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Academic year: 2021

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Atenção Primária e Secundária à Saúde

Disciplina: Psicologia e Saúde Coletiva Professora: Ana Paula Dias Pereira

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Atenção Primária

Conceito

Atenção Primária à Saúde (APS) é o conjunto de serviços de atenção à saúde para atender e responder de forma regionalizada, contínua e sistemática à maior parte das necessidades de saúde da população. Inclui cuidado primário, ações de promoção de saúde e de prevenção de doenças

(MATTA; MOROSINI, 2014)

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Declaração de Alma-Ata

O conceito de atenção primária a saúde exprime abordagem para prestação de serviços à comunidade proposto na Declaração de Alma-Ata da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 1978. Nesse ano a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) realizaram a Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde em Alma-Ata, no Cazaquistão.

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Declaração de Alma-Ata

“saúde, que é o completo estado de bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade, é um direito humano fundamental e que atingir o mais alto nível possível de saúde é a meta social mundial mais importante e cuja realização requer além do setor saúde, a ação de muitos outros setores sociais e econômicos” (WHO, 1978).

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Declaração de Alma-Ata: Ações mínimas, para o desenvolvimento da Atenção Primária á Saúde:

educação para a proteção e prevenção de problemas de saúde e os métodos para preveni-los e controlá-los;

distribuição de alimentos e nutrição apropriada;

tratamento e distribuição da água e saneamento;

saúde materno-infantil, incluindo o planejamento familiar;

imunização contra a maioria das doenças infecciosas;

prevenção e controle de doenças endêmicas;

tratamento de doenças e lesões comuns e fornecimento de medicamentos essenciais.

(WHO, 1978)

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Atenção Primária à Saúde no Brasil

Atenção Primária à Saúde

Denominada Atenção Básica

Referência de atenção à saúde o Sistema Único de Saúde (SUS)

Constituição 1988

Regulamentação do SUS 1990

a criação de uma Política de Atenção Básica à Saúde (PAB)

que reformulou o modelo assistencial,

transformando em prioritário o contato

da população com o sistema de saúde.

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Características

AM convencional Atenção primária

Enfoque Doença

Cura

Saúde

Prevenção, atenção e cura

Conteúdo

Tratamento

Atenção por episódio

Problemas específico

Promoção da saúde

Atenção continuada

Atenção abrangente

Organização

Especialistas

Médicos

Consultório individual

Clínicos gerais

Outros profissionais

Equipe

multiprofissional

Responsabilidade

Apenas o Setor Saúde

Domínio pelo profissional

Recepção passiva

Ação intersetorial

Participação da comunidade

Auto responsabilidade

Quadro 1: Diferenças entre Atenção Médica Convencional e

Atenção Primária à Saúde

Starfield, 2002.

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Estratégias da Atenção Básica no Brasil

1.1. Estratégia Saúde da Família

A ESF - principal estratégia da Atenção Básica à Saúde no Brasil, representa primeiro contato dos usuários com os serviços de saúde. Adotada pelo Ministério da Saúde em 1994.

A ESF atua nas “ações de promoção de saúde, prevenção e atenção às doenças, recuperação, tratamento e reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde” (ANDRADE, 2013, p.603).

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Estratégias da Atenção Básica no Brasil

Estratégia Saúde da Família

Trabalham de forma interdisciplinar. Equipes de Saúde da Família são compostas por no mínimo um médico generalista ou médico de família, um enfermeiro, um auxiliar técnico de enfermagem e quatro a seis agentes comunitários de saúde. A partir de 2004, incluiu equipes de saúde bucal.

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Estratégias da Atenção Básica no Brasil

Estratégia Saúde da Família

Equipes de Saúde da Família atuam principalmente nas unidades básicas de saúde, nas residências e na mobilização da comunidade. O primeiro ponto de comunicação com o sistema de saúde local, coordenam a atenção e procuram integrar com os serviços de apoio diagnósticos, assistência especializada e hospitalar (PAIM et al., 2011).

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Estratégias da Atenção Básica no Brasil

1.2. Unidade Básica de Saúde

UBS são a porta de entrada para início de tratamento

no SUS e acomodam as equipes de Saúde da Família

(ESF). Cada UBS - atender uma determinada área da

cidade, chamada de área de abrangência.

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Atividades desenvolvidas nas unidades básicas de saúde:

Acolhimento, recepção, registro e marcação de consultas;

Ações individuais e/ou coletivas de promoção à saúde e prevenção de doenças;

Consultas médicas e/ou de enfermagem;

Consultas e procedimentos odontológicos, quando existir a equipe de saúde bucal;

Realização de procedimentos médicos e de enfermagem;

. Imunizações;

. Inalações;

. Curativos, drenagem de abscessos e suturas;

. Administração de medicamentos orais e injetáveis;

. Terapia de Reidratação Oral, etc.;

Atendimento em urgências básicas de médicos, de enfermagem e de odontologia;

Realização de encaminhamento adequado das urgências, emergências e de casos de maior complexidade

(BRASIL, 2006a)

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Estratégias da Atenção Básica no Brasil

1.3. Núcleo de Apoio à Saúde da Família

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) foram criados pelo Ministério da Saúde em 2008 com o objetivo de apoiar a consolidação da Atenção Básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações.

Atualmente regulamentados pela Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, configuram-se como equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada com as equipes de Saúde da Família (ESF), as equipes de atenção básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais) e com o Programa Academia da Saúde.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php

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Núcleo de Apoio à Saúde da Família

A composição da equipe multiprofissional de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas.

Composição da equipe do NASF:

Médico acupunturista; assistente social; profissional/professor de educação física;

farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; médico ginecologista/obstetra; médico homeopata; nutricionista; médico pediatra; psicólogo; médico psiquiatra; terapeuta ocupacional; médico geriatra; médico internista (clínica médica), médico do trabalho, médico veterinário, profissional com formação em arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista, ou seja, profissional graduado na área de saúde com pós-graduação em saúde pública ou coletiva ou graduado diretamente em uma dessas áreas.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php

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Núcleo de Apoio à Saúde da Família

As ações integradas do NASF permite:

realizar discussões de casos clínicos

possibilita o atendimento compartilhado entre profissionais tanto na Unidade de Saúde como nas visitas domiciliares

permite a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que amplia e qualifica as intervenções no território e na saúde de grupos populacionais

Essas ações de saúde também podem ser intersetoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e promoção da saúde.

http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_nasf.php

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Atenção Secundária à Saúde

Na rede de saúde, a atenção secundária é formada pelos serviços especializados em nível ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre a atenção primária e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade.

Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de urgência e emergência (Erdmann, 2013).

http://redehumanizasus.net/93221-atencao-secundaria-em-saude/

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Atenção Secundária à Saúde

A atenção secundária inclui os serviços de aconselhamento para HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, centros de referência em saúde do trabalhador e serviços de reabilitação.

Em 2008, foram criadas unidades de pronto-atendimento (UPA) que funcionam 24 horas. Estas unidades se articulam com o SAMU.

Engloba também os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e as Unidades de Acolhimento (UAs).

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Rede de Atenção Psicossocial

O modelo de assistência psicossocial no Brasil segue a Reforma Psiquiátrica, instituída pela Lei nº 10.206/2001, que prevê, entre outras coisas, o fechamento de leitos em hospitais psiquiátricos (manicômios) para implantação de um atendimento de saúde mental aberto, de base humanitária e perto dos familiares.

Desde então, o governo federal tem impulsionado a construção de um modelo humanizado, mudando o foco da hospitalização como centro ou única possibilidade de tratamento às pessoas com transtornos mentais e com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

Para isso, vem estruturando e ampliando toda a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que fornece atendimento próximo da família, assistência médica e cuidado terapêutico conforme o quadro de saúde de cada paciente.

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Serviços oferecidos pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS)

CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), em suas diferentes modalidades

Serviço Residencial Terapêutico (SRT)

Unidade de Acolhimento (adulto e infanto-juvenil)

Enfermarias Especializadas em Hospital Geral

Hospital Psiquiátrico

Hospital-Dia

Atenção Básica

Urgência e Emergência

Comunidades Terapêuticas

Ambulatório Multiprofissional de Saúde Mental

http://aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094953-001.pdf

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SUS e RAPS

O SUS e a RAPS utilizam um conjunto de propostas e condutas terapêuticas que se chama Projeto Terapêutico Singular (PTS).

O PTS é configurado como uma ferramenta única de cuidado, construída coletivamente no trabalho em equipe e exclusiva para cada pessoa, através da participação do próprio usuário e dos demais envolvidos.

Representação de um território formado por CRAS, UBS, clube, Centro Comunitário, CREAS, CAPS, Consultório de Rua. Fonte: NUTE-UFSC (2016).

http://aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094953-001.pdf

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Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)

“O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população de sua área de abrangência, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. É um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos” (BRASIL, 2004 p. 13).

Início do acompanhamento no CAPS - projeto terapêutico com o usuário e, em geral, o profissional que o acolheu no serviço passará a ser uma referência para ele e o acompanha em todo o processo.

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http://aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094953-001.pdf

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Unidades de Acolhimento (UA)

Pontos de Atenção com funcionamento 24 horas, referenciados exclusivamente pelos CAPS e que oferecem, em ambiente residencial, cuidados contínuos à saúde, de pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.

Articulam, junto ao CAPS de referência, a construção dos Projetos Terapêuticos Singulares para os usuários que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório, em período de até seis meses.

Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito) anos, de ambos os sexos; e

Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI): destinada às crianças e aos adolescentes, entre 10 (dez) e 18 (dezoito) anos incompletos, de ambos os sexos.

As UAs contam com equipe qualificada e funcionam exatamente como uma casa, onde o usuário é acolhido e abrigado enquanto seu tratamento e projeto de vida

acontecem nos diversos outros pontos da RAPS.

http://aberta.senad.gov.br/medias/original/201704/20170424-094953-001.pdf

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Vídeos

Atenção Básica à Saúde

https://youtu.be/FmegZkgMyF8

Estratégia Saúde da Família

https://www.youtube.com/watch?v=DrETGueLoKc

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Referências Bibliográficas

ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de; BARRETO, Ivana Cristina de Holanda Cunha; COELHO, Luìsa Cela de Arruda. A estratégia saúde da família e o SUS. In: ROUQUAYROL, Maria Zélia; GURGEL, Marcelo. Epidemiologia & Saúde. 7. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2013. Cap. 31. p. 601-621.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA.

Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde: saúde da família. Brasília - DF: Ministério da Saúde, 2006a. 72 p.

(Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_estrutura_ubs.pdf. Acesso em: 20 set. 2014.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE PORTARIA Nº 154, DE 24 DE JANEIRO DE 2008. Cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família - NASF. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2008/prt0154_24_01_2008.html. Acesso em: 20 set. 2014.

MATTA, Gustavo Corrêa; MOROSINI, Márcia Valéria Guimarães. Atenção Primária à Saúde. Dicionário da Educação Profissional em Saúde. Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/ateprisau.html. Acesso em: 23 ago.

2014.

PAIM, Jairnilson et al. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. 2011. Disponível em:

http://www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_822103381.pdf. Acesso em: 29 ago. 2014.

STARFIELD, Barbara. Atenção Primária: Equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco, Ministério da Saúde, 2002. 726 p. Disponível em: bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_primaria_p1.pdf. Acesso em: 07 set. 2014.

WORLD HEALTH ORGANISATION. . Declaration of Alma-Ata: International Conference on Primary Health Care, Alma-Ata, USSR, 6-12. 1978. Disponível em: <http://www.who.int/publications/almaata_declaration_en.pdf?ua=1>. Acesso em: 23 ago.

2014.

Referências

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