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Prof. Henrique Santillo

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Academic year: 2022

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(1)

Aula 04: Deveres das partes e dos

procuradores (Despesas processuais e gratuidade da justiça).

Direito Processual Civil para TRT PB

(2)

Sumário

SUMÁRIO 2

DESPESAS PROCESSUAIS E GRATUIDADE DA JUSTIÇA. 3

DESPESAS,HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS E MULTAS 4

Responsabilidade pelo Pagamento das Despesas 5

Honorários Advocatícios Sucumbenciais 10

Regras Comuns às Despesas e Honorários 20

GRATUIDADE DA JUSTIÇA 28

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 43

LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS 68

GABARITO 77

RESUMO DIRECIONADO 78

DISPOSITIVOS DE LEI UTILIZADOS NESTA AULA 86

(3)

Despesas Processuais e Gratuidade da Justiça.

Olá!

Hoje vamos tratar de alguns tópicos que sofreram grandes mudanças com o advento do Código de Processo Civil de 2015:

D ESPESAS

H ONORÁRIOS

G RATUIDADE DA J USTIÇA

São temas que têm sido cobrados pelas bancas de concurso nos últimos anos, sobretudo pelas inúmeras mudanças operadas pelo Novo Código de Processo Civil nesses tópicos.

Especificamente em relação à nossa banca, recomendo que suas atenções estejam voltadas ao seguinte tópico:

Você poderá acompanhar esta aula através dos artigos abaixo:

Vamos comigo?

G

RATUIDADE DA

J

USTIÇA

Código de Processo Civil - Lei 13.105/15

Arts. 82 ao 102

(4)

Despesas, Honorários Advocatícios e Multas

Em regra, o processo exige alguns gastos que precisam ser efetuados pelas partes. Como exemplo, temos o combustível que o oficial de justiça consumirá para se deslocar até o endereço do réu para efetuar sua citação.

Dentro desses gastos, temos as despesas processuais.

Que gastos compreendem as despesas processuais, professor?

Taxas Judiciárias (custas iniciais, para ingressar com uma ação; preparo dos recursos, que é o valor que alguém desembolsa ao entrar com um recurso),

Emolumentos devidos a eventuais cartórios não oficializados (são as famosas “taxas” que os cartórios extrajudiciais cobram),

Custo de certos atos e diligências (como a citação e a intimação das partes e testemunhas)

Remuneração de auxiliares eventuais (peritos, avaliadores, depositários, entre outros).

Além disso, uma outra espécie é a verba honorária de sucumbência, nomeada pelo CPC/2015 como honorários do advogado, que visam remunerar o advogado pelo seu trabalho realizado durante o processo.

Portanto, podemos afirmar o seguinte:

O CPC/2015, para não deixar espaço para dúvidas, exemplifica algumas despesas:

Art. 84. As despesas abrangem as custas dos atos do processo, a indenização de viagem, a remuneração do assistente técnico e a diária de testemunha.

GASTOS

PROCESSUAIS DESPESAS HONORÁRIOS

(5)

Vamos analisar, neste primeiro momento, uma série de regras relativas às despesas processuais:

Responsabilidade pelo Pagamento das Despesas

Como regra geral, cada parte arca com as despesas dos atos que ela realiza ou requeira - de forma antecipada (adiantamento de despesas).

Ou seja, o ato processual só será feito mediante prévio pagamento!

No entanto, se as despesas forem requeridas pelo juiz ou pelo Ministério Público (atuando como fiscal da ordem jurídica), o adiantamento das custas caberá ao autor.

Leia o quadro de artigos abaixo e logo depois farei alguns comentários para ajudar na sua compreensão:

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

As despesas abrangem...

CUSTAS DOS

ATOS DO

PROCESSO

INDENIZAÇÃO DE VIAGEM

DIÁRIA DE TESTEMUNHA REMUNERAÇÃO

DO ASSISTENTE

TÉCNICO

(6)

Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício OU requerida por ambas as partes.

§ 1o O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.

§ 2o A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4o.

§ 3o Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:

I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;

II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua omissão, do Conselho Nacional de Justiça.

Art. 91, § 1o As perícias requeridas pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública poderão ser realizadas por entidade pública ou, havendo previsão orçamentária, ter os valores adiantados por aquele que requerer a prova.

§ 2o Não havendo previsão orçamentária no exercício financeiro para adiantamento dos honorários periciais, eles serão pagos no exercício seguinte ou ao final, pelo vencido, caso o processo se encerre antes do adiantamento a ser feito pelo ente público.

Pela leitura do dispositivo, podemos concluir que:

Regra Geral

Cada parte arca com as despesas dos atos que ela realiza ou requeira, de forma antecipada (adiantamento de despesas).

Agora veja as exceções:

EXCEÇÃO

: se a

DESPESA

for relativa a ato...

D

ETERMINADO

P

ELO

J

UIZ OU

R

EQUERIDO

P

ELO

MP (

FISCAL DA ORDEM

)

Será adiantada

PELO AUTOR

.

(7)

EXCEÇÃO

: se a

PERÍCIA

for...

...R

EQUERIDA

P

ELA

P

ARTE

Será adiantada por aquela que houver requerido

...R

EQUERIDA

P

OR

A

MBAS

A

S

P

ARTES

Será rateada (dividida) por ambas as partes

...R

EQUERIDA

D

E

O

FÍCIO

P

ELO

J

UIZ

Será rateada (dividida) por ambas as partes

...R

EQUERIDA

P

OR

B

ENEFICIÁRIO

D

A

J

USTIÇA

G

RATUITA

Feita por particular: será paga pelo Estado OU

Pode ser feita por servidor público / órgão público conveniado

...R

EQUERIDA

P

ELA

F

AZENDA

P

ÚBLICA

, M

INISTÉRIO

P

ÚBLICO

O

U

D

EFENSORIA

P

ÚBLICA

Realizadas por entidade pública OU

Havendo previsão orçamentária, será adiantada pelo ente ou órgão que requerer a prova

(8)

Q

UANTO

A

O

A

SSISTENTE

T

ÉCNICO

...

Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico indicado por ela.

Além disso, ao longo do processo, cada parte tem o ônus de adiantar as despesas dos atos que realiza ou pretende seja realizado. Mas, quando o pedido inicial é julgado e o processo tem um fim, o vencido ficará obrigado a pagar ao vencedor as despesas que este antecipou.

Veja só:

Art. 82, § 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.

Suponha que a autora tenha requerido uma perícia e, em razão disso, teve que adiantar um valor X para que fosse realizada; no fim do processo, a sentença considerou a autora a vencedora, de forma que o réu terá de reembolsar a quantia X à autora, a vencedora!

Já em relação às despesas de atos requeridos pela Fazenda Pública, pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública, não é necessário que os valores sejam adiantados, já que eles só serão pagos pelo vencido ao final do processo:

Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.

Portanto, mais uma exceção:

EXCEÇÃO: se a

DESPESA

for...

...R

EQUERIDA

P

ELA

F

AZENDA

P

ÚBLICA

, M

INISTÉRIO

P

ÚBLICO

O

U

D

EFENSORIA

P

ÚBLICA Serão

pagas ao final pelo vencido

(não é exigido adiantamento!)

(9)

Olha aí uma questão:

(IESES – TJ/PB – 2014) Em matéria civil, as despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público ou da Fazenda Pública, serão pagas:

a) No final do curso processual pelo vencido.

b) No ato do requerimento pela parte passiva do polo processual.

c) No ato do requerimento pelo próprio Ministério Público ou da Fazenda Pública.

d) No final do processo pelo Tribunal de Contas do Estado.

RESOLUÇÃO:

Acabamos de ver que, a despesa relativa à realização de ato processual requerido pelo MP ou pela Fazenda Pública deverá ser paga no final do processo pela parte vencida! (item ‘a’)

Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.

Veja mais esta questão:

(IESES – TJ/MA – 2009) Julgue o item abaixo.

As despesas de atos determinados de ofício pelo juiz ou requeridos pelo Ministério Público devem ser pagas pelo réu.

RESOLUÇÃO:

Negativo!

→ as despesas determinadas de ofício pelo juiz serão rateadas entre ambas as partes:

as despesas requeridas pelo MP serão pagas ao final pelo vencido (que pode ser tanto o autor quanto o réu):

Art. 82, § 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

Art. 91. As despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.

Por fim, o CPC/2015 estabelece a responsabilidade pelo custo decorrente da repetição de atos processuais. Se um ato processual tiver de ser repetido (ou for adiado), isso pode gerar alguma espécie de despesa adicional, já que ele terá que ser refeito.

Imagine o caso de um oficial de justiça que, sem explicação plausível, não tenha intimado a parte na ocasião em que lhe era exigido. O ato terá de ser realizado em outra ocasião.

(10)

Nesse caso, será da responsabilidade de quem deu causa, injustificadamente, ao adiamento ter de arcar com essa despesa. Podem ser responsabilizadas as partes, os auxiliares da justiça (como oficial de justiça, escrevente ou perito), o membro do Ministério Público, defensor público ou até mesmo o juiz:

Art. 93. As despesas de atos adiados ou cuja repetição for necessária ficarão a cargo da parte, do auxiliar da justiça, do órgão do Ministério Público ou da Defensoria Pública ou do juiz que, sem justo motivo, houver dado causa ao adiamento ou à repetição.

No caso de haver assistência1, o juiz deve considerar a atuação do assistente no processo e, se a parte que foi assistida for vencida, a partir daí, deverá fixar a participação do assistente no pagamento das custas:

Art. 94. Se o assistido for vencido, o assistente será condenado ao pagamento das custas em proporção à atividade que houver exercido no processo.

Honorários Advocatícios Sucumbenciais

O CPC/2015 dedicou alguns dispositivos para disciplinar o que se convencionou chamar de honorários de sucumbência, que nada mais é do que um valor que será pago pela parte vencida no processo ao advogado da parte vencedora.

‘Sucumbir’ significa ser derrotado. Daí a explicação para a nomenclatura desse termo, já que a responsabilidade de seu pagamento, como vimos, recai sobre a parte sucumbida, vencida, derrotada.

Qual o fundamento disso? O legislador presumiu que a parte vencida foi quem deu causa ao ingresso da parte vencedora no Judiciário e à consequente contratação de advogado. Por isso, quando o magistrado julga a causa, condena a parte vencida a pagar os honorários do advogado da parte vencedora.

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

Pense na seguinte situação, em que X ajuíze uma ação indenizatória contra Y, por um acidente automobilístico por este provocado. Logicamente, X terá de adiantar diversos valores, como vimos. Se o juiz julgar procedentes os pedidos de X, nada mais justo que os honorários do advogado de X sejam pagos por Y, que deu causa ao processo!

Apenas a título de curiosidade, não devemos confundir os honorários de sucumbência com os honorários contratuais, que são valores que cada parte paga ao seu advogado, e que será convencionado de forma particular entre elas.

1 Ocorre assistência quando o terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, tem interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes e intervém no processo para lhe prestar colaboração. Por exemplo: em uma ação de despejo movida contra o locatário, em razão do fato de a sentença poder influir na sublocação, pode o sublocatário ingressar como assistente do réu.

(11)

Tamanha sua importância e por serem considerados inclusive verba alimentar, indispensável para sua a subsistência, os honorários advocatícios são devidos, inclusive, ao advogado que atua em causa própria e estendendo-se aos advogados públicos. Veja:

Art. 85, § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

§ 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.

§ 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

Resolva esta questão:

(FCC -TRE/AP – 2015) No tocante aos deveres das partes e dos procuradores, julgue o item abaixo:

A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária não será devida nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. Tamanha sua importância e por serem considerados inclusive verba alimentar, indispensável para sua a subsistência, os honorários advocatícios são devidos, inclusive, ao advogado que atua em causa própria:

Art. 85, § 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.

Veja esta:

(IESES -TJ/RS – Notário e Registrador – 2013 - Adaptada) De acordo com o Código de Processo Civil, julgue o item abaixo:

A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios, que somente não serão devidos nos casos em que o advogado funcionar em causa própria.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. Os honorários advocatícios são devidos, inclusive, ao advogado que atua em causa própria:

Art. 82, § 2º A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou.

Art. 85, § 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.

O advogado poderá, inclusive, pedir que os honorários que lhe são devidos sejam pagos em favor da sociedade de advogados da qual é sócio, sem perder a qualidade, no entanto, de verba alimentar e proibida eventual compensação (vamos ver isso na ocasião adequada):

(12)

§ 15 O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14.

Há mais uma evidência da natureza alimentar e da importância que os honorários representam aos advogados: até mesmo após a ocorrência do trânsito em julgado da decisão que os fixou, se essa contiver alguma omissão, o advogado poderá ajuizar uma ação autônoma, que não tem ligação com a que ajuizou para defender o seu cliente, para que sejam definidos e para efetivar a cobrança dos valores:

§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.

O que o juiz fará, no caso, é estimar um valor na sentença que deverá ser pago pela parte vencida a título de honorários advocatícios, tendo como parâmetro o valor da condenação, o proveito econômico obtido ou o valor da causa. Veja:

Art. 85 § 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:

I - o grau de zelo do profissional;

II - o lugar de prestação do serviço;

III - a natureza e a importância da causa;

IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.

Portanto, percebemos que a base de cálculo que será utilizada para que se aplique o percentual de 10% a 20% observará duas situações:

Quando a causa tiver um valor determinado

Os honorários deverão ser fixados entre um mínimo de 10% e um máximo de 20% sobre o valor da condenação (o valor em que o réu foi condenado pelo juiz) ou do proveito obtido econômico (pense no caso em que se declara a nulidade de uma cláusula contratual entre um locador e locatário e isso importa em um desconto no valor do pagamento devido pelo locatório – aí está o proveito econômico).

Exemplificando: Caso o vencido seja condenado ao pagamento de R$4.000,00 (quatro mil reais) em danos morais, e 10%

de honorários de sucumbência, será R$400,00 (quatrocentos reais) de honorários sucumbenciais. Logo, o vencido pagará o valor de R$4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais).

Quando a causa não tiver natureza condenatória, ou não for possível mesurar o valor da condenação Os honorários deverão ser fixados entre 10% e 20% do valor da causa, atualizado.

(13)

Professor, em quais ocasião serão devidos os honorários advocatícios?

Primeiramente, é importante dizer que os honorários advocatícios remuneram o trabalho do advogado em relação a cada fase ou incidente que venha a ocorrer no processo e que exija seu esforço.

Portanto, o código deixa claro que o advogado não fara jus a essa verba apenas por sua participação na fase de conhecimento, mas também pelo seu esforço durante a fase de cumprimento de sentença, na fase de execução, sendo resistida pela outra parte ou não, bem como durante a fase recursal, tendo em vista os recursos que interpôs para defender o seu cliente.

Isso se dará de forma cumulativa!

Art. 85. § 1º São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.

Atenção!

Há previsão de condenação aos honorários advocatícios por ocasião:

a.

de reconvenção;

b.

do cumprimento de sentença, seja ela definitiva ou provisória;

c.

na execução, tenha sido ela resistida pelo devedor ou não;

d.

nos recursos que forem interpostos.

A condenação a honorários em cada uma dessas fases não é excludente, mas sim cumulativa: em cada fase processual serão devidos novos honorários advocatícios.

Contudo. a condenação aos honorários deverá observar o patamar mínimo de 10% e o máximo de 20%.

Em outros termos, a cada fase os percentuais vão se acumulando, devendo respeitar o teto de 20%, no entanto.

Veja como isso ocorre na prática:

(14)

Imagine uma ação em que o réu é condenado a pagar a quantia de R$10.000,00 ao autor e o juiz então, fixa os honorários advocatícios em 10% sobre o valor da condenação.

O réu recorre e o Tribunal não dá provimento ao recurso, e ainda o condena em mais 6% de honorários recursais.

Revoltado, novamente o réu recorre ao STJ, onde então, novamente é condenado em mais 4% de honorários. – Aqui a condenação não poderia ter percentual maior do que 4%, tendo em vista a limitação do máximo de 20%.

Já em relação às ações em que se pede indenização por ato ilícito contra pessoa, como por exemplo, um acidente de trânsito que acarreta óbito de um pai de família e que há condenação do réu ao pagamento de uma quantia mensal aos seus filhos, o valor da condenação, para fins de sucumbência, será a soma das prestações vencidas mais o valor correspondente a 1 ano de prestações vincendas, ou seja, que ainda serão pagas pelo condenado.

§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vincendas.

Portanto, suponha que o réu seja condenado a pagar uma quantia de R$10.000,00 a título de prestações que já estão vencidas (pois são devidas ao autor desde o ato ilícito cometido!), sendo que deverá pagar uma quantia de R$500,00 a partir da sentença. Logo, os honorários incidirão sobre os R$10.000,00 + 12 parcelas vincendas de R$500,00 = R$16.000,00.

E se o valor da causa ou do proveito econômico possuir um valor inestimável, como nas ações de ações de adoção, imensurável ou irrisório (muito baixo)?

O juiz deverá deixar de lado a base de cálculo prevista no § 2.º e fixar os honorários de forma “equitativa”

(ou seja, de forma justa considerando o empenho que o advogado teve), condenando o vencido em um valor fixo.

§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º.

Os honorários estabelecidos em sentença e tendo por base a condenação, por uma questão de lógica, deverão ser atualizados monetariamente a partir da propositura da ação, pois desde a propositura da ação até o advento da sentença ocorreram perdas monetárias neste valor, o que poderia causar prejuízo ao advogado.

Veja a Súmula 14, do STJ:

(15)

STJ, Súmula 14: Arbitrados os honorários advocatícios em percentual sobre o valor da causa, a correção monetária incide a partir do respectivo ajuizamento

No entanto, como acabamos de ver, os honorários podem tem um valor fixo, quando estabelecidos a partir de critérios equitativos nos casos de valor da causa irrisória ou inestimável.

Então, nesse caso específico, a correção monetária deve ser aplicada a partir da data da sentença que os arbitrou, ao passo que os juros fluirão somente a partir do trânsito em julgado daquela decisão:

§ 16. Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data do trânsito em julgado da decisão.

E se o processo for julgado improcedente ou extinto sem apreciação do mérito, ou seja, se o réu sair vencedor?

O §6º afirma que fixação dos honorários em favor do réu vencedor deve ser a mesma que se verificaria se o autor fosse vencedor, devendo os critérios vistos acima ser aplicados independentemente de qual seja o conteúdo da decisão (favorável ou desfavorável ao autor):

§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.

Por exemplo, o autor aciona o réu para ver uma dívida de R$50.000,00 que não foi paga ser satisfeita. No entanto, descobre-se que ele não tem razão e o réu sai vencedor na ação. Assim, para efeitos de cálculo de honorários advocatícios, será considerado da mesma forma o valor de R$50.000,00 como a base que incidirá o porcentual de 10 a 20%.

Situação diversa ocorre quando há a perda do objeto do processo, ou seja, o processo perdeu sua razão de existir e não há mais interesse de agir para a parte que ajuizou a ação, seja porque as partes fizeram um acordo por fora do processo ou porque a providência que se pede ao juiz não faça mais sentido ao autor.

Nessa situação específica, os honorários serão devidos não pelo vencido, mas pela parte que provocou o ajuizamento do processo, devendo ser aplicado, também, independente do conteúdo da decisão, considerando o valor da causa hipotético que o autor indicou na petição inicial:

§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.

Ainda, diz o Código que, a cada recurso interposto pelo advogado, haverá a majoração na condenação em honorários, além dos que já foram fixados anteriormente, devendo haver respeito ao teto máximo de 20%

estabelecido e sendo possível a cumulação com multas e sanções, inclusive as previstas para a prática de ato atentatório à dignidade da justiça!

(16)

§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§

2º a 6º, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.

§ 12. Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77.

Da mesma forma que é majorado em cada etapa do processo, ao julgar o recurso, de ofício, o tribunal poderá aumentar os honorários a cada recurso que o advogado apresenta.

A seguinte situação poderá ocorrer:

Condenação em 10% quando da sentença, majorada para 13% quando do acórdão da apelação, para 15%

quando apresentado recurso especial ao STJ e para 17% quando apresentar um agravo de instrumento.

Perceba que cada recurso, isoladamente considerado, foi capaz de majorar o percentual que incidirá sobre a base de cálculo.

Já em relação aos honorários fixados em decorrência de defesa feita na fase de execução ou na de cumprimento de sentença, o valor dos honorários será acrescido ao valor da defesa principal, no processo de conhecimento. Além do valor já antes devido, também haverá a inclusão, no montante total, dos honorários decorrentes da defesa na fase de execução:

§ 13. As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para todos os efeitos legais.

Ufa! Realmente esse é um tema muito complexo. Mas, calma! Fiz um resumo para te direcionar às principais características de tudo que vimos até agora em relação aos honorários.

(17)

H ONORÁRIOS DO A DVOGADO R EGRAS M AIS R ELEVANTES

F

IXAÇÃO

E

NTRE

10 A 20%

a) valor da condenação b)proveito econômico obtido

Não sendo possível: valor atualizado da causa

Obs: Proveito econômico inestimável ou irrisório / valor da causa muito baixo

Fixados de forma “equitativa”, justa

D

EVIDOS

, C

UMULATIVAMENTE

...

a)na reconvenção,

b) no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, c) na execução, resistida ou não,

d) nos recursos interpostos

A

ÇÕES

D

E

I

NDENIZAÇÃO

P

OR

A

TO

I

LÍCITO

C

ONTRA

P

ESSOA

Incidirá:

a) soma das prestações vencidas +

b)12 prestações vincendas

N

OS

C

ASOS

D

E

P

ERDA

D

E

O

BJETO

Serão devidos por quem deu causa ao processo (ou seja, ao ajuizamento da ação)

Vamos nos exercitar para fixar o conteúdo!

(18)

(VUNESP – TJ/RS – 2018 - Adaptada) Julgue o item abaixo:

São devidos honorários advocatícios, nos termos do Código de Processo Civil, por quem deu causa à extinção, nos casos de perda de objeto.

RESOLUÇÃO:

Nos casos de perda de objeto, são devidos honorários advocatícios por quem deu causa ao processo, e não à extinção, como diz o enunciado!

Art. 85, § 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa ao processo.

Vamos tratar agora de algumas peculiaridades aplicadas quando a Fazenda Pública for parte.

Primeiro, o Código faz um escalonamento da porcentagem ser a aplicado em função do valor da causa, da condenação ou do proveito econômico: quanto mais alto o valor da condenação ou do proveito econômico (base de cálculo dos honorários), menor o percentual a ser utilizado na fixação dos honorários. Veja só:

§ 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2o e os seguintes percentuais:

I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;

II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários- mínimos;

III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários- mínimos;

IV - mínimo de três e máximo de cinco por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 20.000 (vinte mil) salários-mínimos até 100.000 (cem mil) salários- mínimos;

V - mínimo de um e máximo de três por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 100.000 (cem mil) salários-mínimos.

§ 4º Em qualquer das hipóteses do § 3o:

I - os percentuais previstos nos incisos I a V devem ser aplicados desde logo, quando for líquida a sentença;

II - não sendo líquida a sentença, a definição do percentual, nos termos previstos nos incisos I a V, somente ocorrerá quando liquidado o julgado;

III - não havendo condenação principal ou não sendo possível mensurar o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o valor atualizado da causa;

IV - será considerado o salário-mínimo vigente quando prolatada sentença líquida ou o que estiver em vigor na data da decisão de liquidação.

§ 5º Quando, conforme o caso, a condenação contra a Fazenda Pública ou o benefício econômico obtido pelo vencedor ou o valor da causa for superior ao valor previsto no inciso I do § 3o, a fixação

(19)

do percentual de honorários deve observar a faixa inicial e, naquilo que a exceder, a faixa subsequente, e assim sucessivamente.

§ 6º Os limites e critérios previstos nos §§ 2o e 3o aplicam-se independentemente de qual seja o conteúdo da decisão, inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.

§ 7º Não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada.

O que § 5.º estipula é que, se o valor da condenação em honorários for superior a 200 salários mínimos, todo o valor correspondente a até esse valor sofrerá incidência da faixa de 10 a 20%, e só o restante será calculado tomando por base a faixa percentual do valor restante.

Exemplo: condenação em 250 salários mínimos – 200 salários mínimos estarão sujeitos ao porcentual de 10 a 20%, ao passo que os 50 salários mínimos restantes estarão sujeitos à incidência do percentual de 8 a 10%, e por aí vai.

Por sua vez, esclarece o § 4.º que os percentuais são aplicados quando o valor for líquido, ou seja, quando o valor da condenação já for apurado na sentença. Se o juiz não conseguir chegar a esse valor quando dá a sua sentença, deverá fazer a liquidação com auxílio de um perito, ou seja, por arbitramento. E, em consonância com isso, devemos considerar o valor do salário mínimo quando a sentença é publicada ou quando o valor é liquidado pelo perito, conforme o caso.

Já o §6º afirma que, se não houver condenação quanto ao pedido principal (ou seja, só nos horários) ou o proveito econômico não for apurado, a base de cálculo para fixação dos honorários é o valor da causa atualizado - mesma situação ocorre quando há litígio somente entre particulares.

Regras Comuns às Despesas e Honorários

Existem algumas situações em que não temos um vencedor absoluto no processo.

Sinceramente, os §§ 3º ao 5º raramente são cobrados.

Então, relaxa!

Não precisa se "descabelar" se você não os tiver absorvido.

Qualquer dúvida, sempre entre em contato

comigo!

(20)

Suponha que Félix tenha ajuizado uma ação com um pedido W, X, Y e Z em face de Vânia. No entanto, o juiz acolhe os pedidos W, X e Y mas rejeita o pedido Z.

Esse é um caso que os doutrinadores costumam chamar de sucumbência recíproca ou parcial, situação em que apenas parte do pedido do autor seja acolhido.

Professor, como isso interfere na questão da condenação ao pagamento das verbas de sucumbência?

O CPC/2015 estabelece que as despesas processuais serão proporcionalmente distribuídas entre as partes, o que significa que cada uma das partes ficará responsável pelo pagamento das despesas na proporção da sua sucumbência:

Art. 86. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas.

Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.

No caso que vimos, suponhamos que os três pedidos tenham valores semelhantes. Assim, o autor obteve sucesso em 75% do seu pedido total, o que faz com que as despesas totais do processo sejam rateadas entre eles na proporção de 25% para o Félix e 75% para a Vânia.

O parágrafo único trata da sucumbência mínima, que se caracteriza quando uma das partes, embora também sucumbente, tenha perdido uma parcela insignificante do pedido que, quando comparada ao valor total do pedido, se mostra totalmente irrelevante.

A consequência disso é que a parte contrária responderá integralmente pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios. Veja:

Se o autor pediu 10 e a sentença acolheu 9,9, por óbvio, o autor sucumbiu em 0,1. O autor até pode entrar com um recurso para conseguir reverter esse 0,1 que não lhe foi concedido mas, no que diz respeito às despesas e aos honorários, a responsabilidade do pagamento recairá integralmente ao réu!

Isso já foi cobrado em prova:

(FCC – TRT/RO e AC – 2011) No que concerne às despesas e honorários:

Se um litigante decair de parte mínima do pedido, os honorários e as despesas serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles.

RESOLUÇÃO:

(21)

Incorreta. O litigante que decair de parte mínima do pedido, não responderá pelas despesas e honorários.

O outro sucumbente responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários:

Art. 86. Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas.

Parágrafo único. Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.

No entanto, devemos notar que não se incluem, na regra da sucumbência recíproca, os honorários advocatícios, já que o texto do caput do dispositivo apenas fala em despesas, e não menciona os honorários.

Além disso, lembra-se que vimos, há pouco, que os honorários pertencem ao advogado, possuem natureza de verba alimentar e, por isso, não poderão ser compensados com os honorários do advogado da parte contrária?

Ele deve ser pago de forma integral pelo trabalho do advogado!

Art. 85, § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

Vamos ver, agora, como serão rateadas as despesas e honorários naqueles casos em que há vários autores e/ou vários réus, configurando o fenômeno do litisconsórcio.

Litisconsórcio é o fenômeno processual pelo qual duas ou mais pessoas podem ocupar o mesmo polo no processo.

Assim, quando há mais de um autor, temos o litisconsórcio ativo.

Quando temos mais de um réu, dá-se o litisconsórcio passivo.

Se tivermos diante de mais de um autor e mais de um réu, fica configurado o litisconsórcio misto.

Agora veja como fica a questão das despesas e honorários nessa circunstância:

Art. 87. Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários.

§ 1º A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes, de forma expressa, a responsabilidade proporcional pelo pagamento das verbas previstas no caput.

§ 2º Se a distribuição de que trata o § 1º não for feita, os vencidos responderão solidariamente pelas despesas e pelos honorários.

(22)

Então, temos que os litisconsortes responderão pelas despesas e pelos honorários de maneira proporcional à sua sucumbência no processo – então, as verbas serão partilhadas observando a proporção do interesse de cada um dentro do processo.

Os réus A, B e C foram condenados, respectivamente, a pagar 10%, 30% e 60% do valor total da condenação que foi requerida pelo autor. Logo, as despesas/honorários serão divididas entre elas exatamente nessa proporção.

A sentença já deve atribuir aos litisconsortes, de maneira expressa, a parte que cabe a cada um no pagamento das despesas. Se a sentença for omissa e não determinar isso, a parte vencedora poderá cobrar o valor total de um dos litisconsortes perdedores, que depois poderá cobrar dos outros perdedores o valor que caberia a cada um deles.

Ou seja, no caso que vimos, o autor poderá cobrar 100% do valor da condenação do réu C, o qual poderá, posteriormente, cobrar 10% e 30% dos réus A e B, respectivamente, caso a sentença não faça a distribuição expressa do valor que cabe a cada réu pagar.

Há uma regrinha especial nos processos que ocorrem desistência, renúncia à pretensão e reconhecimento do pedido.

Vamos ver o que significa cada um deles?

Na desistência, o autor desiste da tramitação da demanda e a sua pretensão sequer é analisada pelo juiz processo é extinto sem a resolução do mérito.

Na renúncia à pretensão, autor abre mão de todos os seus direitos existentes e que são discutidos por meio do processo que está em trâmite, de forma que haverá uma sentença que analisará o mérito e dará ganho de causa ao réu.

O reconhecimento da procedência do pedido representa situação oposta à da renúncia. É a hipótese em que o réu concorda com todos os pedidos formulados pelo autor na inicial, ou seja, abre mão de seus argumentos de defesa, também havendo análise e resolução do mérito.

Veja como é tratada a questão da sucumbência nessas três situações:

Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.

§ 1o Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.

(23)

§ 2o Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.

§ 3o Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.

§ 4o Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade.

Assim, o pagamento das despesas e dos honorários recairão a quem deu causa ao término do processo, ou seja

a. A quem desistiu do processo b. A quem renunciou à pretensão

c. A quem concordou com o pedido.

Se a renúncia, desistência ou reconhecimento for parcial, a responsabilidade do pagamento das verbas será proporcional à parcela desistida, renunciada ou reconhecida.

Dessa maneira, se o autor renuncia a 40% do seu pedido, ele deverá ser responsável pelo pagamento de 40% das verbas de sucumbência e honorários.

Agora, fique atento, no caso de reconhecimento do pedido: se o réu, desde logo, cumprir integralmente a obrigação reconhecida, os honorários serão reduzidos pela metade, ou seja, deverá reconhecer e pagar ao mesmo tempo, representando um estímulo para que réu cumpra logo a sentença e o processo tenha um fim breve, evitando a longa fase de cumprimento de sentença que é muito comum em vários processos.

Por fim, quando ocorre transação, ou seja, ambas as partes abrem mão de parte de seus direitos, e o juiz homologa o acordo, se não for decidida a divisão das despesas processuais, a regra é que elas serão dividas igualmente entre os participantes da transação.

Se o acordo for celebrado antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento dos valores que tenham ainda de pagar, o que representa um enorme estímulo para que cheguem a um acordo, concorda? Veja esta questão:

(FCC – TRE/AP – 2015) Julgue o item abaixo:

Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.

RESOLUÇÃO:

Isso mesmo. Em caso de transação, se as partes não se manifestarem sobre as despesas do processo, estas serão divididas igualmente entre elas.

Art. 90, § 2º. Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente

(24)

Agora, vamos abordar como fica a questão das custas do processo nos procedimentos de jurisdição voluntária e juízos divisórios sem litígio.

Já vimos que a jurisdição voluntária (administração pública de interesses privados) se difere da jurisdição contenciosa pela inexistência de conflito. Não há lide na jurisdição voluntária. Lembra-se do exemplo do divórcio consensual que vimos? Não podemos dizer que existe um vencedor e um vencido nesse tipo de ação!

O CPC/2015 traz regras próprias para a sucumbência na jurisdição voluntária:

Despesas adiantadas pelo requerente - ou seja, por quem está no polo ativo, que toma a iniciativa de dar início ao procedimento de jurisdição voluntária).

No final do processo, as despesas divididas entre todos os interessados (lembre-se de que não temos partes, mas sim interessados)

Leia o dispositivo:

Art. 88. Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.

Resolve pra mim?

(CESPE – TRE/MS – 2013) Julgue o item abaixo relativo às partes e aos procuradores.

Cabe às partes prover as despesas dos atos que realizarem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até decisão final, mas no procedimento de jurisdição voluntária, as despesas do processo são rateadas entre os interessados, e pagas pelo requerente.

RESOLUÇÃO:

Item incorreto. O requerente, nos processos de jurisdição voluntária, é que adianta as despesas; ao final do procedimento, as despesas serão rateadas pelos interessados:

Art. 88. Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.

Quando o requerente adianta as despesas, ao final os interessados lhe farão a restituição do que cabe a cada um.

Quando o requerente paga as despesas, não haverá rateio; significa que ele suportará sozinho o ônus financeiro, o que não ocorre na jurisdição voluntária.

Situação muito semelhante ocorre nas ações de divisão e demarcação (juízos divisórios) de terras sem litígio, em que as partes entram em consenso em relação aos limites das terras em questão – haverá o rateio no pagamento das despesas proporcionalmente entre os interessados, com base no tamanho da área:

Art. 89. Nos juízos divisórios, não havendo litígio, os interessados pagarão as despesas proporcionalmente a seus quinhões.

(25)

Já nos casos em que o autor morar no exterior, sem bens imóveis no Brasil, seja antes ou após a propositura da ação, o juiz deverá exigir dele a prestação de caução, para permitir que haja o ressarcimento das custas, despesas e honorários, no caso de a decisão ser desfavorável a ele.

Professor, o que é uma caução?

Caução, nesse caso, é uma garantia que o juiz exige do autor residente no exterior.

Ela pode ser estabelecida em moeda nacional ou estrangeira, em títulos federais, etc.

Qual a lógica disso?

Por se encontrar fora do território brasileiro e caso o autor perca a ação, será bastante difícil o Poder Judiciário executar os bens que se encontram no exterior para custear as despesas do processo.

Por isso a exigência do pagamento de uma caução.

Leia o dispositivo:

Art. 83. O autor, brasileiro ou estrangeiro, que residir fora do Brasil ou deixar de residir no país ao longo da tramitação de processo prestará caução suficiente ao pagamento das custas e dos honorários de advogado da parte contrária nas ações que propuser, se não tiver no Brasil bens imóveis que lhes assegurem o pagamento.

§ 1º Não se exigirá a caução de que trata o caput:

I - quando houver dispensa prevista em acordo ou tratado internacional de que o Brasil faz parte;

II - na execução fundada em título extrajudicial e no cumprimento de sentença;

III - na reconvenção.

§ 2º Verificando-se no trâmite do processo que se desfalcou a garantia, poderá o interessado exigir reforço da caução, justificando seu pedido com a indicação da depreciação do bem dado em garantia e a importância do reforço que pretende obter.

Portanto, será desnecessária a prestação de caução quando:

a. Houver previsão de dispensa em acordo/tratado internacional

b. Na execução ou no cumprimento de sentença

Pois aqui, o título já existe e há uma presunção de que o executado deve o que propõe a execução/cumprimento de sentença.

c. Na reconvenção

A reconvenção apresentada em conjunto com a contestação é um pedido que o réu faz contra o autor – é incabível exigir do réu custas para se defender.

(26)

Em regra, uma vez extinto o processo sem resolução de mérito, por não ter havido a discussão do mérito da causa e não haver coisa julgada, é possível ao ajuizar novamente a mesma ação (com mesmas partes, pedidos e causa de pedir).

Vimos que a extinção sem mérito do primeiro processo acarreta a condenação do autor ao pagamento do ônus da sucumbência.

Porém, para que seja permitida a repropositura da ação, além das custas iniciais do novo processo, o juiz só aceitará a nova demanda se o autor pagar as despesas e os honorários a que fora condenado anteriormente, impostos na ação que foi extinta.

Art. 92. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado.

Como de costume, vamos a mais um quadro comparativo com as principais informações vistas por nós neste tópico da aula:

R EGRAS C OMUNS AOS H ONORÁRIOS E D ESPESAS

S

UCUMBÊNCIA RECÍPROCA

Despesas serão divididas proporcionalmente entre as partes

Obs1: sucumbência mínima → vencido responderá integralmente por despesas e honorários

Obs2: honorários não são divididos, pois não estão sujeitos à compensação.

S

UCUMBÊNCIA

E L

ITISCONSÓRCIO

Despesas e honorários serão divididos proporcionalmente entre os litisconsortes sucumbentes

S

E

H

OUVER

D

ESISTÊNCIA

, R

ENÚNCIA

O

U

R

ECONHECIMENTO

D

O

P

EDIDO

...

Despesas e honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu

Se parcial → pagos proporcionalmente

Réu que reconhece o pedido/cumpre imediatamente a obrigação reconhecida

honorários reduzidos pela metade

(27)

S

E

H

OUVER

T

RANSAÇÃO

...

Despesas e honorários serão divididos igualmente

Transação realizada antes da sentença

dispensa do pagamento de custas remanescentes

J

URISDIÇÃO

V

OLUNTÁRIA Despesas adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados

J

UÍZOS

D

IVISÓRIOS

Despesas pagas pelos interessados na proporção de seus quinhões

Não pode haver litígio!

A

UTOR

Q

UE

R

ESIDE

O

U

P

ASSA

A R

ESIDIR

N

O

E

XTERIOR

Se não houver bens imóveis no Brasil → Deve prestar caução

(28)

Gratuidade da Justiça

O art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal estabelece que “o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Isso representa um enorme avanço, já que cria condições para que os mais pobres acessem a justiça em igualdade de condições com os que possuem mais dinheiro, respeitando o princípio do acesso universal à Justiça.

Compreendido no conceito de assistência judiciária gratuita está o de gratuidade da justiça, que significa a isenção do recolhimento de custas e despesas devidas no decorrer do processo por pessoas naturais e jurídicas, sejam elas brasileiras ou provenientes de outra nação:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

Resolva esta questão:

Podem ser beneficiários do

benefício da

G

RATUIDADE DA

J

USTIÇA

...

Pessoa Natural

Pessoa Jurídica

Pessoa Estrangeira Pessoa

Brasileira

(29)

(FGV – TJ/AL – 2018 - Adaptada) Julgue a assertiva abaixo:

A gratuidade de justiça não pode ser deferida em favor de pessoa jurídica.

RESOLUÇÃO:

Afirmativa incorreta. A pessoa jurídica que demonstre insuficiência de recursos também faz jus ao benefício da gratuidade da justiça:

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

Nós vimos que, de forma global, a propositura de uma ação traz diversos encargos financeiros às partes.

Portanto, trata-se de um direito de índole pessoal: não pode ser transferido aos litisconsortes, tampouco em caso de sucessão processual do beneficiário no processo.

Art. 98, § 6º O direito à gratuidade da justiça é pessoal, não se estendendo a litisconsorte ou a sucessor do beneficiário, salvo requerimento e deferimento expressos.

Portanto, se o autor A, que faz benefício à justiça gratuita, falecer no curso do processo, os seus herdeiros serão chamados a sucedê-lo. Caso esses herdeiros possuam condições financeiras suficientes para custear os gastos processuais, eles não serão agraciados com isenção outrora concedida ao falecido, a não ser que, pessoalmente, também tenham direito.

Vamos analisar o que está compreendido na referida isenção?

(30)

Em outros termos, quais os gastos no processo que a parte beneficiária está isenta de pagar?

Art. 98, § 1º A gratuidade da justiça compreende:

I - as taxas ou as custas judiciais;

II - os selos postais;

III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios;

IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse;

V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais;

VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução;

VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;

IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.

Veja só:

(31)

Veja uma questão:

(FCC – DPE/RS – 2013 - Adaptada) Julgue o item abaixo:

A gratuidade processual não abrange os honorários do advogado.

A Gratuidade da Justiça compreende...

Taxas Ou Custas Judiciais

Selos Postais

Despesas com Publicação

Indenização de Testemunha

Exame de DNA e outros essenciais Remuneração

Intérprete Tradutor Honorários

Advogado/

Perito Custo para

Memória de Cálculo Emolumen-

tos

Alguns Depósitos

Você não pode sair desta aula sem memorizar as custas abrangidas pelo benefício da gratuidade

da justiça!

(32)

RESOLUÇÃO:

Incorreta a assertiva.

Como acabamos de ver, a gratuidade da justiça compreende sim os honorários do advogado.

Art. 98, §1º A gratuidade da justiça compreende:

VI – os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira;

Quanto aos emolumentos que devem ser pagos a cartórios para registrar, por exemplo, um imóvel que passa a ser de propriedade da parte (despesas de cartório), o código estabelece que o tabelião será remunerado de acordo com o art. 95, §3º, ou seja, os recursos estatais que são utilizados para custear a prova pericial requerida pelo beneficiário da justiça gratuita também poderão ser utilizados para custear os atos cartoriais – observados, em um ou em outro caso, os valores previstos em lei para a realização dos atos:

§ 7º Aplica-se o disposto no art. 95, §§ 3o a 5o, ao custeio dos emolumentos previstos no § 1o, inciso IX, do presente artigo, observada a tabela e as condições da lei estadual ou distrital respectiva.

Ainda em relação a essa questão dos cartórios, se no momento da realização dos atos cartoriais o tabelião tiver “dúvida fundada” quanto à parte ser ainda hipossuficiente do ponto de vista financeiro, ele poderá pedir duas providências ao juiz responsável por decidir questões que envolvam cartórios:

1.

Revogação da gratuidade

2.

Permitir o parcelamento dos valores devidos:

§ 8º Na hipótese do § 1º, inciso IX, havendo dúvida fundada quanto ao preenchimento atual dos pressupostos para a concessão de gratuidade, o notário ou registrador, após praticar o ato, pode requerer, ao juízo competente para decidir questões notariais ou registrais, a revogação total ou parcial do benefício ou a sua substituição pelo parcelamento de que trata o § 6º deste artigo, caso em que o beneficiário será citado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se sobre esse requerimento.

Superada essa questão, uma dúvida surge: e se a parte beneficiária da justiça gratuita sucumbir no processo, ou seja, se ela perder? Como fica a questão dos ônus de sucumbência?

Veja:

Art. 98 (...) § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

(33)

§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

Atenção, pois esta informação é muito relevante:

A gratuidade da justiça não afasta a condenação ao ônus da sucumbência daquele que faz jus a seu benefício:

se o beneficiário da gratuidade (seja autor ou réu) for vencido, ele deverá ser condenado ao pagamento das despesas e honorários.

No entanto, essa obrigação ficará suspensa pelo prazo de 5 anos contados da data em que a sentença transitou em julgado. Trata-se de uma condenação com condição suspensiva.

O que isso quer dizer, professor?

Que só será possível cobrar os valores com o advento de uma condição:

☞ A mudança na condição financeira do vencido dentro desses 5 anos.

Vamos ilustrar?

Suponha que a parte beneficiária da justiça gratuita, 3 anos após o trânsito em julgado de uma sentença que o condenou ao pagamento de custas, ganhe milhões de reais na loteria, o que claramente provoca uma mudança na condição financeira. Nesse caso, a parte que venceu o processo poderá executar os valores da sucumbência (já que a melhora financeira da parte perdedora ocorreu dentro de 5 anos do trânsito em julgado).

O assunto gratuidade da justiça é muito importante para a sua prova!

Olha como isso foi cobrado recentemente:

(CESPE – TJ/AM – 2019) Rodrigo deixou de cumprir sua parte em obrigação de fazer firmada com Vinícius. Para assegurar seu direito, Vinícius ajuizou ação em desfavor de Rodrigo.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item subsequente.

Ainda que beneficiário da gratuidade de justiça, Rodrigo não se exime da responsabilidade referente às despesas processuais e aos honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.

RESOLUÇÃO:

Isso mesmo! Ainda que tenha sido agraciado com a concessão do benefício da gratuidade da justiça, Rodrigo ainda continua responsável pelas despesas processuais e honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência!

Art. 98 (...) § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

Referências

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