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OS IMPACTOS OCASIONADOS PELAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS MEDIANTE Á FORMAÇÃO PROFESSORES E AOS CURRÍCULOS ESCOLARES.

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Academic year: 2021

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OS IMPACTOS OCASIONADOS PELAS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS MEDIANTE Á FORMAÇÃO PROFESSORES E AOS CURRÍCULOS ESCOLARES.

Joyce Oliveira RIBEIRO1

RESUMO

Com as revoluções industriais torna-se factual para discussão os impactos ocasionados por elas na sociedade em geral. Até o momento são quatro, sendo que cada uma delas têm interferência direta na educação, no mercado de trabalho e na prática social dos indivíduos. Suas peculiaridades serão descritas no decorrer do presente trabalho, como os impactos causados por elas na formação inicial de professores, presentes na educação básica, e as atualizações dos currículos escolares, tendo em vista que passam para uma forma global. A forma de se transmitir conhecimento também mudou, tirando o aluno da função de espectador e fazendo-o dele um protagonista, muda-se também a posição do professor, que passa de detentor do conhecimento para mediador da aprendizagem. Dessarte para atingir esses propósitos mencionados neste relato de pesquisa, desenvolvendo-se uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo para melhor embasamento científico, pretende-se estender essa pesquisa para in lócus.

Palavras-chave: Revolução industrial. Currículo escolar. Professor. Aluno 1. INTRODUÇÃO

No decorrer das revoluções, desde o final do século XVIII, a educação perpassa por uma severa adaptação, formar profissionais objetivando o mercado trabalho, transmitindo os conhecimentos necessários aos trabalhadores de modo que atendam às necessidades industriais. Assim a educação na contemporaneidade, situa-se no contexto da quarta revolução industrial, que modifica a forma de pensamento, de relações e de agir do ser humano.

Nesse percurso de tempo desde a primeira revolução até a quarta, os contextos sociais, econômicos e políticos apresentaram um novo cenário, requerendo uma postura profissional diferente dos anos anteriores. Para que a escola consiga acompanhar de forma mínima, é necessário que tenha um currículo flexível e interdisciplinar permitindo seguir todas essas mudanças. Ainda existem incalculáveis definições de currículo, entre elas está a de César Coll (1998, p. 33): “Currículo é um elo entre a teoria educacional e a prática pedagógica, entre o planejamento e a ação, entre o que é prescrito e o que realmente sucede na sala de aula”.

Assim torna-se essencial o diálogo entre formação de educadores e a perspectiva curricular,

1Pós- Graduanda em Gestão do Trabalho Pedagógico – Faculdade Venda Nova do Imigrante-FAVENI. E-mail: oliveirajoyce459@gmail.com.

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pensar em formação de educadores significa:

Pensar a formação de professores é sempre pensar a formação do humano e, nessa perspectiva, se vislumbra a construção de mudanças em qualquer que seja o seu espaço de ação. Mudança entendida como aprimoramento da condição humana, como liberdade de expressão e comunicação e como desenho de possibilidades de um mundo melhor, de uma melhor convivência as entre pessoas (FELDMANN, 2009, p. 75-76)

Seguindo essa mesma perspectiva de diálogo entre formação de educadores e currículo, vai além de meros conteúdos, abrangendo outras esferas como:

questões de poder, tanto nas relações professor/aluno e administrador/professor, quanto em todas as relações que permeiam o cotidiano da escola e fora dela, ou seja, envolve relações de classes sociais (classe dominante/classe dominada) e questões raciais, étnicas e de gênero, não se restringindo a uma questão de conteúdo. (HORNBURG e SILVA, 2007, p.1)

No entanto essas dimensões visam atender as demandas da sociedade na construção do conhecimento, e para que isso ocorra e necessário que o professor tenha um preparo mesmo que de forma mínima, para que consiga produzir e transmitir conhecimentos de forma significativa ao aluno 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760 – 1850)

Marcado pelas ideias iluministas e pela ressalta do capitalismo o século XVIII foi revolucionário, à começar pela primeira revolução industrial iniciada na Inglaterra ao final do século XVIII, apontada como revolução da mecânica devido a invenções como: a utilidade do carvão como fonte de energia, a descoberta da máquina a vapor e a locomotiva, esses fatos trouxeram o proletariado às indústrias, considerando a produção manual para o regime capitalista não era mais proveitoso, diante de uma população que crescia descontroladamente (GONÇALVES, MENDONÇA, 2012).

Os saberes e as técnicas eram organizados por teóricos, as normas e valores praticados sofreram influência de crenças e atitudes morais e religiosas, segundo Schubert (1986), naquela época, centrava-se em valores conceituais como o “bem” e o “mal” ou “justiça” determinados por instituições religiosas e pela família. Sendo assim o currículo nesta época, era pautado nesses valores, e os mediadores eram sacerdotes que exerciam a atividade da docência como secundária, essas pessoas eram credenciadas a exercer a função de mediador pelo fato de saberem ler, escrever, além de terem dialética e oratória.

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1850 – 1945)

Com está revolução, vinha a busca de maiores lucros em relação aos investimentos feitos, levando ao extremo a especialização do trabalho, expandindo a produção. Taylor e Ford foram os fundamentais para essa nova forma de produção material dos bens de consumo, o taylorismo e o fordismo surgem como duas vertentes interligadas da organização científica do trabalho. Cada um aprimorou suas teorias e práticas, em uma sociedade capitalista em que a supremacia burguesa estava

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estabelecida na esfera econômica, o desdobramento urbano era favorecido pelo êxodo rural acelerado, e assim o aumento da classe operária era consequência natural. proletariado (SILVA, GASPARIN,2018).

Para tal, a escola assumiu um papel primordial na formação de mão de obra, pois ela prepara os trabalhadores com o propósito de desenvolver as características necessárias para manuseio das novas tecnologias incorporadas aos processos de produção. Assim o sistema escolar na segunda revolução industrial significou aperfeiçoamento no segmento da alfabetização em massas, pelo ensino público e obrigatório, uma extensão desse ensino até o nível médio, e a criação de escolas técnicas, visto que os objetivos dos homens desse período eram aprender uma profissão para poder fazer parte do mercado de trabalho, destarte a escola pública ensinava o mínimo para que esse indivíduo viva em sociedade, enquanto isso a escola técnica ficava responsável por ensinar procedimentos ou “macetes “de uma dada profissão (SILVA, GASPARIN, 2018).

3. MATERIAL E MÉTODOS

Esse relato de pesquisa foi construído por meio bibliográfico visando um melhor embasamento científico

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1945 – 1999)

Na Terceira Revolução Industrial, destacaram-se as indústrias de alta tecnologia, desenvolvendo-se áreas da genética, robótica, informática, telecomunicações, eletrônica, entre outras. É importante frisar que, durante quase toda a história, foi muito comum que primeiro se conhecesse algo na prática e depois viesse a teoria e a ciência. Esta não se apropriou e nem se incorporou à empresa capitalista, mas o inverso (BRAVERMAN, 1987).

Entre os séculos XIX e XX, algumas experiências educativas usufruindo dos conhecimentos psicológicos como base, contradizendo o formato tradicional de ensino, surgiram na Europa. Denominadas como “escolas novas” esse movimento legitimou um novo modelo escolar, na qual se distingue da escola tradicional nos seguintes pontos: o protagonismo deixa de ser do professor como na revolução anterior e passa a ser do aluno, abrindo o caminho para uma mudança do paradigma educacional vigente. Já o professor, muito mais do que detentor do conhecimento passa a ter a função de mediador desse conhecimento, auxiliando os alunos a saber buscá-lo, apreendê-lo e utilizá-lo. Quebra-se, com isso, a verticalidade do ensino em favor da horizontalidade, criando-se oportunidade para que o conhecimento possa ser construído coletivamente (BRASIL, 2005).

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A quarta revolução industrial está mudando está concepção agora, trabalhos operacionais repetitivos serão realizados pôr robôs e assistentes virtuais; as máquinas substituíram a maioria dos serviços manuais, O aprendizado de máquinas também substituirá o humano, parcialmente, na atividade de programar e corrigir falhas nos equipamentos usados na produção.

A educação passará por um grandes e complexas mudanças, os professores terão que usar e dominar equipamentos eletrônicos, além de aplicativos básicos, dessa forma a pandemia que vem sendo enfrentada tem introduzido esse aspecto, além de delimitar quem está ou não preparado para este impacto, assim o professor deverá exercer o papel de orientador e incentivador, tornando-se parceiro do aluno nas suas descobertas. Ele precisará ter metas e objetivos bem definidos para criar as melhores condições ao aprendizado.

“A educação profissional baseada no desenvolvimento de competências coloca em xeque a tradição pedagógica centrada na transmissão de conteúdo ou na demonstração de formas prontas e certas de como fazer. Requer dos docentes a revisão de práticas estabelecidas a partir da reprodução dos modelos educacionais que viveram na escola ou na empresa. Mesmo para os educadores já inseridos em uma perspectiva construtivista, implica a revisão parcial de procedimentos.” (AIRES; FREIRE; SOUZA, 2016, apud SOUZA, 2018, p. 6)

Assim a educação será pautada nas habilidades dos educandos, o currículo será trabalho de forma ampla e global, considerando o aluno centro de todo processo.

5. CONCLUSÕES

Ao fazer está pequena linha do tempo sobre as revoluções vigentes nota-se que o contexto escolar teve que se adaptar para acompanhar todos os desenvolvimentos possíveis, no entanto suas mudanças eram lentas, se comparadas a do processo fabril que almejava-se sempre o lucro e por isso busca-se toda as inovações possíveis para aumentar a produção, entretanto elas ainda atendiam as necessidades industrias. As mudanças curriculares foram fundamentais para todas as alterações, buscando-se sempre desenvolvimento integral dos educandos.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Capes. A EDUCAÇÃO ESCOLAR NA EUROPA OCIDENTAL: Educapes. p. 78,

dez./2005.Disponivel em:

https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/430108/2/Material%20Original%20Compilado%20-%20Hist %C3%B3ria%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20e%20tecnologias.pdf

BRAVERMAN, H. Trabalho e capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX. 3. ed. Rio de Janeiro: Ed. Guanabara, 1987. COOL, César. Psicologia e Currículo. Ática, São Paulo, 3ª Ed., 1998. Disponível:https://journals.fe.up.pt/index.php/IJMAI/article/view/249. Acesso: 05/08/2020

FELDMANN. M. G. Formação de Professores e Escola na Contemporaneidade. São Paulo: Editora SENAC, São Paulo, 2009

GONÇALVES, R; MENDONÇA, P. E. F; Educação, sociedade e trabalho: abordagem sociológica da educação: Curso técnico de formação para os funcionários da educação. Profuncionário. 4. ed. Cuiabá - MT :

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Rede e-Tec Brasil, 2012. p. 1-96.

SCHUBERT, W. H. Curriculum: perspective, paradigm, and possibility. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1986 SILVA, M. C. A. D; GASPARIN, J. L. A segunda revolução industrial e suas influências sobre a educação escolar brasileira. ANAIS DO EVENTO: XV Jornada do HISTEDBR: IV Seminário Nacional de Educação Básica e II Seminário em História da Educação da Amazônia. PARÁ, p. 2- 20,08/2018.

Disponível em:

http://www.histedbr.fe.unicamp.br/acer_histedbr/seminario/seminario7/TRABALHOS/M/Marcia%20CA%2 0Silva%20e%20%20Joao%20L%20Gasparin2.pdf. Acesso em: 27 mar. 2020.

SOUZA, A. A. D; VASCONCELOS, S. C. M. M. OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COM A CHEGADA DA 4ª REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Extinção e o Surgimento de Novas Profissões. Anais do 16º Congresso Internacional de Tecnologia na Educação, RECIFE, v. 1, n. 16, p. 1-8, set./2018. Disponível em: http://www.pe.senac.br/congresso/anais/2018/senac/pdf/poster/OS%20DESAFIOS%20DA%20EDUCA%C3 %87%C3%83O%20PROFISSIONAL%20COM%20A%20CHEGADA%20DA%204%C2%AA%20REVOL U%C3%87%C3%83O%20INDUSTRIAL%20Extin%C3%A7%C3%A3o%20e%20o%20Surgimento%20de %20Novas%20Profiss%C3%B5es.pdf

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