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2T09 US GAAP. ADMINISTRANDO A TRANSIÇÃO Desempenho da Vale no 2T09

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As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos da América (US GAAP). Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Vale Inco, MBR, Cadam, PPSA, Alunorte, Albras, Valesul, Vale Manganês S.A., Vale Manganèse France, Vale Manganese Norway AS., Urucum Mineração S.A., Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), Vale Australia, Vale International e Vale Overseas.

US GAAP

2T09

ADMINISTRANDO A TRANSIÇÃO

Desempenho da Vale no 2T09

BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P

EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2009 – A Vale S.A. (Vale) apresenta seu desempenho do segundo trimestre de 2009 (2T09), que reflete a transição para uma fase de reação à crise financeira global que começa a dar frutos, gerando menor aversão ao risco, redução de custos, e início da recuperação na demanda e preços de minérios e metais.

Nesse cenário dinâmico, a depreciação do dólar americano – uma das consequências do aumento na tolerância ao risco – neutralizou o efeito das nossas iniciativas de redução de custo neste trimestre. No entanto, continuamos a trabalhar para promover mudança permanente em nossa estrutura de custos.

Apesar da boa performance de vendas de minério de ferro para a China, com novo recorde trimestral, os efeitos da recuperação em outras regiões do mundo ainda não foram refletidos em nossas vendas. Além disso, se por um lado o resultado do 2T09 foi influenciado pelo efeito defasado dos novos preços de minério de ferro, por outro o desempenho dos metais não-ferrosos já começou a capturar alguns dos benefícios da melhoria nos fundamentos de mercado.

Estamos trabalhando para emergir da recessão global ainda mais fortes do que antes. Dado o portfólio de ativos de classe mundial com baixo custo de produção e sólida posição financeira, esperamos apresentar melhor desempenho operacional e financeiro no futuro próximo e continuar a gerar valor para os nossos acionistas ao longo dos ciclos.

Os principais destaques do desempenho da Vale no 2T09 foram:

• Receita operacional de US$ 5,1 bilhões, com redução de 6,2% relativamente aos US$ 5,4 bilhões do 1T09.

• Embarques de minério de ferro e pelotas aumentaram 3,3% vis-à-vis o 1T09.

www.vale.com rio@vale.com Departamento de Relações

com Investidores

Roberto Castello Branco Alessandra Gadelha Patricia Calazans Roberta Coutinho Theo Penedo Tacio Neto Tel: (5521) 3814-4540

• Embarques de níquel cresceram 16,8% em relação ao trimestre anterior. • Lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado(a)

(lucro antes de juros e impostos), de US$ 976 milhões, 42,1% menor do que 1T09.

• Margem operacional, medida pela margem EBIT ajustado, de 19,7%, contra 31,6% do trimestre anterior.

• Geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado(b)

(lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): US$ 1,7 bilhão no 2T09, comparado a US$ 2,3 bilhões no 1T09.

• Lucro líquido de US$ 790 milhões, equivalente a US$ 0,15 por ação diluído, ante US$ 1,363 bilhão no 1T09.

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• Investimento – excluindo aquisições – de US$ 2,1 bilhões contra US$ 1,7 bilhão no trimestre anterior.

Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

em US$ milhões 2T08 (A) 1T09 (B) 2T09 (C) % (C/A) % (C/B) Receita operacional 10.897 5.421 5.084 -53,3 -6,2 EBIT ajustado 5.235 1.685 976 -81,4 -42,1

Margem EBIT ajustado (%) 49,4 31,6 19,7

EBITDA ajustado 6.218 2.281 1.725 -72,3 -24,4

Lucro líquido 5.009 1.363 790 -84,2 -42,0

Lucro por ação (US$) 1,04 0,26 0,15 -85,4 -42,0

Lucro por ação diluído (US$) 1,02 0,26 0,15 -85,4 -42,0

ROE (%)1 30,1 27,4 15,9

Dívida bruta/LTM EBITDA ajustado (x) 1,2 1,0 1,5

Investimentos (excluindo aquisições) 2.312 1.714 2.080 -10,0 21,4

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ÍNDICE

ADMINISTRANDO A TRANSIÇÃO...1

Tabela 1 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS ...2

À PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS ...4

À RECEITA ...8

Tabela 2 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO...9

Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO ...9

À CUSTOS...10

Tabela 4 - COMPOSIÇÃO DO CPV ...12

À LUCRO OPERACIONAL...12

À LUCRO LÍQUIDO...13

À GERAÇÃO DE CAIXA...14

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO ...14

Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL...14

À INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO ...14

Tabela 7 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO ...15

À INVESTIMENTO ...15

Tabela 8 – INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA ...16

Tabela 9 – INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO ...16

À O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS ...18

ƒ Minerais ferrosos ...18

Tabela 10 - VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO ...20

Tabela 11 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO...20

Tabela 12 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS...20

Tabela 13 - VOLUME VENDIDO...21

Tabela 14 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS...21

ƒ Minerais não-ferrosos ...21

Tabela 15 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO...22

Tabela 16 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS...22

Tabela 17 - VOLUME VENDIDO...23

Tabela 18 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS...23

ƒ Carvão ...23

Tabela 19 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO...24

Tabela 20 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS...24

Tabela 21 - VOLUME VENDIDO...24

Tabela 22 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS...24

ƒ Serviços de logística ...24

Tabela 23 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO...25

Tabela 24 - SERVIÇOS DE LOGÍSTICA ...25

Tabela 25 – INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS ...25

À INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS DAS PRINCIPAIS EMPRESAS NÃO CONSOLIDADAS...25

À TELECONFERÊNCIA/WEBCAST...25

NOTAS OBRIGATORIAMENTE CONVERSÍVEIS...26

À ANEXO 1 - INFORMAÇÕES CONTÁBEIS...27

Tabela 26 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO...27

Tabela 27 - RESULTADO FINANCEIRO ...27

Tabela 28 - RESULTADO DE PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS...27

Tabela 29 - BALANÇO PATRIMONIAL ...28

Tabela 30 - FLUXO DE CAIXA ...29

À ANEXO 2 – VENDAS, PREÇOS, MARGENS E GERAÇÃO DE CAIXA...30

Tabela 31 - VOLUME VENDIDO POR PRODUTO ...30

Tabela 32 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS...30

Tabela 33 - MARGENS OPERACIONAIS POR SEGMENTO (MARGEM EBIT AJUSTADA) ...30

Tabela 34 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO ...30

À ANEXO 3 – RECONCILIAÇÃO DE INFORMAÇÕES ...31

Tabela 35 - EBIT Ajustado ...31

Tabela 36 - EBITDA Ajustado...31

Tabela 37 - Dívida líquida...31

Tabela 38 - Dívida total / LTM EBITDA ajustado...32

Tabela 39 - Dívida total / Enterprise value...32

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À

PERSPECTIVAS DOS NEGÓCIOS

Após três trimestres de declínio, a economia global muito provavelmente já atingiu seu nível mais baixo. Indicadores coincidentes e antecedentes estão sugerindo que uma recuperação da atividade econômica global já está em andamento.

O global manufacturing PMI de junho cresceu pelo sexto mês consecutivo, ganhando 13,2 pontos desde dezembro de 2008. Simultaneamente, a razão entre novos pedidos e estoques, que normalmente antecipa o crescimento da industria em três meses, atingiu seu maior nível desde abril de 2004.

A produção industrial global registrou o primeiro aumento na margem após vários trimestres de quedas sem precedentes. O ritmo de contração nas economias desenvolvidas está se desacelerando, enquanto que nos mercados emergentes a produção industrial vem se expandindo. Particularmente, a produção industrial na Ásia emergente passou a crescer em ritmo bastante acelerado após apresentarem quedas de dois dígitos no 4T08 e 1T09. A produção industrial do Brasil está voltando a crescer e em algumas economias desenvolvidas, como Japão, Alemanha e França, a atividade manufatureira também mostrou recuperação na margem.

Tal evolução possui importantes implicações. A produção industrial é o componente mais volátil e cíclico do PIB global, atuando também como um indicador antecedente de sua performance, e por isso tem um importante papel nos ciclos de negócios. Além disso, a produção industrial é a variável macroeconômica chave da demanda por minérios e metais, visto que esses produtos são essencialmente matérias primas da indústria. Adicionalmente, as economias dos mercados emergentes são mais intensivas na utilização de minérios e metais, com uma relação muito maior entre o consumo e o PIB do que o observado nas economias desenvolvidas.

Consequentemente, esses movimentos sugerem ampla recuperação da demanda e de preços de minérios e metais. Por exemplo, em resposta à expansão da demanda, a produção global de aço, em termos trimestrais dessazonalizados, aumentou 4,7% no 2T09 após cair 3,1% no 3T08, 18,8% no 4T08 e 2,7% no 1T09. Além disso, os dados de junho mostram aumentos de produção no Brasil, nos EUA e na União Européia, regiões onde a indústria do aço carbono estava operando com as mais baixas taxas de utilização da capacidade.

Pela mesma razão, a produção mundial de aço inoxidável está se recuperando após dois anos consecutivos de queda, tendo crescido 23,1% no 2T09, em termos trimestrais dessazonalizados, após cair 6,2% no 3T08, 27,7% no 4T08 e 2,1% no 1T09.

O preço do minério de ferro no mercado spot vem se elevando consideravelmente nos últimos três meses. O LMEX, um índice de preços de metais base, se retraiu 64,6% entre o pico registrado em maio de 2007 até o nível mínimo de 24 de dezembro de 2008. Desde então, aumentou 55,1% apesar de ter alcançado um patamar que ainda representa somente 55% do pico anterior.

As empresas responderam à retração da demanda cortando a produção para níveis inferiores ao das vendas finais, o que levou ao consumo de estoques. A combinação de estoques em queda com vendas finais estáveis, ajudada pelos maciços estímulos de políticas monetárias e fiscais, está levando as empresas a reagirem, aumentando assim a produção industrial e o consumo de minérios e metais. Dessa forma, esperamos ver a produção industrial global se expandindo

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pelos próximos trimestres, com o crescimento também se difundindo para as economias desenvolvidas, configurando uma recuperação global sincronizada.

Por outro lado, acreditamos que ainda há significativos riscos para o cenário de recuperação.

Os investimentos devem permanecer fracos como consequência do excesso de capacidade e da lucratividade reduzida das empresas. Assim, a expansão das vendas finais dependerá principalmente do consumo privado, que vem sendo afetado negativamente pelas perdas de riqueza e crescentes taxas de desemprego. Até agora, as políticas macroeconômicas vêm sendo capazes de estabilizar as vendas e indicadores de confiança do consumidor se elevaram em relação aos níveis históricos baixos, apesar que a sustentabilidade desse processo possui riscos. Outra fonte de risco deriva do comportamento da oferta de crédito. No entanto, o aumento das vendas globais de automóveis e outros bens de consumo duráveis, que são altamente sensíveis às condições de crédito, sugerem que sua disponibilidade está se ampliando. Além disso, as condições do mercado de capitais também evoluíram positivamente, o que é evidenciado pelo aumento das emissões de dívida e ações, IPOs e ofertas secundárias de ações.

Finalmente, o financiamento de uma crescente dívida pública nas economias desenvolvidas tenderá a reprimir os gastos privados através do impacto negativo de altas taxas de juros reais sobre o consumo, investimento e exportações líquidas, compensando parcialmente o efeito expansionista do estímulo da política fiscal no consumo agregado.

A economia chinesa, impulsionada pela ampliação do crédito e dos investimentos em infra estrutura, teve forte expansão no 2T09, com crescimento marginal, sazonalmente ajustado, bem acima de sua tendência de longo prazo. A demanda doméstica está crescendo de forma robusta, minimizando as influências negativas das exportações ainda em queda.

Os recentes dados econômicos da China revelam um aumento de 12% de novas construções em junho frente o mesmo período do ano passado. Naturalmente, isso segue a melhora das vendas de imóveis que vem ocorrendo desde março. A retomada do setor de construção oferece um importante suporte para uma recuperação sustentável da demanda doméstica, enquanto que ao mesmo tempo possui implicações positivas para a evolução da demanda por minério de ferro, uma vez que o setor de construção imobiliária é responsável por quase 40% do consumo chinês de aço.

As importações chinesas de minério de ferro cresceram 29% no 1S09 frente o mesmo período do ano passado para 297,2 milhões de toneladas. Como consequência de fundamentos mais sólidos do mercado imobiliário, a substituição da produção doméstica de custo elevado tende a ser gradualmente substituída pelo consumo crescente como o principal driver para a demanda por minério de ferro importado: a produção chinesa de aço se acelerou para a taxa anualizada de 600 milhões de toneladas em junho, um aumento com ajuste sazonal de 5,4% no 2T09 com relação ao 1T09.

A Vale vem sendo bem sucedida em seus esforços para explorar a forte recuperação das importações de minério de ferro da China: no 1S09 nossos embarques aumentaram 42,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A implementação de novas políticas de marketing, envolvendo dentre outras coisas uma postura mais flexível com relação a precificação do minério de ferro, vendas C&F e aumento de nossa base de clientes, foi importante para esta performance.

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Uma característica eminente de nossa maior competitividade na China tem sido a criação de uma frota de baixo custo de frete marítimo amparada por nossa própria frota de navios capesize e contratos de afretamento de médio e longo prazo com companhias de navegação. Estamos empregando grandes navios de segunda-mão recém adquiridos e num futuro próximo utilizaremos os VLOCS - Very large ore carriers - com capacidade de 400.000 dwt encomendados de estaleiros.

Simultaneamente, a consolidação de uma nova estrutura de precificação vem ocorrendo, na qual o reconhecimento da qualidade superior de nossos produtos está sendo evidenciada através de prêmios sobre os minérios de outras fontes.

Conforme mencionado anteriormente, devido à conclusão do processo de consumo de estoques, a produção de aço em outras regiões do mundo, como no Brasil, na União Européia e no Japão, e consequentemente a demanda por minério de ferro está mostrando os primeiros sinais de recuperação. Devido ao fato de estarmos operando nossa produção de minério de ferro com uma taxa relativamente alta de capacidade ociosa – a produção anualizada no 2T09 foi de 230 milhões de toneladas métricas – estamos preparados para explorar o potencial de recuperação deste mercado; esta é uma grande vantagem frente os nossos principais concorrentes que estão operando com quase a totalidade de suas capacidades nominais de produção.

A Vale estabeleceu os preços de referência para 2009 com seus principais clientes na Europa, Japão e Coréia do Sul. Os preços sofreram redução de 28,2% para os finos, 44,5% para o granulado e 48,3% para pelotas de alto forno e de redução direta. Devido ao fato de ser altamente cíclica e volátil, no período de queda na atividade, a demanda por pelotas tende a ser negativamente afetada antes e mais intensamente que a demanda por finos. Por outro lado, quando a atividade se recupera, sua reação inicial é mais lenta, mas a tendência é que ela cresça mais rapidamente que a demanda por minério de ferro.

Com o recente aumento nas atividades globais da indústria de aço, o estreitamento entre os preços das pelotas e o minério de ferro fino vem estimulando o início da recuperação nas vendas de pelotas dos níveis extremamente baixos do 1S09. Em julho, retomamos as operações em uma planta em Tubarão e estamos nos preparando para reiniciar as atividades em outra planta em Tubarão. Durante o 2T09, apenas cinco de nossas 10 plantas de pelotas se encontravam em operação. Enquanto o mercado do Atlântico se encontra com excesso de oferta, o mercado do Pacífico para o carvão metalúrgico e térmico está mais acirrado, refletindo o melhor desempenho econômico das economias asiáticas.

O aumento na demanda de carvão pela China está pressionando os preços nos mercados do Pacífico. As importações de carvão térmico alcançaram 33,5 milhões de toneladas métricas no 1S09, quase o dobro do registrado ano passado. As importações de carvão metalúrgico foram de 14,7 milhões de toneladas métricas, um aumento de 400% em relação ao mesmo período do ano passado. Desta forma, a China está se tornando o maior importador mundial de carvão.

O vigor da demanda chinesa, juntamente com os problemas estruturais de infraestrutura de logística da Austrália, resultou em preços à vista mais altos que os preços do benchmark no mercado do Pacífico.

Está se processando recuperação na demanda global por níquel em relação ao patamar do 2S08 e 1T09. Como já comentado, a produção de aço inoxidável encontra-se em estágio inicial de expansão, que tem sido liderada, principalmente,

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pela China - onde as usinas estão operando com alto nível de capacidade utilizada, - e Taiwan.

Além disso, a produção de aço inoxidável fora da China começou a se expandir, resultando em pressão adicional sobre a demanda por níquel.

O mercado de sucata de níquel está bastante apertado, com preços atingindo níveis próximos ao do níquel na LME e devido ao baixo preço relativo do aço inoxidável série 300 – o de maior teor de níquel – sua produção teve forte crescimento. A combinação desses dois fatores significa que mais níquel está sendo consumido por tonelada de aço inoxidável produzida.

Entre as aplicações do níquel não relacionadas ao aço inoxidável, temos notado um aumento de demanda por níquel proveniente dos setores de plating (revestimento) e “powders” de níquel refinado, especialmente aqueles ligados a indústria de baterias, eletrônicos e mais recentemente de automóveis. As vendas de veículos elétricos híbridos (hybrid electrical vehicles - HEV) estão em forte expansão e a Vale é a principal fornecedora do níquel usado na fabricação de baterias para esses automóveis. Esse mercado é ainda bastante pequeno, porém possui grande potencial de crescimento, já que os carros elétricos provavelmente serão os principais produtos da indústria automobilística no futuro. Obviamente, como ocorre nos processos de inovação tecnológica, existem ainda incertezas sobre qual tipo de carro elétrico irá prevalecer, sejam eles os HEVs, os “plug-in” HEVs, os veículos elétricos à bateria (battery electric vehicles –BEVs) ou qualquer outro tipo. Dúvidas semelhantes pairam com respeito ao tipo de bateria que prevalecerá, seja NiMH, Li-ion ou qualquer outro tipo2.

O aumento significativo dos preços do níquel desde março, estimulou os produtores chineses de níquel pig iron a retomar a produção, juntamente com produtores de ferro-níquel de alto custo de produção em outros países. Mesmo assim, o aumento na oferta não foi suficiente para mudar a tendência de alta no preço do metal.

Nossos empregados sindicalizados de manutenção e produção das operações de Sudbury e Port Colborne entraram em greve em 12 de julho, após rejeitar a proposta da companhia para um novo acordo coletivo com três anos de duração. Como foi previamente divulgado, as operações de Sudbury e Port Colborne iniciaram parada de oito semanas no dia 1º de junho de 2009 e, antes da greve, as atividades estavam programadas para serem retomadas a partir de 27 de julho de 2009.

Nossa proposta visa proporcionar os incentivos adequados para o aumento na produtividade do trabalho, contribuindo ao mesmo tempo para a redução de custos fixos de forma permanente.

Os preços do cobre estão flutuando em torno de US$ 5.000 por tonelada métrica, enquanto as importações chinesas continuam a bater novos recordes. Adicionalmente às compras para os estoques estratégicos do governo, há o aumento da demanda do setor de energia elétrica, responsável por quase metade do cobre consumido na China, resultante do crescimentos nos investimentos.

A recente diminuição nas TC/RC3 reflete a fraca oferta de concentrados de cobre, provocada pela queda nos teores de cobre e no ritmo de produção das minas, frente à recuperação na demanda por metal e a uma oferta de sucata mais apertada. 2

NiMH = nickel metal hybride, Li-ion=lithium ion

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Taxa cobrada por smelters para processar os concentrados de cobre produzidos pelas mineradoras, em anodos de cobre e refiná-los em catodos de cobre.

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Embora a Vale produza anodo de cobre, a maior parte de nossa produção é de concentrado de cobre.

A reação do preço do alumínio à expansão na demanda foi mais contida do que do que a observada para os demais metais base. Os estoques continuam a se acumular, refletindo a falta de disciplina no lado da oferta. Tendo em vista nosso foco no aumento de competitividade no longo prazo, transformamos o smelter de alumínio de nossa subsidiária Valesul com capacidade de produção de 95.000 toneladas métricas, numa pequena produtora de tarugos de alumínio, cuja operação é muito menos intensiva em energia, processando lingotes de alumínio primário e sucata adquiridos de terceiros.

Desde a intensificação da recessão global, estamos implementando uma série de medidas para reforçar os fundamentos de nossa competitividade de longo prazo e capacidade de gerar valor para o acionista. Ao mesmo tempo, aceleramos algumas mudanças estruturais, como nossa política de marketing na China, que estava pronta para ser aplicada antes da crise global.

Na revisão de nosso orçamento de investimento deste ano para US$ 9 bilhões não cancelamos nenhum projeto, pois acreditamos que os fundamentos de longo prazo dos mercados globais de minério e metais permanecem intactos e sólidos. Apesar de prevermos riscos para a recuperação da economia global, permanecemos confiantes nas melhorias de nossa performance em um futuro próximo, dada nossa estrutura de baixo custo, solidez financeira e ativos de classe mundial.

À

RECEITA

No 2T09, nossa receita operacional totalizou US$ 5,084 bilhões, 6,2% inferior à de US$ 5,421 bilhões alcançada no 1T09. Este resultado foi negativamente impactado por menores preços, US$ 755 milhões, parcialmente compensados pelo efeito da expansão do volume embarcado, US$ 418 milhões.

O decréscimo nos preços de minério de ferro e pelotas reduziu a receita em US$ 957 milhões, enquanto a variação de preços de outros produtos contribuiu positivamente com US$ 202 milhões.

A redução de preços benchmark do minério de ferro e pelotas para 2009 foi integralmente reconhecida neste trimestre, independente do status da negociação com cada cliente. Adicionalmente ao impacto negativo líquido de US$ 791 milhões neste trimestre, há US$ 166 milhões referentes ao ajuste retroativo realizado nos preços provisórios cobrados no 1T09.

Devido à mudança relativa de preços – redução de preços médios de venda de minério de ferro e pelotas e aumento de preços em minerais não-ferrosos – a participação dos não-ferrosos na receita total aumentou de 27,9% no 1T09 para 37,6% no 2T09, enquanto a participação de minerais ferrosos caiu de 64,7% para 53,4%. Os serviços de logística alcançaram 5,5% e carvão 1,9%.

A participação das vendas para as Américas aumentou de 19,9% no 1T09 para 26,6% no 2T09, o que é explicado pelo aumento dos embarques de alumina e níquel para o Canadá e da receita de minério de ferro e serviços de logística no Brasil. Neste trimestre, a Ásia continuou sendo o principal destino de nossas vendas, sendo responsável por 58,1% da receita total, Europa por 13,1% e o resto do mundo por 2,3%.

A China manteve-se como o principal mercado para nossos produtos (39,7%), seguida pelo Brasil (15,8%), Japão (7,4%) e Canadá (6,2%).

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Tabela 2 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

em US$ milhões 2T08 % 1T09 % 2T09 % Minerais ferrosos 6.652 61,0 3.505 64,7 2.716 53,4 Minério de ferro 4.947 45,4 3.129 57,7 2.423 47,7 Pelotas 1.168 10,7 269 5,0 176 3,5 Manganês 83 0,8 15 0,3 43 0,8 Ferro ligas 346 3,2 77 1,4 69 1,4

Serviços de operação de usinas de pelotização 15 0,1 4 0,1 3 0,1

Outros 93 0,9 11 0,2 2 -Minerais não-ferrosos 3.579 32,8 1.515 27,9 1.909 37,6 Níquel 1.870 17,2 639 11,8 916 18,0 Cobre 621 5,7 236 4,4 271 5,3 Caulim 54 0,5 39 0,7 42 0,8 Potássio 105 1,0 65 1,2 121 2,4 PGMs 116 1,1 53 1,0 54 1,1 Metais preciosos 28 0,3 29 0,5 26 0,5 Cobalto 57 0,5 13 0,2 12 0,2 Alumínio primário 395 3,6 194 3,6 193 3,8 Alumina 329 3,0 245 4,5 275 5,4 Bauxita 4 - 2 - - -Carvão 103 0,9 134 2,5 96 1,9 Serviços de logística 463 4,2 199 3,7 280 5,5 Ferrovias 382 3,5 157 2,9 223 4,4 Portos 81 0,7 42 0,8 57 1,1 Outros 100 0,9 68 1,3 83 1,6 Total 10.897 100,0 5.421 100,0 5.084 100,0

Tabela 3 - RECEITA OPERACIONAL POR DESTINO

em US$ milhões 2T08 % 1T09 % 2T09 % América do Norte 1.359 12,5 434 8,0 513 10,1 EUA 768 7,0 220 4,1 198 3,9 Canadá 496 4,6 214 3,9 315 6,2 Outros 95 0,9 - - - -América do Sul 2.229 20,5 645 11,9 839 16,5 Brasil 1.890 17,3 611 11,3 802 15,8 Outros 339 3,1 34 0,6 37 0,7 Ásia 4.278 39,3 3.434 63,3 2.952 58,1 China 1.884 17,3 2.423 44,7 2.018 39,7 Japão 1.199 11,0 484 8,9 378 7,4 Coréia do Sul 356 3,3 254 4,7 165 3,2 Taiwan 296 2,7 133 2,5 193 3,8 Outros 543 5,0 139 2,6 198 3,9 Europa 2.650 24,3 814 15,0 665 13,1 Alemanha 573 5,3 207 3,8 130 2,6 Bélgica 240 2,2 73 1,3 85 1,7 França 242 2,2 39 0,7 41 0,8 Reino Unido 441 4,0 176 3,3 149 2,9 Itália 249 2,3 77 1,4 43 0,8 Outros 905 8,3 242 4,5 217 4,3 Resto do mundo 381 3,5 95 1,7 115 2,3 Total 10.897 100,0 5.421 100,0 5.084 100,0

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À

CUSTOS

No 2T09, o custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou US$ 3,135 bilhões, apresentando acréscimo de 8,1% em relação ao 1T09, igual a US$ 2,9 bilhões. Nossas iniciativas de corte de custos contribuíram para reduzir o CPV em US$ 186 milhões. Entretanto, a depreciação do dólar americano4 causou aumento de custos de US$ 214 milhões, mais do que compensando o resultado de nossos esforços para sua redução no trimestre. Os maiores volumes de vendas foram responsáveis por elevação de US$ 207 milhões no CPV.

No 2T09, o custo com materiais representou 21,1% do CPV, sendo seu principal item. Esses dispêndios totalizaram US$ 660 milhões, contra US$ 560 milhões no 1T09. Maiores volumes de vendas e variação na taxa de câmbio contribuíram para aumentar os custos em US$ 60 milhões e US$ 52 milhões, respectivamente, sendo parcialmente compensados por redução de US$ 12 milhões devido ao ritmo mais moderado de manutenção em relação ao 1T09.

Os principais itens de materiais foram: peças sobressalentes e equipamentos de manutenção, US$ 222 milhões (vs. US$ 172 milhões no 1T09), insumos, US$ 274 milhões (vs. US$ 174 milhões no 1T09), e pneus e correias transportadoras, US$ 34 milhões (vs. US$ 33 milhões no 1T09).

O custo de serviços contratados, representando 16,6% do CPV, totalizou US$ 519 milhões no 2T09, comparado aos US$ 424 milhões no 1T09. Esse aumento foi determinado por maiores volumes de vendas (US$ 69 milhões) e depreciação do dólar americano (US$ 33 milhões). Em contrapartida, os menores preços médios dos serviços concorreram com US$ 7 milhões para a contenção dos custos.

Os principais serviços contratados foram: (a) serviços de frete, que totalizaram US$ 179 milhões (vs. US$ 132 milhões no 1T09); (b) manutenção de equipamentos e instalações, US$ 102 milhões (vs. US$ 85 milhões no 1T09); e (c) serviços operacionais, US$ 138 milhões (vs. US$ 135 milhões no 1T09), que incluem US$ 38 milhões para remoção de estéril e minério.

As despesas com transporte ferroviário passaram de US$ 72 milhões para US$ 112 milhões, uma vez que expandimos nossos embarques de minério de ferro produzido nas minas do Sistema Sul, onde o transporte até nossos terminais marítimos, Ilha Guaíba e Itaguaí, é feito pela ferrovia da MRS, empresa coligada da Vale não consolidada em nosso balanço.

Os custos com frete marítimo – compreendendo principalmente o transporte de bauxita de Trombetas para Barcarena – somaram US$ 39 milhões e despesas com serviços de transporte rodoviário totalizaram US$ 28 milhões. Vale a pena salientar que esse item não compreende os custos com fretes marítimos de nossas vendas de minério de ferro na base C&F, que são contabilizados reduzindo a receita bruta. Os gastos com consumo de energia atingiram US$ 461 milhões, representando 14,7% do CPV e aumentando em US$ 52 milhões comparado com o 1T09.

O custo com combustíveis e gases atingiu US$ 279 milhões, com incremento de 17,2% em relação ao 1T09. Da variação de US$ 41 milhões, US$ 31 milhões foram devidos à expansão das nossas atividades, US$ 21 milhões à depreciação do dólar americano, enquanto menores preços contribuíram para reduzir os custos em US$ 11 milhões.

4 A composição do CPV por moeda no 2T09 foi: 61% em reais, 19% em dólares canadenses, 15% em dólares americanos, 2% em rúpias indonésias e 3% em outras moedas.

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O custo com eletricidade foi de US$ 182 milhões, contra US$ 171 milhões no 1T09, apresentando incremento de 6,4% entre os trimestres. O maior consumo de energia elétrica contribuiu com US$ 12 milhões e a variação na taxa de câmbio com US$ 14 milhões. Em contrapartida, menores tarifas afetaram positivamente em US$ 15 milhões.

As despesas com pessoal alcançaram US$ 449 milhões, representando 14,3% do CPV. A elevação de US$ 6 milhões relativa ao 1T09 refletiu maiores volumes de vendas (US$ 62 milhões) e o efeito das variações cambiais (US$ 31 milhões), que foram compensados quase na sua totalidade por uma economia de US$ 87 milhões relacionada ao nosso plano de reestruturação.

O custo de aquisição de produtos de terceiros totalizou US$ 153 milhões – 4,9% do CPV – contra US$ 200 milhões no 1T09. O comportamento dessas despesas tende a ser pró-cíclico, atingindo níveis altos no ciclo de alta e reduzindo dramaticamente no ciclo de baixa. Por exemplo, este foi o maior item do CPV durante os três primeiros trimestres de 2007, com participação média de 21,1%, de forma a complementar nossa produção para atender à crescente demanda num cenário de preços em elevação.

Devido à desaceleração de nossas atividades operacionais, a compra de produtos de terceiros se contraiu, com manutenção dessas transações apenas em casos especiais, como para a produção de blends específicos de minério de ferro, contratos de longo prazo de fornecimento de produtos de níquel e contratos de take-or-pay, como no caso da bauxita.

Nossa subsidiária Alunorte compra bauxita da coligada MRN em base regular sob um contrato take-or-pay. No 2T09 essas despesas somaram US$ 52 milhões. As compras de minério de ferro e pelotas foram de apenas US$ 5 milhões, contra US$ 43 milhões no 1T09. O volume de minério de ferro adquirido de pequenas mineradoras foi de 273 mil toneladas métricas no 2T09, comparado a 962 mil no 1T09. Não houve aquisição de pelotas das nossas joint ventures em 2009.

A aquisição de produtos de níquel alcançou US$ 79 milhões, comparado a US$ 83 milhões no 1T09. O efeito de menores volumes foi parcialmente compensado por maiores preços médios.

A depreciação e amortização – 18,2% do CPV – atingiu US$ 571 milhões, contra US$ 523 milhões no 1T09, sendo negativamente impactada pelo efeito da variação nas taxas de câmbio.

Os outros custos operacionais alcançaram US$ 267 milhões, ante US$ 283 milhões no 1T09. Este desempenho continua a ser determinado por economias resultantes de menores despesas com arrendamento de plantas de pelotização de Tubarão, royalties de mineração e custos de demurrage, o que tem sido provocado pelo ritmo mais moderado de nossas atividades operacionais.

No 2T09, os custos de demurrage – multas pagas pelo atraso de carregamento de navios nos nossos terminais marítimos – chegaram a US$ 8 milhões, equivalente a US$ 0,17 por tonelada métrica de minério de ferro embarcada, contra US$ 4 milhões, US$ 0,09 por tonelada métrica, no trimestre anterior.

As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) somaram US$ 230 milhões, quase o mesmo valor gasto no 1T09, US$ 233 milhões. Pelo sistema de precificação do cobre MAMA, o aumento dos preços na LME resultou em ajuste positivo nos preços provisórios produzindo incremento de receita de US$ 17 milhões, reduzindo, consequentemente, o SG&A. Por outro lado, o impacto da desvalorização do dólar americano sobre as despesas administrativas compensou parcialmente esse efeito.

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As despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D), que refletem nossos investimentos na criação de oportunidades de crescimento de longo-prazo, alcançaram US$ 265 milhões5 neste trimestre, comparado aos US$ 189 milhões investidos no 1T09.

As outras despesas operacionais totalizaram US$ 342 milhões, ante US$ 317 milhões no 1T09.

Despesas relativas à capacidade ociosa e parada em nossas operações somaram US$ 224 milhões, com acréscimo de US$ 75 milhões em relação ao trimestre anterior, devido, principalmente, à parada das operações de Sudbury no mês de junho, que adicionou US$ 110 milhões ao item “outras despesas operacionais”. Despesas com demissões alcançaram US$ 25 milhões, contra US$ 39 milhões no 1T09. Tabela 4 - COMPOSIÇÃO DO CPV em US$ milhões 2T08 % 1T09 % 2T09 % Serviços contratados 772 16,2 424 14,6 519 16,6 Material 815 17,1 560 19,3 660 21,1 Energia 747 15,7 409 14,1 461 14,7

Óleo combustível e gases 466 9,8 238 8,2 279 8,9 Energia elétrica 281 5,9 171 5,9 182 5,8

Aquisição de produtos 704 14,8 200 6,9 153 4,9

Minério de ferro e pelotas 416 8,7 43 1,5 5 0,2 Produtos de alumínio 73 1,5 71 2,4 63 2,0 Produtos de níquel 156 3,3 83 2,9 79 2,5 Outros produtos 59 1,2 3 0,1 6 0,2

Pessoal 571 12,0 443 15,3 449 14,3 Depreciação e exaustão 723 15,2 523 18,0 571 18,2 Centro de serviços compartilhados 56 1,2 58 2,0 55 1,8 Outros 375 7,9 283 9,8 267 8,5 Total 4.763 100,0 2.900 100,0 3.135 100,0

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LUCRO OPERACIONAL

No 2T09, o lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado, totalizou US$ 976 milhões, apresentando redução de US$ 709 milhões em relação ao 1T09. Esta diferença cai para US$ 377 milhões se realocarmos o ajuste retroativo de preços de minério de ferro e pelotas.

Os efeitos dos preços de vendas mais elevados (ex-minério de ferro e pelotas) de US$ 201 milhões, dos maiores volumes embarcados, de US$ 210 milhões, e das medidas de corte de custos, de US$ 186 milhões, atenuaram o impacto negativo no lucro operacional decorrente da queda do preço de minério de ferro e pelotas, US$ 957 milhões, da depreciação do dólar americano, US$ 214 milhões, e do aumento dos gastos com P&D, US$ 76 milhões.

A margem EBIT ajustado foi de 19,7%, contra 31,6% no trimestre anterior.

5 Este valor das despesas com pesquisa e desenvolvimento é contábil. Na seção Investimento neste press release, divulgamos o valor de US$ 254 milhões para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, computado de acordo com o efetivo desembolso financeiro no 2T09.

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LUCRO LÍQUIDO

No 2T09, o lucro líquido alcançou US$ 790 milhões, com redução de 42,0% em relação ao valor do resultado do 1T09, de US$ 1,363 bilhão. O lucro líquido por ação diluído foi de US$ 0,15.

O lucro antes do imposto de renda chegou a US$ 2,414 bilhões, ante US$ 1,669 bilhão no 1T09. O impacto da apreciação do real em relação ao dólar americano no imposto de renda a pagar foi exatamente o oposto do ocorrido no 3T08, quando houve um crédito tributário em decorrência da depreciação do real em relação ao dólar. No 2T09 a variação cambial produziu acréscimo de US$ 1,279 bilhão no imposto de renda a pagar.

A receita financeira totalizou US$ 93 milhões, sendo US$ 32 milhões abaixo do valor do 1T09, de US$ 125 milhões, devido a menores disponibilidades de caixa e taxas de juros.

As despesas financeiras alcançaram US$ 293 milhões, em linha com os US$ 287 milhões despendidos no 1T09.

Como consequência da apreciação de nossa moeda funcional, o real, em relação ao dólar americano6, a variação monetária e cambial causou um impacto positivo em nosso lucro líquido de US$ 523 milhões, contra efeito positivo de US$ 16 milhões no 1T09.

No 2T09, o efeito líquido da marcação a mercado das transações com derivativos foi positivo em US$ 873 milhões, contra US$ 18 milhões no 1T09. Essas transações produziram impacto positivo no fluxo de caixa de US$ 64 milhões. O resultado dos swaps de moedas e taxas de juros, estruturados principalmente para converter nossa dívida em reais para dólar americano para proteger nosso fluxo de caixa da volatilidade cambial, produziu efeito positivo de US$ 935 milhões no 2T09, dos quais US$ 101 milhões geraram efeito caixa positivo. A contrapartida do ajuste de marcação a mercado é um incremento do valor em dólares americanos da nossa dívida denominada em reais.

O resultado líquido da marcação a mercado das posições com derivativos de níquel causou efeito negativo de US$ 107 milhões no lucro líquido do 2T09, com efeito caixa negativo de US$ 41 milhões, devido à elevação do preço do níquel.

As transações de derivativos relacionadas ao bunker, combustível utilizado em navios, e custos de frete, estruturados para minimizar a volatilidade do custo de frete marítimo do Brasil para Ásia, tiveram impacto positivo de US$ 47 milhões. O efeito caixa foi positivo em US$ 6 milhões.

Neste trimestre, vendemos nossa participação remanescente na Usiminas por US$ 273 milhões, adicionando US$ 153 milhões ao lucro.

O resultado de equivalência patrimonial somou US$ 135 milhões, comparado aos US$ 72 milhões obtidos no 1T09.

As empresas coligadas não consolidadas na área de minerais ferrosos contribuíram com 68,9% para o total, logística com 17,8%, carvão com 5,9%, aço com 5,2% e não-ferrosos com 2,2%.

Individualmente, as maiores contribuições para o resultado de equivalência patrimonial foram da Samarco (US$ 90 milhões) e MRS (US$ 24 milhões).

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GERAÇÃO DE CAIXA

A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, atingiu US$ 1,725 bilhão no 2T09, 24,4% menor do que o valor registrado no 1T09, de US$ 2,281 bilhões. A redução de US$ 556 milhões foi causada principalmente pela redução de US$ 709 milhões no lucro operacional.

Fomos beneficiados pela distribuição de US$ 106 milhões em dividendos de empresas não consolidadas, dos quais US$ 50 milhões foram pagos pela Samarco, US$ 34 milhões pela MRS, US$ 12 milhões pela MRN, US$ 7 milhões pela Usiminas e US$ 3 milhões pela Log-In Logística.

Como exposto anteriormente, a combinação de menores preços de minério de ferro e pelotas e maiores preços dos minerais não-ferrosos contribuíram para que a composição das fontes de geração de caixa operacional fosse mais equilibrada. No 2T09, a participação dos minerais ferrosos foi de 84,6%, contra 97,0% no 1T09, enquanto que a participação dos minerais não-ferrosos chegou a 23,9%, versus 6,8% no 1T09. Os serviços de logística responderam por 5,3% do EBITDA ajustado e os outros negócios somados às despesas com P&D o reduziram em 13,8%.

Tabela 5 - EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO

em US$ milhões 2T08 1T09 2T09 Minerais ferrosos 4.311 2.212 1.459 Minerais não-ferrosos 1.919 155 413 Logística 220 29 91 Carvão 14 43 (7) Outros (246) (158) (231) Total 6.218 2.281 1.725 Tabela 6 - EBITDA AJUSTADO TRIMESTRAL em US$ milhões 2T08 1T09 2T09 Receita operacional líquida 10.600 5.324 4.948 CPV (4.763) (2.900) (3.135) Despesas com vendas, gerais e administrativas (344) (233) (230)

Pesquisa e desenvolvimento (269) (189) (265)

Outras despesas operacionais 11 (317) (342)

EBIT ajustado 5.235 1.685 976

Depreciação, amortização e exaustão 760 559 643

Dividendos recebidos 223 37 106

EBITDA ajustado 6.218 2.281 1.725

À

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

Em 30 de junho de 2009, nossa dívida total era de US$ 19,493 bilhões, com prazo médio de 8,63 anos e custo médio de 5,54% ao ano.

Nossa dívida líquida(c) em 30 de junho de 2009 era de US$ 8,301 bilhões, comparada com US$ 6,200 bilhões em 31 de março de 2009.

Em 30 de junho de 2009, nossa posição de caixa totalizou US$ 11,192 bilhões, incluindo US$ 3,0 bilhões investidos em ativos líquidos de renda fixa de baixo risco, com vencimento variando entre 91 e 360 dias e maturidade média de 178 dias. A freqüência esperada de inadimplência (expected default frequency) do

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nosso portfólio de investimentos nesses títulos, de acordo a metodologia KMV7 Moody’s, é menor do que 1%.

Neste trimestre, pagamos a primeira parcela do dividendo mínimo de 2009, totalizando US$ 1,25 bilhão, e tivemos desembolso líquido de US$ 237 milhões, relacionados à aquisição e venda de ativos.

Em julho de 2009 concluímos a emissão de notas obrigatoriamente conversíveis com vencimento em 2012, com cupom de 6,75% ao ano. Os recursos captados com a emissão foram de US$ 942 milhões. Esses instrumentos híbridos são considerados por nossos auditores independentes e agências de rating 100% equity e sua emissão não teve impacto sobre a dívida. Para a descrição desta transação, veja o box “Notas obrigatoriamente conversíveis” na página 26.

A indústria de mineração é bastante sensível aos ciclos econômicos e intensiva em capital. Como consequência, um dos focos da nossa política financeira é a manutenção de baixa alavancagem durante os ciclos de alta, uma vez que nos ciclos de baixa a desaceleração da geração de caixa resulta naturalmente na elevação nos indicadores de endividamento.

A alavancagem, medida pela relação dívida total/LTM EBITDA ajustado(d) aumentou para 1,5x em 30 de junho de 2009, contra 1,0x em 31 de março de 2009, mantendo ainda uma posição saudável.

A relação dívida total/enterprise value(e) era 19,9% em 30 de junho de 2009, ante 25,1% em 31 de março de 2009.

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado/LTM pagamento de juros(f), reduziu-se de 14,0x em 31 de março de 2009 para 10,8x em 30 de junho de 2009.

Considerando as posições de hedge, 41% de nossa dívida total em 30 de junho de 2009 era atrelada a taxas de juros flutuantes e 59% a taxas fixas, enquanto 97% era denominada em dólares americanos e o restante em outras moedas.

Tabela 7 - INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO

em US$ milhões 2T08 1T09 2T09

Dívida bruta 20.372 18.414 19.493

Dívida líquida 18.218 6.200 8.301

Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado(x) 1,2 1,0 1,5 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 13,04 13,96 10,83

Dívida bruta / EV (%) 11,14 25,12 19,87

EV= Enterprise Value = capitalização de mercado + dívida líquida

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INVESTIMENTO

No 2T09, os investimentos da Vale, excluindo aquisições, somaram US$ 2,080 bilhões. Investimos US$ 1,363 bilhão no desenvolvimento de projetos de crescimento orgânico, US$ 254 milhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e US$ 463 milhões na manutenção das operações existentes.

O capex no primeiro semestre do ano totalizou US$ 3,794 bilhões. Além disso, foram gastos US$ 1,45 bilhão na aquisição de ativos de cobre (US$ 65 milhões),

7 A frequência esperada de inadimplência (expected default frequency), EDFTM, é uma medida de crédito baseada em indicadores de mercado, desenvolvida pela Moody´s KMV. Ela mede a probabilidade de inadimplência num período de doze meses. Por ser baseada em informações observáveis no mercado de capitais, a EDF promove avaliação objetiva e em tempo real do risco de crédito e apresenta bons resultados como previsor de inadimplência.

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2T09

carvão (US$ 306 milhões) e potássio (US$ 857 milhões) e pagos US$ 216 milhões pela segunda parcela do contrato de 30 anos de exploração do trecho de 720 km da Ferrovia Norte-Sul (FNS), assinado em 2007. O valor foi pago ao governo brasileiro após a entrega do trecho de 213,2 km recém construído. A parcela final será paga no término do último trecho a ser entregue, esperado para abril de 2010. Por outro lado, vendemos em abril o restante de nossa participação no capital da Usiminas por US$ 595 milhões, equivalente a US$ 273 milhões.

Em 22 de julho, assinamos memorando de entendimento com a ThyssenKrupp para elevar nossa participação na ThyssenKrupp CSA (CSA) de 10% para 26,9%, através do aporte de capital de EUR$ 965 milhões. A CSA está construindo uma planta de produção de placas de aço no Brasil, com capacidade para produzir 5 milhões de toneladas métricas ao ano, com início previsto para o 1S10. Além das instalações para produção de placas de aço, o projeto inclui planta de geração de energia elétrica e um terminal marítimo.

A Vale é a única e exclusiva fornecedora de minério de ferro e pelotas para a CSA, sob contrato de 30 anos.

Este investimento está em linha com nossas iniciativas de expandir o mercado brasileiro de minério de ferro através da atração de novos projetos para a produção de aço no País. Esse dispêndio não está incluído no orçamento de investimentos de 2009, de US$ 9,0 bilhões.

Investimentos em P&D compreenderam US$ 149 milhões aplicados no programa de exploração mineral, US$ 100 milhões em estudos conceituais, de pré-viabilidade e de pré-viabilidade, e US$ 4 milhões no desenvolvimento de novos processos, inovações tecnológicas e adaptação de tecnologias.

Investimentos em minerais não-ferrosos somaram US$ 694 milhões, devido aos vários projetos em desenvolvimento – Onça Puma, Goro, Salobo, Tres Valles, Bayóvar. Foram gastos US$ 420 milhões com investimentos em ferrosos, US$ 585 milhões em logística, - dos quais US$ 98 milhões investidos na aquisição de navios usados -, US$ 155 milhões em energia, US$ 137 milhões em carvão - com o desenvolvimento dos projetos de Moatize e Carborough Downs -, US$ 50 milhões em projetos de siderurgia e US$ 38 milhões em atividades corporativas e outros segmentos de negócios.

Tabela 8 – INVESTIMENTO REALIZADO POR CATEGORIA

US$ milhões 2T08 % 1T09 % 2T09 %

Crescimento orgânico 1.788 77,3 1.303 76,0 1.617 77,7

Projetos 1.521 65,8 1.121 65,4 1.363 65,5

P&D 267 11,5 182 10,6 254 12,2

Sustentação das operações existentes 524 22,7 411 24,0 463 22,3

Total 2.312 100,0 1.714 100,0 2.080 100,0

Tabela 9 – INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO

US$ milhões 2T08 % 1T09 % 2T09 % Minerais ferrosos 500 21,6 360 21,0 420 20,2 Minerais não-ferrosos 1.181 51,1 726 42,4 695 33,4 Logística 397 17,2 317 18,5 585 28,1 Carvão 61 2,6 88 5,1 137 6,6 Energia 81 3,5 87 5,1 155 7,4 Aço 14 0,6 64 3,7 50 2,4 Outros 78 3,4 72 4,2 38 1,8 Total 2.312 100,0 1.714 100,0 2.080 100,0

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Descrição dos principais projetos

Orçamento US$ milhões Área Projeto 2009 Total Descrição Carajás 130 Mtpa

455 2.478 Este projeto adicionará 30 Mtpa à capacidade atual. O

projeto compreende investimentos na instalação de uma nova planta, composta por uma nova usina de britagem primária, unidades de beneficiamento e classificação e investimentos significativos em logística. A aquisição de equipamentos e as obras civis do quarto virador de vagões e pátios de estocagem estão em andamento. Início planejado para o 1S12, dependendo da concessão de licenças ambientais.

Carajás – adicional 10 Mtpa

85 290 O projeto adicionará 10 Mtpa de minério de ferro à

capacidade atual e envolverá investimentos para repotenciamento de uma planta a seco e aquisição de uma nova planta. Previsão de start-up para 1S10.

Carajás Serra Sul (mina S11D)

233 11.297 Localizado na serra sul de Carajás, no estado do Pará,

este projeto terá capacidade de produzir 90 Mtpa. Conclusão prevista para 1S13 sujeita a obtenção de licenças ambientais. O projeto ainda está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.

Apolo 9 2.509 Projeto no Sistema Sudeste com capacidade de produção

de 24 Mtpa de minério de ferro. Start-up previsto para 1S13, sujeito às condições de mercado. O projeto ainda está sujeito à aprovação do Conselho de Administração.

Corredor Sudeste

107 553 Expansão da Ferrovia Vitória a Minas (EFVM) e do Porto

de Tubarão. Conclusão esperada para 2S09.

Tubarão VIII 230 636 Planta de pelotização a ser construída no complexo de

Tubarão, no estado do Espírito Santo, com capacidade de produção de 7,5 Mtpa. Conclusão, originalmente prevista para o 1S11, depende das condições do mercado.

Minerais Ferrosos/ Logística

Omã 353 1.356 Projeto de construção de uma usina de pelotização no

distrito industrial de Sohar, Omã, no Oriente Médio, para a produção de 9 Mtpa de pelotas de redução direta e centro de distribuição com capacidade de movimentação de 40 Mtpa. O início de operação está previsto para o 2S10.

Onça Puma 435 2.297 Projeto com capacidade nominal de produção de 58.000

tpa de níquel contido em ferro-níquel, seu produto final. A primeira linha está prevista para ser comissionada em junho de 2010. O start-up depende das condições de mercado.

Goro 520 4.083 O projeto terá capacidade nominal de produção de 60.000

tpa de sínter de óxido de níquel e 4.600 t de cobalto. A primeira autoclave está programada para ser ligada no 3T09. O período de ramp-up é originalmente estimado em três anos, para minimizar riscos operacionais.

Minerais Não Ferrosos

Totten 51 362 Mina em Sudbury, Canadá, que visa produzir 8.200 tpa de

níquel, além de cobre e metais preciosos como sub-produtos. O projeto está sendo implementado e a conclusão está prevista para o 1S11, sujeita às condições de mercado.

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US GAAP

2T09

Salobo 375 1.152 O projeto terá capacidade de produção anual de 127.000

toneladas métricas de cobre contido em concentrado. Implantação em andamento, com obras civis iniciadas. Conclusão prevista para o 1S11, sujeita às condições de mercado.

Expansão Salobo

6 855 O projeto ampliará capacidade de produção anual da mina

de Salobo de 127.000 para 254.000 toneladas métricas de cobre contido em concentrado. Conclusão estimada para 2S13, sujeita às condições de mercado.

Tres Valles 56 102 Localizado na região de Coquimbo, no Chile, tem

capacidade de produção de 18.000 tpa de cobre catodo. Conclusão prevista para o 1S10.

Bayóvar 308 479 Mina a céu aberto no Peru com capacidade nominal de

produção de 3,9 Mtpa de concentrado fosfórico. Obtida a principal licença de implantação. Projeto em implantação com previsão de conclusão para 2S10.

CAP 36 2.200 A nova refinaria de alumina será localizada em Barcarena,

no estado do Pará. A planta terá capacidade de produção de 1,86 Mtpa de alumina, com potencial para futura expansão para até 7,4 Mtpa. A conclusão do projeto está prevista para o 2S12.

Paragominas III 12 487 A terceira fase da mina de Paragominas, Paragominas III,

adicionará à capacidade existente 4,95 Mtpa de bauxita e conclusão prevista para 2S12.

Carborough Downs

122 330 Expansão da mina subterrânea de carvão de Carborough

Downs, localizada em Queensland, Austrália. Prevê a instalação do equipamento de mineração contínua longwall e duplicação da planta de lavagem e manuseio de carvão (CHPP) no 2S09. O projeto permitirá que a mina atinja a capacidade de 4,4 Mtpa em 2011.

Carvão

Moatize 319 1.322 O projeto localiza-se em Moçambique e terá capacidade de

produção de 11 Mtpa, sendo 8,5 milhões de carvão metalúrgico e 2,5 milhões de carvão térmico. Conclusão atualmente prevista para o 2S10.

Karebbe 83 410 Usina hidrelétrica de Karebbe na Indonésia tem como

objetivo o suprimento de 90 MW para as operações da Indonésia, visando redução de custo de produção por substituição do uso de óleo. Obras iniciadas e principais equipamentos adquiridos. A previsão de início de operação é 1S11.

Energia

Estreito 166 514 A usina hidrelétrica do Estreito, no rio Tocantins, entre os

estados do Maranhão e Tocantins, já obteve licença de implantação e encontra-se em construção. A Vale possui participação de 30% no consórcio que construirá e operará a usina que terá capacidade instalada de 1.087 MW. A conclusão está prevista para 2S10.

À

O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS

ƒ Minerais ferrosos

No 2T09, os embarques de minério de ferro e pelotas totalizaram 53,821 milhões de toneladas métricas, 3,3% acima do 1T09. O volume de venda de minério de ferro somou 50,668 milhões, 1,7% superior, enquanto o de pelotas atingiu 3,153 milhões de toneladas métricas – 38,8% acima do 1T09.

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US GAAP

2T09

Temos sido bem sucedidos na exploração da tendência de alta das importações de minério de ferro chinesas. Nossos embarques para o país atingiram outro recorde trimestral histórico, totalizando 35,611 milhões de toneladas métricas, representando 66,2% dos embarques totais, comparado a 8,2% para o Brasil, 6,3% para o Japão e 4,2% para a Coréia do Sul.

Os embarques para a Europa permaneceram em torno de apenas 5 milhões de toneladas métricas, contra 18,9 milhões no 2T08. A indústria européia de aço carbono tem mantido uma taxa média de utilização de capacidade de 50% e apenas recentemente está começando a mostrar sinais do fim da fase de desestocagem. Nossas vendas para o mercado brasileiro atingiram 4,4 milhões de toneladas métricas, aumentando 26,1% em bases trimestrais. O volume ainda é pequeno se comparado com o passado, porém já indica melhoria nas condições da demanda. As receitas geradas com as vendas de minério de ferro foram de US$ 2,423 bilhões, apresentando uma queda de 22,6% contra o 1T09. Os preços médios de venda declinaram 23,8%, de US$ 62,79 no trimestre anterior para US$ 47,82 por tonelada métrica.

As vendas de pelotas geraram receitas de US$ 176 milhões, ante US$ 269 milhões no 1T09. Os preços médios sofreram queda de 52,9%, de US$ 118,45 para US$ 55,82 por tonelada métrica.

Como explicado anteriormente, reconhecemos nas nossas receitas do 2T09 a totalidade do impacto das mudanças nos preços benchmark de minério de ferro e pelotas de 2009, independentemente do status da negociação com cada cliente. Deste modo, no 2T09 tivemos um ajuste retroativo em relação às vendas do 1T09 realizadas sob preços provisórios da ordem de US$ 166 milhões, sendo US$ 112 milhões derivadas das vendas de minério de ferro e US$ 54 milhões das vendas de pelotas.

Excluindo o ajuste retroativo, o preço médio de vendas do minério de ferro no 2T09 seria US$ 50,03 por tonelada métrica e para pelotas US$ 72,95.

É importante salientar que a receita reportada é líquida de custos com frete marítimo, implicando em preços de vendas C&F comparáveis aos preços de vendas FOB. Neste trimestre, vendemos 25,4 milhões de toneladas métricas de minério de ferro e pelotas em base C&F.

O volume vendido de manganês no 2T09 atingiu 297 mil toneladas métricas, sendo 395% superior ao 1T09, o qual registrou volume de vendas de 60 mil - após ajuste realizado durante o 2T09 -, refletindo uma melhora na demanda da indústria do aço. As vendas de ferro ligas totalizaram 71 mil toneladas métricas, 34,0% acima do 1T09, quando vendemos 53 mil toneladas métricas.

A receita das vendas de minério de manganês totalizaram US$ 43 milhões, quase três vezes o valor gerado no 1T09, de US$ 15 milhões. O preço médio de venda atingiu US$ 144,78 por tonelada métrica, 42,1% abaixo do preço realizado no 1T09.

As vendas de ferro ligas produziram receita de US$ 69 milhões, contra US$ 77 milhões no trimestre anterior, com preços médios de venda declinando de US$ 1.452,83 por tonelada métrica no 1T09 para US$ 971,83.

As vendas de minerais ferrosos – minério de ferro, pelotas, manganês, ferro ligas e ferro gusa – produziram uma receita total de US$ 2,716 bilhões no 2T09, vis-à-vis US$ 3,505 bilhões no 1T09.

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20

US GAAP

2T09

A margem EBIT ajustado para o segmento de minerais ferrosos no 2T09 foi de 39,8%, contra 56,5% no 1T09. A queda foi principalmente determinada pelo impacto de menores preços benchmark de minério de ferro e pelotas, contemporâneo e retroativo, além do efeito da variação cambial nos custos. Se realocarmos o ajuste de preços retroativo, a margem EBIT ajustado seria de 43,3% no 2T09, contra 54,4% no 1T09.

O EBITDA ajustado do segmento de minerais ferrosos totalizou US$ 1,459 bilhão, comparado a US$ 2,212 bilhões no 1T09.

O decréscimo de US$ 753 milhões no 2T09 vis-à-vis o 1T09 foi devido aos menores preços, que impactaram negativamente o EBITDA ajustado em US$ 1,037 bilhão, e ao efeito da variação nas taxas de câmbio sobre o nosso CPV, de US$ 91 milhões. Maiores volumes (US$ 177 milhões), menores despesas com vendas, gerais e administrativas (US$ 104 milhões), redução nos preços de insumos (US$ 30 milhões) e um aumento nos dividendos recebidos de empresas não consolidadas (US$ 64 milhões) contribuíram positivamente para neutralizar parcialmente o impacto desfavorável dos fatores mencionados.

Tabela 10 - VENDAS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS POR DESTINO

mil toneladas métricas 2T08 % 1T09 % 2T09 %

Américas 19.229 24,4 3.752 7,2 5.094 9,5

Brasil 15.603 19,8 3.485 6,7 4.393 8,2

Siderúrgicas e produtores de gusa 12.149 15,4 3.485 6,7 4.393 8,2

JVs de pelotização 3.454 4,4 - - - EUA 768 1,0 - - 77 0,1 Outros 2.858 3,6 267 0,5 624 1,2 Ásia 37.522 47,6 42.772 82,1 42.561 79,1 China 25.061 31,8 34.631 66,5 35.611 66,2 Japão 8.282 10,5 4.247 8,2 3.372 6,3 Coréia do Sul 3.274 4,2 3.192 6,1 2.269 4,2 Outros 905 1,1 702 1,3 1.309 2,4 Europa 18.904 24,0 5.000 9,6 4.738 8,8 Alemanha 5.168 6,6 1.748 3,4 1.396 2,6 Reino Unido 2.133 2,7 1.521 2,9 1.261 2,3 França 2.515 3,2 296 0,6 490 0,9 Bélgica 2.086 2,6 44 0,1 - Itália 2.310 2,9 658 1,3 595 1,1 Outros 4.692 5,9 733 1,4 996 1,9 Resto do mundo 3.203 4,1 576 1,1 1.428 2,7 Total 78.858 100,0 52.100 100,0 53.821 100,0

Tabela 11 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

US$ milhões 2T08 1T09 2T09

Minério de ferro 4.947 3.129 2.423

Serviços de operação de usinas de pelotização 15 4 3

Pelotas 1.168 269 176

Manganês 83 15 43

Ferro ligas 346 77 69

Outros 93 11 2

Total 6.652 3.505 2.716 Tabela 12 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada métrica 2T08 1T09 2T09

Minério de ferro 69,80 62,79 47,82

Pelotas 146,33 118,45 55,82

Manganês 275,75 250,00 144,78

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US GAAP

2T09

Tabela 13 - VOLUME VENDIDO

mil toneladas métricas 2T08 1T09 2T09

Minério de ferro 70.876 49.829 50.668

Pelotas 7.982 2.271 3.153

Manganês 301 60 297

Ferro ligas 125 53 71

Tabela 14 - INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS

2T08 1T09 2T09

Margem EBIT ajustado (%) 59,3 56,5 39,8

EBITDA ajustado (US$ milhões) 4.311 2.212 1.459

ƒ Minerais não-ferrosos

As receitas com minerais não-ferrosos alcançaram US$ 1,909 bilhão, sendo US$ 394 milhões superiores às do 1T09. O crescimento foi influenciado principalmente pela elevação dos preços (US$ 158 milhões) e maiores embarques de níquel (US$ 119 milhões), ao lado da elevação dos preços de cobre (US$ 84 milhões).

As vendas de níquel foram responsáveis por receitas de US$ 916 milhões, contra US$ 639 milhões no 1T09. O aumento de 22,7% no preço médio de níquel, de US$ 10.777 para US$ 13.224 por tonelada métrica no 2T09, contribuiu com 57,0% do crescimento de US$ 277 milhões na receita enquanto os maiores volumes contribuíram com 43,0%.

O total de embarques de níquel refinado foi de 69 mil toneladas métricas no 2T09, registrando elevação de 16,8% contra o 1T09, com a Ásia representando 70,9% do crescimento.

As receitas com as vendas de bauxita, alumina e alumínio foram iguais a US$ 468 milhões, comparada a US$ 441 milhões no 1T09. O incremento foi determinado pelo aumento nos embarques (81,5%) e nos preços médios (18,5%).

O preço médio de venda do alumínio foi US$ 1.451,61 por tonelada métrica no 2T09 contra US$ 1.519,69 no 1T09, enquanto o preço da alumina, o qual é majoritariamente indexado ao preço do metal, apresentou uma pequena mudança de US$ 194,91 no 1T09 para US$ 196,01 por tonelada métrica.

No 2T09, vendemos 124 mil toneladas métricas – vs. 127 mil no 1T09 – de alumínio e 1,403 milhão de toneladas métricas – vs. 1,257 milhão no 1T09 – de alumina.

Desde 1º de abril de 2009,a Valesul encerrou as atividades de smelter de alumínio, transformando-se em produtora de tarugos, a partir do emprego de lingotes de alumínio primário e sucata comprados de terceiros.

As vendas de cobre totalizaram US$ 271 milhões, comparadas a US$ 236 milhões no 1T09. Preços mais elevados mais do que compensaram os menores volumes embarcados. O preço médio de venda de cobre foi US$ 5.051,54 por tonelada métrica no 2T09, acima dos US$ 3.566,36 no 1T09.

As vendas de cobre durante o trimestre atingiram 54 mil toneladas métricas, 18,2% inferior ao volume embarcado no 1T09, principalmente devido à menor produção, 61,2 mil contra 73,3 mil toneladas métricas no 1T09, devido à paralisação das operações em Sudbury desde 1º de junho.

Os metais do grupo da platina (PGM) produziram receitas de US$ 54 milhões, semelhante à do trimestre anterior. Apesar do baixo nível de atividade da indústria automobilística no mundo – os catalisadores de automóvel são responsáveis por

(22)

22

US GAAP

2T09

50% do consumo de platina – os preços médios de platina permaneceram constante, em US$ 1.028,53 por onça troy, devido à demanda por jóias relativamente mais forte das economias emergentes e a significativa expansão da indústria automobilística chinesa.

As receitas com vendas de cobalto totalizaram US$ 12 milhões, com redução de 7,7% em relação ao trimestre anterior, quando chegaram a US$ 13 milhões. Os preços do cobalto sofreram uma queda no trimestre, atingindo US$ 7,99 por libra contra US$ 9,27 no trimestre anterior, tendo em vista que a demanda para a fabricação de super-ligas continuou fraca.

As receitas com potássio aumentaram 86,2% em bases trimestrais, alcançando US$ 121 milhões no 2T09, devido a maiores volumes de vendas. O volume vendido aumentou para 192 mil toneladas métricas, ante 105 mil no 1T09, influenciado pelo aumento sazonal da demanda no Brasil. O preço médio de venda foi de US$ 630,21 por tonelada métrica no 2T09, próximo ao registrado no 1T09, de US$ 619,05. No 2T09, as receitas de caulim somaram US$ 42 milhões, contra US$ 39 milhões no trimestre anterior, graças às maiores vendas para a Ásia.

A margem EBIT ajustado para não-ferrosos melhorou no 2T09, alcançando 0,2% depois de apresentar margem negativa nos últimos dois trimestres, menos 23,5% e 17,2% no 4T08 e 1T09, respectivamente. A deterioração da margem do alumínio reduziu parcialmente o efeito de melhora na lucratividade dos negócios de níquel, cobre e potássio.

O EBITDA ajustado de não-ferrosos totalizou US$ 413 milhões no 2T09 versus US$ 155 milhões no 1T09.

Tabela 15 - RECEITA OPERACIONAL POR PRODUTO

em US$ milhões 2T08 1T09 2T09 Níquel 1.870 639 916 Cobre 621 236 271 Caulim 54 39 42 Potássio 105 65 121 PGMs 116 53 54 Metais preciosos 28 29 26 Cobalto 57 13 12 Alumínio primário 395 194 193 Alumina 329 245 275 Bauxita 4 2 -Total 3.579 1.515 1.909 Tabela 16 - PREÇOS MÉDIOS REALIZADOS

US$ por tonelada métrica 2T08 1T09 2T09

Níquel 26.992,70 10.776,51 13.223,86

Cobre 8.483,61 3.566,36 5.051,54

Caulim 189,47 217,88 217,62

Potássio 580,11 619,05 630,21

Platina (US$ por onça troy) 2.036,90 1.020,56 1.028,53 Cobalto (US$ por lb) 38,88 9,27 7,99

Alumínio 3.126,98 1.519,69 1.451,61

Alumina 382,11 194,91 196,01

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