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V Colóquio Internacional "Educação e Contemporaneidade" - Eixo 9 - Tecnologia, mídias e educação

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Academic year: 2021

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O USO DAS MÍDIAS COMO SUPORTE PARA A PRÁTICA EDUCATIVA

Albano de Goes Souza1

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) albano.goes@hotmail.com

Elvira Maria Portugal Pimentel Ribeiro2

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) elvirapribeiro@gmail.com

Luan Barreto de Almeida3

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) luan_o_pensador@hotmail.com

Profª Dr. Solange Mary Moreira Santos4

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) solange.santos@ig.com.br

RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade discutir a importância das mídias como suporte para a prática educativa. As mídias, como TV, rádio e mais recentemente a internet adquirem papel de destaque na sociedade da informação, deste modo, a formação docente para a atuação nesse contexto social é fundamental. Este estudo propõe, assim, uma revisão da leitura existente acerca da temática no que diz a respeito às mídias, a partir dos dados coletados no desenvolvimento do projeto de pesquisa intitulado “Tecnologias da Informação e Comunicação nas Escolas de educação básica da rede pública de ensino de Feira de Santana: proposições para inclusão e interação social no currículo escolar”, realizado no Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre Formação de Professores (NUFOP).

PALAVRAS-CHAVES: Mídias. Sociedade da Informação. TICs. Formação Docente. ABSTRACT

This paper aims to discuss the importance of media as support for educational practice. The media, like TV, radio and more recently the Internet purchasing role in the information society, thus the teacher training for acting in this social context is crucial. This study therefore proposes a review of existing reading about the theme that says about the media, from data collected in developing the research project titled "Information Technologies and Communication in Schools of basic education of public school Feira de Santana: proposals for inclusion and social interaction in the school curriculum”, held at Center for Studies and Research About Teacher Education (CSRTE).

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INTRODUÇÃO

A educação é um dos pilares de sustentação na contemporaneidade, seus objetivos e fundamentos auxiliam na construção do modelo social atual. Contudo, percebemos que esse processo educativo sofre questionamentos em relação a sua finalidade nos grupos sociais, em que a comunicação é um dos elementos essenciais para que aconteçam as relações interpessoais. Neste sentido, as mídias exercem o papel de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) das expressões de determinadas sociedades.

Nessa perspectiva e a partir das discussões realizadas no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Formação do Professores (NUFOP), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), sobre a importância do uso das mídias nas práticas educativas, a nossa inquietação pautou-se no seguinte questionamento: Qual a importância que os professores, da rede pública de ensino, atribuem à utilização das mídias como suporte na sua prática educativa?

Deste modo, desenvolvemos esse estudo a partir de uma proposta metodológica situada numa abordagem qualitativa considerando que essa abordagem de pesquisa tem uma preocupação maior com o desenvolvimento do processo do que com os resultados obtidos como produto. (ANDRÉ; LUDKE, 1986). O levantamento de dados ocorreu a partir da observação participante e de entrevistas semi-estruturadas dos encontros realizados com os docentes participes do projeto. Para análise dos dados percebemos a necessidade da realização de um aporte teórico com base na literatura Existente Belloni (2005), Bordieu (1998) Dizard (1998), Lévy, (1999), Moran, (2005), Soares, (2002) sobre a temática, a fim de construir novos conhecimentos a respeito da utilização das mídias em práticas educativas e para garantir o anonimato dos sujeitos, atribuiumos para cada professor, um número, por exemplo, P.1, P.2. , e a cada escola uma letra como “X” e “Y” substituindo assim os seus nomes.

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: CONCEITOS

A sociedade contemporânea pode ser denominada de "sociedade da informação"5 devido aos grandes avanços tecnológicos na área de telecomunicação, microeletrônica e informática, o que ocasiona a atualização, em uma velocidade espantosa, dos sistemas, objetos e tecnologias produzidas. Contudo, vale ressaltar que esse processo de aperfeiçoamento sempre ocorreu, porém, com menor intensidade, do que nos últimos anos.

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O homem com intuito de ultrapassar seus limites sejam eles físicos temporais ou espaciais, procura criar “instrumentos” que auxiliem essa superação. A partir dessa ótica surge o conceito de Tecnologia, hoje utilizado corriqueiramente, e que para Moran et al. (2005, p.02) se caracteriza como:

[...] um termo usado para atividades do domínio humano, embasadas no conhecimento de um processo e/ou no manuseio de ferramentas. A tecnologia tem a possibilidade de acrescentar mudanças aos meios por resultados adicionais à competência natural, proporcionando, desta forma, uma evolução

na capacidade das atividades humanas, desde os primórdios do tempo.

Essa afirmação vai em sentido contrário a idéia de que as tecnologias são artefatos/elementos de última geração, pois, não devemos esquecer que em cada momento histórico, um determinado objeto é considerado uma tecnologia pertencente à sua época, como por exemplo, a escrita, o lápis, o papel, o mimeógrafo, as primeiras câmeras fotográficas, entre outros. O seu processo de criação e/ou aperfeiçoamento ocorre de acordo com as necessidades da sociedade.

Neste contexto tecnológico, encontram-se as mídias, que na ótica de Moran (2005), podem ser conceituadas como tecnologias de comunicação e expressão da linguagem de uma determinada sociedade. Inúmeras são as mídias utilizadas em nosso ambiente social como "veículos" de difusão da informação, tais como, a televisão, o rádio e, mais recentemente, a internet. Essas mídias exercem papéis, distintos, e ao mesmo tempo complementares, compartilhando da mesma finalidade, ou seja, transmitir e informar ao telespectador/ouvinte/usuário, de acordo com as suas necessidades. Para Fischer (2007, p.293), as mídias possuem “[...] um caráter de onipresença, tornam-se cada vez mais essenciais em nossas experiências contemporâneas e assumem características de produção, veiculação, consumo e uso específicos em cada lugar do mundo”.

A partir destas idéias, podemos classificar essas tecnologias comunicacionais como mídias antigas e novas mídias (DIZARD, 1998). As mídias antigas podem ser descritas como aquelas que tiveram sua função em sociedade, porém hoje, mesmo não perdendo seu valor social, não exercem tanta influência, devido, principalmente, ao aparecimento das novas mídias, que por sua vez estão veiculadas a consolidação da Informática.

Estudos de Althusser (1998), Bordieu (1998), Noe (2000) demonstram que a escola sofre influências do contexto social em que ela se faz presente, incorporando alguns dos seus

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elementos e ideologias ao processo educativo, assim as mídias podem ser consideradas um desses elementos sociais. O professor Len Masterman (apud BELLONI, 2005, p.10), elenca algumas razões para a utilização dessas tecnologias no processo educativo:

• consumo elevado das mídias e a saturação à qual chegamos;

• a importância ideológica das mídias, notadamente através da publicidade;

• a importância crescente da comunicação visual e da informação em todos os campos( fora da escola, que privilegia o escrito, os sistemas de comunicação são essencialmente icônicos);

• a expectativa dos jovens a serem formados para compreender sua época (que sentido há martelar uma cultura que evita cuidadosamente as interrogações e as ferramentas de seu tempo?).

O processo de inserção das mídias na educação ocorre a partir de ações que podem ser de cunho político, através de políticas públicas, ou da articulação dos docentes diante a necessidade de alteração de sua prática educativa, como por exemplo, a inserção dos alunos em um contexto social informatizado.

Neste sentido, as políticas públicas para inserção das mídias na educação têm o papel de regulamentar através de instrumentos legais essa introdução. Entre essas políticas, podemos destacar o projeto "Mídias na Educação", que de acordo com o seu documento de criação é um programa de:

[...] educação a distância, com estrutura modular, que visa proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias da informação e da comunicação – TV e vídeo, informática, rádio e impresso. O público-alvo prioritário são os professores da educação básica. (BRASIL, 2010).

Devido à esquematização do programa, acreditamos que os docentes que fazem parte do corpo discente do projeto, têm a possibilidade de ao retornarem a sala de aula trabalhar de forma mais centrada nas questões sobre a utilização das mídias no processo educativo. Está presente na estrutura curricular desse programa, a valorização e a revitalização de mídias, como o jornal impresso e o rádio, que começaram a perder destaque após a criação e consolidação da informática.

Por fim, é evidente a importância que as mídias exercem em nosso contexto social, e isso acaba refletindo no processo educativo. O docente necessita trabalhar de forma que o aluno, ao concluir seu processo formação, tenha senso crítico e analise as possíveis informações que lhe são veiculadas. Além disso, é importante ter a noção da riqueza didática que o rádio e a mídia

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impressa têm, pois a partir do avanço da informática a tendência é que elas sejam substituídas por novas mídias. Essa idéia de importância precisa ser discutida durante o processo formativo docente, seja ele inicial ou continuado.

TV E O VÍDEO EM SALA

A educação na atualidade está sofrendo modificações, o que exige um melhor entendimento e interpretação das tecnologias. No entender de Porto (2006), as tecnologias tanto as antigas, quanto as atuais têm a intenção de inovar, de reforçar os comportamentos e os modelos comunicativos de ensino. Contudo, utilizar simplesmente equipamentos tecnológicos, por si só, não significa que o trabalho seja educativo ou pedagógico ou que tenha relação direta na forma como está sendo utilizada no espaço escolar.

Esse entendimento reforça a idéia de que a tecnologia não é boa nem má, visto que o seu sentido vai depender das situações, usos e pontos de vista. Ela é “tampouco neutra, já que é condicionante ou restritiva, já que de um lado abre e de outro fecha o espectro de possibilidades”. (LÉVY, 1999, p. 26). Não se trata, pois, de avaliar seus impactos, mas de situar possibilidades de uso, embora, “enquanto discutimos possíveis usos de uma dada tecnologia, algumas formas de usar já se impuseram”, tal a velocidade e renovação com que se apresentam (op cit.).

A TV e o vídeo se unem de forma a comunicar-se com a maioria das pessoas, tanto crianças como adultas. O ritmo dessa comunicação torna-se cada vez mais rápido, ao colocar, lado a lado, inúmeros eventos sociais e culturais. Usam uma linguagem concreta, com cenas curtas, com pouca informação, com ritmo acelerado e contrastado, de forma a multiplicar os pontos de vista, os cenários e os personagens. É necessário fazer uma ressalva que, o vídeo que está sendo abordado neste trabalho, não se restringe somente aos reproduzidos pelo aparelho de vídeo-cassete ou DVD, e sim como qualquer forma de interação audiovisual.

O vídeo, enquanto recurso midiático em sala de aula, está relacionado a um processo de lazer, pela maioria dos alunos. Eles pensamsua utilização como um momento extra-conteúdo, o que acarreta a modificação da postura e as expectativas em relação ao seu uso. É preciso aproveitar a particularidade positiva que os meios midiáticos proporcionam ao atrair o aluno para os assuntos que serão abordados em sala, mediante conhecimento prévio por parte do professor.

A televisão é hoje o meio de comunicação em massa6 de maior inserção social, grande parte da população mundial tem acesso a ela. O uso desse aparato na escola não é muito

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freqüente, pois é colocado ao professor um conteúdo curricular, que “independente” de qualquer situação imprevista deverá ser cumprido, deixando assim de lado, o algo importante que é assimilação do conhecimento pelo aluno.

O RÁDIO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

A escola necessita prepara-se para o acolhimento e a utilização de uma grande variedade de tecnologias da informação e comunicação, o que propicia a ampliação dos campos de conhecimento. Contudo, devido à grande massificação da internet, outros recursos informativos e comunicativos, por serem considerados antigos, não lhes são atribuídas à devida importância, dentre estes recursos podemos citar o rádio, que apesar de ser uma mídia antiga, é considerado um instrumento rico em possibilidades pedagógicas, além de que sua grande abrangência atinge a todas as camadas da população.

E para realçar sua importância SILVA (2001, p.140) afirma que:

A televisão, o rádio, o computador , o jornal, o telefone, todos esse veículos entram diariamente em nossa casa com tanta intimidade que já não nos apercebemos deles. Mas nenhum desses meios nos permite tanta cumplicidade quanto o rádio. Dirigir, ler, trabalhar, tomar banho, correr na praia, descansar, enfim quase todas as nossas atividades podem ser embaladas ao som desse bom e velho companheiro.

Portanto, antes de discutirmos a utilização do potencial pedagógico desta mídia, é necessário conhecer um pouco de sua história, na perspectiva de entender a sua importância nos dias atuais e como utilizá-la em favor da educação.

A primeira emissora de rádio do Brasil foi a Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923, cedida em 1936 ao Ministério da Educação, que deu início ao sistema de rádios educativas do Brasil. Antigamente, o rádio por ainda ser grande e pesado, ficava normalmente situado em uma mesa na sala, onde todos se reuniam para ouvi-lo. A partir das décadas de 50 e 60, com a sua modernização e a invenção dos receptores, o aparelho passou a ser utilizado individualmente, porém mesmo com esta modernização, entre as décadas de 50 e 70, o rádio, devido ao advento da televisão e a falta de uma regulamentação, ficou estagnado, sendo reestruturado a partir do fim da década de 70. Nessa década tecnológica da freqüência modulada, o rádio revolucionou o brasileiro e trouxe um novo estilo de programação musical, atraindo o público jovem, antes afastado (SILVA, 2001).

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O controle das comunicações está concentrado nas mãos de grandes grupos econômicos, ligados ideologicamente ao poder, desde meados da década de 60, é então necessário que a sociedade receba estas informações e as analíse de maneira crítica, para que não se torne passiva a tudo que ali está sendo comunicado.

Nessa perspectiva, o Rádio pode ser utilizado de diversas formas na sala de aula, desde o conhecimento sobre a sua história e categorias, para que sirva de orientação na hora de escolher o que ouvir, até a análise de notícias, a construção de matérias, e a criação de uma rádio interna como um projeto de maior abrangência que pode envolver toda a escola.

A proposta de criação de uma rádio na escola auxilia os alunos a conhecer melhor esta mídia, na medida em que, os tornam produtores e porta-vozes do conhecimento. Essa proposta contribui para o alcance de múltiplas disciplinas, o que incentiva a interdisciplinaridade, aguça também a criticidade dos sujeitos, no momento em que é dada ao aluno a responsabilidade de escolher as matérias e as notícias relevantes ao conhecimento de todos. A esse respeitoGodoy et. al.(2007, p.14)afirma que:

A partir do momento em que os educandos vão se apropriando da rádio podem e devem lutar para defender os seus interesses, usando este espaço para lutar por melhorias no ambiente da escola e questionar algumas orientações ou encaminhamentos considerados pelo coletivo como inadequados, como por exemplo, o mau uso das verbas enviadas para as escolas. A rádio passa a ser um instrumento de cidadania. Ou ainda, pode ser utilizado como construção de um conhecimento coletivo, um conhecimento que está além do que é proposto pela educação formal.

Para que esse projeto seja possível e tenha um retorno educacional significativo, torna-se necessário que haja um planejamento inicial com objetivos, finalidade e regulamentações claras. Esse é um projeto precisa ser contemplado no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola, o que implica no desenvolvimento contínuo de ações.

O rádio se configura então como uma mídia relevante para o uso em sala de aula, já que apesar de não ser uma tecnologia criada recentemente, ainda é um meio de comunicação e informação bastante abrangente, não se configurando como um recurso ultrapassado. A sua utilização nas aulas necessita ser portanto, mediada pelo professor, de maneira a deixar claro para os alunos quais os reais objetivos de utilização desse instrumento na aula. Vale ressaltar que todo recurso necessita ser utilizado de maneira intencional pelo educador e, essa intenção ao ser

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exposta para o aluno permite que este conheça as finalidades daquela situação e garanta, assim, uma aprendizagem mais significativa.

INFORMÁTICA NO PROCESSO DE MEDIAÇÃO

A educação passa por um momento de transição, uma vez que, os paradigmas que vinham orientando os processos de ensino e aprendizagem são colocados em questão, devido ao não atendimento às necessidades do mundo moderno. A inserção da informática adquire, com o passar dos anos, um papel importante no meio educacional, utilizada neste contexto como instrumento de aprendizagem.

Na atualidade, apesar do crescimento no campo de ação das tecnologias na educação, percebemos que há uma busca, também, pela qualidade do processo de inserção dessas aparatos tecnológicos. Isso ocorre, para atender as necessidades dos sujeitos, que em uma sociedade informatizada, “toleram cada vez menos seguir cursos uniformes ou rígidos que não correspondem as suas necessidades reais e à especificidade de seu trajeto de vida" (LÉVY, 1999, p.169). Contudo, vale ressaltar, que o contexto social em que o sujeito está inserido influencia na relação sujeito-informática.

É importante, assim, considerar que todo ato do saber está relacionado com a curiosidade e interesse em se descobrir algo novo. A existência do interesse por essa descoberta faz com que a aprendizagem torne-se mais significativa, podendo ser proporcionado ao aluno e ao professor mais um desafio no processo de ensino. Nesse sentido, o uso da informática na sala de aula é fundamental na medida em que o professor compreende que o aluno vive em um mundo globalizado e rodeado de equipamentos informatizados.

No entanto se o professor não estiver preparado para utilizar as TICs, tornará sua aula monótona, assim não basta, somente à utilização das tecnologias, o mais importante é como os professores as utilizam, a fim de estimular a curiosidade dos alunos no ato de construção de conhecimento.

Segundo Silva Filho (2003) TICs, renda e educação é o tripé que estrutura a inclusão digital. Nessa ótica, as TICs possibilitam a melhoria de qualidade nos setores que compõem a sociedade. Porém, vale ressaltar que a informática, por si só, não media o conhecimento. Faz-se necessário que os sujeitos envolvidos com as atividades educativas, possa mediá-lo. Desse

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modo, a formação do docente exerce um papel de fundamental importância, nesse processo, uma vez que, precisa mediar a inserção da informática na sala de aula.

Assim, à integração da informática no currículo escolar exige que o professor seja constantemente capacitado para a utilização do computador como instrumento metodológico de apoio às disciplinas e aos conteúdos lecionados, bem como, na preparação dos alunos para uma sociedade informatizada. Na busca por essa integração surgem elementos que podem auxiliar o processo de construção do conhecimento a partir da utilização da informática, como é o caso dos hipertextos.

HIPERTEXTOS EM SALA DE AULA: uma forma interativa de ler e escrever

Com o crescimento do uso do computador a sociedade está cada vez mais imersa em um novo espaço de escrita e leitura. Dentre as mídias que disseminam a informação virtual, a internet é o meio onde a diversidade de fontes, assuntos, a rapidez da veiculação da informação e a multilinearidade proporcionam uma construção coletiva do conhecimento. Assim, a utilização de hipertextos7 na aprendizagem pode proporcionar aos alunos uma escrita e uma leitura multi-sequencial, interdisciplinar e interativa, permitindo que esse indivíduo se sinta a vontade para realizar as conexões com outros fontes de informação, pois, como Marcuschi (2001, p.84) afirma: “se alguém entrar em alguma página da INTERNET, com o intuito de buscar alguma informação muito específica, certamente vai navegar por muitos canais antes de chegar ao que deseja”.

O indivíduo constrói então, o conhecimento de forma conectada, assim como acontece em sua vida cotidiana, já que ele faz parte de um mundo material em que as coisas são naturalmente interligadas. Essa nova forma de aprender e dar significados aos conteúdos ensinados na escola nos aproxima de um conhecimento semelhante aos nossos esquemas mentais (RAMAL apud SOARES, 2002).

Segundo Ausubel (1963) apud Portugal (2005,p.03) "o aprendizado significativo ocorre quando uma informação nova é adquirida mediante um esforço deliberado por parte do aluno em unir a informação nova com conceitos ou proposições relevantes preexistentes em sua estrutura cognitiva". Podemos relacionar essa idéia aos pressupostos da utilização dos hipertextos no contexto educacional, pois, o aluno levado a pesquisar na internet o tema designado pelo professor é encaminhado a uma aprendizagem significativa, já que utiliza de recursos similares ao seu esquema mental e faz, portanto conexões entre o que já sabe e o que quer saber.

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Devido às inúmeras formas de utilização dos hipertextos e da internet, o professor pode sugerir desde uma pesquisa, até a criação de um blog. É necessário entretanto, que esse docente acompanhem a aprendizagem dos alunos. No caso da pesquisa, não basta apenas levá-los a sala de informática, sugerir o tema e fazer a avaliação ao final, é necessário que sejam realizadas algumas etapas iniciais, de andamento e conclusivas. Ao iniciar é indispensável alertar sobre a veracidade das informações encontradas, explicitando que eles podem discordar da pesquisa feita, não devendo considerá-la verdade absoluta, já que a internet, por ser uma rede virtual de grande alcance, pode não garantir a confiabilidade das suas informações. Durante o andamento, o professor exerce a função de mediador, explicitando os objetivos a serem alcançados com atividade. Após a pesquisa, é necessário que o docente esteja presente na construção do texto, passando informações sobre o plágio, as formas de escrita e organização do trabalho.

Desse modo, as atividades de pesquisa hipertextuais estarão contribuindo não só para a aprendizagem significativa dos alunos, como também para a construção da capacidade crítica dos sujeitos, sendo o professor, um mediador importante para estes processos.

A FORMAÇÃO DOCENTE PARA A UTILIZAÇÃO DAS MÍDIAS NAS ESCOLAS DE FEIRA DE SANTANA

A utilização das mídias no processo educativo implica numa análise sobre o modelo de formação docente que é desenvolvido nos cursos formativos, uma dessas arguições está relacionada quanto ao seu objetivo, que para Kachar (2008, p.03) é:

[...] gerar um indivíduo capaz de analisar as circunstâncias do universo que atua rever e reinventar práticas de ensino e aprendizagem com as linguagens e com os recursos tecnológicos que estão disponíveis na instituição escolar e, que fazem parte do universo social e cultural do aluno.

Inúmeras pesquisas Biajone; Almeida (2005), Dias; Lopes (2003), Mello (2000) têm constatado que o docente ao concluir seu processo de formação inicial não consegue desenvolver as competências necessárias para a educação do século XXI, ao contrário utiliza-se de uma postura, denominada por Pedro Demo (1993) de “modernosa”, ou seja, aquela em que o docente intitulasse moderno, porém, escondido em seu âmago, encontra-se uma atitude arcaica. Essa característica pode ser percebida na análise do depoimento da professora P.1, ao ser questionada sobre a utilização das mídias em sala:

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Os alunos usam muito bem, viu? Eu normalmente deixo por conta deles. Todas as salas têm a TV Pendrive, mas se alguém for utilizar eles se manifestam para ligar e se não conseguimos eles mesmo se manifestam plenamente [...] agora o conteúdo que consta ali é diferente ai é que está o diferencial, não é só você manusear o recurso, agora o que está ali? (P.1).

Podemos atribuir essa posição ao fato de que algumas universidades por muito tempo estruturaram, e ainda estruturam, seus cursos como se “as tecnologias ainda não tivessem sido inventadas como recursos em atividades de ensino-aprendizagem” (MARINHO, 2006, p. 2), o que deixa lacunas ao processo de formação docente. No entanto, os professores em contato com a sala de aula se defrontam com a necessidade de utilizar essas tecnologias e frente a esse desafio, de acordo com as entrevistas realizadas, os docentes assumem o que classificamos como três tipos de posturas.

A primeira postura que é também, entre os nossos sujeitos a mais comum, está relacionada ao reconhecimento da importância da utilização das mídias em sala de aula, porém, por diversos motivos, os professores não as utilizam como retratadas no trecho a seguir:

Eu acho de grande importância o uso das mídias, até pra tentar acompanhar o aluno, agora me coloco como analfabeta digital, totalmente, e pra mim é muito difícil é um desafio que eu vou ter que vencer, mas pra tentar acompanhar o aluno, acho que é fundamental nas nossas práticas pedagógicas (P.2).

O segundo tipo de postura que constatamos, está relacionado com a tentativa de utilização das mídias e TICs na prática da sala de aula, mesmo sem o conhecimento técnico das mesmas, ficando então, na maioria das vezes, a cargo de outras pessoas do círculo familiar, ou até mesmo dos alunos a construção e manuseio das atividades no que diz respeito à parte instrumental, percebe-se isso ao analisarmos o relato a seguir:

Eu tenho computador em casa, e sempre tive alguém para fazer os meus trabalhos, mesmo na universidade, pesquise aí eu dizia o que eu queria, e aí eu dava meu parecer, tire isso, bote isso, mas manusear eu não manuseava [...]. Trabalho com o Pendrive? Trabalho, mas não que eu tenha feito alguma coisa, não. Ligo lá e coloco, mas não fiz, eu não fiz coisa alguma. (P.3).

A terceira e pouco constatada, está relacionada à compreensão da necessidade da formação nessa área, e a busca por esta formação. Seja ela, a partir das tentativas individuais, com auxílio da família, ou ainda, através de programas de formação continuada, isso é percebido na seguinte fala:

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Eu acho que a gente tem que avançar e o avanço já está entre nós, agora a gente tem que passar por cima de barreiras, a gente tem que deixar as barreiras pra trás e tentar crescer também com essa nova tecnologia em busca de melhoria da qualidade de ensino, visando também o crescimento do nosso aluno (P.4).

Vale ressaltar, no entanto que a formação docente para utilização das TICs, em especial das mídias, não pode ser baseada apenas no processo de instrumentação de habilidades e conhecimentos específicos do professor, e sim na “compreensão das relações entre essa tecnologia e sociedade” (ROITMAN, 1990, p.141 apud OLIVEIRA, 2007, p.92). O docente ao adentrar na sala de aula traz consigo representações sociais8 particulares, que foram construídas a partir de um processo exposição às mídias, ou seja, elas também exercem influências, seja ela ocasional ou não, na prática educativa, (MATOS OLIVEIRA, 2009).

A utilização das mídias no processo de ensino-aprendizagem implica na aproximação da realidade do sujeito aos conteúdos propostos nos objetivos educacionais, o que oportuniza ao docente uma revisão de suas práticas. O saber, antes centralizado nos livros e na pessoa do mestre, é difundido de maneira mais rápida e com maior alcance, visto que, é através da comunicação que a vida em sociedade se torna possível, fazendo com que o indivíduo se torne parte de um coletivo (SILVA, 2001).

Porém, pensar as práticas dos educadores frente à interação das mídias, no cotidiano das salas de aula, pode ir além de uma discussão meramente convencional, em que se costuma apontar as ideologias e manipulações presentes nos meios de comunicação.

O uso das diferentes formas das informações, das narrativas, das imagens é uma prática pedagógica que amplia o repertório, tanto do professor, quanto do aluno, promovendo olhar criativo e crítico no que se refere aos materiais que se tem acesso cotidianamente. Também, possibilita aos sujeitos o estabelecimento de relações entre os vários tipos de mídias e sobre os seus modos de perceber e assimilar o cotidiano, a partir do contato que lhes foi oportunizado, com narrativas diferentes a aquelas costumeiras.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dessas reflexões consideramos que os professores reconhecem a importância da utilização das mídias na prática educativa, porém, poucos são aqueles que efetivamente fazem uso delas. Muitas das dificuldades apontadas estão relacionadas diretamente ao não

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conhecimento instrumental acerca dessas tecnologias e a falta de políticas públicas governamentais voltadas para a formação inicial e continuada de educadores nessa área.

Porém, são indiscutíveis as transformações que as mídias proporcionam na sociedade e torna-se necessário, assim, utilizá-las a favor da educação, considerando a contextualização histórica, temporal e cultural, de cada uma dessas tecnologias, levando em conta as particularidades de cada tempo e de cada lugar.

Por conseguinte, a sociedade contemporânea se habituou a obter informações através da televisão, do rádio, da internet e dos jornais impressos ou online e a escola não pode esquecer os meios veiculadores de conhecimento, na medida em que também fazem parte do cotidiano das pessoas e, muitas vezes, estão mais presentes do que os próprios livros.

Desse modo, conhecer melhor o funcionamento e a utilização dos meios de comunicação tem permitido que os sujeitos sejam críticos quanto a sua utilização e quanto à aceitação das informações por eles transmitidas. Nessa perspectiva, a escola, instituída a formar sujeitos críticos e autônomos, precisa utilizar estes meios para produzir conhecimentos e aguçar a capacidade crítica do sujeito, visando fugir da alienação a que, muitas vezes, eles submetem.

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1. Bolsista-Voluntário do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores (NUFOP), Graduado em Pedagogia e Graduando em Geografia pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

2. Bolsista PROBIC/UEFS do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores (NUFOP), Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

3. Bolsista PIBIC/FAPESB do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores (NUFOP) Graduando em Física pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

4. Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Formação de Professores (NUFOP), Professora Adjunta do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Feira de Santana, Doutora em Educação (Currículo) pela Pontificia Universidade Católica de São Paulo.

5. A expressão “sociedade da informação” passou a ser utilizada, nos últimos anos desse século, como substituto para o conceito complexo de “sociedade pós-industrial” e como forma de transmitir o conteúdo específico do “novo paradigma técnico-econômico”. A realidade que os conceitos das ciências sociais procuram expressar refere-se às transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm como “fator-chave” não mais os insumos baratos de energia – como na sociedade industrial – mas os insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e telecomunicações (WERTHEIN, 2000, p.71).

6.Os meios de comunicação de massa (MCM) segundo Adorno, são chamados equivocadamente de cultura de massa. O teórico critico da escola de Frankfurt sugere a mudança conceitual do termo cultura de massa para indústria cultural, pois, segundo ele, não é a massa responsável pela produção. A massa se apropria dessa cultura através dos meios de comunicação, que hoje são sustentados por conglomerados midiáticos”. (OLIVEIRA, 2009, p.214)

7. “A abordagem mais simples do hipertexto é descrevê-lo, em oposição a um texto linear, como um texto estruturado em rede. O hipertexto é constituído por nós (os elementos de informação, parágrafos, páginas, imagens, sequencias musicais, etc.) e por links entre esses nós, referências, notas, ponteiros, “botões” indicando a passagem de um nó a outro o” (LÉVY, 2003, p.44).

8. “Por representações sociais, entendemos um conjunto de conceitos, proposições e explicações na vida cotidiana no curso das comunicações interpessoais. Elas são equivalentes em nossa sociedade aos mitos e sistemas de crenças das sociedades tradicionais; podem também ser vistas como a versão contemporânea do senso comum” (MOSCOVICI, 1978 apud MATOS OLIVEIRA, 2009, p.215).

Referências

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