• Nenhum resultado encontrado

DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DE SOJA EM GRÃO: UMA ANÁLISE DE CONSTANT-MARKET-SHARE. (1)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DE SOJA EM GRÃO: UMA ANÁLISE DE CONSTANT-MARKET-SHARE. (1)"

Copied!
18
0
0

Texto

(1)

DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES DE SOJA EM GRÃO: UMA ANÁLISE DE CONSTANT-MARKET-SHARE. (1)

Luiz Eduardo V. Rocha (2) Talles Girardi de Mendonça (3)

Resumo: Nos últimos anos, um enorme esforço exportador tem ocorrido no Brasil com o

principal objetivo de reduzir a dependência externa do país em relação a empréstimos e investimentos estrangeiros diretos. Neste contexto, setores exportadores dinâmicos da economia brasileira, como o complexo soja, desempenham papel importantíssimo. O presente trabalho tem por objetivo analisar especificamente o desempenho das exportações de soja em grão no período de 1986 a 2000. Para tanto utilizou-se o modelo de comércio internacional

Constant-Market-Share, que permitiu decompor o crescimento das exportações em quatro

efeitos, quais sejam, crescimento do comércio mundial, composição da pauta, destino das exportações e competitividade. Aplicando-se a metodologia, verificou-se que o efeito competitividade foi o que mais contribuiu para o crescimento das exportações do produto. O crescimento do mercado mundial também contribuiu de maneira positiva, porém em menor grau. Já o efeito destino das exportações, que diz respeito aos mercados de exportação do país, apresentou-se negativo, contribuindo para reduzir as exportações de soja em grão. O efeito composição da pauta apresentou-se nulo, uma vez que o presente trabalho trata de apenas um produto.

Palavras-chave: Exportações, competitividade e Constant-Market-Share.

(1) Este artigo é baseada em parte das conclusões finais do projeto de iniciação científica PIBIC/FAPEPMIG do segundo autor, orientado pelo primeiro autor.

(2) Prof. Adjunto da Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ. Praça Frei Orlando,170 - Centro 36.3000-000 - São João del-Rei (MG). E-mail:levrocha@ufsj.edu.br.

(3) Acadêmico do Curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de São João del-Rei – UFSJ. Praça Frei Orlando, 170 – Centro 36.3000-000 – São João del-Rei.

(2)

1. INTRODUÇÃO

Durante todo seu processo de formação econômica, o Brasil mostrou vocação incontestável para a agricultura. A partir da década de 1930, este setor foi de vital importância para implantação e desenvolvimento da indústria, uma vez que as exportações agrícolas permitiam ao país a obtenção de receitas cambiais necessárias para a importação de matéria-prima e bens de capital. Um importante setor agrícola neste processo e que apresentou crescimento significativo ao longo do século XX foi o Complexo Soja.

Segundo Batista Filho (1994)1, citado em Targino et. all, inicialmente, a produção brasileira de soja inicia-se na década de 1930, basicamente, com a finalidade de atender uma demanda nacional relacionada às necessidades alimentícias da suinocultura. Após a Segunda Guerra Mundial, a soja passou a ser utilizada como matéria-prima na produção de rações e óleos comestíveis, aumentando a importância do produto no mercado nacional e internacional. Foi neste período que a soja passou a integrar a pauta de exportação brasileira. Os subprodutos, farelo e óleo de soja, começaram a ser exportados em 1963 e 1971, respectivamente.

A partir da década de 1950 as exportações totais de soja apresentaram importância crescente na pauta de exportação do Brasil, sobretudo na década de 1970, transformando-se em um importante setor exportador. Entretanto, durante a década de 1980, observou-se uma significativa redução nesta importância, em função principalmente da queda no preço do produto no mercado internacional, decorrente da elevação dos estoques mundiais. O desempenho do setor na década de 1980, não impediu sua continuidade como maior setor exportador.

Além disso, a produtividade brasileira apresenta tendência crescente. Segundo dados publicados no Agrianual 2002, a cultura da soja que vem ocorrendo recentemente no cerrado, apresenta uma curva de produções crescente (graças ao enriquecimento físico, químico e biológico do solo), levando a concluir que a produtividade média brasileira, que já é a maior do mundo, deverá continuar crescendo de modo acelerado nos próximos anos, o que contribuirá para que o Brasil assuma uma posição mais relevante em relação a seus principais concorrentes, que são os Estados Unidos e a Argentina.

O desempenho do setor durante os anos 90 reafirma sua importância para a economia brasileira. Apesar das condições desfavoráveis à exportação durante o período; devido ao aquecimento da demanda interna, a valorização da taxa de câmbio real e a redução da demanda externa de produtos brasileiros, o complexo soja, obteve, em média, nos anos 90, a importância de US$ 3,5 bilhões em exportações. Com estes resultados, o Brasil ocupa uma posição favorável em relação aos seus principais competidores e tem condições para melhorar sua participação no mercado internacional. Esta constatação é extremamente importante, uma vez que o Brasil necessita impulsionar suas exportações em um cenário de competição cada vez mais elevada e de restrição de capital para os países em desenvolvimento.

Sendo assim, observando-se as tendências do mercado internacional da soja e procurando apontar as limitações internas, será possível desenvolver estratégias de inserção que contemplem a observação e análise dos fatores responsáveis pelo desempenho favorável das exportações de soja em grão na última década. Com base nisto o redirecionamento de investimentos em infra-estrutura e uma política comercial mais agressiva poderiam ser elaborados de maneira mais eficaz.

O presente trabalho tem por objetivo analisar, especificamente, a evolução das exportações de soja em grão, no período de 1986 a 2000. Para tanto, utilizou-se o modelo de

1 BATISTA FILHO, Ernesto Luiz. Aspecto da expansão da soja e geração de emprego rural no extremo oeste do

(3)

comércio internacional Constant-Market-Share, com o objetivo de identificar os fatores que tiveram influência no desempenho das exportações de soja em grão, bem como decompor os principais indicadores de fontes de crescimento dessas exportações.

O trabalho é composto, inicialmente, da introdução e em seguida de uma análise da dinâmica do mercado mundial do produto, bem como a participação do Brasil no comércio mundial e os principais compradores da soja brasileira. Segue-se à apresentação da metodologia utilizada para análise e, por último, algumas conclusões.

2. DINÂMICA DO MERCADO DE SOJA EM GRÃO

Neste item pretende-se analisar a dinâmica da produção de soja em grão a nível mundial, analisando-se a participação dos principais países na produção total e nas exportações mundiais. Pretende-se também analisar a evolução das exportações brasileiras e identificar os principais mercados consumidores.

Pela tabela A.1, apresentada no anexo do trabalho, observa-se que a produção mundial de soja em grão apresentou tendência crescente na maior parte do período analisado, com exceção para os anos de 1989, 1991 e 1996, e relativa estagnação no período 1998-2000. Com este desempenho a produção mundial, que em 1986 era de 96,8 milhões de toneladas, atingiu 157,2 milhões em 2000.

O principal produtor mundial são os Estados Unidos, que em 1986 era responsável por 59% da produção mundial, e que ao longo do período apresentou significativa variação nesta participação, chegando a reduzi-la para 44% em 1994 e para 50% em 2000.

Em seguida aparece o Brasil como 2º maior produtor mundial que detinha em 1986, 15% da produção total, e chegou ao ano 2000 com 19%. O país, a exemplo dos EUA, também apresentou variação significativa em sua participação já que em 1989, esta foi de 24% e em 1986 e 1991, de 15%.

A Argentina, terceiro maior produtor mundial, ficou, em 1986, com 8% da produção mundial, chegando ao ano 2000 com 11%. No caso argentino, a participação do país na produção total não apresentou variações significativas.

O quarto grande produtor é a China que assim como os Estados Unidos, reduz sua participação, de 11% em 1986 para 8% em 2000. A participação da China também não apresentou variações importantes.

Analisando-se o gráfico 1, percebe-se que os Estados Unidos, no período de 1986 a 2000, foram responsáveis, em média, por 49% da produção mundial de soja em grão. O Brasil obteve uma participação média de 19%, seguido pela Argentina e pela China com 10% cada um. Esses dados demonstram que a produção de soja é extremamente concentrada e que os Estados Unidos respondem por praticamente metade da produção mundial.

De acordo com a tabela A.2, em anexo, a exportação mundial de soja em grão praticamente dobrou, passando de 26 milhões de toneladas em 1986 para 41 milhões em 2000. Os Estados Unidos aparecem como o maior exportador mundial. Em 1986 foram responsáveis por 77% das exportações mundiais, mas, foram perdendo espaço para os demais produtores e chegaram em 2000 com uma participação de 59% .

(4)

Gráfico 1 – Participação média dos países na produção mundial de soja em grão, período de 1986 a 2000.

Fonte: ROCHA (2001)

O Brasil, em 1986, possuía a terceira maior fatia do mercado com apenas 5% de participação. Entretanto, as exportações brasileiras apresentaram um crescimento notável e o país chegou a ter uma participação de 22% em 2000, passando ao posto de 2º maior exportador mundial de soja.

O segundo maior exportador mundial em 1986 era a Argentina, com 10% do mercado, que também perdeu participação para os concorrentes e no ano 2000 respondia por apenas 6% das exportações totais. Com isso o país perdeu a posição de 2º maior exportador.

O Paraguai, apesar de não ser um grande produtor, é um grande exportador do produto, ocupando a posição de quarto lugar no mercado internacional da soja. Em 1986 sua parcela no mercado era de 2% e em 2000 atingiu 5%.

Pelo gráfico 2, constata-se que os Estados Unidos foram responsáveis, em média, por 65% das exportações totais no período em questão. O Brasil aparece em seguida com 15% em média, seguido pela Argentina com 8% e pelo Paraguai com 5% das exportações mundiais.

Gráfico 2 – Participação média dos países nas exportações mundiais de soja em grão, período de 1986 a 2000. Outros 7% Paraguai 5% Argentina 8% Brasil 15% EUA 65% EUA Bras il Argentina Paraguai Outros Fonte: ROCHA (2001)

No caso específico do Brasil, no que se refere ao destino das exportações, observa-se pela tabela A.3, em anexo, que os Paíobserva-ses Baixos foram os principais compradores da soja brasileira. Estes países foram responsáveis por 18% das exportações brasileiras de soja em

E U A 4 9 % B r a s il 1 9 % A r g e n t i n a 1 0 % C h in a 1 0 % O u t r o s 1 2 % E U A B r a s il A r g e n t in a C h in a O u t r o s

(5)

1986, e 57% em 1996, reduzindo sua importância em 2000 para 37%. A Espanha, o Japão, a Alemanha, a Itália e a Bélgica aparecem em seguida como importantes mercados consumidores da soja brasileira. A China, de 1986 a 1995, não importou soja do Brasil. Entretanto, a partir de 1997, o país apresentou participação crescente nas vendas brasileiras de soja, chegando ao ano 2000 como destino de 19% das mesmas.

Com base no gráfico 3, constata-se que, no período analisado, em média, 40% das exportações brasileiras destinaram-se aos Países Baixos. O segundo mercado relevante é a Espanha que respondeu por 13%, em média, das vendas brasileiras no período, seguida pelo Japão, Alemanha, Itália, Bélgica e China, que consumiram, em média, respectivamente, 10%, 8%, 6% , 4% e 2% das exportações brasileiras de soja em grão.

Gráfico 3 – Participação média dos principais mercados nas exportações brasileiras de soja em grão, período de 1986 a 2000.

Japão 10% Alemanha 8% Espanha 13% Itália 6% Bélgica 4% China 2% Outros 17% P. Baixos 40% P. Baixos Japão Alemanha Espanha Itália Bélgica China Outros

Fonte: dados da pesquisa obtidos através dos Agrianuais 96, 2000, 2001, 2002, elaborados por FNP Consultoria & Comércio.

Elaboração do autor.

Observando-se a tabela 4, constata-se que a produção brasileira de soja em grão apresentou crescimento superior à produção mundial, no período analisado. Enquanto a produção mundial cresceu a uma taxa de 3,93% ao ano, a brasileira apresentou crescimento de 5,28% ao ano.

Tabela 4 – Taxas Geométricas de Crescimento da produção e exportação de soja em grão, período de 1986 a 2000.

Produção mundial 3,93%*

Produção brasileira 5,28%*

Exportação mundial 3,48%*

Exportação do Brasil 12,18%*

Exportação dos EUA 2,09%**

Exportação da Argentina 2,24%ns

* significativo a 1%, ** significativo a 5%, e ns não-significativo Fonte: ROCHA (2001).

O país também apresentou crescimento considerável de suas exportações de soja em grão, apresentando uma taxa de crescimento de 12,18% ao ano, bem superior às de seus principais concorrentes no mercado externo, que são EUA e Argentina, com taxas equivalentes a 2,09% e 2,24% ao ano, respectivamente. Estes resultados indicam que o Brasil

(6)

aumentou sua participação no mercado internacional deste produto em relação aos seus principais competidores.

3. METODOLOGIA

3.1 Referencial Teórico

O modelo de Constant-Market-Share atribui o crescimento favorável ou desfavorável do setor exportador de um dado país à estrutura das exportações e também à competitividade. A pressuposição do modelo é que o país mantém constante sua parcela de mercado no comércio mundial. Caso haja alteração nessa parcela, ela deve estar implícita no modelo e sua efetiva performance é atribuída à competitividade. Neste caso, a taxa de crescimento das exportações é decomposta em quatro efeitos, quais sejam, crescimento do comércio mundial, composição da pauta de exportações, destino das exportações e competitividade.

Esse modelo permite determinar o peso de cada um desses efeitos nas exportações e mostra a extensão para a qual estas se direcionam para mercadorias e, ou, mercados com maior potencial de expansão. Segundo CARVALHO (1995), apesar do método ter um caráter retrospectivo, há possibilidade de se fazer inferências sobre o direcionamento do setor exportador, para mercados mais vantajosos, e sobre a concentração em mercadorias com perspectivas mais dinâmicas, pressupondo a continuidade das tendências observadas nesses mercados.

O modelo de (CMS) tem sido utilizado para a análise do comportamento das exportações tanto para produtos industriais como para produtos agrícolas. No Brasil, vários trabalhos foram desenvolvidos para o setor agrícola, entre eles, o de STALDER (1997) para o açúcar, o de CARVALHO (1995) para a agroindústria, o de VASCONCELOS (1994) para o complexo soja e o de ALVES (2000) para manga.

A equação completa do modelo que leva em consideração todos os efeitos, anteriormente mencionados, é apresentada a seguir:

V*● – V● ≡ rV● + ∑i (ri – r)Vi + ∑i∑j (rij – ri)Vij + ∑i∑j (V*ij – Vij – rijVij)

(a) (b) (c) (d) onde:

Vij = valor das exportações da mercadoria i para o país j, no período 1;

V*ij = valor das exportações da mercadoria i para o país j, no período 2;

rij = incremento percentual das exportações mundiais da mercadoria i para o país j

do período 1 para o período 2.

A equação acima permite decompor a taxa de crescimento das exportações do país em questão, (V*

● – V●) em quatro efeitos, quais sejam:

(a) Efeito crescimento do comércio mundial: aumento observado se as exportações do país tiverem crescido à mesma taxa de crescimento do comércio mundial, ou seja, o crescimento das exportações ocorre devido ao crescimento mundial das exportações.

(b) Efeito composição da pauta: mudança na estrutura da pauta com concentração em mercadorias com maior crescimento de demanda, ou seja, aumento devido à composição das exportações do país. Neste caso, o efeito composição da pauta será positivo se as exportações estiverem concentradas em mercadorias de maior expansão ou quando a taxa de crescimento for superior à mundial. Tendo em vista que o trabalho aborda o desempenho de apenas um produto, este efeito é zero.

(7)

(c) Efeito destino das exportações: mudanças decorrentes das exportações de mercadorias para mercados de crescimento mais ou menos dinâmicos, ou seja, crescimento decorrente da distribuição do mercado de exportação do país.

(d) Efeito residual, representando competitividade: o resíduo reflete a diferença entre o crescimento efetivo das exportações e o crescimento que teria ocorrido nas exportações do país se a participação de cada bem, para os mercados compradores, tivesse sido mantida. A medida deste efeito residual está relacionada com mudanças nos preços relativos, ou seja, os importadores tendem a substituir o consumo dos bens cujos preços se elevam pelo consumo daqueles com preços relativos menores.

3.2 Período de análise

Há necessidade de se fixarem períodos de análise, na medida em que o modelo (CMS) é realizado entre pontos discretos no tempo. Segundo CARVALHO (1995), considerando que a estrutura das exportações sofre mudanças ao longo do tempo, a divisão em subperíodos mais curtos permite identificar, com mais precisão, as mudanças que ocorreram entre o início e o fim do período de estudo.

Neste estudo são selecionados três subperíodos, cada um representando a média de três anos e demonstrando momentos importantes da economia brasileira, em que observou-se mudanças nos fundamentos macroeconômicos e nas políticas comerciais. Assim, tem-se:

a) 1986/87/88 – período tomado como base para a análise. Representa a situação das exportações do complexo soja antes da abertura comercial brasileira, que iniciou-se a partir de 1988.

b) 1993/94/95 – período que representa os primeiros anos da abertura comercial e a implementação do Plano Real.

c) 1998/99/00 – neste período observa-se a estabilização dos preços com a implementação do Plano Real, que utilizou as âncoras monetária e cambial, até 1999, quando houve forte desvalorização da moeda nacional, e também a continuidade da desregulamentação das políticas comerciais protecionistas.

4. ANÁLISE EMPÍRICA

Analisando-se os resultados obtidos através da aplicação do Modelo de

Constant-Market-Share, tornou-se possível determinar quais os fatores que exerceram maior influência

no desempenho positivo das exportações brasileiras de soja em grão.

Conforme os dados apresentados na tabela 5, elaborada com base nos dados das tabelas 3 e 9, todas apresentadas no apêndice, referentes ao primeiro subperíodo em estudo, 1986/87/88, os principais importadores da soja em grão brasileira, em termos de volume comercializado, foram Países Baixos, Espanha e Japão, onde o Brasil teve uma participação de 22,6% na pauta de importação do produto dos Países Baixos, 14,3% da Espanha e 6,5% do Japão.

Analisando-se o subperíodo 1993/94/95, percebe-se o aumento da participação da soja brasileira na pauta de importação de quase todos os países observados. Constatou-se que, no intervalo de 1986/87/88 a 1993/94/95, a participação média do Brasil no total mundial comercializado aumentou de 7,9% para 14,3%. Observou-se também que apenas Itália e Bélgica, não aumentaram a participação brasileira na sua pauta de importação de soja em

(8)

grão. Isto indica que estes países intensificaram suas compras do produto mais no mercado externo do que no brasileiro.

A Tabela 5, elaborada com base nos dados da tabela A.5, em anexo, traz os componentes que influenciaram o comportamento das exportações brasileiras de soja em grão entre os subperíodos de 1986/87/88 e 1993/94/95. O efeito tamanho do mercado contribuiu para o aumento das exportações com 6,7%. Já o efeito destino, apresentouse negativo em -8,5%.

O efeito tamanho do mercado, possivelmente foi influenciado pela abertura comercial ocorrida no início da década de 1990 e o efeito destino pode ter sido influenciado pelo fato de que alguns países importadores da soja brasileira intensificaram suas importações mais no mercado externo que no mercado brasileiro, com destaque para a Itália e a Bélgica. Outro fator que influenciou este efeito foi o fato de que alguns mercados importantes da soja brasileira, como Japão, Alemanha, Espanha e Bélgica, apresentaram crescimento bastante inferior ao crescimento do mercado mundial para o produto que foi de 6,7%, conforme pode-se obpode-servar pela tabela 6, elaborada com bapode-se nos dados da tabela A.9. Particularmente no caso da Espanha e da Bélgica houve retração do mercado em -1,8 e -13,0%, respectivamente.

Estes resultados indicam que houve uma concentração das exportações brasileiras de soja em grão em mercados estagnados ou em retração, com exceção dos Países Baixos e da Itália, que apresentaram crescimento superior ao crescimento do mercado mundial, para o período em questão.

Tabela 5.- Componentes do ganho e da perda nas exportações brasileiras de soja em grão, no período de 1986/87/88 a 1993/94/95 (em 1000 t)

1986/87/88 1993/94/95

Importação mundial 28623 (A1) 30549 (A2)

Exportação do Brasil 2273 (B1) 4368 (B2)

Market-share (%) 7,9 (C1) 14,3 (C2)

Variação exp. total Brasil

(B2-B1) 2095 (D)

Market-share 1986/87/88 sobre

(A2) 2413 (E)

Market-share de 1986/87/88

por país sobre suas imp. 1993/94/95 – total coluna 7 da

tabela A.5. 2234 (F)

Efeitos (ganhos e perdas) (em 1000 t) %

Var. da exportação total do

Brasil (D) 2095 100

Tamanho do mercado (E-B1) 140 6,7

Destino (F-E) -179 -8,5

Competitividade (B2-F) 2134 101,8

Fonte: dados da pesquisa.

O efeito-competitividade apresentou contribuição positiva para a evolução das exportações do produto. Este componente contribuiu com 101,8% para o crescimento do comércio de soja. Tal fato pode ser atribuído à estabilização da economia por ocasião do Plano Real, que estancou o processo inflacionário, permitindo maiores ganhos de competitividade à economia como um todo. Novas tecnologias desenvolvidas pela EMBRAPA e também os ganhos de escala em virtude das grandes quantidades produzidas também influenciaram o comportamento deste efeito. Entretanto, foge ao escopo do trabalho

(9)

determinar de maneira detalhada os fatores que levaram aos ganhos de competitividade, podendo-se apenas fazer algumas inferências a respeito dos mesmos.

Tabela 6 - Crescimento dos principais mercados importadores da soja brasileira entre os subperíodos analisados. 1986/87/88 (a) 1993/94/95 (b) 1998/99/00 (c) b/a c/a c/b Mercado Importação Total Importação Total Importação Total Crescimento mercado % Crescimento mercado % Crescimento mercado % P. Baixos 3.301 4.145 5.244 25,6 59,0 26,5 Japão 4.767 4.859 4.822 2,0 1,7 -0,8 Alemanha 3.095 3.105 3.863 0,3 24,8 24,4 Espanha 2.390 2331 2.926 -1,8 22,4 25,5 Itália 989 1327 798 34,0 -19,3 -40,0 Bélgica 1.414 1230 1.303 -13,0 -7,8 6,0 China 2.208 2663 8.248 20,6 273,5 209,7 Mundo 28.623 30549 42.635 6,7 49,0 39,5 Fonte: FAO e FNP Consultoria & Comércio.

Elaboração do Autor.

Conforme a Tabela 6, elaborada com base nos dados apresentados nas tabelas A.3 e A.9, todas apresentadas no anexo, percebe-se que a participação brasileira no mercado mundial da soja continuou aumentando, passando de 7,9%, no primeiro subperíodo, para 23,2% no subperíodo 1998/99/00. Em comparação com o subperíodo-base, constata-se que o Brasil aumentou sua participação na pauta de importação de soja em grão de todos os países listados na tabela 6. Nos Países Baixos, o aumento verificado foi de 22,6% para 60%, na Espanha, de 14,3% para 40,5% e na China de 0 para 13,5%. Até mesmo a Itália e a Bélgica, aumentaram suas importações no mercado brasileiro, com destaque para o primeiro, onde o Brasil passou a responder por 50,4% da pauta de importações para a soja.

Em termos de volume comercializado torna-se interessante destacar a atuação dos Países Baixos, que aumentaram suas importações de 745 mil para 3.148 milhões de toneladas, firmando-se como o maior parceiro do Brasil na comercialização da soja em grão. Outro fato interessante é o comportamento da China, que é um grande importador mundial e que até 1995 não importava o produto brasileiro. Este país passou a ter importância crescente no comércio da soja com o Brasil a partir de 1996, aumentando suas importações de 0 para 1.116 milhões de toneladas, do primeiro para o último subperíodo.

Os componentes que influenciaram o desempenho das exportações entre os subperíodos 1986/87/88 e 1998/99/00, apresentaram efeitos semelhantes aos observados entre os subperíodos 1986/87/88 e 1993/94/95, apesar de retratarem conjunturas diferentes.

Conforme a tabela 7, elaborada com base na tabela A.7 em anexo, o efeito tamanho do mercado passa a ter maior importância, contribuindo com 14,3% do aumento verificado nas exportações de soja o que poderia ser explicado pela continuidade do processo de abertura comercial e também, em parte, pelo crescimento apresentado pela economia mundial neste período.

O efeito destino contribuiu de maneira negativa e com intensidade maior que no período anterior, com uma contribuição de -11,3%. Mais uma vez, isto poderia ser explicado pela elevada concentração das exportações brasileiras em mercados que apresentaram um

(10)

crescimento nas importações de soja inferiores ao crescimento ocorrido com relação às importações mundiais, que cresceram 49%, com exceção dos Países Baixos e da China, que apresentaram crescimento de 59,0 e 273,5% respectivamente. Cabe destacar aqui a retração dos mercados italiano, - 19,3% , e belga, - 7,8%, além da relativa estagnação do mercado japonês, que certamente tiveram papel decisivo no resultado apresentado pelo efeito destino.

Já o efeito-competitividade reduziu sua importância para o aumento das exportações, mas manteve-se como principal fator de crescimento, apresentando uma contribuição de 97%. Neste período a consolidação da estabilidade econômica, assim como a incorporação de tecnologia pelo setor foram responsáveis pela manutenção da competitividade, apesar da situação cambial desfavorável às exportações, que só foi alterada no início de 1999 e que a partir de então, passou a contribuir para os ganhos de competitividade. Além disso, com o advento da Lei Kandir2, as exportações de produtos primários foram favorecidas, o que com certeza beneficiou os exportadores de soja in natura. A competitividade também pode ter sido influenciada pelos ganhos crescentes de produtividade obtidos pelos produtores de soja das áreas de cerrado.

Tabela 7 - Componentes do ganho e da perda nas exportações brasileiras de soja em grão, no período de 1986/87/88 a 1998/99/00 (em 1000 t).

1986/87/88 1998/99/00

Importação mundial (em 1000

t) 28623 (A1) 42635 (A2)

Exportação do Brasil ( em 1000

t) 2273 (B1) 9903 (B2)

Market-share (%) 7,9 (C1) 23,2 (C2)

Variação exp total Brasil

(B2-B1) 7630 (D)

Market-share 1986/87/88 sobre

(A2) 3368 (E)

Market-share de 1986/87/88

por país sobre suas imp. 1998/99/00 – total coluna 7 da

tabela A.7. 2508 (F)

Efeitos (ganhos e perdas) ( em 1000 t) %

Var. da exportação total do

Brasil (D) 7630 100

Tamanho do mercado (E-B1) 1095 14,3

Destino (F-E) -860 -11,3

Competitividade (B2-F) 7395 97,0

Fonte: dados da pesquisa.

Analisando-se o subperíodo 1993/94/95 em relação a 1998/99/00, através da tabela A.8, que foi elaborada por meio dos dados apresentados nas tabelas A.3 e A.9, também todas apresentadas no anexo, observa-se não só o aumento da participação brasileira no mercado mundial de soja, de 14,3 para 23,2%, mas também o aumento da participação brasileira na pauta de importação de todos os mercados selecionados. Cabe ressaltar o expressivo aumento

2 Esta lei reduziu o ICMS de produtos primários, favorecendo as exportações de soja em grão em detrimento do

(11)

da participação brasileira na pauta de importação da Alemanha, que passou de 8,9% para 25,9%, da Espanha, que aumentou de 18,5% para 40,5%, e da Itália, que passou de 16,3% para 50,4%. A Bélgica também intensificou suas compras do produto brasileiro. Entretanto, este país não se apresentou como importante do ponto de vista do volume comercializado. Outro fato interessante é a China que passa a adquirir o produto brasileiro e assume um papel importante ao lado de tradicionais compradores da soja brasileira em termos de volume comercializado.

Conforme a Tabela 8, baseada na tabela A.8 em anexo, constatou-se que o efeito tamanho de mercado mais uma vez apresentou-se positivo em 31%, bem mais elevado portanto que nas análises anteriores, resultado do aprofundamento das tendências de liberalização comercial. O efeito destino, também seguiu trajetória semelhante ao observado anteriormente, contribuindo para redução das exportações em 33%. Conforme observa-se pela tabela 6, o mercado mundial, cresceu 39,5% e praticamente todos os principais importadores do Brasil, apresentaram uma taxa de crescimento do mercado inferior ao crescimento mundial, com exceção da China. O efeito competitividade elevou sua importância em relação aos períodos anteriores, contribuindo para elevar as exportações em 102%. O comportamento dos fatores que influenciaram o crescimento das exportações entre os subperíodos 1993/94/95 e 1998/99/00, reflete o aprofundamento das tendências observadas nas análises anteriores, referentes aos subperíodos 1986/87/88 a 1998/99/00.

Os três períodos utilizados para análise do comportamento das exportações de soja em grão, representaram momentos distintos e de importantes transformações na economia brasileira. Isto fica evidenciado pelas variações das contribuições dos diferentes componentes que determinaram o crescimento das exportações. Estas contribuições, apesar de se apresentarem diferentes e de retratarem conjunturas distintas, não indicaram alterações substanciais nos efeitos que determinaram as exportações, uma vez que em todos os períodos analisados os efeitos tamanho de mercado e competitividade mostraram-se positivos e o efeito destino apresentou-se sempre negativo, ocorrendo apenas variações em relação a suas magnitudes.

Tabela 8.- Componentes do ganho e da perda nas exportações brasileiras de soja em grão, no período de 1993/94/95 a 1998/99/00 (em 1000 t)

1993/94/95 1998/99/00

Importação mundial 30549 (A1) 42635 (A2)

Exportação do Brasil 4368 (B1) 9903 (B2)

Market-share (%) 14,3 (C1) 23,2 (C2)

Variação exp. total Brasil

(B2-B1) 5535 (D)

Market-share 1993/94/95 sobre

(A2) 6097 (E)

Market-share de 1993/94/95

por país sobre suas imp. 1998/99/00 – total coluna 7 da

tabela A.8. 4265 (F)

Efeitos (ganhos e perdas) (em 1000 t) %

Var. da exportação total do

Brasil (D) 5535 100

Tamanho do mercado (E-B1) 1729 31,0

Destino (F-E) -1832 -33,0

Competitividade (B2-F) 5638 102,0

(12)

Sendo assim, se os efeitos que determinaram o ganho de competitividade para o setor continuarem a trajetória observada no último período, é de se esperar que o mesmo continue tendo um desempenho favorável ao longo dos próximos anos, sobretudo se os fatores que colaboraram para o aumento do custo-Brasil, forem contornados. Com relação à distribuição das exportações brasileiras de soja em grão, fica clara a necessidade da busca de novos mercados com maior dinamismo, uma vez que sua concentração em mercados de baixo crescimento ou mesmo em retração têm contribuído para reduzi-las.

5. CONCLUSÕES

Fica clara a contribuição essencial de setores como o complexo soja para a economia brasileira. Dentro deste setor, a análise do comportamento das exportações de soja em grão demonstrou que o mesmo como um todo pode contribuir ainda mais para a economia nacional, uma vez que os incentivos advindos com a Lei Kandir contribuíram de maneira decisiva para o aumento das exportações de soja em grão. Tais benefícios se estendidos aos demais produtos do complexo soja poderiam levar os outros dois principais produtos, farelo e óleo, a resultados parecidos com o da soja em grão. Este produto aumentou de maneira considerável sua importância na balança comercial do setor, respondendo prontamente aos incentivos recebidos.

A competitividade do setor também assumiu papel de extrema importância em seu comportamento ao longo do período analisado. As modificações macroeconômicas ocorridas na economia nacional juntamente com os investimentos do setor em tecnologia mostraram-se fundamentais e de grande importância neste aspecto.

Estes fatores foram sem dúvida decisivos no excelente desempenho do setor que conta ainda com a perspectiva de aumento da demanda externa do produto, influenciada sobretudo pelo aprofundamento das relações comercias com a China e também pela perspectiva de um maior crescimento do mercado europeu. Estas constatações são de grande importância uma vez que o país precisa incrementar seu setor exportador para reduzir sua dependência externa de capital estrangeiro. Houve ainda a perspectiva de demanda adicional para a soja comprovadamente não transgênica que, no entanto não se confirmou.

Cabe destacar também que o produto em questão só não atingiu melhores resultados devido a limitações internas, representadas pelos gargalos de infra-estrutura, e também devido a concentração de suas exportações para mercados que apresentaram baixo crescimento durante o período analisado.

Observando-se as potencialidades e limitações do setor, governo e produtores devem agir para que o agronegócio da soja continue atraindo investimentos de modo a contornar as dificuldades enfrentadas para que este ramo do agronegócio possa dar sua contribuição máxima ao desenvolvimento nacional.

(13)

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, J.M. Desempenho das exportações brasileiras de manga. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, Rio de Janeiro, 2000.

Anais do XXXVIII Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 2000.

BATISTA FILHO, Ernesto Luiz. Aspecto da expansão da soja e geração de emprego rural no extremo oeste do Paraná – 1970/1990. João Pessoa, 1994. Dissertação (Mestrado em Economia). Universidade Federal da Paraíba.

AGRIANUAL. As desvantagens além da porteira. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio. 1996.

AGRIANUAL. É fundamental conhecer a equação da soja no cerrado. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio 2002.

AGRIANUAL. Para aumentar o lucro na soja. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio. 2000.

AGRIANUAL. Para aumentar o lucro na soja. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio. 2001.

AGRIANUAL. Para conter o avanço do nematóide-do-cisto. São Paulo, FNP Consultoria & Comércio. 1995.

CARVALHO, F.M.A. O comportamento das exportações brasileiras e a dinâmica do

complexo agroindustrial. Piracicaba, 1995. 126p. Tese (Doutorado) – Escola Superior

de Agricultura “Luiz de Queiroz”/ Universidade de São Paulo, 1995.

CARVALHO, Maria A. de. & SILVA, Cezar R.L. da. Economia Internacional. São Paulo: Saraiva, 2000. 300p.

FAOSTAT, Base de dados estatísticos. Disponível em: http://www.fao.org. Acesso em: 15 jul. 2003.

ROCHA, L.E.V. Dinâmica das exportações brasileiras de soja em grão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, Passo Fundo, 2002. Anais

do XL Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 2002.

SILVA, Edilean Kleber da & TARGINO, Ivan. Determinantes das Exportações Brasileiras de Soja no Período de 1961 a 1995. (mimeo)

STALDER, S. H. G. M. Análise da participação do Brasil no mercado internacional do

açúcar. Piracicaba, 1007. 121p. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de

(14)

ANEXO

Tabela A.1 – Produção mundial de soja em grão e participação relativa dos principais países produtores, período de 1986 a 2000 (1000 toneladas)

ANO Mundo EUA Brasil Argent China EUA

% Brasil % Argent % China %

1986 96.880 57.110 14.100 7.300 10.510 59 15 8 11 1987 98.050 52.870 17.300 7.000 11.610 54 18 7 12 1988 103.670 52.750 18.020 9.700 12.470 51 17 9 12 1989 94.930 42.150 23.200 6.400 11.650 44 24 7 12 1990 107.270 52.440 19.300 10.800 10.230 49 18 10 10 1991 103.030 54.420 15.750 11.500 11.000 53 15 11 11 1992 105.280 54.070 19.300 11.150 9.710 51 18 11 9 1993 117.430 56.612 22.500 11.350 10.300 48 19 10 9 1994 117.802 50.885 24.700 12.400 15.310 43 21 11 13 1995 137.676 68.444 25.900 12.500 16.000 50 19 9 12 1996 124.887 59.174 24.150 12.430 13.500 47 19 10 11 1997 132.193 64.780 27.300 11.200 13.220 49 21 8 10 1998 157.752 73.176 32.500 19.200 14.728 46 21 12 9 1999 157.201 75.028 31.000 18.300 13.800 48 20 12 9 2000 157.244 78.096 30.500 17.000 13.000 50 19 11 8 Fonte: ROCHA (2001)

Tabela A.2 - Exportação mundial de soja em grão e participação relativa dos principais países exportadores, período de 1986 a 2000 (1000 toneladas)

ANO Mundo EUA Brasil Argent Parag EUA % Brasil % Argent % Parag % 1986 26.080 20.160 1.198 2.540 480 77 5 10 2 1987 28.540 20.600 3.023 1.330 1.080 72 11 5 4 1988 30.100 21.870 2.597 2.090 1.280 73 9 7 4 1989 23.500 14.350 4.618 450 1.930 61 20 2 8 1990 26.600 16.870 4.077 3.000 1.300 63 15 11 5 1991 25.360 15.160 2.008 4.470 1.030 60 8 18 4 1992 28.460 18.620 3.736 3.210 830 65 13 11 3 1993 29.590 20.940 4.209 2.220 1.250 71 14 8 4 1994 28.060 16.030 5.400 2.957 1.200 57 19 11 4 1995 32.189 22.810 3.493 2.614 1.450 71 11 8 5 1996 32.051 23.165 3.647 2.014 1.600 72 11 6 5 1997 36.886 23.999 8.340 750 2.150 65 23 2 6 1998 40.976 23.687 9.275 3.231 2.390 58 23 8 6 1999 39.356 21.500 8.917 2.800 2.500 55 23 7 6 2000 41.821 24.902 11.517 2.500 2.250 60 28 6 5 Fonte: ROCHA (2001)

(15)

Tabela A.3 - Exportações brasileiras de soja em grão e participação relativa dos principais mercados compradores, período de 1986 a 2000 (1000 toneladas). ANO Total 1 P. Baixos 2 % 2/1 Japão 3 % 3/1 Alem. 4 % 4/1 Espanha 5 % 5/1 Itália 6 % 6/1 Bélgica 7 % 7/1 China 8 % 8/1 1986 1.198 219 18 114 10 336 28 153 13 174 15 82 7 0 0 1987 3.023 958 32 301 10 217 7 428 14 356 12 219 7 0 0 1988 2.597 1.056 41 521 20 93 4 444 17 134 5 163 6 0 0 1989 4.618 1.751 38 640 14 382 8 606 13 455 10 184 4 0 0 1990 4.077 1.489 37 734 18 190 5 488 12 267 7 226 6 0 0 1991 2.008 767 38 243 12 153 8 367 18 105 5 156 8 0 0 1992 3.736 1.351 36 427 11 265 7 610 16 261 7 295 8 0 0 1993 4.209 1.910 45 337 8 173 4 514 12 281 7 27 1 0 0 1994 5.400 2.968 55 498 9 449 8 275 5 266 5 94 2 0 0 1995 3.493 1.739 50 331 9 203 6 504 14 103 3 91 3 0 0 1996 3.647 2.076 57 317 9 200 5 309 8 147 4 26 1 15 0 1997 8.340 4.321 52 474 6 440 5 808 10 206 2 114 1 302 4 1998 9.275 2.972 32 288 3 1.094 12 956 10 331 4 434 5 945 10 1999 8.917 3.022 34 364 4 857 10 1.416 16 436 5 423 5 620 7 2000 11.517 3.449 30 530 5 1.053 9 1.182 10 441 4 313 3 1.784 15 Fonte: FNP Consultoria & Comércio e ROCHA (2001).

(16)

Tabela A.5- Importação mundial de soja em grão pelos principais países importadores do Brasil, e as respectivas exportações brasileiras, no período de 1986/87/88 a 1993/94/95. (em 1000 t) 1986/87/88 1993/94/95 (3)x(4) (5)-(7) Mercado Importação total (1) Exportação do Brasil (2) Participação do Brasil % (3) Importação total (4) Exportação do Brasil (5) Participação do Brasil % (6) (7) (8) P. Baixos 3.301 745 22,6 4.145 2.206 53,2 935 1.271 Japão 4.767 312 6,5 4.859 389 8,0 318 71 Alemanha 3.095 216 7,0 3.105 275 8,9 216 59 Espanha 2.390 342 14,3 2.331 431 18,5 333 98 Itália 989 221 22,4 1.327 217 16,3 297 -81 Bélgica 1.414 155 10,9 1.230 71 5,7 135 -64 China 2.208 0 0,0 2.663 0 0,0 0 0 Mundo 28.623 2273 7,9 30.549 4.368 14,3 2.426 1.943

Total países coluna 7 2.234

Fonte: FAO (Food and Agriculture Organization) e FNP Consultoria & Comércio. Elaboração do Autor.

(17)

Tabela A.7 - Importação mundial de soja em grão pelos principais países importadores do Brasil, e as respectivas exportações brasileiras, no período de 1986/87/88 a 1998/99/00. (em 1000 t) 1986/87/88 1998/99/00 (3)x(4) (5)-(7) Mercado Importação total (1) Exportação do Brasil (2) Participação do Brasil % (3) Importação total (4) Exportação do Brasil (5) Participação do Brasil % (6) (7) (8) P. Baixos 3.301 745 22,6 5.244 3.148 60,0 1.183 1.965 Japão 4.767 312 6,5 4.822 394 8,2 316 78 Alemanha 3.095 216 7,0 3.863 1.001 25,9 269 732 Espanha 2.390 342 14,3 2.926 1.184 40,5 418 766 Itália 989 221 22,4 798 402 50,4 179 223 Bélgica 1.414 155 10,9 1.303 390 29,9 143 247 China 2.208 0 0,0 8.248 1.116 13,5 0 1.116 Mundo 28.623 2273 7,9 42.635 9.903 23,2 3.385 6.518

Total países coluna 7 2.508

Fonte: FAO e FNP Consultoria & Comércio. Elaboração do Autor.

(18)

Tabela A.8- Importação mundial de soja em grão pelos principais países importadores do Brasil, e as respectivas exportações brasileiras, no período de 1993/94/95 a 1998/99/00. (em 1000 t)

1993/94/95 1998/99/00 (3)x(4) (5)-(7) Mercado Importação total (1) Exportação do Brasil (2) Participação do Brasil % (3) Importação total (4) Exportação do Brasil (5) Participação do Brasil % (6) (7) (8) P. Baixos 4.145 2.206 53,2 5.244 3.148 60,0 2.790 358 Japão 4.859 389 8,0 4.822 394 8,2 386 8 Alemanha 3.105 275 8,9 3.863 1.001 25,9 344 657 Espanha 2.331 431 18,5 2.926 1.184 40,5 541 643 Itália 1.327 217 16,3 798 402 50,4 130 272 Bélgica 1.230 71 5,7 1.303 390 29,9 74 316 China 2.663 0 0,0 8.248 1.116 13,5 0 1.116 Mundo 30.549 4.368 14,3 42.635 9.903 23,2 6.097 3.806

Total países coluna 7 4.265

Fonte: FAO e FNP Consultoria & Comércio. Elaboração do Autor.

Tabela A.9: Importação total dos principais mercados consumidores de soja em grão (em 1000 toneladas).

Países/Anos 1986 1987 1988 1993 1994 1995 1998 1999 2000 P. Baixos 2.746 3.639 3.517 3.354 3.708 5.373 5.471 4.878 5.384 Japão 4.817 4.797 4.685 5.031 4.731 4.813 4.751 4.884 4.829 Alemanha 3.107 3.325 2.855 3.186 3.207 2.922 3.521 4.223 3.845 Espanha 2.389 2.773 2.007 2.117 2,020 2.855 3.169 2.957 2.651 Itália 1.270 1.055 642 1.461 1.239 1.281 861 802 732 Bélgica 1.393 1.513 1.335 1.104 1.215 1.370 1.432 1.325 1.151 China 2.065 2.273 2.287 2.580 2.489 2.921 5.245 6.724 12.776 Fonte: FAO

Referências

Documentos relacionados

Organização do serviço público (organização legal, conselhos de política de administração e remuneração de pessoal, escolas de governo, cargos e funções, criação,

Com este trabalho objetivou-se promover o esta- belecimento in vitro do pequizeiro (C. brasiliense Camb.), pela indução e formação de calos, utilizando segmentos foliares

a execução e os princípios do processo de execução rotina da execução e limites materiais da execução cuidados com o contrato.. questões atinentes

II - nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do impugnante ou do embargante.. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando a

João foi condenado, por decisão transitada em julgado, a pagar a Renato R$ 10.000,00. b) 10 dias, o montante da condenação será acrescido de multa de 15% sobre o valor da

Para se tomar medidas necessárias de prevenção das EET de um paciente para o outro, ou para trabalhadores de saúde ou mesmo cuidadores, deve-se estabelecer diferentes

O troféu está representado na Figura 1 e é composto por uma base em formato de um paralelepípedo reto-retângulo de madeira, sobre a qual estão fi xadas três

The objective of this study was to analyze the coverage of a cervical cancer screening program in a city with a high incidence of the disease as well as the factors associated