• Nenhum resultado encontrado

A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE UM SUPERMERCADO E A SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE UM SUPERMERCADO E A SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR"

Copied!
9
0
0

Texto

(1)

SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR

João Cezario Giglio Marques1 RESUMO: O trabalho de pesquisa revelou um aspecto de qualidade dos serviços no sentido teórico, a qualidade como fator de satisfação do consumidor de um pequeno supermercado de bairro, pesquisado por um grupo de estagiários da Instituição Toledo de Ensino. Qualificou-se os respondentes da pesquisa com sexo, faixa etária, renda e se morador do bairro ou não. Foi solicitada resposta sobre os vários aspectos do serviço, demonstrado através de gráficos e finalizando com um gráfico “espinha de peixe” que consolida todos os resultados.

Palavras-chave: Qualidade. Satisfação do consumidor. Pesquisa de mercado. Fatores determinantes da qualidade. Gráfico espinha de peixe.

1 INTRODUÇÃO

Este artigo examina os principais conceitos de qualidade no contexto dos negócios, tema de primordial importância para empreendedores, gerentes e estudiosos de marketing. Tal estudo justifica-se por ser um fator de competitividade de extrema importância atualmente, beneficiando empresários e consumidores na satisfação de suas necessidades.

O objetivo do presente trabalho representa uma contribuição para aumentar o conhecimento e a percepção do que pensam os consumidores e clientes dos supermercados e como deixa-los mais satisfeitos.

Utiliza como metodologia inicialmente a pesquisa bibliográfica, finalizando com uma pesquisa de campo no ambiente de compra de um supermercado de porte médio.

2 REVISÃO DO CONCEITO SE QUALIDADE

A dinâmica dos ambientes econômicos e tecnológico e as exigências do mercado impõem às empresas a necessidade de garantia e de melhoria contínua da qualidade de produtos e processos.

1 Docente das Faculdades Integradas “Antonio Eufrásio de Toledo” de Presidente Prudente. cezario@unitoledo.br

(2)

Uma pesquisa no dicionário nos revela: “qualidade é um atributo das coisas e pessoas capaz de distingui-las ou diferenciá-la das outras e de lhes determinar a natureza.”

Toledo (2004) nos revela:

É preciso ter claro que a qualidade não é algo identificável e observável diretamente. Ela é vista por meio de característica, e, portanto, resultante da interpretação de uma ou mais características das coisas ou pessoas.

Por exemplo, a qualidade de uma pessoa pode ser vista por meio de características como honestidade, competência, entre outros. A qualidade de um automóvel pode ser analisada por meio de características tais como desempenho, durabilidade, necessidade de manutenção e consumo de combustível. A qualidade de um alimento pode ser interpretada a partir de características como sabor, valor nutritivo, textura, higiene entre outros.

Conclui-se, portanto, que o conceito de qualidade é subjetivo e deve ser medida em relação à definição de quais são as características e qual é a intensidade desta associação.

Sendo assim, percebe-se que qualidade é uma palavra “guarda-chuva” que abriga e se confunde com outros conceitos como produtividade, eficiência e eficácia.

Portanto, deve-se empregar a palavra qualidade de forma composta, utilizando-se das expressões: qualidade do produto, qualidade do processo, qualidade do sistema, qualidade da gestão e qualidade dos serviços, entre outros

Ainda citando Toledo, constata-se que esta vertente, isto é, a origem de toda a teoria da qualidade iniciou-se na mesma tônica de satisfação do consumidor:

• A qualidade do produto como a máxima utilidade para o consumidor;

• A qualidade como o perfeito contentamento do usuário; • A qualidade como a satisfação das necessidades do cliente; • A qualidade como a maximização das aspirações do usuário. A síntese então é satisfazer as necessidades do usuário. Esta noção de qualidade, ao contrário da ideia de perfeição técnica, torna-a mais assimilável

(3)

pela alta administração da empresa à medida que esta passa a relacioná-la com o desempenho mercadológico e econômico da empresa.

Porém, para um mesmo produto, diferentes clientes podem ter necessidades, hábitos e condições de uso peculiares. Assim, por esta definição, não faz sentido pensar a qualidade em termos absolutos. Ela é relativa, não pode ser vista dissociada do preço que o cliente está predisposto a pagar e não pode ser confundida com perfeição técnica ou sofisticação.

A definição de qualidade, portanto, aqui definida, é uma propriedade síntese de múltiplos atributos que determinam o grau de satisfação do cliente. O produto é entendido aqui como envolvendo o produto físico e o produto ampliado. Ou seja, além do produto físico, envolvem também a embalagem, orientação para o uso, imagem, serviços pós-venda e outras características associada ao produto. Assim, logo abaixo será apresenta um pesquisa de mercado que revelará o pensamento do consumidor organizado em fatores que contemplam a percepção do fator qualidade para os clientes de um supermercado.

3 O PROBLEMA

O crescimento do número de supermercados de bairro apontam a preferência das pessoas em fazerem suas compras nesses pequenos centros por causa da localização próxima, preços baratos e pela menor permanência dentro do supermercado, pois as pessoas não gostam de permanecer muito tempo fazendo suas compras.

Muitos desses supermercados possuem carência de qualidade no atendimento e nos serviços, pois muitos são empresas familiares.

O Supermercado Mariana, de porte pequeno, que atende um bairro e proximidades da zona leste de Presidente Prudente, expandiu a sua base de clientes além deste limites geográficos. Com esta expansão, surgiu a preocupação com a qualidade de seus serviços e produtos formulando-se o seguinte problema:

Como melhorar a qualidade de atendimento ao público consumidor em um supermercado?

(4)

4 A

PESQUISA

4.1 Informações sobre os clientes pesquisados no mês de março/2009 4.1.1 Sexo

GRÁFICO 1 – Distinção do sexo dos clientes

A pesquisa revela que o público feminino é preponderante, obtendo 76% do universo pesquisado.

4.1.2 Faixa etária

GRÁFICO 2 – Divisão dos clientes em faixa etária

A pesquisa também revela que 69% dos respondentes são adultos com faixa etária entre 26 e 50 anos.

S E X O 2 4 % 7 6 % M A S C U L IN O F E M IN IN O FAIX A D E ID AD E 1: 15 - 25 2: 26 - 35 3: 36 - 50 4: Ac im a de 50 19% 33% 36% 12%

(5)

4.1.3 Faixa de renda

GRÁFICO 3 – Divisão dos clientes em faixa de renda

O gráfico mostra o resultado obtido pela pesquisa, onde 72% dos respondentes estão situados na faixa de renda entre R$ 180,00 e R$ 800,00.

4.1.4 Origem dos compradores

GRÁFICO 4 – Moradores do bairro e não moradores

O percentual obtido na pesquisa é significativamente alto, revelando que 64% dos compradores do mercado não moram no bairro local.

FAIXA DE RENDA

1: 180,00 - 400,00 2: 401,00 - 800,00 3: 801,00 - 1.200,00 4: Acima de 1.200,00 31% 41% 19% 9%

L O C A L ID A D E

3 6 % 6 4 % M O R A D O R N Ã O M O R A D O R

(6)

4.2 Opiniões sobre o atendimento 4.2.1 Atendimento dos funcionários

GRÁFICO 5 – Opinião dos clientes sobre o atendimento dos funcionários

A pesquisa revela que apenas 26% dos entrevistados classificaram o atendimento dos funcionários como muito satisfatório, o que demonstra um atendimento não excelente.

Existência de produtos procurados

GRÁFICO 6 – Percentual dos produtos encontrados e não encontrados

A pesquisa aponta que 13% dos entrevistados disseram não ter encontrado algum produto para compra.

O P IN IÃO S O B R E AT E N D IM E N T O D O S F U N C IO N ÁR IO S

MUITO

S ATIS FATÓ R IO S ATIS FATÓ R IO IND IFE R E NTE INS ATIS FATÓ R IO 26% 68% 5% 1%

E X IS T Ê N C IA D E P R O D U T O S

P R O C U R A D O S

8 7 % 1 3 % S IM NÃ O

(7)

4.2.2 Motivo de compra no supermercado

GRÁFICO 7 – Percentual dos motivos de compra no supermercado

O resultado da pesquisa para o motivo de compra aponta que 60% dos respondentes vão ao supermercado fazer a compra do mês.

4.2.3 Opiniões dos clientes para a melhoria dos serviços

GRÁFICO 8 – Atributos a serem melhorados

M O T IV O D E C O M P RA NO

S UP E RM E RC AD O

ITENS D E P R IME IR AS NEC ES SID AD ES ITENS D E P R O MO Ç ÃO C O MPR A D O MÊS 14% 26% 60%

M ELHOR IA D OS SE RVIÇO S

20% 11% 4% 4% 18% 11% 7% 7% 9% 9% PREÇ HORTIFRUTIGRANJEI AÇOUGUE PADARI LIMPEZ CAIXA ESTACIONAME VARIEDADE/ QUALIDADE VENTILAÇÃO ATENDIMEN

(8)

A pesquisa revela que a área de hortifrutigranjeiros e atendimento nos caixas são os atributos mais reclamados pelos clientes.

5 CONCLUSÃO

Conforme demonstrado na pesquisa e das observações feitas no local de estágio, consolidamos as causas do atendimento não excelente através do diagrama de Causa-e-Efeito, também chamado de “Espinha de Peixe”.

No diagrama apresenta-se quatro grupos de categorias: Procedimento, Ambiente Físico, Pessoal de Frente e Pessoal dos bastidores, sendo esses os fatores mais críticos encontrados no Supermercado Mariana que, consequentemente, causam problemas em relação ao atendimento.

Pode-se observar no diagrama da Espinha de Peixe que as categorias do Pessoal dos Bastidores e Pessoal de Frente são os problemas nos serviços geralmente experimentados pelos clientes de forma direta ou indiretamente.

Nas categorias Procedimento e Ambiente Físico ocorrem os problemas da falta de organização em determinados setores do supermercado, como no caso da má colocação de certos produtos nas suas prateleiras e a aparência e higiene interna do estabelecimento conforme consolidado na figura abaixo:

(9)

Finalmente temos uma indicação mais precisa de qualidade na visão do consumidor, com um vetor gerencial capaz de provocar ações de correção e superação doas falhas no serviço de atendimento de supermercado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo / Maria Esmeralda Ballestero-Alvarez (coordenação) São Paulo: Atlas, 2001.

Gestão agroindustrial : GEPAI - Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais / coordenador: Mario Otavio Batalha

A importância da qualidade no atendimento para o mercado varejista : um estudo localizado em um pequeno supermercado em expansão / Dênisson Paulo Costa Silva ... [et al.] ; orientador Prof. João Cezário Giglio Marques [Monografia de Graduação]

Referências

Documentos relacionados

 Descreve a arquitetura de processos de ciclo de vida de software mas não especifica os detalhes de como implementar ou realizar as atividades e tarefas incluídas nos processo..

Na fachada posterior da sede, na parte voltada para um pátio interno onde hoje há um jardim, as esquadrias não são mais de caixilharia de vidro, permanecendo apenas as de folhas

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

Este trabalho pretende contribuir com o desenvolvimento do Turismo em Caverna, Espeleoturismo, a partir da avaliação da percepção de qualidade de serviços pelos visitantes

O uso da análise de agrupamento possibilitou a separação de grupos mais ou menos uniformes e indica que, com base nas características dos solos presentes em cada grupo

Qual a percepção do usuário em relação à qualidade dos serviços de testes de software, quando adotada fábrica de testes no ciclo de desenvolvimento1. Para tanto, foi delineado

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

Uma teoria de fundamentação da normatividade social que se valha do político também está se valendo, de alguma forma, de um teoria política – se não tematizando-a