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Arq. Gastroenterol. vol.43 número3

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Academic year: 2018

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v. 43 – no.3 – jul./set. 2006 Arq Gastroenterol 161

EDIT

ORIAL

ARQGA/1227

DETECÇÃO DO LINFONODO

SENTINELA NO CÂNCER

COLORRETAL

Durante a última década, o estudo do linfonodo sentinela (LS) tem melhorado o estádio anatomopatológico de tumores sólidos, especialmente do câncer da mama e do melanoma, graças ao aumento do índice de detecção de doença nesse linfonodo.

O LS é defi nido como o(s) primeiro(s) linfonodo(s) ao longo da via de drenagem natural do tumor e representa, portanto, um local de eleição para metástase regional. Por essa razão, nas doenças citadas, a histologia do LS é altamente preditiva do estado linfonodal regional. Permite ao patologista análise criteriosa de um ou de alguns poucos linfonodos, por meio de múltiplas secções ou estudo imunoistoquímico, melhorando a precisão quando comparada ao exame histopatológico de rotina.

Nos pacientes com câncer colorretal, o estudo do LS não só é factível, como identifi ca vias de drenagem aberrantes e também metástases em salto (“skip metastasis”). A identifi cação de LS acometido por neoplasia não identifi cada pelos métodos convencionais, poderá eleger grupos de pacientes para terapia adjuvante.

No câncer colorretal, a ressecção linfonodal é tempo obrigatório da cirurgia oncológica, de tal sorte que, poder-se-ia dispensar a identifi cação do LS. No entanto, sabe-se da existência de casos de pacientes estágio II com micrometástases não identifi cadas pelos métodos histológicos convencionais e que se comportam como estágio III. Como é sabido, pacientes do estágio II não são rotineiramente tratados com terapia complementar e, portanto, ao se identifi car micrometástases nesse subgrupo, poder-se-ia oferecer o benefício do tratamento complementar.

O trabalho de autoria de BASILIO e FONSECA(1),

Detecção de linfonodo sentinela no câncer colorretal – importância, técnicas e resultados, apresentado neste número dos ARQUIVOS de GASTROENTEROLOGIA faz análise randomizada e prospectiva da utilização

do método em 31 pacientes com câncer do cólon, usando a injeção de corante em um grupo e, em outro, adicionando colóide radioativo marcado com 99mTecnécio. Os autores descrevem o método e os resultados. A identifi cação de mais de um LS por paciente mostra que podem existir mais de uma cadeia de linfonodos drenando determinado segmento do cólon e esse fato, antes de ser um óbice à credibilidade do método, representa a oportunidade de mais LSs serem examinados com múltiplas secções e imunoistoquímica, aumentando a exatidão. Outro ponto a ser mencionado seria a reprodutibilidade do método com o objetivo de aumentar a confi abilidade do exame. A utilização do corante e do colóide separadamente talvez possa servir de testemunho um do outro. Quanto à utilização de colóides, sabe-se que são constituídos de partículas de dimensões variadas, o que difi culta a difusão a partir do local de injeção, fato que prejudica a captação das mesmas. Nesse sentido, poder-se-ia utilizar o dextran como traçador, pois apresenta peso molecular defi nido, não atravessa as membranas capilares e se desloca do local de injeção somente por drenagem linfática. A superposição das técnicas mostrou melhorar a acuidade da pesquisa.

Fato relevante foi o percentual de aumento do estádio obtido de 12,9% (4 em 31), elegendo possíveis candidatos para tratamento adjuvante, o que por si só justifi ca a apresentação.

Sem dúvida, o trabalho contribui para a divulgação do método em nosso meio e abre novas linhas de pesquisas, visando aprimorar o estádio e, com isso, propor novas opções terapêuticas.

José Hyppolito da

SILVA*

DESCRITORES – Neoplasias colorretais. Estádio de neoplasias. Metástase linfática. Biopsia de linfonodo sentinela.

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162 Arq Gastroenterol v. 43 – no.3 – jul./set. 2006

Silva JH. Detecção do linfonodo sentinela no câncer colorretal

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. Basilio P, Fonseca LMB. Detecção de linfonodo sentinela no câncer colorretal – importância, técnica e resultados. Arq Gastroenterol. 2006;43:163-7.

Silva JH. Sentinel lymph node detection in colorectal cancer. Arq Gastroenterol. 2006;43(3):161-2.

HEADINGS – Colorectal neoplasms. Neoplasm staging. Lymphatic metastasis. Sentinel lymph node biopsy.

LEITURAS RECOMENDADAS

Liefers GJ, Cleton-Jansen AM, van de Velde CJ, Hermans J, van Krieken , Cornelisse CJ, Tollenar RA. Micrometastases and survival in grade II colorectal câncer. N Engl J Med. 1998;339:223-8.

Saha S, Espinosa M, Gauthier J, Morrison A, Rohatgi C, Dorman S, Ganatra BK, Desai D, Arora M. Diagnostic and therapeutic implications of sentinel node mapping in colorectal

cancer. 51st Society of Surgical Oncology, 1st World Federation of Surgical Oncology Societies

Cancer Synposium. San Diego, Calif, March 26-29, 1998.:p.31.

Saha S, Sehgal R, Patel M, Wiese D, Bilchik A, Beutler T, Iddings D, Espinosa M, Yee C, Ghanem M. Benefi ts, limitations and pitfalls of sentinel lymph node (SLN) mapping (M) for colorectal carcinoma (CRCa): a multicenter trial. J Clin Oncol. 2006 ASCO Annual Meeting Proceedings Part I. 24 (188) (june 20 Supplement). General Poster Session [3621].

Referências

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