Resolu¸c˜
ao da Matriz Inversa de Vandermonde
por Fatora¸c˜
ao LU
Turma A de MA141
Unicamp
Resumo
A Matriz de Vandermonde ´e definida como uma matriz que tenha a primeira coluna apenas com o elemento 1, e os demais elementos aparecendo na forma vi,j = x
j−1
i . Neste trabalho, buscamos obter uma f´ormula fechada que possa
ser usada na matriz de Vandermonde para se obter sua inversa (uma matriz que quando multiplicada por ela resulta na matriz Identidade). Para isso, utilizamos a decomposi¸c˜ao em matrizes L e U , sendo U uma matriz triangular superior e L uma matriz triangular inferior. Obtivemos a f´ormula geral de L, a f´ormula geral de U e as f´ormulas gerais de L−1 e de U−1. Provamos, por indu¸c˜ao, que o produto L · U ´e igual `a matriz de Vandermonde e, finalmente, juntamos essas informa¸c˜oes para produzir a f´ormula desejada.
Dados
1. Toda matriz de Vandermonde inversa (V−1) pode ser escrita na forma V−1 = U−1L−1, sendo U−1 uma matriz triangular superior e L−1 uma matriz triangular inferior.
2. Se L−1 ´e triangular inferior, L ´e triangular inferior. 3. Se U−1 ´e triangular superior, U ´e triangular superior. 4. (At)−1 = (A−1)t 5. ((A−1)t)t= A−1 6. V−1 = U−1L−1 ⇐⇒ V−1 = (LU )−1 ⇐⇒ V · V−1 = V (LU )−1 ⇐⇒ I = V (LU )−1 ⇐⇒ V = LU 7. Vt = (LU )t ⇐⇒ Vt = Ut· Lt ⇐⇒ Vt = L 1 · U1 ⇐⇒ (Vt)−1 = U1−1· L−11
Inversa de V nos casos 2 × 2 e 3 × 3
Calculamos sem fazer nenhum m´etodo de simplifica¸c˜ao ou fatora¸c˜ao:
Vn×n = 1 x1 x21 · · · x n−1 1 1 x2 x22 · · · xn−12 1 x3 x23 · · · x n−1 3 .. . ... ... . .. ... 1 xn x2n · · · xn−1n n×n (1) V2×2−1 = y y−x −x y−x −1 y−x 1 y−x 2×2 (2) V3×3−1 = yz (x−y)(x−z) −xz (x−y)(y−z) xy (x−z)(y−z) −(y+z) (x−y)(x−z) x+z (x−y)(y−z) x+y (x−z)(z−y) 1 (x−y)(x−z) −1 (x−y)(y−z) 1 (x−z)(y−z) 3×3 (3)
1
A Matriz U
1.1
Encontrando a matriz U
Vamos utilizar a transposta da matriz de Vandermonde Vt pois ela nos
ofer-ece propriedades melhores que a matriz V . Quando encontrarmos a matriz (Vt)−1 basta transpor o resultado que iremos obter a matriz V−1.
Vt = LU
Chamaremos de U uma matriz triangular superior obtida atrav´es do escalon-amento de Vt.
Exemplo para matrizes 3 × 3: 1 1 1 x1 x2 x3 x21 x22 x23 L2 ← L2− x1L1 L3 ← L3− x21L1 1 1 1 0 (x2− x1) (x3− x1) 0 (x2 2− x21) (x23− x21) L3 ← L3− x2 2− x21 x2− x1 L2 1 1 1 0 x2− x1 x3− x1 0 0 (x3− x1)(x2 − x1) = U3×3 (4)
Neste caso, encontramos a matriz U . Observe que cada opera¸c˜ao pode ser descrita como o produto de Vt por uma matriz elementar:
E3· E2· E1· Vt = U3
E · V3 = U3
Como Vt= LU , ent˜ao L−1· Vt= U . Portanto:
E = L−13 (5)
Ent˜ao L−1 ´e sempre dado pelo produto das matrizes elementares que geram a matriz U a partir de Vt.
1.2
An´
alise das matrizes U
2×2, U
3×3, U
4×4Apenas fazendo as opera¸c˜oes com as linhas (Jacobi) encontramos os valores de U . U2×2= 1 1 0 (x2− x1) (6)
U3×3 - dada no exemplo anterior (4) U4×4= 1 1 1 1 0 (x2− x1) (x3− x1) (x4 − x1) 0 0 (x3− x1)(x3− x2) (x4− x1)(x4− x2) 0 0 0 (x4− x3)(x4 − x2)(x4− x1) (7) Analisando os casos U2×2, U3×3 e U4×4, vemos que a sequˆencia segue
clara-mente um padr˜ao. Na linha 2 temos (xj − x1). Na linha 3 temos (xj −
x1)(xj − x2). Na linha 3, temos (xj − x1)(xj − x2)(xj − x3). Isso nos leva a
pensar que na linha 5 teremos (xj − x1)(xj− x2)(xj− x3)(xj− x4).
Dessa forma, Un×n pode ser dada pela lei de forma¸c˜ao
uij = 1 se i = 1 i−1 Y k=1 (−xk+ xj) se j ≥ i 0 se j < i (8)
1.3
Inversa de U
Com a lei de forma¸c˜ao de U (8), podemos estudar a matriz U−1. Fazendo U2×2−1 , U3×3−1 e U4×4−1, obtemos: (tomando x1 = x, x2 = y, x3 = z, x4 = w) U2×2−1 =1 −1 y−x 0 x−y−1 2×2 (9) U3×3−1 = 1 y−x−1 (z−x)(y−x)1 0 x−y−1 (z−y)(x−y)1 0 0 (x−z)(y−z)1 3×3 (10) U4×4−1 =
1 y−x−1 (z−x)(y−x)1 (z−x)(y−x)(w−x)−1 0 x−y−1 (z−y)(x−y)1 (z−y)(w−y)(x−y)−1 0 0 (x−z)(y−z)1 (w−z)(x−z)(y−z)−1 0 0 0 (x−w)(y−w)(z−w)−1 (11)
Analisando essas matrizes, podemos tirar diversas rela¸c˜oes interessantes: • Os termos das colunas pares est˜ao na forma em que o numerador da
• Todos os termos n˜ao nulos, tirando o u−11,1aparecem na forma n1
i,j, sendo
n uma produt´orio.
• Os termos aparecem sempre na forma de 1
n−xi, podendo ou n˜ao estarem
em um produt´orio.
• A cada coluna que avan¸camos os termos dos produt´orios aumentam um termo.
Com essas rela¸c˜oes calculamos a lei de forma¸c˜ao de u−1i,j:
u−1i,j = 1 se i = j = 1 (−1)1+j· j Y k=1 1 xk− xi , k 6= i se j ≥ i 0 se j < i (12)
2
A Matriz L
2.1
Encontrando L
Vimos que Vt = LU , ou seja, Vt · U−1 = L. Podemos calcular l
i,j pela defini¸c˜ao li,j = n X k=1 vi,kt · u−1k,j Sabendo que, por defini¸c˜ao, vij = x−1+ij e
u−1i,j = 1 se i = j = 1 (−1)1+j· j Y k=1 1 xk− xi , k 6= i se j ≥ i 0 se j < i
Para calcular li,j ´e necess´ario dividir em casos.
Calculando para li,1:
li,1 = n
X
k=1
li,1 = vi,1t · u −1 1,1+ *0 n X k=2 vti,k· u−1k,1
Como j = 1 e k sempre ser´a maior que 1, o termo u−1k,j ser´a 0. Como, ainda, vt
i,1 ser´a igual a x −1+i
1 e o termo u −1
1,1 ser´a igual a 1, temos que:
li,1 = x−1+i1 (13)
Calculando para li,j: (sendo j 6= 1)
li,j = n X k=1 vi,kt · u−1k,j li,j = * 0 n X k=j+1 vi,kt · u−1k,j+ j X k=1 vi,kt · u−1k,j li,j = j X k=1 x−1+ik · j Y m=1 1 xm− xk ! · (−1)j+1 , m 6= k (14)
Logo, por (13) e (14), temos que:
li,j = x−1+i1 se j = 1 j X k=1 x−1+ik · j Y m=1 1 xm− xk ! · (−1)j+1 , m 6= k se j ≥ 2 (15)
Exemplos 2 × 2 e 3 × 3 dessa matriz L Com a lei de forma¸c˜ao, calculamos:
L2×2= 1 0 x 1 L3×3= 1 0 0 x 1 0 x2 y2−x2 y−x 1
2.2
A inversa de L
Tendo a lei de forma¸c˜ao de L, podemos fazer diversas matrizes e calcular a inversa: L−12×2= 1 0 −x 1 L−13×3 = 1 0 0 −x 1 0 xy −x − y 1 L−14×4 = 1 0 0 0 −x 1 0 0 xy −(x + y) 1 0 −xyz (xy + zy + zx) −(x + y + z) 1 L−15×5 = 1 0 0 0 0 −x 1 0 0 0 xy −(x + y) 1 0 0 −xyz (xy + zy + zx) −(x + y + z) 1 0 xyzw −(xyz + xyw + xzw + yzw) (xy + xz + xw + yz + yw + wz) −(x + y + w + z) 1
Obs: x1 = x; x2 = y; x3 = z; x4 = w. Notamos duas propriedades
interes-santes de L−1:
• A cada linha aparece um novo termo, e esses termos fazem as possveis combina¸c˜oes de produtos, e essas combina¸c˜oes se somam
• Os elementos nos quais (i+j) ´e par, s˜ao positivos. Os elementos nos quais a soma (i+j) ´e ´ımpar, s˜ao negativos.
Para criarmos uma equa¸c˜ao fechada dessa matriz, vamos introduzir um o-perador M, para que as express˜oes n˜ao se tornem t˜ao extensas e que funcione para prop´osito que queremos.
2.3
O operador M
O operador M serve para calcularmos a somat´orio da combina¸c˜ao de produ-tos. Ele ´e escrito como:
Mk(x1, x2, · · · , xn)
onde (x1, x2, · · · , xn) s˜ao os termos que queremos combinar e k indica de
Ex: Vamos calcular M2(a, b, c).
Para isso, devemos calcular as combina¸c˜oes dos produtos 2 a 2. M2(a, b, c) = ab + ac + bc
Ex: Vamos calcular M3(3, 4, 5, 6).
M3(3, 4, 5, 6) = 3 · 4 · 5 + 3 · 4 · 6 + 3 · 5 · 6 + 4 · 5 · 6 = 342
Ex: Vamos calcular M1(x1, x2, · · · , xn).
M1(x1, x2, · · · , xn) = x1+ x2+ · · · + xn= n
X
m=1
xm
Obs: Por defini¸c˜ao, M0 = 1.
2.4
A aplica¸
c˜
ao de M
Com o operador M, podemos facilmente escrever a matriz L−14×4 da seguinte forma: L−14×4= 1 0 0 0 −M1(x) M0(x) 0 0 M2(x, y) −M1(x, y) M0(x, y) 0 −M3(x, y, z) M2(x, y, z) −M1(x, y, z) M0(x, y, z) Logo, achamos a lei de forma¸c˜ao de l−1i,j:
l−1i,j = 0 se j > i (−1)i+j · M i−j(x1, x2, · · · , xi−1) se j ≤ i 1 se i = j = 1 (16)
3
Indu¸
c˜
ao
3.1
Indu¸
c˜
ao de LU
Para provar que a matriz L multiplicada pela matriz U sempre gera a trans-posta da matriz de Vandermonde, precisamos provar por indu¸c˜ao. Para uma matriz 2 × 2:
L =1 0 x 1 e U =1 1 0 y − x LU = 1 0 x 1 ·1 1 0 y − x =1 1 x y = Vt Hip´otese: xi−1j = n X k=1 li,k · uk,j Tese: xi−1j = n+1 X k=1 li,k · uk,j Para j = 1: xi−11 = n X k=1 li,k · uk,1 xi−11 = li,1· *1 u1,1+ n X k=2 li,k · uk,1
Pela lei de forma¸c˜ao de ui,j, n
X
k=2
li,k · uk,1 deve ser igual a 0. Logo
xi−11 = li,1 (17) Para j ≥ 2: Hip´otese: xi−1j = n X k=1 li,k · uk,j Tese: xi−1j = n+1 X k=1 li,k · uk,j
Pela hip´otese, xi−1j = n X k=1 li,k · uk,j
Para n = 2, foi conferido. A f´ormula fechada de L ´e: (15) li,j = x−1+i1 se j = 1 j X k=1 x−1+ik · j Y m=1 1 xm− xk ! · (−1)j+1 , m 6= k se j ≥ 2 A f´ormula fechada de U ´e: (8) uij = 1 se i = 1 i−1 Y k=1 (−xk+ xj) se j ≥ i 0 se j < i Queremos mostrar que:
vi,jt = n X k=1 li,k · uk,j ou seja xi−1j = n X k=1 li,k · uk,j Desse modo xi−1j = li,1· *1 u1,j+ n X k=2 li,k · uk,j xi−1j = li,1+ j X k=2 li,k · uk,j+ * 0 n X k=j+1 li,k · uk,j xi−1j = li,1+ j X k=2 li,k · uk,j (18)
Pela tese n+1 X k=1 li,k · uk,j = li,1· *1 u1,j+ n+1 X k=2 li,k· uk,j = li,1+ j X k=2 li,k · uk,j+ * 0 n+1 X k=j+1 li,k· uk,j = li,1+ j X k=2 li,k· uk,j
E temos, por (18), que
li,1+ j
X
k=2
li,k · uk,j = xi−1j
Logo a multiplica¸c˜ao L · U gera a transposta da matriz de Vandermonde, ∀ n ∈ N.
3.2
Indu¸
c˜
ao de U
−1 Testando para n = 2 U2×2· U2×2−1 = 1 1 0 (x2− x1) ·1 −1 x2−x1 0 x−1 1−x2 =1 0 0 1 Hip´otese: n X k=1 ui,k · u−1k,j = In Tese: n+1 X k=1 ui,k · u−1k,j = In+1 Para i = j = 1: x = n X k=1 u1,k· u−1k,1 x = u1,1· u−11,1+ *0 n X k=2 u1,k · u−1k,1x = 1 Para i = 1 e j 6= 1: Hip´otese: n X k=1 u1,k · u−1k,j = 0 Tese: n+1 X k=1 u1,k · u−1k,j = 0
Pela hip´otese:
n X k=1 u1,k · u−1k,j = 0 Como u1,k = 1: n X k=1 u−1k,j = 0 j X k=1 u−1k,j+ > 0 n X k=j+1 u−1k,j = 0 j X k=1 u−1k,j = 0 (19) Pela tese: n+1 X k=1 > 1 u1,k · u−1k,j j X k=1 u−1k,j+ 0 n+1 X k=j+1 u−1k,j E temos, por (19): j X k=1 u−1k,j = 0
Para i = j 6= 1: Hip´otese: n X k=1 ui,k · u−1k,j = 1 Tese: n+1 X k=1 ui,k · u−1k,j = 1
Chamando, pela hip´otese:
n X k=1 ui,k· u−1k,j = 1 como i = j, *0 i−1 X k=1
ui,k · u−1k,i + ui,i· u−1i,i +
* 0 n X k=i+1 ui,k · u−1k,j = 1 ui,i· u−1i,i = 1 (20) Pela tese: n+1 X k=1 ui,k · u−1k,j = 0 Como i = j, *0 i−1 X k=1
ui,k · u−1k,i + ui,i· u−1i,i +
* 0 n+1 X k=i+1 ui,k · u−1k,j = 1 Por (20) temos: ui,i· u−1i,i = 1 Para i 6= j e i 6= 1: Hip´otese: n X k=1 ui,k · u−1k,j = 0 Tese: n+1 X k=1 ui,k · u−1k,j = 0
Pela hip´otese, n X k=1 ui,k · u−1k,j = 0 j X k=1 ui,k· u−1k,j+ * 0 n X k=j+1 ui,k· u−1k,j = 0 j X k=1 ui,k · u−1k,j = 0 (21)
Pela tese, temos
n+1 X k=1 ui,k · u−1k,j j X k=1 ui,k· u−1k,j+ * 0 n+1 X k=j+1 ui,k· u−1k,j
Por (21), temos que
j
X
k=1
ui,k · u−1k,j = 0
Logo, como foi testado para o caso de n = 2, U−1 realmente ´e a inversa de U .
3.3
Indu¸
c˜
ao de L
−1 Para n = 2: L · L−1 =1 0 x 1 · 1 0 −x 1 =1 0 0 1 Hip´otese: n X k=1 li,k · l−1k,j = In Tese: n+1 X k=1 li,k · l−1k,j = InPara i = j = 1: n X k=1 l1,k· l−1k,1= 1 l1,1· l1,1−1+ *0 n X k=2 l1,k· lk,1−1 = 1 l1,1· l−11,1 = 1 Para i = j 6= 1: Hip´otese: n X k=1 li,k · l−1k,j = 1 Tese: n+1 X k=1 li,k · l−1k,j = 1
Pela hip´otese, como i = j:
n X k=1 li,k · l−1k,i = 1 > 0 i−1 X k=1
li,k · l−1k,i + li,i· li,i−1+
*0 n X k=i+1 li,k· l−1k,i = 1 li,i· l−1i,i = 1 (22)
Pela tese, como i = j, temos
n+1
X
k=1
> 0 i−1 X k=1
li,k · l−1k,i + li,i· li,i−1+
*0 n+1 X k=i+1 li,k · l−1k,i Por (22) temos: li,i· l−1i,i = 1 Para i 6= j 6= 1: Hip´otese: n X k=1 li,k · l−1k,j = 0 Tese: n+1 X k=1 li,k · l−1k,j = 0
Pela hip´otese:
n X k=1 li,k · l−1k,j = 0 j X k=1 li,k · l−1k,j+ *0 n X k=j+1 li,k· l−1k,j = 0 j X k=1 li,k · l−1k,j = 0 (23)
Pela tese, temos
n+1 X k=1 li,k · l−1k,j j X k=1 li,k · l−1k,j+ *0 n+1 X k=j+1 li,k · l−1k,j Por (23), temos j X k=1 li,k · l−1k,j = 0
Como para n = 2 foi verificado, temos que L · L−1 sempre ser´a igual `a matriz identidade.
4
Encontrando V
i,j−1 Como (Vt)−1 = U−1· L−1 (Vt)−1i,j = n X k=1 u−1i,k · l−1 k,j Vi,j−1 = n X k=1 u−1j,k · l−1k,i (24) onde u−1i,j = 1 se i = j = 1 (−1)1+j · j Y n=1 1 xn− xi , n 6= i se j ≥ i 0 se j < i e l−1i,j = 0 se j > i (−1)i+j · M i−j(x1, x2, · · · , xi−1) se j ≤ i 1 se i = j = 14.1
F´
ormula fechada para V
−1(vti,j)−1 = n X k=1 u−1i,k · l−1k,j Para i = j = 1 temos: (v1,1t )−1 = n X k=1 u−11,k · l−1 k,1 (v1,1t )−1 = u−11,1· l−11,1+ n X k=2 u−11,k · lk,1−1
(vt1,1)−1 = 1+ n X k=2 " (−1)1+k· k Y h=1 1 xh− x1 ! · (−1)k+1· M k−1(x1, · · · , xk−1) # , h 6= 1 Transpondo, temos (v1,1)−1 = 1 + n X k=2 " k Y h=1 1 xh− x1 ! · (Mk−1(x1, · · · , xk−1)) # , h 6= 1 Para i, j ∈ N \ {1, 1}: (vti,j)−1 = n X k=1 u−1i,k · l−1k,j (vti,j)−1 = *0 max{i,j}−1 X k=1 u−1i,k · l−1k,j+ n X k=max{i,j} u−1i,k · l−1k,j (vi,jt )−1= n X k=max{i,j} u−1i,k · l−1k,j (vti,j)−1 = n X k=max{i,j} " (−1)1+k· k Y h=1 1 xh− xi !! (−1)k+j· Mk−j(x1, · · · xk−1) # , h 6= i Transpondo, temos vi,j−1 = n X k=max{i,j} " (−1)i+1· k Y h=1 1 xh− xj ! · Mk−i(x1, · · · xk−1) # , h 6= j
Logo, temos que
v−1i,j = 1 + n X k=2 " k Y h=1 1 xh− x1 ! · (Mk−1(x−1, · · · , xk−1)) # , h 6= 1 (se i = j = 1) n X k=max{i,j} " (−1)i+1· k Y h=1 1 xh− xj ! · Mk−i(x1, · · · xk−1) # , h 6= j (se i, j ∈ N \ {1, 1})
4.2
Exemplos
Calcularemos a inversa da matriz de Vandermonde 2 × 2: C´alculo de U−1: U−1 =1 −1 y−x 0 x−y−1 C´alculo de L−1: L−1 = 1 0 −x 1 U−1· L−1 = −y x−y 1 x−y x x−y −1 x−y Transpondo, temos V−1 = −y x−y x x−y 1 x−y −1 x−y −y x−y x x−y 1 x−y −1 x−y ·1 x 1 y =1 0 0 1
Logo, o exemplo bate.
OBS: O exemplo utilizou o produto convencional apenas para tornar a resolu¸c˜ao mais vis´ıvel e did´atica. A f´ormula fechada funciona da mesma maneira, pois ´e a mesma opera¸c˜ao.
Exemplo 2:
Encontraremos a inversa de V , sendo
V = 1 2 4 1 3 9 1 4 16 Sendo assim, x1 = 2, ; x2 = 3; x3 = 4 C´alculo de U−1: U−1 = 1 3−2−1 (4−2)(3−2)1 0 2−3−1 (4−3)(2−3)1 0 0 (2−4)(3−4)1 = 1 −1 12 0 1 −1 0 0 12
C´alculo de L−1: L−1 = 1 0 0 −2 1 0 2 · 3 −(2 + 3) 1 = 1 0 0 −2 1 0 6 −5 1 U−1· L−1 = 6 −72 12 −8 6 −1 3 −52 1 Transpondo, temos V−1 = 6 −8 3 −7 2 6 −5 2 1 2 −1 1 Verifica¸c˜ao: 6 −8 3 −7 2 6 −5 2 1 2 −1 1 · 1 2 4 1 3 9 1 4 16 = 1 0 0 0 1 0 0 0 1 Logo, o exemplo bate.
Exemplo 3:
Encontraremos a inversa da matriz de Vandermonde 2 × 2 pela f´ormula fechada de V−1. V1,1−1 = 1 + 2 X k=2 " k Y h=1 1 xk− x1 ! · Mk−1(x1, · · · xk−1) # , h 6= 1 V1,1−1 = 1 + 1 x2− x1 · x1 = x2 x2− x1 V1,2−1 = 2 X k=max{1,2} " (−1)1+k· k Y h=1 1 xh− x2 ! · (−1)k+1· M k−1(x1, · · · , xk−1) # , h 6= 2 V1,2−1 = (−1)1+2· 1 x1− x2 · M1(x1) = x1 x1 − x2 = −x1 x2− x1 V2,1−1 = 2 X k=max{2,1} " (−1)1+k· k Y h=1 1 xh− x1 ! · (−1)k+2· M 0(x1, · · · , xk−1) # , h 6= 1
V2,1−1 = (−1)2+1· 1 x2 − x1 · (−1)2+2· 1 = −1 x2− x1 V2,2−1 = 2 X k=max{2,2} " (−1)1+k· k Y h=1 1 xh− x2 ! · (−1)k+2· M 0(x1, · · · , xk−1) # , h 6= 2 V2,2−1 = (−1)1+2· 1 x1− x3 · (−1)2+2· 1 = −1 x1− x2 = 1 x2− x1 Logo, V−1 = x2 x2−x1 −x1 x2−x1 −1 x2−x1 1 x2−x1
5
Conclus˜
ao
Conseguimos, efetivamente, encontrar uma f´ormula fechada para uma matriz de Vandermonde de dimens˜ao n × n, utilizando as matrizes L (triangular inferior) e U (triangular superior). Estudamos a l´ogica de forma¸c˜ao das matrizes L, U , L−1 e U−1 e provamos, por indu¸c˜ao finita, que o produto LU resulta na matriz V . Com isso, pudemos usar os padr˜oes de forma¸c˜ao das matrizes L−1 e U−1 para estabelecer o padr˜ao de forma¸c˜ao da matriz V−1, a inversa da matriz de Vandermonde.