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As Micro e Pequenas Empresas Comerciais e de Serviços no Brasil

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Academic year: 2021

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As Micro e Pequenas Empresas Comerciais e de Serviços no Brasil

CRESCE A PARTICIPAÇÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO

SETOR DE COMÉRCIO E SERVIÇOS

De 1998 a 2001, o crescimento médio anual do faturamento das micro e pequenas

empresas foi, em termos reais, de 2,9% e o pessoal ocupado apresentou crescimento

médio de 9,7% ao ano

As micro e pequenas empresas de comércio e serviços no Brasil ocupavam cerca de 7,3 milhões de pessoas em 2001, o que corresponde à 9,7% da População Ocupada, faturaram R$168,2 bilhões e geraram R$61,8 bilhões de valor adicionado.

Os pequenos negócios, formados por quitandas, mercearias, sapatarias, cabeleireiros, bazares, armarinhos, etc., vêm ganhando gradativamente mais participação nos setores de comércio e serviços, aumentando significativamente a geração de postos de trabalho e apresentando

crescimento da receita operacional líquida.

Os dados são do Estudo Especial sobre Micro e Pequenas Empresas, lançado agora pelo IBGE e que traça um perfil das 2,0 milhões de microempresas e empresas de pequeno porte de comércio e serviços em operação no ano de 2001, fornecendo informações sobre a estrutura de produção, a participação nos respectivos mercados, produtividade, faturamento, remuneração da mão-de-obra, etc..

As micro e pequenas empresas aumentaram a participação no número de empresas, na geração de postos de trabalho e na geração de receita

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1985 (1) 1994 (1) 2001

T otal 786,9 776,6 752,9

Micro e pequenas empres as 149,6 153,8 168,2

Médias e grandes empres as 637,3 622,8 584,7

F ontes : IBGE , Diretoria de Pes quis as , Cens o Cadas tro 1994, Pes quis a Anual de Comércio 2001 e Pes quis a Anual de S erviços 2001; Cens o de empres as . R io de Janeiro: IBGE , 1991. Acima do título: Cens os econômicos 1985.

(1) Valores atualizados com bas e na variação do IGP-DI.

T abela 2 - R eceita das empres as de comércio e serviços,

Porte da empres a R eceita (1 000 000 000 R $)

segundo o porte da empres a - 1985/2001

Gr áfico 1 - Par ticip ação d as m icr o e p e q u e n as e m p r e s as n o to tal d o s e to r d e co m é r cio e s e r viço s - Br as il

F o nte: IB GE , D iretoria de P es quis as , Co ordenação de S erviços e Comércio, Gerência de Cadas tro e Clas s ificação.

Cens o E conômico de 1985, Cens o Cadas tro de 1994, P es quis a A nual de Comércio 2001 e P es quis a A nual de S erviços 2001. Médias e grandes empres as Mic ro e pequenas 2001 22,3% 77,7% 1985 19,0% 81,0% 1994 19,8% 80,2% Re ce ita 1985 1994 2001 T otal 6 774,4 8 119,0 11 995,3

Micro e pequenas empres as 3 436,3 3 816,3 7 290,7

T abela 3 - Pes s oal ocupado das empres as de comércio e s erviços ,

Porte da empres a Pes s oal ocupado (1 000 pes s oas )

(3)

Gr áfico 2 - Par ticip ação d as m icr o e p e q u e n as e m p r e s as n o to tal d o s e to r d e co m é r cio e s e r viço s - Br as il

F o nte: IB GE , D iretoria de P es quis as , Co o rdenação de S erviço s e Co mércio , Gerência de Cadas tro e Clas s ificação .

Cens o E co nô mico de 1985, Cens o Cadas tro de 1994, P es quis a A nual de Co mércio 2001 e P es quis a A nual de S erviços 2001. Médias e grandes empres as Mic ro e pequenas 2001 39,2% 60,8% 1985 49,3% 50,7% 1994 47,0% 53,0% Pe s s o al o cu p ad o

Gr áfico 3 - Par ticip ação d as m icr o e p e q u e n as e m p r e s as n o to tal d o s e to r d e co m é r cio e s e r viço s - Br as il

F o nte: IB GE , D ireto ria de P es quis as , Co o rdenação de S erviço s e Co mércio , Gerência de Cadas tro e Clas s ificação .

Cens o E co nô mico de 1985, Cens o Cadas tro de 1994, P es quis a A nual de Co m ércio 2001 e P es quis a A nual de S erviço s 2001. 2001 2,4% 97,6% Médias e grandes Micro e pequenas 1985 4,5% 95,5% Em p r e s as 1994 4,1% 95,9%

De 1998 a 2001, as micro e pequenas empresas tiveram um crescimento médio real de 2,9 % ao ano em termos reais, acompanhando o crescimento das médias e grandes empresas, que foi de 3,0% ao ano nesse mesmo período.

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De cada 100 empresas, 32 eram de alimentação

Tanto no setor de serviços como de comércio, as empresas ligadas a alimentação correspondiam a cerca de um terço do total. Constituído por bares, lanchonetes, pequenos restaurantes, pastelarias, pizzarias, casas de sucos, sorveterias, etc., no setor de serviços, elas respondem às necessidades básicas da população no fornecimento de refeições durante o dia e de lazer à noite e nos fins de semana. No setor de comércio, elas representam o comércio tradicional, na maioria de balcão, que compreende quitandas, mercearias, empórios, armazéns, minimercados, padarias, açougues, peixarias, sacolões e outros que, segundo a pesquisa, continuam a significar importante atividade comercial, que resiste ao crescimento do comércio de gêneros alimentícios nas grandes lojas de super e hipermercados, sobretudo nas cidades do interior, além de representarem atendimento mais rápido das necessidades básicas da população.

Eram 655 mil micro e pequenas empresas atuando, em 2001, no ramo de alimentação, ocupando diretamente 2,1 milhões de pessoas e faturando R$37,0 bilhões, o que eqüivale a dizer que, de cada 100 empresas em operação, 32 atuavam no ramo de alimentação, para cada 100 empregados, 29 trabalhavam nesse ramo e que, para cada R$100,00 faturados, R$22,00 foram provenientes de atividades ligadas à alimentação.

Os segmentos de produtos alimentícios e de tecidos e artigos de vestuário eram as atividades do comércio varejista com o menor nível de ocupação por empresa, em torno de 2,8 pessoas, as

menores médias de remuneração, cerca de 1,3 salários mínimos por pessoa e produtividade de R$20 mil por pessoa ocupada.

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S egmentos

Pess oal ocupado por empresa Remuneração média (em s alários mínimos ) Receita por pes soal ocupado

(1 000 R$)

Comércio varejista 3,1 1,5 26,4

Produtos alimentícios 2,8 1,2 20,3

Material de construção 3,9 1,7 28,9

T ecidos e artigos do ves tuário 2,7 1,3 19,1

Combus tíveis 5,5 2,2 137,4

Veículos e peças 3,3 1,6 31,6

Lojas de bijuterias , relojoarias , joalherias ,

natos , etc. 3,0 1,5 21,2

Produtos farmacêuticos 3,6 1,6 26,6

E letrodomésticos e móveis 3,7 2,0 71,8

Outros produtos (1) 2,9 1,7 29,4

F onte: IBGE , Diretoria de Pesquis as , Coordenação de S erviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio 2001. (1) Livros, revis tas , artigos de informática e comunicação, GLP, bazares e artigos usados.

comércio varejista, segundo segmentos - 2001

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S egmentos Pes soal ocupadopor empres a Remuneração média (em s alários mínimos) Receita por pes soal ocupado

(1 000 R$)

Prestação de serviços 4,2 2,0 16,9

S erviços de alojamento 9,3 1,6 10,8

S erviços de alimentação 3,9 1,4 11,6

S erviços pres tados às empresas 5,4 2,3 20,6

T rans portes e serviços auxiliares 5,0 2,6 24,0

Repres entantes comerciais 1,9 1,5 23,9

S erviços de manutenção e reparação 3,2 1,9 11,9

Atividades imobiliárias 4,0 2,4 20,9

Atividades de informática 2,4 3,1 24,7

Outros s erviços 4,9 2,1 16,8

F onte: IBGE, Diretoria de Pesquis as , Coordenação de S erviços e Comércio, Pesquisa Anual de S erviços 2001.

T abela 11 - Indicadores das micro e pequenas empresas de prestação de serviços, segundo segmentos - 2001

Quase a metade das empresas são familiares

O estudo especial constatou que, das 2,0 milhões de micro e pequenas empresas, 1,1 milhão era do tipo empregadora, ou seja, que tinha, pelo menos, uma pessoa na condição de empregado e 926,8 mil familiares, que são aquelas em que trabalhavam apenas os proprietários, os sócios e ou membros da família.

No comércio de produtos alimentícios, as empresas familiares são maioria (58,9% do total). O segundo maior contingente de empresas familiares está no grupo "comércio de outros produtos", que inclui a comercialização de livros, revistas, papelarias, artigos de informática, etc., onde quase a metade (47,1%) delas é gerida pelo proprietário, sócio ou membro da família. O comércio de

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maior engajamento de seus membros, quanto à sua instalação, na maioria das vezes na residência do proprietário.

Nas familiares, o faturamento por empresa é 30% do faturamento das empregadoras, mas a produtividade das unidades familiares é superior, principalmente nas atividades de serviços, cujo faturamento anual por pessoa era de R$22,7 mil, enquanto das empresas empregadoras, era de R$15,7 mil.

Por empres a

Por pes s oal ocupado

T otal 82,3 23,1 0,37 E mpregadores 123,2 23,0 0,35 F amiliares 32,9 23,4 0,46 Comércio 89,5 28,2 0,23 E mpregadores 134,6 29,2 0,23 F amiliares 31,9 23,9 0,25 S erviços 70,9 16,9 0,64 E mpregadores 104,0 15,7 0,61 F amiliares 34,4 22,7 0,75

F ontes : IBGE, Diretoria de Pes quis as, Coordenação de S erviços e Comércio, Pes quis a Anual de Comércio 2001 e Pes quis a Anual de S erviços 2001.

T abela 8 - Indicadores das micro e pequenas empresas, segundo a atividade e o tipo de empresa - 2001

R eceita ( 1 000 R $) Quociente

de Valor Agregado

(QVA) Atividade e tipo de empres a

Ocupação, rendimento e produtividade das micro e pequenas empresas

(8)

Porte da empres a

Pess oal ocupado por empresa Remuneração média (em s alários mínimos ) Receita por pes soal ocupado

(1 000 R$)

T otal 5,7 2,8 61,8

Micro e pequenas empres as 3,6 1,7 23,1

Médias e grandes empres as 92,2 4,3 121,8

F ontes: IBGE, Diretoria de Pes quisas, Coordenação de S erviços e Comércio, Pesquis a Anual de Comércio 2001 e Pes quisa Anual de S erviços 2001.

T abela 9 - Indicadores das micro e pequenas empresas comerciais e de serviços, segundo o porte da empresa - 2001

As micro e pequenas empresas apresentaram um expressivo crescimento no volume de pessoas ocupadas (assalariadas e não-assalariadas), passando de 5,5 milhões de pessoas em 1998 para 7,3 milhões em 2001, um aumento acumulado de 32,2%, ou seja, uma média de 9,7% ao ano. Esse resultado foi bem superior à taxa de crescimento encontrada nas médias e grandes empresas, que tiveram um aumento no mesmo período de 9,0%, ou seja, crescimento médio de 2,9% ao ano.

4,3 5,5 9,8 4,4 6,0 10,4 4,6 6,6 11,2 4,7 7,3 12,0 1998 1999 2000 2001

F o nte: IB GE , D ireto ria de P es quis as , Co o rdenação de S erviço s e Co mércio . P es quis a A nual de Co mércio 2001 e P es quis a A nual de S erviço s 2001.

Gr áfico 15 - Evo lu ção d o p e s s o al o cu p ad o n as e m p r e s as d e co m é r cio e s e r viço s - Br as il - 1998 a 2001

(9)

comércio e serviços, em números índices 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 110,00 120,00 130,00 140,00 1998 1999 2000 2001

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. Pesquisa Anual de Comércio e Pesquisa Anual de Serviços.

Micro e pequenas empresas Médias e grandes empresas Total

Os não-assalariados representavam 40% do pessoal ocupado

Em conseqüência das empresas familiares serem numerosas, a participação do pessoal não-assalariado ocupado nas micro e pequenas empresas era bastante expressiva, representando 40,5% da mão-de-obra, enquanto nas médias e grandes empresas, a taxa é de 25,6%.

Nas empresas comerciais varejistas, a participação do pessoal não-assalariado é maior (44,1%) que nas empresas de serviços (37,3%). No entanto, em algumas atividades de serviços, a participação dos não-assalariados é bem alta, como no caso dos "representantes comerciais" e de "informática", de 82,1% e 62,5%, respectivamente.

Entre as empresas comerciais, o segmento com a maior proporção de não-assalariados é o do comércio de produtos alimentícios, com 50,1%, seguido do comércio de outros produtos (livros, revistas, papelaria, etc.), com 47,4% e das lojas de bijuterias, relojoarias, joalherias e artesanato, etc., com 44,9%. Até mesmo o comércio de combustíveis e de material de construção apresentaram participação relevante de pessoal não-assalariado, de 31,2% e 37,2%, respectivamente.

Os custos aumentaram, mas não afetaram margem de lucro

(10)

51,7%, em 1998, para 53,2%, em 2001, sem, no entanto, afetar as margens de lucro líquido final das empresas.

No caso das micro e pequenas empresas comerciais, as taxas de margens de

comercialização – percentual que é acrescido ao custo da mercadoria para formação do preço de venda - apresentaram crescimento contínuo de 1998 a 2001, enquanto as médias e grandes empresas registraram queda no mesmo período. As micro e pequenas, operando com volume e velocidade de vendas bem menores, têm menos poder de barganha frente aos fornecedores, sendo obrigadas a remarcar os preços dos produtos em um patamar superior para repor estoques e obter lucro.

G rá fic o 2 1 - T a x a s d e m a rg e m d e c o m e rc ia liz a ç ã o d a s e m p re s a s c o m e rc ia is - B ra s il - 1 9 9 8 -2 0 0 1 3 7 ,7 % 3 8 ,1 % 3 9 ,4 % 2 2 ,8 % 2 3 ,1 % 2 1 ,1 % 2 0 ,1 % 4 1 ,7 % 1 9 9 8 1 9 9 9 2 0 0 0 2 0 0 1

F o n te : IB G E , D ire to ria d e P e s q u is a s , C o o rd e n a ç ã o d e S e rv iç o s e C o m é rc io . P e s q u s ia A n u a l d e C o m é rc io .

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