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Setor elétrico brasileiro: avaliação da evolução dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) (2008-2018) / Brazilian electric sector: evaluation of the evolution of investments in Research and Development (R&D) (2008-2018)

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Setor elétrico brasileiro: avaliação da evolução dos investimentos em Pesquisa e

Desenvolvimento (P&D) (2008-2018)

Brazilian electric sector: evaluation of the evolution of investments in Research

and Development (R&D) (2008-2018)

DOI:10.34117/bjdv6n6-158

Recebimento dos originais: 09/05/2020 Aceitação para publicação: 06/06/2020

Paula Meyer Soares

Doutora em Economia de Empresas

Instituição: Universidade de Brasília – UnB, Faculdade do Gama - FGA Endereço: St. Leste Projeção A - Gama Leste, Brasília - DF, 72444-240

e-mail: paulameyer@unb.br

Angela Machado Rocha

Doutora em Ciências, Energia e Ambiente Instituição: Universidade Federal da Bahia - UFBA

Endereço: Av. Reitor Miguel Calmon, s/n - Canela, Salvador - BA, 40231-300 e-mail: amrocha@gmail.com

Marcelo Santana Silva

Doutor em Ciências, Energia e Ambiente Instituição: Instituto Federal da Bahia - IFBA

Endereço: Rua Emídio dos Santos, s/n - Barbalho, Salvador - BA, 40301-015 e-mail: profmarceloifba@gmail.com

Jerisnaldo Matos Lopes

Doutor em Desenvolvimento Regional e Urbano Instituição: Faculdade de Tecnologia e Ciências - UNIFTC Endereço: Av. Luís Viana, 8812 - Paralela, Salvador - BA, 41741-590

e-mail: jerislopes@hotmail.com

Maria Valesca Damásio de Carvalho Silva

Doutora em Administração

Instituição: Universidade Federal da Bahia - UFBA

Endereço: Avenida Reitor Miguel Calmon s/n - Sala 6 (3º andar) Salvador - BA e-mail: mvalesca.ufba@gmail.com

Luciano Sergio Hocevar

Doutor em Engenharia Química

Instituição: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB

Endereço: Rua Godofredo Rebello de Figueiredo Filho, 697 Bairro SIM - Feira de Santana, BA e-mail: lucianohocevar@ufrb.edu.br

Diogo Bezerra Borges

Mestre em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina Instituição: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTIC

Endereço: Avenida. Madre Benvenuta, 2037 - Itacorubi, Florianópolis - SC, 88035-001 e-mail: diogobb@gmail.com

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RESUMO

O setor elétrico brasileiro passou nos trinta anos recentes, por profundas transformações estruturais e institucionais. Um novo modelo foi concebido, assentado na desverticalização e privatização dos segmentos de geração, transmissão e distribuição, com a proposta de inserir agilidade e eficiência nas decisões e, consequentemente, abrir sua estrutura produtiva ao mercado. Este estudo analisa a evolução dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento e das principais áreas de atuação desses projetos da ANEEL, durante o período de 2008 a 2018. A metodologia utilizada baseou-se na pesquisa de referencial teórico abordando questões relativas à inovação no setor elétrico. Os resultados obtidos mostram o comportamento dos investimentos em áreas operacionais do setor, explicado pela necessidade constante, por parte das empresas distribuidoras de energia elétrica, em realizar o aprimoramento de seus processos gerenciais.

Palavras-chave: ANEEL, projetos de inovação, energia, P&D ABSTRACT

The Brazilian electric sector has undergone profound structural and institutional changes in the past thirty years. A new model was conceived, based on the unbundling and privatization of the segments of generation, transmission and distribution, with the proposal of inserting agility and efficiency in decisions and, consequently, opening its productive structure to the market. This study analyzes the evolution of investments in Research and Development and the main areas of activity of these ANEEL projects, during the period from 2008 to 2018. The methodology used was based on the research of theoretical framework addressing issues related to innovation in the electricity sector. The results obtained show the behavior of investments in operational areas of the sector, explained by the constant need, on the part of the electric energy distribution companies, to improve their management processes.

Keyword: ANEEL, innovation projects, energy, R&D.

1. INTRODUÇÃO

A inovação tecnológica é um requisito fundamental para o desenvolvimento econômico e social das nações. Sua difusão depende da interatividade dos atores institucionais, não-institucionais, privados e públicos e internos e externos. A conectividade destes agentes é o que ditará o ritmo da difusão das inovações dentro e fora dos países.

No setor elétrico brasileiro as inovações tecnológicas apoiam-se num aparato institucional que possibilita a conectividade entre esses agentes, como universidades, empresas, agências de fomento, organizações não governamentais - ONG.

Quanto ao desenvolvimento de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D e de eficiência energética, cabe destacar as normativas trazidas pelo Decreto nº 9.991/2000, que determina a obrigatoriedade de investimento por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica. Conforme o decreto, as empresas devem destinar 0,75% das suas receitas operacionais líquidas em projetos de P&D e 0,25% em programas de eficiência

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energética. Cabe à Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL a responsabilidade de promover desenvolvimento tecnológico e de pesquisa no setor elétrico.

Durante o período de 2000-2007 o programa alocou R$ 3,5 bilhões em 2.400 projetos de P&D (IPEA, 2012).

De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC, em 2017 o país investiu em P&D o correspondente a 1,26% do seu PIB. No período 2000-2017 o Brasil investiu, em média, 1,12% do PIB em P&D. Os países como Coréia, Japão e Estados Unidos investiram 4,55%, 3,21 e 2,79% do PIB respectivamente. Quanto ao total investidos, a monta em recursos foi da ordem de US$ 543 realizados pelos Estados Unidos, US$ 171 bilhões pelo Japão e US$ 496 bilhões pela China (MCTIC, 2019).

De acordo com o MCTIC, do total investido pelo Brasil em P&D em relação ao PIB no ano de 2017, 0,60 % era proveniente de iniciativas empresariais, sendo que no período 2000-2017 a média foi de 0,52% (MCTIC, 2019).

De acordo com Chan (2017), para que as inovações possam efetivamente ser incorporadas à sociedade, é importante que os pesquisadores e especialistas técnicos tenham autonomia e influência sobre as decisões de financiamento. Ainda segundo o autor, as instituições públicas que financiam ou realizam pesquisa e desenvolvimento de energia devem colaborar com proprietários privados de infraestrutura de energia, bem como com aqueles que produzem, implantam e operam novas tecnologias de energia, criando conexões que permitam colocar em prática as inovações.

Essas orientações adquirem maior importância num momento em que verificamos uma demanda crescente por energia, da parte da sociedade, simultaneamente à uma queda na oferta de determinados insumos energéticos, especialmente os de fontes não renováveis, o que tem levado a uma reavaliação das matrizes energéticas nacionais. Desta forma observa-se uma expansão no uso de energia oriunda de fontes renováveis, de modo a equilibrar a oferta e demanda de energia.

De acordo com o Plano Decenal de Energia 2027 é esperado que consumo final de energia no Brasil cresça à taxa média de 2,3% ao ano entre 2017 e 2027. No mesmo período é esperado que o consumo per capita cresça 18% no período, atingindo cerca de 1,5 tep/hab no fim de 2027. Já a intensidade energética se reduz no mesmo período, graças à eficiência energética e a uma mudança na participação dos setores no consumo de energia (BRASIL; MME; EPE, 2018).

O presente artigo divide-se em 4 seções. A primeira seção discorre sobre fundamentação teórica em que se discute sobre inovação e seus principais conceitos, assim como os principais indicadores tecnológicos. A segunda seção trata sobre o Programa de P&D da ANEEL de forma detalhada. A terceira seção discorre sobre o setor elétrico e o uso alternativo das fontes de energia na

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geração de eletricidade. A quarta seção trata sobre a discussão dos resultados e de suas as considerações finais.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 INOVAÇÃO

O processo de inovação demanda maiores interações e colaborações entre especialistas, uma vez que a inovação é uma atividade de cooperação que surge da aproximação entre diversas disciplinas (GRANT, 1996).

A inovação é por definição a criação de algo qualitativamente novo, por meio de aprendizagem e construção de conhecimento e isso envolve mudanças constantes de competências e capacidade. Desta forma, pode ser difícil mensurar a inovação em determinados pontos e, portanto, são consideradas medidas de despesa de insumos para a inovação e resultados de vendas na inovação (SMITH, 2005).

A inovação pode ser compreendida como mudanças que podem ser realizadas em uma empresa e as atividades de inovação tecnológica são o conjunto de etapas científicas, tecnológicas, organizativas, financeiras e comerciais, incluindo os investimentos em novos conhecimentos, que levam ou que tentam levar à implementação de produtos e de processos novos ou melhorados (OCDE, 2002). O Manual de Oslo define quatro tipos de inovações que encerram amplo conjunto de mudanças nas atividades das empresas: inovações de produto, inovações de processo, inovações organizacionais e inovações de marketing (OCDE, 2002).

No Brasil, o ritmo da inovação nos anos recentes tem ocorrido de forma heterogênea, com forte queda nos níveis de investimentos em P&D em alguns segmentos, como a indústria extrativa e indústria de transformação, enquanto outros como eletricidade e gás e serviços apresentaram elevação nos níveis de investimentos destinados a inovação. Essa diferença de comportamento quanto aos investimentos em P&D tem relação com oportunidades de mercado disponíveis e demanda por parte dos consumidores. Em períodos de desaquecimento econômico, alguns segmentos econômicos sensíveis à diminuição da demanda acabam comprometendo o desenvolvimento de seus projetos de inovação, enquanto em outros, menos sensíveis e nos quais o ciclo de maturação ocorre no longo prazo, apresentam menor impacto nos investimentos em inovação.

A estrutura de mercado também pode influir no ritmo dos investimentos em inovação. Geralmente o segmento de eletricidade e gás requer investimentos que atingirão a maturidade em prazos longos e o ganho de escala no curto prazo pode justificar o volume de investimento em novas tecnologias.

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A Tabela mostra que os segmentos da indústria extrativista e de transformação diminuíram seus investimentos em P&D, e em parte isso pode ser explicado pelo arrefecimento da economia durante esse período. Já para o segmento de eletricidade e gás, observa-se uma elevação durante o mesmo período, ressaltando-se que esses dados englobam o setor de gás como um todo, não se restringindo ao setor elétrico. Desde 2016, com a mudança de comando no governo, aventada a possibilidade de privatização da Eletrobrás, combinada à aprovação em 2019 da Emenda Constitucional 102, que viabiliza a realização de leilão de áreas do pré-sal e autoriza a União a repassar parte dos recursos para estados, Distrito Federal e municípios e prevê ainda que o dinheiro ficará fora do cálculo do teto de gastos. Esses dois episódios ativaram os investimentos no setor de energia (eletricidade e gás), justificando a elevação, durante o período 2015-2017, dos investimentos em P&D conforme mostra a Tabela .

Tabela 1 - Coeficientes de variação estimados para variáveis selecionadas – eletricidade e gás Empresas que implementaram inovações (2012-2014) (2015-2017)

Indústria Extrativa 42,0 28,7

Indústria de Transformação 36,3 8,7

Eletricidade e Gás 29,2 40,7

Serviços 32,4 34,7

Fonte: PINTEC (2012-2014) e (2015-2017)

Apesar disso, avaliando o ritmo do volume de investimento em P&D no país ao longo do período 2008-2017, verifica-se um comportamento instável dentro de um contexto geral, como pode ser observado na Figura 1.

Figura 1 – Percentual dos gastos em P&D destinados pelas empresas no Brasil (2008-2017).

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O triênio (2015-2017) foi caracterizado por queda no esforço de inovação no país, o que pode ser explicado, em parte, pelo fraco desempenho da economia durante o período de 2014 a 2016, a economia brasileira encolheu o equivalente à “década perdida” dos anos 1980. Os incentivos para inovação acompanharam a mesma tendência.

No que diz respeito à comercialização de inovação, é uma visão bastante reconhecida a de que pesquisa e desenvolvimento. As atividades inovativas por sua vez são difíceis de serem financiadas em um mercado competitivo livre (HALL e LERNER, 2010).

Assenta-se na inovação a garantia de crescimento da economia. A integração e interação dos agentes internos e externos dos sistemas de inovação garantem a continuidade na geração de inovações entre as instituições envolvidas no processo (universidades, centros de pesquisa, instituições de fomento etc.).

Por outro lado, a mensuração da inovação se faz por meio da observação de indicadores, como gastos em P&D, número de patentes, investimentos em centros de pesquisa, doações etc.

De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005), a inovação envolve investimentos, e o investimento relevante pode incluir a aquisição de ativos fixos ou intangíveis assim como outras atividades (tais como o pagamento de salários ou as compras de materiais ou de serviços) que podem render retornos potenciais no futuro e os resultados dessas atividades, do desenvolvimento e da implementação das inovações aos melhoramentos na capacidade inovadora e aos impactos sobre o desempenho, tendem a ser pouco observáveis durante o período de análise.

2.2 INDICADORES DE CIÊNCIA E DE TECNOLOGIA (C&T)

De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005), duas famílias básicas de indicadores de Ciência e Tecnologia (C&T) são diretamente relevantes para a mensuração da inovação: recursos direcionados à P&D e estatísticas de patentes. Além disso, indicadores bibliométricos e vários outros tipos de indicadores oferecem informações complementares, ainda que as informações não estejam disponíveis para o âmbito da empresa.

A seguir será detalhada a abrangência desses indicadores conforme definido no Manual Frascati (OCDE, 2002).

2.3 PESQUISA E DESENVOLVIMENTO (P&D)

De acordo com o Manual de Oslo (OCDE, 2005), P&D e inovação são fenômenos relacionados e alguns países podem considerar a combinação de pesquisas sobre ambos, P&D e inovação.

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O Manual Frascati (OCDE, 2002) estabelece que “A pesquisa e o desenvolvimento experimental (P&D) compreendem o trabalho criativo realizado de forma sistemática com o objetivo de aumentar o estoque de conhecimentos, incluindo os conhecimentos do homem, da cultura e da sociedade, e o uso desse estoque de conhecimentos para antever novas aplicações”. Ainda de acordo com o Manual Frascati, são consideradas atividades de inovação todas as atividades de P&D financiadas ou desenvolvidas pelas empresas, as quais incluem P&D intramuros e extramuros, sendo que:

I- P&D atividades internas compreende todas as atividades de P&D desenvolvidas na empresa

objetivando desenvolver e implementar inovações em produtos, processos bem como pesquisa básica. Inclui-se a aquisição de bens de capital diretamente relacionados com a atividade de P&D realizada pela empresa.

II- P&D atividades externas compreende todas as atividades de P&D gestadas fora da empresa.

As empresas também podem adquirir tecnologia e know-how de diversas formas e de várias fontes juntamente com o desenvolvimento e a implementação de inovações. Os conhecimentos e tecnologias externos adquiridos podem ser patentes, invenções não patenteadas, licenças, divulgação de conhecimentos, marcas registradas, designs e padrões. Ademais, pode incluir os serviços computacionais e outros serviços científicos e técnicos para as atividades de inovação de produto e de processo.

A P&D pode tomar forma a partir do desenvolvimento de softwares que envolvem a realização de avanços científicos e tecnológicos e/ou a resolução de incertezas científicas e tecnológicas em uma base sistemática; serviços que resultem em um novo conhecimento ou envolvam o uso de novos conhecimentos para antever novas aplicações; construção e teste de um protótipo caso seu objetivo principal seja a realização de novos melhoramentos (OCDE, 2002).

Os dados sobre Pesquisa & Desenvolvimento são coletados por pesquisas nacionais de acordo com as diretrizes dadas pelo Manual Frascati (OCDE, 2002). Esses dados são utilizados em diversos estudos, por exemplo, sobre os efeitos de P&D na produtividade, estimados por técnicas econométricas, tanto para países como para setores e empresas.

Entretanto, esses dados têm duas limitações principais: o fato de P&D ser um insumo e o fato de não abarcar todos os esforços das empresas e governos nessa área, já que existem outras formas de mudanças técnicas, como o aprendizado pela prática, que não são tratadas por essa definição restrita.

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2.4 PATENTES

Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgado pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Com este direito, o inventor ou o detentor da patente tem o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar a venda, vender ou importar produto objeto de sua patente e/ ou processo ou produto obtido diretamente por processo por ele patenteado. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente (INPI, 2017).

Conforme o Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, a patente é considerada um título de propriedade temporário, oficial, concedido pelo Estado, por força de lei, ao seu titular ou seus sucessores (pessoa física ou pessoa jurídica), que passam a possuir os direitos exclusivos sobre o bem, seja de um produto, de um processo de fabricação ou aperfeiçoamento de produtos e processos já existentes, objetos de sua patente (INPI, 2015).

Já inovação pode ser entendida como um processo de conversão de invenções tecnológicas ou não, ideias e conhecimento em novos produtos, serviços e processos, a fim de gerar retornos econômicos. As patentes podem ser consideradas entradas ou saídas desse processo (NAGAOKA, MOTOHASHI e GOTO, 2010). Ou seja, a patente age como condição para uma nova inovação, ou é um resultado desta.

Nem sempre o detentor de uma patente se vê na obrigação de praticar a inovação (MATUTE , REGIBEAU e ROCKETT, 1996).

Apesar do número de patentes concedidas refletir o dinamismo da inovação de um país, o crescimento das classes de patentes pode fornecer alguma indicação acerca da direção da mudança tecnológica. Em contrapartida, os problemas referentes ao uso de patentes como indicadores de inovação são bem conhecidos. Muitas inovações não são patenteadas, enquanto outras são protegidas por patentes múltiplas. Algumas patentes não possuem valor tecnológico ou econômico e outras possuem valores muito elevados (OCDE, 2002).

Desde agosto de 2009, o INPI, autoridade que regula os pedidos de patentes no Brasil, passou a operar como Autoridade Internacional de Busca e Autoridade Internacional de Exame Preliminar, pelo Acordo de Strasbourg, o qual estabeleceu a Classificação Internacional de Patentes (IPC, em inglês). A IPC organiza um sistema hierárquico de símbolos para a classificação de acordo com as diferentes áreas tecnológicas a que pertencem. A qualquer momento durante a vigência da patente, o INPI ou qualquer pessoa com interesse legal pode propor uma ação de nulidade. Esta, por sua vez, deve ser ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI, quando não for autor, deve estar presente.

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A patente é válida apenas nos países onde foi requerida e concedida a sua proteção e cada país pode conceder ou não a patente, independentemente da decisão em outros países sobre pedidos de patentes depositados nestes – patentes correspondentes. No que se refere aos tratados internacionais de patentes, o Brasil apresenta-se como signatário do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT, em inglês) desde abril de 1978. Esse tratado tem comportamento multilateral e permite requerer a proteção de patente de uma determinada invenção em vários países ao mesmo tempo, através do depósito de um único pedido.

3 O PROGRAMA P&D DA ANEEL

A gestão do programa de P&D da ANEEL é feita por um sistema de autenticação e carregamento de formulários e relatórios, acessado exclusivamente pela ANEEL e empresas do Setor Elétrico que são obrigadas a investir um percentual de sua Receita Operacional Líquida (ROL) em projetos de P&D, conforme previsto na Lei nº 9.991 de 2000.

Esses recursos são distribuídos em projetos de P&D da seguinte forma:

a) 40% serão recolhidos para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)1, fundo gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP);

b) 40% serão destinados para projetos de pesquisa e desenvolvimento, segundo regulamentos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e;

c) 20% serão recolhidos ao Ministério de Minas e Energia (MME), a fim de custear os estudos e pesquisas de planejamento da expansão do sistema energético, bem como os de inventário e de viabilidade necessários ao aproveitamento dos potenciais hidrelétricos.

A ANEEL regulamenta a forma de investimento dos recursos destinados ao programa de P&D cujas diretrizes e procedimentos relativos à submissão, prazos, áreas estão previstas no “Manual do

Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica”. Tão logo a

ANEEL abre ao público o programa de P&D, os recursos são provisionados em conta contábil específica. As empresas podem, a qualquer tempo, submeter projetos de P&D à ANEEL.

Todas as empresas distribuidoras, transmissoras e geradoras dos serviços de energia elétrica são obrigadas a investir em P&D, exceto aquelas que geram energia de fontes eólica, solar, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas e cogeração qualificada.

A participação no Programa de P&D da ANEEL está restrita aos seguintes membros:

a) Agentes do setor elétrico (empresas distribuidoras, transmissoras e geradoras de energia), que atuam como proponentes dos projetos;

1 Em 1969, foi criado o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT com o objetivo de financiar a inovação e o desenvolvimento científico e tecnológico, a FINEP por sua vez, exerce a função de Secretaria-Executiva, responsabilizando-se pela execução de atividades administrativa, orçamentária, financeira e contábil.

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b) Institutos de pesquisa e desenvolvimento, instituições de ensino superior, empresas de consultoria, empresas de base tecnológica e empresas incubadas, que podem ser executoras dos projetos de P&D;

c) Indústrias ou outras instituições com interesse em aportar recursos para a execução do projeto, que poderão ser parceiras nos projetos.

A Lei Nº 9.991/2000 dispõe sobre a realização de investimentos em P&D e em eficiência energética por parte das empresas concessionárias, permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica, e dá outras providências.

Alinhado com a Lei 9991/200, a ANEEL estabelece como objetivo do seu Programa de P&D “alocar adequadamente recursos humanos e financeiros em projetos que demonstrem a originalidade, aplicabilidade, relevância e a viabilidade econômica de produtos e serviços, nos processos e usos finais de energia. Busca-se promover a cultura da inovação, estimulando a pesquisa e desenvolvimento no setor elétrico brasileiro, criando novos equipamentos e aprimorando a prestação de serviços que contribuam para a segurança do fornecimento de energia elétrica, a modicidade tarifária, a diminuição do impacto ambiental do setor e da dependência tecnológica do país”(ANEEL, 2015).

O Programa de P&D regulado pela ANEEL está a cargo da Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (EE), que regulamenta e acompanhara implantação dos programas de P&D e EE do setor de energia elétrica (ANEEL, 2012). O objetivo do programa é fazer com que as empresas do setor elétrico “busquem inovações para fazer frente aos desafios tecnológicos e de mercado”, por meio do contato com Universidades, Centros de Pesquisa, fabricantes e/ou consultorias. O fluxo de projetos é contínuo e fica a cargo da empresa montar sua carteira em temas ou áreas de interesse, com autonomia para execução, responsabilidade de pesquisa e foco nos resultados.

O processo do programa divide-se entre:

I. Etapas e produtos, que abrange pesquisa básica dirigida, a qual corresponde ao algoritmo, modelo e estrutura básica utilizados para definir projetos a serem contratados; pesquisa aplicada, condizente à metodologia, técnicas e softwares a serem utilizados; desenvolvimento experimental, o qual adequa o protótipo, o projeto piloto e o processo e/ou serviço proposto; e, por fim, o aprimoramento e aplicação real, os quais estão relacionados ao produto/processo cabeça-de série, o lote pioneiro e a inserção efetiva no mercado;

II. Resultados e benefícios, que envolve os insumos, integrando a produção técnica e científica, a capacitação de recursos humanos e a infraestrutura física e laboratorial; os produtos,

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como o aprimoramento de processos, ganhos de produtividade, melhoria da qualidade dos serviços, redução de custos e redução tarifária.

4 SETOR ELÉTRICO NO BRASIL: ASPECTOS TÉCNICOS E ECONÔMICOS

O Brasil é o quinto maior país do planeta e possui uma das mais amplas, diversificadas e extensas redes fluviais de todo o mundo, com potencial considerável de aproveitamento para a geração de energia elétrica.

A maior parte da energia elétrica produzida no país é de origem hídrica, cerca de 65%, seguida de biomassa (8,2%), solar e eólica (6,9%) e nuclear (2,6%) (ANEEL, 2016).

O potencial hidroelétrico brasileiro é de 243 GW, mas apenas 36% ou 88 GW são explorados, principalmente nas regiões Sul Sudeste e Nordeste. Do potencial remanescente de 156 GW, a Região Norte possui 83 GW ou 53% do total, possibilitando ao país ampliar significativamente sua capacidade instalada por meio de novas grandes UHE, como as que estão sendo construídas no Rio Madeira, UHE Santo Antônio e UHE Jirau e no Rio Xingu, UHE Belo Monte (CBIE, 2011).

A atual legislação ambiental brasileira responsabiliza as concessionárias de energia elétrica por parte dos custos ambientais de seus empreendimentos fazendo-as implantar programas destinados à mitigação, à compensação ou ao monitoramento dos impactos ambientais.

Atualmente a Capacidade Instalada de Geração Elétrica por Fonte no Brasil, de acordo com o Balanço Energético Nacional 2019 (EPE. 2019) pode ser ilustrada com os dados da tabela 2.

A predominância das fontes renováveis na geração de energia elétrica coloca o país em um seleto grupo de países que possuem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo. O uso das fontes solar, eólica e hídrica predominam na oferta de eletricidade com uma participação de 73,8%. As termelétricas por sua vez, conhecidas também por UTEs, tem uma participação de 23,1% conforme demonstrado na tabela 2.

De acordo com dados do Plano Decenal de energia 2029, os pequenos empreendimentos hidrelétricos, conhecidos como PCH, poderão até 2029 acrescentar 2.100 MW a oferta nacional de energia. Essa projeção depende por sua vez do grau de competitividade dessa fonte no mercado e a preferência pelos compradores de energia. Em 2019, foram contratados 385 MW de energia nos leiloes de hidrelétricas de pequeno porte A-4 e A-6 (ABRAPCH, 2019).

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Tabela 2 - Capacidade Instalada de Geração Elétrica por Fonte em 2018 Usinas em Operação MW % Renovável UHE 98.287 60,4 % Renovável PCH 5.157 3,2 % Renovável CGH 695 0,4 % Renovável EOLICA 14.390 8,8 % Renovável SOLAR 1.798 1,1 % UTE Biomassa 14.790 9,1 % UTE Fósseis 24.127 14,8 %

UTE Efluentes Industriais 1.606 1,0 %

UTN - Nuclear 1.990 1,2 %

TOTAL 162.840 - Fonte: Intervenção dos autores sobre Tabela I.2 do BEN 2019 (EPE, 2019).

No que tange ao uso das fontes eólica e solar, a região Nordeste concentra o potencial de uso para geração de energia elétrica. Em 2018, de acordo com dados da Associação de Energia Eólica, Abeeólica, a região nordeste tinha capacidade instalada de geração de 10,23 GW sendo os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia os que possuem maior capacidade de geração.

A participação das fontes de energias renováveis – eólica, solar, biomassa e hidráulica – é expressiva no que tange a geração de energia elétrica. A energia eólica tem uma participação de 0,9%. Até 2026 as projeções são de 23,52 GW oriundos do uso das fontes PCHs, eólica, solar, biomassa e solar (PDE, 2026).

Credita-se essa concentração em fontes alternativas de energia a expansão da geração de energia elétrica a partir dessas fontes de acordo com dados da Empresa de Pesquisa em Energia, EPE nos últimos anos os leilões de energia solar e eólica tem registrado essa expansão.

Cada vez mais a energia eólica vem ocupando espaço na geração de energia elétrica no Brasil. Em 2018 a Capacidade Instalada de Geração de Energia Elétrica por Fonte Eólica era de 14,4 GW, o que representa 8,8% da capacidade instalada total. No ano de 2009 a capacidade instalada da energia eólica era de 602 MW, o que mostra um crescimento de 2.390% (EPE, 2019).

A expectativa é de que em 2020 o país ultrapasse a capacidade instalada de 16 GW, o que representa 10% da matriz elétrica nacional (EPE, 2019).

Quanto à energia solar, sua expansão está vinculada as alterações regulatórias relativas à Geração Distribuída – GD, cujo escopo tem propiciado a compensação da energia excedente produzida por sistemas de menor porte (net metering).

Em 2010, a Capacidade Instalada de Geração de Energia Elétrica por Fonte Solar Fotovoltaica atingia 1 MW e em 2018 atingiu 1,8 GW (EPE, 2019).

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Observando o contexto mundial, verificou-se uma expansão na oferta de energia solar, especialmente a fotovoltaica, que passou de 30 GW em 2012 para 100 GW em 2018 (REN, 2019).

Em 2029 estima-se que a Capacidade Instalada Total para a Geração de Energia Elétrica atinja 243 GW, de acordo com o Plano Decenal de Expansão de Energia 2029 - PDE 2029 (BRASIL;MME; EPE, 2019).

Figura 2 – Evolução da Composição da Capacidade Instalada por Fonte

Fonte: PDE (2019)

O Plano Decenal de Energia 2029 estima que a capacidade de geração de energia elétrica fotovoltaica alcançará 12.000 MW, representando 5% da potência total brasileira referente a 2029. Atualmente essa fonte é responsável por 1,1% da capacidade de geração de energia elétrica do país.

O mesmo estudo avalia que a energia eólica se aproximará de 39.000 MW, representando 16% da potência total brasileira referente a 2029. Atualmente essa fonte é responsável por 8,8 % da capacidade de geração de energia elétrica do país.

A matriz energética brasileira é diversificada e o potencial de cada um dos segmentos elencados – eólica, solar, hidráulica, termoelétrico – pode ser amplamente explorado.

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

No que tange aos esforços direcionados à inovação, as empresas dos setores de eletricidade e gás consideraram que o impulso e incentivos enfraquecem quando o apoio governamental se mostra insuficiente. De acordo com dados da PINTEC (2012-2014), 40% das empresas inovadoras obtiveram algum apoio do Estado para as suas atividades inovativas, proporção esta maior do que a obtida no periodo 2009-2011, de 34,2% (PINTEC, 2014).

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Figura 3 - Importância atribuída aos problemas e obstáculos para inovar, pelas empresas que implementaram inovações de produto ou processo, setor energia e gás - Brasil - período 2012-2014

Fonte: PINTEC (2014)

Uma avaliação amplificada sobre os investimentos em inovações no setor de eletricidade e gás de acordo com os dados da PINTEC (2012-2014) e (2015-2017) demonstrada na Tabela 3, mostram que as atividades internas em P&D apresentaram queda expressiva durante o período, isso está diretamente relacionado ao arrefecimento da economia e ao longo período de instabilidade de econômica. Diante desse cenário, percebe-se a falta de predisposição das empresas na realização de investimentos de maior risco, tal como as atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Por outro lado, a aquisição de máquinas elevou-se. Por fim, os níveis de inversões no âmbito total mantiveram-se em mesmo patamar durante esse período.

Tabela 3 – Coeficientes de variação estimados para variáveis selecionadas – eletricidade e gás Descrição (2012-2014) (2015-2017)

Atividades internas de P&D 30,2% 16,1%

Aquisições de máquinas 47,0% 86,1%

Empresas que implementaram inovação 29,2% 29,1%

Fonte: PINTEC (2012-2014) e (2015-2017)

De acordo com dados da PINTEC (2012-2014) a dificuldade em materializar a inovação deve-se a vários fatores. Para o deve-setor de eletricidade e gás os fatores alegados pelas empresas são diversos. O e a são os fatores mais apontados pelas empresas do setor conforme podemos ver na figura 3 abaixo: Já os investimentos realizados em P&D por meio do projeto ANEEL são mostrados na tabela

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Tabela 4 - Quantidade e Valor dos Investimentos em projetos de P&D da ANEEL por área (2012-2018) P&D 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012

Qtde de projetos 264 98 107 113 167 141 265

Valor Estimado (R$ 1.000) 506.918 544.547 468.505 461.233 514.915 378.832 608.508 Fonte: (ANEEL, 2018)

De acordo com os dados da ANEEL, o longo dos últimos 3 biênios o número de projetos de P&D aprovados apresentou variação, por outro lado, o volume médio de recursos destinados a essas atividades foi regular não tendo oscilado de um ano ao outro (Ver tabela 4).

A atividade de fiscalização poderá ser delegada às agências estaduais de regulação, de acordo com termos definidos em contratos ou convênios de cooperação. Diferentemente da pesquisa acadêmica, caracterizada pela liberdade de investigação, os projetos de P&D do setor de energia elétrica devem ter metas e resultados delineados.

De acordo com a Tabela 5, observa-se uma concentração nas áreas de Fontes Alternativas e Supervisão de Controle, com aproximadamente 138 e 215 projetos.

Tabela 5 - Quantidade e Valor dos Investimentos em projetos de P&D da ANEEL por área (2008-2016)

Área Qtde R$ Fontes Alternativas 138 271 Supervisão e Controle 215 133 Operação 137 83 Meio Ambiente 109 71 Eficiência energética 76 41 Outros 560 444 Total 1.235 1.043

Fonte: Elaborada pelos autores (2020)

Essa é a tendência internacional em priorizar ou buscar investir em novas fontes de energia. Se observarmos os leilões de energia no Brasil, observar-se-á claramente o aumento da participação dessas fontes. Os projetos em supervisão e controle são reflexos da necessidade das empresas do setor elétrico em adotarem melhorias na sua gestão e supervisão de rotinas.

6 CONSİDERAÇÕES FİNAİS

A realização de investimentos em P&D constitui uma das alternativas para que o país garanta o suprimento energético no longo prazo. A expansão da oferta de energia por meio do uso de outras fontes, como as renováveis é um desafio.

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A realização do estudo mostra a importância desses investimentos para a melhoria da cadeia de produção de energia elétrica e a materialização de soluções de eficiência energética que possibilitem a diminuição das perdas ao longo da cadeia.

O aperfeiçoamento de equipamentos e maquinários de geração, transmissão e de distribuição com suporte do conhecimento auferido dos esforços em P&D gera um benefício para toda a sociedade bem como soluções inéditas para o aumento do bem-estar daqueles cidadãos que não tem acesso a energia elétrica por viverem em áreas de absoluto isolamento social.

Apesar da iniciativa capitaneada pela Lei nº 9.991, de 2000 que dispõe sobre orientações relativas a alocação de recursos oriundos da receita anual permitida pelas distribuidoras de energia é crucial que esse programa de P&D ganhe cada vez mais a adesão desses agentes do setor elétrico.

A questão ambiental será tema premente nos próximos anos e cada vez mais será exigida a concepção de cadeias produtivas de energia limpa e cujo impacto ao meio ambiente seja baixo.

Os investimentos em inovação constituem a única saída para a criação de novas cadeias produtivas de energia sendo crucial a continuidade de programas dessa natureza.

Desde os anos 2000, com a institucionalização do Programa de Incentivos a Fontes Alternativas, o PROINFA, a expansão dessas fontes tem requisitado dispêndios em inovações que permitam o uso dessas fontes.

Cada vez mais o Brasil sinaliza na direção do uso mais intensivo dessas fontes renováveis de energia.

AGRADECIMENTOS

Ao Programa de Pós Graduação em Propriedade Intelectual e Transparência de Tecnologia para a Inovação – PROFNIT ponto focal Brasília, Universidade de Brasília.

Os autores agradecem à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPGI) e ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - IFBA por seu apoio financeiro.

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REFERÊNCİAS

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Figura 1 – Percentual dos gastos em P&D destinados pelas empresas no Brasil (2008-2017)
Tabela 2 - Capacidade Instalada de Geração Elétrica por Fonte em 2018  Usinas em Operação  MW  %  Renovável UHE  98.287  60,4 %  Renovável PCH  5.157  3,2 %  Renovável CGH  695  0,4 %  Renovável EOLICA  14.390  8,8 %  Renovável SOLAR  1.798  1,1 %  UTE Bio
Figura 2 – Evolução da Composição da Capacidade Instalada por Fonte
Tabela 3 – Coeficientes de variação estimados para variáveis selecionadas – eletricidade e gás
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