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RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO IMPUGNANTE: RIBAL LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA CNPJ.: /

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

SUBSECRETARIA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E RECURSOS HUMANOS

COORDENAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 55000.000886/2012-25

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 03/2012

Objeto: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de hospedagem e transporte, sendo este (Aeroporto – Hotel; Hotel – Aeroporto; Hotel – Marina da Glória; Marina da Glória – Hotel; Espírito Santo – Rio de Janeiro; Rio de Janeiro – Espírito Santo) e as demais locomoções e serviços que se fizerem necessários à satisfatória realização da VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Contemporâneo, a ser realizada no Rio de Janeiro – RJ, no período de 21 a 25 de novembro de 2012, conforme condições discriminadas no Termo de Referência, Anexo I do Edital.

RESPOSTA À IMPUGNAÇÃO

IMPUGNANTE: RIBAL LOCADORA DE VEÍCULOS LTDA CNPJ.: 07.605.506/0001-73

O Pregoeiro do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, no exercício das suas atribuições regimentais e por força dos art. 4º, incisos XVIII e XX da Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002; art. 8º, inciso IV do Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005 e, subsidiariamente, do inciso II do art. 109 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, apresenta para os fins administrativos a que se destinam suas considerações e decisões acerca da Impugnação recebida em 14/08/2012, por meio eletrônico (via e-mail).

1. DA IMPUGNAÇÃO

A licitante impugna item editalício, no que se refere ao agrupamento de itens distintos em um mesmo lote (lote único) destacando os pontos a seguir.

1) Que seja feito o desmembramento do Lote Único do Edital;

2) Que a junção de itens distintos em um mesmo lote ofende a competitividade e a busca pela melhor proposta;

Por fim, requer que a impugnação seja recebida, processada e apreciada, e seja julgada procedente, excluindo as características ora impugnadas do Edital.

Em síntese, foi o breve relato dos fatos, estando à íntegra da impugnação anexada aos autos do processo, com vistas franqueadas, conforme previsto no Edital. 2. DA APRECIAÇÃO

Inicialmente, cabe apreciar o requisito de admissibilidade da referida impugnação, ou seja, apreciar se a mesma foi interposta dentro do prazo estabelecido para tal. Dessa forma, o Decreto 5.450/05, em seu artigo 18, dispõe: “Até dois dias

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úteis antes da data fixada para abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica“.

O impugnante deu entrada a presente impugnação no MDA, em tempo hábil, portanto, merece ter seu mérito analisado, visto que respeitou os prazos estabelecidos nas normas sobre o assunto. A resposta estará disponível publicamente no Comprasnet, e no processo do pregão, conforme endereço e horários constantes em Edital.

Passando à análise do mérito da Impugnação, quanto aos pontos levantados/impugnados pelo licitante, conforme posicionamento da área demandante/técnica do objeto e da comissão de licitações deste MDA tem-se as seguintes considerações e entendimentos:

Faz-se necessário frisar que o Ministério do Desenvolvimento Agrário tem ciência de todo arcabouço legal que rege o funcionamento da Administração Pública. Tais como o artigo 3° da Lei 8.666/93:

“Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.”

E, sobretudo, utiliza de todos os meios para cumpri-los, para tanto convocou sua área técnica, representada pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM, a fim de elaborar especificações que mais se adequassem à legalidade, moralidade e competitividade do processo licitatório.

Cabe informar ainda que o Edital foi previamente chancelado pela Assessoria Jurídica do MDA, o que demonstra zelo pelo cumprimento da legislação vigente e princípios que regem os atos da Administração Pública.

A fim de demonstrar que esta questão foi objeto de análise quando da elaboração do Edital, transcrevemos as justificativas da área demandante a nossa Consultoria Jurídica para composição do objeto licitatório em lote único exarado em Memorando contidos às fls. 97 deste processo administrativo:

“Item I.d –

... A divisão em lotes em lotes ou itens não é cabível, pois a Feira tem um prazo para ser executada e no caso de descumprimento de algum item do Edital por parte de algum licitante, não será possível encerrar a licitação, gerando prejuízo para o Estado, uma vez que para realizar a Feira existem mais duas licitações em curso (montagem e transportes dos produtos), pois teremos o local montado, o transporte dos produtos realizados e os expositores não poderão comparecer se houver algum problema na execução do cronograma ou da licitação, acarretando prejuízo financeiro para o Estado e para aqueles que produziram para participar da Feira, expor seus produtos, fechar negócios.”

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Entre as vantagens para a Administração Pública com a aquisição do objeto através da configuração do certame em um único lote, pode-se destacar apontamento da área técnica/demandante, conforme segue:

“Todos os dispositivos da lei de licitações ou mesmo as definições do específico processo licitatório devem e foram interpretados à luz do princípio da isonomia e da competitividade, o qual, não objetiva a proibição de qualquer participante, pois essa irá ocorrer naturalmente com a seleção da proposta mais vantajosa à administração pública, apenas utilizou-se de requisitos mínimos para garantir a execução do contrato, a segurança e a perfeição no cumprimento do objeto.“

Em acórdão de 16 de Maio de 2012, o Tribunal de Contas da União decidiu pelo indeferimento de pedido análogo, por considerar que a reunião dos itens em um único lote, desde que devidamente justificada pela área demandante ou pelo pregoeiro, afasta a possibilidade de restrição indevida à competitividade. (Acórdão 1.167/2012 – TC 000.431/2012-5 – TCU – Plenário – Relator: José Jorge).

Nesse diapasão, o entendimento dos Tribunais de Contas tem sido o de que o parcelamento ou não do objeto da licitação deve ser auferido sempre no caso concreto, perquirindo-se essencialmente acerca da viabilidade técnica e econômica do parcelamento e da divisibilidade do objeto.

O TCU se pronunciou ainda através do Acórdão nº 732/2008, no seguinte sentido:

" ... a questão da viabilidade do fracionamento deve ser decidida com base em cada caso, pois cada obra tem as suas especificidades, devendo o gestor decidir analisando qual a solução mais adequada no caso concreto".

Desta forma, usando o entendimento de nossa Corte Superior de Contas, a aquisição completa em lote único, neste caso, traz mais vantagens e benefícios para o Ministério, ao mesmo tempo em que garante melhores condições para a realização do evento com qualidade sem sofrer solucção de continuidade.

Desta feita, o Professor Jorge Ulisses Jacoby Fernandes, no Parecer nº 2086/00, elaborado no Processo nº 194/2000 do TCDF, ensina ainda que:

"Desse modo a regra do parcelamento deve ser coordenada com o requisito que a própria lei definiu: só se pode falar em parcelamento quando há viabilidade técnica para sua adoção. Não se imagina, quando o objeto é fisicamente único, como um automóvel, que o administrador esteja vinculado a parcelar o objeto. Nesse sentido, um exame atento dos tipos de objeto licitados pela Administração Pública evidencia que embora sejam divisíveis, há interesse técnico na manutenção da unicidade, da licitação ou do item da mesma. Não é pois a simples divisibilidade, mas a viabilidade técnica que dirige o processo decisório. Observa-se que, na aplicação dessa norma, até pela disposição dos requisitos, fisicamente dispostos no seu conteúdo, a avaliação sob o aspecto técnico precede a avaliação sob o aspecto econômico. É a visão jurídica que se harmoniza com a lógica. Se um objeto, divisível, sob o aspecto econômico for mais vantajoso,

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mas houver inviabilidade técnica em que seja licitado em separado, de nada valerá a avaliação econômica. Imagine-se ainda esse elementar exemplo do automóvel: se por exemplo as peças isoladamente custassem mais barato, mesmo assim, seria recomendável o não parcelamento, pois sob o aspecto técnico é a visão do conjunto que iria definir a garantia do fabricante, o ajuste das partes compondo todo único, orgânico e harmônico. Por esse motivo, deve o bom administrador, primeiramente, avaliar se o objeto é divisível. Em caso afirmativo, o próximo passo será avaliar a conveniência técnica de que seja licitado inteiro ou dividido".

A opção por realizar a licitação em lote (único) decorreu então de aspectos operacionais, com vistas a otimizar as atividades de gestão do evento. É o que se extrai da justificativa ofertada pela área demandante, que se evidencia quando da elaboração do Termo de Referência que traz a seguinte redação:

“Justifica-se o não parcelamento do objeto em questão, uma vez que compete à empresa vencedora organizar os traslados e as hospedagens dos participantes de maneira mais econômica e viável. A divisão em lotes prejudicaria a execução dos serviços, já que no processo de traslado a empresa precisa saber aonde as pessoas vão estar hospedadas, os horários de saída, os horários de chegada, incluindo os dos vôos, para organizar quem vai para qual hotel, buscando montar uma logística mais econômica e menos dispendiosa para a Administração Pública, uma vez que ele pode organizar a logística dos serviços”.

Resumidamente podemos afirmar que não cabe qualquer revisão do instrumento convocatório visto que a questão já está recentemente pacificada nas jurisprudências, conforme mencionado acima.

Por fim, trago posicionamento da área demandante com relação a impugnação ora em questão:

“Dito isso recebo a Impugnação interposta tempestivamente e INDEFIRO o pedido tendo em vista que uma exagerada divisão dos itens pretendidos apenas contribuiria para tornar mais dispendiosa a contratação, e não havendo evidências de que o desmembramento seria mais vantajoso para a Administração Pública optou-se pela licitação por menor preço global, destacando que existe mais dois processos em curso para execução da VIII Feira Nacional da Agricultura Familiar e Reforma Agrária – Brasil Rural Contemporâneo, com o escopo de se contratar o transporte e a montagem para o mesmo, existindo portanto uma divisão razoável do objeto e das contratações, onde outros tantos licitantes estão participando.”

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3. DA CONCLUSÃO

Assim, pelo acima exposto, em justificativa apresentada pela área técnica/demandante do objeto, e tendo por jurisprudência do Tribunal de Contas da União, entendo que as condições previstas no Edital devem ser mantidas e, por conseguinte, que a impugnação interposta deve ser indeferida.

Brasília, 15 de agosto de 2012.

RONIL CARLOS DA SILVA JUNIOR Pregoeiro

Referências

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