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ENDOMETRIOSE: Efeito Da Endometriose Na Vida Pessoal e Social

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Academic year: 2022

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO LUCAS

MARIA DO SOCORRO DOMINGOS DE OLIVEIRA

ENDOMETRIOSE:

Efeito Da Endometriose Na Vida Pessoal e Social Das Pacientes Com Esta Patologia

Porto Velho - RO 2016

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MARIA DO SOCORRO DOMINGOS DE OLIVEIRA

ENDOMETRIOSE:

Efeito Da Endometriose Na Vida Pessoal e Social Das Pacientes Com Esta Patologia

Artigo Científico apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem. Orientador: Profª. Esp.

Taiane Falcão Teixeira.

Porto Velho – RO 2016

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MARIA DO SOCORRO DOMINGOS DE OLIVEIRA

ENDOMETRIOSE:

Efeito Da Endometriose Na Vida Pessoal e Social Das Pacientes Com Esta Patologia

Artigo apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário São Lucas, como requisito de aprovação para obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Data: / /

Avaliação/nota: ___________________

BANCA EXAMINADORA

__________________________________ Centro Universitário São Lucas Titulação e nome

__________________________________ Centro Universitário São Lucas Titulação e nome

__________________________________ Centro Universitário São Lucas Titulação e nome

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ENDOMETRIOSE:

Efeito Da Endometriose Na Vida Pessoal e Social Das Pacientes Com Esta Patologia

Maria do Socorro Domingos de Oliveira1 Taiane Falcão Teixeira2

RESUMO: O presente artigo traz como objetivo estudar os efeitos da endometriose na vida pessoal e social das pacientes com essa patologia.Haja em vista que é uma patologia considerada “a doença da mulher moderna”pois,as mulheres estão engravidando tardiamente, tendo menos filhos e menstruando mais vezes durante sua vida, atinge principalmente as mulheres em idade fértil, causando dismenorreia, dispareunia e até infertilidade. O desenvolvimento da doença e dos sintomas pode e vai interferir na vida da mulher, no âmbito social, familiar e pessoal. Isso pode ser condição para o desenvolvimento de dificuldades relacionadas a ansiedade, a depressão e ao stress, o que compromete a qualidade de vida das pacientes. Até o presente momento a endometriose ainda é de causa indefinida.Por ser uma patologia de causa indefinida e de difícil diagnostico pode levar até dez anos para a mulher ser diagnosticada e iniciar o tratamento.

Palavras-chave: endometriose,dispareunia,infertilidade,dismenorreia

ABSTRACT:This article aims to study the effects of endometriosis on the personal and social life of patients with this pathology. It is already considered a pathology considered "the disease of the modern woman" because, women are becoming pregnant late, having fewer children and menstruating more times during their life, mainly affects women of childbearing age, causing dysmenorrhea, dyspareunia and even infertility . The development of disease and symptoms can and will interfere with women's lives, social, family and personal. This can be a condition for the development of difficulties related to anxiety, depression and stress, which compromises patients' quality of life. To date, endometriosis is still an indefinite cause. Because it is a pathology of indefinite cause and difficult to diagnose, it can take up to ten years for the woman to be diagnosed and to begin treatment.

Keywords:endometriosis, dyspareunia, infertility, dysmenorrhea

Artigo apresentado no curso de graduação de Enfermagem no Centro UniversitarioSão Lucas , 2016, como Pré-requisito para conclusão do curso, sob orientação da docente Taiane Falcão Teixeira

1 Maria do Socorro Domingos de Oliveira, graduando em Enfermagem no Centro Universitário São Lucas, 2016. Email:

socorro.oliveira71@gmail.com

2Taiane Falcão Teixeira,docente enfermeira especialista em unidade de terapia intensiva. Email: zinha_tai@hotmail.com

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1 INTRODUÇÃO

A mulher contemporânea tem conduzido de forma diferente a sua vida, priorizando a princípio a sua formação profissional, e deixando para formar família depois de adquirir estabilidade financeira. O número de filhos também tem reduzido.

Esse adiamento da maternidade juntamente com a redução de gestações, faz com que as mulheres tenham um maior número de ciclos menstruais. Diante deste quadro e associado a vários outros fatores, começou a se falar muito em endometriose, conhecida como a doença da mulher moderna. Essa doença, que é de difícil diagnóstico, tem sido umas das principais causas de infertilidade feminina ( VILAS BOAS, 2008).

A endometriose é uma condição caracterizada pela implantação e crescimento do tecido endometrial extrauterino, mais comumente invadindo a cavidade pélvica ao redor do útero, das tubas uterinas e dos ovários, mas não se limitando a esses locais (GUYTON, 2011).

Segundo Arazawa (2012) a endometriose é a presença de células endometriais, semelhantes àquelas que compõem a camada interna do útero (endométrio), porém fora dacavidade uterina.

De acordo com Frantz et al., (2016) A endometriose é uma doença que atinge mais de seis milhões de mulheres brasileiras, entre os treze e os quarenta e cinco anos. Considera-se tque a cada dez mulheres, uma sofre de endometriose. Esta doença é também responsável por 30% da infertilidade feminina. Na maioria das vezes, a endometriose é diagnosticada por fatores principais, como: dispareunia, dismenorreia e infertilidade.

As causas da endometriose ainda não estão bem estabelecidas (NÁCUL et al., 2010). Mas, segundo Vilas Boas (2008), um fator relevante é o número de menstruações. Pois hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no início do século anterior menstruava apenas 40 vezes. Isso se deve a fatos como:

a primeira menarca ocorrer mais tarde, a gravidez ocorrer mais cedo, maior número de filhos e longos períodos de amamentação. Isso explica o porquê da endometriose ser considerada uma doença da mulher moderna, pois ela é uma doença estrogênio- dependente, estando relacionada com o grande número de ciclos menstruais, e pela redução ou ausência da ação da progesterona durante a gravidez e amamentação,

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que poderia simplesmente secar eventuais focos iniciais da endometriose, evitando assim o progresso da doença (BELLELIS et al., 2010).

Atualmente, a teoria da menstruação retrógrada, descrita por Sampson em 1927, é a hipótese mais amplamente aceita para a origem da endometriose. Ao propor que alguns fragmentos do endométrio refluxam e passam através das trompas em direção à cavidade pélvica, onde podem aderir implantar e proliferar sugere que ocorre um processo semelhante a um autotransplante. Em 1938, este mecanismo foi observado em mulheres, com a visualização da extrusão de sangue menstrual das trompas através de laparoscopia e laparotomia. A constatação de que a doença apenas se desenvolve nas espécies em que ocorre menstruação, quando as trompas são fisiologicamente saudáveis, e a localização anatômica das lesões endometrióticas em locais de refluxo das trompas apóiam esta hipótese. Além disso, ocorrem maiores volumes de refluxo nas mulheres com endometriose e esta condição é verificada em mulheres jovens com amenorréia primária e obstrução ao fluxo menstrual (BELLELIS et al., 2010)

As principais manifestações clínicas são a dor pélvica e a infertilidade. A dor é geralmente crônica e pode estar associada à dismenorreia, dispareunia, dor pélvica profunda e dor abdominal inferior com ou sem dor lombar, ocorrendo de forma contínua ou intermitente ao longo do ciclo menstrual. Ocasionalmente, surgem sintomas intestinais e urinários, entre os quais náuseas, saciedade precoce, disquezia e disúria; por não serem específicos e sugerirem doenças como a síndrome do intestino irritável e a doença inflamatória pélvica, contribuem para que a endometriose permaneça por diagnosticar ou seja diagnosticada incorretamente. No entanto, a ciclicidade dos sintomas e a coincidência com o catamênio devem apontar para o seu diagnóstico. O processo inflamatório inerente a esta condição estimula as terminações nervosas na cavidade pélvica, contribuindo não só para a dor, como também para a infertilidade (Bragança, 2013).

A mulher com endometriose convive com dores que afetam a sua qualidade de vida. Essa dor vem da região pélvica e acaba repercutindo no corpo de uma forma geral, a própria postura da mulher é prejudicada, pois a dor irradia para a região lombar, e, eventualmente, pode provocar cefaléia, a mulher com endometriose pode vir a desenvolver um quadro de depressão. O apoio do médico, da família, e o apoio psicológico com terapia, se necessário, sempre são bem- vindos. A endometriose afeta muito o emocional. A mulher pode vir a ter uma

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depressão, pois ela terá que lidar com o fato da dor na relação sexual, a dor da cólica, a infertilidade, e isso pode ocasionar um isolamento. Então o apoio neste momento é fundamental para conseguir lidar com todas essas questões e conviver bem com a doença que se apresentará de várias formas diariamente para esta mulher (Podgaec, 2014)

De acordo com Minsonet al., (2012) A endometriose está associada a uma grande morbidade física e emocional decorrente da dor crônica, da infertilidade, da redução das atividades, do isolamento social, do impacto econômico e da interferência nas relações afetivas e familiares, dentre outros fatores. Dada a etiologia complexa da doença e da presença de aspectos multidimensionais, uma parcela das pacientes submetidas a intervenções medicamentosas e cirúrgicas não apresentam remissão satisfatória dos sintomas, permanecendo com dor, o que, em geral, contribui para a redução da qualidade de vida.

Ao analisar esse contexto, tendo em vista que a mulher contemporânea tem um papel bastante ativo na sociedade atual com direitos e deveres iguais aos dos homens, perceber-se que acompanhado dessa evolução de direitos adquiridos, essa mulher também ganhou patologias que antes não eram acometidas, como no caso da endometriose, que como foi visto causa inúmeros sintomas clínicos tanto na área, pessoal como na social, e com isso fazendo com que esta deixe na grande maioria das vezes de realizar suas tarefas diárias, em conseqüência dos sintomas dessa patologia. A partir do exposto fez-se a seguinte indagação: quais são os efeitos na sua vida, tanto na área pessoal como na social, que a mulher contemporânea acometida com a endometriose sofre no decurso dessa patologia? Com base no que foi apresentado, o presente artigo tem como objetivo elencar, com base na revisão de literatura, os impactos negativos vividos por estas mulheres tanto na sua vida pessoal como na social. Levando em consideração toda sintomatologia da doença, como a dispareunia, dismenorreia e a infertilidade, que afeta consideravelmente as vidas dessas pacientes em todos os sentidos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

A endometriose é uma doença que afeta a mulher em idade reprodutiva, sendo caracterizada pela presença e crescimento de tecido funcional semelhante ao endométrio (glândulas e/ou estroma) fora da cavidade uterina. Este tecido erroneamente localizado fora do útero pode implantar-se e crescer em qualquer parte da cavidade abdominal, mais freqüentemente nos ovários, septo reto-vaginal, trompas de Falópio, bexiga (Da Silva, 2012).

Segundo Bellelis (2010) a endometriose representa uma afecção ginecológica comum, atingindo de 5%-15% das mulheres no período reprodutivo e estima-se que o número de mulheres com endometriose no mundo todo seja de 70 milhões e é uma das principais causas de hospitalização ginecológica. Ainda de acordo com Bellelis (2014) apesar de ser uma das doenças mais estudadas em ginecologia, alguns aspectos continuam sendo alvo de pesquisa, destacando-se a busca pela sua etiopatogenia.

Porém segundo a teoria proposta por Sampson, em 1927 a etiopatogenia ocorreria por causa de um refluxo de tecido endometrial através das trompas de falópio durante a menstruação, com subseqüente implantação e crescimento no peritônio e ovário. Algumas pacientes portadoras de endometriose são assintomáticas, no entanto, a maioria apresenta sintomas, em diferentes intensidades, sendo os principais: dismenorreia,dor pélvica crônica, infertilidade e dispareunia de profundidade ( Nacul, 2010).

Segundo Bragança (2013) as principais manifestações clínicas são a dor pélvica e a infertilidade. A dor é geralmente crônica e pode estar associada à dismenorreia, dispareunia, dor pélvica profunda e dor abdominal inferior com ou sem dor lombar, ocorrendo de forma contínua ou intermitente ao longo do ciclo menstrual.

A endometriose pode causar infertilidade por meio de vários mecanismos, como alterações imunológicas; influencia hormonal na ovulação e na implantação do embrião; alteração do hormônio prolactina e as prostaglandinas que agem negativamente na fertilidade; anormalidades anatômicas dos ovários, tubas uterinas e útero, devido adesões e formação de endometriomas; prejuízos na função ovariana, como redução na qualidade dos oócitos e liberação do óvulo; dificuldade no transporte do óvulo pela tuba uterina, devido a aderências; receptividade

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endometrial, a endometriose produz substâncias que atrapalham a implantação do embrião ( FEBRASGO, 2010).

Segundo Vila, (2010), a endometriose produz uma fibrose que pode envolver os ovários, impedindo a liberação do óvulo. Estudos mostram que as mulheres com endometriose tem baixo índice de fertilização, implantação do embrião e gravidez e, que durante tratamentos de fertilização in vitro, foi verificado números menores de oócitos para coleta (FEBRASGO, 2010).

Dessa forma, a endometriose, com todos os seus sintomas, influenciam a vida das mulheres afetadas, das carreiras aos relacionamentos, até os planos futuros para a concepção. A endometriose se caracteriza pela presença de tecido endometrial em sítios ectópicos, principalmente em ovários e em ligamentos útero- sacro, com acometimento em 10 a 15% das mulheres durante a vida reprodutiva (Peloggia et al, 2011).

De acordo com Figueiredo et al., (2008) os sintomas normalmente associados à endometriose como dor pélvica crônica, dismenorréia, dispareunia e infertilidade podem ter um impacto negativo sobre parâmetros psico-sociais e levar a uma redução significativa na qualidade de vida relacionada à saúde.

A endometriose é uma doença de difícil diagnóstico, seus sintomas podem ser confundidos com os de outras enfermidades. Em casos de infertilidade o atraso é cerca de três anos, porém nos casos de dor pélvica pode chegar a 12 anos, podendo ser, ainda maior, quando os sintomas começam na adolescência (BEREK, 2008). O diagnóstico baseia-se no quadro clínico da paciente, através de exame físico, exames laboratoriais (CA-125 e prolactina) e exame de imagem (ultrassonografia e ressonância magnética). O diagnóstico final da endometriose é feito através da biopsia de material coletado por meio de laparoscopia ou laparotomia. A vídeo-laparoscopia diagnóstica é considerada padrão ouro no diagnóstico da endometriose ( Vila et al., 2010).

E com o diagnóstico, as mulheres possivelmente experimentam uma série de frustrações e conflitos emocionais como raiva, angústia, ansiedade, medo sentimentos comuns em todas as pessoas que se descobrem com alguma doença crônica, mais significativamente quando esta é pontuada por quadros álgicos que podem se tornar importantes (Figueiredo et al., 2008).

O Tratamento da endometriose tem se apresentado como um desafio para os profissionais da saúde. O tratamento é individualizado, devem ser considerados

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os sintomas, locais acometidos pela doença, profundidade das lesões, e se existe o desejo ou não de engravidar. Em primeiro lugar, o tratamento visa a redução de sintomas, e em segundo, evitar o progresso da doença. O tratamento pode se dá com medicamentos analgésicos, medicamentos hormonais, cirúrgico ou técnicas de reprodução assistida (FREITAS et al., 2011).

Por se tratar de uma doença crônica, as pacientes com endometriose exibem redução na qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), qualidade de vida são a percepção do indivíduo sobre sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores em que vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações.

3 MATERIAL E METODO

Este trabalho foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica, consistindo numa busca em meios eletrônicos, o que resultou na reunião de artigos,

dissertações, teses e sites que apresentaram importantes informações do tema abordado: os efeitos da endometriose na vida das pacientes tanto pessoais como social.

O levantamento bibliográfico foi delimitado por estudos publicados que vertem sobre a endometriose e os efeitos desta patologia na vida das pacientes tanto pessoais como social. Foram eliminados para a análise de dados os estudos que não continham o tema e os quenão versavam sobre o tema proposto; osestudos datam de2008 á 2015.

As fontes de pesquisa utilizadas foram: artigos científicos e materiais disponibilizados na internet. Foram levantados os periódicos científicos indexados na Biblioteca Virtual em Saúde, e na biblioteca virtual ScientificElectronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) usando como filtros: estudos no Brasil, em língua portuguesa e que apresentava o texto na íntegra. Foram selecionados artigos de maior relevância ao estudo, sendo utilizados os seguintes descritores para a pesquisa: endometriose, dispareunia, infertilidade, dismenorreia. Foram apreciadas 25 publicações dentre elas, 10 atenderam aos critérios de inclusão.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A endometriose é uma doença que afeta a mulher em idade reprodutiva, sendo caracterizada pela presença e crescimento de tecido funcional semelhante ao endométrio (glândulas e/ou estroma) fora da cavidade uterina (Da Silva, 2012)

As causas da endometriose ainda não estão bem estabelecidas (Nacul et al., 2010). Mas, segundo Vilas boas (2008), um fator relevante é o número de menstruações. Pois hoje, a mulher menstrua em média 400 vezes na vida, enquanto no início do século anterior menstruava apenas 40 vezes.

Sabe-se que a endometriose é uma doença que depende do hormônio estrógeno para seu desenvolvimento. Este é o hormônio feminino mais importante produzido pelo ovário durante a vida reprodutiva da mulher. Predisposição genética, estilo de vida com mais estresse, queda do sistema imunológico, alterações no fluxo menstrual, gravidez em idades mais avançadas e menor número de filhos, são fatores que predispõem ao aparecimento da endometriose, que é chamada de doença da mulher moderna. (FEBRASGO, 2014).

Em 1997, foi lançado um conceito que dividiu a endometriose em três tipos de doença de acordo com os sítios acometidos e os tipos de lesões que ocorriam de acordo com o estágio da doença. Assim, dividiram-na em ovariana, peritoneal e infiltrativaprofunda. A peritoneal é a mais superficial, a ovariana inclui os cistos denominados endometriomas e os implantes supercial do ovário e a infiltrativa profunda é a que apresenta profundidade maior que cinco mm e que acomete as regiões retro-cervical, para-cervical, septo reto-vaginal, reto-sigmóide, ureteres e bexiga. (Berbel,2008)

Ainda de acordo com Berbel (2008) Outra classificação proposta em 2000 dividiu a endometriose em dois tipos: a que se localiza nos ovários, trompas e peritônio pélvico, chamada endometriose, com lesões mais superficiais e quadro clínico mais ameno, e a de acometimento central na região retro-uterina, uterina ou recesso vesico-vaginal chamada adenomiose. Nessa divisão, a classificação não é feita pela profundidade da doença, mas sim pela expressão da atividade do endométrio, ou seja, se ocorre sangramento dependente de hormônios sexuais esteróides ou metaplasia de músculo liso.

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Para Nacul (2010) a classificação da endometriose se gradua em mínima, leve, moderada ou grave pela extensão da doença no peritônio e ovários, bem como pela presença de aderências tubo-ovariano, bloqueio do fundo de saco Douglas.

Segundo Mengardaet al., (2008) a endometriose é uma doença de caráter crônico, associada à grande morbidade física e emocional. Sabe-se que as mulheres portadoras da doença apresentam diminuição da qualidade de vida e redução de suas atividades, gerando problemas psicossociais, frustrações e isolamento, apresentando grande impacto econômico por redução ou perda de horas de trabalho, internações hospitalares devido à dor e necessidade de cirurgia para diagnostico ou para avaliar recorrências.

A endometriose é uma doença que afeta o bem estar físico e emocional das mulheres no mundo. Essa doença permanece controversa, não apenas em sua patogênese e evolução natural, mas também em sua relevância como fator limitante da qualidade de vida. Seu quadro clínico é variado, tendo a dor pélvica e a infertilidade como sintomas mais freqüentes ( Sousa et al., 2015).

Levando em consideração todas as literaturas lidas e estudadas concordo com os autores quando dizem “que esta patologia é considerada a doença da mulher moderna”, pois hoje em dia as mulheres querem se estabilizar financeiramente para depois pensar em ter filhos e a endometriose depende do estrogênio para se instalar e se desenvolver. Conseqüentemente as mulheres acabam menstruando mais vezes em media 400 vezes, enquanto no inicio do século as mulheres menstruavam 40 vezes.

Concordo também quando os autores dizem “que a endometriose incapacita a mulher”, pois, essa patologia afeta a qualidade de vida devido às dores, a incerteza de engravidar ou não, o sonho de ser mãe interrompida por tempo indeterminado.

Esses problemas acima mencionados podem levar a mulher a um quadro depressivo, vindo a precisar muito do apoio dos familiares.

Então com base nas literaturas chegamos a um resultado que nos mostra que os impactos da endometriose na vida tanto pessoal como social das portadoras dessa patologia são muitos, mas, os principais deles são: dores crônicas que podem levar a um isolamento pessoal devido à dispareunia e a dismenorreia e a um isolamento social levando em consideração que essa mulher pode vir a desenvolver um quadro depressivo.

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5 CONCLUSÃO

Haja em vista tudo que foi exposto sobre endometriose que é uma patologia caracterizada pela implantação e crescimento do tecido endometrial extrauterino, mais comumente invadindo a cavidade pélvica ao redor do útero, das tubas uterinas e dos ovários, mas não se limitando a esses locai. A endometriose configura-se em uma doença enigmática, que merece atenção dos profissionais de saúde, bem como o conhecimento da sociedade. Visto que, é uma doença de difícil diagnóstico, sem cura e que apesar de não ser considerada maligna, causa sérios prejuízos à vida da mulher, estendendo, consequentemente, aos seus familiares. Atingindo não só no aspecto físico, mas também psicológico profissional e social. Já que, dependendo do seu estágio e forma de apresentação, pode deixar a mulher em estado de prostração devido às dores físicas e emocionais, impossibilitando-a de desempenhar suas atividades corriqueiras normalmente. Vale ressaltar que um diagnostico precoce é essencial para o tratamento da mesma, pois não é uma patologia fácil de tratamento e nem muito menos de fácil diagnostico então a mulher que venha sentir qualquer um dos sintomas como: dismenorreia,dispareunia e dificuldade em engravidar deve procurar imediatamente uma ajuda especializada.Portanto a busca pelo saber da doença faz-se fundamental para todas as mulheres que não desejam complicações futuras.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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