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Academic year: 2021

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XIII EDIÇÃO: 2006 – 2018

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)

Organização dos Estados Americanos

(OEA)

(2)

O caso do Povo Xukuru contra o Brasil

e a demarcações das terras

indígenas no Brasil

Diretores:

Marisa Colaço (3°B)

Paloma Leal (3°B)

CARTA DOS DELEGADOS

Caros (as) delegados (as) ,

Neste ano de 2018, a OEA se reunirá nos dias 26 e 27 de setembro em sua sede oficial para debater O caso do Povo Xukuru contra o Brasil e a demarcações das terras indígenas no Brasil.

Nessa assembleia estarão presentes as seguintes delegações:

CIMI (conselho Indígena missionário) FUNAI (Fundação Nacional do Índio) ISA (Instituto Socioambiental) ANAI (Associação Nacional de Ação

Indigenista) APIB (Articulação dos Povos Indígenas

do Brasil)

ABA (Associação Brasileira de Antropologia)

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Anglo American Brasil Suzano

Itaipu Binacional Agropecuária

UDR (União Democrática Ruralista) Ministério das Minas e Energia / ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)

Petrobras Vale

COMIN (Conselho de Missão entre Povos Indígenas)

Sobre a OEA:

A Organização dos Estados Americanos é o mais antigo organismo regional do mundo. A sua origem remonta à Primeira Conferência Internacional Americana, realizada em Washington, D.C., de outubro de 1889 a abril de 1890.

A OEA foi fundada em 1948 com a assinatura, em Bogotá, Colômbia, da Carta da OEA que entrou em vigor em dezembro de 1951. Posteriormente, a Carta foi emendada por diversos protocolos.

A Organização foi criada para alcançar nos Estados membros, como estipula o Artigo 1º da Carta, “uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”.

Hoje, a OEA congrega os 35 Estados independentes das Américas e constitui o principal fórum governamental político, jurídico e social do Hemisfério. Além disso, a Organização concedeu o estatuto de observador permanente a 69 Estados e à União Europeia (EU).

Para atingir seus objetivos mais importantes, a OEA baseia-se em seus principais pilares que são a democracia, os direitos humanos, a segurança e o

desenvolvimento.

Apresentação do Tema:

O caso

Em 16 de março de 2016, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (doravante denominada “Comissão Interamericana” ou “Comissão”) submeteu à Corte o Caso do Povo Indígena Xucuru e seus membros contra a República Federativa do Brasil (doravante denominado “Estado” ou “Brasil”). De acordo com

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a Comissão, o caso se refere à suposta violação do direito à propriedade coletiva e à integridade pessoal do Povo Indígena Xucuru, em consequência: i) da alegada demora de mais de 16 anos, entre 1989 e 2005, no processo administrativo de reconhecimento, titulação, demarcação e delimitação de suas terras e territórios ancestrais; e ii) da suposta demora na desentrosam total dessas terras e territórios, para que o referido povo indígena pudesse exercer pacificamente esse direito. O caso também se relaciona à suposta violação dos direitos às garantias judiciais e à proteção judicial, em consequência do alegado descumprimento do prazo razoável no processo administrativo respectivo, bem como da suposta demora em resolver ações civis iniciadas por pessoas não indígenas com relação a parte das terras e territórios ancestrais do Povo Indígena Xucuru. A Comissão salientou que o Brasil violou o direito à propriedade, bem como o direito à integridade pessoal, às garantias e à proteção judiciais previstos nos artigos 21, 5, 8 e 25 da Convenção Americana, em relação aos artigos 1.1 e 2 do mesmo instrumento.

Atenciosamente, Os Diretores.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

O Povo Xucuru

Os Xukuru habitam um conjunto de montanhas, conhecido como Serra do Ororubá, no estado de Pernambuco. Os registros sobre esses índios datam do século XVI e desde então indicavam que a sua ocupação nessa região já sofria transformações devido aos violentos processos de expropriação de suas terras. Documentos relativos ao período colonial atestam essa invasão por parte dos portugueses e registram que a antiga Vila de Cimbres, hoje uma aldeia xukuru, foi palco de conflitos entre os Xukuru e os colonizadores. Muitas aldeias foram

extintas e as terras logo registradas em nome de fazendeiros.

Desde muito tempo conflitos entre os Xukuru e os fazendeiros e políticos locais são constantes, mas sua intensificação se deu especialmente com o início do

processo demarcatório de suas terras em 1989. O assassinato de um importante líder xukuru, de outros dois índios e de um procurador, no fim da década de 1990, foram tentativas de inibir o andamento do processo de regularização da Terra Xukuru, assim como os inúmeros processos jurídicos e administrativos que surgiram no caminho. A Terra Indígena somente foi homologada em 2001.

A crença na natureza sagrada é outra característica importante desse povo. É nos terreiros distribuídos nesse território que os rituais religiosos são realizados e constituem o espaço de contato com os caboclos e encantados. O toré se

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destaca nesse contexto como a principal manifestação do sistema cosmológico xukuru.

A Demarcação das Terras Indígenas

A demarcação de uma Terra Indígena tem por objetivo garantir o direito indígena à terra. Ela deve estabelecer a real extensão da posse indígena,

assegurando a proteção dos limites demarcados e impedindo a ocupação por terceiros.

Desde a aprovação do Estatuto do Índio, em 1973, esse reconhecimento formal passou a obedecer a um procedimento administrativo, previsto no artigo 19 daquela lei. Tal procedimento, que estipula as etapas do longo processo de demarcação, é regulado por decreto do Executivo e, no decorrer dos anos, sofreu seguidas modificações. A última modificação importante ocorreu com o

decreto 1.775, de janeiro de 1996.

As terras indígenas são uma porção do território nacional, de propriedade da União, habitadas por um ou mais povos indígenas e por eles utilizadas para suas atividades produtivas, bem como para a preservação de recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e à reprodução de seus costumes e tradições. A posse dos índios sobre as terras indígenas é de caráter originário, ou seja, ela não depende do procedimento administrativo de demarcação de terras que é meramente declaratório. Esse direito é reconhecido, por exemplo, pela Constituição Federal, parágrafo 1º do artigo 231.

Segundo a Fundação Nacional do Índio (Funai), existem hoje 462 terras indígenas regularizadas, que representam cerca de 12,2% do território brasileiro.

a demarcação de terras contribui para o ordenamento fundiário do Governo Federal e dos entes federados, diminuindo a possibilidade de conflitos e também possibilitando melhor atendimento às especificidades dos povos indígenas.

Isso se dá por meio de incentivos fiscais, repasse de recursos federais e políticas indigenistas dentro e fora das terras indígenas. Sobretudo em áreas de

vulnerabilidade, o controle estatal torna-se mais importante.

Além dos aspectos mencionados, a demarcação de terras promove a garantia da diversidade étnica e cultural e a efetivação de uma comunidade pluriétnica e multicultural, já que esses territórios são fundamentais para a reprodução física e cultural desses povos. A medida também dá segurança aos povos indígenas isolados.

O controle climático global é também promovido a partir da delimitação de terras indígenas, pois, a medida protetiva fortalece a defesa do meio ambiente nos termos do art. 225 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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As comunidades indígenas sofrem com a falta de demarcação de terras e com a morosidade que vem acompanhando esses processos. “Isto não acontece à toa. Por trás disso, estão presentes os interesses de uma bancada ruralista,

comprometida com a posse do maior número de terras, com a exploração dessas terras e com a defesa dos interesses de grandes fazendeiros do agronegócio”.

Tópicos sugeridos para discussão:

O Brasil é obrigado a cumprir a determinação da Corte?

Como implementar as decisões da Corte.

Como acelerar o processo de demarcação de terras indígenas no Brasil

Como garantir a segurança das terras indígenas

Alternativas ao uso das terras indígenas

LINKS PARA ESTUDO:

https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xukuru https://pt.wikipedia.org/wiki/Xucurus http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&v iew=article&id=646&Itemid=1 https://www.dn.pt/mundo/interior/brasil-vai-pagar-um-milhao-de-dolares-a-indios-xucuru-9201580.html http://www.unicap.br/observatorio2/?page_id=226 https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Xukuru-Kariri http://www.cartaeducacao.com.br/carta-explica/entenda-o-conflito-indigena-no-brasil/ http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/medio/quando-seremos-capazes-de-reconhecer-de-fato-as-populacoes-indigenas/ https://pib.socioambiental.org/pt/Demarca%C3%A7%C3%B5es https://pt.wikipedia.org/wiki/Terras_ind%C3%ADgenas

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http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/quem-sao-os-povos-indigenas-do-brasil/

ORIENTAÇÕES AOS SENHORES E SENHORAS DELEGADOS E DELEGADAS:

Os delegados devem pesquisar amplamente sobre os assuntos que forem relacionados ás suas delegações, assim como devem possuir conhecimentos gerais sobre a questão discutida na OEA e devem inicialmente construir um documento de posição contendo a opinião da delegação sobre os tópicos propostos para discussão.

É importante que pesquisem nas páginas de suas organizações e países sobre a posição dos mesmos sobre o tema.

Modelo de documentos:

-Documento de Posição : acesse aqui um modelo para escrever seu documento de posição. Este documento é escrito pela delegação ANTES da Assembleia e deverá demonstrar a posição da delegação sobre o tema em debate.

- Proposta de Projeto de Resolução : acesse aqui um modelo para escrever seu documento de posição. Esse documento é escrito no FINAL da Assembleia pelo conjunto de delegados e expressa a resolução tomada pelo Comitê sobre o tema em debate.

Referências

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