Meteorologia com Radar
ACA 0412
Carlos Augusto Morales
sala 322
carlos.morales@iag.usp.br
Tel: 3091-2711
material do curso:
http://www.storm-t.iag.usp.br/pub/ACA0412
Aulas Teóricas
: Sala 15
Aulas Práticas/Laboratório : Sala 114
ou Sala Sinótica (117)
usuários: curso4
Conteúdo do Curso
História do Radar
Tipos e Instrumentos
Revisão de Ondas Eletromagnéticas e Propagação de Ondas
Equação do Radar
Espalhamento Rayleigh e Mie
Relação Z-R e estimativa de Precipitação
Atenuação
Velocidade Doppler
Polarimetria e estimativa de Precipitação
Previsão de Curtíssimo Prazo
TRMM, CloudSat e GPM
Aulas de Laboratório
- Linux e IDL
- Ler dados de radar, fazer navegação e plotar os
dados de radar
- Interpretar dados de radar simples e polarimétrico
- Fazer correção de atenuação de chuva
- Fazer estimava de precipitação
- Fazer cortes transversais e analisar perfil vertical da
chuva.
Avaliação
Nota Final = (Média das Lista + Trabalho/Monografia)/2
Listas de Exercício:
Média das Listas de exercício e dos Exercícios de Laboratório
As Listas de exercício serão distribuídas ao longo do curso. O prazo de entrega será de uma semana a partir da
distribuição da mesma. No caso de atraso, haverá um desconto de 10% da nota para cada dia não entregue.
Exercícios de laboratório serão distribuídos durante as aulas práticas para que os mesmos sejam entregues no final da aula. A nota é válida somente para os alunos presentes. Trabalho/Monografia: Ao final do curso (27 de Junho de
2019), cada aluno irá apresentar um seminário (15 min) e entregar uma monografia/trabalho que poderá versar sobre análise dos dados, revisão bibliográfica, estudo de casos, desenvolvimento de software e etc. Os temas serão
distribuídos e definidos em sala de Aula e o tópico será
definido até dia 28 de Março de 2019. Caso ocorra plágio o aluno estará reprovado automaticamente.
Referências Bibliográfica
Battan (1973) Radar Observation of the Atmosphere
Doviak and Zrnic (1984, 1993) Doppler Radar and Weather Observations, Academic Press, Second Edition
Bringi and Chandrasekar (2001) Polarimetric Doppler Weather Radar, Cambridge Press
http://gnuplot.sourceforge.net
e
IDL: http://www.dfanning.com/ ou
http://www.exelisvis.com/Support.aspx
IDL – Free - http://gnudatalanguage.sourceforge.net Lab. Didático
Username: curso4 Senha: curso4
Diretório: /home/curso4-share/Radar_2019/Aluno
Radar Radio Detection and Ranging
Arte de detectar objetos através dos ecos
de ondas de rádio e assim determinar a sua
direção e alcance,
além de reconhecer as
suas características
O termo
objeto
significa qualquer alvo
suspenso na atmosfera que retorna uma
potência detectável no receptor.
No nosso
caso, os alvos são os hidrometeoros
(gotículas de nuvem, gotas de chuva,
cristais e pedras de gelo).
Sensoriamento Remoto
Ativo
Radar
Passivo
Algumas aplicações na área de Meteorologia
• Estimativa de precipitação – Principal
• Previsão de enchentes e alagamentos • Identificação de tempo severo
• Detalhamento da estrutura 3D da precipitação •Medidas de vento – Horizontal e Vertical
•Detecção de turbulência e cisalhamento •Previsão de curtíssimo prazo
•Detecção de granizo e gelo para aviões e tempo severo •Classificaçãodos dos hidrometeoros
•Identificação das regiões de derretimento de gelo •Detecção de meso-ciclones, tornados e downburst •Assimilação de dados
Um breve relato da história
•
Christian
Hulsmeyer
(1904) desenvolveu um
instrumento que detectava a presença de navios.
Durante um experimento de comunicação
montado às margens do rio Potomac nos
Estados Unidos, sinais de rádio eram
transmitidos de uma margem a outra.
Entretanto quando navios passavam entre o
caminho descrito pelas duas torres
(transmissão e recepção) foram observadas
flutuações de intensidade no sinal da
•
Em 1917, Tesla projeta um gerador de
frequência e potência que é o princípio de
um radar. Neste época ele também esboça
o conceito de um radar primitivo que
poderia rastrear embarcações
•
“
...by their [standing electromagnetic short
waves] use we may produce at will, from a
sending station, an electrical effect in any
particular region of the globe; [with which] we
may determine the relative position or course of a
moving object, such as a vessel at sea, the distance
traversed by the same, or its speed".
•
Na década de 1930, o primeiro radar
pulsado (distância) foi desenvolvido por
pesquisadores Britânicos, Alemães,
Franceses e Americanos com o objetivo de
aprimorar o Sistema de defesa.
•
Em 1935 o governo Britânico solicita ao
Físico Escocês Robert Watson-Watt
que fizesse o “raio da morte”, pois os
Nazistas já faziam propaganda que
dispunham de um.
•
Em 1940, Robert Watson-Wat com a
ajuda de John Randall e Henry Boot da
Universidade de Birmingham inventam
a válvula de potência Magnetron.
•
Está válvula produzia pulsos de ondas
de rádio que permitiam a detecção de
aviões inimigos da RAF
•
Em 20-Fevereiro-1941 um radar de 10-cm
(banda S) rastreia nuvens de chuva,
porém
o Laboratório de radiação do MIT já tinha
feito observações similares no começo de
1940.
•
Ryde (1941) também já havia previsto tal
•
Em 1943, O MIT começa a treinar os
meteorologistas da U.S. Air Force no uso de
um radar meteorológico.
•
1943 – Primeiro radar meteorológico
operacional é instalado no Panamá
•
Basicamente a área de meteorologia por radar
Avanços
1940-50 desenvolvimento da técnica Doppler.
Ela é utilizada para medir a velocidade de
propagação dos alvos em relação ao radar
(velocidade radial);
Década de 1950 -
Por causa dos Furacões
Carol e Edna
, o Instituto de Meteorologia dos
EUA solicita a implantação de uma rede de
radares meteorológicos.
Em 1958 a Raytheon inicia a produção de 31
WSR 57 (Weather Surveillance Radar
-Banda S)
Entre 1976-1981 a EEC atualiza os radar
para a versão WSR 74C
Avanços
1970-80 estudos teóricos revelam que a
polarimetria poderia ser empregada para a
identificar granizo e estimar a precipitação com
melhor acurácia; Seliga e Bringi (1976)
1978 Universidade de Chicago e o Instituto de
pesquisas hídricas de Illinois desenvolvem o 1º
radar Polarimétrico: CHILL Radar
1990 o CHILL é transferido para a CSU
Na década de 1990 é implementado o Next
Generation Radar – NEXRAD e 131 WSR-88D
radares Doppler são instalados nos EUA
A partir de 2010 os WSR-88D são atualizados
para incorporarem dupla polarização
No Brasil
1974 - 1º radar meteorológico foi
instalado no IPMet/UNESP Bauru
1974-1979 - Radar Banda-C da EEC
Analógico e com câmera fotográfica
1985 – Jan-Junho - Radar Banda C é instalado
em Petrolina – Pernambuco pelo IEA/CTA. Foi
utilizado para avaliar o campo de chuva no
semi-árido do NEB.
1987 – Radar que combina Banda X e S é
instalado em Fraiburgo (SC) para supressão de
granizo.
1989 - 1º radar meteorológico Banda S brasileiro
é instalado em Salesópolis. USP/CTH/DAEE
1992 - 1º radar meteorológico Doppler Banda S é
instalado e substitui o radar banda C de Bauru.
Final da década de 90 o IPMET instala um outro
Radar Doppler Banda S em Presidente Prudente
1993 - 1º radar meteorológico Doppler Banda X
é instalado em Fortaleza, FUNCEME, para
estudos de física das nuvens.
1990-2000 TECSAT recebe financiamento da
FAB/INFRAERO para desenvolver tecnologia
nacional e construir radares meteorológicos
Doppler Banda S para o DECEA. Entregou 6
(DF, SP, RJ, SC, 2RS) (Pareceria com a
Gematronik e GAMIC)
1998 – Doppler Banda S – Teixeira Soares
-Paraná – SIMEPAR
2001 – Banda C de Bauru é transferido para
2002 – 10 Radares Doppler Banda S são
instalados na Amazônia – Projeto SIVAM (São
Gabriel da Cachoeira, Cruzeiro do Sul, Porto
Velho, Tabatinga, Tefé, Manaus, Boa Vista,
Santarém, Macapá e Belém)
2006/2007 – 1
oRadar Doppler Polarimétrico
banda X móvel - MXPOL – IAG/USP
2009 – 1
oRadar Doppler Polarimétrico banda X
operacional – CTA/CLA
2010 – ATMOS entrega em São Luiz do
Maranhão, um radar Doppler Banda S, 11º radar
do SIPAM.
2011 – IACIT entrega em Quixeramobim um radar
2012 – CEMIG instala um radar Doppler Banda C
de Dupla Polarização em Mateus Leme – MG.
2013 – 2014 – CEMADEN Instala de 9 Radares
Meteorológicos Doppler Banda S de Dupla
Polarização no (Natal (RN), Petrolina (PE),
Maceió (AL), Salvador (BA), Almenara (MG), São
Francisco (MG), Três Marias (MG), Santa Teresa
(ES) e Jaraguari (MS)
2013/2014 – DAEE/FCTH instala Radar Banda S
Doppler de Dupla Polarização em Salesópolis
para substituir o antigo radar da McGuill
2013 - Centro Capixaba de Monitoramento
Hidrológico instalou um Radar Doppler Banda S
de Dupla Polarização em Aracruz (ES)
2014 – SIMEPAR instala radar Banda S Doppler
de Polarização Circular em Cascavel
2014 – EPAGRI/CIRAM instalam radar Banda S
Doppler Dupla Polarização em Lontras (SC)
2014 – CLIMATEMPO instala um radar
meteorológico banda X na USP/LESTE
2014 – IAG/USP instala um radar meteorológico
banda X na USP/Butantã – CHUVAONLINE
2014 – INEA instala dois radares meteorológicos
Doppler Banda S de Dupla Polarização, sendo um
em Macaé e outro em Guaratiba.
2016 – Defesa Civil de Goiania instalou um
2013-2016 – Projeto entre IAG/FCTH/Novimet e
FASEP propicia o desenvolvimento de um radar
doppler de Dupla Polarização. O radar começa a
funcionar em Junho de 2016 no Parque Cientec
da USP.
2016 - Projeto SOS-CHUVA instala um radar
Doppler Banda X de dupla polarização móvel em
Campinas (até 2018)
2017 – Defesa Civil de Santa Catarina em
Parceria com EPAGRI/CIRAM instalam 2 radares
Doppler Polarimétricos: Banda S – Chapecó e
móvel banda X em Florianópolis.
2017 – Defesa Civil/SIMEPAR instalam mini-radar
2017 –UFRJ/COPPE/FINEP adquirem um radar
Doppler Banda X a ser instalado no aeroporto do
Galeão. Previsão de instalação: Março 2019.
No momento temos 44 radares meteorológico
operacionais no Brasil, mas que não estão
Vigilância
11 - SIPAM 6 - DECEA 9 - CEMADEN 2 - FUNCEME 1 - VALE/ES ** 1 – CEMIG ** 2 - INEA-RJ * 2 - IPMet/UNESP 1 - DAEE/CTH 3 - SIMEPAR 3 - CIRAM-SC 3 – IAG/FCTH & ClimatempoMeteorologia por Radar
Trabalhos teóricos no final de 1940 mostraram que os
“
ecos do tempo
” eram um efeito do espalhamento da
radiação eletromagnética (EM) pelas partículas de
precipitação (interação ressonante da onda EM que
se propaga com o dielétrico, ou seja, a água e o gelo).
Hoje em dia, os radares meteorológicos não somente
detectam hidrometeoros (tanto precipitação como
nuvens),
mas também alvos em “ar-claro” tais como
insetos e aerossóis, como também variações no
índice de refração que estão associados a umidade e
movimentos turbulentos na atmosfera
.Imagem do Radar em 15 de Julho 1960 Furacão Abby próximo de Belize
(Foto do U.S. Navy)
Exemplos de alguns radares
SMART Radar C-band 5 cm Doppler NWS NEXRAD S-band 2.85 GHz (10.5 cm) DopplerPrudente Bauru
Salesópólis
915 MHz Wind Profiler Southern Great Plains ARM-CART site
482 MHz German
Meteorological Service Wind Profiler
28 de Abril 2006
Resolução Espacial: 90 a 450 m
Alcance: 21,6 a 108 km
Potência: 10 kW
Varreduras: PPI e Volumétrica
Modo de Operação: Internet
Potência: 10 kW
Energia: 220V ( < 1,5 kVa)
Instalação: Pedestal/Prédio
Local: Cidade, área remota, móvel
Radar Doppler Banda X de Dupla Polarização fabricado pela NOVIMET
Resolução Espacial: 100 m
Alcance: 60-100 km
Potência: 100 kW
Varreduras: PPI e Vol
Operação: Internet
Classificação dos radares
Radar Primário:
–
Radar Pulsado
–
Radar de onda contínua:
– Modulado
– Não Modulado
Radar Primário
Transmitem sinais de alta freqüência
que são refletidas pelos alvos.
Os ecos
de retorno são recebidos e analisados.
Radar Secundário
Envia sinal codificado sobre alvos e
recebe informações de volta.
Exemplo:
Um avião tem um
transponder (
trans
mitting res
ponder
) a
bordo que recebe um sinal codificado e
ao ser ativado envia de volta diversas
informações (altitude, id, e etc).
A sinal
do radar ativa o transponder.
Ocorre o
mesmo com um míssil!!!
Radar Pulsado
O mais comum.
Uma antena que transmite e recebe
sinal de alta frequência.
O radar transmite pulsos curtos de
radiação eletromagnéticas (EM) e
espera por um eco de retorno.
A posição é determinada pelo tempo de
resposta e posição da antena
Exemplos
Radar Meteorológico
convencional
:
medem somente uma polarização (H ou V);
Radar Doppler
: mede mudanças de
freqüência do eco de retorno para mensurar
se o mesmo esta se afastando ou se
distanciando do radar.
Radar Polarimétrico
: emite e recebe sinal
em diversas polarizações.
Radares Contínuos - CW
Transmitem sinal continuamente
O sinal do eco é recebido e processado
O receptor não precisa estar junto ao
CW
Não modulado: a transmissão do sinal
tem amplitude e freqüência constante.
Utilizados para medir a velocidade –
radar de policia
Modulado: a transmissão do sinal tem
amplitude constante mas não em
freqüência. Utiliza o princípio do tempo
de propagação.
Espectro EM
• A região de micro-ondas compreende a faixa de 300 MHz a 300 GHz do espectro EM, ou em comprimentos de onda de 1 m a 1 mm (f = c/λ )
• Imediatamente acima desta faixa temos a faixa do infravermelho.
• Os espalhamentos Rayleigh e Mie podem ser aplicados para partículas precipitáveis e de nuvem na região de
micro-ondas.
• O espalhamento Bragg também pode ser observado, tipicamente antes do ponto aonde os alvos do regime Rayleigh são produzidos.
• As aplicações de radar se extendem a frequencias de VHF (30-300 MHz): Perfiladores.
• Neste caso, tanto o espalhamento Rayleigh devido a precipitação e o espalhamento Bragg devido ao ar claro são importantes. O espalhamento Bragg está associado ao espalhamento decorrente das flutuações do indíce de refração causado pelas variações de temperatura e umidade dentro de ½ do comprimento de onda da
radiação incidente (alguns metros)
• Potência retornada pelo alvo em um regime Rayleigh Pr 1/4
Espectro e algumas caracteristicas de EM:
Comprimento de onda, [m, cm, mm, m etc]
Frequência, ν ou f [s-1, hertz (hz), megahertz (Mhz), gigahertz (Ghz)
Espectro EM
Banda dos Radares
Bandas W são “radares de nuvens”
Bandas X, C, S e L são “radares de precipitação”
Já Perfiladores de Vento (UHF & VHF; ~50 to 900 MHz; ~6 to 0.3 m)
Características do Radar
O radar pode ser descrito basicamente da seguinte forma:
•Transmissor: produz pulsos de alta potência na freqüência do radar; • Antena: irradia a potência e intercepta o sinal recebido;
•Receptor: detecta, amplifica e transforma o sinal recebido em forma de vídeo e ou digital
•Chave T/R: Comuta a antena entre a transmissão e a recepção a uma alta taxa, tipicamente a cada milisegundo
Transmissor
Fonte de Radiação EM irradiada pelo radar
Gera sinais de alta freqüência que saem pela antena
- 3 Tipos de transmissor: Magnetron, Klystron e Estado Sólido;
Magnetron:
Inventado pelos ingleses em 1939;
Pequeno e gera energia superior a 250 kW
Klystron:
São grandes e são verdadeiros amplificadores; Fácil controle da forma de onda transmitida; Potência superior a 2 MW;
Sinal de saída tem freqüências puras, logo é bem aplicado em radares Doppler;
Estado Sólido:
Pequena potência, ~ 50 W;
Dentro do transmissor existem moduladores que ligam e
desligam o transmissor, possibilitando a correção da forma de onda transmitida. Este mecanismo também controla quando o sinal será transmitido e quanto tempo durará a transmissão.
A taxa com que o radar transmite é conhecida como PRF (Pulse Repetion Frequency) e é medida em pulsos por segundo ou
Hertz (Hz).
Valores típicos variam de 200 a 3000 Hz.
A partir da definição da PRF podemos determinar a distância máxima que o radar irá operar.
Distância Máxima
O tempo gasto por um onda para atingir o alvo e retornar pode ser descrita como:
mas
onde “c” é a velocidade da luz ( ~3 x 108 m/s) c R T 2 MAX PRF T 1 PRF c RMAX 2
Largura do Volume
A duração do sinal transmitido é definido como duração do pulso (0.1 à 10 s) ou largura (30 à 3000 metros) da
amostragem e define a largura do volume a ser amostrado pelo radar, volume iluminado.
O volume iluminado é comumente definido como
BIN ou Gate
Por outro lado, temos que um radar Meteorológico pulsado consegue caracterizar um alvo com apenar metade da largura do pulso.
Dessa maneira, a largura do BIN pode ser definida como:
Um pulso de 0,1 us 15 metros 1,0 us 150 metros
Antena
• Instrumento que detecta o sinal do radar;
• A maioria das antenas são direcionais, o que permite que elas possam concentrar a energia em uma direção em particular
• O tamanho da antena e a freqüência de operação do radar determinam o volume a ser iluminado;
(graus)
D
λ
=
θ
70
é o comprimento de onda em cm e D o diâmetro da antena em cm.
Guia de Onda
• Meio que conduz a energia transmitida do radar sem perdas; • Define a Polarização da onda EM a ser transmitida;
Receptor
Sistema configurado para detectar o sinal recebido e amplificar os sinais fracos recebidos pela antena;
A maioria dos radares misturam o sinal recebido com um sinal de referência conhecido, que tem uma freqüência diferente da transmitida. Esta mistura converte o sinal
observado a freqüências mais baixas (30 à 60 MHz), as quais são mais fáceis de trabalhar;
Receptor
Estes sistemas estão projetados para detectar um sinal mínimo possível ~ 10-14 W.
Como a Potência transmitida é da ordem de 100-1000 kW.
Expressamos a potência em decibéis (dB), que é a diferença entre as potências P0 e P1, referência/transmitida e retornada:
0 1 10 log 10 ) ( P P dB P
Em geral a potência mínima detectável (MDS – mínimo sinal detectável) no receptor é -103 dBm. Já MDS(R) (mínimo sinal distinguível) é a potência mínima que
pode ser detectada acima do nível de ruído do sistema. Radares extremamente sensíveis podem detectar
sinais mais baixos que -115 dBm.
Detecta chuva
http://www.radartutorial.eu/09.receivers/rx51.en.html
Ruído médio 3 dB
Não detecta Detecta chuva
A medida do radar esta definida pela faixa dinâmica.
A faixa dinâmica de um radar é a faixa de potência que pode ser detectada.
Sendo que sinais baixos podem ser detectados acima do sinal de ruído, porém sinais fortes de tempestades próximas podem saturar o receptor.
Dessa maneira, utilizam-se atenuadores que diminuem a potência de retorno a fatores conhecidos para tempestades próximas do radar.
Faixa dinâmica – X dBM
8 bits 28 = 256
10 bits 210 = 1.024
24 bits 224 = 16.777.216
Intervalos de Classes
Valor mínimo Valor máximo
Por exemplo: Zmin=-32 e Máx=95 dBZ 8 bits delta_Z = 0,5 dBZ
Indicadores ou Display
Sistema de visualização:
- Scopes, Tubo de raios catódicos; - Osciloscópicos;
- Monitores;
Os primeiros indicadores foram os tubos de raios catódicos, ou A-Scope (Azimute) e R-Scope (Range)
PPI – Plan Position Indicator
Indicador de posição no plano. É utilizado para apresentar as varreduras do radar, ou seja, apresenta os sinais
recebidos em um sistema de coordenadas polares com elevação fixa.
Mas no PPI temos que lembrar que o radar esta
instalado sobre a superfície da terra, logo a medida
que o feixe se propaga ele se afasta da superfície
da terra por causa
da curvatura da terra
.
φ= 5
φ= 2
φ= 0
h S r r r r lon0,lat0 lon1,lat1RHI - Range Height Indicator
Quando queremos inspecionar a estrutura vertical de uma tempestade, podemos utilizar o RHI (Indicador de posição e altura). Este produto apresenta o sinal recebido em função da distância e elevação (altura) para azimutes fixos
CAPPI - Constant Altitude Plan Position Indicator
Como o PPI é um indicador do sinal para uma determinada elevação, as vezes é mais conveniente representarmos este sinal a uma altura constante em relação a superfície da terra, uma vez que existe o efeito de curvatura e ângulo de
elevação do radar.
Dessa maneira define-se o CAPPI (Indicador de posição no plano a uma altitude constante ), como a projeção do sinal recebido a uma altura constante.
Este produto é processado após uma coleta completa em diversas elevações (Volume Scan)
USP – Apoio as aulas:
www.radar.iag.usp.br
USP - ChuvaOnline
IPMet/UNESP/Baurú
DECEA/INPE/USP/IPMet-UNESP
http://sigma.cptec.inpe.br/radar/
DECEA/RedeMet
GEO-RIO / CLIMATEMPO
FUNCEME
SAISP/DAEE http://www.saisp.br/geral/logon.jsp?userid=Publico
INEA
– Rio de Janeiro
NÃO DISPONÍVEIS
•
VALE – ESPÍRITO SANTO
Projeto de Parceria entre: IAG/PUSP/CLIMATEMPO/NOVIMET/FASEP/FCTH