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Desconhecimento da legislação gera prejuízo às empresas que participam de licitações

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INFORMATIVO

SINDICATO DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO ESTADO DO PARANÁ

www.sindusconpr.com.br

1 lABRIL l2009

SEGURANÇA DO TRABALHO

Seconci-PR alerta

sobre a importância dos

exames ocupacionais

MINHA CASA, MINHA VIDA

Governo federal

lança oficialmente

pacote habitacional

GERAÇÃO DE EMPREGO

Cresce o nível de

emprego formal no

País em fevereiro

Sinduscon-PR entrevista o advogado e consultor em

Licitações e Contratos, Fernando Vernalha Guimarães,

para sanar dúvidas das empresas sobre licitações.

Leia nas páginas 4 e 5.

Desconhecimento da legislação

gera prejuízo às empresas

(2)

Diretoria Executiva Gestão 2007/2010

Presidente

Hamilton Pinheiro Franck

1º Vice-presidente

Normando Antonio Bau

1º Vice-presidente Administrativo

Ubiraitá Antônio Dresch

2º Vice-presidente Administrativo

Fredy Henrique Chevalier

1º Vice-presidente Financeiro

Sérgio Gugelmin Motter

2º Vice-presidente Financeiro

Waldemar Trotta Junior Vice-presidentes de Áreas Técnicas

Política e Relações do Trabalho

Euclésio Manoel Finatti

Responsabilidade Social

Gabriel Raad

Indústria Imobiliária

Hugo Peretti Neto (Relações com o Mercado), Nelson Luiz Campos Figueiredo

(Habitação de Interesse Social)

Obras Públicas

José Eugênio Souza de Bueno Gizzi

Tecnologia

Renato Cláudio Keinert Junior

Prestação de Serviços

Sérgio Buerger

Meio Ambiente

Tiago Colaço Guetter Conselho Fiscal Erlon Donovan Rotta Ribeiro

Geraldo Vieira Roberto Damiani Cardoso Hamilton do Vale Pansolin João Carlos Perussolo José Roberto Pegoraro Delegados representantes junto ao

Conselho da FIEP Hamilton Pinheiro Franck

Ramon Andres Doria Fredy Henrique Chevalier

Gustavo Daniel Berman Conselho Consultivo Julio Cesar de Souza Araújo Filho

Ramon Andres Doria Eliel Lopes Ferreira Júnior

Gustavo Daniel Berman José Luiz Schuchovski

Sérgio Bromfman Felippe Arns Hélio Brüggemann de Campos,

Erlon Donovan Rotta Ribeiro Renato Volpi Júnior Moisés Artur Berger Alcy Vilas Boas

Volmir Selig Amilcar Rafael Greca Sérgio Augusto Campos Figueiredo

Carlos Ney Santos Benghi, João Cesar Fernandes Pessoa

Publicação do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná

Administração:

Rua João Viana Seiler, 116 – Parolin Fone (41) 3019.6060 CEP 80.220-270 – Curitiba – PR sinduscon@sindusconpr.com.br

www.sindusconpr.com.br

Edição:

Assessoria de Comunicação do Sinduscon-PR

Jornalista responsável: Fabiane Ribas (DRT: PR 4004) Projeto gráfico, diagramação e editoração: SK Editora Ltda.

Impressão: JEDS Comp. Gráfica

INFORMATIVO

Patrocínio



Agenda Sinduscon-PR



ABRIL

I Presidente da CBIC participa de reunião com associados do Sinduscon-PR

O Sinduscon-PR convida os associados a participarem de reunião na entidade, no dia 7 de abril, às 18h30. O encontro vai contar com a participação do presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady Simão, que irá apresentar um panorama geral sobre o setor da construção civil. Após a reunião, será servido um jantar, que contará com a presença dos vereadores de Curitiba. Associados interessados em participar da reunião devem confirmar pre-sença pelo telefone (41) 30196060.

I NBR 12721/2006

O Sinduscon-Rio promove no dia 2 de abril, das 9 às 18 horas, em sua sede, no Rio de Janeiro, curso sobre “As incorporações imobiliárias e as inovações introduzidas pela ABNT - NBR 12721/2006”. O evento terá como expositor o professor Paulo Grandiski, membro de todas as comissões de revisão da NBR 12721.

O SINDUSCON-PR vai promover curso de Gestão de Empreiteiros na Construção Civil, nos dias 3 e 4 de abril. Ministrado pelo engenheiro André Augusto Choma, o treinamento visa ca-pacitar esses profissionais na difícil tarefa de gerir os contratos com empresas em-preiteiras, tanto nos aspectos técnicos, como legais e de segurança do trabalho. O objetivo é introduzir os funda-mentos da gestão de sub-contratados, enfocando a importância da análise e atualização contínua das documentações das empresas e de seus funcionários; apresentar em detalhes as modalidades de contratação e os passos mais impor-tantes na elaboração dos contratos, como medida de prevenção de proble-mas futuros, além de detalhar os aspec-tos importantes referentes à Segurança do Trabalho e as responsabilidades civil

e criminal do gestor da obra no que se refere à segurança dos funcionários sub-contratados.

O curso é destinado a gerentes e co-ordenadores de obras, engenheiros de planejamento, arquitetos, técnicos e tec-nólogos em construção civil, além de es-tudantes de Engenharia e Arquitetura, que buscam soluções para potencializar seus empreendimentos com a implemen-tação de um gerenciamento profissional.

Inscrições para o curso de Gestão de

Empreiteiros encerram dia 3 de abril

Vaga para gestão de imóveis na UFPR

A Universidade Federal do Paraná abriu concurso para 2 vagas de docentes na área de Gestão Imobiliária, sendo uma vaga para Adjunto I (com título de doutor) e outra para Assistente I (com título de mestre). Podem candidatar-se arquitetos, engenheiros, advogados, administradores e outros campos, mas com conhecimentos na área de gestão de imóveis. Mais informações no edi-tal publicado em www.litoral.ufpr.br ou pelos e-mails dir.ufprlitoral@ufpr.br e/ou

jus-sarajulia@yahoo.com.brou pelo fone (41) 34585869.

I Serviço

Local: Sinduscon-PR

Rua da Glória, 175 – Centro Civico Curitiba – PR

Carga horária: 8 horas/aula Informações/inscrições: (41) 3079-5909, (41) 8418 9957 info@spazioidea.com.br

(3)

NO DIA 25 DE MARÇOfoi anun-ciado oficialmente pelo governo fe-deral o Plano Habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que deverá entrar em vigor a partir do dia 13 de abril. Na avaliação do presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Construção Civil), Paulo Safady Simão, este é um momento histórico para a indústria da construção e o

merca-do imobiliário. O principal desta-que do programa para a CBIC é a confirmação de que o governo dará subsídio integral, com isenção do seguro, para as famílias com renda de até três salários mí-nimos. As famílias com renda de três a seis sa-lários mínimos terão subsídio parcial nos fi-nanciamentos, com re-dução dos custos do se-guro e acesso ao Fundo

Garantidor. Para as famílias com renda de seis a dez salários mínimos, haverá um estímulo à compra da casa própria com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor.

Para compatibilizar a prestação da casa própria com a capacidade de pagamento da família, o governo de-cidiu que a primeira prestação será paga apenas na entrega do imóvel. Haverá um pagamento opcional de entrada nos casos de fi-nanciamento.

O programa prevê ainda um comprometi-mento de 20% da renda para o financiamento. Haverá também uma redução do custo do fi-nanciamento pela cria-ção de um Fundo Ga-rantidor, um barateamento do seguro e desoneração fiscal e de custos carto-riais. Terão prioridades

I

“MINHA CASA, MINHA VIDA”

Governo federal faz lançamento

oficial do pacote para a habitação

as famílias com portadores de defi-ciência ou idosos, e o registro do imóvel será preferencialmente em no-me da mulher.

“Na minha opinião, atingir metas é o menos relevante. O mais significa-tivo é que estão lançadas as bases de um processo, que pode se tornar irre-versível. Para isso, é primordial imple-mentar o programa definitivo de er-radicação do déficit habitacional. Os debates sobre o tema avançaram mui-to bem, e creio que já estamos ma-duros para concluir esse projeto”, destaca Simão, em discurso no Palácio do Itamaraty.

Ele enfatiza que o mais impor-tante, neste momento, é destacar que as medidas anunciadas pelo governo têm, ao mesmo tempo, caráter emer-gencial e estrutural. “Quero dizer, com isso, que elas vêm para atender a uma necessidade imediata decorrente da grave crise econômico-financeiras internacional. Mas que, em sua es-sência e conceito, contemplam tam-bém questões estruturais relevantes, que constituem a base de um pro-grama de longo prazo, capaz de aten-der a milhões de famílias que ainda não tiveram acesso à casa própria”, frisa Simão.

Desoneração

Para o presidente da CBIC, um grande destaque do Projeto do go-verno é a redução de tributos para as construtoras que investirem na cons-trução das 400 mil unidades que serão destinadas às famílias com renda de zero a três salários mínimos. O Regime Especial de Tributação da Construção Civil (RET) terá alíquota reduzida de 7% para 1% no caso de projetos de Habitação de Interesse Social (HIS). O RET substitui a in-cidência de PIS, Cofins, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Con-tribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e é considerado o “Simples” do setor da construção.

Presidente Lula e ministra Dilma Rousseff no lançamento do pacote habitacional, no Itamaraty

Paulo Simão: “Este é um momento histórico para o setor da

(4)

Um número cada vez maior de empresas passam a se interessar pela disputa de obras e serviços oferecidos pelo Estado. Mas muitas dessas empresas não têm tido boas experiências em licitações, especialmente de-vido à dificuldade de lidar com as especifici-dades e o formalismo do processo licitatório. Quais as recomendações genéricas que pode-riam ser feitas às empresas para minimizar estes problemas?

A primeira recomendação está numa leitura atenta do edital de licitação e de seus anexos. Boa parte dos defeitos de documentação das empresas (que podem conduzir à sua inabilitação ou à des-classificação de sua proposta) deve-se à falta de leitura do edital. Por mais extenso que seja o e-dital, sem uma leitura criteriosa de todas as suas cláusulas não há como se produzir uma docu-mentação isenta de defeitos. Outra recomen-dação é a adoção de uma consultoria jurídica qualificada para a análise do edital e montagem da proposta. É importante que uma pessoa com conhecimento sobre a legislação analise dúvidas que possam surgir e oriente a sua solução. Essas são medidas preventivas genéricas que podem ser adotadas pelas empresas como forma de evitar sua exclusão da licitação por defeitos explícitos. Nesta fase de análise preliminar do edital, caso a empresa verifique, por exemplo, que há cláusula ou exigência contrária à legis-lação, quais as ações que ela poderá tomar para que isso não a prejudique na con-tinuidade do certame?

Existe uma via própria para impugnar as cláusu-las do edital. Trata-se da impugnação ao edital, prevista pelo art. 41 da lei nº 8.666/93. Segundo essa norma, os licitantes poderão impugnar as exi-gências do edital até um prazo de 5 dias úteis antes da data fixada para abertura dos envelopes. Essa impugnação poderá ser redigida numa petição simples, assinada pela própria licitante ou por seu advogado, requerendo e fundamentando a exclusão (invalidação) da exigência ilegal. É claro que, quanto mais bem formulada e funda-mentada esteja esta impugnação, maiores serão

I

ENTREVISTA

Quais são as principais dú

as chances de conseguir a exclusão das exigências impugnadas. Por isso, é sempre recomendado que isso seja elaborado por pessoas que detenham conhe-cimento técnico-jurídico.

E se a empresa deixar de impugnar o edi-tal no prazo fixado na Lei, isso a impede de alegar vícios durante a continuidade da li-citação?

A Lei fixa prazos para o exercício dessa impug-nação, determinando a perda do direito de fazê-lo depois. Mas essa regra não tem sido adotada com rigidez pelos Tribunais. Isso porque a Administração tem um dever, mesmo de ofício, de rever seus atos ilegais. Assim, teoricamente, esses vícios podem ser alegados depois (inclusive perante o Poder Judiciário), ainda que seja sem-pre recomendada nestes casos a impugnação ad-ministrativa dentro de seu prazo próprio. Quando uma cláusula do edital permite uma interpretação dúbia, dando margem a mais de uma orientação, como deve pro-ceder o licitante?

O adequado, para dirimir dúvidas pontuais (e sobretudo aquelas de natureza técnica), é for-malizar um pedido de esclarecimento à Administração, obtendo-se as informações corres-pondentes. Esta formalização faz-se mediante um simples protocolo do requerimento junto à

repartição pública competente (onde se desenvolve a licitação). Os editais de licitação costumam in-dicar local e prazo para o protocolo desses pedidos. Estes esclarecimentos, contudo, quando significa-tivos, podem indicar que a cláusula do edital es-tava redigida de forma omissa (o que acarreta a sua nulidade, porque o edital tem de estar com-pleto e fornecer com clareza todas as orientações para a montagem da documentação pelos lici-tantes). Nesta hipótese, se um esclarecimento re-levante é fornecido pela Administração já du-rante o período de divulgação da licitação, inovando o conteúdo do edital, ele deverá ensejar a sua republicação (do edital já alterado), com a devolução do prazo legal mínimo para a elabo-ração das propostas pelos licitantes.

Um problema recorrente que as empresas contratadas pela Administração Pública têm enfrentado é a ausência de reajuste em con-tratos que se prolongam por prazo maior do que 12 meses. Há contratos que deixam de prever cláusula de reajuste porque seu prazo de execução originária é inferior a 12 meses (pois há uma limitação legal à aplicação de reajuste em prazos inferiores a 12 meses). O problema é que, na prática, se sua execução se estende para além dos 12 meses (por fatos supervenientes), a ausência de previsão de rea-juste tem impedido a sua aplicação pela Administração, com prejuízos a essas empre-sas. Qual a solução jurídica para essa questão e quais os direitos do contratado nestes casos? Tem sido realmente recorrentes esses casos. Diversos contratos, cujo prazo de execução con-tém-se teoricamente no período de 12 meses, são escritos pela Administração sem cláusula de rea-justamento. Parte-se do pressuposto de que a sua execução não se alongará por prazo superior a 12 meses contados da data em que a proposta foi oferecida. Mas a prática tem revelado que estas previsões vêm se mostrando falhas. São freqüentes os casos de contratos cujo prazo entre o ofereci-mento da proposta e o adimpleofereci-mento da parcela se revela, na prática, ampliado, seja pela demora na formalização e conclusão da licitação e do contrato-ato, seja porque fatos imprevisíveis de-mandaram a ampliação do prazo de execução do contrato, etc. Daí que, sem previsão de rea-juste, mas com uma longevidade para além dos 12 meses, tais contratos administrativos acabam sendo executados carentes da aplicação de rea-juste. Isso porque a Administração tende a re-cusar a sua incidência quando não pactuada. Contudo, mesmo em hipóteses de não-pactuação do reajuste no contrato, caso se verifique a

di-FALTA DE LEITURA

do Edital e desconhecimento da legislação fazem as

empresas amargarem prejuízos ao participar de licitações. Para esclarecer as

prin-cipais dúvidas referentes a processos licitatórios, o Sinduscon-PR entrevistou o

Doutor em Direito Econômico pela UFPR, advogado e consultor em Licitações

e Contratos, Fernando Vernalha Guimarães. Acompanhe a seguir:

“É importante que uma

pessoa com conhecimento

sobre a legislação analise

dúvidas que possam surgir e

oriente a sua solução. Essas

são medidas preventivas

genéricas que podem ser

adotadas pelas empresas

como forma de evitar sua

exclusão da licitação por

defeitos explícitos.”

(5)

úvidas com as licitações?

latação do prazo entre a oferta das propostas e o momento do adimplemento da parcela, surge a obrigatoriedade de proceder ao reajuste, por força da letra explícita do inciso XI do art. 40 da Lei nº 8.666/93. Há direito do contratado em obtê-lo. Essa questão já foi inclusive enfrentada pelo Tribunal de Contas da União, que firmou posição no sentido de ser a aplicação do reajuste nestes casos uma imposição da Lei nº 8.666/93. Como se calcula o período de limitação dos 12 meses para iniciar-se a aplicação do reajuste?

O período dos 12 meses inicia-se com a data pre-vista para apresentação da proposta, ou do orça-mento a que essa proposta se referir, estendendo-se o lapso até a data do adimplemento de cada parcela.

E como se faz a eleição do índice adequado nos contratos que não o prevêem? Não há uma solução prevista na legislação para isso. Havendo consenso, o índice será adotado bi-lateralmente entre Administração e contratado. Não havendo, poderá ser fixado através de ação judicial movida para este fim (ou mesmo e de-pendendo do caso, por arbitragem). Mas eu gostaria de ressaltar que a natureza do reajuste, nos termos da legislação, pressupõe uma recom-posição setorial de preços. Reajuste não é mera a-tualização monetária. Não retrata pura e sim-plesmente a recomposição inflacionária generalizada. Quanto se fala em reajuste, fala-se em recomposição ordinária de preços praticados em certo setor da economia, devendo ser, por isso,

em certo setor da economia. Diferentemente, o realinhamento de preços envolve a variação no preço de certos insumos específicos, quando há nestes uma alta de custo para além da inflação setorial. Quando isso ocorre, a Lei permite ao con-tratado requerer um “realinhamento de preços” ou uma “revisão dos preços”. Esse requerimento não está atingido pela limitação dos 12 meses do reajuste e poderá ser formalizado a qualquer tempo (inclusive antes mesmo da assinatura do contrato). Basta ao contratado demonstrar essa forte variação no preço destes insumos, através de parâmetros objetivos (geralmente isso se faz pela adoção de índices de variação de preço de insumos específicos divulgados por revistas especializadas). Para se alcançar resultados exatos, deve-se aplicar essa variação em percentuais sobre o preço constante da proposta do contratado (oferecida com a licitação). Assim, os cálculos deverão o-perar-se relativamente a cada medição do con-trato, onde haverá uma variação temporal (que retratará uma alteração de preço do insumo desde a data da proposta até a data da media-ção) que deverá ser relacionada à quantidade do insumo utilizada pelo contratado (em cada medição).

Uma última recomendação para as empre-sas que se iniciam na prática das licitações. O fundamental é realizar uma leitura atenta do edital de licitação, reservando-se prazo ade-quado para a montagem dos envelopes de docu-mentos. Lamentavelmente, muitos editais de li-citação são fartos em previsões obscuras ou dúbias, que podem se traduzir em armadilhas aos lici-tantes. Quando estas previsões referem-se às condições do contrato (e não propriamente das regras da disputa), as conseqüências gravosas só surgirão futuramente, quando já não há muito espaço para discussões desta natureza. Por isso, todas as cláusulas de um edital e da minuta do contrato devem ser bem lidas e compreendidas pelos licitantes e, quando se mostrarem ilegais ou mesmo dúbias, devem ser objeto de impugnação. Para as licitações mais importantes, é sempre aconselhável que os casos difíceis sejam assessora-dos por um profissional do direito.

um índice setorial. Assim, o índice de reajuste de-verá sempre estar relacionado ao ramo de ativi-dade inerente ao objeto do contrato, retratando a variação geral de preços ocorridos dentro daquele setor da economia.

A ausência de previsão de reajuste pelo edi-tal de licitação é então um defeito de sua elaboração que poderia ser atacado pela “im-pugnação ao edital”?

É, desde que a previsão de prazo, contado da ela-boração da proposta (ou do orçamento a que esta se referir) até o seu termo, se estenda para além dos 12 meses. Neste caso, haverá vício no Edital por omissão à fixação de índices de reajuste (por ofensa ao inciso XI do art. 40 da Lei nº 8.666/93). Mas se o prazo originariamente con-cebido se contiver dentre daquele período dos 12 meses, não haverá ilegalidade. Entretanto, é sem-pre conveniente que o edital de licitação sem-preveja a fixação de um índice de reajuste para a hipótese em que o prazo do contrato tenha de ser superve-nientemente (pela ocorrência de eventos impre-visíveis) ampliado. O fato de o edital prever um índice específico eliminará disputas futuras a propósito de sua eleição.

E o “realinhamento dos preços”, como funciona?

O realinhamento (ou revisão) de preços é algo que pode ser requerido a qualquer tempo pelo con-tratado, desde que haja justificativa para tanto. Ele não se confunde com o reajuste. Esse, como já disse, é um índice setorial, que pressupõe uma a-tualização ordinária e geral dos preços praticados

“O fundamental é fazer uma leitura atenta do edital de licitação, reservando-se prazo adequado para montagem dos envelopes de documentos”

“Para se alcançar resultados

exatos, deve-se aplicar

essa variação em percentuais

sobre o preço constante da

proposta do contratado

(oferecida com a licitação).”

(6)

I

SAÚDE DO TRABALHO

Seconci-PR alerta empresários sobre

a importância dos exames ocupacionais

MUITAS EMPRESAS conveniadas ao PSS (Programa de Saúde e Segurança do Seconci-PR possuem dúvidas em relação à Legislação do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), que regulamenta os exames ocupacionais (admissionais, pe-riódicos, demissionais, mudança de função e retorno ao trabalho). Para melhor co-nhecimento, relacionamos abaixo os pro-cedimentos que as empresas devem adotar para que atendam o que a Norma Regulamentadora NR-7 determina.

Todo funcionário deve passar por exame admissional no momento de sua contratação. O exame deve ser realizado antes que o mesmo assuma suas atividades na empresa (item 7.4.3.1 – NR-7). Os e-xames periódicos e respectivos intervalos são determinados pelo Médico do Trabalho e constam no PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional). A periodicidade dos exames dependerá da idade do funcionário, grau de risco das atividades desenvolvidas em cada função, podendo variar entre seis meses e dois anos (item 7.4.3.2 – NR-7).

A NR-7 (Norma Regulamentadora) também determina que todo funcionário que esteve afastado de suas atividades , seja por motivo de doença, parto, acidentes de natureza ocupacional ou não, por um período superior a 30 dias, deverá obriga-toriamente passar por exame de retorno ao

trabalho já no primeiro dia da volta (item 7.4.3.3 – NR-7).

Em caso de mudança de função do fun-cionário dentro da empresa, a norma prevê o exame médico de mudança de função, que deverá ser realizado antes da data da mudança. Segundo a NR-7, mudança de função é toda e qualquer alteração de ativi-dade, posto de trabalho ou setor que faça com que o funcionário esteja exposto a riscos diferentes daqueles que o mesmo es-tava antes da realização da mudança (item 7.4.3.4 – NR-7).

I

GERAÇÃO DE EMPREGO

Cresce o nível de emprego

formal no País em fevereiro

DADOSdo Cadastro Geral de Empre-gados e DesempreEmpre-gados (Caged) do go-verno federal revelam que o emprego for-mal voltou a crescer em fevereiro deste ano, com a geração de 9.179 vagas com carteira assinada no País. O resultado representa um crescimento de 0,03%. O número de admissões, em fevereiro, foi de 1,23 milhão

de pessoas, superior ao verificado em janeiro (1.216.550 milhão).

No acumulado do ano, diminuiu-se a perda de vagas para - 92.569 empregos (- 0,29%). Nos últimos 12 meses, o saldo é positivo em 1.011.711 milhão de postos, alta de 3,28%. Entre os oito grandes setores de atividades, cinco apresentaram

desem-penho positivo no mês de referência: Serviços, Construção Civil, Agricultura, Administração Pública e Serviços Indus-triais de Utilidade Pública.

O setor da Construção registrou saldo positivo de 2.842 postos (0,15%). No ano, o saldo é de 14.166 novos postos (0,73%) e nos últimos 12 meses de 145.817 (9,07%).

Em casos de demissão

Quando demitido, todo funcionário deve passar por exame demissional, a ser rea-lizado até a data da homologação da rescisão. Para empresas de graus de risco 3 e 4, que são os graus onde o setor da construção civil está enquadrado, a realização do exame demissional será dispensada, caso a data da homologação da rescisão não ultra-passe noventa dias corridos da data do último exame ocupacional, que o funcionário tenha sido submetido.

É importante salientar que a dispensa do exame demissional dentro prazo dos noventa dias é possível desde que no decorrer deste período não tenha ocorrido ne-nhum agravo à saúde do funcionário (item 7.4.3.5.1 – NR-7). Para cada exame médico ocupacional realizado, será emitido pelo médico um ASO (Atestado de Saúde Ocupacional). Este atestado é emitido em 2 vias, sendo que a 1ª via deve ser arquivada no local de trabalho do funcionário (inclusive canteiro de obras e frentes de trabalho) e a 2ª entregue ao funcionário.

Vale destacar que estes exames são de caráter preventivo, e tem a intenção de ras-trear, diagnosticar precocemente agravos à saúde relacionados diretamente às atividades da empresa e do funcionário.

(7)

Venda de gás natural para

residências cresce 125%

O número de unidades domiciliares atendidas pela Companhia Paranaense de Gás (Compagas) cresceu nos últimos dois meses. No total foram 286 novas residências que passaram a consumir o gás natural, dado que representa um crescimento de 125% em comparação ao mesmo período de 2008. O volume de gás natural ven-dido para o segmento também obteve bons resultados. “Registramos um acréscimo de 92% em janeiro e 53% em fevereiro. Estes dados comprovam que a cultura gás natural está sendo ampliada no mercado residencial do Paraná”, afirma o gerente de vendas urbano da Compagas, Mauro Melara.

Inscrições abertas para o

Prêmio Master Imobiliário

Estão abertas as inscrições de cases de excelência no atendimento das necessi-dades imobiliárias da população para o Prêmio Master Imobiliário. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de maio. Conhecido como o “Oscar” do mercado imobiliário nacional, ele premia os maiores destaques do setor. A cerimônia de premiação será no dia 23 de setembro, às 19h, no Clube Atlético Monte Líbano. Mais informações no site www.premiomasterimobiliario.com.br ou pelo telefone (11) 5078-7778.

Caixa simplificará aprovação

de projetos do setor

A Caixa Econômica Federal deve cortar algumas especificações técnicas às cons-trutoras para aprovação de projetos do setor. A informação foi dada ontem pela

presidente da instituição, Maria Fernando Coelho, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Segundo Maria Fernanda, as especificações técnicas vão cair de 254 para 54. A CBIC comemora a decisão. Para o presidente da entidade, Paulo Safady Simão, a medida é ex-tremamente importante para garantir que o pacote habitacional que o governo prevê lançar este mês, já que a Caixa exige uma série de procedimentos buro-cráticos que dificultam a aprovação dos projetos das empresas. De acordo com a Caixa, também haverá mudança no seguro de vida contratado nos financia-mentos habitacionais.

Conheça as empresas licenciadas

para o transporte de resíduos

Conforme informações repassadas pela Acertar (Associação dos Transporta-dores de Resíduos de Curitiba e Região), segue abaixo a lista das empresas as-sociadas à entid que apresentaram, até o mês de março de 2009, as Autorizações de Licença de Operação concedidas pela Secretaria do Meio Ambiente e pelo IAP (Instituto Ambiental do Paraná):

Empresas licenciadas.Ágape Caçambas - (Madife Caçambas Ltda.) • Intersept Ltda. • Airton Santos Transportes Rodoviários Ltda. • Alves & Iung Transportes de Residuos Ltda. • ARS - Transportes e Coleta de Resíduos • Bíscaro & Filho Ltda. • Caçambas Nichele Ltda. • Deutrans Serviços Ltda. • Entulhos São Braz Ltda. • Fainetrans Paraná Transportes Ltda. • Fênix Transportes de Residuos Ltda. • Gerson Victor Opis • HMS Transportes e Locação de Caçambas Ltda. • L Fontana Transportes Ltda. • Locaçambas Transportes de Resíduos Ltda. • Luis Henrique Finatti – Trans. Excesso Transporte de Resíduos. • Resitran Transporte e Coleta de Resíduos Ltda. • Retipel Locação de Caçambas para Resíduos Ltda. • SLB Transporte e Locação de Equipamentos Ltda. • Trans Grand de Fabiano Grand • Transajax Transportes Ltda. • Trans-Higiene Transportes Ltda. • Translirios Locação de Caçambas Ltda. • Transportadora Transfiorese Ltda.

(8)

NÃO RARAS VEZESos contratos ad-ministrativos se prolongam para além dos prazos originariamente previstos. Isso ocorre freqüentemente por fatos alusivos à própria Administração Pública, como al-teração de projeto, retardamento da execução por problemas orçamentários, etc. O problema é que boa parte dos con-tratos é firmado originariamente em prazo inferior a 12 meses. Assim sendo, em vista da limitação legal em aplicar reajustamento a contratos cujo prazo seja inferior a 12 meses (trazida com o Plano Real, imposta mais especialmente pela Lei nº 10.192/2001), tais contratos não têm, como regra, previsão de reajuste. Mas ao se prolongar o prazo contratual para além dos 12 meses surge não apenas a possibili-dade de aplicação do reajuste como um di-reito do contratado a que isso ocorra.

É que a Lei nº 8.666/93 exige, nos termos do inciso XI do art. 40, a aplicação de reajuste aos contratos administrativos

em geral. Esse dever de previsão de reajuste só é afastado para as hipóteses em que o prazo do contrato se contenha dentro dos 12 meses. Se, por qualquer motivo que seja (estranho à vontade do contratado), o prazo, na prática, tiver de ser ampliado, ex-trapolando-se os 12 meses, nasce o direito ao reajuste.

Por isso, mesmo que o contrato não preveja explicitamente o reajuste naqueles contratos com prazo originário inferior a 12 meses, é dever da Administração aplicá-lo na hipótese de dilatação do prazo. Deverá aplicar um índice setorial específico ao ramo de atividade do contrato.

Esta orientação vem sendo acolhida pelo Tribunal de Contas da União, como se depreende do Acórdão n 474/2005 (Plenário – Relator Ministro Augusto Sherman Cavalcanti), que é explícito ao prescrever o dever de reajustamento para contratos de período que transcenda os 12 meses.

I

OPINIÃO

O direito ao reajuste nos contratos administrativos

Fernando Vernalha Guimarães - Doutor em Direito Econômico pela UFPR, Advogado e Consultor em Licitações e Contratos (inclusive do Sinduscon-PR).

Deve-se notar, também, que o perío-do para o qual se calcula a limitação perío-dos 12 meses ao reajuste tem por termo ini-cial a data de oferecimento da proposta na licitação. A partir desta data, aos contratos que excederem os 12 meses, será devido o reajuste, aplicando-se o índice setorial es-pecífico.

Lembre-se, por fim, que a disciplina do reajuste não se confunde com o rea-linhamento de preços (pela alta impre-visível e aguda no preço de certos in-sumos). O realinhamento de preços (como já comentei em editorial anterior) pode ser devido independentemente do reajuste e do prazo do contrato. Basta que haja uma explosão no preço de certos itens, em qualquer fase da execução do contrato (ou até mesmo antes dessa), hipótese em que a Administração deverá reconduzir aqueles preços específicos (de cada insumo cujo custo se alterou) aos novos parâmetros de referência.

Referências

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