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COMPARAÇÃO DO PERFIL PSICOMOTOR ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE NATAÇÃO COM A IDADE DE 05 A 06 ANOS DO COLÉGIO COUTO JÚNIOR

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Recebido em: 15/3/2010 Emitido parece em: 9/4/2010 Artigo original

COMPARAÇÃO DO PERFIL PSICOMOTOR ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES E NÃO

PRATICANTES DE NATAÇÃO COM A IDADE DE 05 A 06 ANOS DO COLÉGIO COUTO

JÚNIOR

Denis Diniz, Juliana Verônica Ferreira Morais, Iransé Oliveira Silva

RESUMO

O presente estudo visa a comparação do perfil psicomotor em crianças praticantes e não praticantes de natação com a idade de 05 a 06 do Colégio Couto Júnior em Anápolis-GO, através da bateria de teste de Rosa Neto (2002), utilizando as áreas psicomotoras: equilíbrio, lateralidade, estrutura espacial e estrutura temporal. Os testes foram aplicados em 28 crianças da fase pré-escolar com a idade de 05 a 06 anos, 14 praticantes de natação e 14 não praticantes sendo, 13 do sexo masculino e 15 do sexo feminino, a escolha das crianças foram de forma aleatória respeitando a idade propostas. Sendo uma pesquisa de campo do tipo quantitativo quase experimental, descritivo com delineamento transversal. Obtendo os seguintes resultados: equilíbrio (P< 0,398), lateralidade (P< 0,569), estrutura espacial (P< 0,658) estrutura temporal (P< 0,159). Não houve uma melhora significativa e sim satisfatória, dentro das áreas psicomotoras trabalhadas no presente estudo acima citada.

Palavras-chave: Psicomotricidade, meio líquido, criança.

COMPARISON OF THE PSYCHOMOTOR PROFILE BETWEEN SWIMMING

PRACTITIONERS CHILDREN AND NON-PRACTITIONERS AGED FROM 05 TO 06 YEARS

OLD OF THE SCHOOL COUTO JUNIOR

ABSTRACT

This study aims the comparison of the psychomotor profile between swimming practitioners children and non-practitioners aged from 05 to 06 years old of the school Couto junior, in Anápolis-GO, through Rosa Neto‟s tests (2002), using the psychomotor areas, such as balance, laterality, spatial structure and temporal structure. The tests were applied in 28 preschool children aged from 05 to 06 years old, 14 swimming practitioners and 14 non-practitioners, being 13 males and 15 females, the chosen of the children was random but respecting the ages suggested. This research being in the quantitative field almost experimental, it is descriptive with a transversal delimitation. Obtaining the following results: balance (p< 0,398), laterality (p< 0,569), spatial structure (p< 0,658) temporal structure (p< 0,159). There was not any significant improvement but satisfactory, within the psychomotor areas worked in this study mentioned above.

Keywords: Psychomotricity, liquid environment, child. INTRODUÇÃO

O termo psicomotricidade apareceu em 1920 através dos trabalhos de Dupré, identificando relações entre anomalias psicológicas e anomalias motrizes. (COSTE, 1992); (OLIVEIRA, 1997).

Na primeira parte deste foi dedicada a história da psicomotricidade, os conceitos do desenvolvimento psicomotor e sua importância e alguns componentes psicomotores: equilíbrio, lateralidade, estrutura espacial e estrutura temporal.

Segundo Coste (1992), a psicomotricidade é a superação entre o homem e seu corpo sendo um objeto de estudo próprio, o indivíduo domina o corpo e a alma, no sentido teórico é a junção de várias ciências: biológica, psicológica, sociológica, linguística e psicanalista.

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Para desenvolver a psicomotricidade, a criança deve ser estimulada e possuir um bom nível de inteligência. A adaptação é adquirida na interação com o meio por estímulos corporais através da assimilação e da acomodação, (OLIVEIRA, 1997).

O equilíbrio está totalmente ligado com a postura e a locomoção, sendo o alicerce na coordenação geral do corpo humano, afirma Borges (1998).

Em relação à lateralidade deve observar a predominância quando o indivíduo utiliza mais um lado do corpo em três níveis: pé, mão, e olho, (OLIVEIRA, 1997).

A percepção espacial é subdividida em duas categorias: conhecer o espaço que o corpo ocupa e a maneira de mover o corpo no espaço externo, conforme Gallahue, Ozimun, (2003).

Coll et al., (1995), afirma que a estrutura temporal é identificada através de rotinas ou períodos no decorrer do dia.

Posteriormente, há interligações entre a natação x psicomotricidade, abordando também os componentes psicomotores: equilíbrio, lateralidade, estrutura espacial e estrutura temporal relacionado com a natação.

Segundo Reis (1997) e Velasco et al., (1997), para manutenção do equilíbrio no meio líquido na horizontal é necessário manter a posição da cabeça e das pernas no mesmo nível visto que, se as pernas afundarem, a cabeça sobe e vice-versa.

Quando a criança tem uma boa percepção lateral, facilita a coordenação de movimentos de pernas, braços e respiração, quando a criança escolhe um lado para fazer a respiração está trabalhando a lateralidade, afirma Burkhadt, Escobar, (1985).

Conforme Catteau, Garoff, (1990), a percepção espacial no meio líquido é adquirida através do contato aquático: temperatura, deslocamento e identificação da profundidade e tamanho da piscina também com auxílio da visão.

Segundo Mansoldo (1996), é necessário ter uma boa percepção temporal, pois no meio líquido a coordenação dos movimentos é obtida através da assimilação do ritmo de braçada e pernada em relação à respiração.

Finalizamos a revisão deste com os benefícios da natação. Para Catteau, Garoff, (1990), a natação surgiu por necessidade de sobrevivência do homem, perseguido por animais ou fogo. O meio líquido era utilizado por proteção.

De acordo com Mansoldo (1996), quando pratica a natação melhora as capacidades respiratórias, a resistência, o condicionamento físico, a força e a agilidade, auxiliam também na prevenção de doenças como asma e bronquite, além de ser um desafio pessoal possibilitando a autoconfiança.

O objetivo geral deste é verificar e comparar, através do teste de Rosa Neto, o perfil psicomotor entre crianças que praticam ou não praticam a natação.

Os objetivos específicos deste são comparar o equilíbrio, a lateralidade, a estrutura espacial e a estrutura temporal, em relação aos praticantes e não praticantes de natação.

REVISÃO DE LITERATURA

HISTÓRIA E CONCEITOS DA PSICOMOTRICIDADE

O termo psicomotricidade apareceu pela primeira vez com Dupré em 1920, sendo uma ligação entre o pensamento e o movimento, identificando relações entre psicologia e anomalias motrizes, (OLIVEIRA, 1997).

Segundo Coste (1992), a psicomotricidade tem uma história de revoluções e reformulações, tendo sido descrita inicialmente nos trabalhos de Dupré no século XX, sendo hoje de vital importância o seu conhecimento para melhor compreender a ação do corpo na construção do processo psicológico.

De acordo com Coll et al., (1995), a psicomotricidade é a junção da psicologia do movimento e o controle corporal da criança em atividade relacionada ao ambiente vivido, à maturação e o desenvolvimento cerebral.

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DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E SUA IMPORTÂNCIA

O cérebro e o desenvolvimento motor regulam o tônus muscular, a área cerebral responsável pela motricidade e a piramidal, o cérebro envia informações e os músculos respondem os estímulos através do movimento, (FONSECA, 1998).

Para Gallahue e Ozmun (2003), a primeira infância é do segundo ao sexto ano da criança, nesse período é ideal que seja desenvolvido as habilidades motoras fundamentais e esportivas. No período da infância a criança desenvolve através de brincadeiras, conhecendo melhor seu corpo e melhorando suas capacidades motoras.

A psicomotricidade aumenta o potencial motor, capacitando o aluno assimilar aprendizagens escolares, visando recursos dentro da sala de aula, sendo trabalhando na educação como na reeducação, ajudando-a em seu psíquico e tarefas motoras, (OLIVEIRA, 1997).

De acordo com Coll et al., (1995), A psicomotricidade está totalmente ligada às ações psicológicas do movimento, para cada movimento o cérebro trabalha com uma via aferente, onde ela recebe as informações e manda as respostas pela uma via eferente, em relação ao corpo e o organismo, o psiquismo-movimento e movimento-psiquismo estão relacionados com a mente e o motor, que são os movimentos mecânicos.

Segundo Viana et al., (S/D), o movimento deve ser totalmente explorado na infância, a criança adquirirá experiências mediante essa exploração que vem do ambiente em que ela vive, onde está ligado a vários fatores e um deles é o processo da maturação.

A psicomotricidade ajuda na formação da personalidade da criança, a falta de motivação, a desatenção pode corresponder com problemas de organização dessa personalidade, a afetividade de caráter, (LE BOULCH, 1988), contribui no avanço escolar, alterando os princípios individuais da criança, o movimento juntamente com a ação psicomotora tornará a criança mais ativa dentro de suas habilidades motoras, facilitando a exploração corporal.

NATAÇÃO X PSICOMOTRICIDADE

Mansoldo (1996), em seus estudos afirma que a prática da natação proporciona melhor desenvolvimento motor, o indivíduo aumenta seu domínio corporal, consequentemente à execução dos movimentos serão melhores.

O tônus muscular acompanha o exercício sustentando o movimento, atuando no movimento de nadar principalmente no momento das viradas e braçadas, pois durante esses exercícios a cabeça inclina inconscientemente, afirma Catteau, Garoff, (1990).

O professor adequa suas atividades de acordo com as características dos alunos. Para a criança obter um melhor resultado o professor proporciona a elas executar tarefas e resolver problemas, a avaliação é através da observação do seu desempenho no decorrer da aula, verificando a percepção individual, os conhecimentos, e as experiências já assimiladas, juntamente com as influências do meio neste caso o professor e os colegas. A adaptação no meio líquido é importante, porém a água não é um ambiente que o indivíduo acessa diariamente, portanto adaptar nesse meio requer boa ação motora. O equilíbrio, a lateralidade, o espaço e tempo são componentes que devem ser bem desenvolvidos para que a criança consiga executar exercícios básicos da natação, como: imergir, flutuar, saltar, respirar, entrar e sair da piscina, (BURKHARDT, ESCOBAR 1985).

COMPONENTES PSICOMOTORES EM RELAÇÃO À NATAÇÃO O Meio Líquido e o Equilíbrio

Segundo Burkhardt, Escobar, (1985), o equilíbrio no meio líquido é comprometido pela instabilidade emocional e a maturidade motora da criança, o clima e as interferências dos adultos também influenciam para a equilibração. As crianças no meio aéreo não costumam ficar na posição horizontal, já no meio líquido isso é natural. Para nadar o indivíduo passa por um desequilíbrio retirar-se da posição vertical, perdendo o contato plantar com o fundo da piscina, equilibrando na posição horizontal, através da flutuação,

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para conseguir executar esse princípio da natação a criança deve obter uma boa adaptação no meio líquido.

O Meio Líquido e a Lateralidade

Quando a criança coordena o movimento de girar a cabeça para um lado e rolar o corpo para o outro lado na hora da respiração, ela está identificando a lateralidade, no momento do empurrão ou do movimento de braço e perna se a criança observar que possui um lado do seu corpo (direito ou esquerdo) mais eficaz que o outro, ela percebe a lateralidade em relação a si mesma, posteriormente ela consegui localizar a lateralidade em relação ao ambiente e aos objetos que contêm neste ambiente, por exemplo: a escada está à direita da piscina, o professor está à esquerda das crianças, (BURKHARDT, ESCOBAR 1985).

Para Mansoldo (1996), quando a criança imerge no meio líquido expira-se pelo nariz e pela boca (eliminando gás carbono), para evitar que entre água nas vias aéreas, a criança escolhe um lado para fazer a rotação da cabeça no momento de inspiração (captando oxigênio) através da respiração bilateral ou unilateral, para coordenar este movimento, é necessário obter uma boa noção lateral.

O Meio Líquido e o Espaço

De acordo com Burkhardt, Escobar, (1985), as percepções espaciais adquiridas no meio líquido são inicialmente através de vivências corporais na água, posteriormente são assimiladas pela direção e o auxílio dos órgãos do sentido, visão e tato. Ao visualizar as bordas, as raias, o professor e os colegas de turma a criança limita ou amplia seu espaço neste ambiente. Quando a criança nada em decúbito ventral ou dorsal, está adquirindo noções espaciais através dos movimentos de braços e pernas no nado. Quando a criança está flutuando ela percebe seu corpo em relação ao espaço ocupado, se necessário, o aluno deve fazer pequenos movimentos de braços e pernas para que mantenha o equilíbrio, o professor deve motivar a criança para que ela mantenha a flutuação, assim, a mesma adquiri confiança e relaxa, a adaptação do indivíduo no meio aquático e com o professor possibilita um melhor desempenho na prática da natação, (LIMA, 1999).

O Meio Líquido e o Tempo

A noção temporal é fundamental para obter um bom desempenho do nado, é através desta percepção que a criança consegue coordenar o movimento, que é ritmo de braçadas e pernadas em relação à respiração. Para adquirir um melhor desempenho nesta atividade a respiração em decúbito ventral deve ser na expiração: o aluno sopra o gás carbono dentro da água (cabeça na água) e na inspiração: capta o oxigênio do meio aéreo (tirando a cabeça da água). A velocidade da criança nesta atividade resulta em desempenhar bem está coordenação de movimentos, (BURKHARDT, ESCOBAR, 1985).

De acordo com Catteau, Garoff, (1990), o ritmo da respiração marca o tempo forte ou fraco da propulsão em relação ao movimento, a duração e a intensidade são fatores determinantes na ação deste movimento. A respiração geralmente acontece na fase de propulsão da braçada, na fase aérea, e em todos os estilos o ritmo da respiração está relacionado com o movimento de braço, fora da ação motriz.

A criança com boa percepção temporal, não tem dificuldades de coordenar o ritmo de braçadas e pernadas em relação à respiração, ou seja, se aumentar a velocidade do movimento a criança coordena a respiração, obtendo melhor desempenho em relação a crianças que não tem boa noção temporal, afirma Mansoldo, (1996).

BATERIA DE TESTE SEGUNDO ROSA NETO

A bateria de Rosa Neto são sequências de vários testes com a finalidade de avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças em seus diferentes aspectos. Esta bateria tem a finalidade de

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identificar o retardo ou o avanço motor e também contribui para que as crianças sejam adultos ativos com melhor desenvolvimento psicomotor.

METODOLOGIA

A pesquisa caracterizou-se do tipo quantitativo quase experimental com delineamento transversal, tendo como objetivo verificar e comparar, através do teste de Rosa Neto, o perfil psicomotor entre crianças que praticam ou não praticam a natação. O estudo foi realizado com crianças com a idade cronológica de 05 e 06 anos do Colégio Couto Júnior da cidade de Anápolis-GO.

A pesquisa foi realizada no Colégio Couto Júnior com alunos da pré-escola, de 05 e 06 anos onde participaram 28 crianças, 14 que praticam natação e 14 que não praticam de ambos os sexos, sendo 13 meninos e 15 meninas.

Foi utilizado o Manual de Avaliação Motora de Francisco Rosa Neto, com intuito de verificar o nível psicomotor das crianças. Utilizando os materiais específicos descritos no manual, para cada área motora sendo elas:

 Equilíbrio: cronômetro.

 Organização Espacial: tabuleiro com três formas geométricas, palitos de 5 a 6 cm de comprimento, 1 retângulo e 2 triângulos de cartolina.

 Organização Temporal: cronômetro e lápis.

 Lateralidade: bola, pente, lápis, cartão 15 cm x 25 cm com um furo de 0,5 de diâmetro e tubo de cartão.

Inicialmente foi escolhido o local da pesquisa, baseado no fato deste determinado colégio ser bem conceituado e reconhecido por sua qualidade de ensino. Posteriormente foi apresentado à direção da unidade escolar o projeto e a solicitação para realizar o estudo. Após o consentimento dos responsáveis, a escolha dos alunos ocorreu de forma aleatória respeitando a faixa etária proposta.

A aplicação dos testes ocorreu de forma individual, em um espaço físico adequado e destinado para tal fim. Foi aplicado da seguinte forma: As crianças iniciaram desenvolvendo atividade correspondente à sua idade cronológica conforme a proposta pelo manual de Rosa Neto (2002). Para as crianças que não conseguiram desempenhar as atividades correspondentes à sua idade cronológica, foi lhes aplicado o teste da idade anterior até que as mesmas conseguissem desenvolver uma das atividades proposta pelo teste. Já as crianças que conseguiram desenvolver o teste de sua idade cronológica, realizaram os testes das idades superiores até que esta não conseguisse desenvolver a atividade proposta. Seguindo esses parâmetros, conseguimos identificar a idade motora de cada uma.

Após os testes utilizamos o protocolo de Rosa Neto (2002), a seguir:

1º passo: A idade cronológica (IC) da criança se obtém através da data de nascimento dada em

anos, meses e em dias, transformada em meses de acordo com a tabela da idade cronológica,exemplo 2 anos, 24 meses, 2 anos e 6 meses 30 meses 3 anos 36 meses sucessivamente.

Tabela 1. Idade cronológicas/motoras.

Anos Meses

2 anos 24 meses

2 anos e 6 meses 30 meses

3 anos 36 meses

3 anos e 6 meses 42 meses

4 anos 48 meses

4 anos e 6 meses 54 meses

5 anos 60 meses

5 anos e 6 meses 66 meses

6 anos 72 meses

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7 anos 84 meses

7 anos e 6 meses 90 meses

8 anos 96 meses

8 anos e 6 meses 102 meses

9 anos 108 meses

9 anos e 6 meses 114 meses

10 anos 120 meses

10 anos e 6 meses 126 meses

11 anos 136 meses

Fonte: RosaNeto, 2002. P. 39

2º passo: O (IMG) é a idade motora geral, se obtém através da soma dos resultados positivos

obtidos nas provas motoras expressa em meses. Os resultados positivos obtidos no teste são representados pelo símbolo 1, os valores negativos 0, e os valores parcialmente positivos são representados pelo símbolo 1/2. Tudo isso dividido pelos componentes psicomotores utilizados.

 IM3 idade motora do equilíbrio: É obtida através das somas dos valores positivos alcançados nos testes de equilíbrio – expressa em meses.

 IM5 idade motora da estrutura espacial: É obtida através das somas dos valores positivos alcançados nos testes de organização espacial – expressa em meses.

 IM6 idade motora da estrutura temporal: É obtida através das somas dos valores positivos alcançados nos testes de organização temporal (linguagem e estruturação espaço temporal) – expressa em meses.

3º passo: Encontrar a idade negativa ou positiva (IN/IP) – que é a diferença entre a idade motora

geral e a idade cronológica. Os valores serão positivos quando a idade motora geral apresentar valores numéricos superiores à idade motora cronológica, geralmente expressa em meses, dentro do perfil motor.

4º passo: O (QMG) é quociente motor geral é obtido através da divisão entre a idade motora

geral e a idade cronológica multiplicado por 100.

A avaliação foi realizada em um momento, traçando o perfil dos alunos que praticam natação e dos alunos que não praticam, utilizando um teste “T” não paramétrico.

Foi feita uma análise descritiva dos dados e com porcentagem das crianças avaliadas, usando o software SPSS 10.0.

RESULTADOS

Quando comparado o desenvolvimento psicomotor entre praticantes e não praticantes de natação, utilizando o indicador equilíbrio, encontramos os seguintes dados: não praticantes de natação 21,4% foram classificados como normal baixo; 28,6% inferior e 50,0% muito inferior. Já os praticantes de natação foram classificados como 14,3% normal alto; 14,3% normal médio; 21,4% inferior e 50,0% muito inferior.

Comparando o nível psicomotor de praticantes e não praticantes de natação em relação à estrutura espacial, evidenciado na tabela 5, verificou-se que os não praticantes de natação tiveram uma classificação de 21,4% normal médio, 28,6% normal baixo, 28,6% inferior e 21,4% muito inferior. Dentre o grupo dos praticantes de natação 28,6% estão classificados como normal médio, 21,4% normal baixo, 7,1% inferior e 42,9% muito inferior.

A Tabela 6 mostra os resultados das crianças quanto à estrutura temporal comparando o nível psicomotor de praticantes e não praticantes de natação. Os não praticantes tiveram: 14,3% normal médio, 35,7% normal baixo, 21,4% inferior e 28,6% muito inferior. Já com os praticantes há uma piora: 7,1% normal médio, 7,1% normal baixo, 50,0% inferior e 35,7% muito inferior.

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Em relação à lateralidade e a psicomotricidade os resultados mostram que: os não praticantes tiveram: 50,0% de destros, 42,9% de lateralidade cruzada, 7,1% de lateralidade indefinida. Já os praticantes de natação têm uma lateralidade mais definida: 57,1% de destros, 7,1% de lateralidade cruzada e 3,7% de lateralidade indefinida.

DISCUSSÃO

Verifica que as crianças analisadas tiveram uma melhora dentro do normal, por já terem aulas de educação física, enfatizando a psicomotricidade, onde não houve significância dentro das áreas psicomotoras trabalhadas que foram: equilíbrio, lateralidade, estrutura espacial e temporal.

A pesquisa mostra que no equilíbrio teve um melhor rendimento nos praticantes de natação, pode ser, porque a natação trabalha muito o equilíbrio e o desequilíbrio. Na lateralidade teve uma definição maior nos praticantes da natação, já na estrutura espacial e na estrutura temporal não teve significância por estar relacionada com vários fatores dentre eles a faixa etária proposta.

Nos estudos de Kalamara, Ribas, (2005), concluiu que dentro da psicomotricidade na educação infantil através de atividades lúdicas em crianças de 03 a 06 anos de ambos os sexos de um colégio de Santa Catarina, ao término das análises dos resultados, verificou que de 62 alunos avaliados houve uma melhora em todos os aspectos dos componentes psicomotores trabalhados, comprovando o estudo dessa pesquisa.

Nogueira et al., (2007), através de estudos realizados verificou-se que não houve diferença significativa entre o perfil psicomotor das crianças analisadas do ensino fundamental do município de Alteroso, Minas Gerais, a pesquisa foi realizada comparando as crianças da zona urbana e zona rural. Confirmando os dados do presente estudo.

Na pesquisa de Cabral (2007), comprovou mais uma vez uma melhora e um bom rendimento em todos os componentes psicomotores; conforme os resultados coletados dentro da bateria de Rosa Neto (2002), reforçando os dados do presente estudo.

Santana, Santana, (2005), obtiveram resultados significativos de crianças de 4 a 7 anos da fase pré-escolar associados ao desenvolvimento, foram selecionadas 40 crianças de Anápolis, Goiás, havendo melhoras significativa dentro das áreas psicomotoras trabalhada, coordenação fina, esquema corporal e tonicidade, Lateralidade comprovando a presente pesquisa.

Nos estudos de Medina et al., (2005), através dos resultados analisados em crianças 30 crianças de ambos os gêneros de 8 a 10 anos, que apresentam dificuldades de aprendizagem relatadas pelo professor. As áreas psicomotoras utilizadas foram: coordenação fina, coordenação global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e temporal, os resultados mostram um déficit. Em todos os aspectos analisados, principalmente a noção corporal espacial e temporal, o resultado apresentado confirma com o que é apresentado na literatura.

CONCLUSÃO

Através dos resultados encontrados no presente estudo identificou que as crianças praticantes de natação obtiveram uma melhora satisfatória comparando aos não praticantes.

O estudo mostra que o praticante de natação tem uma melhora no equilíbrio, e a lateralidade está mais definida comparando as crianças que não praticam natação. Já na estrutura espacial e estrutura temporal não obtiveram relevância por serem definidas mais tarde. Isso comprova que a psicomotricidade é primordial na vida da criança estando, dia-dia, vivenciando experiências novas e descobrindo novos caminhos de fácil adaptação.

Que a psicomotricidade possa estar presente no meio líquido relacionada à natação podendo ter interferências visando melhorar o desenvolvimento psicomotor num todo, no desenvolvimento psicomotor da criança, que esta responsabilidade possa ser totalmente papel do profissional de Educação Física, havendo mais projetos e pesquisas nesta área.

REFERÊNCIAS

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