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Tornar-se Vegetariano

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Academic year: 2021

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TORNAR-SE VEGETARIANO...

UMA QUESTÃO DE AMOR PELA VIDA

O número cada vez maior de vegetarianos em todo mundo está levando o próprio mundo a repensar sua dieta, que ainda traz no prato o predomínio da carne. Antes, quem consumia somente alimentos de origem vegetal era visto como gente excêntrica ou fanática religiosa. Hoje, a visão mudou. Também pudera. As evidências falam, ou melhor dizendo, gritam por si mesmas.

A crise mundial na produção de alimentos atinge principalmente os países pobres, mas acaba prejudicando a vida em todo planeta. Porque a alimentação carnívora não gera apenas problemas de saúde ou de meio ambiente. Ela também contribui para a desigualdade econômica e para uma de suas mais tristes conseqüências: a fome.

Razões de Sobra

Francis Moore Lappé, nutricionista autora do bestseller “Diet for a small planet” (Dieta

para um planeta pequeno), disse em recente entrevista na televisão que deveríamos olhar para um

pedaço de bife como para um cadilac. “O que eu quero dizer”, explicou ela, “é que nos Estados Unidos

nos tornamos dependentes de grandes carros que consomem muita gasolina devido á ilusão do petróleo

barato. Da mesma forma, somos prisioneiros de uma dieta centralizada na carne, obtida por

prisioneiros de uma dieta centralizada na carne, obtida por uma alimentação animal rica em cereais, em

decorrência da ilusão do baixo preço destes”. E põe ilusão nisso. De acordo com informação do

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, até 90% de todos os cereais produzidos nos EUA

são utilizados para alimentar animais de corte – vacas, porcos, caprinos e galinhas – que acabam nas

mesas de refeição. E tem em detalhe que mostra de forma nítida a insanidade desta situação: segundo o

Serviço de Pesquisa Econômica do Departamento de Agricultura dos EUA, são necessários 7 quilos de

cereais para se conseguir meio quilo de carne, o que prova que o processo de utilização de cereais para

a produção de carne é improdutivo.

Mas a questão econômica é só a ponta do iceberg. São várias as razões que estão levando as pessoas a adotar ma dieta vegetariana. A saúde individual é a razão mais citada. Há um forte consenso de que a alimentação vegetariana é mais saudável do que a que dá ênfase aos alimentos de origem animal. Eis os pontos citados com mais freqüência: 1) Uma dieta vegetariana reduz os riscos de doenças crônicas e degenerativas, como doenças do coração, câncer, diabetes, obesidade, osteoporose, doenças da vesícula biliar e hipertensão. 2) ela atende às recomendações atuais quanto ao percentual de gordura, carboidratos e proteínas, e que pregam a ênfase nos grãos, frutas, fibras e vegetais. 3) doenças como a encefalopatia espongiforme bovina (conhecida como Mal da Vaca louca), o vírus da leucemia bovina, o vírus da imunodeficiência bovina e a atual febre aftosa, que podem afetar a saúde humana.

A questão ética também vem sendo levantada com freqüência. Para muitos, o vegetarianismo é uma declaração contra a violência e a crueldade. Há um sentimento de que tirar a vida de outra criatura é errado. Todos os anos nos EUA mais de 7 bilhões de animais (excluindo os peixes) são abatidos para uso na alimentação. Quem opta pelo vegetarianismo como forma de protesto costuma expressar essas preocupações: 1) os animais são criaturas sensíveis, com padrões de comportamento complexos e ligados a sua prole. 2) o sistema atual de criação de animais para o abate trata-os como objetos inanimados. Os animais, impedidos de seguirem seus instintos, são levados à loucura. 3) a forma com que são abatidos é cruel, primitiva e violenta. Muitos animais são dolorosamente esquartejados para tornarem-se nosso alimento.

Há uma reação sem precedentes de nossa sociedade com relação ao estado do meio ambiente. A maioria começa a se dar conta de que não podemos continuar a consumir os recursos da Terra nesse ritmo, se quisermos ter alguma esperança nas gerações futuras. Tomam a decisão de tornarem-se vegetarianos como uma forma de reduzir, enquanto é tempo, a destruição do meio ambiente. Seus argumentos são os seguintes: 1) a criação de gado é uma dos principais fatores de desertificação (perda da camada fértil do solo e esgotamento da terra a tal ponto que não suporta mais o crescimento de qualquer vegetal) e o desflorestamento (perdas de árvores em muitos locais, incluindo a preciosa floresta tropical úmida). 2) a criação de gado demanda imensas quantidades de água potável. Comparando, são necessários cerca de 100 litros de água par produzir meio quilo de trigo e 1500 litros par produzir meio quilo de carne bovina. Isso significa menos água gasta na produção do alimento de um vegetal durante um ano, do que a gasta para produzir os alimentos de um carnívoro em um mês. 3) a camada superficial da terra, essencial para o crescimento de vegetais, está sendo esgotada a uma velocidade superior à de sua formação. A criação de gado contribui muito para esse problema. 4) a destruição dos habitantes naturais para dar lugar à criação de gado contribui para o rápido aumento dos índices de extinção de muitas espécies vegetais e animais.

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A fome mundial é uma problema de proporções gigantescas. Quase um quarto da população não dispõe do suficiente para comer. Destes, de 40 a 60 milhões morrem de fome e de doenças a ela relacionadas todos os anos. Muitos que optam pela dieta vegetariana o fazem para contribuir com a redução da fome no mundo. Suas razões: 1) a criação de gado significa um uso muito ineficiente dos recursos alimentares. Requer enormes quantidades de energia e produz poucos alimentos utilizáveis, em comparação com a produtividade dos vegetais. 2) a demanda por carne entre as populações ricas do planeta assume precedência sobre a necessidade de produção de grãos e legumes para os países em desenvolvimento. Os proprietários de terras geralmente optam pelo cultivo ou pela criação daquilo que lhes confere mais lucro. Esse fato muitas vezes significa a opção pela criação de gado para os ricos ao invés do cultivo de grãos para os famintos. 3) nos países em desenvolvimento, a terra, tão necessária ao cultivo de alimentos nativos, é usada para plantações que geram lucro rápido, ração e forragem destinadas aos animais e para a criação de gado de exportação (como é o caso do Brasil) a fim de gerar divisas para o pagamento da dívida externa.

Para alguns, a economia é outra força que os compele a adotar uma dieta vegetariana. Os argumentos que usam para apoiar sua decisão são estes: 1) se a política para a agricultura favorecesse a plantação de grãos e vegetais, o uso da terra mudaria e as populações poderiam alimentar-se de forma mais barata e eficiente. 2) uma dieta baseada em vegetais é mais acessível.

E tem o aspecto religioso. Alguns grupos cristãos, como os monges trapistas da Igreja Católica e os Adventistas de Sétimo Dia, incentivam adoção de uma alimentação vegetariana. Muitas religiões orientais também, entre elas o budismo e o hinduísmo, adotam uma filosofia que promove a reverência pela vida e a harmonia com a natureza. O fato de algumas religiões defenderem o vegetarianismo é sintomático. Prova que a alimentação vegetariana tem sido uma opção nutricional desde que se começou a registrar o tempo. Um dos registros mais reconhecidos é encontrado no Velho Testamento, onde é dito a Adão qual deveria ser seu alimento, Está lá, no Gênesis 1:29: “Disse-lhes também Deus: Eis aí, vos dei todas as ervas, que dão as suas sementes sobre a terra; e todas as árvores que têm as suas sementes em si mesmas, cada uma segundo sua espécie, para vos servirem de sustendo a vós”.

Jesus Era ou Não Vegetariano?

Uma das mais mais antigas polêmicas entre os cristãos é a crença de que Jesus comia carne. A justi-ficativa comum são as muitas referências à carne no Novo Testamento. Porém, o estudo atento dos manuscritos originais gregos mostra que a maioria das palavras traduzidas como “carne” são na verdade trophe, brome e outros termos que querem dizer simplesmente “alimento” ou “comida”. Um bom exemplo está no Evangelho de São Lucas (8:55). Segundo esta passagem, Jesus levantou uma mulher dentre os mortos “e ordenou que lhe desse carne”. A palavra grega original, traduzida como carne, é phago, que significa apenas “comer”. Assim Jesus teria realmente dito: “Deixe-a comer”. A tradução grega para carne é kreas, e esta nunca foi usada em relação a Jesus.

Outro ponto questionado diz respeito à passagem em que Jesus afirma, “o mais importante é o que sai da boca do homem e não o que por ela entra”. Preste atenção, Ele diz “o mais importante”. O que significa a prioridade, acima de tudo, dada à ética e a moral. Jesus porém não descarta os fatores secundários a serem observados pelo indivíduo para sua evolução. Afinal de contas, fica difícil imaginar alguém que possa se sacrificar bebendo veneno ou mastigando pedra.

A figura excelsa de Jesus não é compatível com a imagem de banquetes sangrentos. Difícil

imaginá-lo degustando uma coxa de galinha, um pedaço de carneiro ou qualquer víscera animal.

Jesus, avatar - Encarnação Divina — de elevada vibração sideral, respeitava o estado

evolutivo no qual se encontrava o povo de sua época, por isso materializava peixes para os esfomeados,

simplesmente porque era o alimento adequado àquele tempo. No entanto, ninguém jamais O viu

colocando carne em sua própria boca.

Jesus não foi o único a amar e respeitar os animais evitando uma alimentação carnívora. Ao longo da história, o vegetarianismo mesclou-se com as diversas culturas do mundo. Muitos dos grandes iluminados, mestres, filósofos e pensadores recusaram-se a comer carne em épocas em que tal escolha era contrária às con-venções da classe dirigente.

Vegetarianos Históricos

A lista de vegetarianos históricos é extensa:

Buda, Krishna, Gandhi, Ramatis, Pitágoras, Platão, Sõcrates, Plotino, Plutarco, Newton, Voltaire, Shelley, Darwin, Leonardo Da Vinci, Pasteur, Joana D’Arc, Helena Blavatski, Francisco de Assis, Agostinho, Richard Wagner, Leon Tolstoy, Albert Einstein, entre outros. A alimentação vegetariana

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dinamizava suas faculdades intelectuais e psíquicas, mantendo-os em elevada vibração, distantes do atavismo letárgico oriundo da carne animal.

Sempre é bom ouvir os mais sábios. Com a palavra, o gênio-cientista Albert Einstein: “Sou, por princípio, fervoroso seguidor do vegetarianismo. Acima de tudo por razões éticas e morais. Creio firmemente que, por seus efeitos físicos o sistema de vida vegetariano influirá de tal maneira sobre o comportamento do homem, que em muito melhorará o destino da humanidade.

Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na Terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. Agora, o santo-político Mahatma Gandhi: ”O processo espiritual requer, em determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos. É doentio invocar em nossas preces diárias as bênçãos e a compaixão de Deus se nós não praticarmos a compaixão elementar em relação aos animais, nossos semelhantes.

O dramaturgo inglês Bernard Shaw (1856-1950), ao anunciar a seu médico a decisão de eliminar a carne de suas refeições, ouviu dele a seguinte advertência: se ele insistisse na dieta sem carne, certamente morreria de desnutrição em pouco tempo. Shaw respondeu que preferia morrer a se alimentar de “cadáveres”. Ao aproximar-se dos 85 anos de idade, Shaw afirmou ironicamente: “A idade média (expectativa de vida) de quem consome carne é de 63 anos. Estou chegando aos 85 e trabalho mais do que nunca. Já vivi o bastante e estou tentando morrer; mas simplesmente não posso. Um simples bife acabaria comigo; mas não consigo engoli-lo.”

Um vegetariano menos conhecido mas que deixou um depoimento marcante foi o campeão

de tênis, o americano Peter Burwash, após visitar um matadouro: “Não costumo muito me amedrontar

facilmente. Eu jogava hóquei até quando me fizeram engolir metade dos meus dentes. E sou altamente

competitivo em quadras de tênis, mas aquela experiência no matadouro aterrorizou-me.

Quando saí de lá eu sabia que nunca mais maltrataria um animal novamente! Eu conhecia

todos os argumentos fisiológicos. econômicos e ecológicos que apoiavam o vegetarianismo, mas foi a

experiência direta da crueldade do homem para com os animais que estabeleceu o verdadeiro alicerce

de meu compromisso com o vegetarianismo”.

Hoje, para um conceito gozar de consenso geral, não basta ser lógico. Pelo contrário, muitas vezes não goza do consenso geral justamente por ser verdade. Como diz, de um modo um tanto quanto rude, o psicólogo americano Date Carnegie: “Ainda não estamos lidando com criaturas de lógica. Estamos, sim, lidando com criaturas de emoção, desviadas pelos preconceitos e criadas pelo orgulho e pela vaidade.” Em cima disto, pode-se dizer que os seres humanos acreditam mais no que desejam que seja verdade, do que naquilo que é evidente. Isto acontece, por exemplo, quando o assunto e:

ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA OU CARNIVORA.

A verdade é que nós — e isso inclui você, amigo leitor — preferimos não tomar consciência de como se dá a matança de milhares, milhares não, milhões de vidas indefesas, muito menos o que elas acarretam — evidência — para que nossos paladares continuem sendo saciados — desejo.

A mudança de mentalidade em relação a uma alimentação saudável, e o respeito a todas as formas de vida, é cada dia mais necessária. Não podemos mais adiar esta reflexão. Afinal, o homem não foi criado para se alimentar do sofrimento de seus irmãos menores. Por conta disso, seu crescimento espiritual tem se estagnado, seu karma crescido, e sua saúde entrado em declínio.

Ponto de Vista Anatômico e Fisiológico

O aparelho orgânico humano não foi criado para manter urna alimentação carnívora. Prova disto são suas características funcionais digestivas. A começar pela boca, com a dentição, a mastigação e os ácidos salivares. Não temos os dentes frontais agudos (caninos) para cortar a carne, típicos nos animais carnívoros. O homem, classificado zoologicamente a partir de sua formação dentária, é um animal mamífero, fitófago — que se alimenta de folhas e grãos — e frugívoro, ou seja, que se alimenta de frutas. Já as nossas glândulas salivares, apenas segregam ácidos salivares quando mastigamos, ao contrário das dos animais carnívoros, que segregam facilmente e sem mastigaçao.

Já o tubo digestivo do homem, cujo tamanho é de 10 a 12 vezes o seu tronco, acaba retendo naturalmente os alimentos por mais tempo. Pois não foi feito para acumular detritos cárneos, de rápida putrefação e alto nível tóxico. Este problema já não ocorre com os animais carnívoros, cuja digestão e excreção é feita em curtíssimo tempo, pois têm um tubo digestivo de apenas 3 a 5 vezes o tamanho de seus troncos. Isto significa que: ao ingerirmos qualquer tipo de carne, nosso aparelho digestivo assemelha-se, digamos, a uma pe-quena sepultura, com os restos cadavéricos de um animal em decomposição, contaminando, por tempo anormal, todo organismo.

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Faça uma experiência: ao lado de urna maçã coloque sobre a mesa um pedaço qualquer de carne, seja de vaca, frango ou peixe. Algumas horas depois vai ser impossível não sentir o cheiro nauseante produzido pela carne, enquanto a maçã continua lá, toda cheirosa. Passado um dia inteiro, então, surgirão insetos ao redor da carne na mesa, e o seu vizinho vai pensar que aconteceu alguma coisa com você. Melhor comunicá-lo que é só uma experiência... A essa altura, pequenos vermes já devem estar passeando pela carne, enquanto a maçã... continuará do mesmo jeito, prontinha para ser comida. Bom, imagine agora esse mesmo processo acontecendo dentro de seu corpo.

Para ser digerida, a carne precisa de sucos digestivos altamente concentrados em ácido clorídrico. Ocorre que no estômago humano se produz menos de um vigésimo de concentração de ácidos em relação aos animais carnívoros. Ao longo dos anos, a digestão da carne fica cada vez mais difícil, nosso estômago enfraquece e surgem aí as primeiras gastrites e úlceras.

Resumindo: do ponto de vista fisiológico e anatômico, o homem não foi feito para comer carne. Se o faz, é por mau hábito.

Alimento Altamente Tóxico. Organismo Comprometido: Doenca à Vista

Qualquer carne, por mais “pura” e “limpa” que seja, na verdade um pedaço de animal morto em estado te putrefação. Putrefação esta comum após o fenômeno da morte, e que se dá pela ação das bactérias. A refrigeração ou congelamento da carne não é capaz de matar as bactérias; apenas impede que elas se desenvolvam temporariamente. Logo que voltar à temperatura ambiente, a putrefação recomeça. E pior, com mais rapidez, devido ao aumento do volume de água contida em suas células. O processo de cozinhar, fritar ou assar a carne pode até matar as bactérias, mas isto só acontece em temperaturas muito altas, o que não ocorre normalmente, pois a maioria prefere comê-la mal passada ou no ponto. Confira! Faça igual a Pasteur: coloque-a num microscópio.

A carne representa a maior fonte de putrefações intestinais que existe — a média de germes num ser humano carnívoro chega a 65.000 por mm3, enquanto que num vegetariano é de apenas 2.000 por mm3.

No núcleo das células dos tecidos animais existe urna coisa chamada nucleoproteido, em cuja molécula se acha o ácido nucléico. Da desintegração deste ácido em nosso corpo surge o ácido úrico. Logo, a ingestão de alimentos cárneos determina a produção de ácido úrico, que fica retido nos tecidos e, em parti-cular, nas articulações, provocando artrites, reumatismo e gota. Se o amigo ou a amiga anda se sentindo meio duro (a) igual um jabuti, é sinal de que anda comendo, ou já comeu, muita carne.

Além das bactérias, através da carne o homem ingere também uma série de toxinas. Elas saturam o fígado e os rins, fazendo-os trabalhar ainda mais, só para neutralizá-las. Entre as toxinas destaca-se a cadaverina, a muscarina, a nervina e a putrescina, que com esses nomes, não poderiam mesmo ser boa coisa. Para ter uma idéia da situação, o fígado e os rins de um carnívoro trabalham três vezes mais do que os de um vegetariano. Imagina o estresse!

Como se não bastassem todas estas bactérias e toxinas, a carne ainda vem entupida de produtos químicos. Segundo o Dr. Sharon Fleming, do Departamento de Ciências Nutricionais da Universidade da Califórnia, “as toxinas, junto com os conservantes colocados nas carnes, produzem vários tipos de câncer”. Fora isso, todos os animais criados para o abate, são mantidos e engordados através de tranqüilizantes, hormônios, antibióticos e outras 2.700 drogas. Este processo começa antes do nascimento do animal e termina no corpo humano. E... No seu mesmo!

Uma das substâncias químicas colocadas na carne é o dietilstilbestrol (DES), um hormônio que promove o crescimento rápido do animal, e que, segundo foi provado, é um dos maiores causadores de câncer.

O nitrato e o nitrito de sódio, substâncias químicas usadas para retardar a putrefação da carne defumada e derivados - como presuntos, salames, toucinhos e peixes — também colocam a saúde em risco. Elas dão à carne uma aparência vermelho-brilhante, ao reagirem com os pigmentos do sangue e cio mús-culo, tornando-a atraente para o consumo.

Isto tudo, sem falar na adrenalina que é liberada na circulação sangüínea pelo animal na hora de ser morto. Poucos sabem como é cruel o esquema de abate. Um dos métodos mais conhecidos é o da vaca: após tomar uma marretada na cabeça, a coitada cai, mas não morre de pronto — isso a faz despejar adrenalina no sangue. Qualquer ser humano quando leva um susto também despeja adrenalina no sangue, só que pode depois se livrar dela através das excreções. Já a vaquinha, não tem tempo sequer de ir ao banhei ro... Hoje é aplicado em alguns frigoríficos métodos mais “humanitários’, como o da pistola pneumática, que “elimina” a dor e a con-seqüente liberação de adrenalina. Com ela se dispara um tiro na testa do bichinho, o que produz sua morte instantânea.

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Resumindo, a carninha nossa de cada dia é composta de:

Bactérias + toxinas + conservantes + metabólicos esteróides + tranqüilizantes + hormônios + antibióticos + 2.700 drogas + substâncias químicas + adrenalina.

Proteína: Mentiras e Verdades

Qual é o animal mais forte na natureza? Ele mesmo, o elefante. Pois sabe o que ele come? Nada mais que pequenos brotos vegetais, nada de carnes. Sabe qual o alimento do hipopótamo, do cavalo, do rinoceronte, da girafa e do nosso amigo reprodutor, o touro? Vegetais, vegetais, e mais nada. A comparação é inevitável: se eles comem apenas vegetais e são tão fortes assim, porque não podemos ser também?

Além de fortes, todos os animais herbívoros (que se alimentam de ervas e vegetais) são mansos e inteligentes — ao contrário dos carnívoros, que quase sempre são violentos e traiçoeiros. Mas apesar das evidências, pessoas mal informadas, entre elas muitos médicos, insistem em defender a carne como a grande fonte de proteínas. Só se esquecem de um pequeno mas importantíssimo detalhe: a proteína que comemos através da carne é a mesma encontrada nos campos e plantações de legumes e verduras, grãos e frutas. Afirmam que só a carne contém o tipo de proteína capaz de se transformar nos dez aminoácidos necessários a manuten ção da vida. Isto não é verdade. A soja desmente isso, já que produz os mesmos aminoácidos. Em termos de pro-teína, a soja inclusive da uma surra na carne. Confira: 1 kg de proteína de soja tem o poder alimentício de 11 dúzias de ovos, de 3,8 kg de carne ou 4 kg de peixe. Tá bom ou quer mais?

Qual a Diferença entre Comer Carnes e Vegetais? O Vegetal Também Não É um Ser Vivo?

A diferença esta no psiquismo. O reino animal se encontra numa etapa de evolução que já

apresenta traços de racionalidade —pensamentos e emoções já começam a se manifestar, ainda que de

forma embrionária. Percebe-se isso fácil, através da fidelidade e astúcia de certos animais. Nos

vegetais, por sua vez, o psiquismo ainda está distante da auto-consciência ou individualização.

A matança e a ingestão de carne interfere num processo já bem acentuado de

individualização e tomada de consciência dos animais. Com os vegetais isso não ocorre, pois a alma do

vegetal, vamos dizer, está pulverizada, espalhada, longe ainda da individualidade. O mesmo não se

pode dizer dos animais. Basta observar o triste olhar de uma vaca a seu pequeno bezerro, minutos antes

de seu abate.

Ecologia hipócrita

Realmente, são muito bonitas as campanhas de preservação de algumas espécies em extinção, como a do mico-leão-dourado, do jacaré, da tartaruga. Só fica difícil perceber qual a diferença entre estes animais e outros, como a vaca, o porco, a galinha sendo animais, não deveriam todos, portanto, ser preservados? Chega a ser hipocrisia defender a vida de uns enquanto comemos a vida de outros em nosso prato. Mais do que uma espécie, é a vida do animal que esta em jogo. Para quem detendo a natureza, ser vegetariano é uma questão de coerência. Ecologia começa no prato.

Aliás, falando em prato uma das principais causas da fome e miséria em todo planeta é, como já dissemos, a cultura de abate de animais. As mesmas áreas de terra destinadas à pecuária, seriam muito mais produtivas se fossem utilizadas para o cultivo de grãos e vegetais. Exemplo? Vamos lá: 1 hectare produz 107 kg de carne de boi, o que atenderia as necessidades: microcalóricas de um homem por 40 dias. Se neste mesmo hectare fosse plantado soja, ela produziria 2.890 kg, o que daria para alimentar um homem durante 5.000 dias. Isso é que é goleada!

A questão ética, kármica e espiritual

A alimentação carnívora e anti-ética e viola a Lei de Preservação da Vida, pois interfere criminosamente na evolução dos nossos Irmãos menores. Ela aciona a lei de Compensação — Lei do Karma, ação e reação — que leva o ser humano a arcar com as conseqüências de tal hábito desregrado. Por se alimentar com o sofrimento alheio, o homem adoece fisicamente, desequilibra seu psiquismo e compromete sua evolução espiritual. E isto não acontece por falta de aviso. Jesus disse: “não faças aos outros o que não gostarias que fizessem a ti”.

A carne animal, ao ser digerida no organismo, divide-se em três partes: a primeira, e mais densa, é excretada com dificuldade; a segunda, ao mesmo tempo nutre e intoxica; e a terceira, mais sutil, alimenta negativamente emoções e pensamentos.

A parte mais sutil da energia liberada pelo consumo da carne espalha-se por nossos campos energéticos (duplo etérico, corpo astral e mental). Produz uma espécie de camada energética viscosa, densa e de baixa vibração, que entorpece a consciência, estimulando depressões e quadros de irritabilidade.

Ao sair do corpo à noite, enquanto dorme, o indivíduo de alimentação carnívora sente-se preso ao plano terra-terra. Torna-se incapaz de penetrar em planos mais sutis da vida fora da matéria. Ao voltar para seu

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corpo físico, não se lembra com nitidez de sua experiência extracorpórea.

Ao desencarnar a coisa fica pior, pois o espírito é chamado a prestar conta de suas ações. Por mais evoluído que seja, terá ainda que reencarnar na Terra para nela deixar as vibrações densas adquiridas com o consumo da carne. E isto, claro, implica em novo sofrimento para ele, que na vida física foi negligente, e agora deve sujeitar-se ao devido ajuste kármico.

O mestre Ramatis diz que “o sofrimento humano nas guerras fratricidas é uma compensação kármica pelo sangue vertido dos animais indefesos”.

Enfim, tornar-se vegetariano requer apenas um pouco mais de amor no coração.

Confira agora uma seleção de perguntas feitas por indivíduos carnívoros sobre o tema vegetarianismo, pinçadas do site www.vegetarianismo.com.br.

1. O que é um vegetariano?

R. Vegetariano e aquele que elimina completamente o consumo de carne, seja de boi, frango, peixe ou outros frutos do mar. As pessoas adotam uma dieta vegetariana por diversos motivos, entre eles a preocupação com a saúde, com os animais, o meio ambiente e a fome no mundo.

2. Como classificam os vegetarianos?

R. Classificam-se em ovo-lacto-vegetarianos (ou lacto-vegetarianos ou ovo-vegetarianos) e vegetarianos puros ou estritos (vegans). Há também os frugívoros e os crugívoros.”

3. O que são vegetarianos puros ou vegans?

R. Os vegetarianos puros (totais) ou vegans abstêm-se de todos os alimentos de origem animal, inclusive ovos, lacticínios, gelatina e mel (produto das abelhas. Embora os termos vegan e vegetariano puro sejam usados como sinônimos, há uma diferença entre eles. Os vegans vão além daquilo que comem, evitan-do, tanto quanto possível, todos os produtos derivados de animais. Recusam-se muitas vezes a usar couro, lã e seda, bem como a utilizar sabonetes que contenham sebo animal e fotografias que utilizem gelatina. (A gelatina é usada em marshmallow e outros produtos, e é feita de ossos e tecidos conjuntivos de animais).

4. Estou preocupado com minha saúde e eliminei a carne vermelha. Deveria fazer mais alguma coisa ?

R. Cada vez mais médicos e determinadas instituições recomendam que as pessoas reduzam a quantidade de carne vermelha e a porcentagem total de gordura de sua dieta. O excesso de gordura na alimentação está ligado a várias doenças, entre as quais doenças cardíacas e câncer, duas das que mais provocam óbito. Como resultado, muitos têm reduzido ou eliminado a carne vermelha de suas refeições.

Entretanto, estudos médicos recentes descobriram maiores benefícios na eliminação completa de produtos de origem animal. Estudos populacionais mostram que os vegetarianos têm os mais baixos índices de doenças cardíacas e outras enfermidades. Um estudo recente do Dr. Dean Ornish, publicado no jornal médico

The Lancet constatou que a maioria dos pacientes que seguia os conselhos médicos comuns contra o

entupi-mento das artérias coronárias pioravam, enquanto os que adotavam uma dieta completamente vegetariana, associada a mudanças no estilo de vida, apresentavam melhora, inclusive a reversão dos bloqueios das artérias coronárias.

5. Peixe e frango são mais saudáveis do que carne de gado?

R. Embora o peixe e o frango tenham menos gordura saturada do que a carne de gado ou de porco, ainda contêm elevado teor de gordura e colesterol. Estudos mostraram que as pessoas que substituí ram a carne de gado e de porco por peixe ou frango apresentavam uma redução insignificante do colesterol sangüíneo.

Porém, o frango e o peixe estão associados a outros riscos além da gordura e do colesterol. A carne de frango contaminada é a principal fonte da bactéria Salmonella,, que pode provocar infecções graves e, as vezes, fatais se for impropriamente preparada. O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estima que mais de 30% de todo o frango está contaminado por bactérias Salmonella, Camphvlobacter ou

Estafilococo. Estas mesmas bactérias também são encontradas com crescente freqüência em ovos, mesmo os

sem cascas danificadas.

O peixe retém mais poluentes ambientais do que animais que vivem na terra. A maioria dos peixes consumidos por seres humanos comeram outros peixes, resultando em uma agregação de tóxicos devido à cadeia alimentar mais longa. Além disso, os crustáceos e mariscos contêm níveis elevados de toxinas devido a seus hábitos alimentares. Os peixes podem acumular mais de 100.000 vezes os níveis de substâncias químicas tóxi cas encontrados na água onde vivem. O peixe (bem como a carne e o frango) contém aproximadamente 13 vezes mais resíduos de pesticidas do que os vegetais e grãos. Muitos peixes contêm elevados índices de gordura e todos os crustáceos são destituídos de carboidratos, fibras e vitamina C, contendo proteínas demasiadamente concentradas. O peixe também é um alergênico comum.

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6. Vocês podem me mandar um exemplo de dieta balanceada vegetariana. A verdade é que não sou vegetariana ainda, mas não como carne vermelha há muito tempo.

R. Resposta dada pelo Dr. Lino Guedes Pires:

“Uma dieta vegetariana pode ser extremamente simples quando consideramos o importante papel das bactérias fermentadoras no nosso intestino, quando fazemos uso de alimentos preferencialmente não industrializados.

Na filosofia Taoísta chinesa aprendi que os alimentos bons para nós devem ser ingeridos de acordo com seu movimento e sabor sutil (por ex. O arroz integral tem como sabor sutil o sabor doce, o trigo, amargo etc.). Assim, muito a grosso modo mas de forma muito útil, os alimentos que sobem, como o arroz, são ótimos pela manhã. O trigo, de sabor amargo e portanto pertencente ao elemento fogo, pouco antes do meio dia. Frutas que “descem”, a manga, por ex:, à tarde. A noite as raízes e os alimentos que crescem junto ao solo pois favorecem o sono e a manutenção dos “alicerces”do organismo.

INTEGRAIS X REFINADOS

É muito comum para uma pessoa que decide adotar uma alimentação natural ver-se diante de um dilema pra lá de enjoado: “Sairá mais caro consumir alimentos sem agrotóxicos e integrais? Ou gastarei menos se continuar ingerindo carnes e produtos refinados? Gente boa, pode relaxar: a prática está comprovando que este não passa de um falso dilema.

Aliás, mano véio, saúde não tem preço e saiba você, desde já que um número absurdo de doenças modernas é fruto, exatamente, de nossa vaidade, preconceito e falta de informação sobre o valor infinitamente maior dos alimentos integrais. Alimentos refinados, como veremos, são venenos que ao longo dos anos de ingestão, intoxicam e causam graves problemas. Beleza põe mesa! E nestes dias difíceis, onde o estresse acaba com nossas energias, a melhor forma de prevenção está na alimentação.

Tudo bem, sem dúvida o preço do alimento de cultura química e de transformação industrial é mais baixo, por unidade produzida, que o do alimento natural. Mas daí a dizer que o hábito alimentar baseado nos produtos biológicos (sem agrotóxicos) sai mais caro, é outra história... Pois a experiência está comprovando que, se no varejo o alimento natural é mais caro, no atacado acaba saindo bem mais barato. Um exemplo está na comparação do arroz integral com o arroz refinado: do refinado o organismo assimila rapidamente o amido (que engorda pra caramba, diga-se de passagem), fazendo a pessoa sentir fome em menos tempo do que quando ingere arroz integral, cujo valor nutritivo é absurdamente maior, além de limpar totalmente os intestinos (alô você que vive entupido(a) e “naquela” pressão!). Outra comparação simples: um pote de tahine (pasta de gergelim) Pedra Branca, que no mercado é possível se encontrar a R$4,00, e um requeijão Poços de Caldas, a R$2,00. À primeira vista, o mais barato é o requeijão. Mas ocorre que ninguém costuma consumir um pote inteiro de tahine em menos de uma semana (usando como medida 1 pessoa), ao passo que o copo de requeijão pode se detonado em um dia por um adolescente. Pra se ter uma ideia da força nutricional do tahine, um sanduíche de pão com tahine equivale a uma refeição completa. Resumindo: pelo seu rendimento, ele sai muito mais barato que um requeijão, sem falar que é muito melhor para a saúde. A rapaziada fã do requeijão deve inclusive ficar sabendo que ele está cada vez mais impregnado com perigosos hormônios, oriundos do leite da vaca que cresce e engorda através de substâncias químicas. As maiores vítimas de laticínios como o requeijão têm sido as mulheres apresentando, ainda jovens, problemas ginecológicos de cistos e miomas.

Pedimos a uma pessoa que mantém uma alimentação natural uma lista de compras. Pode-se dizer que sua lista equivale a uma cesta básica e meia. Aí está: arroz integral (1kg supre três refeições para quatro pessoas ); feijão azuki (o dobro da medida do arroz para quatro pessoas); carne de soja, glúten, macarrão integral, inhame, brócolis, cenoura, milho, cebola, alho, alface, tahine, missô, mel, pão integral, óleo de girassol, shoyo, sal marinho, aveia integral, centeio integral, cevada integral, painço.

Lançamos o desafio ao leitor: leve esta lista de compras e compare com as tradicionais compras feitas nos supermercados da vida. A comparação deve ir além dos preços por unidade. Lembre-se: no varejo esta “cesta básica e meia” parece mais cara, mas no atacado ela prova que é muito mais barata. Até porque, permite substituir os produtos de luxo (e portanto, não essenciais) que são os mais caros, como carne, peixe e a maior parte dos laticínios, pelos naturais, que tornam mais “leve” a alimentação cotidiana. Os alimentos integrais possuem de fato maior valor nutritivo: graças à melhor capacidade de assimilação dos intestinos, eles nos fornecem mais substâncias nutritivas por menos volume. Sem falar que, ao assumirmos a manutenção de nossa saúde, nos liberamos da escravidão dos medicamentos farmacêuticos, que oneram desnecessariamente o orçamento familiar.

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Porque refinar é mau negócio?

Diversas operações, em particular a refinação e a adjunção de aditivos, empobrecem nossos alimentos, tornando-os perigosos para o consumidor. A refinação tornou-se a regra. Mas por que a indústria alimentar refina os produtos da agricultura? Ora, simplesmente porque essa indústria trabalha em função do rendimento, ou seja, da produção em massa. E para não dizer “mortas”, para obter estas matérias, é suficiente destruir ou eliminar, por meios mecânicos ou químicos, todas as substâncias vivas.

Os aditivos são um capítulo à parte: para poder transformar, conservar, apresentar e vender seus produtos, a indústria alimentar colocou em evidência um diabólico arsenal de uns 2500 aditivos, a maior parte sintéticos, que nos chegam dentro do prato sem que saibamos: conservantes, antioxidantes, colorantes, aromatizantes, gelifiantes, estabilizantes, emulsificantes. Para aumentar a confusão, existem legislações contraditórias: certos aditivos são autorizados num país mas considerados tóxicos pelo país vizinho. Mas mesmo que as leis em vigor fossem aplicadas, subsistiria ainda um dilema angustiante: o que se passa com a absorção repetida de pequenas doses de um aditivo? Um exemplo típico são duas categorias de emulsificantes, os “tweens” e os “span”, que possuem a propriedade de favorecer a absorção de substâncias cancerígenas. (Fonte: Lima Aliments Biologiques – Empresa belga de alimentos integrais e distribuidora de agricultura biológica, respeitada na Europa.)

Sal Marinho Moído (Integral) X Sal Refinado

Substitua correndo o sal refinado pelo sal marinho moído, encontrado hoje até mesmo em grandes supermercados. O sal refinado só possui cloreto de sódio – o que lhe dá o sabor – e eleva a pressão arterial gerando hipertensão, além de ajudar na corrosão das artérias levando à arteriosclerose. Enquanto isso, o sal marinho moído (integral) possui 80 componentes nutritivos a mais, sendo um alimento equilibrado.

Açúcar Mascavo (Integral) X Açúcar Refinado

Na verdade os açúcares devem ser ingeridos moderadamente, seja mascavo, o melado ou mel (adoçante químicos nem pensar, pois todos são cancerígenos). Mas em hipótese alguma você deve ter em sua casa o açúcar branco (refinado), pois o refino o torna um “alimento” inorgânico, ou seja, o seu corpo terá inúmeras dificuldades em metabolizá-lo, retirando de si mesmo outros nutrientes para ajudar em sua digestão (anti-alimento). O açúcar branco é o grande causador, por exemplo, da osteoporose, doença degenerativa dos ossos que tem vitimado uma parcela cada vez maior de pessoas que entram na terceira idade. Substitua correndo este veneno, que causa a retirada do cálcio dos ossos e torna indivíduos diabéticos já em tenra idade. O açúcar mascavo é uma boa alternativa, pelo menos é nutritivo e não causa osteoporose. Uma outra opção é adoçar com stévia, um adoçante natural extraído da planta Stévia. A stévia não é absorvida pelo organismo, o que significa que ao ser ingerida causa o sabor adocicado ao paladar mas logo depois será expelida através das excreções. O mascavo, qualquer marca é boa. A estévia, melhor é a da marca Stevita. Mas atenção, pois um fabricante espertinho está vendendo um tipo de açúcar branco dizendo que ele é orgânico e “não faz mal” – e nós não vamos dizer nem que nos pague, que o nome deste açúcar é Organics. Porém, orgânico ou não, açúcar branco é açúcar branco e faz mal do mesmo jeito! Pare de se envenenar, açúcar branco nem pensar.

Pão Integral X Pão Branco

O pão branco, feito unicamente com farinha branca refinada, é outro grande veneno de nossos dias. A farinha refinada é igual a cimento branco de rejuntar azulejo, torna o pão nosso de cada dia pobre em nutrientes e contribui significativamente para um dos maiores e mais imbecis problemas de nossos dias modernos: a prisão de ventre. A farinha branca resseca a lubrificação natural dos intestinos fazendo-os perder inclusive o seu peristaltismo que ajuda a expelir as fezes. O termo “pessoa enfezada” vem exatamente disto, “en” igual a dentro, e “fezada” igual a fezes. Quem come pão integral, se beneficia das fibras que limpam os intestinos, e também de um alimento mais nutritivo, pois alguns possuem grãos moídos com seus respectivos germens (órgãos sexuais dos grãos), riquíssimos em vitamina E. O pão integral alimenta muito mais e é um excelente auxiliar no combate a prisão de ventre e ao câncer de cólon intestinal.

Arroz Integral X Arroz Refinado

Com o arroz acontece o mesmo que com a farinha. A indústria apresenta um arroz branquinho, como se isto fosse sinônimo de qualidade e, por uma questão de estética visual e de um esperto meio de conservação do produto, acaba nos vendendo um engodo, um mentira que nos adoece. O arroz branco demora muito mais a dar bichinhos do que o arroz integral – porque será? Exatamente por que não vale nada, é puro amido sem nutriente. Já o arroz integral, que, de fato, se estocado perece e dá bichinho mais rápido, é muito mais

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nutritivo e saboroso! O bichinho do arroz não é burrinho igual a gente não, ele é sim muito malandrinho e sabe o que é melhor, é claro preferirá o que lhe é mais vitalizante. Por isso, inclusive, se reproduz rápido e surge em maior número no grão integral, no caso o arroz, devido ao seu gérmen, vitamina E purinha! Portanto, refinar o arroz é uma grande estupidez, pois retira-se toda a vitalidade do grão e a nossa por tabela. O arroz branco é destituído de seu gérmen, não tem fibra alguma e engorda que é uma beleza, ou melhor, incha que é uma beleza! Bem, já o arroz integral tem preservado seu gérmen (vit. E) e é riquíssimo em fibras, ou seja, ele fortifica o organismo e o higieniza. A película fibrosa do arroz integral combate os radicais livres, evitando o envelhecimento precoce e problemas de pele. O melhor arroz integral é o cateto de pele vermelha, esse nutre e limpa até a alma.

Existem outros exemplos, mas os que citamos acima já são um excelente começo na sua jornada de busca pela saúde e pelo equilíbrio. Se o amigo leitor tiver coragem de aplicar as mudanças sugeridas aqui, parabéns, pois se tornará, com certeza, um ser mais inteligente e produtivo para a sociedade.

Imagine a disputa entre os times Integrais x Refinados como uma final de campeonato de futebol. O resultado do jogo vai definir o rumo da saúde do seu organismo e do seu bolso. Agora não se esqueça: a decisão está em suas mãos!

JÁ EXISTE UMA LINHA COMPLETA DE ALIMENTOS

COMO HAMBÚRGUERES, BIFES, KIBES, ALMÔNDEGAS, SALSICHAS À BASE DE SOJA E GLUTEN À SUA DISPOSIÇÃO – SIRVA-SE!

A soja , um grão de valor milagroso que pode transformar-se em diversos alimentos; o glúten, um constituinte do trigo, altamente protéico, que pode, da mesma maneira, ser aproveitado. Dados recentes demonstram, o quanto vale utilizar estes alimentos para tornar sua dieta mais saudável, saborosa e nutritiva.

Hoje, ao contrário do que ocorria há poucos anos, as novas pesquisas e tecnologias estão possibilitando um melhor estudo e aprimoramento dos alimentos à base de soja e glúten, levando inclusive à confirmação de antigas suspeitas e a descobertas cientificamente comprovadas quanto as suas propriedades curativas e preventivas.

As doenças modernóides e que tendem a se agravar geração após geração como, por exemplo, a hipertenção, o excesso de colesterol, a obesidade, os tumores, o diabete, o câncer, os cistos, entre outras, sinalizam a necessidade de mudarmos imediatamente nosso hábito alimentar, sendo a soja e o glúten instrumentos eficazes neste processo pois, como veremos, limpam e fortalecem o organismo.

Uma alimentação extremamente tóxica, mantida estupidamente através de carnes com hormônios cancerígenos, vegetais cultivados com agrotóxicos e adubos químicos, líquidos excessivamente açucarados e provocadores de hiperglicemia, necessita ser abolida e substituída por novas opções, tais como as que iremos sugerir com os novos produtos, cuja matéria prima é a soja e o glúten. Abra os olhos, ou melhor, a boca! Agora não tem mais desculpas, de salsicha a kibe, passando por um maravilhoso hambúrguer de carne de soja com glúten, você só continua se envenenando e contribuindo para a morte de milhões de animais de quiser...

A SOJA

A soja, na opinião do endocrinologista e nutricionista americano James Anderson, autor do livro “Dr. Anderson’s anti-oxidant, anti-aging soy program” (Programa de soja do Dr. Anderson antioxidante e contra envelhecimento), traz mais benefícios para a saúde do que qualquer outro alimento. A proteína da soja, segundo Dr. Anderson, reduz os níveis de gordura no sangue, especialmente os triglicerídeos, ou mau colesterol, o LDL. Ao mesmo tempo, essa proteína aumenta o nível do bom colesterol, o HDL.

A soja é rica em vitamina E, reduz o endurecimento das artérias e também sutiliza o sangue, reduzindo a formação de coágulos nas artérias.

O Dr. Anderson já publicou no New England Journal of Medicine um conjunto de 38 estudos sobre as propriedades curativas e nutritivas da proteína da soja, silenciando os mais céticos. Ele afirma: “O uso da soja tem um impacto sobre o colesterol semelhante ao dos mais modernos remédios químicos, reduzindo-o drasticamente”.

Um americano consome de 3 a 4 gramas de soja por dia, o japonês ingere 21 gramas no mesmo período. Os cientistas há anos observam que a população asiática tem taxas bem menores de doenças que atingem os EUA, como as cardíacas, o câncer de mama e de próstata. Isto porque, a soja seria um alimento milagroso, na opinião de Mark Messina, es-pesquisador do Instituto Nacional do Câncer nos EUA e autor do livro, “A soja e sua saúde”.

As pesquisas realizadas com a soja afirmam que nela existem substâncias químicas naturais, chamadas de isoflavonas, que fazem deste grão algo muito especial. As isoflavonas, que incluem a genisteína e a

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daidzeína, se assemelham ao estrogênio (hormônio sexual humano). Os estudos afirmam que seriam as isoflavonas as substâncias responsáveis pela redução do colesterol. As isoflavonas parecem agir como o estrogênio, tanto como seu bloqueador. Isto porque sua estrutura molecular é tão semelhante ao estrogênio que tende a se ligar aos seus receptores. Quando os níveis naturais de estrogênio estão baixos, as isoflavonas ajustam estes níveis ao se ligarem aos receptores desocupados e usam seu efeito brando de hormônio sexual. Quando porém, os níveis de estrogênio são altos, as isoflavonas bloqueiam alguns receptores de estrogênio moderando seus níveis. Os cientistas então acreditam que o uso da soja seja uma alternativa natural para a terapia de reposição hormonal para mulheres com níveis baixos de estrogênio, em conseqüência da menopausa. Os suplementos de “estrogênio” fornecidos pela soja aliviam os sintomas da menopausa e reduzem os riscos de doenças cardíacas e osteoporose.

O Dr. Stephen Barnes, da Universidade do Alabama, provou que a ingestão de soja reduz o risco de câncer de mama em 50%. Outros estudos revelam também que derivados da soja (leite, queijo, “carne”...) reduzem o risco de câncer de fígado, bexiga, estômago e próstata.

Além de todas as propriedades positivas da soja para o equilíbrio de nossa saúde, ela também é um alimento muito econômico e preservador. Para cada 1 hectare de terra com criação de gado, retiramos alimentação para sustentar 1 homem durante 40 dias. Já o mesmo hectare, se utilizado para o plantio de soja poderá alimentar tal homem por 5000 dias, ou seja, quase 14 anos! Se mudássemos o referencial equivocado que estabelecemos com a pseudo necessidade de proteína animal, substituindo-o pelo devido valor que possui a lavoura de soja ninguém passaria fome neste país, nem morreria por desnutrição, assim como milhões de árvores e animais seriam poupados do extermínio! Ou você não sabe a pecuária é uma das maiores responsáveis pelo desmatamento florestal para criação de áreas de pasto, exaurindo o solo, gerando a morte de animais indefesos e impedindo a reforma agrária? Chega de pactuar indiretamente com isso, e a soja está aí para virar a mesa! O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, mas tem uns malandrinhos que querem transformar nossa soja em transgênica. Aqui, farropilha!

As proteínas da soja possuem todos os aminoácidos essenciais a nossa vida. Veja alguns: A) Arginina – Constitui 80% das células de reprodução do homem (espermatozóides). B) Valina – Nutre o sistema nervoso. C) Lisina – Regula o ciclo da fecundidade feminina. D) Isoleucina – Neutraliza elementos tóxicos. Inibe o envelhecimento precoce. E) Leucina – Compões os tecidos do baço e do pâncreas...

Para cada 100g de carne de vaca retira-se 18% de proteína. Para a mesma quantidade de farinha de soja, são 50% de proteína. Estudos revelam que 1 kg de soja em grão corresponde, em teor de proteínas de qualidade, a 2,2 kg de carne, ou 5 dúzias de ovos, ou 12 litros de leite.

Sendo que 1 kg de carne de soja tem o poder alimentício de 11 dúzias de ovos, 3,8 kg de carne ou 4 kg de peixe.

As carnes são deficientes de minerais, vitaminas e fibras, além de tóxicas, pois possuem substâncias cancerígenas e venenosas como a cadaverina e a putrescina – com estes nomes não podem ser boa gente! Bem, mas e a soja? A soja, querido leitor, é riquíssima em minerais e vitaminas. Fique tranqüilo, pois tanto o fósforo como cálcio, o potássio, as vitaminas A, B, C, D, E...são todos encontrados na soja.

O GLÚTEN

E afinal, onde fica o glúten nessa história toda? O glúten, é a parte mais nobre do trigo, pura proteína vegetal. Glúten, ou glute, é uma substância que se “aglutina” formando uma bola meio “emborrachada” por meio do processo de lavagem e remoção do amido da farinha de trigo. Sua origem é remota, sendo já utilizada pelos romanos, o que explica a resistência que possuiam para marchas e lutas. O glúten é utilizado comumente como ingrediente em biscoitos, pães, entre outros, mas pode ser utilizado em estado puro como “bifes”, “carne assada”, “churrasquinhos”, “salsichas”, Uma delícia!

Os gregos utilizavam o glúten para curar moléstias como: prisão de ventre, cálculos biliares, obesidade, gastrite, gota, etc. Um dos fatores do bom funcionamento orgânico é o equilíbrio ácido-alcalino, e o glúten contribui sobremaneira para isso. Composto basicamente de dois tipos de proteínas nobres, a gliadina e a glutenina, o glúten é rico em vitaminas do complexo B, lecitina e vitamina E. O glúten é uma das mais poderosas fontes de proteínas (42,45 em cada 100 gramas) para quem deseja manter uma alimentação saudável. Mas nem só de proteína vive o homem. O glúten, assim como a soja, fornece também outros componentes essenciais. Vejamos: 18,8% de carboidratos; 10% de gorduras; 4,10% de vitamina B1; 1,65 mg de vitamina B2; 9,2 mg de vitamina B3; 25 mg de vitamina E; 84 mg de cálcio; 960 mg de potássio; 8,1 mg de ferro; 4,3% de sais minerais; fibras...

Na verdade, tudo isso que acabamos de falar é para incentivar o leitor a tornar sua alimentação mais saudável e comunicá-lo de que já existem inúmeros produtos no mercado com excelente qualidade, a preços relativamente acessíveis, feitos com soja e glúten. Um bom exemplo vem das firmas Ceres, Nats, Rupo, Superbom e Ecobras, que produzem e comercializam, cada uma especializando-se em determinados produtos,

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bifes, salsichas, queijos, pastas, leites, hambúrgueres, kibes, entre outros, à base de soja e glúten. Todas estas marcas podem ser encontradas em lojas de produtos naturais e agora também em muitos supermercados. Aqui vai uma dica: experimente a linha de salsichas e hambúrgueres recém lançados pela Superbom. Você não vai acreditar no sabor!

A intenção é apenas a de ajudar você, irmão leitor, a melhorar a sua qualidade de vida e fazê-lo gastar menos dinheiro com médicos e remédios, assim como poupar a vida de milhões de criaturas inocentes.

Para terminar, uma perguntinha maliciosa: o que a vaquinha e a galinha comem para obter sua proteínas? Só vegetal, não é verdade!? Pois então, por que nós precisamos comer carnes se podemos substitui-las pela soja, o glúten, e seus derivados, obtidos na Natureza?

QUANTIDADE x QUALIDADE

Pesquisas realizadas por biólogos moleculares para o PROJETO GENOMA, sob a liderança dos EUA e dos principais países do mundo, com investimentos de mais de U$ 10 bilhões e mapeamento recente de cerca de 97% dos 30.000 genes humanos, têm demonstrado que todo habitante deste planeta, de forma consciente ou não, decide regularmente entre nutrir ou agredir as cerca de 100 trilhões de células que constituem seu corpo.

Porém, as pesquisas também indicam, que quanto mais bem informado for, aumentam as chances de nutrir mais e agredir menos suas células, resultando deste comportamento inteligente melhoras fantásticas na qualidade de vida. Porque sua longevidade, capacidade imunológica, humor, qualidade dos relacionamentos, energia, sucesso profissional, afetivo, emocional e espiritual, realizações pessoais, o bem-estar geral... dependem da freqüência e intensidade com que nutre ou agride suas células na rotina diária.

Por isso, mais cedo ou mais tarde, toda pessoa mínimamente bem informada terá que deparar-se com a opção de continuar a ingerir derivados animais ou não. Até porque ninguém faz tudo errado a vida inteira, sem conseqüências. Refiro-me as carnes em geral, inclusive as brancas, leite e derivados e ovos. Minha torcida é que você tenha acesso a informações científicas atuais, que possibilitem o quanto antes, começa a substituir carnes e demais derivados animais como fontes de gorduras e proteínas em seus cardápios diários. ‘tomara que seja a tempo de evitar emergências cada vez mais comuns, tornar-se hipertenso, diabético, obeso, artrítico, reumático, uma farmácia ambulante, quando estar vivo é um milagre, porque 60, 70% do sistema cardiovascular está comprometido por gorduras animais e colesterol, ingeridos prazerosamente ao longo da vida.

Em condições físicas tão deploráveis, o cardiologista costuma decretar solenemente a abstenção de carnes vermelhas e gorduras, cuidado absoluto com a quantidade das carnes brancas, além de excluir frituras e guloseimas. Em casos extremos, proíbe-se todos os derivados animais. Tudo para se evitar ataques cardíacos, derrames cerebrais (AVCs), ou enfartos, que quando não matam, deixam seqüelas, limitações, incapacidades, sobressaltos, e tiram o prazer de viver.

Embora esta decisão pareça radical e crie dificuldades no paladar de pessoas cujo estado de saúde é emergencial, na prática, quando bem conduzida, a troca de gorduras e proteínas de 2ª qualidade por nutrientes de 1ª, dispensa processos corretivos celulares e requerem menor dispêndio de energia em todas as atividades biológicas nutritivas: digestão, circulação e combustão celular.

Às vezes, mesmo sem orientações nutricionais detalhadas, o paciente sente-se tão bem, que acaba tornando-se vegetariano sem que tenha feito qualquer planejamento para isto. Esses benefícios são obtidos porque a característica inquestionável das gorduras animais de grudar, impregnar e aderir, tem sido identificada pelos biólogos moleculares como causadora de obstruções arteriais e celulares, que reduzem drasticamente processos vitais como a nutrição, a oxigenação e a desintoxicação das células.

De acordo com estas conclusões recentes, doenças comuns como o diabetes tipo 2 e a osteoporose, apenas para citar dois exemplos, têm relação direta com a qualidade da gordura habitualmente ingerida, uma vez que a partir de determinado ponto, a gordura acumulada impossibilita a assimilação do açúcar e do cálcio nas células, ocasionando a perda destes nutrientes. A troca das gorduras animais pelas vegetais, que não grudam, nem aderem ou impregnam, e por isso circulam livremente na corrente sangüínea, elimina a barreira de gordura e colesterol nas artérias e na membrana celular. Daí, o açúcar e o cálcio voltam a ser reconhecidos pelo receptor desses nutrientes na respectiva porta da célula, possibilitando sua eliminação e conseqüente cura destas e muitas doenças degenerativas e carenciais que infelicitam especialmente pessoas na 3ª idade, e são ocasionadas por retenção de gorduras de má o qualidade.

Ao proferir uma palestra no SESC de Teresópolis em janeiro último, uma senhora de nome Ester, com cerca de 50 anos e aparência saudável, pediu tara dar seu testemunho pessoal. Contou ser praticante de cerca de 80 % das orientações transmitidas e estar disposta a praticar as faltantes. Há mais de 20 anos não consumia derivados animais, e há cerca de um ano passara pela menopausa, sem entretanto necessitar de reposição hormonal ou sentir qualquer reação comum às mudanças hormonais naturais dessa fase das mulheres.

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Inclusive, um exame de densitometria óssea surpreendeu seus médicos: apesar de não ingerir leite e derivados, e por isso as fontes de cálcio dessa senhora serem exclusivamente vegetais, sua densidade óssea aumentara nos últimos meses, demonstrando o acerto destas orientações, apesar da sua impopularidade.

Quando ocorre a troca de qualidade das gorduras e proteínas no cardápio. Todos os processos celulares ganham eficiência que costuma impressionar pelo aumento da energia e bem-estar experimentados quase sempre pela primeira vez na vida. E o motivo de sensações tão agradáveis quanto essenciais, é o aumento da eficiência da queima dos nutrientes e do oxigênio nas células, pela remoção cada vez maior das gorduras e do colesterol até então sedimentados nos vasos e artérias e na membrana celular. Este início promissor na mudança de hábitos alimentares, costuma direcionar o interesse do paciente à nutrição e outros temas até então ignorados, quando deixava sua saúde sempre por conta dos outros.

A putrefação intestinal é outro processo orgânico nocivo que cessa, quando há troca de proteínas e gorduras animais pelas vegetais. E não é necessário ser um cientista para entender porque: a temperatura digestiva é de cerca de 36” e a que conserva derivados animais deve ser mantida próxima a 0’ em refrigera dores e freezers. A partir do momento em que a carne é retirada do ambiente refrigerado para os processos culinários, acelera-se a multiplicação dos germes de putrefação existentes naturalmente em tecidos mortos. Após a ingestão, a temperatura corporal, bem mais elevada que a ambiente, potencializa ainda mais esta multiplicação dos germes.

O Dr. J. H. Kellog, médico famoso por suas teses polêmicas no final do século 19, fundador das indústrias Kellog’s de alimentos matinais e ardoroso defensor do vegetarianismo, realizou pesquisas com carnes para determinar seu estado microbiano, encontrando os seguintes resultados: carne crua, 70.000 micróbios por grama; depois de cozida, 25.000; a mesma carne assada, 90.000; carne de peixe crua, 870.000; sardinha em conserva, 14.000.000; assado de lombo, 378.000.000; filé de vaca cozido, 25.000.000; presunto defumado analisado imediatamente após chegar ao açougue, 43.120.000; o mesmo produto 24 horas depois, 750.000.000; salsichas, 120.000.000; o mesmo produto 24 horas depois, 490.000.000, repito, por grama. (Informações contidas no livro “Qualidade de Vida com Saúde Total”)

Quanto ao período que antecede ao abate, quando os animais são transportados em condições precárias que levam à liberação de hormônios altamente tóxicos, ocorre essa liberação de adrenalina às vezes por vários dias enquanto durar a precariedade das condições de transporte ou alimentação. Já no momento capital, ao pressentir a morte, o animal libera outros hormônios com toxidade máxima para produzir reações rápidas. Ao morrer, cessam seus processos de eliminação, retendo em seus tecidos substâncias agressoras que seriam eliminadas pela urina, transpiração, bolo fecal e respiração. A ingestão dessas substâncias aumenta o volume de toxinas nas células de quem está habituado a comer carnes. Já os anabolizantes e hormônios aplicados ilegalmente para ganho de peso, bem como vacinas e remédios para prevenção de doenças dos animais abatidos tem sido acusados como causadores de câncer ou estados mórbidos nos seres humanos. Sabe-se também que mais da metade da carne consumida no Brasil não é inspecionada por Órgãos Sanitários do Ministério da Saúde.

Quanto a possibilidade de neutralização dessas e outras substâncias o fígado humano, nossa maior glândula, não produz amoníaco para queimar toxinas próprias das carnes, como cadaverina muscarina, putrescina, nervina. Uma vez morto o animal, a albumina sob ação da fermentos proteolíticos, se desdobra em nucleína, que produz substâncias púricas como ácido úrico, fosfórico, lático, butílico. Estes ácidos destroem progressivamente a vida humana e sobrecarregam órgãos como o fígado, os rins, o pâncreas e os intestinos, que passam a realizar atividades corretivas permanentemente, em vez de desempenhar suas funções normais. A medicina denomina estes processos nocivos como disfunções. Nessas condições, órgãos e sistemas funcionam muito aquém de suas possibilidades e necessidades. Porque processos corretivos despendem energia não planejada biologicamente, ocasionando cansaço fácil, torpor e mesmo, exaustão. Em uma época de competitividade máxima em nível mundial, menor disponibilidade de energia pode significar a perda das melhores oportunidades profissionais, porque a produtividade e a qualidade dos bens e serviços serão sempre inferiores às exigências da empresa ou do mercado. Isto também pode significar menor auto controle, capacidade de desenvolvimento pessoal, aprendizagem, memorização e reflexos, além de tendências freqüêntes ao mau humor.

O fato de nosso sistema digestório de animais herbívoros e não carnívoros, também é decisivo no volume de putrefações e dispêndio adicional de energia, que fará falta noutras atividades fisiológicas. Se o leitor comparar sua arcada dentária com a de animais carnívoros como um gato ou cachorro, perceberá diferenças evidentes. Já ao observar os dentes de animais herbívoros como bois, cavalos, ou cabritos, observará semelhança absoluta. Quanto ao esôfago, nossos formatos são opostos: em herbívoros, como nos seres humanos, cumpridos e estreitos; nos carnívoros, largos e curtos. Nossos intestinos são longos e cheios de voltinhas: oito a nove metros de intestino delgado, 1,20m a l,50m de intestino grosso; nos carnívoros são retos e curtos.

Anatômica e fisiologicamente despreparados, os órgãos digestórios despendem quatro

vezes mais energia ao tentar decompor carnes em partículas de modo semelhante aos vegetais, além de

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também quadruplicar o tempo de permanência do bolo fecal no intestino grosso. As putrefações já

comentadas, desequilibram o teor ácido/alcalino que deve ser permanente em estruturas físicas

saudáveis. O aumento da acidez do ambiente do intestino, facilita a absorção para o sangue de

substâncias que deveriam ser eliminadas pelas células que tem como função fazer tal separação. Daí será

afetado o funcionamento de todas as células pela presença de toxinas, bactérias, gorduras e líquidos tóxicos que, por sua vez, exigirão atividades adicionais das células de imunidade que, no entanto, quase sempre estarão despreparadas para desempenhar suas funções por excesso de toxidade e acidez. Como decorrência será muito fácil adoecer pela ação de vírus, bactérias, germes, micróbios...

Comprovando a importância do combustível ser adequado à máquina que irá processá-lo, recentemente a Inglaterra teve que matar cerca de 8 milhões de cabeças de gado contaminado pelo que se convencionou denominar “doença da vaca louca”, estabelecendo verdadeiro pânico nos países europeus. Os fazendeiros ingleses costumam utilizar ração composta por substâncias oriundas dos próprios animais, em vez de vegetais como ocorre no Brasil e na maioria dos países do mundo. E como se ao morrer, fossem retirados determinados órgãos dou ser humano, triturados, adicionados conservantes e nutrientes sintéticos, servindo tal composição como alimento regular. O resultado desta anomalia, é que uma proteína sofreu modificações químicas em suas moléculas, e após instalar-se no cérebro do infeliz que a ingeriu em carnes contaminadas, destrói rapidamente funções cerebrais de comando.

Viajei recentemente com um senhor que perdeu uma tia vitimada por essa doença na Alemanha. Certo dia, o marido dessa senhora pediu que escrevesse algo, e apesar de ser professora universitária e doutora, indagou ao esposo “o que precisava fazer para escrever”. Simplesmente esquecera como escrever, porque esta função cerebral acabara de ser destruída. Surpreso, o marido levou-a ao médico, e dentro de poucas semanas ocorreu o óbito, sem que os médicos pudessem fazer qualquer coisa, pois não existem remédios para modificar reações químicas de proteínas. Todos os esforços da medicina têm sido direcionados contra inimigos causadores de doenças: germes, vírus, micróbios, bactérias, protozoários... Nunca, contra proteínas, que são nutrientes essenciais para a construção e manutenção de novas células.

O instinto é outra diferença fundamental entre carnívoros e herbívoros. Ao colocar uma maçã e um pintinho diante de uma criança de cerca de 2 anos, as reações são opostas: a criança come a maçã e brinca com o pintinho; ao fazer a mesma oferta a um gatinho ou cachorrinho, invertem-se as reações: esses animais comem o pintinho e brincam com a maçã. Ou então, gostando ou não de frutas, ao encontrar uma árvore com frutas ma-duras, a reação humana é parar e colher seus frutos, mesmo sem estar com apetite. Já ao observar uma “boiada”, o leitor até pode lembrar de um churrasco, mas nunca terá a reação instintiva de sair correndo atrás de um bichão daqueles para matá-lo e tirar alguns pedaços com pele, ossos e o que mais vier. Aliás, nem tem condições físicas para isto. E mais fácil ser morto, do que matar.

Contudo, apesar da nocividade dos derivados animais, ninguém deve abandoná-los sem aprender sua substituição. Eliminar gorduras e proteínas de 2ª qualidade sem substitui-las pelas de 1ª, eqüivale a ficar sem qualquer desses nutrientes, apesar, repito, dos seus malefícios. Do ponto de vista exclusivo da sobrevivência, é melhor ter nutrientes temporariamente de 2ª qualidade, do que não ter nenhum. E o que estamos propondo claramente, é a troca da quantidade pela qualidade.

A grande notícia é que no Brasil isto é muito fácil de qualquer ponto de vista. Dispomos de amendoim, coco, abacate, azeitonas, castanha do Pará, castanha de caju, nozes, amêndoas, pecãs, pinhões, gergelim, linhaça, denominados frutos oleaginosos. Outra forma eficiente de obter proteínas de alto valor biológico, é misturar na mesma refeição qualquer cereal integral com qualquer tipo de feijão. Exemplos: arroz integral com feijão; trigo com ervilha; milho com lentilha; aveia com grão de bico, desde que a proporção seja sempre 2 partes de cereal por uma de feijão. Os grupos dos cereais integrais e dos feijões possuem proteínas incompletas. Ao ser misturados, o metabolismo humano encarrega-se de compo-las somando seus aminoácidos, como se fossem duas metades formando um inteiro. E a propósito, nem citei o feijão soja, porque pessoas ainda não familiarizadas com o assunto, costumam imaginar que serão obrigadas a comer essa leguminosa todos os dias para obter as proteínas e gorduras necessárias às suas células.

Com exceção do amendoim, cujo volume protéico é menor e por isso precisa de 22 grãos por refeição complementados por cereais integrais para compor seus aminoácidos é formar proteína completa, para os demais bastam cerca de 4 a 6 grãos de frutos oleaginosos por refeição para obtenção de gorduras e proteínas adequadas às necessidades das células. Exemplos: 4 a 6 azeitonas picadas com pão integral; ¼ de abacate no pão integral; 4 a 6 grãos de castanha, ou nozes, ou amêndoas, ou pecãs, ou pinhões, ralados em mingaus de aveia, ou em bolos e broas de milho. As possibilidades são infinitas e dependem apenas de criatividade. Por isso chama-se arte culinária.

Pode-se fazer leite de soja, assados, tortas, saladas, queijo, manteiga, maionese, dentre inúmeros quitutes. Para tirar o gosto do feijão de soja que alguns não apreciam, basta bater coco, ou amendoim, ou alguma fruta no leite, modificando sua cor e sabor. Ou então, fazer algum patê de queijo de soja com azeitonas, por

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