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Medição PIB (Produto Interno Bruto)

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Academic year: 2022

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Medição PIB (Produto Interno Bruto)

• O PIB representa uma forma de medição a preços de mercado (pm) de todos os bens finais e serviços, produzidos por um país durante um período específico de tempo.

Nota1: bens finais podem ser duradouros (carro, livro) e não duradouros (pão, bebida). Ex serviços: transportes, restaurantes, cinemas, etc

Nota 2: os bens em 2ª mão não são incluídos na medição do PIB

1) Medição do PIB pelo fluxo das despesas

PIB = C + I + G + (Ex – Imp) Consumo (C)

Representa o consumo em bens finais e serviços feitos pelas famílias.

Representa a variável com maior peso no PIB (na Europa é cerca de 60-65%) Investimento (I)

São consideradas despesas de investimento

a) Capital Físico (máquinas, fábricas, etc) que aumentam a capacidade produtiva dum país.

b) Habitação Própria (uma 2ª casa não é considerada investimento, mas sim consumo)

Nota: comprar acções e obrigações não é um investimento! (é somente uma aplicação financeira)

c) Stocks/Existências finais (pois são bens produzidos no período em consideração, embora não tenham sido vendidos)

Nota 1: O Investimento é realizado pelas empresas

Nota 2: nos países desenvolvidos a média do peso do Investimento no PIB é cerca de 21%.

Gastos do Estado (G)

Compreende os gastos do estado em bens e serviços e o Investimento público (ou bens públicos, como por exemplo as despesas na defesa, iluminação das ruas, saúde, etc).

Nota 1: o peso desta variável no PIB depende das políticas fiscais seguidas pelo governo

Nota 2: Os pagamentos a actividades não produtivas como pensões, subsídio desemprego, abono família, etc, não são incluídos em G e chamam-se transferências.

Exportações (Ex)

Venda de bens e serviços para o exterior.

Importações (Imp)

Compras feitas do exterior

Nota: (Ex-Imp) pode ser lido como Exportações Líquidas

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2) Medição pelo fluxo dos Rendimentos

A medição pelo fluxo de rendimentos corresponde ao pagamento dos 4 factores de produção terra, trabalho, capital (capital físico i.e.-máquinas) e capacidade de gestão.

PIB = Rendas + Salários + Lucros + Juros

Para que estas duas formas de medição do PIB representem o mesmo valor, há que adicionar ao fluxo de rendimentos: impostos indirectos, amortização do capital e Rendimento Líquido do Exterior.

PIB

fluxo despesas

= PIB

fluxo rendimentos

+ impostos indirectos + amortização + Rendimento Líquido do Exterior

Nota: O nosso estudo de macroeconomia irá basear-se na determinação do PIB pelo fluxo das despesas.

Iremos referir-nos ao PIB com Rendimento Nacional (Y) ou Produto Nacional.

Outros Conceitos de Rendimento 1- PNB (Produto Nacional Bruto)

PNB = PIB + Rendimento Líquido do Exterior Sendo que,

Rendimento Líquido do Exterior = Investimentos domésticos feitos no estrangeiro - Investimentos estrangeiros feitos no país

Ex: O McDonald´s em Portugal faz parte do PIB Português (bens e serviços produzidos no país, independentemente se são nacionais ou estrangeiros), mas não do PNB Português (pois é investimento estrangeiro em Portugal).

Assim,

O PIB mede o rendimento produzido no país e o PNB mede o rendimento recebido pelo país.

2- Rendimento Disponível (Yd)

O Yd refere-se ao rendimento líquido de impostos. Representa o poder de compra dos consumidores.

3- Propensão Marginal para Consumir (PMC)

Se o Yd aumentar de 1 unidade, a PMC diz-nos quanto desse aumento vai ser gasto em Consumo.

Propensão Marginal para Poupar (PMS)

Se o Yd aumentar de 1 unidade, a PMS diz-nos quanto desse aumento vai ser poupado (S vem do Inglês Saving que quer dizer Poupança)

Ex: se o Yd aumentar €1 e PMC for de 75%, quer dizer que €0.75 cêntimos são

gastos em Consumo e €0.25 cêntimos são poupados.

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PIB Real e Nominal

O PIB medido anualmente a preços de mercado (pm) é um valor nominal.

Uma alteração do PIB dum ano para o outro pode ser devida tanto a uma variação de bens e serviços produzidos, como a uma variação de preços.

Em macroeconomia, o estudo do PIB é feito com valores reais, ou seja, só se levam em consideração as mudanças das quantidades produzidas de bens e serviços e não as variações dos preços.

O PIB real = PIB Nominal Deflator Preços

O PIB real é calculado com base nos preços dum determinado ano base. O PIB real é medido a preços constantes.

O PIB é uma medida razoável, mas não precisa do bem-estar económico, pois não inclui:

- Actividades não declaradas ao fisco - Lazer

- Melhoramentos na qualidade dos produtos - Economia paralela (actividades ilegais) - Condições ambientais

- Composição e distribuição do rendimento - Outras fontes não-económicas de bem-estar.

Desemprego

A taxa de desemprego é definida como a percentagem da força de trabalho (não confundir com a % da população) que não está empregada.

Taxa de desemprego = Desempregados x 100 Força de trabalho

Força de Trabalho consiste tanto nas pessoas que estão empregadas como aquelas que estão desempregadas (mas que procuram emprego).

Tipos de desemprego

1- Desemprego Friccional: refere-se aos trabalhadores “entre empregos”

2- Desemprego Estrutural: refere-se às características “estruturais” da procura de trabalho. Regista-se um “desencontro”entre procura e oferta de trabalho. Os desempregados estruturais dificilmente encontrarão emprego sem melhorarem as suas qualificações profissionais.

3- Desemprego Cíclico: Associado a uma fase de recessão do ciclo económico.

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Uma vez que existe sempre tanto desemprego friccional como estrutural, a taxa de desemprego nunca poderá ser de zero.

Os economistas referem-se a Pleno Emprego quando somente o desemprego friccional e estrutural é observado.

A taxa de desemprego consistente com Pleno emprego é chamada “Taxa Natural de Desemprego”. Quando se atinge a taxa natural de desemprego, diz-se que a economia está a produzir no seu potencial.

A taxa natural de desemprego é conseguida quando os mercados de trabalho estão em equilíbrio, ou seja, a oferta de trabalho é igual à procura de trabalho.

Nota: embora de cálculo complexo, a taxa natural de desemprego nos EUA é de 4-5%

Inflação

A inflação é uma subida sustentada e generalizada dos preços médios numa economia.

A inflação reduz o poder de compra dos consumidores.

Nota: inflação não quer dizer que todos os preços dos bens e serviços subam.

Uma subida esporádica/temporária de preços não é inflação.

Mesmo durante períodos inflacionistas, alguns preços mantêm-se estáveis e outros podem mesmo descer.

Medição da inflação

A medida mais usual da inflação é o IPC (Índice de Preços do Consumidor)

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, compilado pelo Instituto Nacional de Estatística.

O IPC é constituído por um cabaz de cerca de 300 bens e serviços.

Estabilidade Preços refere-se a uma situação em que não se verifica nem uma subida nem uma descida de preços.

A taxa de inflação é a variação percentual dos preços dum ano para o outro.

Taxa de inflação = Nível preços ano 2- Nível preços ano 1 Nível preços ano 1

Em termos de política monetária, os Bancos Centrais “olham” normalmente para outra medida de inflação, chamada “Core Inflation”, que retira ao IPC o preço dos bens energéticos e alimentares (devido à grande oscilação de preço dos mesmos)

Alguns dados de IPC (Março 2007): EU 1.9%, EUA 2.5%, UK 2.7%, Japão 0.3% e China 2.8%

Procura e Oferta Agregada

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O Índice Preços do Retalho também é muito usado em certas negociações.

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O modelo da procura e oferta agregada permite-nos analisar alterações no PIB simultaneamente com alterações nos preços.

Esta análise é feita numa perspectiva de curto-prazo. Entende-se por curto prazo um período de tempo em que a economia apresenta um desvio do seu potencial.

Na prática, o curto prazo poderá corresponder a mais que 1 ano.

Procura Agregada (P)

• A procura agregada (representada por uma curva ou uma tabela) mostra as quantidades de bens e serviços que os agentes económicos (famílias, empresas e governo) desejam comprar a diferentes preços possíveis.

Quando o nível dos preços aumenta (desce) a quantidade de bens e serviços procurados será menor (maior).

Regras

Podem verificar-se dois tipos de movimentos:

1) Movimentos ao longo da curva

> Quando o nível dos preços desce/sobe, dá-se um movimento descendente/ascendente ao longo da curvada procura, ceteris paribus.

Um aumento de P = diminuição da quantidade procurada Uma diminuição de P = aumento da quantidade procurada 2) Deslocações da curva para a direita e para a esquerda

Uma deslocação para a direita da curva da procura = aumento da procura Uma deslocação para a esquerda da curva da procura = diminuição da procura Factores que contribuem para a deslocação da curva da procura:

- Subida/Descida de C (consumo)

Principais determinantes: rendimento disponível (+), expectativas e impostos directos sobre o rendimento (-)

Nota o (+) e o (-) representam relações positivas ou negativas

Nota: Não esquecer que Yd = C + S (rendimento disponível igual a consumo mais poupança)

- Subida/Descida de I (Investimento)

Principais determinantes: taxa de juro real (-) e taxas de retorno de investimento esperadas (+)

- Subida/Descida de G (Gastos do Estado)

Movimentos autónomos, relacionados com a política fiscal - Subida/descida de Ex – Imp (Exportações líquidas)

Principais determinantes: rendimento dos compradores estrangeiros e taxas de câmbio

Oferta Agregada (O)

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A oferta agregada (representada por uma curva ou uma tabela) relaciona a quantidade de bens e serviços que as empresas desejam produzir a diferentes níveis de preços.

A inclinação da curva da oferta agregada é positiva pois as quantidades de bens e serviços oferecidos aumentam/diminuem à medida que aumenta/baixa o nível dos preços.

Nota: ao longo da curva da oferta agregada, os preços dos factores de produção não se alteram.

Regras

Podem verificar-se dois tipos de movimentos:

1) Movimentos ao longo da curva

Quando o nível dos preços sobe/desce, dá-se um movimento ascendente/descendente ou descendente ao longo da curva da oferta ceteris paribus.

Um aumento de P = aumento da quantidade oferecida Uma diminuição de P = diminuição da quantidade oferecida 2) Deslocações da curva para a direita e para a esquerda

Uma deslocação para a direita da curva da oferta = aumento da oferta

Uma deslocação para a esquerda da curva da procura = diminuição da oferta Factores que contribuem para a deslocação da curva da oferta:

- Preço Inputs: salários, matérias-primas

Um aumento/diminuição do preço dos inputs, a curva da oferta desloca-se para a esquerda/direita.

- Preço de inputs importados

Um aumento/diminuição do preço dos inputs importados, a curva da oferta desloca-se para a esquerda/direita.

- Produtividade

Aumentos produtividade levam a uma deslocação da curva da oferta para a direita

- Impostos e Subsídios

Um aumento/diminuição do IRC, a curva da oferta desloca-se para a esquerda/direita.

Um aumento/diminuição de subsídios, a curva da oferta desloca-se para a direita/esquerda.

Equilíbrio no Mercado Real

O Preço e Quantidade de equilíbrio encontram-se na intersecção das curvas da

procura e oferta agregadas.

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