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Questões comentadas pelo professor

No documento Prof. Henrique Santillo (páginas 43-68)

1. (FGV – TJ/AL – 2018)

No que concerne à gratuidade de justiça, é correto afirmar que:

a) só pode ser deferida ao litigante cuja causa seja patrocinada pela Defensoria Pública;

b) a decisão que a indeferir é passível de impugnação por via recursal;

c) compreende as multas impostas ao beneficiário em razão do cometimento de atos caracterizadores de litigância de má-fé;

d) isenta o beneficiário da obrigação de pagar os honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência;

e) deve ser requerida em petição autônoma, instruída com os documentos que comprovem a insuficiência de recursos.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. A Lei exige apenas a insuficiência de recursos para pagar as custas e não o patrocínio da causa pela Defensoria ou advogado dativo.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

b) CORRETA. Caberá agravo de instrumento contra decisão que indefere o benefício da gratuidade.

Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.

c) INCORRETA. As multas processuais serão devidas mesmo com a concessão da gratuidade:

§ 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.

d) INCORRETA. A responsabilidade pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios persistem mesmo com a concessão do benefício da gratuidade. O que acontece é uma suspensão da sua exigência.

§ 2ºA concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

e) INCORRETA, já que possibilita o requerimento por diversos outros meios e em diversos outros momentos:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

Resposta: B

2. (FGV – OAB/XXXV – 2018)

Alice, em razão de descumprimento contratual por parte de Lucas, constituiu Osvaldo como seu advogado para ajuizar uma ação de cobrança com pedido de condenação em R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), valor atribuído à causa.

A ação foi julgada procedente, mas não houve a condenação em honorários sucumbenciais. Interposta apelação por Lucas, veio a ser desprovida, sendo certificado o trânsito em julgado.

Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta.

a) Em razão do trânsito em julgado e da preclusão, não há mais possibilidade de fixação dos honorários sucumbenciais.

b) Como não houve condenação, presume-se que há fixação implícita de honorários sucumbenciais na média entre o mínimo e o máximo, ou seja, 15% do valor da condenação.

c) O trânsito em julgado não impede a discussão no mesmo processo, podendo ser requerida a fixação dos honorários sucumbenciais por meio de simples petição.

d) Deve ser proposta ação autônoma para definição dos honorários sucumbenciais e de sua cobrança.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. Mesmo com o trânsito em julgado da decisão, é possível a fixação dos honorários sucumbenciais por meio de uma ação autônoma.

Art. 85, § 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.

b) INCORRETA. A omissão da decisão em relação à condenação em honorários sucumbenciais não implica em presunção de sua estipulação, já que deve ser proposta ação autônoma para fixá-los, considerando ter ocorrido o trânsito em julgado.

c) INCORRETA. O trânsito em julgado impede a discussão no mesmo processo. Deve ser proposta ação autônoma para fixá-los.

d) CERTO. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa em relação aos honorários de sucumbência, eles poderão ser cobrados em ação própria.

Art. 85, § 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.

Resposta: D

3. (FGV– TJ/SC – 2018)

No que concerne à gratuidade de justiça, é correto afirmar que:

a) só pode ser deferida ao litigante cuja causa seja patrocinada pela Defensoria Pública;

b) a decisão que a indeferir é passível de impugnação por via recursal;

c) compreende as multas impostas ao beneficiário em razão do cometimento de atos caracterizadores de litigância de má-fé;

d) isenta o beneficiário da obrigação de pagar os honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência;

e) deve ser requerida em petição autônoma, instruída com os documentos que comprovem a insuficiência de recursos.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. Não se exige apenas o patrocínio da causa pela Defensoria Pública. O requisito exigido é a insuficiência de recursos para o pagamento das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatícios.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

b) CORRETA. A decisão que indefere o pedido de gratuidade de justiça (e a que acolhe o pedido de revogação da gratuidade) pode ser atacada pelo recurso de agravo de instrumento:

Art. 101. Contra a decisão que indeferir a gratuidade ou a que acolher pedido de sua revogação caberá agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, contra a qual caberá apelação.

c) INCORRETA. O beneficiário da justiça gratuita não fica dispensado de pagar multas que lhe sejam impostas. Ele não poderia ser premiado pela prática de atos ilícitos!

Art. 98. § 4º A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.

d) INCORRETA. O beneficiário, se for vencido na ação, é obrigado a pagar as despesas processuais e os honorários advocatícios decorrentes da sucumbência.

Contudo, tais obrigações ficam sob condição suspensiva: a condição de o beneficiário melhorar a sua condição financeira no prazo máximo de 5 anos, contados do trânsito em julgado da decisão.

Art. 98, § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

e) INCORRETA. A parte pode requerer o benefício nos próprios autos e a qualquer tempo, inclusive em grau recursal!

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

Resposta: B

4. (FGV – TJ/SC – 2018)

Marcelo, menor absolutamente incapaz, devidamente representado, sem requerer o benefício da gratuidade de justiça, propôs uma ação de indenização em face de uma empresa particular, pedindo o ressarcimento de dano material de 50 mil reais. Funcionando como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público requereu a produção de prova pericial para a instrução do feito. As partes não se opuseram ao requerido pelo Ministério Público, tendo o perito estipulado o valor de seus honorários em dez mil reais para a elaboração de sua perícia técnica, o que foi deferido pelo juízo.

Nesse sentido, incumbe:

a) ao autor adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;

b) ao Ministério Público adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;

c) à empresa ré adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;

d) ao Poder Judiciário adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia;

e) ao Poder Executivo adiantar os dez mil reais referentes ao valor da perícia.

RESOLUÇÃO:

Um detalhe importante: o Ministério Público requereu a produção de prova pericial como fiscal da ordem jurídica.

Veja a disciplina legal para esse caso:

Art. 82. Salvo as disposições concernentes à gratuidade da justiça, incumbe às partes prover as despesas dos atos que realizarem ou requererem no processo, antecipando-lhes o pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.

§ 1º Incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a ato cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem jurídica.

Dessa maneira, o autor Marcelo deve adiantar os R$ 10.000,00 referentes a perícia requerida pelo Ministério Público como fiscal da ordem jurídica.

Resposta: A

5. (FGV – OAB/XX Exame – 2016)

A médica Carolina é devedora de R$ 100.000,00 (cem mil reais), débito esse originado de contrato particular de mútuo, vencido e não pago, no qual figura como credora a advogada Zélia. Diante do inadimplemento, Zélia ajuizou ação de cobrança que, após instrução probatória, culminou em sentença com resolução de mérito procedente. O juiz não se pronunciou quanto ao pagamento de honorários advocatícios de sucumbência à advogada porque esta atuou em causa própria. A omissa sentença proferida transitou em julgado recentemente.

Sobre o caso apresentado, segundo o CPC/15, assinale a afirmativa correta.

a) O juiz agiu com acerto ao deixar de condenar Carolina ao pagamento de honorários.

b) Os honorários advocatícios de sucumbência constituem direito do advogado sem natureza alimentar.

c) A advogada Zélia não poderá requerer que o pagamento dos honorários seja efetuado em favor da sociedade de advogados no qual figura como sócia.

d) O recente trânsito em julgado da omissa sentença não obsta o ajuizamento de ação autônoma para definição e cobrança dos honorários de sucumbência.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. O juiz errou ao deixar de condenar Carolina ao pagamento de honorários. A omissão, contudo, não prejudica o advogado que pode cobrar os honorários em ação autônoma.

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

b) INCORRETA. Os honorários advocatícios de sucumbência constituem direito do advogado com natureza alimentar.

Art. 84, § 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.

c) INCORRETA. A advogada Zélia poderá SIM requerer que o pagamento dos honorários seja efetuado em favor da sociedade de advogados no qual figura como sócia

§ 15. O advogado pode requerer que o pagamento dos honorários que lhe caibam seja efetuado em favor da sociedade de advogados que integra na qualidade de sócio, aplicando-se à hipótese o disposto no § 14.

d) CORRETA. O trânsito em julgado da sentença omissa quanto ao direito aos honorários não obsta o ajuizamento de ação autônoma para definição e cobrança dos honorários de sucumbência, conforme estabelece o art. 85, § 18, do CPC.

§ 18. Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.

Resposta: D

6. (FGV – OAB/XX Exame – 2016)

Gerusa ajuizou ação de cobrança em face de Vicente, que, ao final da instrução probatória, culminou em sentença de procedência de seu pedido condenatório, tendo o magistrado fixado honorários advocatícios de sucumbência em quantia irrisória. O êxito obtido decorreu do trabalho desenvolvido pelo Dr. Alonso, advogado particular constituído por Gerusa em razão de renúncia ao mandato apresentada por seu antigo advogado, logo após a distribuição da ação. Assim que assumiu o patrocínio da causa, o Dr. Alonso identificou que Gerusa não possuía recursos suficientes para custear o processo, razão pela qual requereu e obteve o direito de gratuidade da justiça para sua cliente.

A partir dos elementos do enunciado, com base no CPC/15, assinale a afirmativa correta.

a) O pedido de gratuidade da justiça deveria ter sido formulado por meio de incidente processual em apenso.

b) É cabível apelação versando exclusivamente sobre a majoração do valor dos honorários fixados pela sentença, mediante pagamento do preparo pelo Dr. Alonso.

c) A gratuidade da justiça não poderia ter sido deferida pelo juiz, pois Gerusa está assistida pelo advogado particular Dr. Alonso.

d) É cabível apelação versando exclusivamente sobre a majoração dos honorários fixados pela sentença, sendo dispensável o pagamento do preparo em razão da concessão do direito de gratuidade da justiça a Gerusa.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. O pedido de gratuidade poderá figurar na petição inicial, na contestação ou na petição para ingresso do terceiro, pode até mesmo ser formulado por petição simples:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.

b) CORRETA. Isso mesmo. O recurso que verse exclusivamente sobre valor de honorários de sucumbência fixados em favor do advogado de beneficiário estará sujeito a preparo, a não ser que o próprio advogado também faça jus ao benefício da gratuidade.

c) INCORRETA. O fato de Gerusa estar assistida por advogado particular não impede a concessão do benefício da gratuidade da justiça:

§ 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.

d) INCORRETA. A concessão do direito de gratuidade da justiça a Gerusa não se estende ao seu advogado, já que a situação financeira de ambos pode ser tranquilamente diferente.

Resposta: B

7. (FGV – OAB/XXI Exame – 2016)

A sociedade Palavras Cruzadas Ltda. ajuizou ação de responsabilidade civil em face de Helena e requereu o benefício da gratuidade de justiça, na petição inicial. O juiz deferiu o requerimento de gratuidade e ordenou a citação da ré.

Como a autora não juntou qualquer documento comprobatório de sua hipossuficiência econômica, a ré pretende atacar o benefício deferido.

Com base na situação apresentada, assinale a afirmativa correta.

a) O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial é o incidente de impugnação ao benefício de gratuidade, que será processado em autos apartados.

b) A ré alegará na contestação que não estão presentes os requisitos para o deferimento do benefício de gratuidade.

c) A ré alegará na contestação que o benefício deve ser indeferido, mas terá que apresentar documentos comprobatórios, pois a lei presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida.

d) O instrumento processual previsto para atacar a decisão judicial de deferimento do benefício é o agravo de instrumento.

RESOLUÇÃO:

a) INCORRETA. O instrumento processual adequado para atacar a decisão judicial que concedeu o benefício da gratuidade de justiça na petição é a contestação, não havendo que se falar em abertura de incidente algum para isso.

Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.

b) CORRETA. Exatamente! O requerimento de gratuidade de justiça formulado na petição inicial deve ser impugnado na própria contestação, não havendo que se falar em abrir incidente de impugnação de gratuidade da justiça:

Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.

c) INCORRETA. A ré não necessita apresentar nenhum documento. Ela deverá apenas alegar que a hipossuficiência econômica da pessoa jurídica não é presumida. A Pessoa Jurídica que deverá comprovar a sua hipossuficiência, não a parte contrária.

Art. 99, § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.

d) INCORRETA. Como vimos, o instrumento adequado para atacar o benefício de gratuidade concedido é a própria contestação.

Resposta: B

8. (FUNDATEC – DPE SC – 2018)

Sobre a gratuidade de justiça, assinale a alternativa correta.

a) A pessoa beneficiária de gratuidade de justiça fica dispensada de efetuar depósito previsto em lei para interposição de recurso e para propositura de ação.

b) A pessoa beneficiária de gratuidade de justiça fica isenta da responsabilidade de pagamento das despesas processuais em caso de sucumbência.

c) A gratuidade de justiça se estende aos honorários contratuais devidos ao advogado particular contratado.

d) Os atos extrajudiciais de acesso à justiça não estão abarcados pela gratuidade de justiça.

e) A gratuidade de justiça em processos judiciais restringe-se a taxas, custas e emolumentos.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. De fato, a pessoa beneficiária de gratuidade de justiça fica dispensada de efetuar depósito previsto em lei para interposição de recurso e para propositura de ação.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.

§ 1º A gratuidade da justiça compreende:

VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório;

b) INCORRETA. A pessoa beneficiária de gratuidade de justiça não fica afasta a responsabilidade de pagamento das despesas processuais em caso de sucumbência, as quais ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade:

Art. 98 (...) § 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência.

§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.

c) INCORRETA. A gratuidade de justiça NÃO se estende aos honorários contratuais devidos ao advogado particular contratado, somente em relação aos honorários sucumbenciais.

d) INCORRETA. Os atos extrajudiciais de acesso à justiça estão abarcados pela gratuidade de justiça.

Art. 98, § 1º A gratuidade da justiça compreende: IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido.

e) INCORRETA. A gratuidade de justiça em processos judiciais NÃO se restringe a taxas, custas e emolumentos, sendo aplicável a diversas outras despesas do processo.

Resposta: A

9. (FUNDATEC – AL RS – 2018)

O novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) exsurge, consoante sua Exposição de Motivos, com potencial de gerar um processo mais célere, mais justo, menos complexo e mais rente às necessidades sociais. Seu intuito é o de fornecer meios para o reconhecimento e a realização dos direitos, ameaçados ou violados, que têm cada um dos jurisdicionados, buscando a harmonia com as garantias constitucionais de um Estado Democrático de Direito.

Nesse sentido, analise as assertivas a seguir sobre a parte geral do Código de Processo Civil:

I. São deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva, bem como não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.

II. É possível, sendo inovação da nova sistemática processual civil, compelir o representante judicial da parte a cumprir decisão em seu lugar.

III. No caso de condenação pelo juiz do litigante por má-fé, quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.

IV. Serão devidos honorários advocatícios quando o advogado atua em causa própria.

Quais estão corretas?

a) Apenas I e IV.

b) Apenas II e III.

c) Apenas I, III e IV.

d) Apenas II, III e IV.

e) I, II, III e IV.

RESOLUÇÃO:

I – CORRETA. De fato, trata-se de alguns dos deveres das partes e de seus procuradores:

Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:

V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;

II – INCORRETA. O representante judicial da parte não pode ser obrigado a cumprir decisão em seu lugar Art. 77. § 8º O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.

III – CORRETA. Há, de fato, a possibilidade de elevação da multa por litigância de má-fé em até 10 vezes o valor do salário-mínimo.

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

§ 2º Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.

IV – CORRETA. De fato, serão devidos honorários advocatícios quando o advogado atua em causa própria.

Art. 85. (...) § 17. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.

Resposta: C

10. (FUNDATEC – PGM de Porto Alegre/RS – 2016)

Diante das disposições acerca dos honorários e despesas processuais presentes no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), assinale a alternativa INCORRETA.

a) Os procuradores municipais perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

b) Não sendo líquida a sentença, a definição do percentual dos honorários nas causas em que a Fazenda Pública for parte somente ocorrerá quando liquidado o julgado.

c) Os limites e critérios para a fixação de honorários nas causas em que a Fazenda Pública for parte aplicam-se inclusive aos casos de improcedência ou de sentença sem resolução de mérito.

d) Quando os honorários forem fixados em quantia certa, os juros moratórios incidirão a partir da data da citação da parte sucumbente.

e) São devidos honorários advocatícios no cumprimento provisório de sentença.

RESOLUÇÃO:

a) CORRETA. De fato, conforme enuncia o CPC, os procuradores municipais perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

Art. 85. (...) § 19. Os advogados públicos perceberão honorários de sucumbência, nos termos da lei.

b) CORRETA. De fato, não sendo líquida a sentença, a definição do percentual dos honorários nas causas em que a Fazenda Pública for parte somente ocorrerá quando liquidado o julgado.

Art. 85. (...) § 3º Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorários observará os critérios estabelecidos nos incisos I a IV do § 2º e os seguintes percentuais:

I - mínimo de dez e máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido até 200 (duzentos) salários-mínimos;

II - mínimo de oito e máximo de dez por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 200 (duzentos) salários-mínimos até 2.000 (dois mil) salários-mínimos;

III - mínimo de cinco e máximo de oito por cento sobre o valor da condenação ou do proveito econômico obtido acima de 2.000 (dois mil) salários-mínimos até 20.000 (vinte mil) salários-mínimos;

No documento Prof. Henrique Santillo (páginas 43-68)

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