GUIA PARA A RETOMA DO TURISMO

(1)

1 Guia par a a r et oma do Turismo E-BOOK IPD

GUIA PARA A RETOMA

DO

TURISMO

Uma análise do IPDT® - Turismo e Consultoria

que conta com a opinião de vários gestores

responsáveis pelo turismo dos municípios

portugueses, no contexto da pandemia

de COVID-19.

(2)

2 Guia par a a r et oma do Turismo

O turismo está perante um grande desafio. A pandemia de COVID-19 criou novos comportamentos, necessidades e exigências que devem ser integradas pelas empresas e destinos turísticos nas suas políticas de gestão. Neste momento de antecipação da retoma e de preparação do futuro é fundamental perceber que o turismo da próxima década será muito diferente.

A Sustentabilidade e a Segurança são as palavras-chave

que devem guiar a atuação concertada de todo ecossistema turístico, com destaque para a necessidade da manutenção e criação de postos de trabalho e qualificação dos recursos humanos, garantia dos níveis de qualidade dos serviços e produtos turísticos, aposta em planos de comunicação e definição de modelos de valorização do património local e cultural.

No âmbito do compromisso com o desenvolvimento de modelos positivos de turismo, o IPDT® - Turismo e Consultoria lança o e-book "Guia para a Retoma do Turismo" com o objetivo de contribuir para uma melhor tomada de decisão dos gestores das empresas e destinos turísticos portugueses.

Para o desenvolvimento do e-book "Guia para a Retoma do Turismo", lançou-se o inquérito IPDT® - Retoma do Turismo consultando a opinião dos técnicos superiores e executivos dos Municípios e das Entidades Regionais do Turismo

responsáveis pela gestão do setor.

INTRODUÇÃO

Durante o mês de agosto de 2020, os participantes do programa ALA+T – Qualificar para o Turismo – um projeto do IPDT® que conta com apoio do Turismo de Portugal – responderam a várias questões relacionadas com o turismo do futuro, tendo-se obtido 73 questionários válidos, que correspondem a uma taxa de resposta de 37%.

O presente documento combina a opinião destes

profissionais que, diariamente, planeiam e promovem os destinos portugueses, com uma análise aturada do IPDT® aos impactos e alterações do comportamento dos turistas por consequência da pandemia de COVID-19, tendo como base o Barómetro do Turismo IPDT® e vários estudos

(3)

1

Como e quando deverá ser o momento da retoma do turismo?

2

Como será a atividade turística nos próximos meses?

3

Quais são as prioridades de intervenção a curto-prazo?

4

Quem são os turistas do futuro?

MENSAGEM

SET

Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo

MENSAGEM

IPDT

® António Jorge Costa, Presidente IPDT®

DESTAQUES

FONTES

*Índice clicável

ÍNDICE

*

MENSAGEM

TP

Luís Araújo, Presidente do Turismo de Portugal

(4)

4 Guia par a a r et oma do Turismo Rita Marques

Secretária de Estado do Turismo

REFORÇAR ESFORÇOS

Ultrapassada esta fase, teremos de reforçar esforços no sentido de retomar o caminho que estávamos a percorrer na prossecução das metas da Estratégia Turismo 2027 (ET27), inovando e trabalhando para que Portugal seja reconhecido como líder

do turismo do futuro.

Antes demais, temos de inovar na oferta,

adaptando-a às novas tendências da procura. Os critérios que pautarão a procura no futuro serão naturalmente distintos. Assistiremos a alterações no comportamento do cliente, que procurará em primeiro lugar mais segurança.

Por um lado, o cumprimento e adoção de padrões e medidas de segurança por parte dos equipamentos e instalações turísticas, tendo em conta que

a segurança sanitária e/ou alimentar será uma prioridade.

Por outro lado, a implementação de uma política de informação que permita uma comunicação clara quanto à identificação de eventuais desafios de

segurança, bem como o controlo de possíveis riscos inerentes à prática turística e ainda a divulgação

de informação sobre a oferta de serviços de apoio em casos de emergência, que se tornará numa

prioridade.

Em segundo lugar, o cliente procurará mais flexibilidade aquando da escolha do destino turístico. Teremos de inovar, conferindo aos turistas mais direitos em matéria de viagens, nomeadamente no que se refere aos requisitos

de informação ou à responsabilidade de cada parte pela execução da viagem, em especial se esta

não for corretamente executada ou em caso de alteração de determinadas circunstâncias.

Em terceiro lugar, o cliente procurará mais atividades de nicho, nas quais a saúde e as

experiências ao ar livre serão seguramente fatores diferenciadores, impondo-se assim trabalhar

a oferta que privilegia a natureza. Felizmente, Portugal concentra paisagens e espécies tão variadas que fazem de qualquer viagem, por

mais pequena que seja, um prazer de descoberta.

Das montanhas imponentes às vastas planícies, das praias de areais sem fim onde as ondas se desfazem lentamente à costa recortada banhada pelo oceano impetuoso, o país tem de tudo

(5)

5 Guia par a a r et oma do Turismo E-BOOK IPD Luís Araújo

Presidente do Turismo de Portugal

MENSAGEM TURISMO DE PORTUGAL

AMBIÇÃO DE LIDERAR

Mesmo com a crise do Covid-19, há algo que não mudou: a nossa ambição de liderar o turismo do futuro. Continuamos a apostar nesse objetivo para mobilizar todo o setor, no sentido de nos posicionarmos o melhor possível para poder

aproveitar a retoma económica quando ela surgir. Foi por isso que mobilizámos tantos recursos para apoiar as empresas durante a pandemia. O objetivo traçado foi dar condições às empresas para se

manterem viáveis porque no futuro o Turismo será, de novo, um dos principais, senão o principal, motor de crescimento económico e gerador de emprego, de riqueza e de bem-estar social. Será assim em Portugal e no mundo.

O sucesso da Estratégia Turismo 2027, que tem vindo a granjear rasgados elogios ao turismo

português, depende da colaboração e envolvimento da sociedade e de todos os agentes do setor,

públicos e privados. Mais do que nunca, ser líder do turismo do futuro implica posicionar Portugal como um destino sustentável, com um território coeso, inovador e competitivo, um país que valoriza as

profissões turísticas e atrai talento. Um destino para visitar, investir, viver e estudar.

Queremos regressar aos resultados extraordinários dos últimos anos. Não tenho dúvidas de que, todos juntos, conseguiremos. Agora mais do que nunca, com metas comuns, esforço e dedicação, para

continuar a afirmar Portugal como destino mundial de referência. •

(6)

É TEMPO DE ASSUMIR UM MODELO POSITIVO

DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO

A COVID-19 surge como uma oportunidade para refletir sobre um novo modelo de desenvolvimento dos destinos turísticos.

A resposta a esta nova realidade reside num novo

modelo de crescimento do turismo, em que os destinos estarão comprometidos com a sustentabilidade, com

a coesão territorial e social, com a inovação, com o

empreendedorismo e a tecnologia e com a valorização das pessoas. •

António Jorge Costa

(7)

COMO E QUANDO DEVERÁ SER

O MOMENTO DA RETOMA DO TURISMO?

Quando

vamos alcançar

os resultados

registados antes

da pandemia?

Quando

vão regressar

os turistas

internacionais?

Quais são

os mercados

que vão visitar o

destino Portugal

no curto-prazo?

VOLTAR AO ÍNDICE

Qu

v

7

(8)

8

Parte 1:

C

omo e quando de

v

erá ser o moment

o da r

et

oma do turismo

?

2022

O ANO DO REGRESSO

AOS RESULTADOS PRÉ-COVID

O início da retoma

2021 será o ano em que se inicia a retoma do turismo. O maior

conhecimento das medidas de proteção, a melhor preparação dos destinos para garantir a segurança de todos

e o aumento da confiança em viajar para o estrangeiro são os fatores que vão alavancar o crescimento

da atividade turística já em 2021.

A vacina será

fator-chave

A possível descoberta da vacina para a COVID—19 será um momento crucial para o turismo, aumentando a confiança e o desejo de viajar.

2022, regresso

à normalidade

Acredita-se que em 2022 a pandemia de COVID-19 estará ultrapassada.

As pessoas vão sentir-se mais seguras para viajar e o ecossistema turístico recuperará, o que tornará possível alcançar resultados próximos dos registados em 2018 e 2019. VOLTAR AO ÍNDICE 2021

12

%

56

%

18

%

14

% 2022 2023 2024

56% DOS INQUIRIDOS AFIRMAM

QUE EM 2022 SERÃO ALCANÇADOS OS RESULTADOS DE 2019

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020

(9)

Guia par a a r et oma do Turismo E-BOOK IPD 9

TURISMO INTERNACIONAL REGRESSA

"EM FORÇA" NO VERÃO 2021

Verão’21,

a grande chegada

Embora haja um aumento considerável de turistas internacionais em Portugal já na primavera de 2021, será no verão do mesmo ano que acontecerá o primeiro grande momento da sua chegada

ao país.

2022, o ano

da confirmação

Após 2021 ser marcado pelo regresso do turismo internacional, será 2022 a confirmar essa tendência, voltando a registar-se os valores alcançados em 2018 e 2019.

Turista internacional

menos sazonal?

Há uma grande expetativa de que em 2022 já se verifique uma menor sazonalidade da procura turística internacional. Embora o verão de 2022 possa apresentar fluxos de turismo mais elevados, as demais estações devem aproximar-se da sua "quota de

mercado". VOLTAR AO ÍNDICE 2022 1ºTri. 2022 2ºTri. 2022 3ºTri. 2022 4ºTri. 2021 2ºTri. 2021 1ºTri. 2021 3ºTri. 2021 4ºTri.

11

%

26

%

6

%

10

%

10

%

17

%

20

%

0

%

26% DOS INQUIRIDOS ACREDITAM QUE O REGRESSO EM GRANDE ESCALA DO TURISMO INTERNACIONAL ACONTECERÁ JÁ NO VERÃO DE 2021

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 Parte 1: C omo e quando de v

erá ser o moment

o da r

et

oma do turismo

?

(10)

10

PORTUGAL E ESPANHA

DEVEM SER A PRINCIPAL APOSTA

A CURTO-PRAZO

2020 e início de 2021 dependem

do turismo interno

Segundo o Barómetro do Turismo IPDT®_{, a principal}

força do turismo em Portugal será o mercado interno. As viagens domésticas são uma tendência atual e devem manter-se até ao primeiro semestre de 2021.

A instabilidade das ligações aéreas, o aparecimento

da 2ª vaga de COVID-19 e o sentimento generalizado de insegurança devem limitar a reserva de viagens

para destinos internacionais.

Espanhóis vão continuar

a viajar para Portugal

A proximidade com Espanha é um fator decisivo na escolha de Portugal.

Um estudo da TravelgateX de ago'20 revela que Portugal, este ano, ultrapassou Itália enquanto principal destino de férias dos espanhóis. Se analisarmos por distritos, em 2020 encontramos 6 regiões portuguesas no TOP 10 das intenções de férias dos espanhóis. Este é um valor positivo por comparação a

2019, em que só encontrávamos Faro e Lisboa no mesmo ranking. Destaque para Faro que se encontra em 1º lugar nas reservas dos espanhóis em 2020, superando Londres (que estava na liderança em 2019).

31

%

DOS MEMBROS DO PAINEL DO BARÓMETRO DO TURISMO IPDT®_{AFIRMAM QUE OS}

RESULTADOS DO TURISMO INTERNO

EM PORTUGAL EM 2020 VÃO SER IGUAIS OU MELHORES DOS REGISTADOS EM 2019

Países mais reservados

Distritos mais reservados

2019 2019 ITÁLIA LONDRES 1º 1º ITÁLIA PORTO FRANÇA LISBOA ANDORRA PARIS TUNÍSIA LEIRIA PORTUGAL FARO PORTUGAL ROMA 2º 2º TAILÂNDIA BANGKOK 3º 3º EUA PARIS 4º 4º FRANÇA MILÃO 5º 5º 2020 2020 VOLTAR AO ÍNDICE Fonte: Travelgate X agosto'20 10 Parte 1: C omo e quando de v

erá ser o moment

o da r

et

oma do turismo

(11)

Guia par a a r et oma do Turismo E-BOOK IPD

TENDÊNCIAS

A CURTO-PRAZO

FRANÇA, ALEMANHA

E REINO UNIDO

EM DESTAQUE

75% dos respondentes afirmam que os

britânicos são um mercado importante para Portugal no curto-prazo. As intenções de férias dos britânicos para Portugal mantêm-se acima da média. No entanto há que ter em atenção os avanços e recuos no corredor aéreo

entre o Reino Unido e Portugal que estão a influenciar a decisão de viagem, assim como o próprio BREXIT.

Um estudo da Google

de ago’20 mostra que 29% dos ingleses pretendem viajar para destinos rurais.

VOLTAR AO ÍNDICE 9 em cada 10 inquiridos afirmam que este será

o mercado internacional que mais procurará Portugal para fazer férias depois de Espanha. A boa gestão da crise pandémica continuará a ser determinante para motivar os franceses a visitar o nosso país.

Um estudo da Google de ago’20 mostra que 27% dos franceses pretendem viajar para destinos de praia.

FRANÇA deverá continuar a ser aposta

A Alemanha deverá ser um mercado que irá continuar a procurar Portugal, de acordo com 70% dos inquiridos. A estabilidade das ligações aéreas e a relação qualidade-preço são fatores que devem motivar a procura deste mercado.

Um estudo da IPK International (ago’20) revela que 7 em cada 10 alemães tencionam viajar para o estrangeiro, mesmo sem

a existência de uma vacina.

ALEMANHA continuará a procurar Portugal

BRITÂNICOS são um mercado importante

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 11 Parte 1: C omo e quando de v

erá ser o moment

o da r

et

oma do turismo

?

(12)

Guia par a a r et oma do Turismo

HOLANDA

EM LIGEIRO

CRESCIMENTO

BRASIL E ESTADOS

UNIDOS EM QUEBRA

Existem indicadores interessantes sobre a evolução do mercado holandês. 40% dos

inquiridos consideram que, a curto-prazo, este poderá ser um dos mercados mais importantes para Portugal.

Nos últimos anos, o mercado brasileiro vinha a

consolidar-se como um dos mais importantes para Portugal. A evolução da COVID-19 no Brasil, faz com que se registe uma diminuição significativa da procura deste mercado emissor por Portugal. Recorde-se que, até setembro de 2020, as ligações aéreas entre Brasil e Portugal estão limitadas a deslocações de carácter essencial.

Os norte americanos também vão diminuir a procura por Portugal em 2020. No entanto, este mercado mostra-se bastante predisposto a viajar aquando o lançamento de uma vacina. Será importante

considerar o impacto económico que a crise global terá nos Estados Unidos da América e no poder de compra dos norte americanos, que poderão, por esse motivo, diminuir a procura por viagens.

Segundo um estudo da Google

de ago'20, 45% dos holandeses vão viajar para destinos rurais, sendo

o país analisado onde esta tendência de viagem é maior.

VOLTAR AO ÍNDICE

HOLANDA com bons indicadores

BRASIL com uma diminuição significativa

EUA também vão diminuir a procura

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 12 Parte 1: C omo e quando de v

erá ser o moment

o da r

et

oma do turismo

(13)

COMO SERÁ A ATIVIDADE TURÍSTICA

NOS PRÓXIMOS MESES?

Como será o

turista de 2020

e 2021?

A curto-prazo,

será o preço

decisivo para

as viagens?

O que devem

os negócios do

turismo alterar

na sua oferta?

VOLTAR AO ÍNDICE

Co

t

(14)

14

A SEGURANÇA SANITÁRIA SERÁ

DETERMINANTE PARA AS VIAGENS

A CURTO-PRAZO

Preço deixará de ser

tão determinante

A curto-prazo o turista irá priorizar a

segurança, optando por destinos e ofertas ligeiramente mais caras caso possam

usufruir de experiências mais seguras.

Preços baixos não

compensam o risco

Um estudo da Singerman e Makón (ago’20) refere que mais de 70% das pessoas não ponderam viajar para um destino que

registe indicadores altos de transmissão de COVID-19, mesmo que os preços praticados ao nível do turismo sejam baixos.

Os hóspedes estarão

mais atentos à limpeza

Os hóspedes estarão mais atentos à limpeza dos quartos. Um estudo da End of Tenacy Cleaning (jul’20) revela que 46% dos Britânicos

pretendem despender cerca de 30 minutos a limpar os quartos antes de os utilizarem.

VOLTAR AO ÍNDICE

Segurança Sanitária

Preço

A CURTO-PRAZO, A SEGURANÇA SANITÁRIA DO DESTINO SERÁ MAIS IMPORTANTE DO QUE O PREÇO

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020

97

%

53

% Parte 2: C omo será a a tividade turís

tica nos próximos meses

?

(15)

PROCURA POR LIGAÇÕES

AÉREAS

DIRETAS VAI AUMENTAR

Pagar mais por

um voo direto

A curto-prazo os turistas vão preferir voos diretos de modo a diminuir o

contacto entre pessoas, mesmo que o custo seja mais elevado.

Escalas: apenas em

situações essenciais

Prevê-se que os turistas optem por

voos com escalas apenas em situações pontuais e quando não existam outras alternativas. Os voos com escalas

ficarão para segundo plano, sobretudo ao nível das viagens em lazer.

Testar antes

da viagem e abertura

de corredores aéreos

são fatores cruciais

Os viajantes vão estar mais disponíveis para realizar testes à COVID-19 antes de viajar,

sobretudo se tal diminuir a

burocracia e permitir aproveitar melhor o destino de férias.

Os corredores aéreos entre

países serão cruciais para evitar quarentena obrigatória à chegada. Os destinos que não tenham estes acordos não serão prioridade para viajantes.

VOLTAR AO ÍNDICE

OS VOOS COM ESCALAS SERÃO

PROCURADOS APENAS EM SITUAÇÕES PONTUAIS

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 NEWS

Açores

e Madeira

pagam testes

à Covid-19 no

continente a

quem quiser

visitar os

arquipélagos.

Público, jun’20

83,6

%

16,4

% Voos c/ escala Voos diretos Parte 2: C omo será a a tividade turís

?

15

(16)

TRANSPORTES PÚBLICOS

DE PASSAGEIROS DO DESTINO

VÃO SER MENOS UTILIZADOS

VOLTAR AO ÍNDICE

OS TURISTAS VÃO ANDAR MENOS DE

TRANSPORTES PÚBLICOS E, EM ALTERNATIVA, VÃO PROCURAR SOLUÇÕES INDIVIDUAIS.

turistas deverá recorrer à rede de transportes públicos de passageiros NEWS

A Covid-19

criou mais

ciclistas.

As grandes

cidades

reforçam

a aposta em

ciclovias.

The Conversation, jun’20

Pedonal e ciclável serão

mais procurados

Conhecer o destino em percursos a pé será uma opção bastante procurada. Também os passeios de bicicleta vão estar no topo das preferências da

procura. É expectável que os viajantes procurem crescentemente os sistemas de partilha (ex: trotinetes).

Táxis e Apps serão mais

utilizados

Os turistas vão aumentar a procura por táxis e aplicações de transporte privado (ex: Uber). Um estudo da

Xenofon (jul’20) revela que apenas 7% dos turistas tenciona fazer a viagem de e para o Aeroporto através de transportes públicos coletivos.

Viagens fora da

hora de ponta

Os turistas deverão utilizar mais os transportes públicos de passageiros nos períodos fora das horas de ponta. A

curto-prazo deverão evitar, ao máximo, viajar em momentos em que a afluência seja

muito elevada por parte dos residentes.

Parte 2:

C

omo será a a

tividade turís

?

(17)

OS VIAJANTES VÃO PROCURAR

DESTINOS COM MENOR

CONCENTRAÇÃO DE TURISTAS

VOLTAR AO ÍNDICE

DESTINOS COM MENOR NÚMERO DE

TURISTAS DEVERÃO SER MAIS PROCURADOS. — 79% dos inquiridos concordam com esta

afirmação.

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 NEWS

Em julho’20,

Portugal

registou mais

de 1 milhão

de hóspedes,

pela primeira

vez após

fevereiro’20.

O turismo interno

é o grande

impulsionador.

INE, set’20

À descoberta

do próprio país

A curto-prazo, as viagens vão acontecer em locais de proximidade e em

ambiente controlado. Prevê-se que as viagens domésticas aumentem e que haja um estímulo à desconcentração do turismo, com uma procura mais uniforme por todo o país.

Natureza ganha

(muito mais) peso

Haverá maior procura por destinos e atividades de natureza. O inquérito realizado pelo IPDT®, mostra que os destinos de natureza são tidos como mais seguros e com níveis de contágio menores.

Mas a praia permanece

como essencial

As praias devem continuar a ser

procuradas pelos turistas (sobretudo no verão). Contudo, acredita-se que haverá maior procura por alternativas com

menor aglomeração de pessoas. Deverá registar-se uma maior procura por praias fluviais.

79 %

Parte 2: C omo será a a tividade turís

?

17

(18)

MAIOR PROCURA POR TARIFAS

FLEXÍVEIS E CERTIFICAÇÕES

DE SEGURANÇA

VOLTAR AO ÍNDICE NEWS

Portugal foi o

primeiro país

do mundo a

criar uma

certificação

"Clean&Safe".

20 mil entidades

nacionais já

possuem

o Selo.

Turismo de Portugal, set’20

Reservas aumentam

se existir flexibilidade

Os turistas vão preferir reservar

serviços que permitam o cancelamento sem custos. De acordo com o estudo da TravelZoo (jul’20), 81% dos viajantes reservam mais viagens se puderem

cancelar sem custos e receber a totalidade do valor pago.

Turistas procuram

serviços certificados

Os turistas, a curto-prazo, tenderão a reservar serviços que estejam

certificados por entidades reconhecidas ou que garantam o cumprimento

das medidas de higiene e segurança

segundo as boas práticas de combate e prevenção à COVID-19.

AS TARIFAS FLEXÍVEIS E AS CERTIFICAÇÕES DE SEGURANÇA VÃO SER FATORES

DETERMINANTES NA DECISÃO DE VIAGEM

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020 CERTIFICAÇÕES TARIFAS FLEXÍVEIS

78

%

84

%

Transparência

na comunicação

é fundamental

Após a reserva, os viajantes vão valorizar a transparência e informação relativamente a situações importantes. A divulgação de medidas e comportamentos a adotar será ponto-extra. Parte 2: C omo será a a tividade turís

?

(19)

A COMUNICAÇÃO DOS DESTINOS

SERÁ DETERMINANTE

PARA A RETOMA

A utilização

dos telemóveis

aumentou

1h/dia desde

o início da

pandemia de

COVID-19.

Ericson Mobility Report, jun’20

Informar sobre

a situação atual

Antes de reservar, o turista vai procurar informação sobre

a evolução pandémica no destino. A disponibilização organizada dos

dados num portal será uma mais-valia.

Atualizar as medidas

de entrada no país

As medidas de entrada no país e os requisitos necessários (ex: testes à chegada) vão influenciar as reservas. Sob pena de induzir os turistas em erro, os destinos devem atualizar sempre a informação e disponibilizá-la em canais de fácil acesso.

Manter ativos

os canais "Visit"

Embora estejamos numa fase em que a intenção de viagem é menor, os turistas continuam atentos às redes sociais e à

informação divulgada. Esta é uma boa oportunidade de comunicação para partilhar conteúdo inspirador com o intuito de motivar os turistas a visitar o destino.

75 %

OS DESTINOS QUE TIVEREM OS CANAIS

DE COMUNICAÇÃO ATIVOS E ATUALIZADOS VÃO SAIR NA FRENTE DA CORRIDA NA

PREFERÊNCIA DOS TURISTAS — 75% dos inquiridos concordam com esta afirmação.

Parte 2:

C

omo será a a

tividade turís

?

19

(20)

QUAIS SÃO AS PRIORIDADES

DE INTERVENÇÃO A CURTO-PRAZO?

Em que áreas

os destinos

devem centrar

esforços?

Qual deverá

ser a principal

aposta?

Como preparar

o destino para

a retoma?

VOLTAR AO ÍNDICE

Em

o

(21)

21

E-BOOK IPD

A OFERTA TURÍSTICA

DEVERÁ SER TRABALHADA,

ATUALIZADA E ADAPTADA

ÀS NOVAS NECESSIDADES

+ ar livre

+ bem-estar

Os hotéis

espanhóis

estão a

reinventar

a sua oferta

para atrair

o turista

pós-coronavírus.

Hosteltur, ago’20

Repensar a oferta

e atualizá-la

Este é o momento ideal para os destinos repensarem a sua oferta e atualizá-la para corresponder às novas necessidades do mercado (ex: green experiencies).

Digitalizar a oferta turística

Os turistas vão procurar mais informação nos canais online através dos seus dispositivos. Esta tendência acontecerá no momento que antecede e em que

ocorre a viagem. Além da comunicação em websites, deve-se apostar noutros canais e suportes, como por exemplo, a criação de um QR Code para leitura

de informação.

Potenciar a visita

por todo o território

Há uma clara tendência para a procura de destinos e experiências menos massificados e que tenham como meta a preservação da natureza e da cultura. Existe aqui uma oportunidade de negócio para a oferta de experiências deste cariz e para aumentar a desconcentração dos turistas.

DOS INQUIRIDOS ACREDITAM QUE OS DESTINOS DEVEM

PRIORIZAR A ESTRUTURAÇÃO DE NOVAS OFERTAS TURÍSTICAS

37

%

Parte 3:

Quais são as prioridades de int

erv enção a curt o-pr az o ? 21 E-BOOK IPD

(22)

22

OS RECURSOS HUMANOS DEVEM

SER FORMADOS PARA SEREM

O FATOR DE SEGURANÇA

VOLTAR AO ÍNDICE

Formar para garantir

confiança

Os destinos devem garantir formação específica aos recursos humanos sobre as medidas de proteção e prevenção de risco em várias áreas temáticas. Capacitar permitirá aplicar medidas de segurança e transmitir a ideia de que o destino é seguro e está preparado para receber os turistas.

Informação

"ao minuto"

Partilhar informação relevante com os recursos humanos será fundamental para os manter atualizados sobre a evolução da COVID-19 e sobre as medidas de

proteção. Vários destinos têm enviado essa informação de forma automatizada para a base de dados das empresas turísticas.

Diversificar

o conhecimento

Deverá haver um conjunto de esforços para estimular os RH à constante

formação e atualização. Deve apostar-se na capacitação de competências que permitam às empresas posicionar-se competitivamente no mercado e adotar práticas sustentáveis.

DOS INQUIRIDOS DEFENDEM QUE OS DESTINOS DEVEM CENTRAR ESFORÇOS NA CAPACITAÇÃO DOS RH PARA DAR RESPOSTA AOS DESAFIOS DA COVID-19

34

%

Parte 3:

erv enção a curt o-pr az o ? 22

(23)

23 E-BOOK IPD

PLANO

DE COMUNICAÇÃO

PARA A RETOMA

VOLTAR AO ÍNDICE

Manter canais digitais ativos

Mostra-se essencial levar a cabo uma

estratégia de comunicação que se baseie na constante atualização dos canais digitais dos destinos e empresas turísticas. Considera-se importante adotar um estilo de comunicação positivo para inspirar a viajar.

DOS INQUIRIDOS AFIRMAM QUE OS DESTINOS DEVEM APOSTAR NUM PLANO DE COMUNICAÇÃO QUE ORIENTE A RETOMA

33

%

Atuar nos mercados indicados

Os destinos devem desenvolver uma estratégia de comunicação dirigida aos mercados com maior predisposição para viajar.

Deve existir monitorização constante da

evolução da pandemia nos países emissores e nos mercados de proximidade para definir a estratégia e os momentos de comunicação mais adequados para promover e vender os destinos e serviços turísticos.

Articular com todos os setores

O Plano de Comunicação para o Turismo deve incluir outras áreas de atividade,

nomeadamente o setor da saúde, que será um aliado na retoma das atividades turísticas. A gestão da crise sanitária e as medidas de segurança são ponto-chave da comunicação junto do turista.

Parte 3:

(24)

24

SENSIBILIZAR OS AGENTES E FISCALIZAR

O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

DEVEM SER PRIORIDADE

VOLTAR AO ÍNDICE

Evitar o efeito

"1 por todos"

No momento em que vivemos basta uma situação de incumprimento das regras para que o sentimento de confiança pelo destino seja afetado. Assim, os agentes turísticos devem ser sensibilizados para a importância do cumprimento das medidas de segurança.

Fiscalizar é essencial

Apesar de as orientações estarem disponíveis nos canais das entidades reguladoras, é essencial garantir que as mesmas são cumpridas. O aumento da

fiscalização fará com que as normas sejam implementadas em larga escala.

Pedagogia

e não punição

Apesar dos respondentes serem

unânimes relativamente à necessidade de fiscalização, defendem que

as consequências dos eventuais

incumprimentos não devem colocar em causa a sustentabilidade económica das empresas. São apologistas de uma ação essencialmente pedagógica que estimule a correção e adaptação.

DOS INQUIRIDOS AFIRMAM QUE OS DESTINOS DEVEM

PRIVILEGIAR A FISCALIZAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS

MEDIDAS DE SEGURANÇA E HIGIENE

27

%

Parte 3:

(25)

CONHECER OS VISITANTES

PARA AJUSTAR A ATUAÇÃO

VOLTAR AO ÍNDICE

Quem és tu, turista

de 2020/2021?

Apesar de muitas características dos turistas de

hoje serem semelhantes às dos turistas pré covid-19, é necessário conhecer e estudar para adaptar a

oferta. Poderá ser interessante conhecer as suas necessidades, motivações, receios e a tendência de consumo. Uma ferramenta importante para conseguir estes dados é a dinamização de estudos/inquéritos que apurem o perfil dos viajantes.

DOS INQUIRIDOS ACHAM QUE OS DESTINOS DEVEM DINAMIZAR ESTUDOS SOBRE O PERFIL DO NOVO TURISTA PARA AJUSTAREM A OFERTA

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo setembro 2020

26

%

Reajustar o posicionamento

(se necessário)

O estudo do perfil do turista e a análise

do mercado poderão evidenciar tendências de comportamento importantes para os

destinos e negócios. O futuro do turismo trará ou confirmará novos conceitos, nomeadamente a sustentabilidade. Este poderá ser o momento ideal para fazer uma revisão das estratégias

para o turismo, preparando já os desafios dos próximos anos.

Parte 3:

(26)

26

ANALISAR O IMPACTO

ECONÓMICO E APOIAR

A PRODUÇÃO LOCAL

Açores vão

dar incentivo

financeiro

para compra

de bens ou

serviços na

região a quem

pretender

deslocar-se

ao arquipélago

e fizer o teste

de covid-19

na origem.

RTP1, set’20

Monitorizar o impacto

da COVID-19 no destino

Estudar e conhecer o impacto real da pandemia nas empresas do turismo permitirá definir políticas de apoio e proteção do setor, adequadas às suas necessidades.

Apoiar a produção local

Cada vez mais, os turistas procuram contribuir

ativamente para o comércio local. E, a verdade é que o turismo tem contribuído para a criação e manutenção de empregos, para a preservação e valorização

das comunidades residentes, com destaque para a descoberta da gastronomia, da agricultura, do

artesanato e da cultura. Perante esta realidade, mais do que nunca, os destinos devem colocar-se ao lado das empresas e produtores locais, legislar e apoiar no sentido de os promover.

DOS INQUIRIDOS CONCORDAM QUE OS DESTINOS DEVEM ANALISAR O IMPACTO ECONÓMICO E SOCIAL DA COVID-19

20

%

Parte 3:

(27)

QUEM SÃO OS TURISTAS

DO FUTURO?

Quem são

e quais as suas

preferências?

VOLTAR AO ÍNDICE

Qu

e

Quais são

as prioridades

de intervenção?

Como preparar

o destino para

receber os

turistas do

futuro?

Qual

o posicionamento

que os agentes

e os destinos

devem adotar?

(28)

28

ESTADA MÉDIA NÃO DEVERÁ DIMINUIR

E OS GASTOS DOS TURISTAS DEVEM AUMENTAR

VOLTAR AO ÍNDICE

SLOW TOURISM É

TENDÊNCIA CRESCENTE

O slow tourism vai marcar o futuro do turismo, o que contribuirá para que a estada média não sofra grandes diminuições. Os visitantes vão procurar a oportunidade de se tornarem parte dos destinos, num ritmo de viagem que lhes permita estar em contacto com a comunidade residente e apreender a cultura local.

CONTRIBUTO PARA

O COMÉRCIO LOCAL

Os turistas vão querer contribuir para o

comércio local, aumentando assim os gastos durante a viagem. Também o desejo de

conhecer a cultura e a gastronomia local serão fatores que vão influenciar o aumento do valor médio gasto por turista.

CARBON OFFSETTING:

NOVAS FORMAS DE

TRANSPORTE

A consciência social e ambiental dos

viajantes, sobretudo ao nível do ativismo ecológico assente na filosofia "menos é mais", tem vindo a mudar os padrões de comportamento, nomeadamente ao nível da escolha do modo de transporte. Isto fará com que a locomoção dos turistas se centre em alternativas ao avião, o que poderá também aumentar a estada média de viagem.

DOS INQUIRIDOS ACREDITAM QUE OS GASTOS DURANTE A VIAGEM DEVEM AUMENTAR

98

%

89

%

ACREDITAM QUE A ESTADA MÉDIA NÃO DEVERÁ DIMINUIR

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

(29)

29

E-BOOK IPD

AS VIAGENS DE NEGÓCIOS

VÃO CONTINUAR

VOLTAR AO ÍNDICE

Viagens de negócios vão ser

maioritariamente individuais

No futuro, os turistas que viajem em

negócios vão preferir fazê-lo individualmente. Além disso, vão procurar soluções integradas

all in one que lhes confiram maior segurança,

nomeadamente, através de ferramentas que lhes garantam seguro de viagem, flexibilização de cancelamento, reserva de alojamento

e transporte.

DOS INQUIRIDOS CONSIDERAM QUE

AS VIAGENS DE NEGÓCIOS NÃO VÃO SOFRER UMA DIMINUIÇÃO SIGNIFICATIVA NO PERÍODO PÓS PANDEMIA

As viagens de negócios

serão mais relevantes

A exigência do teletrabalho permitiu às empresas compreender os benefícios das reuniões online. É expectável que muitas viagens de negócios

sejam substituídas por videochamadas ou outras plataformas digitais. As viagens de negócios

do "futuro" vão acontecer apenas em momentos essenciais, em que a presença física seja

determinante.

96

%

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

29

(30)

30

MAIOR PROCURA

POR DESTINOS MENOS

MASSIFICADOS

"Turismo de

massas pode

chegar ao

fim" antevê

Secretário

Geral da OMT.

Organização Mundial do Turismo, jul’20

Viajar para uma cidade secundária

é o novo normal

Os turistas do futuro estão mais preocupados com a preservação ambiental e vão procurar destinos

alternativos caso isso se traduza num menor impacto. A juntar a isto, também a preocupação com a

segurança sanitária vai influenciar este novo padrão de comportamento que vai beneficiar económica e socialmente outros territórios e as suas comunidades.

Experiências

mais tradicionais e únicas

Haverá agora uma maior procura por experiências que permitam ao viajante mergulhar na cultura local. Os sítios menos massificados permitem satisfazer a necessidade de visitar e conhecer novas culturas, gastronomias e tradições, num ritmo mais lento. Segundo a Euromonitor International (ago’20), 87% dos consumidores acreditam ser importante experienciar outras culturas e 94% valorizam

experiências reais.

DOS INQUIRIDOS ACREDITAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA POR DESTINOS ONDE A

CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS SEJA MENOR

84

%

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

(31)

31

E-BOOK IPD

MAIOR PROCURA PELA

NATUREZA E ESPAÇOS

AO AR LIVRE

Ter uma

indústria

de turismo

de bem-estar

assente em

abordagens

científicas

será um fator

positivo para

o turismo em

resultado da

pandemia.

Skift, maio’20

Natureza e autenticidade

estão no topo das preferências

Esta será uma nova tendência por permitir a

conciliação do conceito de isolamento social com a descoberta e contacto com a natureza. É altura de favorecer os produtos e serviços que maximizem o impacto positivo do turismo nas dimensões

ambiental, sociocultural e económica.

Espaços ao ar livre serão valorizados

Os destinos e as empresas turísticas devem apostar em produtos e serviços que permitam ao turista usufruir de atividades de bem-estar ao ar livre. O movimento global de bem-estar cresce a olhos vistos e os hotéis pensam em como podem trazer saúde e bem-estar à experiência do cliente. Integrar de forma bem-sucedida o bem-estar na experiência de hotel melhora

significativamente a qualidade da estada.

O novo luxo: viagens de bem-estar

A segurança ao nível da saúde pública e a necessidade de adotar práticas que promovem o bem-estar

são dois temas que mereceram destaque com o

aparecimento da pandemia. A longo prazo, o turismo de bem-estar vai estar no top-of-mind dos turistas.

DOS INQUIRIDOS CONSIDERAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA POR DESTINOS DE NATUREZA, RETIROS E BEM-ESTAR

53

%

49

%

ACREDITAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA POR ATIVIDADES

AO AR LIVRE

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

31

(32)

32

VIAGENS EM FAMÍLIA

GANHAM ESPAÇO

VOLTAR AO ÍNDICE

ATIVIDADES EXCLUSIVAS

E PERSONALIZADAS

Os turistas do futuro vão estar menos dispostos

a partilhar experiências de viagem com outros turistas e vão procurar atividades mais restritas, exclusivas

e personalizadas. Em consequência disso, vão estar mais disponíveis para pagar mais por estes serviços.

PACOTES EM FAMÍLIA

E VIAGENS INTER-GERACIONAIS

GANHAM PONTOS

A pandemia realçou a necessidade de união entre

as pessoas. Por esse motivo, a longo-prazo os turistas vão procurar experiências enriquecedoras em família, com atividades únicas e pedagógicas. O turismo será visto como uma excelente ferramenta para potenciar os momentos de lazer entre gerações familiares

- avós, pais e filhos.

DOS INQUIRIDOS AFIRMAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA POR VIAGENS E EXPERIÊNCIAS EM FAMÍLIA NO PERÍODO PÓS-COVID

25 %

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

(33)

33

E-BOOK IPD

MAIOR PROCURA

POR DESTINOS COM

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

Porto Santo

torna-se na

primeira

"Smart Fossil

Free Island"

TVI24, fevereiro ’18

Certificação da sustentabilidade

será chave de ouro para os destinos

Os destinos devem desenvolver uma estratégia que defenda uma visão integrada, com mais valias para a economia, para a sociedade, para a cultura e para o ambiente. Investir na certificação que será um

atrativo para os turistas do futuro que, mais do que nunca, vão valorizar as práticas amigas do ambiente.

Práticas sustentáveis?

Os turistas dizem "Sim!"

Os turistas escolhem cada vez mais empresas e

destinos que promovam práticas de sustentabilidade. Optar pela adoção gradual de práticas sustentáveis é a melhor forma de assegurar benefícios para

todos: residentes, turistas e investidores. Segundo a Booking.com (abr’19), 56% dos turistas jovens pretendem que a sua estada seja sustentável.

Terá de existir impacto positivo

para a comunidade residente

Os turistas vão intensificar a procura por destinos que valorizem e protejam as comunidades locais. Cada vez mais, a experiência turística será encarada como um meio para gerar benefícios reais para os residentes, para a economia local e para a preservação

do património.

DOS INQUIRIDOS ACHAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA

POR DESTINOS COM PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

21

%

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

33

(34)

34

RESERVAS DE ÚLTIMA HORA

VÃO AUMENTAR MAS HAVERÁ

MAIOR DETALHE NO MOMENTO

DE PREPARAÇÃO

VOLTAR AO ÍNDICE

Reservas last minute

estão a crescer

A reserva de viagens de última hora vinha a ser um comportamento em crescendo e

deverá assumir uma nova dimensão. Os avanços e recuos nas restrições e nos corredores aéreos podem também motivar a reserva de última hora.

Preparar a viagem com detalhe

No futuro, viajar será muito mais do que escolher um alojamento, reservar um avião, fazer as

malas e criar um guia de viagem. Os turistas vão detalhar cada momento da viagem que vai desde a qualidade do ar e das infraestruturas até à garantia da eficiência do sistema de saúde de cada destino.

DOS INQUIRIDOS DEFENDEM QUE AS VIAGENS DE ÚLTIMA HORA VÃO AUMENTAR

19

%

14

%

CONSIDERAM QUE HAVERÁ MAIOR PREPARAÇÃO

DA VIAGEM

Fonte: Inquérito IPDT®

Retoma do Turismo

setembro 2020

LAST MINUTE

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

(35)

35

MAIOR PROCURA POR FLEXIBILIZAÇÃO

DOS CANCELAMENTOS E POR

SEGUROS DE VIAGEM

VOLTAR AO ÍNDICE

Seguro de viagem será

determinante na confiança

para viajar

Daqui em diante, no momento de reserva de uma viagem, será dada maior

importância ao formulário que pergunta se quer garantir o voo. É importante que as companhias aéreas, os operadores

turísticos ou as companhias de seguros se adaptem a esta nova realidade. Segundo um estudo Europ Assistance (jul’20), 54% dos respondentes afirmam que pretendem comprar um seguro de viagem, em

fevereiro o valor era de 48%.

DOS INQUIRIDOS ACREDITAM QUE HAVERÁ MAIOR PROCURA POR TARIFAS REFUND

E SEGUROS DE VIAGEM

Fonte: Inquérito IPDT® Retoma do Turismo

setembro 2020

A nova realidade traz uma

nova prioridade no momento

de viajar

Devido à incerteza sobre a evolução

da pandemia, os turistas vão priorizar os

serviços que têm uma política de flexibilização dos cancelamentos. Esta prática trará maior confiança e tranquilidade no momento

da reserva, o que poderá ser um ativo para potenciar o aumento do número de reservas. É fundamental garantir flexibilidade suficiente aos passageiros, permitir-lhes viajar na mesma rota nas mesmas condições de serviço ou

reservar um pacote turístico com o mesmo tipo de serviços ou qualidade equivalente.

16

%

Parte 4:

Quem são os turis

tas do futur

o

?

35

(36)

36 Guia par a a r et oma do Turismo VOLTAR AO ÍNDICE

DESTAQUES E-BOOK IPDT

®

2022:

ANO DA RETOMA TOTAL

—

Em 2022 devem ser alcançados resultados próximos dos verificados em 2018 e 2019.

ESSENCIAL

REPENSAR A OFERTA

—

A curto-prazo os turistas terão novas necessidades (ex: tarifas mais flexíveis ou oferta de atividades ao ar livre).

Os gestores devem ajustar as suas ofertas para satisfazer os turistas.

VERÃO’21: O REGRESSO

DOS ESTRANGEIROS

—

O 3ºT de 2021 deverá ser marcado pelo regresso "em força" do turismo internacional a Portugal. Este será o

primeiro grande momento para a retoma do turismo nacional.

APOSTAR

NA QUALIFICAÇÃO DOS RH

—

É crucial apostar continuamente na qualificação dos RH do turismo, não apenas nas medidas de proteção à

COVID-19, mas também noutras áreas que potenciem a eficiência dos negócios e sua adaptação ao "novo normal".

MANTER A APOSTA

NOS PORTUGUESES

—

O mercado nacional manterá um peso elevado nos próximos anos. Em 2020 a quebra do turismo interno foi menor do que inicialmente seria esperado, existindo mesmo destinos que registaram recordes de dormidas no verão’20.

MAIOR PROCURA POR

DESTINOS SUSTENTÁVEIS

—

O turista da próxima década deverá procurar destinos menos massificados e onde possa ter maior contato com a comunidade local e usufruir de experiências mais sustentáveis.

ESPANHA, FRANÇA

E ALEMANHA

—

Estes devem ser, a curto-prazo, os principais mercados de aposta para o turismo nacional. O Reino Unido também será importante, contudo a instabilidade dos corredores aéreos pode afetar a

confiança para viajar para Portugal.

PROCURA POR

EXPERIÊNCIAS EXCLUSIVAS

—

É expectável que os turistas procurem experiências que possam usufruir sem ter a necessidade de as partilhas com outros grupos ou pessoas, pagando mais para ter uma experiência exclusiva a si, ou ao seu grupo/família.

(37)

FONTES CONSULTADAS

VOLTAR AO ÍNDICE COMO REFERENCIAR ESTE DOCUMENTO?

IPDT. (2020).

Guia para

a Retoma

do Turismo.

Porto. IPDT

Publishing

Consulte a Versão Online aqui

ESTUDOS E PUBLICAÇÕES IPDT®

Inquérito IPDT®_{| Retoma do Turismo (set’20)}

Barómetro do Turismo (jul’20) Anuário Turismo’20 (abr’20)

OUTROS ESTUDOS

TravelgateX (ago’20) - Rankings: dónde han viajado los españoles en el verano del coronavirus

Google (ago’20) - World Tourism Day: How digital skills can support recovery

ITB Berlin and IPK International (jul’20) - Germans want to travel abroad despite the coronavirus pandemic

Singerman e Makon (jun’20) - Encuesta de Consumo y Turismo Post Coronavirus

End of Tenacy Cleaning (jul’20) - Half of Britons don’t trust hotel room hygiene post lockdown

Xenophon Strategies (jul’20) – Frequent Flyer Survey: Traveling Post-Covid-19

TravelZoo (jul’20) - La nueva normalidad pasa por las ofertas y por cancelar sin gastos ni bonos

Euromonitor International (ago’20) - Understanding the Path to Purchase: 2020 Consumer Types

Booking.com (abr’19) - Booking reveals key findings from its 2019 sustainable travel report