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PERSPECTIVAS DO MERCADO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E EFLUENTES. Tratamentos de Efluentes. Desinfecção de água. Equipamentos.

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Equipamentos

A versatilidade das

bombas submersas

Tratamentos de Efluentes

Tratamento de efluente

líquido de galvanoplastia

Visão ambiental

Política ambiental

dos biocombustíveis

Desinfecção de água

Principais sistemas

disponíveis no mercado

PERSPECTIVAS DO

MERCADO DE

TRATAMENTO DE

ÁGUA E EFLUENTES

D ez embr o-2012/ Janeir o-2013 9 77 22 36 26 11 28

especializada em tratamento de

revista

C M Y CM MY CY CMY K capa_aberta.pdf 1 26/11/2012 18:00:07

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FIMAI 2012 traz novidades

para o mercado de tratamento

de resíduos no ar, água e solo

EVENTOS

por Carla Legner

E

ntre os dias 6 e 8 de novembro o Expo Center Norte, em São Paulo, recebeu a XIV Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (FIMAI). A feira, que é considerada como a mais importante do setor na America Latina, trouxe o que há de melhor e mais avançado no mercado mundial no tratamen-to de resíduos no ar, água e solo. Novas tendên-cias, inovação tecnológica, práticas ambientais e grandes novidades do setor foram apresenta-das pelos expositores nos três dias de evento. De acordo com a assessoria de imprensa da

FIMAI, cerca de 30 mil pessoas passaram pela feira pra visitar os 400 estandes participantes. O evento trouxe também outras atividades pa-ralelas: O XIV Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade (SIMAI) e o ciclo de debates e intercambio sobre ge-renciamento de resíduos, o VIII Recicle Cem-pre (Compromisso EmCem-presarial para Recicla-gem), com palestras de diversos temas. “A Feira se superou perante as outras edi-ções em qualidade técnica, especialmente pelo aumento do interesse de empresas inter-nacionais, com as novidades das delegações da Bavária, Itália e da Coreia do Sul, que par-ticiparam pela primeira vez esse ano”, ressal-ta Julio Tocalino Neto, diretor do evento. Reinaldo Ferreira, engenheiro da Metalsinter, empresa que desenvolve projetos,

equipa-Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo pavilhão do Expo Center Norte para visitar os 400 expositores e participar das palestras sobre meio ambiente

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mentos e sistemas para tratamento de água e efluentes e gestão de resíduos, também acre-dita que a feira foi um grande sucesso que trará grandes resultados positivos. “A feira compa-rada ao ano passado está melhor, nos tínha-mos uma meta de resultados e vatínha-mos atingir”, ressalta. A empresa apresentou três projetos para o tratamento de água e efluentes. O siste-ma de membranas, que faz o tratamento de ul-trafiltração. Hoje se trata de um processo bem caro, mas que de acordo com o engenheiro é o melhor no mercado para o tratamento de água. Outro sistema lançado no evento e que pro-mete bom retorno é o MS ETE-RA. Um produto desenvolvido para o reúso da água de lava-gem. Indicados especialmente para postos de abastecimento, postos de rodovias, lava rápidos, empresas de transporte, garagem de ônibus, industrias e usinas. Essa estação de tratamento apresenta uma eficiência de 90% no aproveitamento da água de lavagem. Mas o grande destaque da empresa é o sistema ECO-1500, que recentemente ganhou prêmio de reúso de água da FIESP, onde se destacou na questão da praticidade, do retorno rápido e principalmente pela economia de água. “Um sistema que foi desenvolvido para atender la-vadores de veículos de posto de combustível. Tem o reaproveitamento de 85% da água, o que seria hoje em média uma economia de 45 mil litros por mês”, enfatiza Reinaldo.

A Wastec, empresa especializada na neutraliza-ção de odores, controle de poeiras e no

trata-mento de águas e efluentes trouxe para a FIMAI um sistema de monitoramento on line de odores que se divide em dois focos, um no tratamento de esgotos e o outro em qualquer indústria ge-radora de mau cheiro. Trata-se de um sistema único que faz monitoramento on line, que mostra a dispersão dos odores, mantém dados históri-cos, ou seja, é um gerenciamento completo para empresa saber se há ou não necessidade de tra-tamento para neutralização dos odores.

De acordo com Antonio Oberg, sócio-proprietário da empresa, esse sistema é dotado de narizes eletrônicos que são calibrados individualmente para medir os diferentes tipos de odores. “Isso permite efetivamente que o cliente meça o odor, é um dado para controle”, enfatiza Antonio. A Nova Opersan Soluções Ambientais, uma fu-são entre quatro empresas do setor, a Opersan, Braspine, Enasa e a GT Ambiental, oferece a seus clientes um pacote de serviços e soluções diferenciadas para captação, tratamento de água, efluentes e reúso de água via caminhão ou em estações próprias. Na FIMAI 2012 a em-presa teve bastante destaque, seu estande era um dos mais cheios e concorridos.

“A idéia é juntar funções complementares para ter uma solução completa no ciclo de água. Nós trabalhamos desde a captação da água, tra-tamento e até o destino final dos efluentes. Os nossos serviços podem ser prestados nas nos-sas plantas, o cliente coloca seu material em um caminhão e trás para gente, ou podemos cons-truir e operar dentro da fábrica do cliente e para isso nos temos um departamento de engenharia muito forte junto com a Enasa”, explica Lucas Giannella, Sócio da Nova Opersan.

Para feira a empresa não trouxe novidades, ape-nas apresentou seus produtos e serviços e fez contato com parceiros, fornecedores e clientes. Entre processos oferecidos pela Nova Opersan estão os contratos BOT, que não requer investi-mento por parte do cliente. A empresa projeta, constrói e opera os sistemas de tratamento de águas e efluentes, e ao final do contrato, a plan-ta insplan-talada fica com a empresa contraplan-tante. O tratamento Off-site, onde os resíduos são co-letados no cliente e transportados até a planta

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EVENTOS

da Nova Opersan para o tratamento. É possível atender empresas de todos os portes e dos mais variados ramos de atividade, com soluções per-sonalizadas e utilização das mais modernas tec-nologias para preservação ambiental. Os servi-ços de análises laboratoriais, com um laboratório de padrão internacional, utilizado internamente para determinar o processo ideal de tratamen-to para cada efluente e também para garantir a qualidade dos resultados após o tratamento, e por fim o sistema de armazenamento temporário. Este procedimento é indicado para os casos de destinações emergenciais, cuja licença está em fase de aprovação no Órgão Ambiental.

“A feira cumpre diferentes papeis. Ela tem um papel institucional, que é você reafirmar sua marca. Muitas vezes o cliente não te vê o ano inteiro e esse tipo de evento serve para essa visualização. Serve também para gerar mais contatos, um papel comercial e por fim tem um papel social, de questões ligadas ao meio ambiente”, ressalta Lucas.

Quando mencionado o mercado atual do se-tor, por se tratar de uma empresa teoricamen-te nova, o sócio fala da necessidade da água ou de tratar água suja, sendo assim se tornan-do um mercatornan-do gigantesco que cresce a cada dia. “Todas as empresas atualmente precisam do tratamento de água e os nossos serviços fazem justamente isso, oferecemos qualidade e soluções diferenciadas para o tratamento de água e efluentes”, completa Lucas.

Visando o pequeno e micro empresário a JR Am-biental, empresa especializa em soluções am-bientais eficazes, através dos seus serviços de assessoria técnica, fabricação e fornecimento de sistemas para estações de tratamento de água, esgoto, efluentes e sistemas especiais, trouxe para feira estações compactas automatizadas para tratamento de água, efluente e esgoto. Trata-se de estações de tratamento pequenas para as indústrias que tem fluxo menor.“Nós ficamos surpresos com o número de pesso-as que vieram nos visitar e os contatos que fizemos principalmente por que existem mui-tas empresas que tem uma geração pequena e os grandes não as atende, e assim nossos

produtos fizeram bastante sucesso”, explica Renato Marme, Biólogo Especialista em Tec-nologias Ambientais da JR.

A Jäger, empresa especializada em soluções completas com matérias têxteis para o cuida-do e tratamento de água, trouxe para feira al-gumas novidades reproduzidas pela parceira B&F Dias. A primeira é um sistema chamado Biotextil, basicamente é um processo de trata-mento de esgoto com uma série de vantagens que normalmente é aplicado quando uma planta de tratamento não tem mais onde cres-cer, ou seja, não tem mais espaço.

“A gente usa esse processo e consegue um incremento de 100% na capacidade da planta atual. Uma tecnologia que é inédita no Brasil, uma espécie de um tecido que retém as co-lônias de bactérias”, explica Bruno Dinamar-co, Gerente de Contratos da Jäguer. Ainda de acordo com ele, o grande diferencial é ser um material têxtil com alta área de captação que dura aproximadamente 25 anos, ou seja, com praticamente manutenção zero. “Uma vez que temos esse processo com essa manta têxtil, teremos no final economia e uma melhor de-cantação do efluente que pode ser utilizado em qualquer planta”, completa Bruno.

A segunda grande novidade da empresa é um

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sistema chamado Strip Diffuser. Trata-se de di-fusores de painéis com grande área de abran-gência, o que resulta em um menor investimen-to para implantação. Combinam um design rentável, baixos custos de instalação, confia-bilidade e desempenho em processos de aera-ção intermitente e continua. “Nós vendemos o equipamento que pode ser utilizado em outras plantas, um sistema de aeração composto por vários difusores”, ressalta Bruno.

Fabricante alemão de centrífugas industriais, a Flottweg veio para o Brasil em 2012. Seus equipamentos abrangem uma grande quanti-dade de aplicações industriais e no primeiro ano de feira trouxeram para apresentação o sistema de separação de lodo. São máquinas e sistemas que permitem melhorar a separação entre materia sólida e líquido. Segundo Fernando Calha, Managing Director da Flottweg, na maio-ria das vezes, principalmente na área indus-trial, sempre existe material que são descar-táveis e que precisam ser tratados por causa das questões ambientais.

“Nós conseguimos através dos nossos equi-pamentos recuperar alguns materiais que são de valores um pouco mais altos, por exem-plo, uma industria alimentar pode conter al-guma proteína no material descartável e essa proteína tem valor, nós a recuperamos. Outra vantagem é que a água já vai preparada para ser descartada”, explica Fernando.

Para o representante da empresa alemã, a feira será um grande aliado para a filial conquistar seus objetivos no Brasil. Como recém chega-da, o intuito é aumentar a presença no país, uma vez que já tem nome em outros países. “Já estamos vendo alguns nomes no mercado, porém sabemos que temos alguns desafios, um deles é que o mercado brasileiro está muito focado em custo, em uma tecnologia que está um pouco aprisionada em relação a valores. Quando passarmos a pensar na tecnologia e no valor que ela pode nos proporcionar, a questão de custo fica inserida nessa equação de forma natural”, enfatiza Fernando.

Os equipamentos da Flottweg são de última geração e por isso com valores mais altos, mas

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EVENTOS

de acordo com Managing Director, é um cus-to benefício que vale a pena. A qualidade e a eficiência dos equipamentos é necessária para o mercado, por isso a tecnologia que a empre-sa tem para oferecer é bastante importante no meio faltando apenas uma essa quebra de pa-radigmas sobre a questão dos custos.

A Etatron D.S. é uma empresa especializada em bombas dosadoras, eletromagnéticas e equipamentos controladores de PH e ORP para o tratamento de água. Neste evento não trou-xeram novidades, apenas vieram reforçados e atualizados com melhorias tecnológicas dos produtos já existentes. Mas, Amin Kaissar, Ad-ministrador da empresa garante que as novida-des estão no forno, programadas para as pró-ximas feiras. “A Etraton já é uma marca firmada aqui no Brasil com produtos que o pessoal já admira, então o nosso interesse na feira é dar continuidade a esse trabalho e reforçar nossos contatos e clientes”, completa Amin.

Na área laboratorial, de análises ambientas e consultoria esteve presente na feira a empre-sa Nova Ambi. “Como temos agora várias nor-mas, o nosso intuito é sempre estar ampliando

e atualizando o foco de análises. Os nossos laboratórios já estão adequados para atender todas essas normas com o ISO 17025, além de sempre atuar na parte de consultoria ambiental e projetos de engenharia para tratamento de efluentes e reúso de água”, destaca Silvia Zar-do, gerente comercial da empresa.

Com uma tecnologia que não existe no Brasil para processo de evaporação e secagem, co-nhecido como película fina, a Buss-SMS-Can-zler, não trouxe nenhum produto em especial, estiveram na feira apenas para apresentar a empresa e reforçar a qualidade dos seus sis-temas. Apesar de trabalharem com produtos voltados para processos industriais, o mesmo também pode ser utilizado para secagem de lodo e lama industrial. “Apesar da feira ser mais voltada para o meio ambiente já é o se-gundo ano que a gente participa e tem trazido bons contatos e bons resultados. É um início de trabalho que a princípio tem evoluído bem”, enfatiza Fábio Guerra, representante da SMS. A empresa alemã Kuttner, especialista em criar projetos e soluções para o tratamento de re-síduos, trouxe para feira duas novidades: o tratamento biológico de resíduos e limpeza de

Estande Etraton Estande Flottweg

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cedores. “É uma relação bem alegre, onde nesses três dias estamos tendo oportunida-de oportunida-de estar com todo mundo. De novidaoportunida-des apenas as novas filiais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro”, conta Gabriela Oppermann – Diretora Co-mercial. A empresa também ampliou a gama de produtos, além dos efluentes industriais, os resíduos sólidos e o atendimento a postos de combustíveis e concessionárias.

Nos eventos paralelos da feira tivemos al-gumas atividades importantes como se-minário de resíduos, palestras técnicas no auditório dos expositores, palestras da rede SENAI de Meio Ambiente e Energia, cálculo de emissão de CO2 individual com direito ao certificado no estande do BCB, rodadas de negócios entre expositores nacionais/inter-nacionais e visitantes, além do SIMAI, que abordou temas que proporcionam a troca de experiências e o fomento de ações proativas no cenário do meio ambiente industrial com grandes nomes do setor.

A área de meio ambiente tem demonstrado um crescimento expressivo no país, principal-mente pelo aumento de investimentos sócio ambientais. De acordo com esse cenário, a FIMAI e a programação de atividades para-lelas teve diversos temas, mas que se com-pletaram, apresentando ao público novidades do setor, crescimento profissional e aprendi-zagem. Para 2013 podemos esperar por mais inovação, conhecimento e sucesso.

Gases. O tratamento biológico de resíduos é baseado em um processo de sistema Axpo--kompogas, ou seja, é um processo que trata resíduos sólidos orgânicos urbanos. Essa fra-ção orgânica pode ser aproveitada através de um processo de fermentação anaeróbica e ter-mofílica para a obtenção de biogás.

“Pode haver resto de cozinha industrial ou de cozinha doméstica, e agora que temos uma nova política de resíduos sólidos onde não podemos mais ter lixões, precisamos ter so-luções adequadas para destinação do lixo. A nossa solução técnica é que o lixo orgâni-co pode ser processado e transformado em energia. Quando a nossa planta de Kompo-gas recebe esse lixo orgânico já separado é direcionado para um biodigestor e lá dentro então as bactérias que vão agir sobre esses resíduos, produzindo então biogás. Este gás pode ser utilizado como combustível para geração de energia elétrica, gás natural vei-cular (GNV) ou biometano a ser injetado em rede de gás natural”, explica Robson Luiz da Fonseca, coordenador comercial da Kuttner. A outra novidade é a limpeza de gases. As emissões derivadas do tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos contêm substâncias que não podem ser liberadas no meio ambien-te. A Kuttner oferece soluções ecologicamente sustentáveis para a captação de particulados do ar e de limpeza de gases poluentes prove-nientes de processos de tratamento térmico. Essas tecnologias foram desenvolvidas não apenas para tornar a atividade ecologicamen-te viável, como também para aecologicamen-tender as di-versas leis e outros regulamentos ambientais. “Nos temos tecnologia para filtrar essa emis-são de poluentes, que faria a parte de limpeza do gás de combustão”, completa Robson. Mas a feira não teve apenas novidades em produtos ou serviços. A empresa Supply Ser-vice, líder no mercado no tratamento de emul-sões aquosas de óleo solúvel, óleos diversos e reciclagem de óleo hidráulico, veio para o evento com o intuito de festa, esta comemo-rando 20 anos de atividade e sua participação na FIMAI foi receber amigos, clientes e

forne-Estande Supply Service

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A

água é um dos elementos essenciais para a sobrevivência do ser humano e por conta disso, necessita de um tratamento rigoroso que garanta a qualidade da água e evite a disseminação de graves doenças entre a população. Neste cenário, a desinfecção da água se torna um processo de extrema importância para a humanidade e para o combate de doenças infecciosas. “Um tratamento adequado da água, incluindo a de-sinfecção, é essencial para nossas vidas, pois dependemos de água de boa qualidade não somente para nossa ingestão diária, mas tam-bém higiene, cultivo e produção de alimentos

por Suzana Sakai

Desinfecção de água:

os principais sistemas

disponíveis no mercado

TRATAMENTO DE ÁGUA

e em muitos processos industriais. Sendo as-sim, a desinfecção da água é um processo fundamental para nossa sobrevivência”, afir-ma a engenheira da Prominent, Adriana Sato. Para obter uma desinfecção eficiente é pre-ciso reduzir o nível de microrganismos a um nível aceitável, dentro de parâmetros regu-lamentada por órgãos governamentais ou institucionais, de forma que o consumo da água tratada seja seguro para nossa saúde, evitando qualquer tipo de doença ou danos. “O combate à disseminação de doenças po-tencialmente transmissíveis pela água como: febre tifoide, hepatite infecciosa e a cólera, consiste na desinfecção da água. Alguns pa-râmetros importantes devem ser observados durante o processo de desinfecção, como o pH da água, o objetivo do uso da água (se é

Foto: Dreamstime

Tratamento adequado pode impedir a disseminação de doenças como hepa-tite e cólera

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para consumo humano ou para processo), a temperatura, entre outros. Quando é possível utilizar hipoclorito de sódio, a manutenção do teor de cloro residual é mais fácil de controlar do que quando usamos ozônio ou ultravioleta por exemplo”, explica a gerente de engenha-ria da Nova Opersan, Audri Lanza.

Segundo Adriana, um bom método de de-sinfecção deve não somente reduzir a carga microbiológica em parâmetros aceitáveis, mas também deve minimizar a formação de subprodutos que sejam nocivos à nossa saúde.“Uma das principais dificuldades para desinfecção da água é a seleção do proces-so que reduza a carga microbiológica a um nível aceitável, que tenha um teor mínimo de formação de subprodutos e que seja o mais vantajoso do ponto de vista econômico, sem esquecermos do fator segurança, relaciona-dos com manuseio; logística; armazenagem; etc. Para isso, é necessário avaliar diversos parâmetros do processo: a qualidade/com-posição da água a ser tratada, insumos ne-cessários (energia, produtos químicos, etc)”, afirma a engenheira.

Sistemas de desinfecção

A desinfecção da água pode ocorrer por meio de métodos químicos, como cloração, dióxido de cloro e ozônio, ou por métodos físicos, como a radiação ultravioleta e a fil-tração por membranas.

As formas mais comuns de desinfecção da água são: ozonização, dosagem de hipoclo-rito, cloração e lâmpada de ultravioleta. “A ozonização é feita a partir de um gerador de ozônio produzido a partir de oxigênio do ar ou cilindro de oxigênio. A dosagem de hipo-clorito de sódio é feita diretamente na água, nesta aplicação o tempo de contato é funda-mental para manutenção de cloro residual produzindo o ácido hipocloroso. Já a clora-ção da água consiste na dosagem direta de cloro gasoso. Na desinfecção por ultraviole-ta, a destruição do DNA de bactérias, vírus, esporos, algas e fungos ocorre no compri-mento de onda de 254 nm utilizando-se lâm-padas fluorescentes de vapor de mercúrio de

alta eficiência sem alterar as características da água pré-filtrada”, comenta Audri.

O processo de cloração possui na verdade duas funções: a de pré-cloração que é des-tinada ao consumo doméstico e atua como oxidante primário e de pós-cloração cuja função principal é bactericida. “A dosagem de hipoclorito de sódio é eficiente e é indi-cada para diversas aplicações: potabilização de água, desinfecção e limpeza de circuitos como tubulações e caixas d’água, tratamento de água de piscinas, eliminação de odores de águas industriais, oxidação de cianetos, entre outros. O sistema é composto basica-mente por tanques de armazenamento, con-trole de nível e bomba dosadora”, indica a gerente de engenharia da Nova Opersan. Além do hipoclorito de sódio, a desinfecção da água por cloração pode ser realizada por dosagem de cloro gás em cilindros através de injetores de gás; sistemas de geração de hipoclorito de sódio por meio de eletrólise e sistemas de geração de cloro gás a partir de eletrólise. “Em todos os sistemas descritos, sensores e controladores de cloro podem ser utilizados em um sistema integrado com a dosagem do produto químico. Desse modo, pode-se ter um sistema automático de con-trole e dosagem. No método de cloração, é muito importante também controlar o pH da água a ser tratada, pois a capacidade de desinfecção do cloro é altamente dependen-te do pH. Em geral, são também utilizados

Foto: Divulgação Prominent

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TRATAME

NTO

DE ÁGUA

sistemas de dosagem para correção de pH (dosagem de ácido ou base), integrados com sensores e controladores de pH. A vantagem da utilização dos geradores de cloro gás e solução de hipoclorito de sódio por meio de eletrólise são que o químico é produzido no local e momento de consumo. Soluções prontas de hipoclorito de sódio podem de-gradar durante o armazenamento, formando subprodutos. Além disso, não é necessário transportar um grande volume de água, pois em solução NaOH 12%, 88% do produto cor-responde a água. Em relação ao uso de cilin-dros de gás, uma instalação de um gerador por eletrólise é mais segura, pois somente se produz a quantidade de gás que irá ser con-sumida”, afirma Adriana.

A eficácia do processo de cloração depen-de depen-de alguns fatores, como pH, temperatura e tempo de contato.“Tanto o hipoclorito de sódio como o cloro gás, quando dissolvidos em água, levam à formação de ácido hipo-cloroso (HClO) e íons hipoclorito (OCl-), de-nominados como cloro livre. Dependendo do valor do pH da água, há um deslocamento para a formação de íons hipoclorito ou para ácido hipocloroso. O ácido hipocloroso é o que efetivamente tem efeito de desinfecção e

sua formação é favorecida em valores de pH mais baixos. No entanto, normalmente evita-se manter um pH muito baixo devido ao risco de corrosão de tubulações e equipamentos. Em muitos processos, procura-se trabalhar na faixa de pH entre 6,5 e 7,5 para se ter um efeito de desinfecção aceitável e evitar riscos de corrosão”, diz a engenheira da Prominent. Outro processo de desinfecção é o sistema de cloro gasoso, que consiste na dosagem direta de dióxido de cloro à água. O clorador possui um injetor que gera vácuo de opera-ção introduzindo o cloro na forma gasosa à água. “Há muitos cuidados no manuseio de cilindros e segurança da instalação que deve ser analisada. Este equipamento é utilizado normalmente para altas vazões”, alerta Audri. Diferentemente do cloro, a capacidade de desinfecção do dióxido de cloro quase não é afetada por variações de pH, sendo al-tamente eficiente entre pH 4 e 10. Quanto à formação de sub produtos, o dióxido de cloro também possui vantagens em relação ao cloro. A formação de compostos como trihalometanos THMs (ex. clorofórmio) é desprezível. “O dióxido de cloro é altamente eficiente em uma larga faixa de pH. Além dis-so, por não reagir com a água, permanece como gás dissolvido. Por essa característica o dióxido de cloro possui maior eficiência do que o cloro para a redução e eliminação de biofilmes em tubulações e equipamentos, já que os gases possuem maior facilidade de penetração. Devido à sua alta eficiência, geralmente é possível utilizar concentrações muito inferiores ao cloro e tempos de conta-to reduzidos”, afirma Adriana.

O ozônio é também um gás com alto poder de oxidação e desinfecção. Trata-se de uma mo-lécula com três átomos de oxigênio e pode ser produzido em geradores que utilizam ar (atmos-férico ou comprimido) ou oxigênio. No reator do gerador, uma descarga elétrica de alta tensão promove a formação do ozônio, que pode ser posteriormente dissolvido em água para o trata-mento. “Além de seu alto poder de desinfecção, as vantagens do uso de ozônio que podemos destacar é que se decompõe em oxigênio e não

Foto:Divulgação Prominent

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requer produtos químicos para sua formação”, comenta a engenheira da Prominent.

A radiação ultravioleta UVC também pode ser utilizada como método de desinfecção. Neste sistema, raios ultravioleta C, principalmente no comprimento de onda de 254 nm, causam alterações no DNA das células dos micror-ganismos, levando consequentemente a sua inativação. A água a ser tratada flui pela câmara do gerador, onde recebe irradiação UV emitida por uma lâmpada. A turbidez e transmitância da água a ser tratada devem ser avaliadas, uma vez que interferem na eficiência do tratamento UV. “O método dis-pensa o uso de produtos químicos. No en-tanto, como o tratamento UV não possui efei-to residual, pode ser combinado com o uso de outros produtos químicos, dependendo da aplicação”, diz Adriana.

Os equipamentos que compõem o sistema de radiação ultravioleta são: câmara de aço

inoxidável com dois bocais com entrada e sa-ída de água, um port-view (visualização do funcionamento da lâmpada). “Dentro desta câmara é instalada a lâmpada com protetor de quartzo para evitar dano por pressão ou contato direto com o fluido, além de manter a dosagem UV na máxima eficiência. O fluido deve ter no máximo 36°C e a salinidade e tur-bidez devem ser controladas. A Nova Oper-san possui uma linha de equipamentos UV a partir de 1 m3/h todos com ballast e monitor

ou painel elétrico”, afirma Audri.

Os tratamentos por ultrafiltração, nanofil-tração e osmose reversa são métodos ca-pazes de reduzir a carga microbiológica, como bactérias, parasitas e vírus. “No en-tanto, não são reconhecidos oficialmente como método de desinfecção válido, devi-do à ausência de um parâmetro que possa ser monitorado para controle da desinfec-ção”, comenta Adriana.

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Referências

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