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PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AOS MOSQUITOS Aedes aegypti E Aedes albopictus, ÀS DOENÇAS POR ELES TRANSMITIDAS E SUAS COMPLICAÇÕES.

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PLANO MUNICIPAL DE ENFRENTAMENTO AOS MOSQUITOS Aedes aegypti E Aedes albopictus, ÀS

DOENÇAS POR ELES TRANSMITIDAS E SUAS COMPLICAÇÕES.

CASTANHAL-PA JANEIRO/2017

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 03

2. OBJETIVOS 04

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2.1 OBJETIVO GERAL 04

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS (METAS) 04

3. CONTROLE DO VETOR 05

3.1 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 07

3.2 CONTATO COM HOSPITAIS E MATERNIDADES 07

3.3 EDUCAÇÃO EM SAÚDE 07

3.4 PLANEJAMENTO REPRODUTIVO 08

3.5 FEBRE AMARELA 08

3.6 DENGUE CLÁSSICO 09

3.7 FEBRE DO CHIKUNGUNYA 10

3.8 ZIKA VÍRUS 11

3.9 SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ 11

3.10 MICROCEFALIA 14

4. FLUXOGRAMAS 15

1. INTRODUÇÃO

No Brasil, os mosquitos da espécie Aedes aegypti e Aedes albopictus vinham causando grandes transtornos à saúde pública, por serem vetores da dengue e febre amarela (Aedes albopictus), doenças de grande relevância. Há anos o país desenvolve o trabalho de combate aos referidos insetos e, no que diz respeito à febre amarela, a possibilidade de imunização foi um fator determinante para a restrição do avanço da doença. Além disso, o vetor da mesma é conhecidamente rural, ao contrário do Aedes aegypti, que é urbano.

De fato, impedir a disseminação do dengue tem sido um grande desafio.

No Brasil a dengue é uma doença epidêmica que ganhou maior notoriedade a partir de 1986, quando houve registro de 6.000 casos de dengue hemorrágico. Neste período, as políticas públicas de saúde direcionadas para este agravo se tornaram prioridade no sentido de evitar o óbito e controlar a

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epidemia. Para tal, o combate requer ações integradas entre as secretarias de saúde, sociedade e demais órgãos públicos envolvidos.

No ano de 2014 o Brasil identificou um novo arbovírus transmitido pelos Aedes, o Chikungunya. Com sintomatologia parecida com a da infecção pelo dengue, a febre do chikungunya não atingiu grandes proporções, estando associada (no caso dos pacientes residentes no Estado do Pará) a viagens para áreas consideradas endêmicas. No município de Castanhal, foi detectado até hoje apenas um caso de Febre do Chikungunya, porém a investigação epidemiológica apontou que o mesmo não foi autóctone e o paciente foi isolado e devidamente orientado para que não houvesse disseminação viral.

Ainda no ano de 2014, acredita-se que um terceiro arbovírus tenha sido introduzido no país. Também tendo como vetor o Aedes aegypti e Aedes albopictus, no ano de 2015 nos deparamos com o Zika vírus. Provavelmente a maior causa de uma epidemia de doença exantemática no nordeste do país, do primeiro semestre de 2015 até agora, a maior preocupação que esta nova arbovirose causava era a relevante evolução para a Síndrome de Guillain-Barré (em alguns casos), até que um surto de microcefalia em recém-natos foi identificado e, posteriormente associado ao Zika. A doença avançou para todas as regiões do país, e de 2015 até 05 de março de 2016, foram notificados 6.158 casos de microcefalia. A infecção pelo Zika vírus se tornou um grave problema de saúde pública, e o combate aos vetores, uma meta nacional.

O Ministério da Saúde reconheceu a relação entre a presença do vírus Zika e a ocorrência de microcefalias e óbitos em 28 de novembro de 2015.

Tendo em vista as várias lacunas ainda existentes no conhecimento acerca da infecção pelo vírus Zika, sua patogenicidade, as características clínicas e potenciais complicações decorrentes da infecção causada por esse agente, deve ser ressaltado que as informações e recomendações agora divulgadas são passíveis de revisão e mudanças frente às eventuais incorporações de novos conhecimentos e outras evidências, bem como da necessidade de adequações das ações de vigilância em cenários epidemiológicos futuros.

2. OBJETIVOS

2.1 . OBJETIVO GERAL

Desenvolver ações em conjunto com as demais secretarias municipais de Castanhal no intuito de promover a saúde, prevenindo o avanço da infestação pelo vetor e o consequente surgimento das doenças por ele transmitidas.

2.2 . OBJETIVOS ESPECIFICOS (METAS)

- Articular o município como um todo para ações sincronizadas de combate ao vetor.

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- Reforçar a educação em saúde para que a população dê sua grande e imprescindível parcela de contribuição na eliminação de criadouros do mosquito vetor

- Diminuir o índice de infestação predial.

- Fazer educação continuada aos profissionais de saúde e demais necessários, reforçando a base do atendimento/encaminhamento do paciente.

- Resgatar a cobertura de vacinação contra febre amarela.

- Estabelecer ou reafirmar fluxo de atendimento ao paciente e diagnóstico de cada caso.

- Realizar ação de prevenção quanto à transmissão sexual - Fortalecer o planejamento reprodutivo.

- Estabelecer protocolos de atendimento ao paciente com Síndrome de Guillain-Barré.

- Estabelecer protocolos de atendimento à gestante e ao paciente microcefálico.

3. CONTROLE DO VETOR

O controle do vetor foi desenvolvido normalmente, no ano de 2016, com um LIRA de MÉDIO risco durante todos os resultados. Além das visitas domiciliares e das denúncias que a população realiza, os agentes de endemias se fizeram presentes nos diversos eventos da secretaria de saúde, levando a mensagem do combate ao vetor, através da eliminação dos criadouros. Bem como realizando visita nos demais casos de agravos que os compete como agentes de endemias. Neste ano de 2017 irão continuar realizando estas atividades.

No intuito de unificar as ações no município, será incentivada a parceria entre a secretaria de saúde e as demais secretarias do município, além da sociedade civil organizada, instituições religiosas, militares e demais colaboradores, para a elaboração e execução de ações conjuntas e individuais

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voltadas para a população. Será instituída parceria com a secretaria de educação para que seja trabalhado esta temática no ensino.

Além disso, as redes sociais serão utilizadas, também, como meio de divulgação, por ter considerável alcance da população. O combate ao vetor é a base da prevenção, portanto o objetivo é somar o maior número de forças possível nas ações programadas.

Segue cronograma de ações de mobilização da população e educação em saúde e imagens das ações já realizadas.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Todas as

sextas-feiras

Divulgação da “Sexta sem mosquito” – proposta pelo Ministério da Saúde.

20/11/2016

Abertura oficial da campanha de combate 2017 – Passeio Ciclístico no combate ao Aedes aegypti.

02 A 06/01/17 Execução do 1º LIRA

11/02/2017

Arrastão da Saúde contra o Aedes na área do centro da cidade com educação em saúde, tratamento e eliminação dos

focos

FEVEREIRO Atualização de esquema vacinal dos agentes 23 e 24/02/17

Oficina de treinamento sobre técnica de visita, dengue e febre amarela para os supervisores de endemias

06 a 10/03/17 Execução do 2º LIRA

10/03/17

Repasse do treinamento sobre técnica de visita para os agentes de endemias de campo pelos supervisores de área 17/03/17 Capacitação no Posto do Novo Estrela com a equipe do ESF

MARÇO Arrastão nos bairros de alto índice no pós LIRA em parcerias com a vig. Sanitária e secretaria de infraestrutura e obras MARÇO

Reunião com os responsáveis pelas igrejas nas áreas de insegurança pública

ABRIL Treinamento dos supervisores

ABRIL Educação em saúde nas escolas

MAIO Execução do 4º LIRA

MAIO Arrastão nos bairros de alto índice no pós LIRA em parcerias com a vig. Sanitária e secretaria de infraestrutura e obras

JUNHO Educação em saúde nas escolas

JULHO Execução do 5º LIRA

JULHO Arrastão nos bairros de alto índice no pós LIRA em parcerias com a vig. Sanitária e secretaria de infraestrutura e obras

AGOSTO Educação em saúde nas escolas

AGOSTO Treinamento dos supervisores

SETEMBRO Execução do 6º LIRA

SETEMBRO

Arrastão nos bairros de alto índice no pós LIRA em parcerias com a vig. Sanitária e secretaria de infraestrutura e obras

OUTRUBRO Educação em saúde nas escolas

OUTUBRO Treinamento dos supervisores

NOVEMBRO Execução do 7º LIRA

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NOVEMBRO Arrastão nos bairros de alto índice no pós LIRA em parcerias com a vig. Sanitária e secretaria de infraestrutura e obras

DEZEMBRO Educação em saúde nas escolas

DEZEMBRO PLANEJAMENTO PARA 2018

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3.1 CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL DA REDE DE ATENDIMENTO

Será entregue o Manual do Ministério da Saúde sobre Dengue (diagnóstico e manejo clínico, adulto e criança e o Manual de enfermagem sobre dengue) aos hospitais municipais e particulares que atendem os pacientes referenciados dos postos, assim como a Unidade de Pronto Atendimento do município. Será entregue cartazes sobre a conduta com os pacientes com suspeita e confirmados para dengue nestes locais citados.

Haverá uma oficina aos profissionais da ACE, ACS, enfermeiros e médicos da rede de atendimento municipal sobre os vírus que o mosquito Aedes aegypti pode veicular.

Realizar oficinas com os supervisores de endemias sobre as atividades inerentes a profissão e sobre os agravos que necessitam trabalhar diariamente.

Fazer o repasse destes mesmos conteúdos aos agentes de endemias de cada supervisor, de forma a valorizar o supervisor na equipe que desenvolve o trabalho.

3.2 CONTATO COM HOSPITAIS E MATERNIDADES

Manter atualizado os profissionais dos hospitais sobre condutas novas que possam surgir nos casos em questão.

3.3 EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Além dos eventos de grande porte que levarão a educação em saúde de casa em casa, o trabalho continuado ficará por conta dos diversos colaboradores, individualmente. Cada um com a sua parcela de contribuição, conforme os projetos a serem apresentados na sala de situação, que também coordenará e acompanhará tais acontecimentos.

O Programa Saúde nas Escolas, uma parceria entre as Secretarias Municipais de Saúde e Educação já contemplam o tema em sua programação, na semana de saúde na escola.

3.4 PLANEJAMENTO REPRODUTIVO

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Através dos métodos contraceptivos disponíveis no município (pílulas e preservativo feminino e masculino), o planejamento reprodutivo será reforçado, de acordo com a recomendação do ministério da saúde em evitar gestações neste período.

3.5 FEBRE AMARELA

Levando em consideração os riscos de transmissão da Febre Amarela durante este período, o fato de constituirmos região endêmica e a disponibilidade de imunoprevenção, o resgate de cobertura vacinal é uma estratégia fundamental. Portanto, o município trabalhará fortemente a difusão da importância da vacinação durante todo o período do plano de enfrentamento, além da realização de uma mini-campanha.

Será reforçado o esquema vacinal completo dos ACE, ACS e população em geral.

3.6 DENGUE

Em virtude do risco de agravamento do paciente com suspeita de dengue, é de suma importância o acompanhamento do mesmo, com o intuito de evitar a evolução para dengue grave, e óbito. Seguem abaixo protocolos de atendimento e coleta.

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE SUSPEITO DE DENGUE

Fazer busca ativa de casos suspeitos (Estratégia em Saúde da Família ou ACE) e encaminhar o paciente às unidades básicas de saúde.

Garantir prioridade no atendimento.

Realizar triagem nas salas de esperas da UBS para a realização da prova do laço nos casos suspeitos.

Encaminhar o paciente à consulta com o médico/enfermeiro, onde será avaliado segundo os critérios de acompanhamento a seguir:

a. Paciente com prova do laço negativa:

O paciente será acompanhado diariamente pela ESF (visitas diárias do ACS), por 7 dias. Notificar, investigar, orientar hidratação e medicar com sintomáticos. Coleta de sorologia no 6º dia.

b. Paciente com prova do laço positiva (Dengue com sinais de alarme):

Encaminhar ao laboratório para a realização de hemograma, onde o mesmo terá prioridade no atendimento e liberação de laudo.

O paciente deverá ser acompanhado diariamente pela ESF (visita diária do ACS), orientado quanto à importância da hidratação e medicado com sintomáticos. Notificar, investigar e indicar coleta de sorologia no 6º dia.

c. Paciente com prova do laço positiva (Dengue Grave):

O paciente será encaminhado ao Hospital Municipal de Castanhal, com acesso venoso e guia de encaminhamento (devidamente preenchida). Notificar, investigar e realizar contato com setor de vigilância epidemiológica.

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PROTOCOLO DE COLETA DE AMOSTRAS PARA SOROLOGIA DE DENGUE E ISOLAMENTO VIRAL

Preencher Ficha de Notificação de Dengue e Leptospirose, em duas vias.

Em caso de surtos/epidemias:

- A cada 10 (dez) casos suspeitos identificados na UBS, encaminhar 01 (um) paciente, com 01 (uma) via da Ficha Individual de Investigação para coleta de material no laboratório da UBS (sorologia para diagnostico de Dengue, contagem de plaquetas e hematócrito). Considerar que a coleta de material para sorologia de Dengue, deverá ser feita a partir do 6º dia dos primeiros sintomas.

- A cada 20 (vinte) suspeitos identificados e registrados na UBS, encaminhar 01 (um) paciente com 01 (uma) via da Ficha Individual de Investigação para coleta de material na UBS (isolamento viral, hematócrito e contagem de plaquetas). Considerar que a coleta de material para isolamento viral deverá ser feita entre o 1º e o 5º dia dos primeiros sintomas da doença.

Obs: Se não estivermos vivenciando período de surto/epidemia, recomendamos realizar sorologia e isolamento viral de acordo com a demanda.

É importante informar na ficha individual de investigação a data que o paciente realizou a coleta de material.

Quanto ao período de coleta:

Para sorologia: coletar a partir do 6º dia dos primeiros sintomas da doença.

Para isolamento viral: coletar entre o 1º e o 5º dia dos primeiros sintomas da doença.

Coleta de material:

Para sorologia: coletar no mínimo 5ml de sangue sem anticoagulante, com seringa descartável ou em tubo à vácuo com gel separador, e centrifugar o material, separando o soro sanguíneo.

Para isolamento viral: coletar no mínimo 2ml de sangue com seringa descartável ou em tubo à vácuo gel separador e centrifugar o material.

Documentos necessários: Ficha de notificação devidamente preenchida e requisição médica. É obrigatória a apresentação do Cartão SUS.

Obs.: Na etiqueta, deve constar o nome do paciente por extenso, data da coleta, numero de protocolo em ordem numérica e nome da Unidade de Saúde.

3.7 FEBRE DO CHIKUNGUNYA

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE SUSPEITO

Fazer busca ativa de casos suspeitos (Estratégia em Saúde da Família ou ACE) e encaminhar o paciente às unidades básicas de saúde.

Garantir prioridade no atendimento.

Realizar triagem nas salas de esperas da UBS para a realização da prova do laço nos casos suspeitos (Diagnóstico diferencial pra dengue)

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Encaminhar o paciente à consulta com o médico/enfermeiro, onde será avaliado quanto à suspeição de dengue, quanto a viagens nos últimos 15 dias (critério eliminatório) e intensidade da artralgia.

Em casos de real suspeita, notificar, investigar, orientar hidratação e medicar com sintomáticos.

Em casos de dúvidas, acompanhar como dengue.

Coleta de sorologia no 6º dia.

PROTOCOLO DE COLETA DE AMOSTRAS PARA SOROLOGIA DE CHIKUNGUNYA E ISOLAMENTO VIRAL

Preencher Ficha de Notificação, em duas vias.

- Coletar a partir do 6º dia dos primeiros sintomas da doença.

- Coletar no mínimo 5ml de sangue sem anticoagulante, com seringa descartável ou em tubo à vácuo com gel separador, separando o soro sanguíneo.

Documentos necessários: Ficha de notificação devidamente preenchida e requisição médica. É obrigatória a apresentação do Cartão SUS.

Obs.1: Para a vigilância epidemiológica: Encaminhar ficha de investigação.

Obs.2: Na etiqueta, deve constar o nome do paciente por extenso, data da coleta, número de protocolo em ordem numérica e nome da Unidade de Saúde.

3.8 ZIKA VÍRUS

Diferentemente de dengue e chikungunya, a infecção por Zika vírus tem protocolos de atendimentos diferenciados conforme o grupo ao qual o paciente pertence.

O exame que identifica a presença do vírus na circulação sanguínea (Pesquisa de Zika por PCR) passou a ser disponibilizado apenas grupos prioritários:

- gestantes com rash cutâneo

- gestantes sem rash cutâneo, com suspeita de microcefalia no feto - neonatos com microcefalia

- Natimortos com microcefalia ou suspeita de infecção por Zika na mãe.

- Portadores de alterações neurológicas associadas à infecção por Zika.

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE SUSPEITO

Fazer busca ativa de casos suspeitos (Estratégia em Saúde da Família ou ACE) e encaminhar o paciente às unidades básicas de saúde.

Encaminhar o paciente à consulta com o médico/enfermeiro, onde será avaliado quanto à suspeição de dengue e chikungunya.

Em casos de real suspeita, notificar, orientar hidratação e medicar com sintomáticos.

Se paciente gestante, seguir protocolo específico. Se portador de doença crônica, acompanhar sinais de alarme.

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Em casos de dúvidas, acompanhar como dengue.

Indicar coleta de sorologia para dengue e/ou chikungunya (caso atenda aos critérios), para diagnóstico por exclusão, enquanto a pesquisa de Zika estiver disponível apenas para os grupos prioritários.

Orientar observação de sinais de evolução para Síndrome de Guillain- Barré em até três semanas após o inicio dos sintomas.

Se recém-nascido com microcefalia, coletar imediatamente para a realização do exame.

Se natimorto microcéfalo ou suspeito de infecção por Zika, coletar amostras de tecidos conforme protocolo de coleta.

Notificar todos os casos suspeitos

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO ÀS GESTANTES

PROTOCOLO DE COLETA DE AMOSTRAS PARA PESQUISA DE ZIKA VÍRUS

- Coletar entre o1° e 5° dia dos primeiros sintomas da doença.

- Coletar no mínimo 5ml de sangue sem anticoagulante, com seringa descartável ou em tubo à vácuo com gel separador, separando o soro sangüíneo.

Documentos necessários: Ficha de notificação devidamente preenchida e requisição médica. É obrigatória a apresentação do Cartão SUS.

Obs.: Na etiqueta, deve constar o nome do paciente por extenso, data da coleta, número de protocolo em ordem numérica e nome da Unidade de Saúde.

3.9 SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ

O tropismo do vírus Zika pelo Sistema Nervoso levou a ocorrência de vários casos da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) em até três semanas após o início dos sintomas. A orientação é acompanhar o indivíduo com Zika a observar os sintomas e procurar uma unidade médica para maiores esclarecimentos e atendimento.

Segue fluxograma de atendimento ao paciente com diagnóstico de SGB.

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Possui critérios de inclusão para tratamento com imunoglobulina humana?

Houve piora da função renal ou anafilaxia?

Critérios de inclusão:

Apresentar doença moderada-grave e dois critérios essenciais:

Fraqueza progressiva de mais de um membro ou de músculos cranianos de graus variáveis Hiporreflexia e arreflexia distal

Apresentar três critérios sugestivos:

Progressão dos sintomas ao longo de 4 semanas Simetria da paresia de membros

Sinais sensitivos leves a moderados envolvimento de nervos cranianos dor

disfunção autonômica

ausência de febre no inicio do quadro proteinorraquia elevada

menos de 10 células por mm3 no LCR

Alteração em estudo eletrofisiológico típico (3 dos 4 critérios)

Não apresentar mais do que uma situação que reduza a possibilidade (a não ser que apresente LCR ou estudo neurofisiológico compatível):

fraqueza assimétrica

disfunção intestinal e de bexiga no inicio do quadro ausência de resolução de sintomas intestinais/urinários Presença de mais de 50 células/mm3 no LCR

presença de células polimorfonucleares no LCR nível sensitivo bem demarcado

Diagnóstico de SGB grave e refratária em caso de deterioração progressiva após o 1º tratamento.

Critérios de exclusão:

mais de 30 dias de evolução insuficiência renal

exposição a hexacarbono ou metais pesados

achados sugestivos de metabolismo anormal da porfirina história recente de difteria

síndrome sensitiva pura

diagnóstico de botulismo, miastenia gravis, poliomielite, neuropatia tóxica, paralisia conversiva.

contraindicações ou efeitos adversos a imunoglobulina humana

*Diagnóstico: clínico,laboratorial e eletrofisiológico Paciente com diagnóstico* de SGB

Possui algum critério de exclusão?

Tratamento com imunoglobulina humana (0,4/kg/dia, por via IV, por 5 dias) Exclui o tratamento

Exclui o tratamento

Suspender o tratamento Manter o tratamento por 5 dias

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SINAIS E SINTOMAS DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA

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3.10 MICROCEFALIA

Comprovadamente uma complicação possível de ocorrer na infecção por Zika vírus na gestação, a microcefalia é uma condição em que uma criança apresenta a medida da cabeça substancialmente menor, quando comparada com a de outras crianças do mesmo sexo e idade. Trata-se de um sinal clinico e não uma doença. Os recém-nascidos (RN) com microcefalia correm o risco de atraso no desenvolvimento e incapacidade intelectual, podendo também desenvolver convulsões e incapacidades físicas, incluindo dificuldades auditivas e visuais. No entanto, algumas dessas crianças terão o desenvolvimento neurológico normal. Embora haja consenso mundial em definir como microcefalia a circunferência cefálica abaixo de dois desvios padrões abaixo da média para a idade e sexo do indivíduo, de acordo com padrões de referência, o defeito básico pode ocorrer porque o cérebro da criança não se desenvolveu adequadamente durante a gestação ou parou de crescer após o parto, o que resulta na menor circunferência cefálica. A microcefalia pode ser uma condição isolada ou ocorrer em combinação com outros defeitos congênitos.

No Brasil, desde o início da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), declarada em 11 de novembro de 2015, o Ministério da Saúde adotou definições operacionais com base na medida do perímetro cefálico, visando identificar o maior número de RNs para investigação.

Inicialmente, em 17 de novembro de 2015, foi adotada a medida mais sensível de 33 cm para ambos os sexos, considerando como referência as crianças a termo (37 ou mais semanas de gestação). Posteriormente, reduziu-se a medida de referência do perímetro cefálico para 32 cm para crianças a termo de ambos os sexos, após surgirem novas evidências dos estudos de campo. Finalmente, em março de 2016, uma definição padrão internacional para microcefalia foi adotada, alinhada às orientações da OMS, sendo adotadas para crianças a termo as medidas de 31,5 cm para meninas e 31,9 cm para meninos. Em 30 de agosto de 2016, a OMS recomendou aos países que adotassem como referência para as primeiras 24-48h de vida os parâmetros de InterGrowth para ambos os sexos. Nessa nova tabela de referência, para uma criança que nasceu com 37 semanas de gestação, a medida de referência será 30,24 cm para meninas e 30,54 cm para meninos. No entanto, é preciso que seja consultada a tabela para cada idade e sexo, sendo que a medida deve ser aferida com a maior precisão possível, de preferência com duas casas decimais (ex.: 30,54 cm).

No município de Castanhal, os fluxos de atendimento à gestante com exantema, e ao Recém-nascido com microcefalia, estão definidos nas imagens abaixo.

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Criança Sem Microcefalia

Porta de Entrada: Equipe de Atenção Básica ou Rede Hospitalar

Segue acompanhamento de Puericultura na Unidade Básica de Saúde

Criança com Microcefalia

REALIZAR OS SEGUINTES EXAMES:

- USG TRANSFONTANELA - TC DE CRANIO

- BERA - FUNDOSCOPIA - NEUROPEDIATRA

- ACIONAR CRAS VERIFICAR BENEFICIO PARA CRIANÇA

ESTIMULAÇÃO PRECOCE

Crianças identificadas com grau moderado ou alto de comprometimento moto e/ou cognitivo CENTRO DE REABILITAÇÃO DE CASTANHAL

(Via Regulação)

Estabilização do quadro:

Criança retorna para Puericultura na Atenção Básica

Piora do quadro:

Encaminhada para Santa Casa Belém-Pa

(via regulação)

Encaminha ao NASF (Núcleo de Apoio a Saúde da Família) – Para avaliação com FONOAUDIÓLOGO, TERAPEUTA OCUPACIONAL,

FISIOTERAPÊUTA

Acionar vigilância epidemiológica para coleta de exame e envio ao LACEN

Acionar coord. Programa Saúde da criança.

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FLUXOGRAMA

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FLUXOGRAMA DA GESTANTE NO MUNICIPIO DE CASTANHAL COM EXANTEMA

PRÉ-NATAL RISCO HABITUAL MANTER NA ESF/UBS

PRÉ-NATAL DE ALTO-RISCO NO CENTRO DE ATENÇÃO A SAÚDE DA MULHER (CASM)

COLETA DE AMOSTRAS CLÍNICAS

1. Sangue até o 5º dia do início dos sintomas;

2. Urina até o 3º dia do início dos sintomas

USG NORMAL

USG ALTERADAPC 2 DESVIOS PADRÃO ABAIXO DA MÉDIA PARA IDADE GESTACIONAL

PRÉ-NATAL ESF/UBS RISCO HABITUAL

PARTO EM MATERNIDADE RISCO HABITUAL

INICIAR PRÉ-NATAL NA UBS/ESF

ENCAMINHAR AO ATENDIMENTO PSICOLOGICO- CASM

MANTER PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO (CASM ) OU ENCAMINHAR AO SERVIÇO DE REFERENCIA ESTADUAL SE NECESSARIO.

NOTIFICAÇÃO ACIONAR VIGILANCIA EM SAÚDE

USG 32-35 SEMANAS

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Referências

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