Casos práticos resolvidos Direito das Obrigações
CASO PRÁTICO 1
Admita a seguinte situação:
António, Belmiro e Carlos são os comproprietários de um prédio na Zona Histórica do Porto. António desentendeu-se com Belmiro e Carlos e pretende agora vender a sua parte.
O art. 1409º do CC dispõe que o comproprietário tem o direito de preferência na venda da quota a estranhos.
António encontrou em Daniel um interessado na compra da sua quota.
Para o efeito comunica a Belmiro e a Carlos a sua intenção de vender a Daniel a sua quota pelo preço de 75 000, 00 euros.
Belmiro e Carlos não respondem a António.
António vende a Daniel a sua quota mas na escritura consta o preço de 50 000, 00 euros e não 75 000, 00 euros
Que direitos assistem a Belmiro e a Carlos?
RESOLUÇÃO:
Segundo o disposto no art. 1409º do CC Belmiro e Carlos são titulares de um direito de preferência relativo á quota-parte que António tem no prédio do Porto.
O nº 2 do art. 1409º do CC remete para o disposto nos art. 416º a 418º do CC quanto ao eventual exercício desse direito de preferência.
Assim, e segundo o disposto naqueles artigos, António estava obrigado a comunicar aos demais preferentes a sua intenção de venda e as cláusulas do contrato, isto é, os elementos essenciais do negócio.
Entre estes, o preço é sem dúvida um dos mais importantes, pois a maior parte das vezes é pela apreciação do preço pedido que o preferente poderá decidir se pretende, ou não, exercer o seu direito de preferência.
No caso em apreço, António comunica a Belmiro e Carlos a sua intenção de vender a sua quota-parte pelo preço de 75 000, 00 euros. Nos termos do nº 2 do art. 416º do CC os preferentes deverão comunicar ao obrigado a sua intenção de exercer a preferência no prazo de oito dias. Ora, na situação em apreço, o António não recebeu qualquer resposta, Belmiro e Carlos, não comunicaram qualquer intenção de preferência.
Segundo o disposto no mesmo artigo, findo que seja aquele prazo, caduca o direito de exercer a preferência por parte de Belmiro e Carlos.
Isto é, o silêncio de Belmiro e Carlos equivale a uma manifestação de desinteresse no exercício do direito de preferência.
Pese embora ter caducado o direito dos preferentes, importa saber se António pode agora fazer livremente a sua venda a quem lhe convier e em condições distintas das anteriormente apresentadas a Belmiro e Carlos.
A resposta tem de ser negativa.
António esta vinculado a seguir os termos e condições do negócio que propôs aos preferentes. Sucede porém que António vem a vender a sua quota pelo preço de 50 000, 00 euros e não de 75 000, 00 euros, conforme havia comunicado.
Este facto vem tornar os direitos dos preferentes relativos a este novo contrato susceptíveis de poderem ser exercitados, quanto a estas novas condições, nenhuma renuncia ou caducidade existiu.
O que poderão estes preferente fazer para exercer o seu direito?
Caso um deles pretenda exercer o direito de preferência poderá agora fazê-lo, nos termos e condições previstas no art. 1410º do CC, através de uma acção de preferência, contando que a requeira no prazo de seis meses após o conhecimento dos elementos essenciais do negócio e deposite o preço nos quinze dias posteriores á apresentação da acção.
A eventual procedência da acção de preferência terá como resultado a substituição do adquirente pelos preferentes com efeito retroactivo.
CASO PRÁTICO 2
Admita a seguinte situação:
António trabalha como administrativo num escritório de advogados. No dia
29 de Dezembro de 2008, Belmiro, um dos advogados do escritório,
encarrega António de se deslocar ao Tribunal para dar entrada de um
conjunto de requerimentos.
Após a entrega dos requerimentos da secretaria e estando ainda presente no
Tribunal, António apercebe-se da presença de Carlos, Juiz daquele
Tribunal.
Mas Carlos não é um Juiz qualquer, Carlos é a razão pela qual a mulher de
António pediu o divórcio.
Com efeito, Maria, mulher de António, pretende divorciar-se deste e
refazer a sua vida com Carlos.
Ao aperceber-se da presença de Carlos, António, absolutamente
descontrolado, atira-se furiosamente a Carlos, em pleno Tribunal,
agredindo-o a soco e pontapé.
Acabando por partir maxilar de Carlos, e provocando diversas hematomas e
outras feridas.
Em virtude de tais lesões Carlos estará impedido de trabalhar durante seis
meses, terá de sofrer duas intervenções cirúrgicas ao maxilar o que lhe
provocará dores
Carlos partiu ainda os óculos de marca que lhe haviam custado 600, 00
euros.
Quid iuris?
RESOLUÇÃO:
Estamos perante uma situação de responsabilidade civil que resulta da
violação de direitos absolutos e, por isso, uma responsabilidade
extracontratual.
António ao agredir selvaticamente Carlos violou a integridade física, e por
isso um drt. de personalidade previsto em termos genéricos e absolutos, no
art. 70º do CC.
Quanto a António estamos perante a responsabilidade civil deste por factos
ilícitos prevista no art. 483º do CC.
Aquele artigo faz depender a obrigação de indemnização da existência
cumulativa de cinco pressupostos, existência de um facto voluntário, ilícito,
nexo de imputação do facto ao lesante (culpa), dano e nexo de causalidade
entre facto e dano.
Quanto á existência de facto voluntário, isto é, um facto controlável pela
vontade do agente, na situação em apreço não existem duvidas que os socos
e pontapés desferidos por António em Carlos constituem factos voluntários.
Quanto á ilicitude, pelas razões anteriormente apontadas, assistimos á
violação de direito de personalidade, art. 70º CC, direitos absolutos,
intocáveis cuja violação constitui um acto ilícito.
Quanto á existência de culpa por parte de António, nenhuma referência é
feita no texto sobre a sua eventual inimputabilidade, pelo que António não
sofre de qualquer incapacidade de prever os efeitos e medir o valor dos
actos que pratica.
Pelo que temos de entender que aquele é imputável a título de culpa, tendo
actuado com dolo, melhor, dolo directo, situação em que o agente prefigura
no seu espírito determinado efeito da sua conduta e pretende esse efeito,
sendo as lesões consequência da sua actuação.
Quanto ao dano verificado, temos como dano patrimonial o dano
emergente, isto é o prejuízo causado nos bens ou nos direitos já existentes
na titularidade do lesado á data da lesão, no caso concreto os óculos de
marca no valor de 600, 00 euros, assim como constituirá dano emergente, o
eventual valor que terá de despender com das duas intervenções cirúrgicas
ao maxilar, sofreu igualmente lucros cessantes, constituídos por eventual
perda salarial relativa ao período de seis meses sem trabalhar.
Temos de avaliar se não terá ocorrido outro tipo de dano que pela sua
gravidade mereçam a tutela do direito, são os danos a que se refere o art.
496º do CC, os danos não patrimoniais. Na situação em apreço parecem
existir de factos razões para admitir a existência daquele tipo de danos, as
dores suportadas com as intervenções cirúrgicas, bem como o medo, as
dores sofridas com as agressões, darão origem, se pedidas, a uma
compensação, devendo tal montante vir a ser fixado equitativamente.
Quanto á verificação do nexo de causalidade parece de facto que os danos
sofridos pelo lesado só existiram devido ás lesões provocadas pela
agressão, verifica-se assim, nos termos do art. 563º CC o referido nexo de
causalidade.
Importa contudo aqui saber se haverá responsabilidade exclusiva de
António, isto porque o mesmo se encontrava no Tribunal, ao serviço de
Belmiro.
Ora, nos termos do disposto no art. 500º do CC, «aquele que encarrega
outrem de qualquer comissão, responde, independentemente de culpa, pelos
danos que o comissário causar, desde que sobre este recaia igualmente a
obrigação de indemnizar»
Para afirmar a responsabilidade de Belmiro, enquanto comitente, é
necessário que:
1) haja uma comissão,
2) a pratica de um facto ilícito no exercício da comissão,
Na presente situação podemos afirmar a existência de uma relação de
comissão, no sentido de António praticar uma actividade por conta e sob a
direcção de Belmiro, tendo sido este quem encarregou aquele do exercício
dessa tarefa, existe assim uma relação de dependência entre António e
Belmiro que permite afirmar a existência da comissão.
A pratica, por parte de António, de um facto ilícito foi já anteriormente
afirmada.
Importa agora é saber se será de considerar que o facto ilícito ocorreu no
«exercício da função» A questão presente pode ser de difícil qualificação.
Estaremos perante um acto praticado no «exercício das funções» quando o
comissário actua no quadro geral da função que lhe foi cometida.
Para afirmar a responsabilidade objectiva do comitente será necessário que
o acto danoso tenha sido praticado em vista ao interesse do comitente no
quadro das funções que foram entregues ao comissário.
Na situação em apreço parece i longe de mais responsabilizar o Belmiro,
enquanto comitente, pela pratica daqueles actos danosos de António.
Parece efectivamente que a actuação de António não tem qualquer conexão
com os interesses de Belmiro.
Assim sendo a responsabilidade indemnizatória daqueles danos deverá
ficar exclusivamente a cargo de daquele.
CASO PRÁTICO3
António celebrou com Bernardo um contrato promessa pelo qual
o primeiro prometeu comprar ao segundo, e este prometeu vender
aquele, um veículo automóvel pelo preço de 20 000, 00 euros.
Como Bernardo não podia entregar na data da assinatura o
referido veículo, acordaram celebrar o contrato definitivo de
compra e venda 90 dias após a assinatura do contrato promessa.
De forma a mostrar um interesse firme naquela compra, António
entregou a Bernardo, a título de sinal, a quantia de 10 000, 00
euros.
Passados os 90 dias Bernardo não cumpre e recusa-se
categoricamente a outorgar o contrato definitivo e assim a
cumprir o contrato.
Que direitos assistem a António?
E se Bernardo tivesse vendido o veículo entretanto a Carlos ?
RESOLUÇÃO:
Á convenção pela qual alguém se obriga a celebrar certo contrato dá-se o nome de contrato promessa, nº 1 do art. 410º do CC. No presente caso, A e B prometeram, entre si, vir a celebrar no futuro um contrato de compra e venda relativo a um veículo automóvel.
Tendo prometido entre si, trata-se de uma promessa bilateral, art. 411º do CC. A obrigação decorrente de um contrato promessa é a de vir, no futuro a contratar. Assim, cada uma das partes assume perante a outra a obrigação de vir a contratar, A a obrigação de no futuro vir a declarar a vontade de comprar e B emitir a declaração de vontade de vender o referido veículo automóvel pelo preço de 20 000, 00 euros.
Sucede porém que passado ao prazo acordado, B recusa-se categoricamente a entregar o veículo e a cumprir o contrato.
Não tendo o contrato promessa, em princípio, efeitos reais, mas meramente obrigacionais, trata-se agora de saber de que meio dispõe o promitente não faltoso para ver realizado o trata-seu interestrata-se. Ora, em caso de incumprimento do contrato promessa, a parte não faltosa tem a possibilidade de recorrendo aos tribunais poder suprir a falta de declaração de vontade do promitente faltoso, tal mecanismo vem previsto no art. 830º do CC, trata-se de considerar o contrato prometido como realizado por força de sentença, tal como se o promitente faltoso tivesse cumprido.
O mecanismo da execução específico é contudo afastado se existir prévio acordo das partes que afaste tal hipótese., nº 1 do art. 830º do CC, entendendo a lei que existe acordo das partes naquele sentido se existir sinal entregue.
O art. 441º CC dispõe da seguinte forma «No contrato promessa de compra e venda presume-se que tem carácter de sinal toda a quantia entregue pelo promitente – comprador ao promitente vendedor».
Acresce que no próprio texto expressamente é referido que A. entregou a B a quantia de 5 000, 00 euros a título de sinal e princípio de pagamento. Nenhuma dúvida pode então existir quanto a estarmos na presença de um sinal o que afasta a aplicação do art. 830º do CC.
O nº 2 do art. 442º do CC, acerca do incumprimento do contrato promessa com sinal dispõe no sentido de permitir ao promitente não faltoso fazer sua a coisa entregue, no caso de o faltoso ser a parte que entregou o sinal, ou, caso o promitente faltoso seja aquele que recebeu o sinal, a possibilidade da contraparte pedir a sua restituição em dobro.
Ora, na situação em apreço, tendo B recebido o sinal e posteriormente recusado a outorga no contrato, tem A, após efectuada a resolução do contrato promessa, transformando a simples mora em incumprimento definitivo nos termos e meios do art. 808º CC, a possibilidade de pedir a restituição em dobro do sinal que entregou a título indemnizatório pelo incumprimento do contrato por parte de B.
Neste caso deve ainda atender-se ao disposto no nº 4 do art. 442º do CC, dispondo este artigo que não haverá lugar a qualquer outra indemnização para lá da restituição em dobro do sinal. No caso do imóvel ter sido vendido a C temos de ponderar a hipótese de perseguir o bem agora na propriedade de C.
Sabemos que o contrato promessa produz, em princípio, efeitos meramente obrigacionais, entre as partes.
Pode, excepcionalmente, ser atribuída eficácia real á promessa nos termos do art. 413º do CC, no caso dos bens imóveis e moveis sujeitos a registo.
Tratando-se de um contrato promessa a que as partes atribuíram eficácia real o promitente não faltoso poderia perseguir o bem mesmo na propriedade de C.
Não tendo as partes atribuído eficácia real mas meramente obrigacional, a venda a C traria o incumprimento definitivo do contrato promessa pelo que nenhum efeito teria o recurso á execução especifica restando apenas a hipótese de obter indemnização pelo incumprimento do contrato promessa.
CASO PRÁTICO 4
Alberto celebrou com Belmiro um contrato promessa de compra e
venda de imóvel.
O primeiro prometeu comprar ao segundo, e este prometeu vender
àquele, um imóvel pelo preço de 250 000, 00 euros.
Na data da assinatura do contrato promessa Alberto entregou a
Belmiro 50 000, 00 euros a título de sinal, 60 dias depois, a título
de reforço do sinal, entregou novos 50 000, 00 euros.
Na data convencionada para a escritura Alberto não compareceu
em Cartório Notarial, apesar de devidamente convocado para o
efeito.
Que direitos assistem a Alberto?
E se o imóvel foi entretanto vendido a Carlota?
RESOLUÇAO
Á convenção pela qual alguém se obriga a celebrar certo contrato dá-se o nome de contrato promessa, nº 1 do art. 410º do CC. No presente caso, A e B prometeram, entre si, vir a celebrar no futuro um contrato de compra e venda relativo a um bem imóvel.
Tendo as partes prometido entre si, trata-se de uma promessa bilateral, art. 411º do CC. A obrigação decorrente de um contrato promessa é a de vir, no futuro a contratar. Assim, cada uma das partes assume perante a outra a obrigação de vir a contratar, A a obrigação de no futuro vir a declarar a vontade de comprar e B emitir a declaração de vontade de vender o referido bem imóvel pelo preço de 250 000, 00 euros.
Sucede porém que passado ao prazo acordado, B recusa-se categoricamente a celebrar o contrato definitivo
Não tendo o contrato promessa, em princípio, efeitos reais, mas meramente obrigacionais, trata-se agora de saber de que meio dispõe o promitente não faltoso para ver realizado o trata-seu interestrata-se. Ora, em caso de incumprimento do contrato promessa, a parte não faltosa tem a possibilidade de recorrendo aos tribunais poder suprir a falta de declaração de vontade do promitente faltoso, tal mecanismo vem previsto no art. 830º do CC, trata-se de considerar o contrato prometido como realizado por força de sentença, tal como se o promitente faltoso tivesse cumprido.
O mecanismo da execução específico é contudo afastado se existir prévio acordo das partes que afaste tal hipótese, nº 1 do art. 830º do CC, entendendo a lei que existe acordo das partes naquele sentido se existir sinal entregue.
O art. 441º CC dispõe da seguinte forma «No contrato promessa de compra e venda presume-se que tem carácter de sinal toda a quantia entregue pelo promitente – comprador ao promitente vendedor».
Acresce que no próprio texto expressamente é referido que A. entregou a B a quantia de 50 000, 00 euros a título de sinal, tendo inclusive posteriormente efectuado o reforço daquele sinal. Nenhuma dúvida pode então existir quanto a estarmos na presença de um sinal o que, em princípio, afasta a aplicação do art. 830º do CC.
Porém o próprio art. 830º do CC, no seu nº 3 dispõe que a execução especifica não pode ser afastada nos casos de contrato promessa sobre os imóveis referidos no nº 3 do art. 410º CC, isto é, se o bem imóvel em apreço se referir a edifício, ou fracção autónoma de edifício.
Nestes casos, caberia ao promitente não faltoso optar ou pela execução especifica, nº 3 do art. 442º do CC, ou pelo mecanismo previsto no art. 442º do CC, onde o nº 2 daquele artigo, acerca do incumprimento do contrato promessa com sinal dispõe no sentido de permitir ao promitente não faltoso fazer sua a coisa entregue, no caso de o faltoso ser a parte que entregou o sinal, ou, caso o promitente faltoso seja aquele que recebeu o sinal, a possibilidade da contraparte pedir a sua restituição em dobro.
Ora, na situação em apreço, tendo B recebido o sinal e seu reforço e posteriormente recusado a outorga no contrato, tem A, após efectuada a resolução do contrato promessa, transformando a simples mora em incumprimento definitivo nos termos e meios do art. 808º CC, a possibilidade de pedir a restituição em dobro do sinal e seu reforço pelo incumprimento do contrato por parte de B.
Neste caso deve ainda atender-se ao disposto no nº 4 do art. 442º do CC, dispondo este artigo que não haverá lugar a qualquer outra indemnização para lá da restituição em dobro do sinal. No caso do imóvel ter sido vendido a C temos de ponderar a hipótese de perseguir o bem agora na propriedade de C.
Sabemos que o contrato promessa produz, em princípio, efeitos meramente obrigacionais, entre as partes.
Pode, excepcionalmente, ser atribuída eficácia real á promessa nos termos do art. 413º do CC, no caso dos bens imóveis e moveis sujeitos a registo.
Tratando-se de um contrato promessa a que as partes atribuíram eficácia real o promitente não faltoso poderia perseguir o bem mesmo na propriedade de C.
Não tendo as partes atribuído eficácia real mas meramente obrigacional, a venda a C traria o incumprimento definitivo do contrato promessa pelo que nenhum efeito teria o recurso á execução especifica restando apenas a hipótese de obter indemnização pelo incumprimento do contrato promessa.
CASO PRÁTICO 5
Na noite de 31 de Dezembro de 2007, António, ao cruzar-se com Belmiro,
reconhece este como um antigo cliente que lhe ficou a dever 25 000, 00
euros em virtude de vários fornecimentos efectuados e não pagos.
António combinou com Carlos, seu amigo, seguir Belmiro e confrontá-lo
com a existência da divida.
Num local ermo António e Carlos interceptam Belmiro e confrontam-no
com a existência da divida.
A conversa descontrola-se e aqueles, em comunhão de esforços, começam
a agredir Belmiro.
Em virtude de tal agressão Belmiro teve de receber tratamento hospitalar
tendo fracturado seriamente uma mão.
Em consequência de tal fractura, Belmiro esteve dois meses sem poder
trabalhar tendo perdido o equivalente a dois meses de facturação no
montante global de 3 000, 00 euros.
Ainda em consequência daquela agressão viu os seus óculos destruídos,
teve de comprar uns novos tendo gasto 300, 00 euros,
Decorrente da fractura da mão teve de se sujeitar a uma intervenção
cirúrgica e a dolorosos tratamentos.
No momento da agressão e perante as ameaças sofridas chegou a temer
pela própria vida.
Quid iuris?
RESOLUÇÃO: