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DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 1T08

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Academic year: 2021

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DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS 1T08

Eusébio – CE, 09 de maio de 2008 – A M. Dias Branco S.A. (Bovespa: MDIA3), empresa líder nos mercados de

biscoitos e de massas no Brasil, anuncia hoje seus resultados do primeiro trimestre do ano de 2008 (1T08). As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia são elaboradas de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil, baseadas na Lei das Sociedades por Ações e nas regulamentações da CVM (“BR GAAP”). Em 28 de dezembro de 2007 foi publicada no Diário Oficial da União a Lei nº. 11.638 que alterou diversos dispositivos da Lei nº. 6.404 (Sociedades por Ações). As informações contábeis contidas nesta Divulgação de Resultados não contemplam as modificações nas práticas contábeis introduzidas pela referida lei. Destacamos, que nas demonstrações financeiras consolidadas da Companhia não estão somadas as informações relativas à empresa Vitarella, adquirida pela Companhia após o encerramento do trimestre; porém, apresentamos no tópico “Aquisição da Indústria de Alimentos Bomgosto Ltda (Vitarella)”, a demonstração de resultados pro forma, contemplando seus resultados.

Contato RI

Geraldo Luciano Mattos Júnior

Vice-Presidente de Investimentos e Controladoria e Diretor de Relações com Investidores

Tel: (85) 4005-5667 e-mail:geraldo@mdb.com.br Álvaro Luiz B. de Paula

Diretor Adjunto de Relações com Investidores Tel: (85) 4005-5952

e-mail: alvarodepaula@mdb.com.br

Website de RI: www.mdiasbranco.com.br/ri

Teleconferência de Resultados do 1T08 Data: 12 de maio de 2008. Horários: > Português (BR GAAP) 10:00 hs (horário de Brasília) 09:00 hs (horário Nova Iorque) Tel: (55-11) 4688-6301 Replay: (55-11) 4688-6312 Código: M Dias Branco / 204 > Inglês (BR GAAP) 12:00 hs (horário de Brasília) 11:00 hs (horário Nova Iorque) Tel.: 1 888 700 0802/1 786 924 6977 Replay: (55-11) 4688-6312 Código: M Dias Branco / 589

Cotação:

Fechamento em 08/05/2008 MDIA3: R$ 25,20 por Ação

Valor de Mercado:R$ 2.893,0 milhões

DESTAQUES DO PERÍODO

A Receita Líquida no 1T08 foi de R$ 419,0 milhões, apresentando um crescimento de 17,0% sobre os R$ 358,2 milhões verificados no 1T07;

O volume total vendido atingiu 236,0 mil toneladas no 1T08, um crescimento de 1,9% em relação ao 1T07;

O lucro líquido alcançou R$ 22,4 milhões no 1T08, apresentando um aumento de 34,1% em relação ao 1T07;

O Resultado após os incentivos fiscais cresceu 28,7% no 1T08, alcançando R$ 46,2 milhões;

O EBITDA Ajustado atingiu R$ 71,9 milhões no 1T08, contra R$ 69,5 milhões no 1T07 (+3,5%);

A Dívida Líquida no final do 1T08, no valor de R$ 143,4 milhões, cresceu 2,5% em relação ao 1T07.

O nível de utilização da capacidade de produção atingiu 74,6% no 1T08, comparado a 72,1% no 1T07 (+2,5 p.p.).

Dados Financeiros e Operacionais 1T08 1T07 Variação Receita Líquida (R$ MM) 419,0 358,2 17,0% Volume de Vendas (Em mil toneladas) 236,0 231,7 1,9%

Lucro Líquido 22,4 16,7 34,1%

Resultado Após Incentivos Fiscais (R$ MM) 46,2 35,9 28,7% EBITDA Ajustado (R$MM) 71,9 69,5 3,5% Dívida Líquida (R$ MM) 143,4 139,9 2,5% Dívida Líquida / EBITDA Ajustado (últ. 12 meses) 0,5 0,5 0,0% Nível de Utilização da Capacidade de Produção 74,6% 72,1% 2,5 p.p.

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A M. DIAS BRANCO S/A tem o prazer de apresentar ao mercado e à Sociedade os seus resultados relativos ao primeiro trimestre de 2008.

O mercado de trigo continua desenhando um cenário extremamente desafiador para a Companhia, especialmente em face da política econômica dos governos da Argentina e Ucrânia. Contudo, as lavouras mundiais continuam evoluindo sem maiores influências climáticas, levando à expectativa de elevação dos estoques mundiais, o que, aliada a política do governo brasileiro de estimular o cultivo interno, sugere a redução do preço do trigo no médio prazo.

Enquanto isso, a Companhia demonstra a eficiência da sua estrutura de produção e comercialização, apresentando resultados significativamente melhores do que os do mesmo período do exercício anterior. Embora o trigo e o óleo tenham imposto uma redução em nossa margem bruta, a Companhia conseguiu reduzir seus custos com mão-de-obra, embalagens e depreciação, além de ter reduzido suas despesas administrativas e a representatividade de suas despesas com vendas.

Os números refletem o esforço e a competência da Companhia no gerenciamento das linhas de custos e despesas que estão sob seu poder de intervenção direta.

Tamanho esforço, aliado ao crescimento de 17,0% em nossa receita líquida, redundou em um lucro líquido 34,1% maior no período, saltando de R$ 16,7 milhões no 1T07 para R$ 22,4 milhões no 1T08 que, somados aos incentivos fiscais, apontam um resultado ajustado de R$ 46,2 milhões no trimestre, 28,7% maior do que o resultado do mesmo período do ano de 2007.

O EBITDA ajustado pelos incentivos fiscais alcançou R$ 71,9 milhões no 1T08, 3,5% maior do que os R$ 69,5 milhões apurados no mesmo período do ano anterior.

Além dos resultados financeiros extremamente satisfatórios, em abril a Companhia adquiriu a totalidade das quotas do capital social da Indústria de Alimentos Bomgosto Ltda., dona da marca Vitarella, dentre outras. Com a aquisição da Vitarella, a M. Dias Branco amplia sua liderança nacional nos segmentos de massas e biscoitos, cuja participação passará a ser de 19,3% em biscoitos e 21,3% em massas (1B08, Ac Nielsen), além de agregar valor pelo ganho de eficiência nas unidades moageiras e na fábrica de gorduras vegetais da Companhia.

Neste relatório de divulgação apresentaremos, também, um comparativo entre a Demonstração dos Resultados da Companhia e a Demonstração dos resultados pro forma do 1T08 e 1T07, agregando os resultados da Vitarella aos resultados da Companhia, para fins de aproximação do mercado, refletindo a nova realidade após a aquisição.

Em conclusão, a administração, ao tempo em que acredita estar entregando aos acionistas um resultado acima das expectativas para o cenário enfrentado, está confiante em números ainda melhores no médio prazo, quer pela queda dos preços do trigo, possibilitando o repasse gradual dos custos aos preços, quer pelo aumento de eficiência que a recente aquisição trará para as nossas unidades de trigo e gordura vegetal.

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O ano de 2007 foi bastante positivo para a economia brasileira. Terminamos o ano com a inflação controlada (IPCA de 4,46%), dentro da meta estabelecida pelo Banco Central (BC), e com um crescimento de 5,4% do PIB, mesmo com o início da crise do setor imobiliário americano a partir do segundo semestre do ano.

O ano de 2008, por sua vez, começou trazendo novos desafios para a política econômica brasileira. A pressão inflacionária, gerada em todo o mundo pelo contínuo aumento dos preços dos alimentos, fez com que o BC aumentasse, no último dia 16 de abril, a taxa Selic para 11,75% ao ano, um incremento de 0,5 p.p.. Nos primeiros meses do corrente ano, houve nítida preocupação com a crise financeira dos Estados Unidos e seus reflexos na economia mundial. Por ora, a economia brasileira não tem sido diretamente afetada devido o crescimento acelerado da demanda interna e a grande demanda por commodities no exterior.

Um novo fato melhorou a perspectiva de desempenho da economia nacional: no último dia 30 de abril, o Brasil foi elevado ao patamar de Investment Grade pela empresa Standard & Poor’s. A partir de então, o país poderá receber investimentos de grandes investidores institucionais de países desenvolvidos que, por regras de seus estatutos, só podem investir em ativos considerados de baixo risco.

Com o grau de investimentos, o país deverá receber elevada quantidade de recursos estrangeiros, aumentando o fluxo de dólar no país, gerando uma maior valorização do Real. As commodities, que já tinham previsão de acomodação dos preços, poderão intensificar o processo de queda de suas cotações, em função da apreciação do câmbio, reduzindo a pressão inflacionária interna dos alimentos.

Além disso, o aumento dos investimentos trará a oportunidade de controlar a inflação de demanda, uma vez que o seu nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) está no patamar de 83%, segundo o Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pois a demanda agregada doméstica tem crescido acima da taxa de crescimento do produto.

No curto prazo, o BC manterá rígida sua política monetária voltada para controle da inflação, com perspectiva de alta da taxa Selic em 2008. Entretanto, as projeções para o final do ano, que estavam entre 12,75% e 13,25%, deverão diminuir. No médio prazo, a taxa básica de juros deverá inverter a tendência e iniciar o ciclo de queda novamente.

Acreditamos que, além dos fatores relacionados acima, o bom desempenho da economia de países emergentes e a forte demanda das commodities exportadas pelo país contribuirão de forma positiva para o desempenho da economia brasileira no ano corrente.

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS E MASSAS NO 1B07 E 1B08

Além do cenário macroeconômico do País, a análise do desempenho da Companhia deve também considerar aspectos próprios dos setores em que atuamos, notadamente, os segmentos de biscoitos e massas, por serem os segmentos mais significativos para a Companhia (67,1% da receita bruta no 1T08).

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Nas vendas por região, para os dois segmentos constatamos pouca variação com relação à representatividade do Sudeste e do Nordeste no total de vendas do País no 1B08, de acordo com a metodologia utilizada pela A.C. Nielsen. Em torno de 76% do total está concentrado nessas duas regiões, seja no critério de volume de vendas em toneladas ou faturamento de vendas em reais, sendo que no Sudeste há a preponderância de consumo de produtos de maior valor agregado, ao contrário da região Nordeste. A região Sudeste continua sendo a mais representativa, com aproximadamente metade do total consumido em toneladas e em reais.

BISCOITOS

Segmentação de Vendas no Mercado brasileiro por Região

Fonte: AC Nielsen.

MASSAS ALIMENTÍCIAS

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Região

Fonte: AC Nielsen.

O mercado brasileiro de biscoitos, também, apresentou pouca variação na estrutura de vendas por segmento no 1B08, tanto em toneladas quanto em reais. O segmento “Recheados” permaneceu como o mais representativo, com cerca de 30% do faturamento total. Em conjunto com outros dois segmentos significativos, “Água e Sal/Cream Cracker” e “Secos/Doces Especiais”, representaram 65,2% do volume total vendido e 61,4% do faturamento no 1B08. Destacam-se também os segmentos “Waffer” e “Salgado”,

51,3% 25,0% 16,4% 7,3% 52,0% 24,7% 16,5% 6,8%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 51,3% 25,0% 16,4% 7,3% 52,0% 24,7% 16,5% 6,8%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 47,0% 30,3% 15,7% 7,0% 47,7% 30,0% 15,7% 6,6%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 47,0% 30,3% 15,7% 7,0% 47,7% 30,0% 15,7% 6,6%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 50,5% 24,1% 18,1% 7,3% 50,7% 24,5% 18,1% 6,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 50,5% 24,1% 18,1% 7,3% 50,7% 24,5% 18,1% 6,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 50,5% 24,1% 18,1% 7,3% 50,7% 24,5% 18,1% 6,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 49,2% 27,9% 16,4% 6,5% 49,8% 27,0% 17,0% 6,2%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 49,2% 27,9% 16,4% 6,5% 49,8% 27,0% 17,0% 6,2%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 49,2% 27,9% 16,4% 6,5% 49,8% 27,0% 17,0% 6,2%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07

1B07

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que possuem maior valor agregado, que em conjunto representaram no 1B08, 21,5% do faturamento e 16,2% do volume de biscoitos vendido no Brasil.

BISCOITOS

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Produto

Fonte: AC Nielsen.

No que tange ao mercado de massas alimentícias, também, constatamos pouca variação na sua estrutura de vendas por segmento no comparativo trimestral. Os segmentos “Sêmola sem ovos”, “Sêmola com ovos” e “Comum” representam, juntos, 89,7% do faturamento e 94,3% do volume total vendido de massas no Brasil.

MASSAS ALIMENTÍCIAS

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Produto

Nota: O segmento “Demais” contempla os segmentos “Grano Duro”, “Caseiro” e “A Granel”. Fonte: AC Nielsen. 30,6% 17,2% 15,0% 9,1% 11,1% 9,4% 7,6% 29,4% 17,4% 14,6% 9,3% 10,9% 10,6% 7,8%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS FATURAMENTO POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B07 1B08 1B081B071B08 1B081B07 1B08 1B08 30,6% 17,2% 15,0% 9,1% 11,1% 9,4% 7,6% 29,4% 17,4% 14,6% 9,3% 10,9% 10,6% 7,8%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS FATURAMENTO POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B07 1B08 1B081B071B08 1B081B07 1B08 1B08 27,6% 22,1% 16,8% 11,6% 8,3% 7,3% 6,3% 26,2% 22,6% 16,4% 11,9% 8,3% 7,9% 6,7%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS VOLUME POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B07 1B08 1B081B071B08 1B081B07 1B08 1B08 27,6% 22,1% 16,8% 11,6% 8,3% 7,3% 6,3% 26,2% 22,6% 16,4% 11,9% 8,3% 7,9% 6,7%

MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS VOLUME POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B07 1B08 1B081B071B08 1B081B07 1B08 1B08 41,4% 29,7% 17,8% 11,1% 42,4% 30,0% 17,3% 10,3%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS FATURAMENTO POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 41,4% 29,7% 17,8% 11,1% 42,4% 30,0% 17,3% 10,3%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS FATURAMENTO POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 41,6% 27,8% 24,4% 6,2% 43,4% 28,7% 22,2% 5,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS VOLUME POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 41,6% 27,8% 24,4% 6,2% 43,4% 28,7% 22,2% 5,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS VOLUME POR SEGMENTO 1B07 x 1B08

1B07 1B07

1B07

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Quando analisamos os mercados de massas alimentícias com o de massas instantâneas, podemos observar que estas últimas possuem maior valor agregado, participando de cerca de 29,0% do faturamento total e 13,2% de volume.

MASSAS ALIMENTÍCIAS X MASSAS INSTANTÂNEAS

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro

Fonte: AC Nielsen.

As vendas de massas instantâneas são mais concentradas na região Sudeste (em torno de 55% do faturamento), porém se percebe um crescimento no consumo na região Nordeste.

MASSAS INSTANTÂNEAS

Segmentação de Vendas no mercado brasileiro por Região

Fonte: AC Nielsen.

ACOMPANHAMENTO DO MERCADO DE COMMODITIES

A atividade econômica desenvolvida pela Companhia tem forte concentração na produção e comercialização de produtos nos segmentos alimentícios de biscoitos, massas e farinha de trigo. Esses

70,6%

29,4% 71,0%

29,0% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 70,6% 29,4% 71,0% 29,0% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 70,6% 29,4% 71,0% 29,0% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 70,6% 29,4% 71,0% 29,0% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 87,4% 12,6% 86,8% 13,2% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 87,4% 12,6% 86,8% 13,2% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 87,4% 12,6% 86,8% 13,2% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS ALIMENTÍCIAS X

MASSAS INSTANTÂNEAS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B08 1B08 52,3% 17,2% 22,6% 7,9% 52,6% 17,8% 22,4% 7,2% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS INSTANTÂNEAS

VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 52,3% 17,2% 22,6% 7,9% 52,6% 17,8% 22,4% 7,2% MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS INSTANTÂNEAS

VOLUME POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 54,3% 16,8% 20,2% 8,7% 55,0% 17,3% 20,0% 7,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 54,3% 16,8% 20,2% 8,7% 55,0% 17,3% 20,0% 7,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 54,3% 16,8% 20,2% 8,7% 55,0% 17,3% 20,0% 7,7%

MERCADO BRASILEIRO DE MASSAS INSTANTÂNEAS FATURAMENTO POR REGIÃO 1B07 x 1B08

1B07 1B07

1B07

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segmentos contam em sua matriz de produção com dois importantes insumos, os quais participam com grande relevância na formação dos custos variáveis da Companhia. Esses insumos são: (i) o trigo em grão (que representou 50,4% de nosso CPV e 34,4% da Receita Líquida no 1T08); e (ii) os óleos vegetais (que representaram 7,9% de nosso CPV e 5,4% da Receita Líquida no 1T08).

Diante disso, considerando que o acompanhamento do mercado do trigo e dos óleos vegetais consome importante atenção da gestão da Companhia e se constitui em fator relevante na determinação de seu desempenho e geração de resultados, apresentamos a seguir algumas informações e comentários sobre a matéria. Com relação aos óleos vegetais, destacaremos os óleos de soja e palma por serem os mais representativos, embora também utilizemos o óleo de algodão.

TRIGO

O mercado de commodities iniciou o ano de 2008 com tendência instável. As cotações dos grãos estão vulneráveis a especulações com relação à sua utilização para produção de biocombustíveis. É importante acompanhar a relação entre oferta e demanda destes combustíveis, uma vez que existe a possibilidade de substituição de plantação para atender a necessidade de cultivo de grãos destinados a sua produção.

No mercado de trigo, além da política de biocombustíveis, vale ressaltar o aspecto das recentes decisões de política econômica dos governos da Argentina e Ucrânia. Ambos os governos limitaram os registros de exportação de trigo, com o intuito de conter a inflação doméstica. Na Argentina estes registros deveriam ser reabertos no dia 21 de abril do ano corrente, porém foram postergados para o mês de maio. Os agricultores argentinos protestam contra medidas do Governo, tais como a limitação e o aumento de impostos sobre exportação, ameaçando realizar uma paralisação rural e bloqueio de estradas, o que poderá causar instabilidade nos processos de exportação deste país.

As lavouras mundiais continuam operando com estabilidade, sem maiores influências climáticas. Em março, com o degelo de várias localidades do hemisfério norte, pôde-se verificar que o inverno não havia sido rigoroso, o que poderá influenciar no aumento previsto da produção e na recomposição dos estoques mundiais. O Departamento de Agricultura Americano (USDA) previa, em março deste ano, uma produção de 605,0 milhões de toneladas no final da safra de 2007/08, aumentando para 606,7 milhões em abril. Os estoques mundiais, que antes seriam de 110,4 milhões, estão previstos para terminar esta safra com 112,5 milhões.

* Dados relativos ao final da safra de 2007/08

Fonte: Departamento de Agricultura Americana (USDA) 604.961 606.692 600.000 601.000 602.000 603.000 604.000 605.000 606.000 607.000 608.000 Março Abril

PREVISÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE TRIGO*

604.961 606.692 600.000 601.000 602.000 603.000 604.000 605.000 606.000 607.000 608.000 Março Abril

PREVISÃO DA PRODUÇÃO MUNDIAL DE TRIGO*

110.403 112.481 105.000 106.000 107.000 108.000 109.000 110.000 111.000 112.000 113.000 114.000 Março Abril

PREVISÃO DO ESTOQUE MUNDIAL DE TRIGO*

110.403 112.481 105.000 106.000 107.000 108.000 109.000 110.000 111.000 112.000 113.000 114.000 Março Abril

(8)

Diante do cenário internacional, o Governo Brasileiro agiu com a intenção de diminuir a dependência nacional do grão argentino, ao zerar, para um limite máximo de importação de 1 (um) milhão de toneladas até 30 de junho de 2008, a Tarifa Externa Comum (TEC), que anteriormente era de 10%. Atualmente, há um movimento da indústria processadora de trigo junto ao Governo Brasileiro para aumentar esse limite para 4 milhões de toneladas, devido à incerteza da importação do trigo argentino.

No último dia 17 de abril, o Governo Brasileiro também lançou o Plano de Apoio ao Trigo, que inclui a criação de uma linha de crédito especial de R$ 1,2 bilhão para financiar o carregamento da próxima safra e o aumento do limite individual de crédito em 33%. Com este plano, o governo pretende elevar produção nacional em até 25% já na safra de 2008/09.

Com a manutenção do clima favorável, as estimativas são de redução nas cotações do trigo a partir do segundo semestre de 2008. Segundo o Safras & Mercado, em 28/04/2008, o preço spot da tonelada de trigo argentino estava em US$ 385 e os preços futuros negociados na Bolsa de Chicago no patamar de US$ 304,88 por tonelada para setembro do corrente ano.

A Companhia mantém sua política de monitoramento do mercado e de compra do trigo que, juntamente com sua capacidade de armazenagem (210 mil toneladas), manteve o desempenho histórico na otimização de aquisição do grão (economia média de 19,2% no 1T08, conforme demonstrado no gráfico abaixo).

* Fonte: www.safras.com.br

ÓLEOS VEGETAIS

O mercado de óleos vegetais continua com forte demanda causada pelo aumento do consumo para fins alimentícios e para a produção de biocombustíveis no mundo. O ano de 2008 iniciou com grandes compras advindas da China e da Índia, que visavam a recomposição de seus estoques.

214,0 224,7 244,0 257,3 294,4 337,9 350,8 288,0 301,9 331,5 390,0 428,6 177,8 193,1 214,4 224,5 236,2 226,4 237,3 252,0 267,3 292,8 304,2 332,8 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375 400 425

abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08

US$

Mês

TRIGO

Preço Médio Aquisição Dias Branco x Preço de Mercado US$ / TON

2007 e 2008

(9)

O óleo de soja estava negociado, no início de fevereiro, por US$ 1,3 mil a tonelada na Bolsa de Mercadoria de Chicago, devido a notícias de falta de chuvas no Brasil e na Argentina. No Brasil, o produto terminou o trimestre com preço em torno de R$ 3,0 mil por tonelada.

O Departamento de Agricultura Americano (USDA) prevê uma safra de 38,3 milhões de toneladas para o final da safra 2007/08, número este 5,5% superior ao da safra anterior, que encerrou a produção com 36,3 milhões de toneladas. A previsão para o consumo mundial é de 38,0 milhões de toneladas.

Fonte: Departamento de Agricultura Americano (USDA)

O óleo de palma, por sua vez, acompanhou o mercado do óleo de soja, porém com menor elevação de preço, em função do bom desenvolvimento da safra mundial. Os dois principais países produtores, Indonésia e Malásia, deverão ter um acréscimo de produção na safra 2007/08, segundo o USDA, de 10,24% e 13,80%, respectivamente.

A produção mundial de óleo de palma deverá atingir 41,1 milhões de toneladas contra 37,3 milhões na safra anterior, um acréscimo de 10,2%. O consumo mundial está previsto pelo USDA para 40,5 milhões de toneladas.

Fonte: Departamento de Agricultura Americano (USDA)

O mercado de óleos vegetais continuará atento ao movimento do mercado de biocombustíveis no mundo,

a variação do preço de petróleo e na sua demanda para fins alimentícios. A perspectiva para o ano de 2008 está em torno da acomodação dos preços após a colheita do hemisfério norte, em virtude do significativo aumento de produção.

38.330 38.040 37.800 37.900 38.000 38.100 38.200 38.300 38.400 Produção Consumo

PREVISÃO DE PRODUÇÃO x CONSUMO ÓLEO DE SOJA 2007/08 38.330 38.040 37.800 37.900 38.000 38.100 38.200 38.300 38.400 Produção Consumo

PREVISÃO DE PRODUÇÃO x CONSUMO ÓLEO DE SOJA 2007/08 41.122 40.524 40.200 40.400 40.600 40.800 41.000 41.200 Produção Consumo

PREVISÃO DE PRODUÇÃO x CONSUMO ÓLEO DE PALMA 2007/08 41.122 40.524 40.200 40.400 40.600 40.800 41.000 41.200 Produção Consumo

PREVISÃO DE PRODUÇÃO x CONSUMO ÓLEO DE PALMA 2007/08

(10)

A Companhia, com sua capacidade de estocagem aliada a uma política de compras eficiente, conseguiu manter seus estoques totais de óleo, ao longo do primeiro trimestre, a preços médios inferiores aos preços médios de mercado. O gráfico abaixo demonstra que a economia média na compra de óleo de soja ficou em torno de 32,4%. Quando analisamos o gráfico de óleo de palma, constatamos que o primeiro trimestre se caracterizou por um movimento de aquisição atípico em função do crescimento da demanda por margarinas e gorduras no 1T08 e atraso na chegada de navio. A compra de óleo de palma realizada na Colômbia para atender às necessidades da Companhia atrasou sua chegada em virtude da burocracia de expedição no Porto de Cabello na Venezuela. Para atender as necessidades, realizamos uma compra no mercado nacional que, por ter pequena oferta, restrita apenas aos Estados do Pará e Bahia, tem um preço superior ao praticado no mercado internacional. O aumento médio de 12,8% no custo de aquisição do óleo de palma, no entanto, foi compensado pelo aumento de 19,7% nos preços de nossos produtos e de 18,8% no volume de vendas durante o período analisado. Além disso, é importante salientar que a Companhia optou por manter maiores estoques de óleo de soja, que apresentava elevações de preços superiores ao óleo de palma no 1T08.

Fonte: www.safras.com.br

A estrutura operacional da Companhia é composta pela M. Dias Branco S/A, com sede no Estado do Ceará, e sua controlada, a Adria Alimentos do Brasil Ltda, com sede na Cidade de São Caetano do Sul, Estado de São Paulo, as quais, em conjunto, contam com 15 unidades comerciais e 10 unidades industriais, cujas ações de produção, comercialização e distribuição logística são coordenadas de forma centralizada e integrada. As unidades industriais estão localizadas nos Estados do Ceará (3 unidades), Rio Grande do Norte (1 unidade), Bahia (1 unidade), Paraíba (1 unidade), São Paulo (3 unidades) e Rio Grande do Sul (1 unidade).

O processo produtivo da Companhia é verticalizado, fabricando as duas principais matérias-primas (farinha e gordura vegetal) para a produção de massas e biscoitos. No 1T08, 91,7% de toda a farinha de trigo e 66,4% de toda gordura vegetal utilizadas foram fabricadas internamente.

Em relação à distribuição dos produtos, 51,0% das vendas brutas totais da Companhia no 1T08 foram efetuadas através de canais diretos, enquanto que as vendas mediante canais indiretos alcançaram o índice de 49,0%. A distribuição direta é concentrada nos grandes centros consumidores e nas demais localidades a distribuição é terceirizada.

DESTAQUES OPERACIONAIS

1.640 1.693 1.720 1.790 1.883 1.822 2.200 2.370 2.435 2.550 2.850 2.950 1.609 1.612 1.621 1.704 1.704 1.818 1.897 1.897 1.883 1.883 1.883 1.883 1.240 1.640 2.040 2.440 2.840

abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08

R$

MÊS

ÓLEO DE SOJA

Preço Médio de Aquisição M. Dias Branco x Preço de Mercado R$ / TON Ano 2007 e 2008 Mercado * MDias 1.640 1.693 1.720 1.790 1.883 1.822 2.200 2.370 2.435 2.550 2.850 2.950 1.609 1.612 1.621 1.704 1.704 1.818 1.897 1.897 1.883 1.883 1.883 1.883 1.240 1.640 2.040 2.440 2.840

abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08

R$

MÊS

ÓLEO DE SOJA

Preço Médio de Aquisição M. Dias Branco x Preço de Mercado R$ / TON Ano 2007 e 2008 Mercado * MDias 663 780 838 880 871 865 955 1.010 1.010 1.148 1.285 1.355 689 763 763 763 763 763 894 945 1.136 1.422 1.593 1.258 550 850 1.150 1.450

abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08

US$

MÊS

ÓLEO DE PALMA

Preço Médio de Aquisição M. Dias Branco x Preço de Mercado US$ / TON

Ano 2007 e 2008

(11)

A base de clientes é bastante pulverizada, visto que as vendas para o nosso maior cliente representaram 3,3% da receita bruta no 1T08.

Seqüência Acumulado Na Faixa Acumulada

Maior Cliente 1 18,1 3,3% 3,3%

49 Subseqüentes 50 170,5 31,1% 34,5%

50 Subseqüentes 100 43,8 8,0% 42,5%

900 Subseqüentes 1.000 117,6 21,5% 63,9%

Demais Clientes Todos clientes 197,4 36,1% 100,0%

TOTAL 547,4

Maiores Clientes Vendas -

1T08 (R$ Milhões)

Participação Relativa nas Vendas

Segundo a Nielsen, a Companhia passou, em termos de volume, de 13,6% de participação de mercado brasileiro de biscoitos, no 1B07, para 13,8% no 1B08. Com relação às massas a Companhia passou de 17,7%, no 1B07, para 18,4% no 1B08.

BISCOITOS – Market Share – 1B08 e 1B07*

* Nota: Acumulado no período – AC Nielsen.

Os demais concorrentes representaram no 1B08 e 1B07, respectivamente, 58,8% e 58,4% (em volume) e 51,0% e 51,3% (em faturamento).

Mix de Vendas 1T08 1T07 Variação

Varejo 44,2% 44,0% 0,2 p.p Atacado / Distribuidores 37,4% 38,0% -0,6 p.p Grandes Redes 7,9% 8,4% -0,5 p.p Indústria 5,5% 4,6% 0,9 p.p Outros 5,0% 5,0% 0,0 p.p TOTAL 100,0% 100,0% -12,1% 10,9% 9,9% 8,1% 7,7% 12,4% 11,3% 8,1% 7,2% 10,0%

MARKET SHARE DOS BISCOITOS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 1B08 12,1% 10,9% 9,9% 8,1% 7,7% 12,4% 11,3% 8,1% 7,2% 10,0%

MARKET SHARE DOS BISCOITOS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 1B08 13,6% 7,6% 7,5% 6,5% 6,4% 13,8% 7,7% 6,9% 6,2% 6,6%

MARKET SHARE DOS BISCOITOS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B08 1B08 1B08 1B08 13,6% 7,6% 7,5% 6,5% 6,4% 13,8% 7,7% 6,9% 6,2% 6,6%

MARKET SHARE DOS BISCOITOS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B08 1B08 1B08 1B08

(12)

MASSAS – Market Share – 1B08 e 1B07*

* Nota: Acumulado no período – AC Nielsen.

Os demais concorrentes representaram no 1B08 e 1B07, respectivamente, 47,1% e 48,1% (em volume) e 46,2% e 47,3% (em faturamento).

É importante salientar que na metodologia utilizada pela AC Nielsen não são coletadas informações referentes a algumas localidades, como o interior dos Estados do Maranhão e Piauí (região Nordeste), o Estado de Mato Grosso do Sul (região Centro-Oeste) e todos os estados da região Norte, embora a Companhia comercialize seus produtos em todos esses locais citados. Portanto, quando nos referimos neste documento a “Brasil” ou a “mercado brasileiro”, estamos considerando apenas o grupo de estados selecionados no estudo da Nielsen, dada a inexistência de dados confiáveis que cubram o mercado de todo o País.

Em relação ao nível de utilização da capacidade instalada, a Companhia atingiu 74,6% no 1T08, um acréscimo de 2,5 pontos percentuais em relação ao 1T07 (72,1%), em virtude, notadamente, do aumento do volume de produção de massas e de farinha e farelo.

A receita bruta consolidada no 1T08 totalizou R$ 547,3 milhões, um acréscimo de 16,4% em relação aos R$ 470,0 milhões registrados no mesmo período do ano anterior, decorrente do aumento no preço médio dos produtos em 14,3% e do aumento do volume vendido de massas e margarinas e gorduras.

RESULTADOS DO TRIMESTRE

1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07

Produção Total 48,7 50,1 52,9 45,8 209,0 204,5 14,7 14,1 325,3 314,5 Capacidade Total de Produção 74,2 74,2 79,9 79,9 262,7 262,7 19,5 19,5 436,3 436,3 Nível de Utilização da Capacidade 65,6% 67,5% 66,2% 57,3% 79,6% 77,8% 75,4% 72,3% 74,6% 72,1% * Em mil toneladas

Produção Efetiva / Capacidade de Produção *

Biscoitos Massas Farinha e Farelo Marg. e Gorduras Total 1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07 1T08 1T07

Produção Total 48,7 50,1 52,9 45,8 209,0 204,5 14,7 14,1 325,3 314,5 Capacidade Total de Produção 74,2 74,2 79,9 79,9 262,7 262,7 19,5 19,5 436,3 436,3 Nível de Utilização da Capacidade 65,6% 67,5% 66,2% 57,3% 79,6% 77,8% 75,4% 72,3% 74,6% 72,1% * Em mil toneladas

Produção Efetiva / Capacidade de Produção *

Biscoitos Massas Farinha e Farelo Marg. e Gorduras Total

18,0% 12,0% 11,1% 6,9% 4,7% 18,8% 11,9% 11,3% 6,6% 5,2%

MARKET SHARE DOS MASSAS FATURAMENTO 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B071B08 1B08 1B08 1B08 1B08 17,7% 11,7% 10,4% 6,4% 5,7% 18,4% 12,3% 9,9% 6,1% 6,2%

MARKET SHARE DOS MASSAS VOLUME 1B07 x 1B08 1B07 1B07 1B07 1B07 1B07 1B08 1B08 1B08 1B08 1B08

(13)

BISCOITOS

A receita no segmento biscoitos atingiu o total de R$ 233,4 milhões no 1T08, um crescimento de 2,2% em comparação ao 1T07, explicado pelo aumento de 7,9% no preço médio.

As marcas de biscoitos Isabela, Richester e Adria tiveram um acréscimo da receita bruta de 13,3%, 10,0% e 9,3%, respectivamente, no 1T08 em relação ao 1T07.

O volume vendido de biscoitos no 1T08 foi de 48,3 mil toneladas, uma redução de 5,3% em relação as 51,0 mil toneladas do 1T07, decorrente do decréscimo nas vendas dos biscoitos “Água e Sal/ Cream Cracker” em 3,0 mil, principalmente, nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia, visto que a Companhia não acompanhou a política de preços promocionais de alguns concorrentes, preferindo a manutenção de margens de rentabilidade.

O preço médio deste segmento de produtos passou de R$ 4,48/Kg no 1T07 para R$ 4,83/Kg no 1T08, apresentando um aumento de 7,9%. Tal variação foi influenciada, essencialmente, pelo aumento na tabela Segmento Rec. Bruta Peso Preço Méd. Rec. Bruta Peso Preço Méd. Rec. Bruta Peso Preço Méd. Biscoitos 233,4 48,3 4,83 228,3 51,0 4,48 2,2% -5,3% 7,9% Massas 133,9 51,3 2,61 105,2 45,8 2,30 27,3% 12,0% 13,6% Farinha e Farelo 148,0 126,3 1,17 113,6 126,0 0,90 30,3% 0,2% 30,0% Margarinas e Gorduras 32,0 10,1 3,17 22,5 8,5 2,65 42,2% 18,8% 19,7% Diversos - - - 0,4 0,4 - - - -TOTAL 547,3 236,0 2,32 470,0 231,7 2,03 16,4% 1,9% 14,3% * Receita Bruta em R$ milhões, Peso em Toneladas Mil e o Preço Médio em R$/Kg.

1T07

1T08 Variações

69,4%

19,0% 7,6%4,0%

Vendas por Região (% da Receita Bruta) -1T08

Nordeste Sudeste Sul Demais

42,6% 48,6% 24,5% 22,4% 27,0% 24,2%

5,9% 4,8%

1T08 1T07

Composição da Receita Operacional Bruta

Margarinas e Gorduras Farinha e Farelo Massas Biscoitos

42,6% 48,6% 24,5% 22,4% 27,0% 24,2%

5,9% 4,8%

1T08 1T07

Composição da Receita Operacional Bruta

(14)

de preços dos produtos, visando ajustá-los às mudanças ocorridas, nos últimos meses, no custo dos principais insumos (trigo e óleo vegetal).

No gráfico abaixo, constata-se que as marcas Richester e Isabela representaram 34,0% (+2,4 p.p) e 11,3% (+1,1 p.p), respectivamente, em relação à receita bruta do 1T08, comparada a do 1T07.

MASSAS

A receita no segmento massas atingiu o total de R$ 133,9 milhões no 1T08, um incremento de 27,3% em comparação aos R$ 105,2 milhões no 1T07, resultante do aumento de 13,6% no preço médio e de 12,0% no volume de vendas. Vale ressaltar o acréscimo de 36,1% na receita bruta das massas da marca Fortaleza e de 24,8% da marca Adria.

O volume de vendas atingiu 51,3 mil toneladas, registrando um crescimento de 12,0% no volume de vendas, frente as 45,8 mil toneladas do 1T07. No 1T08 destacou-se o crescimento na quantidade vendida das massas dos tipos “Comum” de 3,3 mil ton e “Ovos” de 1,2 mil, e dos Estados da Bahia (+1,5 mil ton), São Paulo (+1,3 mil ton), Pernambuco (+0,9 mil ton) e Ceará (+0,6 mil ton).

O preço médio deste segmento de produtos passou de R$ 2,30/Kg no 1T07 para R$ 2,61/Kg, apresentando um acréscimo de 13,6% no 1T08, resultante do processo de revisão dos preços em função da mudança mais sensível no custo do trigo nos últimos meses.

Vale ressaltar que o crescimento no volume de vendas de massas foi influenciado pelas melhorias implementadas na área comercial, dentre as quais se destacam a migração das vendas de Pronta Entrega para Pré-Venda e o aumento do número de clientes em função do foco no pequeno varejo no Sudeste. Além disso, negociações realizadas com grandes redes possibilitaram promoções em pontos de venda e um melhor posicionamento dos produtos naquelas lojas.

34,0% 31,6% 28,7% 33,9% 11,3% 10,2% 10,8% 10,1% 7,2% 7,4% 8,0% 6,8% 1T08 1T07 OUTRAS MARCAS ZABET ADRIA ISABELA FORTALEZA RICHESTER

(15)

No gráfico abaixo, observamos que a marca Fortaleza representou 15,4% (+1,0 p.p) no 1T08, em relação à receita bruta do segmento de massas no 1T07.

FARINHA E FARELO DE TRIGO

A receita no segmento de farinha e farelo de trigo foi de R$ 148,0 milhões no 1T08, um crescimento de 30,3% em comparação aos R$ 113,6 milhões do 1T07. Esse crescimento é explicado pela elevação de 30,0% dos preços médios no trimestre.

Dentre as marcas de farinha de trigo, a Medalha de Ouro e Finna tiveram um desempenho mais representativo no segmento. A farinha de trigo da marca Medalha de Ouro teve um aumento na receita bruta de R$ 11,1 milhões (22,7%) no 1T08 e a Finna cresceu sua receita bruta em R$ 4,7 milhões (19,0%) no 1T08 em relação ao 1T07.

O preço médio deste segmento de produtos passou de R$ 0,90/Kg no 1T07 para R$ 1,17/Kg no 1T08 (+30,0%), refletindo alta que se observou no mercado para os preços do trigo em grão nos últimos meses, conforme já mencionado nos comentários setoriais antecedentes, além do aumento de 8,1% no volume vendido da farinha de trigo doméstica no 1T08, que possui maior valor agregado, contribuindo, portanto, para a elevação do preço médio.

No trimestre, o volume vendido de farinha e farelo de trigo apresentou um acréscimo de 0,2% em relação ao 1T07, atingindo um volume de vendas de 126,3 mil toneladas, decorrente, essencialmente, do aumento nas vendas do Estado do Ceará (2,2 mil ton), Paraíba (0,7 mil ton) e Sergipe (0,7 mil ton).

25,2% 25,7% 15,4% 14,4% 15,1% 18,4% 11,9% 14,0% 23,7% 20,4% 8,7% 7,1% 1T08 1T07 Marcas de Terceiros Outras Marcas Próprias RICHESTER BASILAR FORTALEZA ADRIA

(16)

No gráfico abaixo, apresentamos a representatividade das principais marcas de farinha de trigo no período analisado.

MARGARINA E GORDURAS

A receita no segmento de Margarinas e Gorduras passou de R$ 22,5 milhões no 1T07 para R$ 32,0 milhões no 1T08, o que representou um aumento de 42,2% no período. Dentre as marcas de margarinas, as que mais cresceram, em relação à receita bruta, foram Medalha de Ouro em R$ 4,0 milhões (+70,2%) no 1T08, além da marca Adorita que cresceu R$ 2,4 milhões (+77,4%) no 1T08.

O volume vendido de margarinas e gorduras no trimestre totalizou 10,1 mil toneladas, um acréscimo de 18,8% se comparado ao 1T07, pelo ingresso em 2007 de novos representantes no Estado de Pernambuco, pelas mudanças estratégicas na comercialização advindas da atuação no estado de Alagoas mediante uma unidade da própria Companhia (antes concentrada num distribuidor) e pelo estabelecimento de parcerias estratégicas com distribuidores no estado do Rio Grande do Norte, resultado do esforço de concentração em marcas próprias. Outro fator relevante foi a nova formulação de algumas marcas de margarinas, como Puro Sabor e Amorela, ocorrida no 2º trimestre de 2007, tendo o produto passado a ter uma aceitação ainda maior do mercado, impulsionando o crescimento das vendas.

O preço médio passou de R$ 2,65/Kg no 1T07 para R$ 3,17/Kg no 1T08 (+19,7%), decorrente do repasse do aumento de preços dos óleos vegetais nos últimos meses, conforme já mencionado nos comentários iniciais deste documento.

O gráfico abaixo demonstra a estratégia da Companhia em concentrar as vendas de margarinas nas marcas “Puro Sabor” e “Adorita”, do tipo doméstica, e “Medalha de Ouro”, do tipo food service.

45,5% 48,6% 22,3% 24,6% 6,0% 5,0% 5,5% 5,8% 20,7% 16,0% 1T08 1T07 OUTRAS MARCAS ADORITA MONARCA FINNA MEDALHA DE OURO Representatividade das Marcas sobre a Receita Bruta - Farinha

45,5% 48,6% 22,3% 24,6% 6,0% 5,0% 5,5% 5,8% 20,7% 16,0% 1T08 1T07 OUTRAS MARCAS ADORITA MONARCA FINNA MEDALHA DE OURO Representatividade das Marcas sobre a Receita Bruta - Farinha

(17)

RECEITA LÍQUIDA

Em decorrência do aumento de vendas e de preços, conforme mencionado nos comentários à receita bruta por segmento acima, a Receita Líquida no 1T08 totalizou R$ 419,0 milhões, um acréscimo de 17,0% em relação aos R$ 358,2 milhões registrados no ano anterior.

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS

Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 389,9 milhões no 1T08, o que representa um aumento de 20,2% em comparação aos R$ 324,3 milhões no trimestre anterior. Os principais itens que levaram a este resultado estão detalhados nos quadros a seguir.

Custos Operacionais (R$ milhões) 1T08 % RL 1T07 % RL AH% AH -%RL Matéria Prima 198,1 47,3% 126,7 35,4% 56,4% 11,9 p.p Trigo 144,0 34,4% 82,6 23,1% 74,3% 11,3 p.p Óleo 22,6 5,4% 13,4 3,7% 68,7% 1,7 p.p Açúcar 3,9 0,9% 5,9 1,6% -33,9% -0,7 p.p Outros insumos 27,6 6,6% 24,8 6,9% 11,3% -0,3 p.p Embalagens 26,9 6,4% 29,6 8,3% -9,1% -1,9 p.p Mão-de-obra 25,0 6,0% 25,1 7,0% -0,4% -1,0 p.p Gastos Gerais de Fabricação 23,7 5,7% 22,6 6,3% 4,9% -0,6 p.p Depreciação e Amortização 12,0 2,9% 14,3 4,0% -16,1% -1,1 p.p TOTAL 285,7 68,2% 218,3 60,9% 30,9% 7,3 p.p 38,4% 44,5% 33,6% 27,3% 19,0% 14,8% 9,0% 13,4% 1T08 1T07 OUTRAS MARCAS ADORITA MEDALHA DE OURO PURO SABOR

(18)

A variação de 30,9% nos Custos Operacionais (68,2% da Receita Líquida no 1T08 e de 60,9% da Receita Líquida no 1T07) decorreu, principalmente:

Do aumento do custo do trigo e do óleo vegetal, pois no 1T08 seus preços continuaram subindo em virtude dos eventos destacados no tópico “Acompanhamento do Mercado de Commodities”; Da redução do custo do açúcar, decorrente da oferta superavitária no mercado internacional, principalmente pelo excesso de oferta da Índia e aumento de produção em 2007 dos principais exportadores dessa commodity;

Do decréscimo da depreciação e amortização em 16,1%, em função de alguns bens que foram depreciados no 1T07, mas estavam totalmente depreciados no 1T08, notadamente, nas unidades da Fábrica Fortaleza e Moinho Dias Branco.

As despesas com vendas totalizaram R$ 73,7 milhões no 1T08 frente aos R$ 68,2 milhões do 1T07, (19,0% da Receita Líquida no 1T07 para 17,6% no 1T08), representando uma queda de 1,4 pontos percentuais, influenciada, basicamente, por três fatores: 1) a campanha de vendas da Cream Cracker Fortaleza, realizada durante o ano de 2007; 2) redução das verbas contratuais firmadas com grandes redes e das bonificações, em virtude da acomodação dos repasses de preços realizados ao longo do ano anterior;e 3) recuperação de recebíveis provisionados. Analisando os valores absolutos, o acréscimo de 8,1% nas despesas com vendas, foi motivado, principalmente, pelo aumento das despesas com pessoal e nas despesas com fretes e carretos, em função do reajuste salarial médio de 4,3% dos nossos colaboradores, ocorrido no 2T07, e aumento das vendas, respectivamente.

As despesas administrativas e gerais atingiram R$ 16,7 milhões no 1T08, um decréscimo de 22,7% comparado aos R$ 21,6 milhões do 1T07, (6,0% da Receita Líquida para 4,0% no 1T08) explicado principalmente, pela queda nas despesas com serviços de telecomunicações, auditoria e consultorias, assim como despesas com viagens e estadas e com contratos de leasing. Podemos, também, adicionar que a redução das despesas administrativas foi ocasionada pela revisão de processos e práticas realizada ao longo de 2007, reestruturando o quadro pessoal da Companhia.

As despesas tributárias decresceram 41,0%, passando de R$ 6,1 milhões no 1T07 para R$ 3,6 milhões no 1T08, em função do término da vigência da CPMF - Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira em 31 de dezembro de 2007. No 1T07 registrou-se R$ 2,2 milhões de despesa com CPMF.

As despesas com depreciação e amortização somaram R$ 10,0 milhões no 1T08 (R$ 8,1 milhões no 1T07), apresentando um acréscimo de 23,5%, em função da amortização dos gastos com a implantação do sistema ERP, o EBS da Oracle, bem como a depreciação de obras civis realizadas em algumas de

Despesas Operacionais (R$ milhões) 1T08 % RL 1T07 % RL AH% AH -%RL Vendas 73,7 17,6% 68,2 19,0% 8,1% -1,4 p.p Administrativas e gerais 16,7 4,0% 21,6 6,0% -22,7% -2,0 p.p Honorários da administração 1,5 0,4% 1,5 0,4% 0,0% -0,0 p.p Tributárias 3,6 0,9% 6,1 1,7% -41,0% -0,8 p.p Depreciação e amortização 10,0 2,4% 8,1 2,3% 23,5% 0,1 p.p Outras desp./(rec.) operac. (1,3) -0,3% 0,5 0,1% 0,0% -0,4 p.p

(19)

nossas unidades destinadas à área administrativa, depreciação de veículos pela renovação da frota e de novas imobilizações na área de tecnologia.

No 1T08 as outras receitas operacionais totalizaram em R$ 1,3 milhão, enquanto no 1T07 registrou-se R$ 0,5 milhão em outras despesas operacionais, isto porque no 1T07 foram registradas outras despesas operacionais que não foram recorrentes no 1T08, como: 1) provisão para contingências trabalhistas e cíveis, e 2) baixa de bloqueio de crédito em função do arquivamento do processo judicial. Além disso, no 1T08 foi registrada uma reversão de provisão, gerando uma receita no valor de R$ 0,9 milhão.

RESULTADOS FINANCEIROS

Resultado Financeiro (R$ Milhões) 1T08 1T07 Variação

Receita Financeira 39,4 19,4 103,1%

Despesa Financeiras (39,2) (23,2) 69,0%

TOTAL 0,2 (3,8)

Para melhor compreensão das variações ocorridas no resultado financeiro, optou-se por evidenciar e analisar as receitas e despesas financeiras sem o efeito das variações cambiais do período, como demonstrado no quadro abaixo:

As receitas financeiras passaram de R$ 7,0 milhões no 1T07 para R$ 13,0 milhões no 1T08, apresentando um aumento de 85,7% no período, ocasionado, principalmente pela a obtenção de descontos de fornecedores de matérias-primas no 1T08 e pelo fato de que no 1T07 venceram-se títulos que quando foram resgatados, geraram uma perda contábil de R$ 4,9 milhões referente à diferença entre o valor pago pelo título e o valor de resgate, perda esta que foi compensada pelos juros recebidos, ao longo dos exercícios anteriores, decorrentes dos mesmos títulos.

As despesas financeiras atingiram R$ 13,6 milhões no 1T08 (R$ 13,2 milhões no 1T07), apresentando um aumento de 3,0% no período, explicado, principalmente, pelo aumento no saldo de financiamentos e empréstimos.

As variações cambiais passaram de uma receita de R$ 2,4 milhões no 1T07 para R$ 0,8 milhão no 1T08, em função, basicamente, da valorização do Real frente ao dólar no 1T07 (4,1%) ter sido superior à valorização ocorrida no 1T08 (1,3%), o que refletiu um resultado positivo menor sobre o passivo em dólar. Obtivemos um resultado não operacional no valor de R$ 1,8 milhão no 1T08, decorrente de lucro na venda de imóveis não operacionais.

Resultado Financeiro (R$ Milhões) 1T08 1T07 Variação

Receita Financeira 13,0 7,0 85,7%

Despesa Financeiras (13,6) (13,2) 3,0%

Variações Cambiais 0,8 2,4 -66,7%

TOTAL 0,2 (3,8)

-Resultado Financeiro (R$ Milhões) 1T08 1T07 Variação

Receita Financeira 13,0 7,0 85,7%

Despesa Financeiras (13,6) (13,2) 3,0%

Variações Cambiais 0,8 2,4 -66,7%

TOTAL 0,2 (3,8)

-Resultado Financeiro (R$ Milhões) 1T08 1T07 Variação

Receita Financeira 13,0 7,0 85,7%

Despesa Financeiras (13,6) (13,2) 3,0%

Variações Cambiais 0,8 2,4 -66,7%

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-LUCRO LÍQUIDO

Em face dos resultados comentados ao longo deste relatório, o lucro líquido da Companhia passou de R$ 16,7 milhões no 1T07 para R$ 22,4 milhões no 1T08, decorrente, principalmente, do crescimento das vendas e do resultado financeiro, além da redução das despesas administrativas e tributárias.

Considerando o efeito dos incentivos fiscais, o resultado da Companhia passou de R$ 35,9 milhões no 1T07 para R$ 46,2 milhões no 1T08, representando um acréscimo de 28,7% no período.

Destaca-se que a não adição ao lucro líquido do valor das subvenções para investimentos recebidas pela Companhia, através de devolução de parte do ICMS e do IRPJ devidos, decorre do fato de que tais subvenções não se constituem em receitas contábeis, e não podem ser, por força de lei, objeto de distribuição aos acionistas, devendo ser obrigatoriamente reinvestidas na empresa. Mas as referidas subvenções constituem efetiva fonte de caixa adicional, gerada além do lucro líquido do exercício, para a continuidade dos investimentos e crescimento da Companhia.

O quadro abaixo demonstra o volume de recursos incorporados ao patrimônio da Companhia no 1T08 e 1T07, caso adicionássemos ao Lucro Líquido dos períodos o valor das mencionadas subvenções para investimento (incentivos fiscais oriundos do ICMS e do imposto de renda).

Resultado Após Incentivos Fiscais

(R$ milhões) 1T08 1T07 Variação

Lucro Líquido do Exercício 22,4 16,7 34,1%

Incentivos Fiscais ICMS 20,8 13,2 57,6%

Incentivos Fiscais Imposto de Renda 3,0 6,0 -50,0%

TOTAL 46,2 35,9 28,7%

INCENTIVOS FISCAIS

Os incentivos fiscais sobre o ICMS apresentaram um crescimento de 57,6% quando comparados os saldos referentes ao 1T08 e 1T07, influenciado pela elevação do custo do trigo no período, que tem relação direta com o aumento dos incentivos estaduais, visto que o ICMS sobre o trigo é calculado sobre o valor de compra desta matéria-prima.

O decréscimo de 50,0% no 1T08 em relação ao 1T07 nos valores referentes a incentivos fiscais sobre o imposto de renda (IRPJ) foi decorrente do aumento da representatividade do resultado da controlada Adria em relação ao resultado da Companhia, tendo em vista que a Adria não possui incentivos fiscais de IRPJ.

EBITDA

(21)

CONCILIAÇÃO DO EBITDA (em R$ milhões) 1T08 1T07 Variação

Lucro Líquido 22,4 16,7 34,1%

Imposto de Renda e Contribuição Social 8,7 13,4 -35,1%

Receitas Financeiras (39,4) (19,4) 103,1%

Despesas Financeiras 39,2 23,2 69,0%

Incentivos Fiscais do ICMS 20,8 13,2 57,6%

Resultados não Operacional (1,8) - -100,0%

Depreciação e Amortização sobre CPV 12,0 14,3 -16,1%

Depreciação e Amortização Despesas Adm/Com 10,0 8,1 23,5%

EBITDA Ajustado 71,9 69,5 3,5%

EBITDA A PARTIR DA RECEITA BRUTA:

CONCILIAÇÃO DO EBITDA (em R$ milhões) 1T08 1T07 Variação

Receita Bruta 547,3 470,0 16,4%

Impostos e deduções sobre vendas (128,3) (111,8) 14,8%

Incentivos Fiscais do ICMS 20,8 13,2 57,6%

Custos dos produtos vendidos - CPV (285,7) (218,3) 30,9%

Depreciação e Amortização sobre CPV 12,0 14,3 -16,1%

Despesas Operacionais (104,2) (106,0) -1,7%

Depreciação e Amortização Despesas Adm/Com 10,0 8,1 23,5%

EBITDA Ajustado 71,9 69,5 3,5%

VALOR ADICIONADO

A Companhia divulgou a Demonstração do Valor Adicionado que tem por objetivo demonstrar o valor da riqueza gerada no período e a sua respectiva distribuição entre os elementos que contribuíram para sua geração. O gráfico abaixo apresenta os mencionados percentuais de distribuição:

27,2%

34,8% 24,3%

13,7%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO - 1T08

27,2%

34,8% 24,3%

13,7%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO - 1T08

40,9%

32,9% 15,7%

10,5%

DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 1T07

40,9%

32,9% 15,7%

10,5%

(22)

Capitalização (em R$ milhões) 31/03/2008 31/03/2007 Variação

Curto Prazo 447,6 360,7 24,1% Longo Prazo 195,1 198,9 -1,9% Endividamento Total 642,7 559,6 14,8% (-) Caixa * (499,3) (419,7) 19,0% (=) Dívida Líquida 143,4 139,9 2,5% (+) Patrimônio Líquido 988,8 893,7 10,6% Capitalização 1.631,5 1.453,3 12,3%

* Inclui Disponibilidades e Títulos e Valores Mobiliários de curto e longo prazo

Indicadores Financeiros 31/03/2008 31/03/2007 Variação Dívida Líquida / EBITDA Ajustado (últ. 12 meses) 0,5 0,5

-Dívida Líquida / PL 14,5% 15,7% -1,2 p.p

Endividamento / Ativo Total 35,0% 34,1% 0,9 p.p

Ao final do 1T08, a dívida bruta da Companhia totalizava R$ 642,7 milhões (69,6% no curto prazo e 30,4% no longo prazo), 14,8% maior que o saldo registrado ao final do 1T07, e a dívida líquida totalizava R$ 143,4 milhões, 2,5% superior ao respectivo saldo do 1T07. O aumento do endividamento está diretamente relacionado ao aumento dos nossos estoques de trigo.

Com relação ao grau de alavancagem financeira da Companhia, representado pela relação dívida líquida sobre o patrimônio líquido, o indicador ao final do 1T08 foi de 14,5% contra 15,7%, referente ao 1T07. A Companhia encerrou o 1T08 com um caixa (disponibilidades mais aplicações em títulos de liquidez imediata) de R$ 499,3 milhões, contra R$ 419,7 milhões no 1T07, um acréscimo de 19,0% no período.

Endividamento (Em Milhões) Indexador Juros (a.a.)* 31/03/2008 AV% 31/03/2007 AV% AH% Moeda Nacional 265,1 41,2% 280,2 50,1% -5,4%

FINAME TJLP 3,48% (3,55% em 31/03/07) 31,1 4,8% 36,2 6,5% -14,1%

Financ. - BNDES TJLP 2,49% 24,1 3,7% 45,2 8,1% -46,7%

Financ. de Trib. Estad. (PROADI) TR - 3,0 0,5% 1,3 0,2% 130,8% Financ. de Trib. Estad. (PROVIN) TR - - 0,0% 18,4 3,3% -100,0% Financ. de Trib. Estad. (PROVIN) TJLP - 81,5 12,7% 50,0 8,9% 63,0% Financ. de Trib. Estad. (DESENVOLVE) TJLP - 35,6 5,5% 19,5 3,5% 82,6% Financ. BNB-FNE 10,0% (14,0% em 31/03/07) 71,7 11,2% 80,5 14,4% -10,9%

MORDEMAQ 12,1% (12,12% em 31/03/07) 1,3 0,2% 1,8 0,3% -27,8%

MORDEMAQ (Pós) 1,10% 3,3 0,5% - 0,0% 100,0%

PROGEREN - BNDES 3,50% - 0,0% 21,5 3,8% -100,0%

Financ. BNB -FNE-Capital de Giro 10,0% (11,5% em 31/03/07) 6,0 0,9% 5,8 1,0% 3,4%

Financ. EGF - Insumo 6,75% 7,5 1,2% - 0,0% 100,0%

Moeda Estrangeira 377,6 58,8% 279,4 49,9% 35,1%

Financ. de importação insumos USD 6,08% (5,87% em 31/03/07) 373,4 58,1% 247,3 44,2% 51,0% Financ. de Máquinas e Equipamentos USD Libor + 1,05% (Libor + 1,07% em 31/03/07) 3,8 0,6% 8,7 1,6% -56,3% Financ. de Máquinas e Equipamentos EURO Eurolibor + 1,75% 0,4 0,1% 0,7 0,1% -42,9%

Empréstimo de Capital de Giro 5,00% - 0,0% 22,7 4,1% -100,0%

TOTAL 642,7 100,0% 559,6 100,0% 14,8%

* Taxa de Juros em 31/03/2008, exceto quando especificada outra data.

(23)

A Companhia opta por não realizar o hedge do preço de nossos principais insumos (trigo e óleo) em função da nossa capacidade de armazenamento, acompanhamento do mercado e planejamento de compras, mas realiza o hedge da taxa de câmbio. Temos passivos indexados a moeda estrangeira (dólar em sua maior parte), decorrentes principalmente da importação do trigo, que são protegidos mediante aplicações financeiras indexadas ao dólar, conforme demonstrado abaixo.

Os Investimentos, confirmando a baixa necessidade de CAPEX da Companhia em face dos investimentos realizados ao longo dos últimos anos, totalizaram R$ 10,7 milhões no 1T08 em comparação aos R$ 6,2 milhões no 1T07. Os principais itens que compuseram os gastos com investimentos no 1T08 foram: (i) máquinas e equipamentos (gastos com a reforma e confecção de tanques para armazenamento de gordura na GME) e (ii) obras civis (construção de um centro de distribuição para a Adria – filial de São Caetano do Sul e reformas realizadas em algumas unidades).

Investimentos (R$ milhões) 1T08 1T07 Variação

Instalações 0,7 0,2 250,0% Máquinas e Equipamentos 6,2 2,4 158,3% Obras Civis 2,6 2,3 13,0% Veículos 0,2 0,0 100,0% Computadores e Periféricos 0,3 0,2 50,0% Móveis e utensílios 0,2 0,5 -60,0% Outros 0,5 0,6 -16,7% Total 10,7 6,2 72,6%

Em abril de 2008, a Companhia adquiriu a Indústria Bomgosto Ltda (“Vitarella”) pelo valor determinado de R$ 595.500.000,00 a ser pago em cinco anos e uma parcela a determinar, não superior a R$ 107.000.000,00, relativa ao pagamento de ativos realizáveis da empresa adquirida, que serão pagos aos antigos controladores.

A aquisição realizada está de acordo com a estratégia de consolidação já divulgada ao mercado, destacando-se nesse racional a marca forte, com atuação em áreas onde a participação da M. Dias Branco não era predominante, o bom sistema de distribuição e a capacidade de crescimento com baixo nível de investimento.

INVESTIMENTOS

Descrição 31/03/2008 31/12/2007 31/03/2007

Ativos (em USD milhões) 81,9 97,2 115,9

Passivos (em USD milhões) 215,9 145,3 136,3

SALDO (134,0) (48,1) (20,4)

Descrição 31/03/2008 31/12/2007 31/03/2007

Ativos (em USD milhões) 81,9 97,2 115,9

Passivos (em USD milhões) 215,9 145,3 136,3

SALDO (134,0) (48,1) (20,4)

(24)

A empresa adquirida iniciou suas atividades em 1993, produzindo e comercializando massas e biscoitos em sua unidade industrial, localizada em Pernambuco, sob as marcas “Vitarella” e “Treloso”, entre outras, detendo, ao final do primeiro bimestre de 2008, 5,5% do mercado brasileiro de biscoitos e 2,9% do mercado nacional de massas em volume (1B08, Ac Nielsen).

Com a aquisição da Vitarella, a M. Dias Branco amplia sua liderança nacional nos segmentos de massas e biscoitos, cuja participação passará a ser de 19,3% em biscoitos e 21,3% em massas (1B08, Ac Nielsen), conforme gráfico abaixo, além de agregar valor pelo ganho de eficiência nas unidades moageiras e na fábrica de gorduras vegetais da Companhia.

A Vitarella é uma empresa em franco crescimento, fruto de um moderno parque tecnológico e, especialmente, do trabalho de uma competente equipe interna que desenvolveu e vem comercializando produtos de qualidade que, em poucos anos, caiu no gosto dos consumidores nas praças em que atua.

Inicialmente competindo no segmento low price, hoje já é a opção preferida nas localidades em que é líder.

A empresa adquirida é líder nos Estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e a sua situação geográfica permitirá ganhos de sinergia, viabilizados pela: a) verticalização da Companhia, que passará a fornecer as principais matérias-primas à empresa adquirida, ou seja, a farinha de trigo e a gordura vegetal; b) diluição de custos fixos de produção nas unidades de moagem e produção de gorduras vegetais de M. Dias Branco, em função de maior nível de utilização de capacidade decorrente do fornecimento de nossos principais insumos à planta em Pernambuco; c) diluição de despesas operacionais e d) adição de novos produtos ao portfólio atual da Vitarella.

A seguir, apresentamos um comparativo entre a Demonstração dos Resultados da Companhia e a

Demonstração dos resultados pro forma do 1T08 e 1T07, agregando os resultados da Vitarella aos

resultados da Companhia. BISCOITOS MASSAS 13,8% 18,4% 19,3% 21,3%

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS E MASSAS - 1B08 ANTES E DEPOIS DA AQUISIÇÃO DA VITARELLA

DEPOIS ANTES + 5,5 p.p. ANTES DEPOIS + 2,9 p.p. 13,8% 18,4% 19,3% 21,3%

PARTICIPAÇÃO DE MERCADO BRASILEIRO DE BISCOITOS E MASSAS - 1B08 ANTES E DEPOIS DA AQUISIÇÃO DA VITARELLA

DEPOIS ANTES

+ 5,5 p.p.

ANTES DEPOIS + 2,9 p.p.

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