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SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

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Academic year: 2022

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SERVIÇO SOCIAL NA

CONTEMPORANEIDADE

(2)

DESAFIOS PROFISSIONAIS

Romper com o endogenismo na profissão é entendê-la como determinada pela conjuntura em que se insere. Isso requer que o assistente social tenha a capacidade teórico-metodológica para pensar a profissão a partir das determinações sociais.

(3)

Desenvolver a capacidade de decifrar a realidade, sendo um profissional propositivo e não apenas executivo/implementador de políticas e serviços.

Isso consequentemente requisita ao assistente social romper com o exercício profissional rotineiro, burocrático e tarefeiro;

(4)

O perfil propositivo do assistente social decorre da sua capacidade de entender as expressões concretas da questão social no seu espaço sócio-ocupacional, bem como na criação de propostas e estratégias para o enfrentamento da mesma.

(5)

Romper com o FATALISMO E MESSIANISMO;

Entender a profissão como um TIPO DE TRABALHO na sociedade (Especialização do trabalho coletivo);

Superação da fragmentação entre TEORIA, TÉCNICA E POLÍTICA;

Construção de estratégias técnico- operativa para o exercício profissional articulando teoria e prática;

(6)

NOTAS SOBRE O TRABALHO NA

CONTEMPORANEIDADE

(7)

Um homem se humilha se castra seus sonhos Seu sonho é sua vida E vida é trabalho

(Gonzaguinha, Um homem também chora)

(8)

Heterogeneidade de formas de trabalho;

Flexibilização do trabalho;

Precarização das relações de trabalho;

Reforma trabalhista: crescimento do trabalho temporário;

Aprovação da lei das terceirizações (lei nº 13.429/17).

(9)

Na década de 80 o Serviço Social foi considerado como especialização do trabalho coletivo, dentro da divisão social e técnica do trabalho, bem como partícipe de processos de produção e reprodução das relações sociais;

Tal entendimento tem como objetivo superar a visão do exercício profissional do assistente social como prática, restrita ao trabalho do assistente social de per si;

(10)

O entendimento do trabalho do assistente social enquanto prática refere-se ao que este profissional faz na sua relação com os usuários, os empregadores e demais profissionais.

Em outro momento considera-se também o “ambiente” externo onde essa prática se realiza, isto é, o entorno do trabalho do assistente social.

(11)

Conforme Iamamoto, uma interpretação distinta está em “(...) focar o trabalho profissional como partícipe de processos de trabalho que se organizam conforme as exigências econômicas e sociopolíticas do processo de acumulação, moldando-se em função das condições e relações sociais específicas em que se realiza, os quais não são idênticos em todos contextos em que se desenvolve o trabalho do assistente social.

(12)

Considerar o Serviço Social enquanto partícipe de processos de trabalho exige atentar para os seguintes elementos:

Apesar de ser regulamentado como profissão liberal o Serviço Social não tem essa tradição na sociedade brasileira;

O assistente social é um trabalhador assalariado que não detém o controle de todos os meios para a efetivação do seu trabalho;

(13)

O assistente social tem como instrumento de trabalho básico a linguagem;

O trabalho do assistente social encontra-se no campo político- ideológico (daí o caráter político do trabalho do assistente social);

A matéria-prima do trabalho do assistente social encontra-se na questão social em suas múltiplas manifestações; No tocante a isso é necessário entender que a pesquisa a respeito das expressões da questão social deve ser parte integrante do exercício profissional;

(14)

O processo de trabalho no qual o assistente social se insere não é organizado por ele e nem tampouco é um processo de trabalho exclusivo do assistente social;

Vale ressaltar duas características da configuração do trabalho do assistente social:

O maior empregador é o Estado;

Presença feminina hegemônica;

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EXERCÍCIOS

(16)

(FSERJ – Consulplan/2020) É correto afirmar que, no Brasil, o Serviço Social afirma-se como profissão:

A) Inteiramente integrada ao setor público, diante da progressiva ampliação do controle da sociedade civil. A profissão vincula-se, também, com as comunidades eclesiais, de caráter papal, dedicadas às atividades de serviços sociais à população.

B) Estreitamente integrada ao setor público, em especial, diante da progressiva ampliação do controle e do âmbito da ação do Estado junto à sociedade civil. Vincula-se, também, a organizações patronais privadas, de caráter empresarial, dedicadas às atividades produtivas propriamente ditas e à prestação de serviços sociais à população.

(17)

C) Inteiramente integrada ao setor privado, em especial, diante da progressiva ampliação do controle e do âmbito da ação da igreja católica junto à sociedade civil. Vincula-se, também, a organizações patronais privadas, de caráter empresarial, dedicadas às atividades produtivas propriamente ditas e à prestação de serviços sociais à população.

D) Estreitamente integrada à igreja católica e suas escolas, diante da progressiva ampliação dos espaços ocupacionais no âmbito da ação da sociedade civil. A profissão vincula- -se, também, com as organizações patronais privadas, de caráter empresarial, dedicadas às atividades produtivas propriamente ditas e à prestação de serviços sociais à população.

(18)

(Pref de Imigrante/ES – Consulplan/16) São princípios que fundamentam a formação profissional do assistente social, EXCETO:

A) Indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e profissional, com a prevalência da supervisão acadêmica sobre a supervisão profissional.

B) Estabelecimento das dimensões investigativa e interventiva como princípios formativos e condição central da formação profissional, e da relação teoria e realidade.

(19)

C) Rigoroso trato teórico-histórico e metodológico da realidade social e do serviço social, que possibilite a compreensão dos problemas e desafios com os quais o profissional se defronta no universo da produção e reprodução da vida social.

D) Exercício do pluralismo como elemento próprio da natureza da vida acadêmica e profissional, impondo-se o necessário debate sobre as várias tendências teóricas, em luta pela direção social da formação profissional, que compõem a produção das ciências humanas e sociais.

(20)

(Pref de Sabará/MG Consulplan/2017) Behring e Santos (2009), ao tratarem do tema

“questão social e direitos” falam de uma conjuntura (desde a década de 1990 até os

“dias atuais”) de “retração dos direitos face à universalização das relações mercantis”, afirmando que “[...] em tempos difíceis assim, há uma tendência contraditória para a reação, que pode se expressar na forma de imobilismo; na adesão passiva à ordem; ou na resistência, que assume direção política variada a depender do nível de organização e capacidade crítica, protagonizada pelos sujeitos coletivos [...], ou seja, quanto mais se dilaceram as condições de existência, maior é o apelo à valorização dos direitos; ao desenvolvimento sustentável, à ética na política; aos processos de humanização dos serviços prestados à população e às iniciativas no campo Legislativo e Judiciário, dentre alternativas que se interpõem com o objetivo de conter e preservar o vínculo social. [...]

É necessário compreender, portanto, que, apesar dos avanços democráticos e da organização de inúmeros sujeitos coletivos e suas lutas reivindicando direitos, temos que considerar a relação de determinação posta pela totalidade da vida social. As respostas dadas aos sujeitos em suas lutas são permeadas por interesses de classes”.

(21)

As autoras perguntam quais são as relações que se estabelecem entre a questão social, os direitos e o serviço social e afirmam que para se responder a esta questão, alguns desafios se colocam e que entre esses desafios, um risco não se pode correr. Assinale-o.

A) Consolidar estudos e pesquisas que possibilitem o conhecimento profundo da realidade.

B) Romper com visões economicistas, politicistas e eticistas no trato às expressões da questão social.

C) Participar juntamente com outros sujeitos profissionais e sujeitos coletivos da construção de instrumentos de luta.

D) Conceder ao direito e à sua estruturação, num complexo jurídico-político, independência e autonomia, como se este se constituísse numa esfera autorregulada.

(22)

(Consulplan/Pref de Formiga/MG-2020) O Serviço Social é regulamentado como uma profissão liberal, e dispondo o assistente social de relativa autonomia na condução do exercício profissional tornam-se necessários estatutos legais e éticos que regulamentem socialmente essa atividade.

Sobre a condição de trabalhador assalariado do assistente social é correto afirmar que, EXCETO:

A) A autonomia profissional é tensionada pela compra e venda da força de trabalho especializada por diferentes empregadores.

B) O significado social do trabalho profissional do assistente social depende das relações que estabelece com os sujeitos sociais que o contratam, os quais personificam funções diferenciadas na sociedade.

(23)

C) A condição de trabalhador assalariado, regulada por um contrato de trabalho impregna o trabalho profissional de dilemas da alienação e de determinações sociais que afetam a coletividade dos trabalhadores.

D) Ainda que a natureza qualitativa dessa especialização do trabalho se preserve nas várias inserções ocupacionais, o significado social de seu processamento é idêntico nas diferenciadas condições em que se realiza esse trabalho, porquanto envolvido na totalidade das relações sociais.

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(Consulplan/Pref de Formiga/MG-2020) Constituem diretrizes curriculares da formação profissional que implicam capacitação teórico-metodológica, ético- - política e técnico-operativa, EXCETO:

A) Apreensão crítica do processo histórico como totalidade.

B) Apreensão do significado social da profissão desvelando as possibilidades de ações contidas na realidade.

C) Investigação sobre a formação histórica e os processos sociais contemporâneos que conformam a sociedade brasileira, no sentido de apreender as particularidades da constituição e desenvolvimento do capitalismo e do Serviço Social no país.

D) Apreensão das demandas consolidadas e emergentes postas às instituições empregadoras, via mercado de trabalho, visando formular respostas profissionais que potenciem o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre público e privado.

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