto. Veja:

Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

[...]

IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e Resposta: CERTO

(18)

O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 4 (quatro) a 6 (seis) meses, apenas de forma contínua, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). ( ) CERTO ( ) ERRADO RESOLUÇÃO: Questão incorreta. Veja bem.

O correto seria: O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 4 (quatro) a 6 (seis) 03 (TRÊS) a 05 (CINCO) meses, apenas de forma contínua OU ALTERNADA, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

Observe o art. 4º, caput, da Lei nº 7.998/90:

Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015) Resposta: ERRADO

O seguro-desemprego é direito pessoal e transferível do trabalhador, podendo ser requerido a partir do primeiro dia subsequente à rescisão do contrato de trabalho.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item possui dois erros.

Primeiro: o seguro-desemprego é um direito INTRANSFERÍVEL.

Segundo: pode ser requerido a partir do SÉTIMO dia subsequente à rescisão do contrato de trabalho. Observe o art. 6º, da Lei nº 7.998/90:

Art. 6º O seguro-desemprego é direito pessoal e intransferível do trabalhador, podendo ser requerido a partir do sétimo dia subseqüente à rescisão do contrato de trabalho.

(19)

O pagamento do benefício do seguro-desemprego será suspenso nas seguintes situações: admissão do trabalhador em novo emprego; início de percepção de auxílio-desemprego; por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Questão incorreta.

O pagamento do benefício do seguro-desemprego será suspenso nas seguintes situações: • admissão do trabalhador em novo emprego; ✔

• início de percepção de auxílio-desemprego; ✔

• por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego.

A comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego acarreta o CANCELAMENTO do benefício.

Para complementar, leia o art. 7º, da Lei nº 7.998/90, que apresenta as hipóteses de suspensão do benefício: Art. 7º O pagamento do benefício do seguro-desemprego será suspenso nas seguintes situações: I - admissão do trabalhador em novo emprego;

II - início de percepção de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto o auxílio-acidente, o auxílio suplementar e o abono de permanência em serviço;

III - início de percepção de auxílio-desemprego.

IV - recusa injustificada por parte do trabalhador desempregado em participar de ações de recolocação de emprego, conforme regulamentação do Codefat. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

Resposta: ERRADO

O benefício do seguro-desemprego será cancelado: pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou por morte do segurado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

(20)

O item expõe as situações que ensejam o cancelamento do benefício do seguro-desemprego. Observe o art. 8º, da Lei nº 7.998/90:

Art. 8º O benefício do seguro-desemprego será cancelado: (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) I - pela recusa por parte do trabalhador desempregado de outro emprego condizente com sua qualificação registrada ou declarada e com sua remuneração anterior; (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

III - por comprovação de fraude visando à percepção indevida do benefício do seguro-desemprego; ou (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

IV - por morte do segurado. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) Resposta: CERTO

No caso do benefício do seguro-desemprego cancelado em razão de comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação, será suspenso por um período de 4 (quatro) anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item está incorreto.

Na verdade, caso o benefício do seguro-desemprego seja cancelado em decorrência de comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação, será suspenso por um período de 02 (DOIS) anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência.

O item encontra fundamento no art. 8º, caput, inciso II, combinado com o parágrafo 1º, da Lei nº 7.998/90: Art. 8º O benefício do seguro-desemprego será cancelado: (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011) [...]

II - por comprovação de falsidade na prestação das informações necessárias à habilitação; (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

§ 1º Nos casos previstos nos incisos I a III deste artigo, será suspenso por um período de 2 (dois) anos, ressalvado o prazo de carência, o direito do trabalhador à percepção do seguro-desemprego, dobrando-se este período em caso de reincidência. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

(21)

O abono salarial anual, por sua vez, é devido ao empregado que: tenha recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), até 02 (DOIS) salários-mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base; esteja cadastrado há pelo menos 05 (CINCO) anos no Fundo de Participação PIS-PASEP ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

Referido abono corresponderá ao valor máximo de 01 (um) salário-mínimo. De modo que, conforme o art. 9º, parágrafo 2º, da Lei nº 7.998/90, será calculado na proporção de 1/12 (um doze avos) do valor do salário-mínimo vigente na data do respectivo pagamento, multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano correspondente.

Para tanto, a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será computada como mês integral. O Banco do Brasil S.A. e a Caixa Econômica Federal serão responsáveis pelo pagamento do abono. Sendo o primeiro encarregado do pagamento aos servidores e empregados dos contribuintes mencionados no art. 14, do Decreto-Lei nº 2.052/1983, e o segundo, aos empregados dos contribuintes mencionados no art. 15 do mesmo Decreto-Lei.

Ademais, o abono será pago mediante: depósito em nome do trabalhador; saque em espécie; ou folha de salários.

COMPLEMENTANDO:

Observe os artigos 14 e 15, do Decreto-Lei nº 2.052, de 1983: Art 14 - São participantes contribuintes do PASEP:

I - a União, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e Municípios;

II - as autarquias em geral, inclusive quaisquer entidades criadas por lei federal com atribuições de fiscalização do exercício de profissões liberais;

III - as empresas públicas e suas subsidiárias;

IV - as sociedades de economia mista e suas subsidiárias;

V - as fundações instituídas, mantidas ou supervisionadas pelo Poder Público;

Art 15 - São participantes contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de direito privado, bem como as que lhes são equiparadas pela legislação do imposto sobre a renda e as definidas como empregadoras pela legislação trabalhista, inclusive entidades de fins não lucrativos e condomínios em edificações, não compreendidas em quaisquer dos itens do art. 14 anterior.

(22)

Resolva as questões abaixo:

É assegurado o recebimento de abono salarial anual aos empregados que: tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base; estejam cadastrados há pelo menos 3 (três) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item está incorreto.

É assegurado o recebimento de abono salarial anual aos empregados que:

• tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base; ✔

• estejam cadastrados há pelo menos 3 (três) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

O empregado deve estar cadastrado há pelo menos 05 (CINCO) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

Veja o art. 9º, da Lei nº 7.998/90:

Art. 9º É assegurado o recebimento de abono salarial anual, no valor máximo de 1 (um) salário-mínimo vigente na data do respectivo pagamento, aos empregados que: (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

I - tenham percebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), até 2 (dois) salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado e que tenham exercido atividade remunerada pelo menos durante 30 (trinta) dias no ano-base;

II - estejam cadastrados há pelo menos 5 (cinco) anos no Fundo de Participação PIS-Pasep ou no Cadastro Nacional do Trabalhador.

(23)

O abono será pago pelo Banco do Brasil S.A. e pela Caixa Econômica Federal mediante: depósito em nome do trabalhador; saque em espécie; ou folha de salários.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

É exatamente o que dispõe o art. 9º-A, da Lei nº 7.998/90. Observe:

Art. 9º-A. O abono será pago pelo Banco do Brasil S.A. e pela Caixa Econômica Federal mediante: (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

I - depósito em nome do trabalhador; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) II - saque em espécie; ou (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

III - folha de salários. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) Resposta: CERTO

A Lei nº 7.998/90 também é responsável pela instituição do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o qual constitui um fundo contábil, de natureza financeira, para o custeio do seguro-desemprego, do abono salarial, bem como do financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico.

Veja o art. 10 da lei em estudo:

Art. 10. É instituído o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

Parágrafo único. O FAT é um fundo contábil, de natureza financeira, subordinando-se, no que couber, à legislação vigente.

O FAT é composto pelos seguintes recursos:

▪ O produto da arrecadação das contribuições devidas ao PIS e ao Pasep; (art. 11, inciso I, da Lei nº 7.998/90)

▪ O produto dos encargos devidos pelos contribuintes, em decorrência da inobservância de suas obrigações; (art. 11, inciso II, da Lei nº 7.998/90)

▪ A correção monetária e os juros devidos pelo agente aplicador dos recursos do fundo, bem como pelos agentes pagadores, incidentes sobre o saldo dos repasses recebidos; (art. 11, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

(24)

▪ O produto da arrecadação da contribuição adicional pelo índice de rotatividade, de que trata o § 4º do art. 239 da Constituição Federal. (art. 11, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

▪ Outros recursos que lhe sejam destinados. (art. 11, inciso V, da Lei nº 7.998/90)

Atenção!! O art. 22 da lei em estudo estabelece que os recursos do FAT integrarão o orçamento da

seguridade social na forma da legislação pertinente.

Para gerir o FAT, a Lei nº 7.998/90 instituiu o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT).

Referido conselho é composto por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e dos órgãos e entidades governamentais.

Além de gerir o FAT, o CODEFAT deve deliberar sobre os seguintes temas:

▪ Aprovar e acompanhar a execução do Plano de Trabalho Anual do Programa do Seguro-Desemprego e do abono salarial e os respectivos orçamentos; (art. 19, inciso II, da Lei nº 7.998/90)

▪ Deliberar sobre a prestação de conta e os relatórios de execução orçamentária e financeira do FAT; (art. 19, inciso III, da Lei nº 7.998/90)

▪ Elaborar a proposta orçamentária do FAT, bem como suas alterações; (art. 19, inciso IV, da Lei nº 7.998/90)

▪ Propor o aperfeiçoamento da legislação relativa ao seguro-desemprego e ao abono salarial e regulamentar os dispositivos desta Lei no âmbito de sua competência; (art. 19, inciso V, da Lei nº 7.998/90)

▪ Decidir sobre sua própria organização, elaborando seu regimento interno; (art. 19, inciso VI, da Lei nº 7.998/90)

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fundo contábil, de natureza financeira destinado ao custeio Programa de seguro-desemprego Abono salarial Programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico

(25)

▪ Analisar relatórios do agente aplicador quanto à forma, prazo e natureza dos investimentos realizados; (art. 19, inciso VII, da Lei nº 7.998/90)

▪ Fiscalizar a administração do fundo, podendo solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e quaisquer outros atos; (art. 19, inciso VIII, da Lei nº 7.998/90)

▪ Definir indexadores sucedâneos no caso de extinção ou alteração daqueles referidos nesta Lei; (art. 19, inciso IX, da Lei nº 7.998/90)

▪ Baixar instruções necessárias à devolução de parcelas do benefício do seguro-desemprego, indevidamente recebidas; (art. 19, inciso X, da Lei nº 7.998/90)

▪ Propor alteração das alíquotas referentes às contribuições a que alude o art. 239 da Constituição Federal, com vistas a assegurar a viabilidade econômico-financeira do FAT; (art. 19, inciso XI, da Lei nº 7.998/90)

▪ Fixar prazos para processamento e envio ao trabalhador da requisição do benefício do seguro-desemprego, em função das possibilidades técnicas existentes, estabelecendo-se como objetivo o prazo de 30 (trinta) dias; (art. 19, inciso XIV, da Lei nº 7.998/90)

▪ Deliberar sobre outros assuntos de interesses do FAT. (art. 19, inciso XVII, da Lei nº 7.99/90)

O art. 19-A permite que o CODEFAT priorize os projetos das entidades integrantes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE), contanto que: o ente federado de vinculação da entidade que solicita o recurso possua o respectivo Plano de Atendimento Socioeducativo aprovado; as entidades governamentais e não governamentais integrantes do SINASE que solicitem recursos tenham se submetido à avaliação nacional do atendimento socioeducativo.

Para treinar, responda os itens abaixo:

O FAT é um fundo contábil, de natureza financeira, subordinando-se, no que couber, à legislação vigente. ( ) CERTO

( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A afirmação está correta e encontra fundamento no art. 10, parágrafo único, da Lei nº 7.998/90. Veja: Art. 10 [...]

Parágrafo único. O FAT é um fundo contábil, de natureza financeira, subordinando-se, no que couber, à legislação vigente.

(26)

O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador – CODEFAT é composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Exato!

Trata-se do disposto no art. 18, caput, da Lei nº 7.998/90. Observe:

Art. 18. É instituído o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT, composto por representação de trabalhadores, empregadores e órgãos e entidades governamentais, na forma estabelecida pelo Poder Executivo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 200')

Resposta: CERTO

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, é destinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A questão está correta.

É exatamente o que dispõe o art. 10, caput, da Lei nº 7.998/90. Veja:

Art. 10. É instituído o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego, destinado ao custeio do Programa de Seguro-Desemprego, ao pagamento do abono salarial e ao financiamento de programas de educação profissional e tecnológica e de desenvolvimento econômico. (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

Resposta: CERTO

Os recursos do FAT não integrarão o orçamento da seguridade social. ( ) CERTO

(27)

RESOLUÇÃO:

A assertiva está incorreta.

O art. 22, da Lei nº 7.998/90, estabelece que os recursos do FAT INTEGRARÃO o orçamento da seguridade social na forma da legislação pertinente.

Art. 22. Os recursos do FAT integrarão o orçamento da seguridade social na forma da legislação pertinente.

Resposta: ERRADO

Por fim, é necessário destacar que a lei impõe penalidades aos que desrespeitarem suas disposições. No caso do empregador, haverá a aplicação de multas de 400 (quatrocentos) a 40.000 (quarenta mil) BTN, a depender da natureza da infração, sua extensão e intensão do infrator, sendo aplicadas em DOBRO, nas hipóteses de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade, as quais serão aplicadas pelas Delegacias Regionais do Trabalho.

Além das penalidades administrativas, o art. 25, parágrafo 2º, possibilita que os responsáveis por meios fraudulentos na habilitação ou na percepção do seguro-desemprego sejam punidos civil e criminalmente.

No caso do trabalhador que infringir as disposições da lei em estudo e receber indevidamente parcela de seguro-desemprego, haverá a compensação automática do débito com o novo benefício, na forma e no percentual definido mediante resolução do CODEFAT, de acordo com o art. 25-A. Entretanto, importante mencionar que o trabalhador poderá impugnar a compensação no prazo de 10 (DEZ) dias.

Para finalizar a aula, resolva as questões abaixo:

O empregador que infringir os dispositivos desta Lei estará sujeito a multas de 400 (quatrocentos) a 40.000 (quarenta mil) BTN, segundo a natureza da infração, sua extensão e intenção do infrator, a serem aplicadas em dobro, no caso de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

O item está correto.

Para complementar, leia o art. 25, da Lei nº 7.998/90:

Art. 25. O empregador que infringir os dispositivos desta Lei estará sujeito a multas de 400 (quatrocentos) a 40.000 (quarenta mil) BTN, segundo a natureza da infração, sua extensão e intenção do infrator, a serem aplicadas em dobro, no caso de reincidência, oposição à fiscalização ou desacato à autoridade.

(28)

§ 1º Serão competentes para impor as penalidades as Delegacias Regionais do Trabalho, nos termos do Título VII da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

§ 2º Além das penalidades administrativas já referidas, os responsáveis por meios fraudulentos na habilitação ou na percepção do seguro-desemprego serão punidos civil e criminalmente, nos termos desta Lei. Resposta: CERTO

O trabalhador que infringir o disposto na Lei nº 7.998/90 e houver percebido indevidamente parcela de seguro-desemprego sujeitar-se-á à compensação automática do débito com o novo benefício, na forma e no percentual definidos por resolução do Codefat. Entretanto, o ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação, no prazo de 15 (quinze) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão simples, o qual seguirá o rito prescrito pela Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

A questão está incorreta.

O trabalhador que infringir o disposto na Lei nº 7.998/90 e houver percebido indevidamente parcela de seguro-desemprego sujeitar-se-á à compensação automática do débito com o novo benefício, na forma e no percentual definidos por resolução do Codefat. CORRETO

Entretanto, o ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação, no prazo de 15 (quinze) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão simples, o qual seguirá o rito prescrito pela Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999. ERRADO

Na verdade, o prazo será de 10 (DEZ) dias.

Observe o disposto no art. 25-A, da Lei nº 7.998/90:

Art. 25-A. O trabalhador que infringir o disposto nesta Lei e houver percebido indevidamente parcela de seguro-desemprego sujeitar-se-á à compensação automática do débito com o novo benefício, na forma e no percentual definidos por resolução do Codefat. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 1º O ato administrativo de compensação automática poderá ser objeto de impugnação, no prazo de 10 (dez) dias, pelo trabalhador, por meio de requerimento de revisão simples, o qual seguirá o rito prescrito pela Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 2º A restituição de valor devido pelo trabalhador de que trata o caput deste artigo será realizada mediante compensação do saldo de valores nas datas de liberação de cada parcela ou pagamento com Guia de Recolhimento da União (GRU), conforme regulamentação do Codefat. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015) Resposta: ERRADO

(29)

Legislação

LEI Nº 7.998, DE 11 DE JANEIRO DE 1990.1

Regula o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei regula o Programa do Seguro-Desemprego e o abono de que tratam o inciso II do art. 7º, o inciso IV do art. 201 e o art. 239, da Constituição Federal, bem como institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)

DO PROGRAMA DE SEGURO-DESEMPREGO

Art. 2º O programa do seguro-desemprego tem por finalidade: (Redação dada pela Lei nº 8.900, de 30.06.94)

I - prover assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado em virtude de dispensa sem justa causa, inclusive a indireta, e ao trabalhador comprovadamente resgatado de regime de trabalho forçado ou da condição análoga à de escravo; (Redação dada pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

II - auxiliar os trabalhadores na busca ou preservação do emprego, promovendo, para tanto, ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art. 2º-A. Para efeito do disposto no inciso II do art. 2o, fica instituída a bolsa de qualificação profissional, a ser custeada pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT, à qual fará jus o trabalhador que estiver com o contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, em conformidade com o disposto em convenção ou acordo coletivo celebrado para este fim. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art. 2º-B. (Revogado pela Lei nº 13.134, de 2015)

Art. 2º-C O trabalhador que vier a ser identificado como submetido a regime de trabalho forçado ou reduzido a condição análoga à de escravo, em decorrência de ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego, será dessa situação resgatado e terá direito à percepção de três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada, conforme o disposto no § 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

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§ 1º O trabalhador resgatado nos termos do caput deste artigo será encaminhado, pelo Ministério do Trabalho e Emprego, para qualificação profissional e recolocação no mercado de trabalho, por meio do Sistema Nacional de Emprego - SINE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador - CODEFAT. (Incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

§ 2º Caberá ao CODEFAT, por proposta do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego, estabelecer os procedimentos necessários ao recebimento do benefício previsto no caput deste artigo, observados os respectivos limites de comprometimento dos recursos do FAT, ficando vedado ao mesmo trabalhador o recebimento do benefício, em circunstâncias similares, nos doze meses seguintes à percepção da última parcela. (Incluído pela Lei nº 10.608, de 20.12.2002)

Art. 3º Terá direito à percepção do seguro-desemprego o trabalhador dispensado sem justa causa que comprove:

I - ter recebido salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a: (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

a) pelo menos 12 (doze) meses nos últimos 18 (dezoito) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da primeira solicitação; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

b) pelo menos 9 (nove) meses nos últimos 12 (doze) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando da segunda solicitação; e (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

c) cada um dos 6 (seis) meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das demais solicitações; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

II - (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

III - não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, previsto no Regulamento dos Benefícios da Previdência Social, excetuado o auxílio-acidente e o auxílio suplementar previstos na Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976, bem como o abono de permanência em serviço previsto na Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973;

IV - não estar em gozo do auxílio-desemprego; e

V - não possuir renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família.

VI - matrícula e frequência, quando aplicável, nos termos do regulamento, em curso de formação inicial e continuada ou de qualificação profissional habilitado pelo Ministério da Educação, nos termos do art. 18 da Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), instituído pela Lei no 12.513, de 26 de outubro de 2011, ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 1º A União poderá condicionar o recebimento da assistência financeira do Programa de Seguro-Desemprego à comprovação da matrícula e da frequência do trabalhador segurado em curso de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, com carga horária mínima de 160 (cento e sessenta) horas. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

§ 2º O Poder Executivo regulamentará os critérios e requisitos para a concessão da assistência financeira do Programa de Seguro-Desemprego nos casos previstos no § 1º, considerando a disponibilidade de

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bolsas-formação no âmbito do Pronatec ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica para o cumprimento da condicionalidade pelos respectivos beneficiários. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

§ 3º A oferta de bolsa para formação dos trabalhadores de que trata este artigo considerará, entre outros critérios, a capacidade de oferta, a reincidência no recebimento do benefício, o nível de escolaridade e a faixa etária do trabalhador. (Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

§ 4º O registro como Microempreendedor Individual - MEI, de que trata o art. 18-A da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, não comprovará renda própria suficiente à manutenção da família, exceto se demonstrado na declaração anual simplificada da microempresa individual. (Incluído pela Lei Complementar nº 155, de 2016) Produção de efeito

Art. 3º-A. A periodicidade, os valores, o cálculo do número de parcelas e os demais procedimentos operacionais de pagamento da bolsa de qualificação profissional, nos termos do art. 2o-A desta Lei, bem como os pré-requisitos para habilitação serão os mesmos adotados em relação ao benefício do Seguro-Desemprego, exceto quanto à dispensa sem justa causa. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art. 4º O benefício do seguro-desemprego será concedido ao trabalhador desempregado, por período máximo variável de 3 (três) a 5 (cinco) meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). (Redação dada pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 1º O benefício do seguro-desemprego poderá ser retomado a cada novo período aquisitivo, satisfeitas as condições arroladas nos incisos I, III, IV e V do caput do art. 3º. (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

§ 2º A determinação do período máximo mencionado no caput observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro-desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos 36 (trinta e seis) meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro-desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores: (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

I - para a primeira solicitação: (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

a) 4 (quatro) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 12 (doze) meses e, no máximo, 23 (vinte e três) meses, no período de referência; ou (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

b) 5 (cinco) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 24 (vinte e quatro) meses, no período de referência; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

II - para a segunda solicitação: (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

a) 3 (três) parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada de, no mínimo, 9 (nove) meses e, no máximo, 11 (onze) meses, no período de referência; (Incluído pela Lei nº 13.134, de 2015)

Referências

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