Fundamentos de Engenharia Solar
Energia Fotovoltaica – parte 1 José R. Simões-Moreira Racine T. A. PradoCélulas fotovoltaicas
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Módulo cristalino Módulo de filme fino
Schottsolar
Aplicações
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Estações espaciais
MME
CPFL TANQUINHOS
Fabricantes de Painéis Solares
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Célula fotovoltaica – corte transversal
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Semicondutores
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Caracterizam-se por possuir uma banda de valência totalmente preenchida por elétrons e uma banda de condução totalmente “vazia” a temperaturas muito baixas.
Banda de valência e de condução
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Banda de valência é uma banda de energia formada por níveis de energia,
ocupada por elétrons
semilivres, um pouco mais separados do núcleo que os demais.
Nesta banda, de energias menores que a banda de condução, a incidência de radiação eletromagnética faz com que os elétrons “saltem” o bandgap, formando buracos e geração de corrente.
Fenômeno fotoelétrico
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Uma propriedade fundamental das células fotovoltaicas é a
possibilidade de fótons, na faixa do visível, com energia superior ao
bandgap do material, excitarem
elétrons movendo-os para a banda de condução.
Silício
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Os átomos do Silício se caracterizam por possuir quatro elétrons de
ligação que se ligam aos vizinhos, formando uma rede cristalina.
Cristais de Silício de uma célula solar
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Imagem de superfície de silício em microscópio eletrônico
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O fósforo é um dopante doador de elétrons ou dopante n
Silício e dopagem com fósforo
Adição de fósforo, com 5 elétrons, ao silício Elétrons em excesso, “sobrando”, com
ligações fracas a seus átomos originais
Com pouca
energia térmica, estes elétrons vão para a banda de condução.
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Adição de átomos com apenas três elétrons de ligação, como é o caso do boro.Silício e dopagem com boro
Falta de elétrons para satisfazer as ligações com os átomos de silício: buracos. Com pouca energia térmica, elétrons próximos passam para estas posições, ocorrendo deslocamento dos buracos.
Semicondutor
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Dopagem do silício com fósforo e boro
O que ocorre nesta junção é que elétrons livres do lado n passam ao lado p onde encontram os buracos que os
capturam; isto faz com que haja um acúmulo de elétrons no lado p, tornando-o negativamente carregado e uma redução de elétrons do lado n, que o torna eletricamente positivo.
Processo de conversão fotovoltaica
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Energia de um fóton
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onde:
h: constante de Planck ( 6,6256 x 10-34 Js); f: frequência, em Hz.
Energia de um fóton
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Segue-se que, se a frequência f aumenta, diminui e a energia do fóton aumenta.
Consequência uma quantidade de energia mínima de um fóton é necessária, para deslocar um elétron, em um dispositivo fotovoltaico.
Radiação solar com comprimento de onda
aproximadamente até 1
m excita elétrons.
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Materiais
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Silício cristalino (c-Si)
Tecnologia mais empregada no mercado atualmente, com uma participação de 95% do mercado de células
fotoelétricas. Atualmente apresenta um rendimento de 15 a 21% em suas células; painéis solares feitos de células de silício cristalino tem rendimento de 13 a 17%.
Silício policristalino (p-Si):
•
eficiência de conversão inferior • custo de produção mais baixo• O material de partida é o mesmo do monocristalino, mas é fundido e solidificado direcionalmente, resultando em um bloco com grande quantidade de cristais, onde há defeitos que diminuem sua eficiência de conversão. O restante do processo é semelhante ao do (m-Si).
Pode ser fabricado em fitas, dispensando o fatiamento. Hoje, detém mais 50 % da produção mundial
Rüther
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Silício amorfo (a-Si)
Participação de cerca de 3,7% do mercado de células fotoelétricas, tem rendimento de cerca de 7%.
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CIGS
Nome comercial para células de filme fino fabricadas
com Cu(In,Ga)Se2. Participação de 0,2% do mercado de células fotoelétricas e rendimento de 13%. Atualmente sofre problemas com o abastecimento de índio para sua produção, visto que 75% de todo o consumo do material no mundo se dá na fabricação de monitores de tela
plana, como LCDs e monitores de plasma.
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Arsenieto de gálio (GaAs)
Atualmente é a tecnologia mais eficiente empregada em células solares, com rendimento de 28%. Porém, seu custo de fabricação é extremamente alto, tornando-se proibitivo para produção comercial, sendo usado
apenas em painéis solares de satélites artificiais.
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Telureto de cádmio (CdTe)
Participação de 1,1% do mercado de células fotoelétricas, é uma tecnologia que emprega filmes finos de telureto de cádmio. Apresenta pouco apelo comercial devida à alta toxicidade do cádmio.
Silício amorfo hidrogenado (a-Si):
• Melhor resposta no espectro azul
• Melhor eficiência em condições de
iluminação artificial (fluorescente) ou de céu
encoberto (predomínio de radiação difusa)
Aplicações em calculadoras e relógios.
Produção do (a-Si):
• T
300
C (processos a plasma);
• filmes finos depositados sobre substratos de
baixo custo (vidro, aço inox, plásticos,...),
resultando em módulos leves, flexíveis, curvos,...)
Rüther
Silício amorfo (a-Si) - vantagens:
• emprego como material
de revestimento;
• não apresenta redução de
potência com o aumento de
temperatura de operação.
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Semicondutores mais utilizados:
• Silício cristalino (c-Si);
• Silício amorfo hidrogenado (a-Si-H);
• outros: à base de Cd, Te, In e Ga, que
são escassos e tóxicos.
Formas:
• lâminas cristalinas, com
= 10 cm e
esp
300 – 400
m;
• filmes finos com esp
1
m.
Eficiência:
• conversão fotovoltaica do c-Si
15 %;
• filmes finos
7 – 10 %.
Preços:
Painéis de filmes finos têm preço menor
($/potência ou $/energia) do que os de c-Si,
mas deve-se considerar o fator área ocupada.
Participação dos tipos de materiais no
mercado
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Mercado de células fotovoltaicas
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Processo de fabricação do silício monocristalino
• velocidade de crescimento do cristal
1 cm/h;
• T
1.400
C;
• usinagem do tarugo;
• corte das lâminas;
• lapidação;
• ataque químico;
• polimento;
• processos de difusão/dopagem;
• deposição da máscara condutora de
eletricidade gerada;
• interconexão das células em série para
obtenção do módulo fotovoltaico.
Rüther
Produção do tarugo - Metodo de Czochralski
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Processamento do silício
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Produção
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Schottsolar
Estrutura de módulo fotovoltaico
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Curva I x V de célula fotovoltaica
apud CEPEL-CRESESB
Desempenho de células fotovoltaicas
Curva I - V
Zilles et al.
Desempenho de células fotovoltaicas,
com variação da irradiância
Zilles et al. STC : 1000 W/m2
T = 25 C
SP = Sol Pleno
Curva I - V
Curva P - V
Desempenho de células fotovoltaicas,
com variação da temperatura
Zilles et al. STC : 1000 W/m2
T = 25 C
SP = Sol Pleno
Curva I - V
Curva P - V
Características das células e módulos
• Voltagem de circuito aberto (Voc): tensão entre os terminais positivo e negativo da célula exposta à radiação;
• corrente de curto circuito (Isc): corrente que aparece na ligação direta dos terminais de um módulo, sem equipamento conectado.
Agrupamento de várias células fotovoltaicas.
Zilles et al.
Agrupamento de várias células fotovoltaicas.
Zilles et al.
Agrupamento de várias células fotovoltaicas.
Em paralelo, as correntes são somadas.
Em série, as tensões são somadas
Wenham et al.
Módulo é o agrupamento de várias células
fotovoltaicas.
Em paralelo, as correntes são somadas e a tensão do módulo é a tensão da célula. Em série, somam-se as tensões de cada célula.Fundamentos de Engenharia Solar
Rendimento do gerador fotovoltaico – fatores
determinantes do desempenho:
• radiação solar:
• localização geográfica;
• inclinação;
• orientação;
• temperatura dos painéis;
• sombreamento parcial;
• desacoplamento de painéis de um mesmo
string;
• resistências dos condutores;
• limpeza dos painéis.
Rüther
Sombreamento
Uma pequena sombra (de antena, p. ex.) pode
reduzir muito o desempenho do sistema, pois
a célula com menor incidência de radiação
determina a corrente que circula no sistema e,
portanto, sua potência. Pode até atuar como
carga, aquecendo-se excessivamente e
atingindo a destruição do módulo (hot spot).
prevenção com diodo bypass.
Sombreamento
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Zilles et al.
Comportamento de módulo sombreado
1º problema: o efeito de um sombreamento é
contornado com um diodo bypass em paralelo
com o módulo
CEPEL-CRESESB
2º problema: corrente negativa circulando pelas células. P.ex, da bateria para o painel, em períodos de radiação baixa ou nula.
CEPEL-CRESESB
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Bateria Carga M M M M M M M M M M M M
Tipos de sistemas PV
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• isolados;
• híbridos;
Fatores na escolha do tipo de sistema
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• investimento inicial; • custo de manutenção;
• dificuldade de obtenção de combustível complementar;
• poluição do ar e sonora do combustível; • área ocupada pelo Sistema Fotovoltaico; • curva de carga;
Armazenamento de energia fotovoltaica
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Arranjo Fotovoltaico Unidade de controle e condicionamento de potência Usuário Armazenamento CEPEL-CRESESB
Sistemas autônomos , não conectados à
rede elétrica, podem ou não ter sistemas
complementares.
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Sistemas híbridos são os que possuem
sistemas complementares.
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Possibilidades de Sistemas Híbridos
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Potência eólica Fotovoltaica Célula de combustível Biomassa Gás Natural DC/AC DC/DC DC/DC DC/DC DC/DC Controle Controle Controle Controle Controle
Sistemas isolados são aqueles puramente
fotovoltaicos.
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Sistemas híbridos possuem sistemas
complementares e geralmente atendem
cargas de corrente alternada (CA).
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Necessidade de Inversor
Sistemas conectados à rede entregam a
potência fotovoltaica à rede.
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Necessidade de Inversor
Sistema conectado à rede
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Arranjo
Fotovoltaico Inversor
Barramento
da rede
Carga CC sem armazenamento
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Arranjo
Fotovoltaico Equipamento CC
Carga CC com armazenamento
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a Arranjo Fotovoltaico Controlador de carga Cargas CC Armazenamento CEPEL-CRESESB
Carga CA sem armazenamento
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Arranjo
Fotovoltaico Inversor
Cargas CA
Conexão
elétrica do
gerador
fotovoltaico à
rede
convencional
Caixa, com base em Rüther
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Arranjo Fotovoltaico Seguidor do ponto de máxima potência Cargas CA ArmazenamentoCarga CA com armazenamento e seguidor
do ponto de máxima potência
Inversor
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Sistema Residencial - Medição única do
Balanço de energia
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Sistema Residencial - Medição dupla do
Balanço de energia
MME
kWh kWh
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Vantagem da integração à rede –
complementação da curva de carga
Vantagens para o sistema elétrico:
• minimização de perdas por transmissão;
• redução de investimentos em linhas de transmissão; • área de instalação não é significativa;
• melhoria da qualidade de energia (kVAr);
• coincidência de demanda com ar condicionado; • grande modularidade reduz capacidade ociosa de geração.
Rüther
Componentes do sistema:
•
módulos;
•
sistema de fixação;
•
conversor(ou
inversor) CC-CA
(necessita proteção contra sobretensões);
•
diodos de by-pass
(evita que string sombreado opere como carga);
•
diodos de bloqueio;
•
terminais;
•
cabos
(com duplo
isolamento,
resistentes a UV, T >
50
C);
•
dispositivos de
proteção:
•
sobrecorrentes (fusíveis);•
descargas atmosféricas;
• caixas de conexão;
• baterias
(12 V).Hora Irradiância (kW/m2) Radiação (kWh/m2) 07:00 0,2 0,2 08:00 0,3 0,3 09:00 0,4 0,4 10:00 0,5 0,5 11:00 0,6 0,6 12:00 0,7 0,7 13:00 0,6 0,6 14:00 0,5 0,5 15:00 0,4 0,4 16:00 0,3 0,3 17:00 0,2 0,2 4,7
HSP: como se
tivesse 4,7
horas de
Irradiância
de 1,0 kWp.
Escolha do módulo fotovoltaico
A especificação da potência do módulo
fotovoltaico é dada em Wp (Watt pico),
associada às condições padrão de testes
(STC - Standard Test Conditions).
Air Mass: AM
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STC e PTC
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• Standard Test Condition: "Factory Standard Test Conditions“ significam:
• 1000 W/m2;
• Massa de ar = 1,5; • Tcélula = 25 ºC.
• PTC: "PV USA Test Conditions” significam: • 1000 W/m2;
• Massa de ar = 1,5; • Tcélula = 20 ºC;
• 10 m acima do solo;
NOCT: Normal Operation Cell Temperature
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• Representa a temperatura usual de operação
da célula
• 800 W/m2;
• Temperatura do ar = 20 ºC. •Tcélula = 48,4 ºC.
• Os resultados dos tests informam: • Pmpp;
• Vmpp; • Voc; • Isc.
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Mitsubishi