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As opções mais comuns para financiar. dossiê

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Academic year: 2021

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(1)

dossiê

comprar

carro

Carro novo só com o crédito certo

p.

8

Analisámos 33 propostas de

leasing, ALD e crédito automóvel

O leasing é a opção mais barata se estiver disposto

a abdicar da propriedade do veículo até ao final

do prazo do financiamento. Terá de contratar seguro

de danos próprios

p.

12

Mais de 25% do que paga

pelo car ro vai para o Estado

A

s opções mais comuns para

finan-ciar a compra de carro são o cré-dito automóvel (na prática, um crédito pessoal com finalidade específica), a locação financei-ra (o chamado leasing) e o aluguer de longa duração (ALD). Há, no entanto, cada vez me-nos ofertas para esta última modalidade e as condições são quase sempre idênticas às do

leasing, o que permite adivinhar um eventual

desaparecimento do ALD para particulares. Há ainda o crédito pessoal com finalidade diversa. Em regra, é mais caro, mas pode ser competitivo se o banco lhe propuser uma taxa muito alta para o crédito automóvel. Por outro lado, se tiver uma aplicação financeira,

O NOSSO ESTUDO

X

Analisámos 33 ofertas de financiamento

Para avaliar as propostas de crédito específico para compra de carro, de leasing automóvel e de aluguer de longa duração (ALD), contactámos bancos e instituições financeiras. Responderam-nos 15. Na página 10, apresentamos os produtos que comercializam. Por limitações de espaço, não é possível publicar os propostos pelas entidades que trabalham diretamente com uma marca, por exemplo, com a BMW.

Para definir as melhores ofertas de financiamento, de seguro automóvel e ainda calcular os impostos pagos, considerámos um Renault Clio 1.5 DCI IV Dynamique S, com 5 portas e 90 cavalos, a versão mais vendida do modelo mais comercializado em Portugal durante o primeiro semestre. Em setembro, custava 19 300 euros, com pintura metalizada e pneu sobressalente.

(2)

abertura de crédito e sobre os juros. Mas, tal como no crédito automóvel, cabe ao consu-midor suportar o imposto de circulação (IUC) e a inspeção automóvel.

O preenchimento de uma livrança em branco é uma garantia essencial. À exceção do Montepio, todas as instituições que nos responderam exigem-na. Algumas pedem ainda aval ou fiança, decidindo caso a caso.

Não é obrigatório dar uma entrada

Não há grandes imposições no montante a fi-nanciar. Quando há um limite mínimo, varia entre 250 euros (BPN Crédito) e 7 mil euros (Montepio). Os montantes máximos depen-dem do valor do carro, sendo que o Banco BPI fixa um teto absoluto de 50 mil euros.

A generalidade das instituições não pede uma entrada e as que o fazem pouco exigem. O BPN Crédito solicita um mínimo de 1% e o BES o valor de uma renda. Apenas o Barclays e o Banco BIG obrigam o cliente a avançar com um montante mais elevado: 10% e 25%, respetivamente. Em relação ao valor máximo de entrada, o Banco BIG, Banco Credibom, Millennium bcp e Santander Totta limitam--na a 60% do valor do automóvel, enquanto a BMW Financial Services a 65 por cento. As restantes instituições decidem com o cliente.

Uma parcela do capital só é paga no final do prazo - o valor residual. Varia entre um mínimo simbólico, por exemplo, de 1 euro e um máximo de 10% (Barclays e Millennium bcp) a 35% (Santander Totta).

Não é possível pedir financiamento por menos de 12 ou 24 meses, nem ultrapassar um prazo máximo que vai dos 48 meses (Ban-co Popular) aos 97 meses (FGA Capital).

Não se livra das comissões

Fora o BES, todos cobram despesas no mo-mento de contratar o crédito: entre 153,75 euros (Banco BIG) e 615 euros (FGA Capital). Nalgumas instituições, as despesas de dossiê aumentam se o carro for usado. Depois, conte com uma despesa mensal. Se o Banco BIG e

Carro novo só com o crédito certo

p.

14

60 dias para atualizar

o registo de propriedade

Mais de 25% do que paga

pelo car ro vai para o Estado

ao contrário do leasing,

no crédito automóvel,

a propriedade do veículo

é sempre do consumidor

como um depósito a prazo, de valor igual ou superior ao do financiamento, e estiver dis-posto a mantê-la penhorada durante o em-préstimo, certamente obterá melhores taxas. Mas a escolha da modalidade mais adequa-da depende sobretudo adequa-da valorização que dá (ou não) ao facto de ser logo dono do carro e da garantia a conceder ao banco.

1

leasing e ald

Ao contrário do crédito automóvel, em que o banco fica à margem do negócio, limitando-se a emprestar o dinhei-ro, no leasing e no ALD é a instituição que o adquire, arrendando-o depois ao cliente mediante uma mensalidade. O carro não fica logo em nome do consumidor, mas, no final do contrato, pode comprá-lo pelo valor resi-dual negociado.

Poucas ou nenhumas diferenças

A principal diferença entre leasing e ALD é a obrigação de no ALD comprar o veículo no final do prazo. Daí que, juntamente com o contrato de locação financeira, se assine um contrato-promessa de compra e venda. O leasing acaba por dar mais margem de ma-nobra ao consumidor, permitindo-lhe tomar a decisão apenas no final do contrato.

A maior vantagem destas modalidades em relação ao crédito automóvel é o facto de beneficiarem de taxas de juro mais baixas. As melhores propostas começam nos 3,23%, com Euribor mais spread de 3% (Barclays e BPN Crédito). As piores taxas chegam quase aos 10%, gerando TAEGs (taxa anual efeti-va global) acima dos limites definidos pelo Banco de Portugal para o trimestre de julho a setembro: 8 por cento. Porém, quando a combinação do montante, prazo e taxa de juro ultrapassa aquele limite, as instituições de crédito afirmam aplicar o máximo legal.

Outra vantagem do leasing e ALD é a isen-ção do pagamento de imposto de selo sobre a

o Barclays nada cobram senão a prestação, nos outros, a comissão média ronda 3,10 eu-ros. No topo, estão o BES, com 10,95 euros, e o Millennium bcp, que faz acrescer aos 1,85 euros mensais 7,93 euros trimestrais.

Como a propriedade do carro é do banco, no final do financiamento, é preciso transferi-la para o consumidor. Se em

Obrigatório no leasing

Se comprar carro através de ALD ou

leasing, terá de subscrever um seguro de

danos próprios. Por ser mais caro do que o obrigatório (mais 162,80 euros anuais no nosso exemplo), pode tornar o crédito automóvel mais vantajoso. Ainda assim, recomendamos sempre o seguro de danos próprios em carros até cinco anos.

Contra

terCeiros

Responsabili-dade civil obrigatória de 6 milhões de euros

danos

próprios

+ responsabi-lidade civil de 50 milhões de euros. Franquia de 2% nas coberturas de choque, colisão e capotamento, e de furto ou roubo

SEgUrO cONTra TODOS

oK!teleseguros/

deco oK!teleseguros/deco

X XPrémio anual € 112,46 X XPrémio anual € 275,26 30 anos, Lisboa, carta há 10 anos, sem sinistros nos últimos 5 anos

p.

14

Garantias diferentes

para novos e usados

(3)

dossiê

comprar carro

Crédito | Leasing | ALD

Financiamento automóvel

14 475 euros a 48 meses (setembro)

Instituição

de crédito Novos/ Usados Taxa de entrada (€)Custos TAN (%) Prestação (€) TAEG (%)

LEAsiNG / ALD

Barclays (L) Ambos Variável 307,50 3,23 a 3,98 315,34 a 320,04 5,2 a 5,9 Banco BiG (L/A) Ambos Variável 153,75 5,23 a 6,73 327,97 a 337,62 6,6 a 8,1

Banco BPi (L) Novos Variável 185 4,48 a 5,98 323,20 a 332,78 6,6 a 8,1

BPN Crédito L/A) Ambos Variável 369 (usados)205 (novos) 3,23 a 9,23 315,34 a 334,39 5,2 a 8,2

Millennium (L/A) Novos Variável 184,50 5,84 a 6,59 331,91 a 336,75 7,8 a 8,5

Banco BPi (A) Novos Variável 185 4,48 a 5,98 323,20 a 332,78 7,2 a 8,6

Banco BPi (L) Novos Fixa 185 5,25 a 6,75 328,12 a 337,77 7,4 a 8,9

BEs (L) Novos Variável 0 5,63 a 6,68 330,54 a 337,31 8,1 a 9,2

s. Totta (L/A) Ambos Fixa 205,41 5,30 a 6,70 328,44 a 337,45 7,8 a 9,2

Banco BPi (A) Novos Fixa 185 5,25 a 6,75 328,12 a 337,77 7,9 a 9,4

Montepio (L) Novos Variável 178,35 4,43 a 7,23 322,88 a 340,87 6,9 a 9,6

Montepio (L) Novos Fixa 178,35 4,62 a 7,22 324,11 a 340,83 7,1 a 9,6

s. Totta (L/A) Ambos Variável 205,41 4,98 a 7,98 327,11 a 346,54 7,6 a 10,6

Banco BiG (L/A) Ambos Fixa 153,75 6,50 a 9,50 336,16 a 355,86 7,8 a 10,9

BPN Crédito (L/A) Ambos Fixa 369 (usados)205 (novos) 3,23 a 6,23 315,34 a 354,03 5,2 a 11,2

B. Credibom (L/A) Ambos Variável 200 a 450 4,23 a 9,58 321,62 a 356,37 7,8 a 13,2

B. Credibom (L/A) Ambos Fixa 200 a 450 4,21 a 9,56 321,49 a 356,23 7,8 a 13,2

Banco Popular (L) Novos Variável 285 a partir de 4,23 a partir de 321,62 a partir de 6,3

CréDiTo AuToMóvEL

Banco BPi Ambos Variável 331,50 (usados)253,50 (novos) 5,73 a 8,73 (usados) 331,09 a 351,85 4,48 a 7,48 (novos) 6,7 a 10,1

Montepio Ambos Variável 0,52% (78 a 156) + 156 (novos) ou + 208 (usados)

5,73 a 8,23 (novos)

5,93 a 9,23 (usados) 338,27 a 357,16 7,3 a 10,4

Banco BiG Ambos Variável 275 (usados)130 (novos) 9,73 a 13,23 (usados) 350,09 a 364,31 8,8 a 11,17,23 a 9,23 (novos)

Banco BPi Ambos Fixa 331,50 (usados)253,50 (novos) 6,75 a 9,75 (usados) 338,09 a 359,11 7,9 a 11,35,50 a 8,50 (novos)

Montepio Ambos Fixa 0,52% (78 a 156) + 156 (novos) ou + 208 (usados)

6,44 a 9,14 (novos)

6,84 a 10,14 (usados) 344,59 a 363,70 8,3 a 11,4

BEs Ambos Variável 300 (usados)150 (novos) 9,84 a 12,34 (usados) 359,06 a 366,23 10,3 a 11,59,34 a 10,29 (novos)

BPN Crédito Ambos Variável 438 (usados)263 (novos) 3,23 a 9,23 322,67 a 364,31 5,3 a 12,0

Millennium bcp Novos Variável 175 9,34 a 9,84 365,15 a 368,76 11,4 a 12,0

s. Totta Ambos Fixa 277,89 7,50 a 8,75 352,02 a 360,90 10,6 a 12,1

s. Totta Ambos Variável 277,89 5,09 a 8,84 335,29 a 361,56 7,9 a 12,2

Millennium bcp Novos Fixa 175 10,25 a 10,50 371,73 a 373,55 12,5 a 12,7

Banco BiG Ambos Fixa 275 (usados)130 (novos) 11 a 14 (usados)8,5 a 11 (novos) 359,11 a 377,21 10,2 a 13,1

BPN Crédito Ambos Fixa 438 (usados)263 (novos) 3,23 a 11,23 322,67 a 378,88 5,3 a 14,4

Cofidis Ambos Fixa até 520 até 13,60 (usados)até 10,20 (novos) 301,56 a 371,36 2,8 a 14,4

B. Credibom Ambos Fixa até 673,60 5 a 14,70 334,66 a 404,97 9,1 a 20,7

B. Credibom Ambos Variável até 673,60 4,23 a 15,06 329,40 a 407,70 8,2 a 21,2

cOmO lEr O qUaDrO

Empréstimo Financiamento para um Renault Clio novo, adquirido por 19 300 euros, com entrada de 25% (4825 euros).

Leasing/ALD leasing identificado com

a letra L e ALD com a letra A.

Encargos Custos de abertura de dossiê;

e de reserva de propriedade, nos bancos que os cobram no início do contrato.

TAN Taxa anual nominal. Reflete o juro

cobrado. No crédito, por exemplo, as taxas mais baixas vão desde Euribor a 3 meses mais spread (margem do banco) de 3% até 11% de taxa fixa. Os tetos máximos osci-lam entre Euribor a 3 meses mais spread entre 7,25 e 14,83 por cento.

Prestação O intervalo de valores

refle-te as taxas mínima e máxima cobradas por cada instituição.

TAEGs Representam o custo real do

financiamento. Estão publicadas por or-dem crescente das TAEGs máximas.

cerca de metade dos bancos nada paga-rá por isso, nos restantes, suportapaga-rá en-tre 41,05 euros (Santander Totta) e 246 euros (BMW Financial Services e Montepio).

2

crédito

automóvel

A propriedade do veículo é do consumidor. Mas, à exceção do BES e da BMW Financial Services, todas as instituições exigem que a reserva de propriedade seja feita em seu nome. Assim, se o cliente deixar de pagar o empréstimo, o carro pode ser-lhe retirado mais facilmente. Com exceção do BES e do Montepio, é ainda pedida a assinatura de uma livrança em branco. O BES põe a hipótese de exigir, em alternativa, a hipoteca do auto-móvel, possibilidade também avançada pela BMW Financial Services e pela FGA Capital.

Empréstimos até 8 anos

À partida, não pode pedir menos de 250 euros - financiamento mínimo concedido no BPN Crédito - nem mais de 50 mil euros (se recor-rer ao BES ou ao Banco BPI). Na maioria dos casos, o montante máximo está dependente do valor do veículo e é definido caso a caso.

(4)

Crédito | Leasing | ALD

  

sim

Não

Faz questão de ter o carro em seu nome desde o início?

Financiamento

indiCamos a esColha aCertada para o seu Caso

Banco BPi

crédito automóvel

X

X Financiamento entre 2500 e 50 mil euros, indexado à Euribor a 3 meses, com spreads entre 4,25% e 7,25% para carros novos, e entre 5,5% e 7,25%, para usados. Apesar de não ser obrigatório, recomendamos o seguro de danos próprios em carros até cinco anos.

TAEG para 14 475 euros a 48 meses

6,7% a 10,1%

Preço do carro + juros e comissões

21 258 euros

www.bancobpi.pt Barclays

leasing

X

X Financiamento a partir de 5 mil euros, indexado à Euribor a três ou seis meses, com spreads de 3 a 3,75 por cento. Entrada mínima de 10% e valor residual até 10 por cento. É obrigatório contratar seguro de danos próprios.

TAEG para 14 475 euros a 48 meses

5,2% a 5,9%

Preço do carro + juros e comissões

20 784 euros

www.barclays.pt

Não pode fazer um empréstimo por me-nos de seis meses, e alguns bancos impõem um prazo mínimo de dois anos. Em regra, o empréstimo pode durar até seis anos, mas se precisar de um prazo mais alargado, o BPN Crédito e FGA Capital concedem até oito anos e três meses. Nos automóveis usados, o prazo é muitas vezes inferior e está condicionado pela idade do veículo: no final do prazo, este não pode ter mais de oito anos, por exemplo.

A generalidade das instituições não conce-de período conce-de carência, ou seja, não permite contratar agora e começar a pagar depois. As exceções são o Montepio, BES, Banco Credi-bom e BPN Crédito. Os dois primeiros deixam adiar o pagamento do capital (só paga juros) até seis meses. Já no Banco Credibom é pos-sível não pagar nada durante dois meses e no BPN Crédito durante três. Do ponto de vista financeiro, este é um mau negócio, pelo que só deve ser usado se for mesmo preciso. Não se esqueça de que no fim do período de carên-cia - em que pagou apenas juros -, o valor em dívida é exatamente o mesmo. Pior ainda é a carência total (de capital e de juros), em que os juros que não são pagos durante aque-le período acumulam ao capital em dívida.

Outra estratégia para diminuir a prestação é o diferimento de capital, mas só o BPN Cré-dito e a BMW Financial Services o autorizam. Na prática, adia-se o pagamento de uma parte do empréstimo, por exemplo, de um quarto do valor para o final do prazo. Diminui o en-cargo mensal, mas depois é preciso liquidar de uma só vez o que ficou por pagar. No BPN Crédito, é possível protelar até 25% do valor do empréstimo, enquanto na BMW Financial Services o limite é de 30 por cento. Mas, por ser cara, esta solução também só deve ser usada se for imprescindível. Embora esteja apenas a amortizar parte do capital finan-ciado durante o empréstimo, estará sempre a pagar juros pela totalidade do capital, mesmo pela parcela que só irá pagar no final.

Comissão para amortizar,

para terminar e porque sim

No início do contrato, a reserva de proprie-dade do carro é constituída a favor do banco, passando depois para o consumidor. Quase todas as instituições cobram comissões no início ou no final, variando entre 39,88 euros (Santander Totta) e 270 euros (FCE Banque).

Ao longo do empréstimo, o Santander exi-ge uma comissão mensal de 5,06 euros, para lhe cobrar a prestação. Nos outros bancos, ronda, em média, 1,79 euros. Em contrapar-tida, Banco BIG, BES, Millennium bcp, FCE Bank, Montepio e RCI Banque nada cobram.

Se amortizar o crédito antes do final do pra-zo, nada terá a pagar se o contrato tiver taxa variável. Mas se a taxa for fixa, a penalização

aplicada pode ir até 0,5% do montante em dívida (0,25%, se estiver no último ano do contrato). Todas as instituições alinham pela bitola máxima. Para fazer uma amortização antecipada, terá de avisar, no mínimo, com 30 dias de antecedência. O Banco BIG referiu--nos, contudo, não exigir qualquer pré-aviso.

3

empréstimo

na marca

Algumas instituições financeiras associadas a marcas automóveis disponibilizam leasing, ALD e até crédito automóvel, esta última uma modalidade comercializada sobretudo por bancos. São os casos do FCE Bank (grupo Ford), da FGA Capital (Fiat), da BMW Finan-cial Services (BMW) e da RCI Banque (Re-nault). Contudo, só emprestam dinheiro para a compra de carros das suas marcas, o que é limitador. Por esse motivo, não podem entrar na corrida pela Escolha Acertada.

Não deixe de consultar as suas propostas. As TAEGs mínimas variam entre 2% e 3%, mas, por vezes, lançam campanhas com taxa zero. As TAEGs máximas podem chegar aos 11,5% no leasing ou aos 18% no crédito

A solução para si

www. deco.proteste.pt/dinheiro

Crédito, ALD ou leasing: simule o financiamento mais adequado

automóvel, ultrapassando os limites fixados pelo Banco de Portugal para o trimestre de ju-lho a setembro. Nestes casos, as instituições de crédito afirmaram aplicar o máximo legal - 11,7% (carros novos) e 15,7% (usados). ■

(5)

dossiê

comprar carro

ISV | IUC | IVA

Seis anos depois de os impostos

terem mudado... nem os

automóveis estão mais baratos,

nem o Estado arrecadou

mais receitas

Mais de um quarto do que pagou pelo carro são impostos

A

s vendas de automóveis têm descido de ano para ano, e a forte carga fiscal a que estão sujeitos os ligeiros em Portu-gal certamente contribuiu para essa situação. O ano de 2012 terminou com uma perda de receita do imposto sobre veículos (ISV) de mais de 40% face a 2011. Foi o ano mais ma-gro desde que este imposto sobre a aquisição de carro foi criado.

A 1 de julho de 2007, entrou em vigor uma nova legislação sobre a tributação automóvel. Os impostos existentes até essa data foram substituídos por dois novos - o imposto so-bre veículos e o imposto único de circulação (IUC). O primeiro veio substituir o imposto automóvel; o segundo ocupou o lugar do im-posto municipal sobre veículos.

Segundo o Governo, esta alteração vi-sava, acima de tudo, penalizar a utilização do veículo em detrimento da sua compra,

aumentando-se a carga fiscal durante a vida útil do automóvel e reduzindo-se os impostos no momento da compra. Mas, logo em 2008, desmistificámos essa ideia num estudo publi-cado na DINHEIRO & DIREITOS. Utilizando diversos cenários, demonstrámos que a re-forma da tributação automóvel representaria, de facto, para alguns, uma pequena poupança no ato da compra. Porém, resultava, para qua-se todos, num forte agravamento da posqua-se e utilização, devido ao aumento significativo do IUC.

Os impostos pagos no momento da aqui-sição (ISV e IVA) representam quase 27% do preço final suportado pelo comprador. No exemplo do Clio, do preço final de 19 300 euros, 5127,58 euros são impostos. Se adicio-narmos o IUC que terá de ser pago anualmen-te (130,10 euros, em 2013), os impostos tota-lizam cerca de 5250 euros no primeiro ano. ■

Desde julho de 2007, o valor do imposto

varia não só em função da cilindrada, mas também da emissão de dióxido de carbono (CO2).

Assim, um carro paga tanto menos imposto quanto menos poluir, fazendo-se uma distinção entre aqueles que funcionam a gasolina e a gasóleo. Os últimos sofrem ainda um agravamento de 615 euros, caso emitam a partir de 0,003 g de partículas por quilómetro. Consulte o valor das emissões na ficha de homologação do veículo.

Com a introdução desta componente

ambiental, o preço de venda dos automóveis pouco mudou e, quando mudou, subiu. Assim, o facto de o consumidor escolher um carro menos poluente acaba por ter um ganho residual para o seu bolso. E, para o Estado, a receita fiscal não subiu, antes caiu de forma vertiginosa, fruto da descida das vendas.

No caso do "nosso" Renault Clio, o imposto totaliza 1634,98 euros: 1449,57 euros da componente cilindrada, acrescidos de 69,07 euros da componente ambiental.

€ 3 608,94

iva

preço-Base

€ 14 172,42

isv

€ 1 518,64

iuc

€ 130,10

renault Clio 1.5 DCi iv Dynamique s 5 portas, 90 cavalos

1461 de cilindrada

83 g/km de emissões de CO2

(6)

ISV | IUC | IVA

Mais de um quarto do que pagou pelo carro são impostos

Com uma taxa de 23%, o IVA é uma parcela de peso no preço final de um carro. Por esse motivo, ao longo dos anos, muito se discutiu a aplicação do IVA não só sobre o preço do automóvel, mas também sobre o ISV. E, em julho de 2007, a Comissão Europeia abriu um processo de infração contra Portugal, por considerar que havia dupla tributação ao ser cobrado IVA sobre o antigo imposto automóvel (atual ISV).

Mas, em 2011, o Tribunal de Justiça da União Europeia deu razão ao Estado português. Concluiu que “o valor tributável, para efeitos do IVA, das transmissões, aquisições intracomunitárias ou importações de veículos automóveis, ocorridas em território nacional, deve necessariamente incluir o montante do ISV que seja devido”. Resolução com a qual não concordamos.

De qualquer modo, mesmo que tivesse sido imposto o fim da cobrança do IVA sobre o ISV, o preço de venda dos automóveis não baixaria, pois o Governo anunciou que subiria o ISV para compensar as perdas.

CoMPoNENTE CiLiNDrADA Cilindrada Taxas Parcela

a abater

Até 1250 0,97 718,98 Mais de 1250 4,56 5 212,59

A tabela do IUC para veículos adquiridos a partir de julho de 2007 tem um valor mínimo de 85,06 euros e um máximo de 701,31 euros. O coeficiente aplicado desde 2008 pretende dar uma certa progressividade e não prejudicar os carros mais antigos: assim, em 2013, é de 1,15 para os comprados este ano e de 1,05 para os de 2008. Já a tabela aplicada aos adquiridos até 30 de junho de 2007 cobra valores inferiores, oscilando entre 7,73 e 449,56 euros.

No exemplo do Renault Clio, a parcela

de IUC a suportar em 2013 é de 130,10 euros. Como a cilindrada é de 1461 cc, paga 55,94 euros desta componente, acrescidos de 57,19 euros relativamente à emissão de gases poluentes.

O resultado é multiplicado por 1,15, chegando-se ao valor de 130,10 euros.

ADquiriDos DEPois DE 1 DE juLho DE 2007 Cilindrada

(cm³) Taxas(€) CO² (g/km) Taxas(€) Ano de compra Coeficiente

Até 1250 27,87 Até 120 57,19 2007 1,00

1251 até 1750 55,94 120 até 180 85,69 2008 1,05 1751 até 2500 111,77 181 até 250 186,10 2009 1,10 Mais de 2500 382,51 Mais de 250 318,80 a partir de 2010 1,15 ADquiriDos ATé 30 DE juNho DE 2007

Gasolina

(cm³) Gasóleo (cm³) Elétricos(voltagem total) Posterior a 1995 a 19951990 a 19891981

Até 1000 Até 1500 Até 100 € 17,47 € 11,01 € 7,73 1001 a 1300 1501 a 2000 Mais de 100 € 35,06 € 19,70 € 11,01 1301 a 1750 2001 a 3000 € 54,76 € 30,61 € 15,36 1751 a 2600 Mais de 3000 € 138,95 € 73,29 € 31,67 2601 a 3500 € 252,33 € 137,41 € 69,97 Mais de 3500 € 449,56 € 230,93 € 106,11 ■ Taxa correspondente à cilindrada

€ 55,94

Taxa correspondente às emissões

€ 57,19

Coeficiente correspondente ao ano de compra

1,15

IUC a pagar

€ 130,10

ISV a pagar

€ 1 518,64

+

×

=

Cilindrada × taxa – parcela a abater

1 461

×

4,56 – 5 212,59

= € 1 499, 57

Emissões × taxa – parcela a abater

83 × 19,39 – 1 540,30

= € 69,07

+

=

CoMPoNENTE AMBiENTAL CO²

(g/km) Taxas a abaterParcela

Gas ól eo Até 95 19,39 1 540,30 96 a 120 55,49 5 023,11 121 a 140g 123,06 13 245,34 141 a 160 136,85 15 227,57 Mais de 160 187,97 23 434,67 Gas ol ina Até 115 4,03 378,98 116 a 145 36,81 4 156,95 146 a 175 42,72 5 010,87 176 a 195 108,59 16 550,52 Mais de 195 143,39 23 321,94

isv penaliza os mais poluentes

iva dois impostos e não se fala mais nisso

iuc novos pagam mais

€ 3 608,94

Preço-base

(7)

ISV E IUc

Algumas isenções

para deficientes

dossiê

comprar carro

Isenções | IUC em atraso | Garantias

Por lei, os automóveis têm direito a dois anos de garantia. Mas conte com algumas ex ceções

Se recebeu uma notificação p ara pagar o IUC de um carro que já não é seu,

verifique se o registo de propri edade foi atualizado e peça a apreensão do veículo

N

ovos ou usados, os automóveis têm direito, por lei, a dois anos de garantia a partir da data de compra. Mas conte com algumas exceções: se um particular lhe vender o carro, não é obrigado a dar-lhe qual-quer garantia. Por isso, se nada percebe de carros, peça a um mecânico da sua confiança

Garantias diferentes para novos e usados

N

o final do ano passado, as Finanças emitiram mais de 200 mil notificações para pagamento do imposto de circula-ção (IUC) relativo a 2008. Será de esperar que o mesmo aconteça este ano em relação ao imposto que deveria ter sido pago em 2009.

Estas notificações foram enviadas a contri-buintes com um automóvel registado em seu nome e cujo imposto está por pagar. Porém, temos conhecimento de que também foram notificados contribuintes que já tinham vendido o carro ou que o tinham entregado para abate, nada devendo, por isso, ao Fisco. O problema está no facto de os registos do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) não estarem em dia, quer por responsabilidade do mesmo, quer por os contribuintes se terem esquecido de atualizar a situação do carro (por exemplo, nos casos de abate) ou de cancelar o registo.

Muitas destas notificações ainda estavam

para fazer uma verificação tão exaustiva quanto possível. Uma descoberta atempada, pode evitar-lhe dores de cabeça.

A obrigação da garantia só se aplica aos co-merciantes, mas mesmo nestes casos existem algumas particularidades. Nos automóveis usados não têm de ser dados dois anos se

comprador e vendedor acordarem outro pra-zo. Por norma, os standes de usados propõem apenas um ano, o período mínimo permitido, oferecendo como contrapartida um desconto no preço de venda.

Atenção: com desconto ou não, garantias inferiores a um ano são inaceitáveis. Saiba que se lhe indicarem um período inferior, por exemplo, de seis meses, o acordo não é válido e vigorará uma garantia de um ano. Se durante o negócio nada for referido, apli-cam-se dois anos.

A partir do momento em que descobre um defeito, tem 60 dias para comunicá-lo ao vendedor se o carro ainda beneficiar do período de garantia. Use o modelo de recla-mação que disponibilizamos no nosso portal em www.deco.proteste.pt/motor, clicando em"Cartas-tipo".

O vendedor tem até 30 dias para o reparar. Se este nada fizer, conte com dois anos após a data da comunicação para exigir que aquele

Fisco cobra p agamentos em atraso

Não pagam imposto automóvel

Condutores com deficiência motora igual ou superior a 60% que tenham:

>limitação funcional permanente devido a alterações na estrutura e funções do corpo (congénitas ou adquiridas);

>elevada dificuldade em andar na via pública sem auxílio de outrem ou utilizem próteses, ortóteses, cadeiras de rodas e muletas, no caso da deficiência ser nos membros inferiores;

>ou elevada dificuldade no acesso ou utilização de transportes públicos se a deficiência for nos membros superiores.

Cidadãos multideficientes profundos, com um grau de desvalorização igual ou superior a 90%, que:

>tenham acentuada dificuldade de andar na via pública sem auxílio de outrem ou que usem meios de compensação (como

muletas) ou tenham dificuldade no acesso ou utilização de transporte públicos;

>estejam comprovadamente impedidos de conduzir automóveis.

Deficientes que se movam apenas

em cadeira de rodas com um grau de desvalorização igual ou superior a 60 por cento.

Deficientes visuais com um grau de desvalorização de 95 por cento. Estão isentos de IUC

Contribuintes com deficiência igual ou superior a 60% que comprem um motociclo (categoria A), carro ligeiro (categoria B) ou reboque ou semirreboque (categoria E). A isenção é reconhecida anualmente num serviço de Finanças. Devem apresentar a declaração de incapacidade, exceto se o Fisco já tiver conhecimento da incapacidade (por exemplo, se o contribuinte mencionou a sua situação na declaração de IRS dos últimos dois anos).

(8)

Quando o caso se complica

Conheça as entidades Com CompetênCia para deCidir

■ ■Resolve conflitos relacionados com assistência, manutenção e reparação automóvel, e a compra e venda de veículos novos e usados. Isto, desde que o negócio tenha sido realizado entre um comerciante e um particular, e ambos aceitem o recurso ao CASA (www centoarbitragem sectorauto.pt).

Para ser indemnizado por prejuízos (por exemplo, se, por causa da avaria, faltou a uma reunião que o fez perder uma promoção), os julgados de paz são uma alternativa ao tribunal, por serem mais rápidos e baratos. Mas só resolvem litígios que envolvam montantes até 15 mil euros. Verifique se existe um na sua área de residência em www.conselhodosjulgados depaz.com.pt.

Denuncie uma situação irregular, por exemplo, um vendedor que propõe apenas seis meses de garantia, no portal da ASAE (www.asae.pt). Existe um formulário para apresentar queixas e denúncias e encontra indicações detalhadas sobre como preencher o livro de reclamações. A ASAE é responsável pela instrução dos processos e aplicação das coimas.      

denúncia

Conflitos

Pedido de indemnização

Centro de arbitragem

do setor automóvel (CASA) Tribunais ou julgados de paz Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE)

Isenções | IUC em atraso | Garantias

Por lei, os automóveis têm direito a dois anos de garantia. Mas conte com algumas ex ceções

Se recebeu uma notificação p ara pagar o IUC de um carro que já não é seu,

verifique se o registo de propri edade foi atualizado e peça a apreensão do veículo

Garantias diferentes para novos e usados

na fase de audição prévia, ou seja, os contri-buintes ainda podiam apresentar no serviço de Finanças os documentos que comprovas-sem não dever esse imposto: por já estar pago (comprovativo de pagamento), por o auto-móvel não estar na sua posse (documento de compra e venda) ou ter sido abatido (certifi-cado de abate).

Se o carro foi para abate, certifique-se de que a matrícula foi cancelada em www.imtt. pt/MatriculasCanceladas/matriculas.asp.

60 dias para atualizar o registo

Dois meses após a venda do carro, aceda ao Portal das Finanças. Siga o caminho Seus serviços > Consultar > Veículos > Veículos atuais, verifique se quem o comprou fez a al-teração do registo de propriedade. Se o regis-to não foi atualizado, as obrigações relativas ao carro, por exemplo, o pagamento do IUC, continuam a ser da sua responsabilidade. Isto

porque continua a constar como dono.

O registo de propriedade

dos veículos é da competência do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e não do Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT), que não detém qualquer base de dados de proprietários de veículos. Assim, o novo dono tem até 60 dias a contar da data da venda para atualizar o registo de propriedade numa conservatória do registo de veículos.

Pedido de apreensão custa 10 euros

Se o novo proprietário não atualizar o registo do carro no prazo de 60 dias, o antigo dono pode exigir a apreensão do veículo, por falta de regularização da propriedade.

O pedido pode ser feito nas conservatórias do registo automóvel, através do portal www. automovelonline.mj.pt ou no balcão do IMTT

da sua área de residência. Tem de preencher o modelo 9, apresentar um documento de iden-tificação e pagar uma taxa de 10 euros. Caso formalize o pedido pela Net, terá de ir a um balcão do IMTT fazer o pagamento.

A informação é depois enviada para a PSP e para a GNR, que se encarregam de apreender o carro.

Se, passados seis meses, o registo conti-nuar por atualizar ou o carro não tiver sido apreendido, peça à polícia um documento atestando que o veículo não foi localizado. Com este documento, dirija-se ao IMTT e so-licite o cancelamento da matrícula. ■

cumpra o seu dever, seja através do tribunal ou de um julgado de paz.

Não precisa de um documento específico para acionar a garantia. Basta apresentar o comprovativo da compra, como o recibo de pagamento ou o contrato de compra e venda.

Nestes casos, a solução passa pela re-paração do automóvel. Se não for possível repará-lo, pode optar pela sua substituição por outro com características semelhantes ou terminar o contrato, reavendo o montante pago. Uma quarta hipótese é pedir a redução do preço, mas, na maioria das situações, tal não faz sentido.

Pode ainda exigir à empresa que lhe ven-deu o carro uma indemnização pelos pre-juízos causados, por exemplo, se, por causa de uma avaria, faltasse a uma reunião e, por isso, perdesse uma promoção. Outras despe-sas que tenha de suportar - com o reboque e com as deslocações - também devem ser pagas pelo vendedor. ■

Fisco cobra p agamentos em atraso

Referências

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